Parceria carioca

10/dez

As galerias cariocas Laura Marsiaj e Tempo, ambas em Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, firmaram parceria para a montagem e exibição de uma exposição coletiva de fotografia, – venda promocional de fim de ano com 30% de desconto – , com trabalhos de artistas brasileiros e estrangeiros.

 

Entre os nomes dos expositores relacionados encontram-se: Bert Stern, Cristián Silva-Avária, Edgar Martins, Elizabeth Sunday, Flor Garduño, Geraldo de Barros, Jerome Schlomoff, Mario Cravo Neto, Martin Parr, Oleg Dou, Pat Kurs, Regina Parra, Sebastião Salgado, Waléria Américo e Yvonne Chevalier.

 

 

Até 31 de janeiro de 2015.

Lançamento: vídeo e livro dos dez anos do Projeto Respiração

08/dez

 

A Fundação Eva Klabin, lança no dia 09 de dezembro de 2014, às 19h, o vídeo e o livro comemorativo dos dez anos do Projeto Respiração. A publicação, com 88 páginas, tem texto de Márcio Doctors, curador da instituição e criador do projeto, e engloba ainda o catálogo da intervenção “Nossa casa, minha vida – Visite apartamento decorado”, do artista Nelson Leirner.

 
O livro dedica duas páginas, com fotos, para cada um dos 25 artistas que participaram das 18 edições anteriores do Projeto Respiração: Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro (Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler), Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo.

 
O vídeo, que teve direção e edição de Victor Fiuza, tem cerca de 16 minutos de duração, e será exibido, em looping, no auditório da Fundação Eva Klabin até 25 de janeiro.  Além de registrar a intervenção de Nelson Leirner e o depoimento do artista sobre o trabalho, o vídeo reúne depoimentos do curador Marcio Doctors, dos artistas Anna Bella Geiger, Claudia Bakker, Enrica Bernardelli, Luiz Zerbini, Marcos Chaves, Rosângela Rennó, do curador Marcelo Araújo, e de Israel Klabin, Presidente da Fundação Eva Klabin.

 

 

Texto de Márcio Doctors
Dez anos do Projeto Respiração

 
Em 2014 o Projeto Respiração está comemorando dez anos. É uma das propostas de mais longa continuidade das artes visuais no Brasil e é um dos projetos pioneiros internacionalmente em intervenções de arte contemporânea em museus com acervos de arte clássica.

 
Para a edição comemorativa dos dez anos, convidamos Nelson Leirner, um dos mais importantes artistas brasileiros, e que propôs a intervenção “Nossa casa, minha vida. Visite apartamento decorado”.  Com essa obra, Leirner mantém-se coerente com a sua linguagem, que tem a qualidade de absorver influências tanto da arte dita popular quanto da arte ‘culta’, evitando qualquer julgamento moral, conservando sempre, de forma lúdica e com humor sério, uma fina ironia e uma crítica contundente das estruturas políticas do mundo da arte e da sociedade contemporânea. Com a intervenção realizada, o artista sinaliza de maneira simples e direta o ponto que quer atingir. Tudo fica às claras. A própria situação do contraste imediato estabelecido entre o requinte da Fundação Eva Klabin e o apartamento popular que criou no interior da residência, falam por si.
Com sua contribuição, Leirner se junta ao Projeto Respiração, que, a cada nova experiência, celebra e transmite para o futuro o ato sempre renovado da invenção, que propicia o acontecimento da arte, e sinaliza para as novas gerações que o sentido de um bem conservado por gerações passadas pode ser sempre reinventado por aqueles que hoje usufruem o privilegio dessa conservação.

 
A ideia do Projeto Respiração surgiu em 2004, a partir do desejo de colocar lado a lado a arte contemporânea e a arte dos grandes mestres clássicos do passado, da mesma maneira que Eva Klabin optou por expor sua coleção, reunindo num mesmo espaço a arte egípcia, a arte renascentista e a arte do século XIX, por exemplo. Este foi o rastilho estético que encontramos para desobstruir os canais da história da arte que segregam os artistas em diferentes escolas e não permite o livre acesso a pura percepção, que é o que dá sentido à obra de arte, seja ela feita há mil anos, quinhentos anos ou na nossa atualidade. A proposta é poder fazer o espaço respirar, trazendo sempre outras percepções do universo da arte, da coleção e da casa para que o visitante possa experimentar o que é ser tocado de forma direta pela presença da obra de arte.

 
Somos gratos ao Nelson Leirner por sua contribuição e a cada um dos artistas que participaram das 19 edições, ampliando nossa percepção a partir de suas percepções singulares do universo de Eva Klabin. Obrigado Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro, Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo. Obrigado ao Conselho, à Diretoria e à incansável equipe da FEK. Obrigado, companheiros dessa viagem.

 

 
Lançamento: 09 de dezembro, às 19h.

 
Até 25 de janeiro de 2015.

Sergio Gonçalves Galeria participa da Pinta Art Fair, Miami

05/dez

 

A Sergio Gonçalves Galeria participa da primeira edição da Pinta Art Fair, em Miami, voltada para o público latino-americano de arte. A galeria carioca ocupa o stand C 11 na área de Arte Contemporânea com obras dos artistas Felipe Barbosa, Deneir Martins, Eduardo Ventura, Raimundo Rodriguez e Rosana Ricalde.

 

A abertura para convidados aconteceu na noite desta quarta-feira, dia 3. A feira de arte latino-americana que já acontecia em Nova York e Londres se destacou no cenário de tantas feiras de arte que ocupam a Art Week da cidade americana. Rosana Ricalde, apresentada pela Sergio Gonçalves Galeria, foi um dos grandes destaques da noite de abertura, quando teve a série de seus mapas de cidades como Miami Beach, Rio de Janeiro e Bogotá disputadas por vários colecionadores. Essas obras, feitas a partir de recortes de trechos do livro “Cidades Invisíveis” de Ítalo Calvino, somadas ao “Tapete Persa”, feito de recortes do livro “Mil e uma Noites”, chamam atenção pelo minucioso trabalho de recriação das cidades e pela proposta ousada da artista ao convidar-nos para uma “leitura” do livro em um outro contexto.

 

Ainda tiveram destaques na Sergio Gonçalves Galeria os latifúndios (painel) de Raimundo Rodriguez, os condomínios e as bolas de Felipe Barbosa e o balão de Deneir Martins, apresentado pela primeira vez no exterior.

 

 

A feira, que fica no badalado Winwood District, abre hoje, dia 4 de dezembro e além da carioca Sergio Gonçalves Galeria, outras seis galerias brasileiras também estão presentes no evento.

 

 

De 04 a 07 de dezembro.

Sérvulo Esmeraldo na Paulo Darzé Galeria

02/dez

Natural de Crato, Ceará, em 1929, o artista plástico Sérvulo Esmeraldo encerra o calendário da temporada de 2014 da Paulo Darzé Galeria de Arte, Corredor da Vitória, Salvador, Bahia. O rigor geométrico-construtivo dos trabalhos de Sérvulo Esmeraldo projetou o nome do artista em destaque a partir da década de 1950. Após longa residência no exterior (Paris) e ter adquirido renome internacional, o artista atua pela divulgação da arte nordestina e pela renovação artística do seu estado. Sua obra está representada em grandes museus do mundo e em coleções públicas e privadas do Brasil e exterior.

Sérvulo Esmeraldo confere delicada fluidez a esculturas de sólidos geométricos, que dão sequência à sua pesquisa cinética e concretista. Enunciadas por seus contornos, de metal esmaltado em branco e preto, as formas vazadas parecem desafiar a gravidade e brincam com o olhar do espectador nas perspectivas que ganham outras dimensões por meio do jogo de luz e sombra.

 

 
De 04 de dezembro a 10 de janeiro de 2015.

Livro: “Atletas 1988 – 2014″ de Jac Leirner

O livro de artista “Atletas 1988-2014″, de autoria de Jac Leirner para a série “Ponto e vírgula”, da Ikrek Edições, é desdobramento do trabalho realizado a partir da coleção de imagens de atletas, e suas respectivas legendas reproduzidas nas páginas de jornais brasileiros e estrangeiros que Jac compila desde 1988. O conjunto desses recortes de jornais já deu origem a desenhos e colagens nos anos 1980 e 1990, assim como trabalhos em aço exibidos pela primeira vez na exposição Hardware Seda – Hardware Silk, na Yale School of Art, em 2012.

 
A utilização de objetos cotidianos é uma constante em seu trabalho. Esse fato é relevante para a leitura da obra que se apresenta, já que as manchetes selecionadas registram os acontecimentos esportivos que ganharam destaque diante da leitura diária dos periódicos, como também mapeiam os locais por onde passou Jac Leirner.

 
O livro revela uma narrativa não linear e não contextualizada, porém extremamente dramática. Isso se dá por meio de três eixos concebidos pela artista: a ausência das figuras humanas retratadas nas fotos, mas presentes nos contornos que as sugerem; a proeminência dada às legendas; e, por fim, a cor atribuída ao conteúdo: vermelho sangue.

 
Informações como data e nome do periódico são reservadas ao índice no final do livro, o que não interrompe a leitura e apreciação dos contornos. Uma vez que traz textos em diversas línguas, o livro não fica restrito a um público lusófono.

 
O processo de produção do livro é curioso: sobre as centenas de recortes de jornais, a artista fez os contornos a lápis. Foram pré-selecionados jornais e desenhos tomando-se como parâmetro a ausência da silhueta humana em perfeito estado de reconhecimento, ou seja, quanto mais amorfo o contorno, melhor. Posteriormente, foram escaneados. Os contornos foram vetorizados; as legendas foram tratadas de modo a preservar as famílias tipográficas dos jornais e o formato em que foram publicadas. Por fim, fez-se a escolha dos que estariam presentes na publicação.

 

 

Especificações técnicas

 
300 unidades; formato 155 mm x 230 mm (fechado); 128 páginas; impresso em Pantone 2035u sobre papel Pólen. “Atletas 1988 – 2014” faz parte da série “Ponto e vírgula”, da Ikrek Edições. A série é composta, em 2014, por quarto títulos: Não, de Fabio Morais; Vinte e cinco, de Rafael RG; O que une – separa, de Lenora de Barros. O projeto teve patrocínio do Banco Itaú, via Lei Rouanet.

 

 

Lançamento: 10 de dezembro, 2014, das 19h às 21h

 
Local: Galeria Fortes Vilaça, Rua Fradique Coutinho, 1500, São Paulo.

Lançamento de Catálogos

O próximo sábado, 06 de Dezembro, é o último dia para visitar a exposição “Um Salto no Espaço” na Sala dos Pomares, na Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, RS. A data conta ainda com o lançamento dos catálogos “Um Salto no Espaço”  e “Limites do Imaginário”. O catálogo de “Um Salto no Espaço” conta com texto de Neiva Bohns, diretora cultural da FVCB, e traz ainda um DVD, produzido pela Flow Filmes, com uma visita comentada pela exposição.

 

Já “Limites do Imaginário”, publicação gerada a partir da exposição realizada em 2013 na Fundação e que teve curadoria de Vera Chaves Barcellos e Neiva Bohns, conta com texto sobre a mostra e é ricamente ilustrada com imagens das obras que foram expostas.

Celina Portella e Movimento²

Celina Portella apresentano Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a mostra “Movimento²”. Na exposição, a artista apresenta cinco vídeo-instalações onde a imagem do seu próprio corpo se movimenta interagindo com as bordas do quadro dos monitores. A série de trabalhos, remontados através  do  patrocínio  da  Secretaria  Municipal  de  Cultura,  foi realizada  com  acompanhamento  da  artista  Lenora  de  Barros durante o desenvolvimento do projeto na residência LABMIS, no Museu da Imagem e do Som em São Paulo. “Seu olhar atua nos interstícios entre o “mundo real” e omundo da imagem, e desse ir e vir, extrai situações insólitas e intrigantes, quase verdadeiras, que confundem a nossa percepção”, comenta Lenora.

 

Para “Movimento²” Celina concebe roteiros coreográficos calculados matematicamente, passo a passo, para as performances registradas em vídeo. As ações têm suas imagens exibidas e integradas a engenhosas   estruturas   metálicas   construídas   a   partir   de mecanismos que movem telas de tv, em sincronia com as imagens do corpo da artista se revolvendo dentro do quadro, em interação com suas bordas e determinando o movimento da tela de exibição. O  resultado  é  uma  dança  des-cabida,  ortogonal  e  minimal,  da artista que também é bailarina e coreógrafa.

 

Nos vídeos-objetos 1, 2 e 3, as telas são fixas e a relação com o espaço varia conforme as dimensões do corpo contido no espaço videográfico. Nos vídeo-objetos 4 e 5, a tela se desloca sobre um trilho horizontal e um vertical de maneira vinculada à imagem, criando uma conexão entre ação virtual e espaço real.

 

Nos três trabalhos fixos, a relação com o espaço, tema quea artista costuma se envolver em suas criações, se difere pela variação das dimensões do corpo contido no frame videográfico. Na primeira, o corpo  aparece  em  dimensões  pequenas  ocupando  um  grande espaço e movimentando-se livremente. Na segunda o espaço se reduz, um corpo em dimensões maiores alcança todas as bordas do quadro. Na terceira o corpo quase não cabe dentro do quadro, encolhido,  ele  tem  sua  movimentação  limitada.  Nos  trilhos,  a relação entre a ação do corpo no vídeo e seu suporte se complexifica. O vai e volta dos monitores obedece a uma ação continua, sem cortes, parando em diferentes pontos dos trilhos e obedecendo a estímulos parecidos, mas não idênticos.

 

O projeto “Movimento²” foi realizado em três etapas: a realização de estruturas, a gravação e edição e a realização dos objetos. A definição do formato e modelo dos monitores, do tipo de câmera e formato de filmagem, das estruturas e parede construídas para a filmagem dependiam umas das outras, tornando o desenvolvimento da idéia, um processo elaborado, com inúmeros testes e uma pesquisa profunda sobre os meios, suportes, equipamentos e configurações disponíveis. A concepção de um roteiro de filmagem com   ordem   dos takes e   duração   das  ações   dependiam   das dimensões dos trilhos e da velocidade de deslocamento das telas nos mesmos.

 

 

Sobre a artista

 

Celina Portella investiga questões sobre a representação do corpo a partir do vídeo. Recentemente foi contemplada com o I Programa de Fomento a Cultura Carioca, com a Bolsa de Apoio a Criação da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e indicada para o prêmio Pipa 2013. Ultimamente participou das residências Récollets em Paris na França, LABMIS, no Museu da imagem e do Som, em São Paulo, na Galeria Kiosko em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia e no Núcleo de Arte e Tecnologia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi contemplada no II Concurso de Videoarte  da  Fundaj  em  Recife.  Participou  da  III  Mostra  Do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, da Mostra SESC de Artes, em São Paulo, entre outras exposições. Estudou design na Puc-RJ e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII em 2001.

 

O projeto “Movimento²” foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura por meio do Programa de Fomento à Cultura Carioca.

 

 

De 06 de dezembro a 12 de fevereiro de 2015.

Maria Lynch em Salvador

01/dez


A Roberto Alban Galeria, Ondina, Salvador, Bahia, apresenta a exposição “Maria Lynch – Roda Viva”, com obras inéditas da artista carioca nascida em 1981, um dos nomes de destaque de sua geração. A mostra reúne 12 pinturas em grande formato feitas pela artista entre 2013 e este ano, e uma escultura de parede, em tinta e tecidos, produzida em 2014. Morando em Nova York desde 2013 para uma residência artística na Residence Unlimited, ela também tem exposição agendada na Store Front for Art and Architeture.

 
Os trabalhos apresentados na Roberto Alban Galeria são desenvolvimento de uma série iniciada no ano passado, com “mulheres ausentes, ou projeções de mulheres idealizadas, em meio ou em contradição com um mundo onírico e lúdico”, explica a artista. Ela conta que uma parte das obras foi produzida em Nova York, as pinturas com fundo preto, em que “também procurava essa ambiguidades da representação através das cores, e uma ausência completa de vestígios humanos, como se fosse a cena abandonada por alguém”. A exposição é acompanhada de um catálogo, com texto crítico de Mario Gioia, curador independente, formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

 
Ele observa que “…a produção de Maria Lynch é um corpo estranho na complexa tessitura da arte contemporânea brasileira, nesse começo de século 21, e isso é bom. Para a individual que fica em cartaz na Roberto Alban Galeria, em Salvador, a artista carioca parece desdobrar questões já rascunhadas na história da arte do país. Nessa linha, podemos eleger a percebida em ‘Baile à Fantasia’ (1913), de Rodolfo Chambelland (1879-1967), trabalho-chave da nossa modernidade, quando forma e conteúdo se unem de modo intrincado e salientam esse espírito de tempo (na época, virada do Novecentos para o século 20) que carrega, de modo mais latente ou explícito, a melancolia e o pessimismo. São sentimentos que irão denotar que, sim, o festejo carnavalesco retratado tem data para acabar. Mais o peso de uma Quarta-feira de Cinzas do que a embriaguez dos dias comemorativos. É como se as figuras esvaziadas e em branco das novas pinturas de Lynch fossem reedições contemporâneas desses antigos personagens, só que agora estrelando uma dança desritmada, em ambientes fragmentados, incompletos e não preenchíveis, mesmo que envoltas num colorido sedutor”.

 
O universo feminino é o tema central da pesquisa da artista, que comenta: “a partir do excesso em torno do feminino e do universo lúdico, extermino qualquer traço do mundo masculino, que é uma maneira de evidenciar sua presença perante tal ausência”. “A angústia e a ansiedade nunca são resolvidas, essas são as áreas onde o meu trabalho são instauradas, há uma repulsa à realidade. Recrio uma ficção, uma alegoria, um excesso junto a fragmentos do imaginário. O apagamento da identidade do feminino é mais que a vontade de não estar presente no mundo, e sim o de escondê-lo. Assim restituo um certo mundo, sublimando o real numa lógica particular. Abstrato e erótico, entre o gozo e a culpa, nesses paradoxos, vou encontrando liberdade para a imanência, para a celebração do delírio, da catarse onírica e a diferença imagética.”

 

 
Sobre a artista

 
Maria Lynch nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1981 onde vive e trabalha. Formada pela Chelsea College of Art and Design, Londres, onde concluiu pós- graduação e mestrado em 2008. Entre suas principais exposições estão “The Jerwood Drawing Prize”, em 2008, com itinerância a partir de Londres para outras cidades da Inglaterra. No mesmo ano participou de “Nova Arte Nova”, no CCBB, Rio e São Paulo. Em 2010, ganhou o Prêmio Funarte de Artes Plásticas Marcantônio Vilaça, participou da exposição “Performance Presente Futuro Vol III”, Oi Futuro, RJ. Em 2011, integrou a 6º Bienal de Curitiba VentoSul, e em 2012 foi convidada para expor no Paço Imperial, Rio, e para a residência artística Bordalo Pinheiro, em Lisboa, Portugal. Foi também convidada para expor durante as Olimpíadas de Londres, 2012, no Barbican Centre. Em 2013 fez exposição individual na Galeria Anita Schwartz e foi convidada pelo Itamaraty a fazer residência em Lima. Maria Lynch está presente em importantes coleções públicas como Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Centro Cultural Candido Mendes,  Coleção Gilberto Chateubriand, Brasil/MAM Rio, Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty, e Committee for Olympic Fine Arts, em Londres.

 

 

De 11 de dezembro a 12 de janeiro de 2015.

Gonçalo Ivo em Paris

30/nov

A Galerie Boulakia, Paris, apresenta 15 pinturas em grande formato produzidas nos últimos três anos pelo pintor Gonçalo Ivo. Nesta segunda exposição na Galerie Boulakia, a primeira data de 2012, e sua sétima exposição individual em Paris, Gonçalo Ivo, fiel a ele mesmo e à pintura, atividade que desenvolve desde jovem, continua aprofundando questões plásticas que lhe são caras como a cor como forma autônoma de linguagem, uma geometria mais próxima da poesia do que do rigor e uma latente espiritualidade gerada pela sua proximidade e admiração aos grandes mestres do passado.

 

Aos 56 anos, instalado há quinze anos com sua família e seu ateliê em Paris, o artista que conviveu em sua juventude com Iberê Camargo, Aluisio Carvão e que tinha nas paredes da casa paterna Lygia Clark, Volpi, Eliseu Visconti e muitos outros mestres modernos e antigos, apresenta agora para o publico francês séries inéditas de trabalhos.

 

 

Sobre o artista

 

Arquiteto de formação, filho do poeta Lêdo Ivo, desde pequeno convive com artistas e escritores como João Cabral de Mello Neto. Artista internacional com obras no Museu de Arte Geométrica de Dallas, de Long Beach, California e nos principais museus brasileiros como Museu Nacional de Belas Artes, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e Museu do Mar, no Rio de Janeiro entre outros. Possui diversos livros publicados sobre sua obra com textos dos mais relevantes críticos de arte como o francês Marcelin Pleynet e os brasileiros Frederico Morais, Fernando Cocchiarale e Roberto Pontual.

 

 

Sobre a Galerie Boulakia

 

Fundada em 1971, a Galerie Boulakia representa os grandes nomes da historia da arte, dos impressionistas a Jean-Michel Basquiat passando por Picasso, Fernand Leger, Damien Hirst, e Chagall. Sustentou no inicio da carreira obras de artistas então desconhecidos como Sam Francis, Alechinsky, Jorn e Appel. Instalada na Avenue Matignon n° 10, a Galerie Boulakia é das mais prestigiosas galerias francesas.

 

 

De 02 de dezembro a 05 de janeiro de 2015.

Brasileiros em Miami

28/nov

A galeria brasileira Athena Contemporânea, que tem à frente o marchand Filipe Masini, participa da Context ArtMiami, USA. A cidade de Miami, que se tornou um dos principais pólos de arte contemporânea, por conta da grande Art Miami Basel, que começa no dia 4, hoje conta com outras feiras de arte paralelas a este evento que reúne visitantes de várias partes do mundo. Filipe Masini leva artistas da galeria, como Alexandre Mury, Débora Bolsoni, Vanderlei Lopes e o artista urbano Zezão.

 

 

De 02 a 07 de dezembro.