Conversa entre artista e curadora

14/ago


Neste sábado, dia 15 de agosto, às 16h, o MAM Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, realiza uma conversa gratuita com a artista Iole de Freitas e a curadora Ligia Canongia na exposição “O peso de cada um”. A mostra, que pode ser vista até o dia 13 de setembro, ocupa o Espaço Monumental do Museu com uma instalação inédita, feita especialmente para o local, composta por três esculturas de grandes dimensões, duas suspensas e uma no chão, em aço inox espelhado e fosco, que pesam no total quase quatro toneladas. A exposição traz ainda trabalhos em vidro com impressão fotográfica sobre película, da série “Escrito na água”, de 1996/1999, pertencentes ao acervo da artista e da Coleção Gilberto Chateaubriand/ MAM Rio.

Francisco Dalcol apresenta Antônio Augusto Bueno na Galeria Mamute

12/ago

A Galeria Mamute, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, divulga e convida para a abertura da

exposição “Antes era só o vão”, do artista Antônio Augusto Bueno. A mostra com curadoria de

Francisco Dalcol apresenta um conjunto de trabalhos abrangendo pinturas, instalação, vídeo

com participação de Bebeto Alves, Eduardo Montelli e Luís Filipe Bueno e, gravuras em metal

impressas por Marcelo Lunardi.

 

 

A palavra do curador

 

Antes era só o vão

 

Os trabalhos de Antônio Augusto Bueno parecem atravessados por algo que não lhes

pertence, mas ao mesmo tempo os constitui. Esse aparente desacerto vem de uma indisciplina

do artista, no sentido de uma postura interessada na liberdade de experimentar no trânsito

entre linguagens, sem se prender a uma ou outra, intercambiando constantemente técnicas e

procedimentos.

 

Nas obras que integram a nova série “Antes era só o vão”(1), pintura é também gravura, assim

como escultura é desenho, e gravura é pintura. Os inversos também, pois um está sempre no

outro, formando zonas de indefinição. E ao se contaminarem, trazem como recompensa a

descoberta, com todas as aberturas e possibilidades que os momentos de incerteza ensejam.

 

A montagem da exposição na Mamute busca tirar força desses rebatimentos, do ir e vir que se

estabelece entre as obras e as diferentes modalidades artísticas que as compõem, propondo

ao espectador, a partir da disposição dos trabalhos, algumas relações visuais; umas mais

imediatas, outras menos explicitadas.

 

A instalação na entrada da galeria ocupa o pequeno espaço vago ao lado da escada. Se antes

era só um vão, há agora ali a tentativa de transformar esse não lugar em uma situação.

Realizado especialmente para esta mostra, o trabalho é composto por gravetos que Antônio

Augusto recolhe e estrutura em forma de armações, filiando-se a uma série de outras obras de

viés escultórico que tem realizado ao longo de sua produção. É como se ele desenhasse o

objeto no espaço, vendo nos galhos as linhas do desenho, mas também as manchas, quando

reunidos como espécie de grandes maços e ramalhetes.

 

As salas expositivas do andar de cima apresentam as novas pinturas e gravuras da série “Antes

era só o vão”. Nas telas em grande formato, as manchas carregam um aspecto de vestígios

ancestrais, como marcas de um tempo passado. Também lembram os troncos das árvores do

quintal do Jabutipê, o ateliê na antiga casa que Antônio Augusto mantém em uma rua ainda

silenciosa no Centro Histórico de Porto Alegre. Remetem ainda às paredes rachadas,

descascadas e fraturadas que permanecem em pé no casarão em ruínas próximo ao Jabutipê

onde foi gravado o vídeo do qual vem o título desta exposição.* De algum modo, essa

visualidade do entorno cotidiano do artista está impregnada nessas pinturas.

 

Mas nada seria assim sem a bem-vinda intromissão da gravura. Nessas pinturas, está plasmado

um processo alongado e pausado, fruto de um procedimento experimental. Sobre a massa de

pigmentos e tinta acrílica, o artista sobrepõe betume em algumas áreas. Esse material, muitas

vezes usado nos processos de gravura, vira tinta também, compondo novas manchas. As

camadas acumuladas são frequentemente raspadas, em um gesto de adição e subtração de

matéria, e também cavoucadas, como nos procedimentos de incisão da gravura. É um

processo não imediato, que leva dias, como o tempo de espera que muitas vezes a gravura

demanda. E nesse transcorrer, que permite um olhar mais vagaroso e, por isso, reflexivo, as

dúvidas advindas sempre dão a ver possibilidades a serem testadas e encaminhadas.

 

Pode-se pensar nesse sentido as gravuras da série. Pela primeira vez, Antônio Augusto

apresenta em público um conjunto representativo de trabalhos gráficos, essa modalidade

artística de tanta tradição e relevância histórica na arte gaúcha. Novamente, interessa ao

artista a margem experimental, aqui oferecida pela gravura em metal e pelo tempo próprio a

seu processo. Isso começa nos modos com que explora o desenho sobre as matrizes, passa

pela alquimia de ácidos e outros materiais aplicados nas placas como se ele as estivesse

pintando, e chega à etapa de impressão, cujas primeiras provas sempre levam o artista a

refazer o percurso do processo em busca de novos efeitos. Assim, a imagem final fixada sobre

o papel é antecedida por uma série de testes e experimentos. O que se obtém são resultados

sobrepostos e acumulados. Ao fim, continua sendo gravura, mas também desenho e pintura. E

ainda escultura. Se na instalação os gravetos se articulam como linhas no espaço, na gravura se

dá o oposto, com as linhas do desenho se tramando como se fossem elas os gravetos.

 

Em um olhar atento, é possível perceber que, ao longo da série “Antes era só o vão”,

evidencia-se um aspecto central que perpassa a totalidade da obra de Antônio Augusto de um

modo tão pessoal: o gosto pela artesania e pelo vagar que lhe é inerente, opções que, ao

serem assumidas pelo artista, ganham certo caráter político em tempos tão apressados e

automatizados como os nossos. Tempos esses dos quais apartar-se conscientemente significa

não só um ato de resistência, mas um gesto autêntico e singular de se colocar no mundo.

 

Francisco Dalcol

(1) “Antes era só o vão” é um trecho do texto de Luís Filipe Bueno que integra o vídeo

apresentado na exposição.

 

 

Sobre o artista

 

Antônio Augusto Bueno é Bacharel em Desenho (2004) e Escultura (2008), pelo Instituto de

Artes da UFRGS. Desde 1998 vem realizando exposições individuais, dentre elas “Cabeças –

armadilhas para um significado” no Museu do Trabalho / POA; “Anotador de Faces” Galeria

Municipal de Arte em Florianópolis, “Uma Maneira de Pensar” no MALG, Pelotas/RS, “As

desórbitas do avesso” na Arte&Fato galeria, POA/RS, “Gravetos Armados” no MAC RS,  Galeria

Iberê Camargo,  Porão do Paço Municipal, POA/RS, “Desenhos” no Estudio Dezenove, Rio de

Janeiro/RJ, “Um outro outono” MARGS.  Desde 1996 participa de exposições coletivas como

“Do Atelier ao cubo branco”, “A bela morte” e “O Cânone Pobre” no MARGS, POA/ RS, “Idades

Contemporâneas”, ”Entre A-Z” e “Da matéria sensível” no MAC-RS em POA/RS, “Desvenda” no

Museu da República, Brasília/DF, ArtLive 2011 na CATM Chelsea, Nova York/EUA. Participou de

salões, dentre eles o Salão do Jovem Artista no MARGS, POA/RS, Salão da Câmara, POA/RS e o

Salão Nacional de Cerâmica no Museu Alfredo Andersen, Curitiba/PR. Em 2015 lançou o livro

Jabutipê, em 2012  o livro “O último homem na lua” com exposição no MAC-RS e Ilustrou o

livro “Arame falado” editado pela editora 7 letras do Rio de Janeiro/RJ . Em 2007 recebeu o

Prêmio Açorianos na categoria Melhor Exposição Coletiva com o Grupo Passos Perdidos e em

2008, o Prêmio Açorianos na Categoria Cerâmica com o Bando do Barro, além de ser indicado

na categoria Artista Revelação. No ano de 2009 foi indicado na categoria Desenho, pela

exposição “Tempo sobre Papel”, em 2012 foi indicado na categoria Escultura pela exposição

“Gravetos Armados” e em 2013 foi indicado em cinco diferentes categorias. Em 2013 recebeu

menção honrosa no 2° `Prêmio IEAVi pela exposição “Circulando linhas”. Tem trabalhos em

acervos do MARGS, MACRS, UFRGS, Fundação Franklin Cascaes e Fundação Kingler Filho.

Participou em 2000, da criação do Atelier João Alfredo 512, onde trabalhou até 2007. Em 2007

e 2008 integrou o grupo do Atelier Subterrânea. Desde 2008 realiza seus trabalhos, ministra

aulas e coordena o espaço expositivo do Jabutipê, situado no centro histórico de Porto Alegre.

É artista representado pela galeria Mamute.

 

 

Sobre o curador

 

Francisco Dalcol é doutorando em História, Teoria e Crítica pelo Programa de Pós-Graduação

em Artes Visuais (PPGAV) do Instituto de Artes da UFRGS. Mestre pelo Programa de Pós-

Graduação em Artes Visuais (PPGART), da UFSM, na linha de pesquisa Arte e Cultura, com

ênfase em história, teoria e crítica (2013). Graduado em Comunicação Social, com habilitação

em Jornalismo, pela Universidade Federal de Santa Maria (2003), com especialização em

Comunicação e Projetos de Mídia, ênfase em arte, cultura, internet e cibercultura, pelo Centro

Universitário Franciscano – Unifra (2008). Também trabalha como jornalista (repórter e editor)

no jornal Zero Hora – Grupo RBS, sendo setorista de artes visuais. Tem experiência na área de

Comunicação, com ênfase em Jornalismo, Editoração, Jornalismo Cultural e Jornalismo Digital,

e também na de Artes e Cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: história, crítica

e discursos sobre a arte e a produção cultural.

 

 

Até 09 de outubro.

Projeto Ponto 1 na Casa Daros

A Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta no dia 15 de agosto, às 16h, o projeto “Ponto 1″, uma ação cênica interativa que se desenvolve a partir do texto “As cidades invisíveis”, de Ítalo Calvino. O projeto é de Jefferson Miranda e Miwa Yanagizawa, que também atuará junto com os artistas Liliane Rovaris e Pedro Yudi.

 

A ação tem como ponto de partida a história de uma mulher, e as suas lembranças serão somadas às dos espectadores-participadores, que deverão levar um objeto afetivo e registros como fotos, cartas, cartões postais, entre outros.  As vagas são limitadas, e os interessados podem se inscrever pelo email inscricao@casadaros.net.

 

A dinâmica tem início quando ao chegar ao espaço da apresentação, o público é convidado a colocar seus objetos e os registros em uma caixa, e em seguida é recebido por um artista que lhe propõe a construção de uma cidade. Cada caixa representará uma casa, cada espectador um habitante, e os registros e objetos serão dispositivos que irão desencadear narrativas e afetos. “Mudam-se as paisagens, as profissões e as histórias vão se entrelaçando, desenrolando enquanto as relações vão se atualizando”, dizem Jefferson Miranda e Miwa Yanagizawa.

 

Duração aproximada: 2h

Capacidade de público: 17 a 20 espectadores
Valor: R$ 15,00.  Inscrição pelo e-mail: inscricao@casadaros.net

Julião Sarmento no Galpão Fortes Vilaça

Denomina-se “Easy, Fractals & Star Map”, a nova exposição do artista português Julião

Sarmento, em sua primeira no Galpão Fortes Vilaça, Barra Funda, São Paulo, SP. A mostra é

composta por pinturas e esculturas recentes e estabelece uma relação ficcional entre Edgar

Degas e Marcel Duchamp – “gigantes da história da arte”, nas palavras do artista. Ao criar um

diálogo entre os dois mestres, Julião reafirma temas frequentes de sua própria obra: o hiato

entre ficção e realidade, mecanismos de representação e erotismo.

 

O arquétipo feminino – elemento central na prática de Julião Sarmento – reaparece em “Fifth

Easy Piece”, tomando como inspiração a icônica obra de Degas, “La Petite Danseuse de

Quatorze Ans” (c. 1881). Na reinterpretação do artista, a dançarina adolescente é

transformada em uma mulher madura, moldada através de um moderno processo de

impressão 3D. Em “Alma”, os moldes de gesso são arranjados em uma armação de ferro,

expondo o avesso da escultura e aludindo dessa vez a Duchamp – algo ainda mais explícito na

obra “O Grande Vidro”, feita especialmente para a mostra.

 

A referência aos dois mestres espalha-se ainda nas pinturas da exposição, seja por citações

gráficas, seja por alusões obscuras. Nesse conjunto de obras, Sarmento emprega diferentes

pigmentos, solventes e técnicas, criando formas triangulares que se multiplicam como fractais.

A quase completa ausência de cor, outro traço marcante do artista, reafirma o forte diálogo

que sua pintura mantém com o desenho. Os títulos referem-se a nomes de estrelas e, uma vez

espalhadas na parede, parecem formar constelações. Em “Piscis Austrinus”, um díptico de

cinco metros de largura, manchas orgânicas se contrapõe às formas geométricas e criam uma

elegante composição. Os volumes prateados de “Sirrah”, por sua vez, evocam a superfície

lunar.

 

Ao cruzar diferentes tempos históricos e planos físicos, “Easy, Fractals & Star Map” instaura

uma narrativa fictícia, possível apenas no campo da arte. As associações livres propostas por

Sarmento apontam para o desconhecido, como um convite para mapear os astros.

 

 

Sobre o artista

 

Julião Sarmento nasceu em Lisboa, em 1948, e atualmente vive e trabalha em Estoril, também

em Portugal. Considerado um dos mais renomados artistas portugueses, ele esteve em duas

edições da Documenta de Kassel (1987 e 1982) e em duas Bienais de Veneza (2001 e 1997),

além de muitas outras mostras. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se: Una

forma extrema de privacidad, Museo de Arte Carrillo Gil (Cidade do México, 2013); Noites

Brancas, Museu Serralves (Porto, 2012); Artist Room, Tate Modern (Londres, 2010); Grace

under Pressure, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2009). Sua obra está presente em diversas

coleções públicas, entre as quais: Guggenheim (Nova York), Tate Modern (Londres), SFMOMA

(San Francisco), Moderna Museet (Estocolmo), Centre Pompidou (Paris), CaixaForum

(Barcelona).

 

 

De 15 de agosto a 26 de setembro.

Mostra inédita de Andy Summers

A Leica Gallery São Paulo, Higienópolis, São Paulo, SP, promove sua inauguração com a mostra “Del Mondo”, exibição individual do músico e fotógrafo inglês Andy Summers, e curadoria de Karin Rehn-Kaufmann. A exposição, composta por 42 imagens em preto e branco, feitas entre 1978 e 2014, apresenta registros da vida do artista em viagens que fez ao redor do planeta, evidenciando um estilo de fotografia de rua emotivo e atento.

 

Desde 1978, Andy Summers exercita, com a fotografia, um olhar afiado. Quando os membros da banda The Police decidiram cada um seguir seu próprio caminho, em meados da década de 1980, o guitarrista se aproximou do jazz e da música clássica e, simultaneamente, passou a dedicar ainda mais tempo à câmera fotográfica. Sua produção artística é influenciada tanto por viagens, da Tanzânia a Shangai, quanto por seu profundo interesse pela música, experimentando diferentes tipos de filmes fotográficos, lentes, ângulos e composições. Saindo noite após noite, vagando pelas ruas com sua câmera, Andy Summers registrava cenas noturnas em lugares como Los Angeles, Tóquio, Londres, Bali, Nepal, Macau ou por onde quer que passasse. “É você e o mundo ao redor. Reagindo a isso. Olhando para isso. Se eu saio pela rua, estou olhando, estou procurando. Vendo o que aparece. Poderia ser uma forma, um movimento.”, comenta o fotógrafo.

 

Neste contexto, “Del Mondo” apresenta fotografias de vendedores, pedestres, motoristas, quartos de hotel, garçons e até do próprio artista. Cenas espontâneas, que o fotógrafo encontrava em suas andanças pelo mundo.

 

Esta mostra inédita no Brasil marca a inauguração da Leica Gallery São Paulo, a primeira na América do Sul, e traz ao país Karin Rehn-Kaufmann, responsável pela curadoria de todas as unidades da Leica Gallery no mundo. A partir de agosto, o público encontra um lugar dedicado à fotografia, localizado em uma região privilegiada de Higienópolis, entre universidades e escolas de arte e design. Construída em um edifício da década de 1930 – em processo de tombamento como Patrimônio Histórico -, a galeria reúne o estilo Art Deco da fachada com um espaço interior bastante moderno, complementado por dois containers, anexos ao edifício em uma área externa. A proposta da Leica Gallery São Paulo é apoiar artistas, promover workshops e encontros, no intuito de gerar uma relação íntima entre fotografia, espectador e espaço expositivo.

 

 

Até 05 de outubro.

Livia Moura na Inox

10/ago

A Galeria Inox Arte Contemporânea, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro,RJ, inaugura a mostra “EVA POR AR” da artista plástica Livia Moura. São cinco obras inéditas – quatro fotografias e uma instalação feita com um pedaço de asfalto da Av. Brasil ligado à uma “nuvem de rendas”.

 

Para essa exposição, a artista utiliza técnica mista – nanquim, aquarela, canetinhas – e materiais rejeitados, como rendas e fios. No dia 24 de agosto, Livia Moura fará uma performance com a bailarina russa Dasha Lavrennikov chamada “O sonho da terra por debaixo do asfalto”.

 

De 11 a 29 de agosto.

Schoeler Editions na SP-Arte/Foto 2025

07/ago

A Schoeler Editions participa da SP-Arte/Foto 2015, Shopping JK Iguatemi | 3º piso, Vila Olímpia, levando para seu stand portfólios e prints avulsos de consagrados fotógrafos brasileiros e estrangeiros, como Bob Wolfenson, Marcelo Greco, Peter Scheier, entre outros. Durante a feira, a Schoeler Editions também apresenta uma edição comemorativa do portfólio de Cristiano Mascaro, que terá um único exemplar para venda, e homenageia o fotógrafo e editor Jay Colton, em memória ao quinto ano de seu falecimento, com a exposição de uma versão especial do trabalho “Haiku of Flowers”.

 

Após se estabelecer no mercado com portfólios e projetos editoriais de luxo, em edições limitadas e confeccionados com materiais de primeira qualidade, a Schoeler Editions apresenta novidades na SP-Arte/Foto 2015, como os novos prints da coleção de Marcelo Greco, agora em tamanho 1,0 x 1,5 m, que serão exibidos pela primeira vez nessas dimensões. Além desses novos prints, o portfólio de Cristiano Mascaro ganha duas unidades, uma para exibição e outra para venda, em uma versão exclusiva – com revestimento em linho preto, acabamento sofisticado e todas as 18 fotografias assinadas individualmente pelo autor -, comemorando a venda de 30 portfólios do fotógrafo. Ainda durante a feira, a Schoeler Editions exibe uma versão especial do portfólio de Jay Colton, Haiku of Flowers: em caixa revestida com seda preta, o trabalho conta com 24 imagens do fotógrafo americano e 17 Haikus, caligrafados por Sanae Yamazaki, a lendária primeira mulher diretora de arte da Times Magazine.

 

Convidada a fazer parte do catálogo da Library of Congress (Estados Unidos) com três de seus títulos – “Diário da Viagem” de Peter Scheier, “Internal Affair” de Marcelo Greco e “Falling Beauty” de Christian Maldonado -, a Schoeler Editions da continuidade a seu cronograma de eventos e lançamentos, seguindo a proposta de elaborar projetos editoriais exclusivos. Todas estas edições poderão ser adquiridas durante a feira e, posteriormente, pelo site da editora.

 

 

De 20 a 23 de agosto.

Das ruas para as telas

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta a mostra “Movimentos”, do artista visual André De Castro. A exposição traz retratos e referências de jovens que participaram de manifestações democráticas no Brasil, em 2013, e também na Turquia, Grécia e Estados Unidos, formando um painel com 35 telas em serigrafia. No dia da abertura, haverá o lançamento de um catálogo bilíngue produzido pela Aeroplano Editora e Pratt Press.

 

O painel que compõe a mostra, iniciado em 2013 e em constante expansão, está sendo concluído nas exposições do Brasil com telas inéditas. A escolha da técnica não foi por acaso. O silkscreen, também conhecido como serigrafia, é associado a movimentos políticos históricos e a mitificação de personalidades, como Che Guevara, Marilyn Monroe e o presidente Barack Obama, por exemplo. A exposição na CAIXA Cultural traz ainda um texto inédito, bilíngue, do historiador Daniel Aarão Reis.

 

Para reunir as imagens e referências de cada jovem, André De Castro manteve contato com os manifestantes pelo mesmo meio que eles utilizaram para organizar as passeatas na época: a internet.

 

“Busquei contato por hashtags, em grupos do Facebook e no Twitter. A grande maioria dos participantes é de jovens que estão sempre conectados, e assim que os identifiquei, conversei sobre o projeto e ​pedi a cada retratado que enviasse uma foto de rosto e respondesse a uma série de perguntas relacionadas ao movimento político de seu país e sua identidade”, conta André, que não pretende, com seu trabalho, enaltecer heróis ou representantes dos movimentos, mas usar a técnica da serigrafia para valorizar o conjunto formado por indivíduos únicos. ​

 

A individual já foi exibida em Miami, durante a Art Basel; e em Nova York, na BKLYN Fair e na Opus Galery; e foi vista por cerca de 30 mil pessoas em Brasília e Belo Horizonte. Este ano, para dedicar-se à exposição “Movimentos”, no Brasil, o artista transferiu seu estúdio para a antiga fábrica da Behring, no Rio de Janeiro.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido no Brasil, o artista visual André De Castro vive e trabalha ​​entre o Rio de Janeiro e Nova York​. Em 2011, mudou-se para NY para cursar o Master of Fine Arts (MFA), no Pratt Institute e, desde 2013, mantém seu estúdio no bairro do Brooklyn e trabalha como diretor de arte na Saatchi and Saatchi.

 

Em 2009, André publicou seu primeiro livro “Funk – que batida é essa”, um conjunto de ilustrações que retratam o funk carioca, fruto do projeto de graduação na PUC, RJ. O artista venceu, em 2013, o prêmio ​Never Stop Never Settle, ​promovido pelo Pratt Institute e Hennessy US​ com o projeto “Movimentos”.

 

 

De 12 de agosto a 12 de setembro.

Tuca Reinés no Santander Cultural

06/ago

Em 2013, o Santander Cultural, Porto Alegre, RS, convidou Tuca Reinés para realizar uma série fotográfica de diversas cidades do país, onde foram instaladas, na época, as primeiras agências do segmento Select. Em pouco tempo de trabalho, o projeto superou as expectativas e se transformou num acervo sem precedentes sobre as cidades brasileiras no século 21. Muito mais que um registro, as imagens evidenciaram uma análise visual sobre a ocupação do espaço urbano por todo o Brasil, sob o olhar de um artista. A exposição “Tuca Reinés: o olhar vertical”, tem curadoria de Agnaldo Farias e está em exibição na Galeria superior da entidade.

 

 

Até 30 de agosto.

Faça aqui | Ana Luiza Dias Batista

O Ateliê397, Vila Madalena, São Paulo, SP, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado de

São Paulo – via ProAC apresenta a exposição “Faça aqui”, em que a artista Ana Luiza Dias

Batista mostra seis trabalhos novos. “Faça aqui” é a nova exposição de Ana Luiza Dias Batista

no Ateliê397, na qual a artista apresenta trabalhos inéditos. O nome da exposição é retirado

de placas que ficam em frente a pequenos estabelecimentos comerciais, anunciando seus

serviços. Um dos referentes importantes para a construção de parte dos trabalhos em exibição

são os chaveiros, esses pequenos comércios, portinhas ou quiosques que, por ocuparem um

espaço reduzido, acabam por criar curiosas estratégias para expandir sua visibilidade no

espaço público.

 

Em um de seus trabalhos a artista se utiliza de chaves descartadas, construindo um chão de

chaveiro (cimento com chaves incrustradas) na calçada em frente ao espaço expositivo e no

corredor externo do Ateliê397. Dentre as chaves presas no chão, está a que abre a porta do

Ateliê. Outros trabalhos integram a mostra: uma instalação sonora, na entrada do galpão; uma

obra feita com um miolo de fechadura colocado diretamente na parede que gira

incessantemente; um trabalho feito com buchas e parafusos – também na parede – formando

um jogo “Resta um”; um cofre cortado de modo a lembrar um cubo-mágico, além de uma

instalação com placas de chaveiros em forma de chaves gigantes.

 

A exposição dá continuidade à investigação da artista, que frequentemente trabalha com

objetos já conhecidos, modificando seus tamanhos, seu funcionamento, seu trajeto, suas

proporções. Tais alterações acrescentam-lhes camadas, criam pequenos enigmas,

interrupções, estabelecem novos significados. Com uma obra na qual a relação estabelecida

entre os objetos de arte e os espectadores tem papel importante, a artista propõe uma

experiência onde a suspensão do entendimento imediato e cotidiano é estendida,

intensificando os efeitos do contato com a arte.

 

 

Sobre a artista

 

Ana Luiza Dias Batista nasceu em São Paulo em 1978. Em 2000 formou-se em artes plásticas na

ECA-USP. Em 2001 fez individuais no Centro Cultural São Paulo e na galeria Adriana Penteado,

São Paulo. No ano seguinte realizou, com Eurico Lopes e Rodrigo Matheus, o Plano Copan,

projeto independente no edifício paulista. Participou das coletivas 20 anos – 20 artistas, 2002,

CCSP, To be political it has to look nice, 2003, Apexart, Nova York, MAM [na] Oca, São Paulo,

2006 e do simpósio São Paulo S.A., Situação n. 2, 2002. Expôs individualmente no Centro Maria

Antônia, São Paulo, 2004. Recebeu a Bolsa Pampulha e, em 2007, apresentou individual no

Museu da Pampulha, Belo Horizonte. No ano seguinte concluiu mestrado em artes visuais na

ECA/USP e, ainda em São Paulo, realizou, com Laura Andreato e João Loureiro, Vistosa, projeto

independente contemplado no Prêmio Conexão Artes Visuais da Funarte. Em 2009,

apresentou a individual Programa na Estação Pinacoteca, São Paulo, e recebeu prêmio da

Secretaria de Cultura de São Paulo. Fez individuais nas galerias Mendes Wood, São Paulo (2010

e 2011), Ybakatu, Curitiba (2010) e Marília Razuk, São Paulo (2015). Em 2013 participou, entre

outras, das exposições Beyond the Library, Frankfurt Buchmesse / Hall 4.1, Frankfurt, e Itochu

Aoyama Art Square, Tokyo, Conversation Pieces, NBK, Berlin, Imagine Brazil / Artist’s Books,

Astrup Fearnley Museet, Oslo, e Économie Domestique, La Maudite, Paris. Em 2014, concluiu

seu doutorado na ECA-USP.

 

 

De 10 de agosto a 04 de setembro.