No Santander Cultural

05/set

A terceira artista da edição 2014 do Projeto RS Contemporâneo no Santander Cultural, Porto Alegre, RS, apresenta, na Galeria Superior, os trabalhos de Romy Pocztaruk. A exposição “Feira de Ciências”, com curadoria de Guilherme Bueno, traz uma provocação sobre como a arte, por meio da fotografia, e a ciência, pelos seus métodos, podem “iludir” quem os vê e analisa. Ao transpor arte e ciência no seu trabalho, Romy Pocztaruk coloca em dúvida se as imagens representam registros científicos ou artísticos.

 

O Projeto RS Contemporâneo é um dos projetos mais promissores para o Santander, ao refletir, na sua essência, a transformação e promoção da nova produção artística local, oferecendo oportunidade aos jovens artistas de terem uma exposição individual, com toda organização e suporte profissional necessário para ser exibida na galeria do Santander Cultural.

 

 

Até 28 de setembro.

Almandrade na Gustavo Rebello Arte

04/set

Gustavo Rebello Arte, Copacabana Palace, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, apresenta ao público carioca poemas visuais, objetos e pinturas do artista baiano Almandrade. Esta exposição é um recorte do trabalho do artista, elaborado a partir dos primórdios da década de 1970, com a preocupação de utilizar o objeto de arte para interrogar a natureza da linguagem e provocar reflexões, sem deixar que conceitos sobreponham ao fazer artístico.

 

Antônio Luiz M. Andrade, o Almandrade, é artista plástico, arquiteto e poeta baiano, de Salvador. Participou de importantes mostras nacionais e internacionais, como a Bienal de São Paulo. É envolvido com a pesquisa de linguagens artísticas, desde 1972, onde ora se envolve com as artes plásticas, ora com a literatura. Escreveu em vários jornais e revistas especializadas sobre arte, arquitetura e urbanismo, ganhou prêmios de cultura e publicou livros de poesias e trabalhos visuais. Seus poemas procuram dar às palavras intensidade plástica, forma. Tem trabalhos espalhados em acervos particulares e públicos no Brasil.

 

Almandrade compromete-se com a pesquisa de linguagens artísticas que envolve vários suportes, inclusive a poesia. No percurso do artista, destaca-se a passagem pelo concretismo e a arte conceitual, nos anos 70, o que contribuiu fortemente com a incessante busca de uma linguagem singular, de vocabulário gráfico sintético. De certa forma, um trabalho que sempre se diferenciou da arte produzida na Bahia.

 

O trabalho de Almandrade, tanto pictórico quanto linguístico, vem se impondo, ao longo de todos esses anos, como solitário, à margem do cenário cultural baiano. Depois dos primeiros ensaios figurativos, no início da década de 70, conquistando uma Menção Honrosa no I Salão Estudantil, em 1972, sua pesquisa plástica se encaminha para as experiências construtivas e a arte conceitual. Como poeta, mantém contato com a poesia concreta e o poema/processo, produzindo uma série de poemas visuais. Com um estudo mais rigoroso do construtivismo e da Arte Conceitual, sua arte se desenvolve entre a geometria e o conceito. Desenhos em preto-e-branco, objetos e projetos de instalações, essencialmente cerebrais, calcados num procedimento primoroso de tratar questões práticas e conceituais, marcam a produção deste artista na segunda metade da década de 70.

 

Que ninguém duvide: a economia de elementos e de dados não se dá por acaso, configura uma opção estética, inteiramente coerente com a tendência a síntese, ao traço essencial, ao quase vestígio. Um nada, cuja gênese reside na totalidade absoluta. Assim também é a sua poesia. Simplificar as formas e geometrizar a vida parece ser a vontade de Almandrade, artista dos mais representativos para a arte contextual da Bahia no momento.

 

Um escultor que trabalha com a cor e com o espaço e um pintor que medita sobre a forma, o traço e a cor no plano da tela. A arte de Almandrade dialoga com certas referências da modernidade, reinventando novas leituras.

 

 

Sobre o artista

 

Almandrade é artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da Bahia e Palacete das Artes. Participou de inúmeras mostras coletivas, Salões e Bienais. Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior. É um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista “Semiótica”, em 1974. Realizou mais de trinta exposições individuais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, entre 1975 e 2014; escreveu em vários jornais e revistas especializadas sobre arte, arquitetura e urbanismo. Ganhou diversos prêmios e publicou livros de poesias e trabalhos visuais. Tem trabalhos em vários acervos particulares e públicos, como: Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro), Museu da Cidade (Salvador), Museu Afro (são Paulo), Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Porto Alegre) e Pinacoteca Municipal de São Paulo.

 

 

De 09 de setembro a 11 de outubro.

Nelson Leirner na Silvia Cintra + Box 4

03/set

“Homenagem a W.K. ou a Assombração de um Clone”, é nova exposição de Nelson Leirner, com vernissage agendado na galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. Um diálogo com o trabalho do sul-africano William Kentridge, a mostra apresenta trabalhos bidimensionais, realizados em técnica mista.

 

A arte do sul-africano William Kentridge, com todo seu movimento, sombras e elementos multimídias, é um convite para um encontro com o mais novo trabalho de Nelson Leirner. Em “Homenagem a W.K ou a Assombração de um Clone”, o artista constrói uma série de imagens nas quais as obras de cada um se fundem, criando uma instigante interseção.

 

Como nas exposições anteriores, onde estabeleceu diálogos com grandes artistas, a exemplo de Marcel Duchamp, Leonardo Da Vinci, Mondrian, Lucio Fontana e Christo, a homenagem a William Kentridge surge primeiro de uma oposição para depois encontrar sua identificação. “Kentridge é ruído e movimento. Eu sou silêncio; sou tantas cores e ele, sombras, dramaticidade”, compara o artista.

 

Se estas diferenças aparecem no trabalho de cada um, é na crítica à condição política do Brasil e da África do Sul em que se dá a identificação. “Ao estudar vida e obra do artista, descobri que há muito em comum em nossas trajetórias”, conta Leirner, lembrando que ambos foram vozes ativas contra o estado de exceção em seus países. William Kentridge, no que diz respeito ao  Apartheid, e Nelson que foi, sem dúvida, um dos mais contundentes críticos à ditadura brasileira.

 

A primeira vez que Nelson Leirner teve contato com a obra de Kentridge foi na 6ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, e, segundo o artista, foi bastante impactante. “Esta exposição talvez apresente o trabalho mais emblemático entre os artistas com quem já dialoguei”, afirma o artista. Sobre esta conversa constante, aliás, Nelson faz a seguinte reflexão: “Quase sempre deixo muito claro com quem estou dialogando ou uso de uma metalinguagem para criticar o sistema da arte. É impossível não encontrar referência histórica na obra de arte, pois não procuramos originalidade, mas sim um fio condutor que sempre aparece mesmo inconscientemente”. A mostra traz trabalhos bidimensionais, onde relevos se juntam à tela.

 

 

Até 11 de outubro.

Novas Aquisições Gilberto Chateaubriand

O MAM-RIO, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, e a Bradesco Seguros, Petrobras, Light e a Organização Techint apresentam, a exposição “Novas Aquisições 2012/2014 – Coleção Gilberto Chateaubriand”, realizada a cada dois anos no MAM-Rio, com as obras recém-adquiridas pelo colecionador Gilberto Chateaubriand, cuja coleção se encontra em regime de comodato com o Museu. A mostra terá cerca de 100 obras de artistas brasileiros incorporadas recentemente à coleção, entre março de 2012 e setembro de 2014.

 

Organizadas periodicamente pelo MAM-Rio, as exposições das aquisições feitas por Gilberto Chateaubriand revelam não somente as mais recentes produções da arte brasileira, como o olhar e o vigor do colecionador na busca de novos artistas nas diversas regiões do país.

 

Fazem parte da atual mostra obras de artistas como Alexandre Mury, Anna Bella Geiger, Antonio Bokel, José Bechara, Katia Maciel, Marcos Cardoso e Roberto Burle Marx (Rio de Janeiro), Ivan Grilo, Raquel Fayad e Vicente de Mello (São Paulo), Marcelo Solá e Rodrigo Godá (Goiás), Carlos Henrique Magalhães e Ramonn Vieitez (Pernambuco), Tony Admond (Alagoas), Pablo Menezes e Vauluizo Bezerra (Sergipe), Íris Helena (Paraíba), Camila Soato e Fernanda Quinderé (Distrito Federal), Marga Puntel e Tiago Rivaldo (Rio Grande do Sul) e Alexandre Mazza (Paraná).

 

 

A palavra dos curadores

 

“A Coleção Gilberto Chateaubriand sempre teve como foco o estímulo a jovens artistas. Muitos deles, ainda sem galeria e sem inserção no circuito, ganham aqui sua primeira exposição institucional. Outra marca da Coleção é sua natureza enciclopédica que não exige recorte temático ou conceitual”, explicam Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre, curadores da exposição.

 

“Cabe frisar que, apesar da natural concentração de artistas cariocas, há uma presença expressiva de artistas de fora do eixo Rio-São Paulo que fazem desta exposição um termômetro da cena contemporânea brasileira. É raro um colecionador com tanto faro para descobrir nomes emergentes nas regiões menos visitadas por curadores e menos em voga no circuito”, contam os curadores.

 

Os curadores ressaltam a importância da exposição: “Muitos dos artistas hoje canônicos foram em outro momento, no começo da própria coleção, parte de novas aquisições. Além disso, de forma cada vez mais rápida, o artista contemporâneo é legitimado institucionalmente e faz parte das coleções dos museus. Ao refletir tal aceleração e o caráter de termômetro do circuito desta coleção, realizar uma exposição assim periodicamente é uma maneira de fazer do MAM um espaço vivo em que os caminhos da história da arte começam a se definir”.

 

 

Sobre a Coleção Gilberto Chateaubriand

 

Desde 1993, o Museu de Arte Moderna recebeu, em regime de comodato, um reforço dos mais notáveis para seu acervo. A Coleção Gilberto Chateaubriand, internacionalmente conhecida como um dos mais completos conjuntos de arte moderna e contemporânea brasileira, e que as cerca de sete mil peças compõem um impressionante painel do período, em um mesmo museu. A coleção tem trabalhos pioneiros da década de 1910, como os de Anita Malfatti, e prossegue a partir do modernismo de Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro, Portinari, Pancetti, Goeldi e Djanira, entre outros. Desenvolve-se através dos embates dos anos 1950 entre geometria e informalismo, das atitudes engajadas e transgressoras da Nova Figuração dos anos 1960 e da arte conceitual da década seguinte, dos artistas que constituíram a Geração 80, até desembocar nos mais jovens artistas surgidos nos dois ou três últimos anos. O colecionador reuniu praticamente todos os artistas que conquistaram um lugar de destaque internacional para a arte brasileira: Aluísio Carvão, Ivan Serpa, Antônio Dias, Rubens Gerchman, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Wesley Duke Lee, Nelson Leirner, Artur Barrio, Antonio Manuel, Jorge Guinle, Daniel Senise, José Bechara, Rosangela Rennó e Ernesto Neto, e centenas de outros não menos destacados. Renovada através de aquisições que o colecionador faz periodicamente, em especial junto a artistas jovens e ainda não consagrados pelo circuito de arte, a Coleção Gilberto Chateaubriand é sempre apresentada em exposições temáticas, não somente nas dependências do Museu, mas também em exposições itinerantes dentro e fora do País.

 

 

Até 16 de novembro.

O Mundo de Sonia Lins

02/set

O Museu Virtual Sonia Lins que inventaria sua obra plástica e literária será lançado no Oi Futuro, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ. Os livros, todos esgotados, e textos inéditos estão disponíveis para download grátis, e mais detalhes da vida pessoal desta irmã de Lygia Clark. Sonia Lins tem sua produção avalizada por Drummond, Millôr, Tunga, Waly Salomão, Luciano Figueiredo, Ivo Pitanguy, entre outros depoimentos em vídeo e gráficos no site. O site reúne obra literária e plástica, textos inéditos, registros de suas exposições individuais, seus objetos, filmes, um documentário com depoimentos de Tunga, Luciano Figueiredo, Vanda Klabin, Ivo Pitanguy e Vera Pedrosa, e uma biografia póstuma, assinada por Marcel Souto Maior, também disponível para download. Há ainda um segmento para o usuário brincar de construir obras a partir do universo de criação da artista.

 

 

Sobre a artista

 

Sonia Lins, BH, 1919–RJ, 2003, escreveu livros, criou desenhos, objetos, filmes e instalações sem aspiração de exibi-los, embora transitasse entre intelectuais, socialites e a intelligentsia do Rio de Janeiro. Ela produzia para si. As edições arrojadas de suas publicações, há tempos inacessíveis ao leitor, ressurgem agora para download grátis no Museu Virtual Sonia Lins.

 

 

 

Vida e obra

 

Uma linha do tempo conta a vida pessoal de Sonia Lins. Irmã de Lygia Clark, nascida em uma família tradicional mineira, Sonia escrevia desde a adolescência, mas ainda não manifestava inclinação para as artes visuais.

 

Depois de dois filhos, Sérgio e Kiko, e separada do marido, Sonia foi para Paris, onde morava Lygia. Usando material da irmã, ela fez desenhos a gouache. Alguns deles foram selecionados por Isaac Dobrinsky, professor de Lygia, para uma exposição de jovens artistas em Paris. Ainda assim, Sonia não persistiu na pintura. Seus textos, em prosa e verso livres, foram publicados pela primeira vez, em 1959, no vanguardista Suplemento Dominical do Jornal do Brasil. Alguns poemas, em português, foram inseridos na revista de arte Signals Bulletin, editada pelo crítico inglês Guy Brett para a Signals Gallery de Londres, que acolhia nomes da vanguarda brasileira como Lygia Clark, Hélio Oiticica e Mira Schendel. Era a vanguarda que recebia a produção de Sonia Lins.

 

Sua obra transita entre a palavra e a linguagem gráfica, a confecção de objetos inusitados, como o guarda-chuva morcego, poemas editados em um rolo do papel higiênico, ou um container em forma de seios para guardar leite.

 

Seus nove livros publicados são trabalhos gráficos com palavras, quase sempre autobiográficos, como “Baticum”, publicado em 1978, pela Pedra Q Ronca, editora de Waly Salomão, que a apresentou ao artista plástico Luciano Figueiredo, que passou a acompanhar o trabalho de Sonia.

 

A “Baticum” se seguiram “O livro da árvore”, de 1984, com desenhos-colagens sobre a destruição da fauna e flora brasileiras; “Abre-te Sésamo”, de 1994 – desenhos, crônicas e anedotas, dentro da tradição dos almanaques populares; “Artes”, de 1996 – em linguagem gráfica conta a convivência com a irmã Lygia Clark, de quem era muito próxima na infância; “Stop/Start”, de 1997 – minilivro de desenhos-charges sobre os prazeres de uma vida de lazer ou o stress cotidiano, embalado em caixa de fósforo; “Eu”, de 1999 – desenhos de uma coletividade de eus dá forma aos esboços precisos da autora; “És tudo”, de 1998/99 – coletânea de 200 poemas-jogos de palavras, editados em forma de um livro convencional e em rolos de papel higiênico; “O tempo no tempo”, de 1999 – minilivro de desenhos inspirados na evolução da vida e no tempo do ciclo da criação; “Diálogo”, de 2000, com desenhos sobre as várias etapas de um diálogo conjugal, e “Livro das dessabedorias”, de 2003, de notas e frases criadas durante o tratamento de um câncer que se agravou naquele ano.

 

Em 2000, aos 81 anos, Sonia Lins faz sua primeira individual no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. A mostra, intitulada “Se é para brincar eu também gosto”, foi baseada no eu. Na segunda exposição solo, “Zumbigos”, de 2002, também no MNBA, ela quis chegar à coletividade, partindo de uma marca que todos temos igual: o umbigo. Na terceira mostra, no ano de sua morte, o tema foi a política. “Brasil passado a sujo”, no Centro Cultural Correios, teve apresentação de Millôr Fernandes e Luciano Figueiredo.

 

No filme “Meu nome é EU”, criado por Sonia Lins para a primeira exposição, um homem se liberta das agulhas com as quais sua imagem é tricotada. Em “Zumbigos”, com Fernando Alves Pinto e música do Grupo Karnak, fantasia e realidade se confundem no cotidiano do personagem envolvido no universo-zumbigos, em que o tempo cinematográfico circular – como o umbigo – não tem início nem fim. Em “Fome”, com direção de Walter Carvalho, a câmera se detém sobre quatro homens que escrevem a palavra “fome” com milho no chão da Cinelândia vazia. Uma revoada de pombos devora os grãos que formavam a palavra.

 

Sobre o acervo da artista, agora eternizado e disponível ao público, Luciano Figueiredo diz em texto inédito:

 

– A mescla de expressões em suportes tão variados e mais os seus livros constituem o legado artístico e literário de uma figura extraordinária e imprescindível da arte brasileira, e mais um exemplo contundente do caráter experimental e livre de nossas conquistas artísticas e culturais. Seu acervo de obras e de documentos é extremamente significante no panorama de nossa arte contemporânea.

 

O Museu Virtual Sonia Lins foi desenvolvido pelo iDigo – Núcleo de Inteligência Digital.

 

Coquetel de Lançamento do Museu Virtual Sonia Lins

Data: segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Local: Oi Futuro – Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo

Horário: 19h às 22h

Paulo Climachauska exibe Natureza Econômica na Lurix

25/ago

 

A LURIXS: Arte Contemporânea, exibe “Natureza Econômica”, a segunda exposição individual de Paulo Climachauska na galeria. Em uma surpreendente manifestação de cores vivazes, a exposição reúne dez obras da nova série homônima do artista.

 

 

Sobre o artista

 

Paulo Climachauska nasceu em São Paulo, SP, 1962. Formado em História e Arqueologia da Universidade de São Paulo, Climachauska teve sua primeira exposição em 1991 no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Suas obras são profundamente enraizadas em sua fascinação com as inter-relações entre a economia, a sociedade e as artes, examinando assim a ideia da arte como um elemento socioeconômico e sua associação à abstração econômica e derivativos financeiros. Após a sua participação na 26 ª Internacional Bienal de São Paulo, na 8 ª Bienal de Cuenca, e na 14 º Bienal de San Juan, seus trabalhos foram apresentados em exposições individuais no Moderna Musset (Estocolmo, Suécia), Oi Futuro Flamengo (Rio de Janeiro, Brasil), o Projeto 01 (Park Gauflstrafle, Alemanha) e Paço Imperial (Rio de Janeiro, Brasil), entre outras importantes galerias e instituições. O artista também participou de exposições coletivas no Museu da Escultura Brasileira (São Paulo), Chateau de Fermelmont (Fermelmont, Bélgica), Vancouver Biennale (Vancouver, Canadá), Fundacíon Pedro Barrié de la Maza (Vigo, Espanha), Henry Moore Institute (Leeds, Inglaterra), e no Toyota Contemporary Art Museum (Tóquio, Japão), para citar alguns. As obras de Climachauska também estão presentes em coleções de arte importantes, tanto no Brasil quanto no exterior, como na Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Instituto Itaú Cultural, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, Lhoist Collection e Colección Patricia Phelps de Cisneros. Paulo Climachauska vive e trabalha em São Paulo.

 

 

Sobre a galeria

 

O cronograma de exposições da LURIXS: Arte Contemporânea mantém a galeria na vanguarda da cena artística do Rio de Janeiro. Em exposições recentes, a galeria apresentou as obras distintas e sólidas de Valdirlei Dias Nunes, os jovens artistas emergentes do Coletivo MUDA, e os mais novos estudos de base tridimensional e arquitetônica de Manuel Caeiro. Exposições anteriores de artistas como Hélio Oiticica, Geraldo de Barros, Luciano Figueiredo, José Bechara, Elizabeth Jobim e Raul Mourão se destacam entre as mostras realizadas na cidade.
A galeria trabalha incessantemente ao lado de curadores, colecionadores e consultores de arte, buscando o posicionamento de obras de arte em coleções e exposições, sempre em harmonia com seu perfil curatorial. Seu acervo, composto de obras de qualidade e renome mundial também se destaca no setor do mercado secundário. Respeitando as necessidades de colecionadores em adquirir ou tratar obras de arte, a galeria mantém os mais elevados padrões de profissionalismo e discrição.

 

 

Até 03 de outubro.

 

Um Salto no Espaço

Partindo de “Um Salto no Vazio”, do artista francês Yves Klein, a nova mostra da Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, RS, exibe múltiplas percepções do espaço.  A mostra ocorre por conta das comemorações dos 10 anos da Fundação Vera Chaves Barcellos. A organização é da artista plástica Vera Chaves Barcellos, que também preside a instituição. Essa mostra configura-se como uma múltipla abordagem do espaço tanto de sua forma mais literal,  – sua ocupação física – , como a de uma forma conceitual ou metafórica.

 

Partindo do “Salto no Vazio”, de Yves Klein, metáfora do fazer artístico por excelência, deste jogar-se de corpo inteiro numa ação de risco, e tendo como axis a representação museológica de um meteorito de Michel Zózimo, esta mostra, através de diferentes mídias, oferece um mergulho em tudo aquilo que pode gerar um trabalho artístico que se ofereça ao espectador como espaço de reflexão.

 

A exposição reúne um grupo expressivo de artistas brasileiros e alguns artistas europeus de diversas gerações, com trabalhos que apresentam desde a ocupação do espaço real à sua representação virtual, do espaço íntimo ao espaço urbano, do universo psicológico ao território social, da reconstrução ficcional ao documento do real, do cheio ao vazio, do sólido ao etéreo, da presença material ao jogo da imaginação.

 

Participam de “Um Salto no Espaço”: Angelo Venosa, Anna Bella Geiger, Claudio Goulart, Clovis Dariano, Daniel Acosta, Daniel Santiago, Elaine Tedesco, Eliane Prolik, Flávio Damm (foto), Goto, Lucia Koch, Luciano Zanette, Marlies Ritter, Mario Röhnelt, Nelson Wiegert, Michel Zózimo, Pedro Escosteguy, Regina Silveira, Regina Vater, Rochelle Costi, Romy Pocztaruk e Vera Chaves Barcellos, além da participação especial de Grégoire Dupond e Yves Klein.

 

Consolidando-se como uma instituição que difunde a produção artística contemporânea e estimula o debate em torno dela, a Fundação Vera Chaves Barcellos segue na promoção de encontros com artistas, palestras com teóricos e visitas mediadas, apostando, através do seu Programa Educativo, no potencial socialmente transformador da arte.

 

 

De 23 de agosto a 29 de novembro.  

Tudela: “Três metades” na Fortes Vilaça

Chama-se “Três metades”, a segunda exposição do artista peruano Armando Andrade Tudela na Galeria Fortes Vilaça, Vila Madalena, São Paulo, SP. A mostra é composta por três séries de trabalhos que exploram noções em torno da arquitetura e nomadismo.

 

Em “Rama”, galhos encontrados nas ruas são fundidos em bronze e têm uma sacola plástica pendurada em sua extremidade.  O conteúdo das sacolas revela objetos de uso diário – livros, aparelhos de celular e camisetas –  misturados aos materiais de estúdio do artista como o gesso e placas de cobre. As esculturas sugerem pequenos instantâneos da subjetividade contemporânea,  personificam-se como as figuras alongadas de Giacometti, ao mesmo tempo em que denotam resquícios de algo passageiro ou de alguém em movimento.

 

A pesquisa de Tudela volta-se com frequência para o modo como aspectos culturais de origens e tempos distintos se colidem em objetos de natureza híbrida.  Em “Metades XXL”, grandes pedaços de tecido (tela, cetim e zíper) impresso são recortados e costurados em formas descontruídas de quimono, poncho, Parangolé e também bandeira ou estandarte. Os padrões impressos partem de imagens distorcidas de tipologia digital mas também de desenhos em que o artista arrasta pedaços de gesso sobre o papel num processo de transferência. As imagens se revezam em interior e exterior e entre os dois lados do tecido pendurado no espaço. A obra ganha contornos de uma arquitetura precária, um abrigo.

 

“we transfer (SP)” é um grupo de trabalhos de gesso batizado com o nome do serviço online de transferência de arquivos digitais. São esculturas abstratas de gesso que se apresentam também como artefatos de uma arqueologia contemporânea que inclui folhetos de viagem, cartões de crédito e afins.

 

 

Sobre o artista

 

Armando Andrade Tudela nasceu em 1975 em Lima, Peru, e atualmente vive em Lyon, França. O artista já participou de diversas exposições importantes, dentre as quais destacam-se: Bienal de Cuenca, Equador, 2014; Under the Same Sun: Art from Latin America Today, Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, EUA, 2014; Panorama da Arte Brasileira, MAM, São Paulo (2009); Bienal de Lyon, França (2007); Bienal de São Paulo, 2006; Bienal de Xangai, China, 2006; Trienal de Torino, Itália, 2005. Dentre suas exposições individuais, destacam-se Liquidación no Museo de Arte de Lima, no Peru, 2012; e Ahir, demà, no Museu d’ Art Contemporani de Barcelona, Espanha, 2010. Sua obra está presente em diversas coleções públicas, como: MoMA, EUA; Museu d’Art Contemporani de Barcelona, Espanha; Museum fur Moderne Kunst, Alemanha; Solomon R. Guggenheim Museum, EUA; Tate, Reino Unido.

 

 
 
 
De 30 de agosto a 27 de setembro.

Cildo Meireles na Luisa Strina

A Galeria Luisa Strina, Cerqueira César, São Paulo, SP, apresenta “Pling Pling”, exposição individual de Cildo Meireles, um artista cuja relação de longa data com a galeria remonta a várias décadas. Em paralelo à Bienal de São Paulo, “Pling Pling” explora a relação entre o sensorial e a mente, a política e ética – temas que envolveram Cildo Meireles em sua prática ao longo dos últimos cinquenta anos. A exposição apresenta obras nunca antes exibidas em São Paulo, baseada na retrospectiva de Cildo Meireles em 2013, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madri, que viajou ao Museu Serralves n’O Porto e ao HangarBicocca, em Milão, no começo deste ano.

 

A exposição inclui uma seleção de instalações e uma pintura, cobrindo toda a carreira do artista, desde sua elogiada série “”Espaços Virtuais, datada da década de 1960, até trabalhos mais recentes. O foco central da exposição é a instalação de grandes dimensões “Pling Pling”, de 2009, anteriormente exibida como parte da coletiva “Making Worlds”, com curadoria de Daniel Birnbaum para a 53ª Bienal de Veneza, em 2009. A obra toma a forma de um espaço construído dentro da galeria, composto por seis salas, cada uma pintada com uma cor primária ou secundária diferente e equipada com uma tela de vídeo que exibe um tom complementar. No estilo típico de Cildo Meireles, a escala e a cor saturada são usadas para criar uma experiência multissensorial para o visitante enquanto caminha pela instalação.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha, Cildo Meireles é considerado um dos principais representantes da arte conceitual, com a criação de algumas das obras mais instigantes de sua era, no sentido estético e filosófico. O trabalho de Cildo Meireles trata ideias complexas com expressão frugal única, que se inspira nas formas neoconcretas dos mestres da vanguarda histórica brasileira. A tumultuada história política e social do Brasil também está embrenhada de modo fundamental em sua obra: Cildo Meireles combina a poetização de seus antecessores com a coragem e o realismo de sua experiência social.

 

A obra de Cildo Meireles foi exposta no mundo todo, incluindo as 37ª, 50ª, 51a e 53ª Bienais de Veneza; as 16ª, 20ª e 24ª Bienais de São Paulo; as 6ª e 8ª Bienais de Istambul; as 1 e 6ª Bienais do Mercosul; o Festival Internacional de Arte de Lofoten, Noruega; a Bienal de Liverpool de 2004; e a Documenta, Kassel, em 1992 e 2002.
Entre suas exposições individuais recentes estão as realizadas em Kunsthal 44 Møen, na Dinamarca; HangarBicocca, em Milão; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madri; Museu Serralves n’O Porto; Centro Itaú Cultural, em São Paulo; Museo Universitario de Arte Contemporáneo (MUAC), na Cidade do México; MACBA, em Barcelona, Tate Modern, em Londres; Estação Pinacoteca, em São Paulo; Museu Vale do Rio Doce, no Espírito Santo; Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro; Portikus im Leinwandhaus, em Frankfurt; Kunstreverein in Hamburg, em Hamburgo; Galerie Lelong, em Nova York; Musée d’Art Moderne et Contemporain de Strasbourg, em Estrasburgo; New Museum, em Nova York; Galeria Luisa Strina, em São Paulo; e Miami Art Museum, em Miami – entre outras. As coletivas recentes incluem Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo; Museum of Contemporary Art Chicago (MCA), em Chicago; Museum of Contemporary Art Tokyo, em Tóquio; e MoMA, em Nova York.

 

 

Até 27 de setembro.

Papéis Avulsos na Galeria Movimento

21/ago

Quem conhece a obra de Paulo Vieira, sabe da paixão do artista pelo desenho. São muitos os cadernos onde ele inventa seu universo, sempre experimentando os limites do traço.  A linha como o tema principal. Os materiais variam de acordo com as intenções do artista: Paulo trabalha com grafite, guache, lápis de cor, carvão e aquarela. Esta é a sua terceira individual na Galeria Movimento, Copacabana, Rio de janeiro, RJ, que tem a frente o galerista Ricardo Kimaid e também representa os artistas Toz, Tinho,  Arthur Arnaud, Thais Beltrame entre outros.

 

A exposição intitulada “Papéis Avulsos” é composta por 12 desenhos onde o artista apresenta seus personagens, por vezes em grupo, ou desgarrados e isolados. A narrativa foge da linearidade e surpreende pela atmosfera própria do grafite aliada a economia no uso da cor, o resultado são desenhos com uma densidade surpreendente. O “Autorretrato de gravata” e “O Inquilino”, sozinhos em seus pensamentos, ocupam o primeiro plano e parecem avulsos, interagem apenas com os seus medos, seus fantasmas, suas fantasias.

 

As padronagens presentes em alguns trabalhos, criam um ritmo dinâmico.  Em  “A menina com fio de ouro”, elas surpreendem  pela beleza do traço em conjunto com a figura. São muitas, as possibilidades diante de imagens tão instigantes. Quem observa certamente se perderá pelos diversos caminhos que os desenhos podem levar.

 

Paulo vieira nos fala sutilmente de solidão, de vida interior, de se reinventar quando o equilíbrio muitas vezes desequilibra o olhar. Sua intuição, submetida à experiência evita as armadilhas da imagem. Ao espectador, depois da fruição, permanecerá uma história interior, às vezes, perturbadora como um conto de fadas. A curadoria é de Isabel Portella.

 

 

Sobre o artista

 

Mineiro de Manhuaçu-MG, 1966, morou em  Caratinga-MG desde a infância, época em que começou seu envolvimento com arte. Na década de 80 fez sua primeira individual na cidade e frequentou os ateliês de Gian Carlo Laghi e Josias Moreira. Também  participa do segundo salão de artes plásticas de Governador Valadares-MG neste período. Em 1991, frequenta a Escola de Belas Artes da UFRJ, onde estuda com Celeida Tostes e Lygia Pape e frequenta curso de pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage com Beatriz Milhazes. Em 2007, a convite do cartunista Ziraldo participa  do projeto Zeróis – Ziraldo na Tela Grande e retorna a EAV para o curso de desenho com Gianguido Bonfanti. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

 

 

De 04 a 27 de setembro.