Sete artistas e projeto “Solo”

10/set

A Galeria Emma Thomas chega à quarta edição da ArtRio, Pier Mauá, Centro, Rio de Janeiro, RJ,  com a mostra “Arquipélago” e também apresenta obra do artista Lucas Simões no projeto “Solo”. Nesta edição do evento, a Emma Thomas promove duas ações distintas. Em seu estande V11, a Galeria apresenta a mostra “Arquipélago” com curadoria de Daniela Name e a participação de sete artistas representados pela galeria. Já o artista Lucas Simões foi selecionado para desenvolver um projeto no “Solo Project da Art Rio”, escolhido pelos curadores Pablo Leon de la Barra e Julieta Gonzalez. Este programa existe desde a primeira edição da ArtRio, em 2011, e traz a cada ano uma temática diferente. Em 2014, os curadores selecionaram obras históricas e contemporâneas que exploram a materialidade do concreto.

 

 

Arquipélago

 

Para esta mostra, a curadora Daniela Name partiu do poema “Os Ilhéus”, de Antônio Cícero (“Em arquipélagos, os ilhéus/ pisarão ruínas ao lume/ do mar, maravilhados e incréus…”), para se debruçar sobre o trabalho de sete artistas da Emma Thomas  -Bruno Miguel, Carlos Contente, Erica Ferrari, Lucas Simões, Pontogor, Rodrigo Bueno e Rodrigo Zamora – unindo-os a partir da relação destas obras com a arquitetura e das relações que estabelecem com o espaço físico. Nas estereografias da série “Palácios”, Erica Ferrari reinventa lugares estratégicos para a vida política, mergulhando-os em novos contextos: a arquitetura ganha fluidez aquosa de um delírio, escorre, se duplica. Os palácios reais e irreais de Erica dialogam com a série “Estado Laico”, de Rodrigo Bueno, em que os palácios de Brasília – que parecem já ter nascido como ruínas do futuro – são cotejados com tudo aquilo que o sonho da capital federal pareceu esconder. São imagens de “Não ditos” – nome, aliás, da série de esculturas de Lucas Simões selecionadas para a mostra. Nestas peças, o artista reinventa arquiteturas e insinua discursos. Quantas páginas em branco uma construção pode recalcar? Rodrigo Zamora cria sua obra justamente a partir daquilo que é recalcado, enquanto Bruno Miguel e Contente mergulham na criação de uma malha discursiva e midiática, muitas vezes fabulosa. Já a escultura de Pontogor, insinua que toda a construção – inclusive a desta mostra – tem um pouco de gambiarra, de adaptação.

 

Como ilhas de um mesmo arquiteto, os artistas reunidos nesta exposição são banhados pelo mesmo mar, mas têm naturezas distintas. Seus trabalhos também falam de um tempo em que a rede ininterrupta oferece uma conexão a tudo e a todo mundo, mas também é cúpula de solidão, espelho selfie. Estas cidades cheias de náufragos estão à deriva nas águas que banham este “Arquipélago”. O projeto especial da galeria inclui a realização de um sarau com poemas de Antonio Cicero na sexta-feira, dia 12, no estande da Emma Thomas (V11 – Pavilhao 2). Os artistas participantes de Arquipélago e convidados recebem o publico a partir das 18h.

 

 

Lucas Simões apresenta “Engessado”, na mostra “Solo”

 

Selecionado para “Solo Project da Art Rio”, Lucas mostra a nova série de esculturas que são uma reação crítica à fetichização e engessamento da obra “Bichos” propostos pela artista Lygia Clark a partir de 1960. Essas esculturas, formadas por placas metálicas conectadas por dobradiças, sem forma pré definida, acontecem na ativação do público através da manipulação. A ascensão dos movimentos concreto e neo concreto transformaram esses objetos em desejo de consumo e em algumas instituições são apresentados subvertendo seu conceito, expostas como objetos estáticos, em redomas de acrílico. Os “Engessados” são esculturas baseadas em algumas destas obras, como se estas estivessem encravadas num volume escultórico maior. Eles são expostos em superfície abrasiva e estão livres para a manipulação do público. O atrito entre a superfície e o gesso levará a um contínuo desgaste das peças e, por último, seu completo desaparecimento.

 

 

De 10 a 14 de setembro.

Ricardo Basbaum na Laura Alvim

09/set

A Galeria Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a individual “nbp-etc: escolher linhas de repetição”, de Ricardo Basbaum, sob curadoria de Glória Ferreira, com trabalhos inéditos ou nunca apresentados no Rio de Janeiro.

 

“nbp-etc: escolher linhas de repetição” é mais uma etapa da prática artística de Ricardo Basbaum, que por mais de duas décadas tem desenvolvido projetos em diversas linguagens. Com foco na relação com o visitante, na produção de som a partir da escrita, na postura investigativa e auto-reflexiva do artista e na construção de plataformas colaborativas e de performances, o artista, atuante desde os anos 80, pesquisa a arte como mecanismo para articular experiência sensorial, sociabilidade e linguagem.

 

A exposição começa impedindo a entrada direta do visitante na galeria. Ele se depara com estruturas arquitetônico-escultóricas que o obrigam a desviar e buscar outro percurso de acesso, construindo uma relação evidente com o corpo. “É uma performance ‘compulsória’”, propõe o artista. Nas paredes da mesma sala, há jogos de palavras, com refrões, citações e repetições, para vocalização aberta. Na noite de abertura, os cantores Lucila Tragtenberg e Licio Bruno realizam experimentos de livre vocalização dos textos.

 

Na sala seguinte, Basbaum usa diagramas em que se pode visualizar processos de pensamento conceitual de sua produção. Dois grandes diagramas desenhados sobre a parede contêm comentários sobre o ambiente da arte dos anos 80 no Rio de Janeiro e sobre o vocabulário com o qual o artista vem construindo o projeto NBP – Novas Bases para a Personalidade, em desdobramento desde os anos 1990.

 

No terceiro diagrama, na próxima sala, os comentários se referem diretamente à construção da mitologia do artista. Este diagrama se desdobra também em peça sonora, construída pela superposição de textos falados por Basbaum, editados e mixados, disponíveis através de fones de ouvido e mobiliário para o público se acomodar. Aqui, Basbaum promove a ativação de textos como elementos visuais e sonoros.

 

Os três diagramas e os módulos de escuta contribuem para a visualização e espacialização da fala do artista – enquanto obra – no local da exposição.

 

A última sala da galeria tem uma retrospectiva de 11 vídeos da série eu-você: coreografias, jogos e exercícios, realizados entre 1999 e 2014, e apresentados juntos pela primeira vez nesta mostra. Os vídeos registram ações com pessoas vestindo camisas com os pronomes ‘eu’ [vermelho] e ‘você’ [amarela], explorando situações performativas de dinâmica de grupo. A partir de instruções preliminares do artista, coreografias variadas são desenvolvidas em grupo, muitas vezes tendo como referência as linhas arquitetônicas dos locais onde a ação acontece, que podem ser uma praça no interior do Brasil, uma quadra de escola ou espaços do Museu de Arte Moderna de Nova York. Há camisetas ‘eu’ e ‘você’ em português, inglês, mandarim, árabe e bengali. Realizados em contextos diversos, como residências, oficinas e exposições, os vídeos apresentam eu-você: coreografias, jogos e exercícios no Brasil, País de Gales, na Inglaterra, Espanha, China e nos Estados Unidos.

 

Basbaum avalia que “todas estas formas de ação – estruturas, textos, desenhos, diagramas, vídeos – próprias da arte contemporânea, convergem nesta exposição em torno de um problema que se tornou cada vez mais presente em minha prática: como alguém se produz como artista? que tipo de artista se quer e se pode ser?”

 

“Ricardo denomina de artista-etc. (como também se autodefine) esse artista que se desloca por diversos papéis e politiza as relações com o circuito de arte, e que entende a produção poética como construção, fabricação de problemas”, diz a curadora Glória Ferreira.

 

 

Sobre o artista

 

Ricardo Basbaum, São Paulo, 1961, é artista e escritor. Vive e trabalha Rio de Janeiro. Investiga a arte como dispositivo e plataforma para articulação da experiência sensorial, sociabilidade e linguagem. Desde os anos 1980 desenvolve um vocabulário específico, aplicado de modo particular a cada novo projeto. Projetos individuais recentes incluem re-projecting (london) (The Showroom, Londres, 2013), diagramas (exposição antológica, Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela 2013) e conjs., re-bancos*: exercícios&conversas (Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, 2011). Sua última exposição individual no Rio de Janeiro foi vibrosidade&vibrolução (A Gentil Carioca, 2011).

 

Seu trabalho foi recentemente incluído em A Singular form (Secession, Viena, 2014), Garden of Learning (Busan, 2012) e Counter-Production (Generali, Viena, 2012), entre outros eventos. Participou da documenta 12 (2007) e da 25ª e 30ª Bienais de São Paulo (2002, 2012). É autor de Manual do artista-etc (Azougue, 2013), Ouvido de corpo, ouvido de grupo (Universidade Nacional de Córdoba, 2010) e Além da pureza visual (Zouk, 2007). Contribuiu com Materialität der Diagramme – Kunst und Theorie (Ed. Susanne Leeb, b_books, 2012). É professor do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Trabalhou como Professor Visitante da University of Chicago entre outubro e dezembro de 2013.

 

 

 

Até 16 de novembro.

Vik Muniz no Rio

A segunda exposição que a Galeria Nara Roesler, Ipanema, Rio de Janeiro exibe é do consagrado Vik Muniz. O artista, que atua entre Nova York e o Rio de Janeiro, apresenta 11 trabalhos, inéditos no Brasil, de duas séries recentes, “Álbum” e “Postcards from Nowhere”. Nelas, trabalha com fragmentos de fotos e de cartões postais, respectivamente, para trazer à tona e subverter os mecanismos pelos quais as imagens são percebidas, quando decompostas nas suas várias camadas de compreensão: o detalhe, a totalidade e o imaginário de quem a vê.

 

Formadas por fotos em p&b e sépia retiradas de recordações de famílias, as imagens da série “Álbum” são elas mesmas enormes reproduções de cenas pessoais imortalizadas pela câmera. Tirar fotografias era, até pouco mais da metade do século 20, uma ação quase solene, reservada a ocasiões especiais, pelo preço e especificidade dos materiais utilizados. Dessa forma, apenas os momentos verdadeiramente memoráveis mereciam registro.

 

Com o barateamento do equipamento e o advento da tecnologia digital em sua reprodutibilidade infinita e instantânea, a fotografia hoje tornou-se corriqueira, perdendo a dimensão de solenidade e de intimidade. É isso que Vik Muniz problematiza em “Álbum”, por meio da miríade de imagens que concorrem para formar a macrofoto.

 

O olhar do espectador divide-se entre concentrar-se na imagem maior, que aqui pode ser a menina da baliza de uma fanfarra, o senhor orgulhoso do produto de sua pesca ou a jovem posando na praia, ou focar as várias pequenas recordações que parecem se perder na coletividade e impessoalidade. Assim, o público se vê confrontado por questões como a experiência pessoal em contraponto à experiência coletiva, à formação da memória e a banalização da imagem com a saturação de sua incessante produção.

 

 

Sobre o artista

 

Vik Muniz nasceu em 1961, em São Paulo. Vive e trabalha em Nova York e Rio de Janeiro. Participou de inúmeras bienais, como da 49ª Bienal de Veneza, Itália (2001); 24ª Bienal de São Paulo, Brasil (1998); Bienal de Arte Contemporânea de Moscou, Rússia (2009), entre outras. O Tamanho do Mundo (Santander Cultural, Porto Alegre, Brasil, 2014), Más acá de la imagen (Museo de Arte del Banco de la República, Bogotá, Colômbia, 2013); Clayton days (The Frick, Pittsburgh, EUA, 2013); são suas mais recentes exposições individuais. Algumas das mostras coletivas de que participou são: Superreal: alternative realities in photography and video (El Museo del Barrio, Nova Iorque, EUA, 2013); Travessias 2 (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro, Brasil, 2013); e Swept away (Museum of Arts and Design, Nova Iorque, 2012);. Suas obras integram acervos como: Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA; Centre Pompidou, Paris, França; Guggenheim Museum, Nova Iorque, EUA; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri, Espanha; Inhotim, Brumadinho, Brasil, entre outros.

 

 

Até 12 de outubro.

Rodrigo Albert em Santa Teresa

Seguindo o projeto do intercâmbio cultural entre galerias brasileiras, a Galeria Anexo, na Modernistas Hospedagem e Arte, em Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ, recebe desta vez a Galeria Manoel Macedo, de Belo Horizonte, MG, com exposição individual inédita do fotógrafo premiado Rodrigo Albert, com curadoria de Wilson Lázaro.

 

Rodrigo Albert, de 35 anos, há quase uma década trocou a capital de Minas Gerais pela Europa. Morou em Paris e agora vive no México. Na mostra “De onde sai o dia”, Rodrigo apresenta 30 fotografias inéditas e tem como objetivo mostrar as pessoas e seus momentos, em lugares e tempos diferentes. As imagens perseguidas por Rodrigo Albert, apresentam o espanto do cotidiano. A construção a partir de dados reais, que exibem um mundo estranho, melancólico e até bruto, mas carregado de potência, ação e movimento. Ora caótico, ora organizado, um mundo que vai escondendo em suas dobras, um território inóspito, misterioso: a cidade recortada.

 

“Temos todos os dias para construir, por meio de imagens, o nosso lugar no mundo”, afirma Rodrigo.

 

O percurso do artista é marcado por momentos importantes no cenário da arte contemporânea. Rodrigo Albert foi o vencedor, no Brasil, do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger (2005/2006), com as séries “Costumes e ofícios”, “Gente e lugares” e “Mitos”. Em Paris, ganhou o prestigiado prêmio para jovens talentos da Galeria Polka (a mesma que representa Sebastião Salgado), escolhido por Marc Ribaud, da turma da agência Magnum Photos. Acrescente-se participação em concursos internacionais, em coletivas em várias partes do mundo e algumas mostras individuais.

 

 

De 09 de setembro a 27 de outubro.

LZ Studio, 3ª edição do LZ Arte

O multicultural bairro de Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, foi o cenário escolhido por Anny Meisler, Luiz Felipe Burdman e João Ricardo Coutinho como endereço para o seu espaço múltiplo, o LZ Studio. Entre a praia e a Lagoa Rodrigo de Freitas, o casarão de muro colorido recebe, dia 11 de setembro, a terceira edição do LZ Arte, projeto cultural idealizado por Anny Meisler.

 

A mostra conta com a participação de dez artistas cariocas selecionados por Anny Meisler e sua equipe. Entre eles estão pinturas assinadas por Poe, Ani Cuenca, Vitoria Frate, Cela Luz, Carlos Mattos e Pedro Vasconcellos, mais as fotografias de Denise Perez, Guilherme Torres, Heberth Sobral e Paula Klien. As obras poderão ser vistas durante o evento e pelos próximos quatro meses, tempo em que a exposição continuará em cartaz. O coletivo Pablo A Tribo, promete não deixar ninguém parado com seu rock maracatu, que se funde às mensagens do rap declamado. Com poesias e músicas autorais, Pablo A Tribo, leva na palavra e nos atos a ideologia dos valores simples.

 

Nesta edição do projeto, ainda será lançada a Revista Wish Casa, especial Rio de Janeiro. A publicação do mês de setembro será toda dedicada à cidade e terá novidades inéditas.

 

 

Sobre o LZ Studio

 

Sob o comando de Anny Burdman Meisler, a LZ Studio abriu as portas em outubro de 2012. Trabalha com exclusividade no Rio de Janeiro, produtos Diesel, Moroso, Flou, Droog, Alessi, Pedrali, Flos, Seletti, Muuto, Fatboy, Maurício Arruda, Surface Project, Maneco Quinderé, Adriana Barra, Zanini de Zanine entre outros, de um mix que chega a duas mil peças. O projeto do espaço é assinado por André Piva, um imóvel de 400 m² datado de 1938, organizado em 17 ambientes.

 

 

A partir de 11 de setembro.

Angelo Venosa na Anita Schwartz

08/set

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a exposição individual de Angelo Venosa, um dos mais destacados artistas de sua geração. A mostra “Angelo Venosa – Membrana”, ocupará todo o espaço expositivo da galeria com cerca de 20 trabalhos inéditos, produzidos este ano e especialmente para esta exposição.

 

Uma novidade nos trabalhos apresentados é a utilização de novos materiais. Pela primeira vez, em mais de trinta anos de trajetória, Angelo Venosa está usando bambu e filamento plástico em suas obras. Além disso, trabalhos novos, baseados em séries realizadas anteriormente, também são apresentados nesta exposição com materiais distintos. De acordo com o artista, todas as obras se relacionam entre si.

 

Um desses materiais novos é o filamento de plástico, usado pela primeira vez este ano pelo artista. Encantado com as possibilidades do material, ele criou diversas pequenas formas, mas resolveu uni-las, formando trabalhos maiores, que serão apresentados na exposição envoltos em cápsulas de acrílico, de 95 cm de diâmetro. “É uma espécie de colônia, de núcleos, é um corpo em associação”, diz Angelo Venosa sobre as obras criadas com filamento de plástico preto, com inserções em cinza claro, que possuem formas variadas.

 

Os trabalhos em bambu, também inéditos, são inspirados em obras feitas pelo artista anteriormente em madeira e resina. “A criação desses trabalhos surge com uma curiosidade pelo material, que eu nunca tinha usado. E acho que eles têm um parentesco com os trabalhos em filamento plástico, pelo fio, pela linha”, afirma Venosa. Para criar estes trabalhos, o artista utiliza camadas bem finas do bambu, que se moldam, criando diferentes formas. Na exposição, haverá trabalhos desta série, tanto esculturas de chão quanto de parede.

 

No grande salão térreo da galeria, com 200 metros quadrados e pé direito de mais de sete metros, haverá uma grande obra, com aproximadamente quatro metros e meio de altura, feita em alumínio. “É uma peça de parede, que tem o mesmo principio construtivo de um trabalho feito anteriormente, mas é uma peça nova. Comecei a pensar a exposição a partir desta obra”, conta o artista.

 

Também farão parte da mostra trabalhos onde o artista faz gravações com laser sobre fórmica. São trabalhos inéditos, que fazem parte de uma série iniciada anteriormente, há cerca de dois anos. Haverá, também, três trabalhos de parede novos, também de uma série anterior (2012), constituídos pela sobreposição de lâminas brancas.

 

 
 
Sobre o artista

 

Angelo Venosa nasceu em São Paulo, em 1954. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Surgiu na cena artística brasileira na década de 1980, tornando-se um dos expoentes desta geração. Desde esse período, Venosa lançou as bases de uma trajetória que se consolidou no circuito nacional e internacional, incluindo passagens pela Bienal de Veneza (1993), Bienal de São Paulo (1987) e Bienal do Mercosul (2005). Hoje, o artista tem esculturas públicas instaladas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Jardim do Ibirapuera); na Pinacoteca de São Paulo (Jardim da Luz); na Praia de Copacabana/ Leme, no Rio de Janeiro; em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba. Possui trabalhos em importantes coleções brasileiras e estrangeiras, além de um livro panorâmico da obra, publicado pela Cosac Naify, em 2008. Suas últimas exposições individuais foram este ano, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte; na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2013; no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 2012, e na Casa de Cultura Laura Alvim, também no Rio de Janeiro, em 2009.

 

 

 
Até 14 de novembro.

Raquel Arnaud exibe Julian Schnabel

A Galeria Raquel Arnaud, Vila Madalena, São Paulo, SP, em parceria com o MASP e a galeria norte-americana Gagosian, traz ao Brasil seis obras do artista e cineasta norte-americano Julian Schnabel. A mostra, que ocorre paralelamente à retrospectiva organizada pelo MASP -– “Julian Schnabel – Paintings 1998-2014″ – traz ao público trabalhos que representam a contemporaneidade na produção do artista. Trata-se de seis telas concebidas em grande formato e que traduzem parte do potencial de uma obra marcada, entre outros, pela constante diversidade de suportes, temas, e, nesse caso pictórico, materiais.

 

Um dos grandes nomes artísticos da cena contemporânea mundial, reconhecido por dirigir os filmes “Basquiat” e O “Escafandro e a Borboleta”, o artista e cineasta Julian Schnabel é também conhecido por sua figura quase mítica, sua carreira muitas vezes controversa, e pelo caráter compulsivo e relativamente intenso com que, nessas mesmas características, imprime marcas em seu trabalho.

 

Dotado de uma notável capacidade em desenvolver transformações, Julian Schnabel experimenta uma vasta alquimia entre fontes e materiais, desafiando as próprias noções de moderação, racionalidade e ordem que poderiam estar implícitas em sua produção. A atitude barroca incorporada em suas pinturas ganha escalas audaciosas e passaram, ao longo do tempo, a combinar tinta a óleo e técnicas de colagem; elementos pictóricos clássicos inspirados na arte histórica; características neo-expressionistas, abstratas e figurativas.

 

Para tratar de temas adequadamente amplos, como a sexualidade, a obsessão, o sofrimento, a redenção, a morte e a religiosidade, Julian Schnabel faz uso de uma particular diversidade de materiais, como pratos quebrados, tecidos  típicos de cenários de teatro Kabuki, lonas e veludo, e toda uma infinidade de imagens, nomes e fragmentos de linguagem, bem como densas camadas de tinta, resina viscosa e reprodução digital aplicada.

 

 

Sobre o artista

 

Julian Schnabel, Nova Iorque, 1951, vive e trabalha em Nova Iorque e Montauk, Long Island. Sua primeira exposição individual foi no Contemporary Arts Museum, em Houston, em 1975. Desde então seu trabalho tem sido exposto em renomadas instituições internacionais como a Tate Gallery, Londres (1983), o Whitney Museum of American Art, em Nova Iorque (1987), Inverleith House, em Edimburgo (2003); Schirn Kunsthalle, Frankfurt e Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri (ambos 2004); Mostra d’Oltramare, Nápoles (2005); Schloss Derneburg, Alemanha, Tabacalera Donostia, San Sebastian, e The Beijing World Art Museum, China (todos 2007), assim como na Art Gallery of Ontario, Toronto (2010). Seu trabalho faz parte dos principais museus internacionais e coleções particulares, como o Metropolitan Museum of Art; o Museum of Modern Art (MoMa); o Guggenheim Museum; o Whitney Museum of  American Art; o Museum of Contemporary Art, e o Broad Art Foundation, Los Angeles; Reina Sofia, Madri, e no Centre Georges Pompidou, Paris.

 

 

Até 11 de outubro.

Dois na galeria Laura Marsiaj

05/set

Chama-se “O INTERNO EXTERIOR” a nova exposição de Arnaldo Antunes, atual cartaz da primeira sala da galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Fotografando letras, palavras e frases soltas em diversas cidades, desde o início dos anos 90, Arnaldo Antunes foi compondo um vocabulário a partir do qual criou verdadeiros enredos analógicos, para expressar questões interiores com dizeres tirados do mundo exterior. As fotos foram animadas em stop motion e, além de se alternarem em diversos ritmos, associam-se em ocorrências simultâneas sempre diversas. A curadoria é de Daniel Rangel.

 

Na sala denominada Anexo, a galeria exibe série de pinturas inéditas, “Bruno Drolshagen: Barranco”. A propósito de seus trabalhos diz o artista: “Busco preservar a intensidade do impulso, ao longo de todas as horas debruçadas em observações de folhas secas, cantos empoeirados, árvores, paredes e tudo que prende a atenção do meu olhar como artista. Meu interesse é apontar o que há de abstrato em minhas observações realistas do cotidiano.”

 

 

Até  11 de outubro.

Novidades no Inhotim

Quem visitar o Inhotim, MG, vai poder conferir diversas novas obras. Artistas do Leste Europeu, Ásia e Estados Unidos propõem um novo olhar sobre a produção artística contemporânea.

 

Segundo o diretor de arte e programas culturais do Instituto, Rodrigo Moura, nos últimos 10 anos, houve um aumento do interesse mundial pela arte latino-americana e de outras regiões que fogem aos centros hegemônicos de produção. “Esse movimento está muito ligado a uma perspectiva de descentralização das narrativas. Nesse contexto, entendemos que o papel de um espaço como o Inhotim não é apenas colecionar nomes consagrados, mas introduzir outros, menos conhecidos por aqui”, afirma.

 

Uma nova galeria permanente, a décima oitava do Instituto, será dedicada ao pintor norte-americano Carroll Dunham. A galeria irá abrigar um ciclo de pinturas chamado Garden (2008), composto por cinco telas que refletem as impressões do artista sobre o Inhotim.

 

A Galeria Lago, um dos quatro espaços do Inhotim para exposições temporárias, receberá trabalhos de três artistas. A romena Geta Brătescu, ganha uma grande mostra individual de sua produção, com trabalhos que datam de 1986 a 2013, intitulada “O jardim e outros mitos”.

 

Dominik Lang, da República Tcheca, apresenta “Sleeping City” (2011), uma instalação composta por esculturas de bronze criadas pelo pai do artista. Em meio a estruturas de ferro e madeira, as peças adquirem novos significados.

 

Já do filipino David Medalla, será apresentada a obra “Cloud-Gates” (1965/2013) da série “Bubble Machines” – esculturas cinéticas formadas por espuma e criadas pelo artista pela primeira vez na década de 1960.

 

Para comemorar a inauguração dos novos projetos, os músicos Jards Macalé e Jorge Mautner sobem ao palco do Inhotim em Cena para uma apresentação especial. Parceiros musicais e amigos de longa data, os dois artistas relembram sucessos da música popular brasileira e prometem surpresas. O show começa às 15h, próximo ao Magic Square.

 

 

A partir de 4 de setembro.

Cartazes

Após dois anos de ações de amor pela cidade, produzindo minidocumentários com personagens cariocas, matérias jornalísticas e agendas culturais, o movimento #RioEuTeAmo está lançando o filme homônimo, “Rio, Eu Te Amo”. Para coroar esse movimento de amor pela cidade maravilhosa, o Complex Esquina 111, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, irá abrigar a exposição “Visões Rio, Eu Te Amo”. Se todo filme que se preze tem um cartaz para chamar de seu, com “Rio, Eu Te Amo” não poderia ser diferente.

 

Resgatando vínculos com artistas que o movimento #RioEuTeAmo se conectou em seus dois anos de ações pela cidade, sete deles foram convidados a reinterpretarem o cartaz original do filme. Kakau Hofke, Rodrigo Villas, Mariana Valente, Lisa Akerman, Carol Incerti, Lukas Guinard e Marcelo Malni são os nomes que, cada um ao seu modo, irão declarar seu amor pela cidade criando versões pra lá de especiais. Da colagem ao graffiti, passando pela ilustração, aquarela e desenho vetorial, os sete belos cartazes assinados estarão em exposição no Complex Esquina 111.

 

 

Sobre o Complex Esquina 111

 

Um lugar com o espírito do Rio de Janeiro, dinâmico em sua essência, onde diferentes espaços e atividades convivem sob o mesmo teto. Essa é a proposta do Complex Esquina 111, uma parceria do grupo Slash/Slash, da produtora BDZ e da Escola de Atividades Criativas Perestroika. O gastrobar abre as portas na esquina das ruas Redentor e Maria Quitéria, no coração de Ipanema, sob o comando de Gabriel Rezende. Com projeto da Quarto Andar Arquitetura e cenografia e ambientação de Antônio Torriani, o primeiro e aconchegante piso, possui um salão, além de uma área externa, subindo as escadas, se encontra um espaço multiuso, projetado para abrigar todo tipo de programação e agregar ainda mais ao mix do gastrobar. A casa oferece uma agenda alternativa, com exposição de artistas de diversos segmentos, cursos ministrados pela Escola de Atividades Criativas Perestroika, DJs, músicos e designers. O cardápio, é assinado pelo prestigiado chef Fábio Batistella.

 

 

De 06 a 27 de setembro.