Dez ao CUBO em Petrópolis

30/jan

Os artistas reunidos, alguns com longo percurso dedicado à criação plástica, todos eles em algum momento de suas trajetórias utilizaram o Cubo como instrumento de suas pesquisas e representações e até mesmo foram diretamente influenciados por mestres neo-concretistas ou estudaram com eles. Mostram obras que exploram suportes diversos como pinturas, gravuras, vídeo, instalação, objetos permeados por poesia antes de tudo, devendo ser apreciadas pela sua singularidade.

 

Convidados ao desafio do “cubo branco”, território das poéticas por excelência, cada um apresenta sua leitura da forma, com ou sem esquadro, nível, fio de prumo, perspectivas ou números e no contexto deste espaço o objeto artístico torna-se essência. O CUBO é de todos e todos o recriam. Os artistas acreditam que assim se constrói o cosmos e sonham com um mundo melhor.

 

 

Componentes do coletivo

 

Denise Campinho, Fernando Borges, Ilcio Arvellos Lopes, Luiz Carlos de Carvalho, Maria Cherman, Osvaldo Carvalho, Paulo Campinho, Paulo Mendes Faria, Petrillo, Ricardo Pimenta e Roberto Tavares têm uma relação pessoal muito próxima dentro do cenário artístico, onde suas produções (passadas e recentes) se cruzam e interagem dentro do mesmo espaço físico.

 

 

Abertura: 07 de fevereiro – sábado às 18h

 

Até 28 de fevereiro.

 

Local : Centro de Cultura de Petrópolis- RJ

Praça Visconde Mauá, 305 – Centro.

Os gêmeos no Rio

 

A instalação, batizada de “O bunker”, obra dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, internacionalmente conhecidos com os gêmeos,  será apresentada ao público neste sábado, no Museu Casa do Pontal, Recreio do Bandeirantes, Rio de Janeiro, RJ.

 

Esta é a primeira obra permanente da dupla  no Rio de Janeiro. O evento de inauguração, marcado para as 15h, ainda contará com bate-papo entre os artistas e a plateia e show musical do compositor  Sibá Vasconcelos.

 

Vagas limitadas! Agendar com antecedência somente por telefone.

 

O Museu Casa do Pontal disponibilizará, no próximo dia 31 de janeiro, serviço de ônibus gratuito para os interessados em visitar a exposição.

 

 

Pontos de embarque:

 

– Largo do Machado (em frente à Igreja), às 14h;

– Praça Santos Dumont (Baixo Gávea), às 14h30.

O retorno está previsto para às 19h com desembarque nos pontos acima.

 

Reservas podem ser efetuadas pelos telefones: 2558-2023 e 995-884-996. Falar com Wal (entre 9h30 e 17h30).

Fábio Carvalho em Lisboa.

28/jan

O artista brasileiro Fábio Carvalho embarca para Lisboa, Portugal, para cumprir residência artística. O projeto consiste ao mesmo tempo de uma Residência Artística e uma Ocupação, pois os trabalhos decorrentes da residência serão expostos, no próprio estúdio, à medida que forem criados. Durante os 35 dias da residência, o artista receberá convidados em seu estúdio para acompanhar a produção, trocar ideias, debater sobre suas questões em arte, ou qualquer outro assunto que possa surgir.

 

Num primeiro momento, o artista pretende dar desdobramento a sua série de trabalhos mais recente, chamada “Delicado Desejo”. Nesta série, onde vemos armas de fogo compostas por um patchwork de rendas diversas, o artista faz uma reflexão da mistura de fascínio e repulsa que muitos têm pelas armas de fogo, em especial no continente americano.

 

A série “Delicado Desejo” é ainda uma crítica aos estereótipos de masculinidade, uma vez que as armas de fogo são também uma demonstração ostensiva da virilidade humana. Só que aqui as armas são feitas de rendas delicadas, florais, que originalmente são produzidas para serem usadas como apliques e ornamentação de roupas femininas.

 

Além de desenvolver os desdobramentos da série, Fábio Carvalho pretende registrar como os portugueses reagem a estas imagens, e buscar paralelos e oposições entre estas reações com as do público brasileiro. Para registrar o processo da residência e ocupação artística, e permitir a quem está fora de Lisboa acompanhar o desenvolvimento do projeto, e até mesmo participar através de mensagens e bate-papos online, será criado um álbum no Facebook e um blog, onde fotos e anotações do dia a dia serão publicadas regularmente.

 

 

A ocupação  

 

O artista está preparando um novo projeto de intervenção urbana, chamado “Cowboys and Angels”, que será distribuído por postos estratégicos na área da antiga Freguesia dos Anjos, onde fica o estúdio que será ocupado pelo artista. Anjos é uma antiga freguesia portuguesa em Lisboa, instituída em 1564. A região de Anjos possui vários espaços culturais, muitos de caráter independente, com exposições, concertos, dança, poesia, etc. Cabe lembrar que em junho de 2014 Fábio Carvalho fez uma intervenção urbana na cidade, durante as tradicionais Festas dos Santos Populares de Lisboa, que correspondem às festas juninas brasileiras, acrescentando bandeirinhas de papel de seda com seus “Monarcas” – soldados em uniforme camuflado, com asas de borboleta saindo de suas costas – às decorações já existentes pelas ruas.

 

Além da Residência e Ocupação Artística, Fábio Carvalho ainda participa de fevereiro a abril da exposição coletiva “Prometheus Fecit”, em dois espaços na cidade de Óbidos: no Museu Municipal de Óbidos e na Galeria novaOgiva Arte Contemporânea. As duas obras que Fábio Carvalho apresentará (“Em Pele de Cordeiro” e “Gêmeos”) são resultado da residência artística realizada em junho de 2014 na Cerâmica PP&A São Bernardo, em Alcobaça. Portugal. A exposição, que já passou pelo Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, Portugal, um dos mais importantes daquele país, agora será ampliada para se criar um diálogo com a obra da importante pintora portuguesa do século XVII Josefa d’Óbidos, especialista na pintura de flores e naturezas mortas, bem como de cenas religiosas cercadas por densas molduras florais, que se dedicou ainda à estampa, gravura, modelagem do barro, desenho de figurinos, padrões para tecidos, acessórios vários e a arranjos florais.

 

O projeto, que tem curadoria de Maria de Fátima Lambert (Portugal), conta com um total de 15 artistas brasileiros e portugueses, entre estes Albuquerque Mendes, Carolina Paz, Estela Sokol, Fábio Carvalho, Gabriela Machado, Isaque Pinheiro e Sofia Castro.

Organométricos

26/jan

O artista plástico Manfredo de Souzanetto expõe, obras inéditas dos anos 1970 até trabalhos recentes, na Mul.ti.plo Espaço Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ. A arte sem limites – de técnica, formato, textura, cores – de Manfredo de Souzanetto ganha a exposição “Organométricos”, com 20 obras inéditas. Colorista? Geométrico? Pintor, escultor, gravador? Tudo isso – e o que mais o futuro reservar para sua arte. A mostra reúne cinco litografias feitas durante o período em que o artista morou em Paris,  14 telas (pigmentos sobre linho) de pequenos formatos, realizadas entre 2011/2014 e um múltiplo feito especialmente para a exposição, uma escultura reunindo duas pedras, uma em bronze e outra em porcelana.

 
Mineiro da cidade de Jacinto, Souzanetto sempre trabalhou com pigmentos. Especialmente os naturais, tirados da terra e dos minerais das Gerais, além de óxidos de ferro, resina, juta e madeira. Entretanto, nas telas desta exposição, os pigmentos artificiais se misturam aos naturais, criando, ao mesmo tempo, continuidade e surpresa. “Introduzi cores industriais para criar outra dinâmica na obra. As cores ficam mais francas, mais abertas, há uma paleta mais variada, com contrastes que não aconteciam em outros trabalhos”, explica o artista.

Isso faz parte da busca de um artista que não se aprisiona. Nem mesmo nos limites da tela: Souzanetto sempre ultrapassou os quadrados e retângulos das molduras, criando tridimensionalidades. Na mostra da Mul.ti.plo, as telas, embora com formato tradicional, dialogam entre si: “Cada tela é única, mas é como se na verdade fossem ‘fragmentos de telas’, que se articulam com outros. Muitas formam um conjunto de três ou até mesmo quatro destes fragmentos”, diz.
A assinatura da obra de Manfredo de Souzanetto é justamente essa mistura de tradição e reinvenção. Por isso não se define como “colorista ou geométrico”. “Eu me circunscrevo em um eterno vai-vém, não em fases demarcadas. Sempre estabeleço um diálogo com as obras anteriores, que permite uma coerência na leitura da obra, mas buscando algo novo. Não uma ruptura, mas uma continuidade”, explica o artista, que também se vale desta liberdade para não se considerar um “colorista” ou um “geométrico”. “Meu trabalho tem cor, então sou, claro, colorista; a geometria é a base do meu trabalho, portanto, sou geométrico. Mas há a organicidade, não apenas por conta do pigmento mas do desenho, que é orgânico e que sempre faz um contraponto com a geometria. Tanto que fiz, há três anos, uma exposição em Paris que define bem isso: chamava-se Organométricos.”

 
Sobre o trabalho de Manfredo de Souzanetto, diz o crítico de arte francês Philippe Cyroulnik: “O que faz o interesse de suas obras é esta mistura de tradição e invenção que elas trazem em si, a arte de deixar o terreno conhecido pelo da mistura de gêneros. Elas têm o dom de tornar o improvável concebível e de serem ao mesmo tempo simples e complexas, evidentes e enigmáticas.” Este tom instigante, bem longe da monotonia, estão nas obras inéditas na exposição atual.

 

 

Sobre o artista

 

Manfredo de Souzanetto
Nasceu em Jacinto – Minas Gerais, em 01 de junho de 1947. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Estudou na Escola Guignard e Escola de Arquitetura da UFMG em Belo Horizonte; Escola
Nacional Luis Lumière e Escola Nacional de Belas Artes em Paris e graduou-se pela
Escola de Belas Artes da UFRJ. Desde 1974 expõe individualmente no Brasil e na Europa perfazendo mais de 50 Individuais. Entre estas destacamos Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-projeto ABC/Funarte, 1982. Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian – Lisboa, 1994. Le 19, Centre Regional d’Art Contemporain – Montbéliard – France,1998. Musée National de Porcelaine Adrien-Dubouché – Limoges – France, 2000.

 

Instituto Moreira Salles – 2005/2006; uma panorâmica de sua obra no Centro Cultural Correios – Rio de Janeiro, na Caixa Cultural em Brasília e no Palácio das Artes em Belo Horizonte, em  2006. Os Amigos da Gravura no Museu da Chácara do Céu do Rio de Janeiro, 2004. Kulturtorget em Stavanger, Noruega em 2007. Em 2009 fez uma grande exposição de suas obras no Centro de Arte l’Espal em Le Mans na França, e na Galeria Pascal Gabert em Paris. Em 2010 realizou a exposição “Litoral” no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro com sua produção mais recente: pinturas e esculturas em madeira e em 2013 uma exposição na Stiftung  Brasileia em Basel, Suiça.   Participou de importantes exposições coletivas como a XII e XVII Bienais de São Paulo, 1973 e 1983. VIII Festival Internacional de Pintura – Cagnes-sur-Mer – France, 1976. Grands et Jeunes d’Aujourd’hui – Grand Palais – Paris, 1978. Modernidade, Arte Brasileira do Século XX no Museu de Arte Moderna da cidade de Paris, 1987. UNESCO – 40 Artistes – 40 Ans – 40 Pays – Palais de L’Unesco – Paris, e Modernidade-Arte Brasileira do Século XX – MAM – São Paulo, 1988. Triennale des Amériques – Espace Sculfort – Maubeuge – France, 1993. Arte Brasil Heute – Europäisches Patentamt – Müchen – Alemanha; Brasil Bienal, Arte do Século XX – Bienal de São Paulo, 1994. Coleção João Sattamini, Instituto Cultural Tomie Ohtake, São Paulo, 2002. Arte em Diálogo: artistas brasileiros e noruegueses – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2003. Arte Brasileira Hoje, Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM, Rio de Janeiro, 2005; Amalgames, l’Art Brésilien Contemporain – Musée de l’Hôtel Dieu – Mantes la Jolie –France, 2005. Ortodoxos/Heterodoxos – Le 19 Centre Regional d’Art Contemporain – Montbéliard – France, 2007. Foi publicado pela Editora Contracapa, em 2006, o livro Paisagem da Obra, sobre seu trabalho;  um livro com entrevista sua, pela editora C/Arte, na coleção Circuito Atelier e em 2009 o livro “Do que ainda” com o poeta Julio Castañon Guimarães pela Editora Contracapa. O artista possui obras em museus e coleções como o Museu de Arte de Belo Horizonte, Musée de l’Abbaye Sainte-Croix – Les Sables d’Olonne – França, Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna de São Paulo – Sala Paulo Figueiredo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Satamini, Fond National d’Art Contemporain – França, Europäisches Patentamt – Müchen – Alemanha, Instituto Itaú Cultural – São Paulo, Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro e Coleção Statoil – Stavanger – Noruega.

 

 

 
 De 27 de janeiro a 07 de março.

Visita guiada

24/jan

Neste sábado, dia 24 de janeiro, às 17h, o colecionador Joaquim Paiva e a curadora Marta Mestre farão uma visita guiada pela exposição “Limiares – A Coleção Joaquim Paiva no MAM”, que reúne 40 fotografias do acervo pertencente ao diplomata nascido em 1946, em Vitória, que reuniu uma das mais importantes coleções do país em fotografia brasileira e estrangeira. A mostra pode ser vista até o dia 29 de março de 2015, no MAM Rio, Parque doi Flamengo, Rio de Janeiro, RJ.

 

 

 

Sobre o colecionador Joaquim Paiva

 

 
Fotógrafo desde 1970, Joaquim Paiva começou a colecionar em 1978, quando adquiriu trabalhos da fotógrafa americana Diane Arbus. Depois de se formar em direito, ingressou na carreira diplomática em 1969, e desde então já serviu em vários países, como Canadá, Venezuela, Peru, Argentina, Portugal, Espanha e Estados Unidos. Completam a exposição 19 obras das coleções do MAM e Gilberto Chateaubriand, também em comodato com o Museu. A ideia de se fazer uma mostra em que as fotografias da coleção dialogassem com obras do acervo do Museu e da coleção de Gilberto Chateaubriand, partiu do próprio Joaquim Paiva e foi prontamente aceita pela curadoria do Museu. “Mostra-se aqui uma parte da coleção de Joaquim Paiva, que não esgota nem esgotará as suas múltiplas leituras. A esse recorte confrontam-se outros trabalhos das coleções do MAM, não necessariamente fotografias, procurando contaminar aquilo que, por motivos de taxonomia, ainda permanece separado: o vídeo com a pintura, o precário com o que foi feito para durar, o documento com a arte”, explicam os curadores do MAM. Em 2005, o MAM passou a abrigar a Coleção Joaquim Paiva sob o regime de comodato, e atualmente estão no Museu 1.963 trabalhos de fotógrafos brasileiros e estrangeiros, adquiridos a partir do início dos anos 1980.

 

 

 

A mostra pode ser vista até 29 de março.

Arte brasileira na Tailândia

Os jovens artistas plásticos André Mendes, Fernando Franciosi e Juan Parada foram selecionados para participar de uma coletiva na Hot Art Space em Bangkok, na Tailândia. Na exposição colaborativa “Tropikos”, que possui apoio da embaixada do Brasil na Tailândia, eles se unem a três artistas Tailandeses (Chalit Nakpawan, Torlarp Larpjaroensook e Jackkrit Anatakul) para mostrar que técnicas e culturas diferentes podem ser permeadas por um mesmo ideal e estilo: o de viver a arte em toda sua poética. A mostra trata-se de um intercâmbio cultural.

 

Naturais de Curitiba, os três jovens artistas brasileiros desenvolvem ativamente o seu trabalho no circuito nacional e internacional há dez anos, tanto individualmente quanto em pesquisas coletivas. Em 2012, Mendes e Franciosi fizeram parte da programação do Museu de Arte Contemporânea (MAC) com a exposição “Elementares: André Mendes e Fernando Franciosi”. Em 2013, na sua segunda participação no Salão Nacional de Cerâmica, Juan Parada recebeu menção especial do júri pelo seu trabalho e teve suas obras expostas na Casa Andrade Muricy, Curitiba, PR.

 

A diretora do MAC, Lenora Pedroso, explica que as exposições do museu passam sempre pelo conselho consultivo, formado por críticos e professores de arte. Por ano, centenas de propostas são recebidas, mas poucas são selecionadas. “O conselho é bem criterioso e tem preferência por selecionar o que tem mais o perfil do museu. A exposição “Elementares”, dos artistas André Mendes de Fernando Franciosi, foi selecionada e exposta em 2012 porque apresentava essas características. É muito bom ver o trabalho de artistas paranaenses reconhecido e exposto em outros países”.

 

 

Duplas

 

 

Para a exposição, os seis artistas se dividiram em duplas, sempre unindo um brasileiro e um tailandês. Mendes e Anatakul mostram, por meio das cores, a ousadia e a estética tropical de maneira dinâmica. Parada e Nakpawan, enraizados na natureza, deixam fluir a modernidade e as forças elementais. Já Franciosi e Larpjaroensook contemplam a busca pela evolução do modernismo conceitual dos trópicos por meio de um design minimalista e padrões da mentalidade tropical. Toda a atmosfera criada pelos artistas em Hof Art Space busca mostrar um novo mundo e uma cultura unificada, que, segundo eles, trata-se dos novos “Tropikos”.

 

 

 

De 24 de janeiro a 28 de fevereiro.
Legendas: André Mendes
Fernando Franciosi
Juan Parada

 

Nario Barbosa, coletiva no Itaú Cultural

22/jan

Em meio a cliques e linhas coloridas, o fotógrafo Nario Barbosa – um dos artistas representados pela OMA | Galeria – vai ter um ano agitado em 2015. Para iniciar suas atividades, integra a mostra coletiva “A Arte da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira”, no Itaú Cultural, São Paulo, SP. As duas imagens com intervenções de Nario Barbosa fazem parte do acervo pessoal de Rubens Fernandes Junior – jornalista, curador e crítico de fotografia – e contam com bordados típicos do Nordeste. “Sou sergipano e acho que essa característica que transponho na foto vai remeter a muitas lembranças. Afinal, é essa a ideia”, diz o artista.

 

 

Nario Barbosa, que recentemente foi um dos vencedores da etapa nacional do Metro Challenge – considerada uma das maiores competições de fotografias do mundo -, na categoria Fuga Urbana, foi convidado por Diógenes Moura, curador da exposição.

 

 

“A Arte da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira” propõe ao público reconhecer os diferentes ângulos e modos de conviver com um sentimento tão singular, por meio de um recorte de imagens datados de 1930 a 2014 de 36 fotógrafos que primam pela poética.

 

 

 

De 24 de janeiro a 08 de março.

Limiar na SIM galeria

21/jan

A SIM galeria, Curitiba, Paraná, apresenta em sua abertura de temporada a mostra “Limiar”, com curadoria de Arthur do Carmo e Tony Camargo. Entre os expositores encontram-se os nomes de C. L. Salvaro, Juan Parada, Hugo Mendes, Willian Santos, Samuel Dickow, Daniel Duda, Jack Holmer, Lailana Krinski, André Azevedo e Janete Anderman.

 

 

 

A insistência do acaso

 

 

Apreendemos a arte através das eficazes ferramentas proporcionadas pela palavra para depois voltarmos ao seu não saber mais conscientes, mas isso não basta. A arte tem o poder de penetrar o véu espesso do mistério que cerca as existências, mas para isso é preciso oferecer nosso tempo para ela, na condição atenta da escuta. Olhar a matéria da arte é olhar o alinhamento imponderável dos gestos selvagens. Algo nos escapa. Mais especificamente, a obra de arte mantém a apreensão dos nossos sentidos porque não se esgota em oferecer outra espécie de racionalidade, na sua imanência que nos ensina a pensar. É inevitável: trabalhos de arte nos ensinam a pensar, mesmo que seja sobre o pensamento inominável da intuição.

 

 

O conglomerado de artistas aqui reunidos se encontram num arquipélago* formado por seus próprios trabalhos, resultado de pesquisas aprofundadas que vêm desestabilizando a própria ideia de linguagem, sem perder de vista seus conceitos e sua história, encontrando nos rudimentos do acaso o limiar dos mistérios que nos ensinam a olhar incessantemente o mundo através do terreno inóspito da arte.

Arthur do Carmo

 

 

 

De 21 de janeiro a 27 de fevereiro.

Paulo von Poser lança livro

O artista plástico Paulo von Poser lança “Um Viaduto Chamado Minhocão”, livro de desenhos incompletos e abertos para cada leitor colorir e interferir. A ideia é que, a partir do mesmo contorno, cada um terá sua própria e única versão final da mesma imagem, um convite à participação popular nesta causa urbana. Com textos e poesias de Gil Veloso, o projeto surgiu do desejo do artista plástico de levar o público a “colorir como uma ação afirmativa de interferência direta”, um desejo de conversa através de um desenho coletivo, a partir de seus próprios sonhos para uma cidade mais sustentável e humanizada.

 

 
Envolvido no projeto do Parque Minhocão desde sua criação, Paulo von Poser busca conquistar os habitantes da urbe que tanto preza, fazendo-lhes um convite para imaginarem, principalmente através do olhar e das cores dos mais jovens – crianças e adolescentes -, qual a cidade que gostariam de encontrar no futuro. Se não em sua totalidade, ao menos em um local específico.

 

Os leitores são convidados a participar de uma galeria virtual no site do artista, enviando e compartilhando seus desenhos coloridos. “Faça sua parte. Descubra e compartilhe com seus amigos e crianças, seus filhos, vizinhos e parentes. Desenhe junto com eles… Divirta-se! Nossa cidade precisa e merece seu afeto colorido.”

Com uma trajetória de mais de 30 ano nos circuitos culturais nacional e internacional, Paulo Von Poser inicia o ano de 2015 com um projeto que fala diretamente a seu coração e a seus temas mais caros: vida e urbanismo, com toques de civilidade e sensibilidade.

 

 

Evento: Lançamento do livro “Um Viaduto Chamado Minhocão”.

Autores: Paulo von Poser e Gil Veloso

 

 

Data: 25 de janeiro de 2015, domingo, das 11 às 15h

Local: Viaduto do Minhocão (acesso pela estação Marechal Deodoro do metrô)

Museu do Homem do Nordeste

17/jan

 

O MAR, Museu de Arte do Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “O Museu do Homem do Nordeste (MHN)”, um museu de relações. Evitando as identidades acomodadas no imaginário, tem atuado com base numa aproximação contínua com os territórios de relações – bem como relações territoriais – que têm constituído esses homens nordestinos, ou esse Nordeste de homens. Relações que, como forças que se dão nos espaços do entre (entre pessoas, entre posições, entre tempos históricos), estão sempre em transformação.

 
Nesse sentido, o próprio museu entende-se como conjunto de relações capaz de se reinventar à medida que se transformam seus hobjetos (homem e objeto) de estudo. Se, no passado, o foco da instituição esteve no Nordeste rural, hoje, a ênfase no campo, no sertão ou nos engenhos ampliou-se também para as cidades, ou seja, para a rurbanidade: a insistência (ou o esquecimento) do rural no tecido urbano, como no núcleo do museu que se dedica à questão das carroças, ou da fome.

 
Mais adiante, o conceito de rurbanidade (criado por Gilberto Freyre) aplica-se também a outros núcleos do MHN por sua capacidade de articular, numa só ideia, aspectos por vezes contraditórios. Assim é que este museu aborda temas fundamentais da vida dos homens do Nordeste – trabalho, classe, educação, sexualidade, economia, arte – com a consciência dos antagonismos que são próprios dessa região, sua história e sua atualidade.

 
O Museu do Homem do Nordeste instaura um convite à aproximação do outro – nesse caso, do público do Rio de Janeiro que, por meio do Museu de Arte do Rio, tem a oportunidade de conhecer o MHN – ao universo do homem nordestino, este homem que historicamente construiu relações diversas com todos os tipos de homem deste país. Pois não só o hobjeto deste museu, o homem do Nordeste, é de todos nós, como este museu também é seu.

 

 

 

Até 22 de março.