Ícones do Design Na Caixa Cultural Rio

10/mar

A Caixa Cultural Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição de mobiliário “Design brasileiro, moderno e contemporâneo”, que chega ao País após passar por Berlim e Lisboa. Cerca de 80 obras, entre ícones modernos, peças raras e inéditas, de 16 expositores ocuparão duas galerias da instituição para contar a história do design de móveis no Brasil. Durante a exposição, também serão exibidos vídeos com depoimentos de alguns designers. Do Rio de Janeiro, a mostra seguirá para a CAIXA Cultural Brasília, onde será apresentada entre maio e julho.

 

A exposição traz peças dos renomados Sérgio Rodrigues, Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, José Zanine Caldas, Joaquim Tenreiro, Aida Boal, Jorge Zalszupin, Paulo Mendes da Rocha, Gustavo Bittencourt, Carlos Motta, Domingos Tótora, irmãos Campana, Maneco Quinderé, Zanini de Zanine, Rodrigo Almeida e Móveis Cimo, entre outros, para mostrar o que se fez e o que está sendo realizado no Brasil neste segmento.

 

A ideia de criar a mostra surgiu na Alemanha, em 2012, a partir do encontro entre Zanini de Zanine e Raul Schmidt, que queriam mostrar a produção brasileira na Europa. De Berlim, a exposição seguiu para Lisboa como principal evento na abertura do ano do Brasil em Portugal. Em paralelo à realização na CAIXA Cultural Rio, a mostra também será apresentada na Sala Brasil, na sede da Embaixada Brasileira em Londres.

 

“O design brasileiro não tem uma característica única. Pelo tamanho do país, são muitas linguagens, culturas diferentes, materiais diversos”, diz Zanini de Zanine, curador da mostra com o colecionador e estudioso do assunto Raul Schmidt Felippe Junior. “É esse regionalismo, que se tornou globalizado, que está sendo proposto na parte contemporânea da exposição. A partir do momento em que você começa a traduzir o seu bairro, a sua cidade, isso passa a ser mundial, em termos de interesse”, completa.

 

 

 Sobre os expositores

 

AIDA BOAL – A escolha da profissão de arquiteta foi consequência natural de sua incoercível vocação para o desenho, tanto assim que, ainda como estudante, excursionou pelo campo da escultura (modelagem) e pintura, e deu, também, seus primeiros passos no terreno do “design” de móveis, estes no enlevo que povoaria mais tarde sua derivante dedicação. Neste campo, começou a projetar e executar móveis, sempre com a preocupação de aliar a harmonia das formas com o conforto, esmerando-se, cada vez mais, na anatomia de seu traçado a fim de proporcionar o máximo de conforto possível.

 

CARLOS MOTTA – É uma estrela de primeira grandeza do design nacional, várias vezes premiado. A honestidade está presente na qualidade de elaboração do móvel, feito para durar muito, usando principalmente madeiras maciças como amendoim, mogno, cedro e cabriúva. Arquiteto de formação, Carlos Motta preserva as características de ateliê de seu trabalho, pronto para projetar qualquer coisa que o cliente queira em madeira. Mas há vários criou produtos em linha, como mesas, camas, aparadores, escrivaninhas, armários, objetos e principalmente cadeiras, sua paixão declarada – já desenhou cerca de 25 modelos diferentes. Imune à pretensão do vanguardismo, Motta faz móveis belos de ver e confortáveis de usar, e permanece evoluindo dentro de um caminho próprio.

 

DOMINGOS TÓTORA – O mineiro Domingos Tótora, nascido e criado em Maria da Fé, cidade situada na Serra da Mantiqueira, sul de Minas Gerais, cursou Artes Plásticas na FAAP e ECA-USP em São Paulo. De volta à sua aldeia após os estudos, elege o papel reciclado como matéria prima para o seu trabalho, que transita entre a arte e o design. Suas peças de extrema beleza incluem bancos, mesas, vasos, fruteiras, centros de mesa e peças de mobiliário que se reportam às cores da natureza, como cascas de árvore, pedras e terra. Na textura seus objetos trazem os efeitos de luz e sombra do sol com a mesma intensidade que a luz solar percorre os vales. Suas peças piloto são desenvolvidas num processo simultâneo onde concepção e execução andam juntas e se complementam em todos os níveis, da matéria prima aos aspectos econômicos e sociais. O processo é 100% manual e tem a certificação do Instituto de Qualidade Sustentável.

 

GUSTAVO BITTENCOURT – O design sempre foi uma paixão. Desde criança em seus desenhos já demonstrava o gosto pela criação, pelo desenvolvimento de novas ideias e com a Mãe Arquiteta apenas aguçou o sentimento. Formado em Desenho Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2009, Gustavo esta sempre em busca de novos conhecimentos. O que o levou a estudar no Politécnico di Torino, na Itália, durante a Universidade e recentemente a trabalhar em uma galeria de móveis e artes em Los Angeles, a Thomas Hayes Gallery. Trabalhou com ícones do cenário nacional atual como Zanini de Zanine, Marcelo Rosenbaum, Rodrigo Calixto. Durante sua formação acadêmica foi premiado em importantes concursos como Movelsul, premiado em 2010 com a cadeira Trapeziu, que faz parte da mostra.

 

IRMÃOS CAMPANA – Os Irmãos Campana (Humberto Campana, Rio Claro, 17 de março de 1953, e Fernando Campana, Brotas, 19 de maio de 1961) são respectivamente, formado em Direito pela Universidade de São Paulo, e em Arquitetura pelo Unicentro Belas Artes de São Paulo. Hoje a dupla goza de reconhecimento internacional por seus trabalhos de Design-Arte, cuja temática discute elementos do cotidiano, que são transformados em peças de caráter artísticos, com uma linguagem única e de, até, uso possível. Profissionais que despertam o interesse internacional, são os uns dos poucos brasileiros com peças no acervo do MoMA, em Nova Iorque.

 

JOAQUIM TENREIRO – Artífice do design de mobiliário brasileiro, Joaquim Tenreiro – português de nascimento – se estabeleceu no Brasil ainda novo, exercendo a profissão de marceneiro, herança de família. Aos poucos, sua verve utópica foi o conduzindo como projetista de móveis com o apoio intuitivo e interesse de diversas empresas no Rio de Janeiro, como a Laubissh & Hirth. A genialidade de Joaquim Tenreiro – atemporal e, simultaneamente, tão próxima desta geração – entre um punhado de exposições Brasil afora e nos EUA, culminou no título de Melhor Escultor do Ano, em 1978, pela APCA.

 

JORGE ZALSZUPIN – No ano de 1949, desembarcava no Rio de Janeiro o polonês Jerzy Zalszupin. Formado em arquitetura na Romênia, começou sua carreira no escritório de arquitetura do seu conterrâneo Luciano Korngold, no estado de São Paulo. No início não podia assinar pelos seus projetos, por não ser brasileiro, mas depois que se casou e teve sua filha no país, recebeu sua nacionalidade e pode abrir o próprio escritório. Foi a partir daí que surgiu o Jorge Zalszupin, designer e artesão de móveis. Fundou sua marca, a L’Atelier, em 1959, com a proposta de um lugar para criações conjuntas, na produção de poltronas como a Dinamarquesa, a Paulistana entre outros móveis. Pelo valor histórico e qualidade do design de seus móveis, vários deles estão sendo desde 2005 reproduzidos com muito sucesso e aceitação no mercado nacional e internacional.

 

JOSÉ ZANINE CALDAS – José Zanine Caldas ficou conhecido como o “mestre da madeira” por conta de seus trabalhos primorosos com essa matéria-prima. Cadeiras, mesas, sofás e aparador, entre outras criações feitas a partir de chapas planas de madeira compensada, compõem o acervo da mostra. As peças foram desenhadas e produzidas a partir de 1948, ano em que Zanine fundou, em parceria com Sebastião Pontes, a ‘Móveis Artísticos Z’. Durante os 14 anos em que permaneceu no negócio, o designer assinou produtos que marcaram o encontro harmônico entre o modernismo e o artesanato tradicional brasileiro.

 

LINA BO BARDI – Estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma. Inconformada com os móveis que encontrou no chegar ao Brasil, a italiana Lina Bo Bardi (1915-1992), posteriormente naturalizada brasileira, decidiu desenhar o mobiliário para seus projetos de arquitetura. Fundou com Giancarlo Palanti o Studio de Arte Palma que funcionou de 1948 a 1950 – para produzir móveis em série. O ponto de partida foi a simplicidade estrutural, aproveitando-se a extraordinária beleza das veias e da tinta das madeiras brasileiras, assim como seu grau de resistência e capacidade.  Lina manteve intensa produção cultural até o fim de sua vida, em 1992.

 

MANECO QUINDERÉ – A consequência natural do trabalho em teatro e música foi o convite para iluminar espetáculos de ópera e balé. A partir de então, as artes plásticas também se renderam ao talento de Maneco e surgiram os projetos de luz para exposições. Toda essa experiência levou os arquitetos mais importantes do país a procurarem parcerias em seu trabalho, para iluminar seus projetos e, desde 2000, colabora com projetos de iluminação para residências e comércio. Maneco ainda desenha e produz luminárias diferentes assinadas por ele.

 

MÓVEIS CIMO – A empresa iniciou suas atividades no início do século passado, em 1912. Em 1921, iniciou a produção de cadeiras a partir do reaproveitamento das aparas de imbuia para serem comercializadas nos centros urbanos de São Paulo e Rio de Janeiro. Seu pioneirismo foi conquistado devido a alguns fatores: o reaproveitamento de material, a comercialização nos maiores centros urbanos do país e a criação de um produto de qualidade destinado à produção em escala. A Cimo foi pioneira na introdução da tecnologia da laminação diferenciando-se de seus concorrentes. Seu produto dominou o mercado nacional de móveis para instalações comerciais e institucionais, com repercussão na América Latina, tornando-a a maior fábrica do ramo de mobiliário na América Latina da década de 30 até 1970. Seu legado é incontestável e histórico: as inovações tecnológicas e a funcionalidade dos seus móveis demarcaram um período da história e da cultura brasileira.

 

OSCAR NIEMEYER – Oscar Niemeyer nunca encontrou limites para a criatividade nas suas obras, e sempre acrescentou valor à sua extensa e extraordinária carreira. Apaixonado pelas linhas curvas e livres, o arquiteto lançou uma coleção de mobiliário com poucas peças em madeira prensada, em parceria com sua filha Anna Maria, desenhadas por ele, a partir de 1970 e em diferentes épocas.

 

PAULO MENDES DA ROCHA – Um dos mais importantes arquitetos e urbanistas brasileiros, assume uma posição de destaque a partir de um premio que recebeu em 2006 chamado Pritkzer, cujo título se refere à arquitetura contemporânea em termos mundiais. Sendo ele um exemplo do pensamento estético caracterizado como a Escola Paulista, tinha como um lema a arquitetura crua, limpa e clara. No âmbito mobiliário, não deixou por menos, foi o criador da famosa Poltrona Paulistana que possui uma estrutura em aço flexível com assento e encosto por uma capa de couro ou tecido. A Paulistana foi também editada em pequenas series, e em 2009, entrou para a seleta coleção permanente do Museu de Arte Moderna – MoMa, em Nova York.

 

RODRIGO ALMEIDA – O designer natural do interior de São Paulo é especialista em criar móveis com apelo global e criatividade brasileira. O trabalho de Rodrigo tem materiais em contextos incomuns ao mobiliário; brincadeiras com texturas, que até poderiam ser consideradas irregularidades, mas que ganham novos significados para se tornarem informação de design. E o resultado são peças únicas e totalmente não óbvias.

 

SÉRGIO RODRIGUES – Sérgio é, sem dúvida alguma, uma das mais admiráveis expressões do design em nosso país. O traço coerente e único inscreveu seu nome na história do design do século 20, sobretudo pela criação de uma grande variedade de produtos, dos quais o mais famoso é a Poltrona Mole. Ao lado de mestres como Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas, Sérgio vem tornando o design brasileiro conhecido internacionalmente. Ele transformou totalmente a linguagem do móvel, foi generoso no traço e no emprego das madeiras nativas. A aproximação de desenho do móvel moderno com certos objetos da cultura brasileira, e a não preocupação com modismos, acentuam o espírito de brasilidade que tanto busca Sergio Rodrigues.

 

ZANINI DE ZANINE – Carioca nascido em 1978, Zanini de Zanine herda de seu pai Jose Zanine Caldas, grande arquiteto e designer brasileiro, o gosto pelo desenho. Estagiário de Sérgio Rodrigues durante um ano, o jovem se forma em desenho de produto no final de 2002 na PUC-Rio. Desde então, optou por ser designer independente. Inquieto, começou a experimentar e produzir seus próprios desenhos. Premiado nos principais concursos do país e com exposições no exterior, Zanini passou a ser convidado para assinar para diferentes marcas nacionais e internacionais.

 

 De 12 de março a 4 de maio de 2014.

Obra de Aguilar em livro

O Museu da Casa Brasileira, Jardim Paulistano, São Paulo, SP, recebe dia 13 de março, para o lançamento do livro “José Roberto Aguilar: 50 Anos de Arte”, do pintor, escultor, escritor, curador, músico e performer. Com textos de Solange Lisboa, introdução de Nelson Aguilar e design de Fernanda Sarmento, é uma retrospectiva da carreira do artista, com cerca de 250 pinturas e 250 fotografias documentais que representam suas principais obras, inserindo-as em seu contexto original e traçando, assim, um panorama da cena cultural brasileira desde a década de 1960 até os dias atuais.

 

Composto por dois volumes, o livro apresenta trabalhos reunidos entre 1960 e 1989, no primeiro tomo, e de 1990 a 2010 no segundo, sendo os capítulos organizados por décadas, apresentando as pinturas de cada período, bem como páginas contextuais com fotos históricas, críticas, documentos e itens relativos a outras áreas além do campo das artes plásticas. Em geral, a publicação revela a facilidade que Aguilar possui de passear por diferentes suportes com total desenvoltura. Nesses 50 anos, o multiartista transitou entre a pintura – além de vídeoarte, vídeoinstalações e performances – e a liderança da “Banda Performática”, que mistura pintura, música, teatro e circo. A admiração pela literatura e pela mitologia torna tais assuntos sempre presentes em sua produção, ao se apropriar da escrita e dos signos, fazendo-os e “transcriando-os” como elementos integrantes em suas telas.

 

Com ritmo dinâmico de leitura, o livro acrescenta informações que podem ser consideradas genuínos recortes da cultura brasileira das últimas cinco décadas, no intuito de construir um relato histórico da relevante obra de Aguilar, bem como da cultura de vanguarda no Brasil.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em São Paulo em 1941, começou a participar da vida cultural brasileira em 1958, através do movimento “Kaos”, manifestação vanguardista de Jorge Mautner que incluía sessões de poesia, literatura e performance. Realizou sua primeira exposição em 1961. Em 1963, foi selecionado para a Bienal Internacional de São Paulo. Participou, em 1965, da mostra Opinião-65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Recebe o Prêmio Itamaraty na Bienal de São Paulo, em 1967, onde volta a expor em 1969. Na década de 60, centraliza sua ação em seu atelier. Na virada dos anos70, se viu obrigado a viver no exterior, morando em Londres, onde realizou exposição em Birmingham. Retorna ao Brasil em 1973, e faz exposições no Rio e em São Paulo. Vive em Nova York entre 1974 e 1975, onde começa a realizar um trabalho pioneiro de vídeoarte. Participou de vídeoperformances no Beaubourg, em Paris, e no Festival de Vídeoarte de Tóquio, em 1978. Participa novamente da Bienal de São Paulo em 1979. Na década de 80, desenvolve grande atividade como pintor, realizando diversas exposições, inclusive na Alemanha e nos Estados Unidos. Paralelamente, reforça sua imagem de artista multimídia através de inúmeras performances, da criação e apresentações da Banda Performática, da realização de montagens e espetáculos em praças públicas. Compõe músicas, grava discos, escreve e edita livros. Desenvolve suas ligações com a religiosidade e a capacidade humana de transcendência. Nos anos 90, deu continuidade às suas múltiplas atividades e realizou duas mega exposições com quadros de grandes dimensões, no MASP e no MAM/SP (1991 e 1996), além de exposições no exterior. Tornou-se diretor da Casa das Rosas, São Paulo, SP, entre 1996-2002. Trabalhou como representante do Ministério da Cultura em São Paulo até 2007.

Galeria Deco: Ukiyo-ê e artistas contemporâneos

02/mar

A Galeria Deco, Boa Vista, São Paulo, SP, apresentara exposição “Ukiyo-ê, e Hoje”, em parceria com a Musashino Art University, de Tóquio, MuseuAfro Brasil e o Ateliê Fidalga. A mostra traz ao Brasil obras criadas por mestres japoneses dos séculos XVIII e XIX, final da era Edo (nome antigo de Tóquio), exibidas ao lado de produções contemporâneas de destacados artistas japoneses e nipobrasileiros, tais como Yayoi Kusama, Kazuo Wakabayashi, Takashi Fukushima e James Kudo, entre outros. Estão presentes na mostra obras históricas de Ukiyo-ê, dos artistas Tsukiyoka Yoshitoshi,1839-1892, Ochiai Yoshiki, discípulo do pintor Utagawa Kuniyoshi, 1797-1861, Kaisai Yoshitoshi, 1839-1892, entre outros com datas e autores desconhecidos, mas presentes em publicações do século XIX, como no livro “Ichiwan Kunichika” publicado em 1863.

 

 

O Ukiyo-ê, cujo significado se traduz como “Imagens do Mundo Flutuante” é a técnica e gênero artístico que retratou os costumes da cultura burguesa do período Edo -1603-1867- que reforçou o conceito da efemeridade da vida. Ao retratarem lutadores de sumô, gueixas, atores do teatro Kabuki e paisagens. O Ukiyo-ê é conhecido no mundo como pintura japonesa gravada no bloco de madeira (similar à xilogravura), ficou conhecido na Europa no final do século XIX, influenciando o modernismo – cubismo, impressionismo e pós-impressionismo, e artistas como Van Gogh, Monet e Degas. Na atualidade segue influenciando segmentos culturais como o mangá moderno, a montagem Korin e o Japão Pop.
A influência do Ukiyo-ê é marcante na produção dos artistas contemporâneos japoneses e nipobrasileiros presentes na mostra: Yayoi Kusama, Kazuo Wakabayashi, Utagawa Kuniyoshi, Takafumi Kijima, Yuichiro Tanaka, Sho Tanaka, Machi Miyamoto, Unno, James Kudo, Roberto Okinaka, Futoshi Yoshizawa, Yasushi Taniguchi, Takashi Fukushima, Kimi Nii e Midori Hatanaka.

 

Com destaque na exposição, as gravuras de Yayoi Kusama traduzem a sensação alucinante do mundo contemporâneo, refletindo as impressões do Japão pop; já as cinco obras de Utagawa Kuniyoshi representam a beleza de mulher em um diagrama satírico; Kazuo Wakabayashi reflete a influência do Ukiyo-ê imprimindo um padrão arrojado a composição; Takashi Fukushima grava na madeira usando pigmentos próprios; a satírica pintura de Takafumi Kijima utiliza a técnica nihonga aplicada ao Ukiyo-ê; James Kudo incorpora em sua produção o sentido japonês de Ogata Korin, 1658-1716.

 

 
Como parte da exposição, a professora – e presidente do departamento de pintura da Musashino Art University- Aguri Uchida e o professor Takefumi Kijima, realizam nos dias 08 e 09 e março um workshop em duas etapas na Galeria Deco. No primeiro dia, Aguri Uchida apresenta a técnica de sumi no papel washi, no segundo dia, Takafumi Kijima explora os pigmentos tradicionais da pintura japonesa.

 

 
A Musashino Art University, localizada em Tokio, é uma das principais universidades de Arte no Japão. Fundada em outubro de 1929 como Teikoku Art School (escola de arte Imperial) teve sua nomenclatura, alterada para Musashino Art School em dezembro de 1948 e posteriormente, em abril de 1962, para Musashino Art University. Entre os principais cursos figuram: pintura japonesa, escultura, desenho industrial, interiores, cenografia e arquitetura.

 

 

 
Até 25 de março.

Duas na Laura Marsiaj

28/fev

A próxima exposição da artista Renata De Bonis que será realizada na Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de janeiro, RJ, diz respeito a uma experiência recente que a artista teve de residência – por alguns meses – na Islândia. Esse país, por vezes utilizado na cultura contemporânea como um ícone daquilo que poderia ser um espaço muito diferente do Brasil – gélido, pequenino e com paisagens espetaculares que ecoam os tons da pintura romântica do século XIX – foi recodificado pela experiência da artista. Ao observarmos sua trajetória, é possível associar sua produção à articulação entre pintura, paisagem e deslocamento. Ao observarmos sua nova série de trabalhos aqui reunidos na exposição de nome “Uma pedra por dia”, talvez possamos perceber uma nova nuance de sua prática, ou seja, de imagens que davam conta da amplitude de um espaço (natural ou doméstico), sua atenção agora se volta para detritos, pedras coletadas “no meio do caminho”. Esse pode ser considerado, então, um momento para que o público e a crítica apreciem as novas pinceladas inquietas dessa paleta que se repete, mas de nenhuma forma entedia o nosso olhar, afirma Raphael Fonseca.

 

 

Sobre a artista:

 

Renata De Bonis nasceu em 1984, em São Paulo, onde vive e trabalha. Formou-se no curso e Artes Plásticas da FAAP-SP em 2006. Embora resida em São Paulo, é na busca de espaços e temas distantes do meio urbano que a artista encontra suas principais referências pictóricas. Em suas telas, paisagens silenciosas e cores neutras nos remetem a situações de solidão e vazio existencial. Em busca de paisagens ermas para desenvolver seu trabalho, Renata viajou pelo mundo. Em 2009, passou uma temporada no deserto da Califórnia, frequentando parques nacionais como o de Joshua Tree. Em 2013 morou na Islândia buscando paisagens inóspitas para desenvolver suas pinturas. O uso opaco da tinta a óleo com cera e a paleta de cinzas lúridos estabelecem a melancolia e a ressonância lúgubre de suas imagens, equilibradas pela tensão sutil na passagem de tons, entre os planos da pintura.

 

 

No Anexo, a obra de Cristina Salgado

 

A exposição “A mãe contempla o mar“, de Cristina Salgado que será exibida no espaço anexo da galeria Laura Marsiaj a partir do dia 18 de março de 2014, é composta de objetos realizados entre 1999 e 2002 e desenhos inéditos produzidos entre 2001 e 2012. Mesmo sendo de séries com nomes e datas diferentes, são trabalhos surgidos a partir de uma mesma técnica, a modelagem em papier mâché, e um mesmo inventário simbólico, com suas superfícies rosadas, que imitam a pele clara com algum realismo. Mas é importante mencionar que, ainda que estejam presentes alguns elementos realistas – além da “pele”, sapatos e dedos com longas unhas vermelhas – essas obras se referem ao corpo psíquico, ou ao corpo traumático, o que talvez se possa dizer de todos os trabalhos da artista que se relacionam ao corpo humano. A presença de uma dimensão feminina na obra da artista é uma questão importante, ainda que não seja a única, nem excludente de outras possibilidades de produção de sentidos. Todas as obras, com exceção do Homem bebê (série Instantâneos), estariam relacionadas ao gênero feminino de modo um tanto enfático pela presença dos scarpins ou pelas unhas vermelhas.

 

Há dois desenhos mais recentes, de 2012, que retomam essas formas, agora com mais representação de volume, mas volumes moles, pesando sobre cadeiras. Em cada um deles está presente uma pequena paisagem marinha. Em um desenho de 2003, o único com uma figura humana mais convencional, também sentada em uma cadeira, está a mesma paisagem marinha. Nessas imagens, é como se a contemplação de uma representação do mar envolvesse uma introspecção – um olhar para um horizonte interno. Esses desenhos têm o título de La mer. Esse entrelaçamento de formas orgânicas, maternais e paisagens marinhas são, de certa forma, junto com a homofonia das palavras mãe e mar em francês, o motivo do título em português: A mãe contempla o mar. La mère regarde la mer funciona como uma circularidade – trabalhos antigos e recentes que volteiam por um mesmo território de vocabulário simbólico e formal.

 

 

De 18 de março a 23 de abril.

Na galeria Oscar Cruz

Representante da década de 1970, Luiz Alphonsus desenvolve uma linguagem conceitual própria, utilizando diversas mídias como suporte, dentre elas pintura, fotografia, instalações, intervenções urbanas e cinema experimental. Dentre os temas fundamentais do trabalho do artista figuram Cosmos, tempo e linguagem escrita, objetos de seus últimos trabalhos, realizados entre 2012 e 2014, integrantes da exposição “Design para uma viagem interestelar”, na galeria Oscar Cruz, Itaim-Bibi, São Paulo, SP.

 

Na série de novos trabalhos, o artista inclui dez telas e uma instalação que, em linhas retas, transcorre seu universo: vértices perdidos na escuridão cósmica buscam matéria e inteligência. O tempo, como marco da materialidade, representa o início e o fim do universo. Um eclipse alienígena, de uma estrela qualquer, alude à paisagem terrestre. Uma visão poética da origem da linguagem humana é dramatizada num trabalho composto por duas telas – Das estrelas vieram os símbolos: Criação e perpetuação da linguagem. As estrelas produzem seres que pensam sobre elas próprias. Em sua nucleossíntese está a origem de tudo, desde a matéria bruta ao supra-sumo do universo, a inteligência.

 

 

De 18 de março até 19 de abril.

Emma Thomas: Hugo Frasa e Adam Nankervis

23/fev

A galeria Emma Thomas, Jardins, São Paulo, inaugurou simultaneamente as exposições “N.A.A.T.”, do paulistano Hugo Frasa, e “Upon a painted ocean…”, do australiano Adam Nankervis. “N.A.A.T.” é a primeira exposição individual de Hugo Frasa. Ocupando a sala principal da galeria, o artista traça um panorama de sua produção, tendo como ponto de partida a série de pinturas inéditas, produzidas entre 2013 e 2014 com spray de tinta, numa forma de observação irônica à difusão contemporânea do concretismo brasileiro.

 

Ao redor dessa série, expondo seu processo de criação, apresenta-se uma constelação de obras composta por pinturas, fotos, objetos, música, vídeo e uma instalação. Através desses trabalhos, percebe-se o olhar crítico e sarcástico do artista sobre a produção contemporânea, evidenciando seu deslocamento geracional e seu diálogo entre racionalismo formal e estética pop, música, moda e comportamento de rua. Para o projeto expográfico e curadoria da mostra foi convidado o arquiteto Fernando Falcon.

 

Em “Upon a painted Ocean…”, Adam Nankervis se inspirou no poema “The Rhyme of the Ancient Mariner”, de Colleridge. O artista, em sua contínua investigação geopolítica, ambiental e sociocultural, sugere uma aterrorizante previsão no atual dilema de conflito global e negligência ambiental.

 

Em sua série fotográfica, Adam Nankervis trabalhou com David Medalla e Daniel Kupferberg, com retratos performáticos, cuja série intitula-se “The Albatross’ Nest”, aludindo às serpentes que enredam as ficções de marinheiros a bordo de um navio sem rumo. A série, que evoca o albatroz em sua jornada por alimento regurgitado em alto-mar, se confunde com a jornada do próprio artista, suas memórias, experiências e observações.

 

 

Sobre Hugo Frasa

 

Iniciou a graduação em artes plásticas na Faap em 2005. Ganha os prêmios 39ª Anual de Artes Plásticas Faap, São Paulo, 2007, e 40ª Anual de Artes Plásticas Faap, São Paulo, 2008. Descontente com o curso, abandona a faculdade em 2010. Desde então, participa de exposições coletivas (“Viés” | Galeria Vermelho, São Paulo, 2005; “Vorazes, grotescos e malvados” | Paço da Artes, São Paulo, 2006; “Bipolar” | Galeria Emma Thomas, São Paulo, 2007; “Coletiva inicial” | Mendes Wood, São Paulo, 2009; “Nichi Nichi Kore Ko Nichi” | Galeria Phosphorus, São Paulo, 2012; “Princípios Flexor” | Galeria Gramatura, São Paulo, 2012; “OIDARADIO sessions” | 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, São Paulo, 2012), compõe trilhas, produz vídeos, faz apresentações musicais e desenvolve séries de desenhos, pinturas, colagens, fotos e vídeos.

 

 

Sobre Adam Nankervis

 

Artista e curador, tem como marca registrada de seu trabalho a imersão na experimentação de formas sócio-esculturais e colisões estéticas. Entre seus projetos está “Another Vacant Space”, focado em trazer à tona aquilo que está oculto sob a temática, conteúdo e teoria, o efêmero, a exploração artística da destruição criativa e a reconstrução – um convite à contemporaneidade a ser história. Sua prática curatorial se funde com seus demais projetos. Adam Nankervis já expôs na Inglaterra, Ucrânia e Estados Unidos. O artista foi Coordenador Internacional da London Biennale entre 2000 e 2012, que surgiu como uma iniciativa de arte livre.

 

 

Sobre a galeria Emma Thomas

 

 
A galeria Emma Thomas, das sócias Flaviana Bernardo e Juliana Freire, foi inaugurada em 2006 com o intuito de democratizar a arte contemporânea, modificando e adaptando as práticas do mercado a fim de aproximar a produção artística do público em geral. A galeria representa cerca de 14 artistas da nova geração. Em maio de 2012 ganhou o Prêmio de Melhor Galeria Jovem em Buenos Aires e em setembro de 2013 foi escolhida como segunda melhor galeria de São Paulo segundo a revista Época São Paulo. A galeria, em 2012, constrói sua nova sede nos Jardins e agrega uma nova sócia, Monica Martins. Além das mostras, projetos e feiras nacionais e internacionais, o novo programa da Emma Thomas promove o livre intercâmbio do conhecimento e do questionamento cultural.

 

 

Até 25 de março.

 

Acervo MAM-Rio

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Acervo MAM – Obras restauradas”, com treze obras pertencentes à coleção do MAM restauradas com recursos no valor de R$ 399.980,50, da Secretaria Municipal de Cultura, via Edital Pró-Artes Visuais 2012.

 

“A mostra apresenta o resultado do esforço do MAM em devolver uma parte da história de uma coleção memorável, que tem crescido e prosperado”, afirma Fátima Noronha, conservadora e restauradora do Departamento de Museologia do MAM. O Museu abriga 6.466 obras em seu acervo próprio, mais 6.400 da Coleção Gilberto Chateaubriand – considerada internacionalmente como uma das mais importantes do modernismo e contemporaneidade brasileiros –, e perto de duas mil fotografias da Coleção Joaquim Paiva, ambas em comodato, totalizando perto de 15 mil obras.

 

Para esta exposição, será apresentado o mais recente conjunto de obras restaurado. Farão parte da mostra obras dos artistas brasileiros Djanira, Ivan Serpa, Lygia Clark, Manabu Mabe, Nelson Leirner, Silvia de Leon Chalreo, e Wega Nery. Dos estrangeiros, estão obras de Alberto Magnelli, Jorge Páez Vilaró, María Luisa de Pacheco, Michel Patrix, Oton Gliha e Serge Poliakoff.

 

Dentre os destaques internacionais da exposição estão trabalhos do artista russo Serge Poliakoff e do italiano Alberto Magnelli, ambos importantes do período do pós-guerra na Europa. Dentre os brasileiros, destacam-se a obra do pintor, gravador e desenhista Ivan Serpa, que também foi professor da escola de artes do MAM e muito ligado à instituição, onde lecionou para crianças e adultos, formando uma geração de artistas. A obra “Forma em evolução” é de 1952, período em que Serpa manifesta seu forte interesse na abstração geométrica e foi uma doação do artista à coleção do museu, em 1953. Há, também, uma pintura de 1960 do artista nipo-brasileiro Manabu Mabe. Medindo 150cm x 184,5cm é a maior tela deste artista pertencente ao Museu. Das treze obras apresentadas – em quase sua totalidade pinturas a óleo sobre tela – apenas quatro (de Serge Poliakoff, Ivan Serpa, Oton Gliha e Nelson Leirner) nunca haviam passado por restauros anteriores e estavam bastante danificadas devido ao incêndio ocorrido no Museu em 1978, que tinha, na época, um acervo de cerca de mil obras. As demais haviam sido restauradas no final da década de 1970, mas precisavam de pequenas recuperações.

 

Carlos Alberto Gouvêa Chateubriand, presidente do MAM Rio, museu criado em 1948, destaca em seu texto que “aos 30 anos de existência, o MAM Rio passou por forte revés com a perda trágica de 90% de sua coleção. Peças significativas puderam ser resgatadas e restauradas; uma pequena parte que não pôde ser recuperada ao longo daquele período foi mantida com zelo e paciência, aguardando uma solução. Hoje esse dia chegou e podemos rever obras de Ivan Serpa, Lygia Clark, Djanira, Manabu Mabe, Wega Nery, Nelson Leirner e Silvia Chalreo, para citar a vertente nacional. Alberto Magnelli, Serge Poliakoff, Oton Gliha, Maria Luisa Pacheco, Michel Patrix e Jorge Páez Vilaró na internacional”.

 

 

NELSON LEIRNER: NOVA OBRA

 

 

A obra de Nelson Leirner, em tecido e zíper, estava bastante danificada e muito frágil estruturalmente para ser restaurada. Por se tratar do único artista vivo da exposição, ele criou uma nova obra, um múltiplo da série “Homenagem à Fontana”, de 1967, baseando-se na original existente no Museu. A restauração das treze obras do acervo do MAM Rio durou um ano e foi coordenada por profissionais especializados contratados pelo Museu: Edson Motta Jr. e Claudio Valério Teixeira, ambos responsáveis pela restauração dos painéis “Guerra e Paz”, de Candido Portinari, pertencentes à ONU, em 2011. A exposição será acompanhada de um livreto, com 76 páginas, formato 21cmx15cm, e textos do presidente do Museu e da conservadora e restauradora do Museu.

 

 

CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO

 

 

O MAM realiza restauros frequentes nas obras de seu acervo, atendendo às necessidades de conservação e também a demandas curatoriais e emergenciais. Quando necessários, restauros de maior magnitude têm sido feitos com apoio de recursos externos. Estão dentro desses grandes restauros os realizados em cerca de 28 obras – pinturas, desenhos e fotografias, e mais 28 estudos de móveis de Joaquim Tenreiro, e ainda a construção de uma mapoteca de grandes dimensões para acondicionamento desses projetos, com o apoio da extinta Fundação Vitae, entre 1999 e 2003. Com o apoio do Banco Opportunity, foram restauradas mais de cinquenta obras em papel e pinturas, de 2000 a 2002. Paralelamente também foram obtidos recursos para a compra de mobiliário próprio para o acervo, como estantes, armários e carrinhos de transporte de obras nas áreas internas do museu.

 

 

 

Até 13 de abril.

 

 

​Paisagem Carioca

21/fev

A artista plástica Lucia Laguna trabalha intensamente com a paisagem urbana do Rio de Janeiro. Pensada exclusivamente para o “Projeto Technô”, a obra “Paisagem” transmuta a vitrine do espaço expositivo do Oi Futuro, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, em janela processual que apresenta os caminhos de uma poética. Através da sobreposição de fotografias e fitas, o público identifica e, por vezes desvenda, fundamentos básicos presentes em sua singular obra pictórica. A curadoria é de Alberto Saraiva.

 

 

Até 06 de abril.

Abre Alas 10

20/fev

No dia 22 de fevereiro, o “Abre Alas”, evento promovido pela A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta sua 10º edição e completará 10 anos de existência. Ao final do primeiro ano de vida da galeria, Marcio Botner, Laura Lima e Ernesto Neto perceberam que tinham um tesouro em mãos: cerca de 200 portfólios recebidos de artistas de todo o Brasil. Com isto, os diretores da A Gentil Carioca, decidiram que iriam aproveitar todo esse material em uma exposição que acontece desde 2005 – próxima ao carnaval.

O nome “Abre Alas” remete ao carro que inaugura o desfile das escolas de Samba. O projeto é uma exposição que nasceu com o intuito de abrir espaço para jovens artistas. Com o tempo, a exposição passou a incluir a participação de artistas do mundo todo. A Gentil funciona como uma vitrine, e se alegra ao ver que os artistas apresentados no projeto seguem seu caminho fazendo parte dessa rede maior. Mais de 100 novos nomes participaram do projeto ao longo destes anos. Entre eles: Maria Nepomuceno, Guga Ferraz, Rodrigo Torres e Maria Laet.

 

Desde 2010 convidamos curadores para realizar a seleção dos trabalhos. Este ano fizeram parte do comitê de seleção: Armando Mattos (curador da Bienal de Arte Contemporânea de Búzios – BAB) e Marta Mestre ( curadora assistente no MAM – Rio). Foram 283 inscrições e 28 projetos de artistas selecionados, de diversas regiões do Brasil e países estrangeiros. No dia 22 de fevereiro além a abertura de exposições nos dois espaços da galeria, na Rua Gonçalves Lêdo, 17 e no prédio novo no numero 11, haverá também apresentação de Siri + William Tocalino, iniciando o projeto Lastro/Cabo Verde com curadoria de Beatriz Lemos e o Gentil lançamento do livro Gazetas Esportivas de Alex Hamburger.

 

 

Artistas Abre Alas 10

 

Beatriz Nogueira, Betelhem Makonnen, Betelhem Makonnen, Bruno Osório, Carolina Cordeiro, Cauê Novaes, Coletivo Plástico Preto, Daniel Albuquerque, Deolinda Aguiar, Eduardo Montelli, Erika Romaniuk, Evandro Prado, Felipe Braga, Fernanda Taddei, Guilherme Callegari, Jeferson Andrade, Leandra Espírito Santo, Letícia Lampert, Louise Botkay, Noara Quintana, Peter Wüthrich, Raquel Uendi, Renan Marcondes, Sheila Ortega, Steffania Paola, Stephanie Gervais, Thiago Araujo, Victor Saverio e Yana Tamayo.

 

 

CAMISA EDUCAÇÃO

 

A Gentil Carioca realiza o projeto Camisa Educação desde 2005. A cada nova inauguração na galeria convidamos um artista a realizar um projeto para uma camisa na qual a palavra “educação” está escrita. Nesta edição haverá o lançamento da Camisa Educação n°53 do artista Rafael Adorjan.

 

 

PAREDE GENTIL

 

No projeto Parede Gentil, um artista é convidado para fazer algo especial sobre nossa parede exterior, para que permaneça lá por 4 meses. Para Chuvaverão do Opavivara!, cinco chuveiros foram instalados na parede externa da galeria, convidamos Frances Reynolds para apoiar o projeto, tudo isso visando fortalecer a importância do colecionismo e tornar a coleção de arte em algo público, uma oportunidade de educar. Uma boa coleção de arte legitima seu tempo e permite que um grupo de pessoas receba esse tipo de informação. No dia da inauguração haverá a participação especyal do VIEMOS DO EGYTO abrindo as pyrâmides! Venham com trajes de banho! Sabão com purpuryna pra sair do chuvaverão brilhando!

 

 

Exposição: de 25 de fevereiro a 15 de março.

 

Parede Gentil: de 22 de fevereiro a 28 de junho.

Pleno verão com Sergio Gonçalves

A Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ, abriu suas portas para homenagear o verão. “Quem viver, verão!” é a exposição que reúne artistas de várias gerações, de todos os cantos do Brasil, de suportes e mídias diferentes, com um desafio especial. Criar, interferir, customizar e dar novas cores a diversos guarda-sóis que ocuparão a Galeria e sua fachada, trazendo um clima praiano ao Centro Histórico do Rio.

 

Ao todo, 24 artistas foram convidados para essa nova celebração das artes visuais ao verão, onde o guarda-sol – um dos nossos deuses protetores das radiações solares cada vez mais intensas, renegado por muitos, mas venerado e companheiro inseparável de outros nas incursões praianas – ganha status de arte nas mãos de artistas como Ana Durães, Anita Kaufmann, Carlos Araújo, Clarissa Campello, Cristina Sá, Daniel Ventura, Deneir, Denize Torbes, Eduardo Ventura, Felipe Barbosa, João Magalhães, Laura Michelino, Leonardo Videla, Ligia Teixeira, Lin Lima, Márcio Zardo, Newman Schutze, Osvaldo Carvalho, Raimundo Rodriguez, Roberto Tavares, Rosana Ricalde, Thereza Salazar, Vânia Barbosa e Wladimyr Jung. A curadoria é de Sergio Gonçalves.

 

Além de todas as criações, o artista Deneir leva sua bicicleta voadora, onde apresenta uma performance em que o artista acopla um guarda-sol a uma bicicleta, que é girado interativamente pelos presentes, fazendo com que todos interajam com a instalação.

 

Inspirados nos rituais que os povos antigos realizavam a cada mudança de ciclo da natureza, ou seja, a cada mudança de estação, a chegada do verão é celebrada com muita alegria em diversas culturas e religiões pelo mundo. Desde os anos 80, é comemorada na França com a “Fête de la Musique”, que já faz parte do calendário de mais de cem países.

 

No Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, celebração é o que não falta. O verão carioca encanta todas as tribos; de músicos a empresários, de turistas a moradores, de hippies a patricinhas.

 

 

Até 15 de março.