A linguagem múltipla de João Machado

11/fev

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou a exposição “Atlas”, individual com 20 obras do artista plástico João Machado. Sob a curadoria de Antônio Cava, a mostra apresenta trabalhos produzidos entre 2008 e 2013, como esculturas, desenhos, gravuras, fotografias e uma videoinstalação. “Atlas” é a primeira grande individual brasileira do artista que tem carreira consolidada em Paris, onde viveu até o ano passado.

 

A curadoria optou por uma montagem panorâmica que permite ao expectador participar da “viagem” do artista. “O que me atrai no trabalho do João, além da contemporaneidade dos temas abordados e da experimentação em diferentes suportes, é a sua natureza espiritual na conjugação de tempo e espaço. Sua obra é ao mesmo tempo autobiográfica e universal. Possui uma brasilidade intrínseca, principalmente no que diz respeito a natureza”, afirma o curador Antonio Cava.

 

 

Sobre João Machado:

 

Filho do também artista Juarez Machado, João mudou com o pai para Paris aos oito anos. Formou-se em arte pela École de Beaux Arts, de Paris, e em cinema pelo Art Center College, de Los Angeles. Com uma sólida carreira como artista plástico na Europa e Estados Unidos, também realizou alguns filmes como, Sons of Saturn (2006) e The Champagne Club (2001).

 

 

Até 09 de março.

Graphos:Brasil apresenta Lippe Muniz

A galeria Graphos:Brasil, Copacabana, Rio de janeiro, RJ, inaugurou a exposição “História da Melancolia”, individual do artista plástico Lippe Muniz. A mostra reúne cerca de 50 obras produzidas desde 2010, apresentando diferentes séries cuja temática aborda a condição humana.  A partir de imagens coletadas em feiras de antiguidades, em velhos álbuns de fotografia ou em revistas antigas, o artista trata com uma ótica ultra contemporânea de temas recorrentes no imaginário humano: “Falo da morte usando imagens do passado. Logo, a memória e a história tornam-se elementos chaves em minha problemática. Toda a minha poética é baseada na ideia de uma arte trágica. Colagem, desenho, pintura, instalação e performance se entrecruzam, se contaminam e criam uma obra única. Talvez uma Gesamtkunstwek (obra de arte total),” diz o artista. Na obra de Lippe Muniz cenas de conflitos e do cotidiano sob a ótica da opressão social e da construção de utopias, criam uma atmosfera onde passado e presente, memória e atualidade convergem de forma incisiva.  A exposição apresenta telas impregnadas de tinta negra, instalações, assemblages e apurados desenhos em grafite. As obras são marcadas por textos escritos à mão e por detalhes pictóricos que flertam com o surrealismo, na medida em que a incorporação de objetos do dia a dia e sua consequente resignificação por meio da colagem reforçam a poética metafórica dos trabalhos. Para a crítica literária Lívia Letícia “os muitos negros que saem da palheta de Lippe se entrelaçam à poesia da palavra-tinta em diferentes línguas, para invadir e dilacerar as tramas históricas e as cavernas da memória, deslocando sentidos, pelo riso melancólico e nervoso que macula e tatua com cicatrizes a História e a história. Marcas na memória: arte suja, bela e feia”.

 

 

São apresentadas três séries e um conjunto de objetos e uma instalação:

 

“Weltwehmut” – desenhos que tem por base imagens fotográficas combinadas com novos elementos, objetos, estranhas formas negras e fragmentos textuais, denotam impressões do absurdo, solidão, tristeza, opressão e morte.

 

“História da Melancolia” – série de pinturas negras que explora as possibilidades de criação pictórica sem a presença marcante da cor. São vestígios de rabiscos, respingos e as camadas de tinta preta (e branca) cortado por linhas vermelhas finas semiprecisas que formam estruturas geométricas e desenham um espaço quase que gráfico. As estruturas geométricas nos remetem ao desejo construtivo de ordem e de utopia e em meio a massa pictórica escura da obra, evocam lucidez.  A colagem de imagens do passado, imagens fotográficas de anônimos e figuras históricas, achadas nas gavetas da memória trazem consigo nostalgia e melancolia. A visão de um passado trágico, da história traumática de um homem que gravita entre o incerto e a finitude.

 

“Homens Carregam Homens Desde Que Eu Me Conheço” – Pinturas negras sobre papel feitas sob o impacto visual, sensível e intelectual das manifestações políticas que povoaram as ruas do mundo nos últimos anos.

 

“Objetos e instalação” – objetos (assemblages) e instalações criados a partir da combinação de imagens e objetos coletados ao acaso, mas que carregam uma memória, uma história, e que quando combinados (muitas vezes de forma precária) exprimem uma condição frágil, de equilíbrio precário, numa metáfora da própria condição humana.

 

Repletas de referências históricas, literárias e filosóficas, as obras desdobram-se em muitas camadas, proporcionando um convite à reflexão – nem sempre fácil, mas necessária – de temas humanos, demasiado humanos.

 

 

Sobre o artista

 

Lippe Muniz nasceu em Duque de Caxias, RJ, em 1986. Estudou Gravura na Escola de Belas Artes da UFRJ, frequentou os cursos Arte Hoje, Performance: O Corpo Como Linguagem e o Aprofundamento na EAV Parque Lage, e o curso Pósmodernidade:  A arte na Contemporaneidade na Escola de Belas Artes da UFRJ. Participa do Programa de residência Master der Fremde=Master der Heimat – Wortwedding Lade für Kunst und Poesie, residindo por um ano em Berlim na Alemanha. Participou de diversas exposições coletivas no Brasil e na Alemanha. Na Alemanha apresentou as individuais: A Minha Euforia Eu Carreguei Para um Canto Longe, Wortwedding Lade für Kunst und Poesie, Berlim, Alemanha, 2012; e Bühne für Kohle, Stöcke und Schweigen, Kunsthof Jena, Jena, Alemanha, 2010.

 

Até 1º de março.

Luigi Ghirri no IMS-Rio

06/fev

O Instituto Moreira Salles, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, exibe – após temporada em São Paulo -, a primeira grande retrospectiva do fotógrafo italiano Luigi Ghirri. Dono de uma vasta produção e de um talento incomum para explorar a linguagem fotográfica, Ghirri foi uma figura fundamental da cena artística italiana, mas apenas depois de sua morte começou a ser redescoberto e consagrado no mundo todo. Essa nova fase da exposição ganha quase 100 novas obras e documentos do artista e sua passagem por São Paulo a colocou entre as cinco exposições mais bem avaliadas de 2013 da Veja São Paulo e mereceu a terceira colocação de melhor exposição do ano segundo o jornalista Silas Martí.

 

A exposição “Luigi Ghirri. Pensar por imagens. Ícones, Paisagens, Arquitetura” é uma das maiores exposições já realizadas sobre o fotógrafo e foi organizada segundo três caminhos centrais ao seu universo: a investigação dos ícones visuais que povoam o mundo contemporâneo; uma releitura da paisagem italiana, baseada num profundo conhecimento da história da arte; e uma indagação sobre os modos de viver, habitar e perceber o espaço.

 
A exposição apresenta quase 300 fotografias, a maior parte delas cópias de época, além de provas de impressão, livros de artista e outros objetos que ajudarão entender a carreira fascinante do fotógrafo que foi também editor, curador e um grande pensador da fotografia.

 

Ghirri contribuiu, na década de 1970, para que a fotografia ganhasse importância artística na Itália. À tradição pictórica de seu país, uniu a sedução da fotografia colorida e da fotografia amadora. Neste ano, quando assumiu o cargo de curador-chefe de fotografia do MoMA, o francês Quentin Bajac declarou que Ghirri é o exemplo de gênio subestimado pelo museu, que recentemente o incorporou à sua coleção.

 

O trabalho de Ghirri se debruça sobre fontes variadas: as montagens espontâneas, os achados do cotidiano, as paisagens sublimes e também as mais banais, a arquitetura autoral e a anônima. Para Ghirri, o mundo é um espetáculo que o fotógrafo deve decifrar, interpretar e traduzir. Com influências tão distintas como o neorrealismo italiano, os pintores renascentistas, a fotografia americana e Bob Dylan, Ghirri reinventou os modos de olhar e expandiu os limites do fazer fotográfico. “Suas fotos impressionam por mostrar objetos cotidianos como se estivessem sendo vistos pela primeira vez ou paisagens banais como se fossem lugares oníricos, onde temos vontade de viver”, afirma a pesquisadora Marina Spunta em matéria publicada na revista ZUM #3.

 

O catálogo que acompanhará a exposição traz um longo portfólio de imagens, textos do próprio Ghirri, que era um escritor perspicaz, além de ensaios críticos dos curadores Francesca Fabiani, Laura Gasparini e Giuliano Sergio, e de Quentin Bajac (MoMA), do fotógrafo alemão Thomas Demand, de Bice Curiger (que apresentou Ghirri na Bienal de Veneza de que foi curadora), de Lorenzo Mammì e de Larissa Dryansky.

 

 
Sobre o artista

 

Luigi Ghirri nasceu em Scandiano, Reggio Emilia, no norte da Itália, em 1943. Começou a vida como topógrafo e designer gráfico, antes de se tornar fotógrafo no início dos anos 1970. Mais para fins da década, começou a ser conhecido no exterior: em 1979, foi convidado a expor na Light Gallery, em Nova York; em 1980, foi chamado para trabalhar no estúdio da Polaroid de Amsterdã; já em 1982, foi eleito um dos maiores fotógrafos do mundo na feira Photokina. Em alguns projetos, Ghirri colaborou com escritores como Geoff Dyer e o arquiteto Aldo Rossi. Morreu em 1992.

 

“Cada uma das fotografias do livro de Ghirri, explícitas e infinitamente misteriosas, não contém quase nenhum incentivo para avançarmos, para virarmos a página e ver a foto seguinte. Satisfazemo-nos com olhar e esperar, observar”. Geoff Dyer, ensaísta britânico e colunista do site da ZUM, sobre Kodachrome.

 

“Ghirri não se pauta pela poética do momento decisivo, pelo esforço de resumir no instante o significado inteiro de uma ação. É fotógrafo dos tempos longos, das permanências.” Lorenzo Mammi, crítico de arte.
“Ghirri fez muita coisa que eu não faço, e que provavelmente não farei – mas, sem dúvida, estou feliz que ele tenha feito.” William Eggleston, fotógrafo americano.

 

“No trabalho de Ghirri sempre há uma surpresa. As fotografias das maçãs na máquina de venda automática (Lucerna, 1971), por exemplo: é uma coisa tão comum, mas é também uma sensação e tanto. Transformar as coisas mais normais em sensações, e fazer isso repetidamente, é grande arte.” Thomas Demand, importante fotógrafo contemporâneo, sobre a obra do Ghirri.

 

A exposição “Luigi Ghirri. Pensar por imagens. Ícones, Paisagens, Arquitetura” é promovida por MAXXI Museo nazionale delle arti del XXI secolo, pela municipalidade de Reggio Emilia e pela região de Emilia Romagna, e tem curadoria de Francesca Fabiani, Laura Gasparini e Giuliano Sergio.

 

 

De 06 de fevereiro a 13 de abril.

Três artistas na Inox

05/fev

Chama-se “ Diálogo: Um Chão Para Brincar, Um Céu Para Voar”, exposição coletiva dos artistas Adrianna eu, Lívia Moura e Renato Bezerra de Mello, com curadoria de Isabel Portella,  na Galeria Inox, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. Em exibição: cinco objetos, dois desenhos, um vídeo, uma fotografia e duas instalações. Um diálogo sutil entre esses três artistas. Ao se apropriarem sutilmente de suas poéticas eles criaram diálogos entre si, traçaram pontes, caminhos e comungaram das mesmas questões. O olhar desses artistas alcança outras verdades. Escadas, gaiolas e espirais guardam visões e ampliam o olhar do espectador.

 

Adrianna eu apresenta uma instalação e dois objetos que abordam o campo dos afetos, tema recorrente em seus trabalhos. Depois de uma visita ao oftalmologista e a possibilidade de “corrigir” seu grau, por meio de uma cirurgia, a artista decidiu não mudar nada para que seu olhar singular sobre o mundo se mantivesse. Logo depois, começou a esboçar uma série inteira de trabalhos relacionados a esse tema, que vai ser apresentando na Galeria Inox. São óculos antigos, suspensos no ar, que hora estão ligados por costura, hora pendem do teto da galeria na altura dos olhos, seguros por fios transparentes, hora se agrupam dentro de uma gaiola de pássaros. Para a artista, eles questionam as distâncias, os padrões, o que é perto e o que é longe na relação com o outro, com si mesmo e com o mundo.

 

Depois de alguns diálogos com o grupo, Lívia Moura teve uma sensação que a acompanha desde pequena, quando está para dormir, naqueles instantes de vigília. Uma sensação de ser extremamente minúscula em um espaço gigantesco ou ser gigantesca num espaço extremamente minúsculo. Desse sentimento, veio a instalação “Vigília”, criada em Lisboa e banhada na água benta do santuário de Nossa Senhora de Fátima. Quase como um altar, a escada de rendas brancas fica pairando no ar e se desmancha em uma nuvem. Ela não toca o chão, mas um fio ligado a ela chega até o chão e se espalha pela sala. No fim do fio está o rolo de linha que a tudo originou. As rendas são uma marca no trabalho da artista, onde atuam como uma rede de conexões com a grande paisagem, com a totalidade.

 

Renato Bezerra de Mello mostra um conjunto de obras em diferentes mídias (um vídeo, três objetos, um desenho e uma fotografia) tendo como ponto de partida o vídeo “Um chão para brincar”, no qual o artista trava um embate inglório com pequenos tubos de papel, muito leves, que tenta a todo custo manter de pé, sem muito sucesso. Este movimento contínuo evoca primeiramente a visão do perfil de uma grande cidade e suas constantes transformações, mas o espectador não deve se prender a isto, estabelecendo outras relações. Na sua queda os tubos emitem um belo som, compondo uma discreta peça musical surgida do acaso. Esses mesmos tubos serão apresentados na exposição, quer seja deitados sobre uma superfície plana (nos fazendo pensar numa maquete de uma pequena biblioteca de rolos em pergaminho); ou recolhidos em pequenos rolos condicionados em pequenas caixas, uns dentro dos outros. Além disso, numa alusão aos tubos também vai mostrar uma nova série de desenhos em grafite. Por fim, vai exibir uma fotografia escolhida entre várias que costuma fazer durante a elaboração de suas obras, um fragmento do seu processo de trabalho.

 

 

Adrianna Eu

 

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1972, onde reside e trabalha. É formada pela EAV-Parque Lage. Realizou sua primeira exposição individual em 2005, Trabalhos Recentes, Comemorativa de 20 anos do Paço Imperial/RJ. Participou de diversas exposições coletivas nacionais e internacionais. Tem como um de seus temas as relações das pessoas com a própria identidade. Gosta de pensar que sua trajetória é traçada pelo desejo.

 

 

Lívia Moura

 

Lívia Moura, 27 anos, nasceu e cresceu no Rio de Janeiro. Iniciou sua pesquisa poética nas artes plásticas aos 15 anos. Frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, formou-se no Instituto de Artes da UERJ. Atualmente, vive e trabalha entre o Brasil e a Itália. Seus desenhos são como uma planta de arquitetura que se desdobra em instalações e performances. O resultado é uma produção multimidiática que inclui livros, fotografias e vídeos. Em março, Lívia fará uma exposição invidual na galería Dino Moora, em Nápoles, Itália.

 

 

Renato Bezerra de Mello

 

Natural de Pernambuco, mora no Rio de Janeiro há 30 anos, tendo trabalhado como arquiteto no restauro de bens tombados até o início dos anos 2000, quando vivendo em Paris passou a dedicar-se exclusivamente às artes plásticas. Já fez exposições em varios lugares do mundo e no Brasil. No momento, participa de uma exposição coletiva Play, no Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, assim como da itinerância da 17ºBienal de Cerveira, em Portugal.

 

 

De 19 de fevereiro a 22 de março.

RAQUEL ARNAUD APRESENTA DANIEL FEINGOLD

30/jan

Em 2014, quando Raquel Arnaud, Vila Fidalga, São Paulo, SP, completa 40 anos de dedicação à arte contemporânea, sua galeria inicia as atividades com uma exposição de telas e fotografias de Daniel Feingold. O conjunto de obras estabelece narrativas entre o espaço e seus desdobramentos, planos cromáticos e suas dobraduras, e revela uma longeva ambição por transcendência – o fundamento da poética do artista. Com curadoria do crítico norte-americano Robert C. Morgan, serão apresentadas oito telas e aproximadamente 30 fotografias.

 

O térreo da galeria foi dividido em dois ambientes, cada um recebendo uma família distinta de pinturas. O primeiro ambiente reúne duas pinturas monocromáticas preto sobre branco, também dípticos, intituladas “Yahweh”, Deus Judaico. De acordo com Robert C. Morgan, a escolha do “Deus Judaico” como título da série sugere mais do que um processo estritamente formal e a maneira com que a tinta escorrida (esmalte sintético), forma uma sorte de escrito religioso não é insignificante. “Ao contrário, é a própria essência que o artista está se esforçando para obter, como se a imprevisibilidade relativa da ação da tinta fosse parte de um plano aleatório, um universo construído sobre o impulso criativo, sugerindo uma espécie de espelho ou reflexão sobre o significado do ato criativo”, completa o curador.

 

No segundo ambiente estão os dípticos “Estrutura” e “Sócrates na Alice”. “São faixas formadas com tinta derramada (esmalte sintético), que não se movem em uma única direção e se cruzam com o uso de cores (principalmente primárias) de maneira altamente controlada, sugerindo uma versão mais comprimida de Mondrian”, afirma o curador.

 

Já as cerca de 30 fotografias apresentadas no primeiro piso são parte da série  “Homenagem ao Retângulo,” em paráfrase ao quadrado homenageado por Joseph Albers. Todas são abstrações geométricas em preto e branco, criadas a da topiária das árvores do “Jardin des Plantes”, em Paris. As imagens de Feingold são caligráficas, conectando-as ao grupo de telas e a maneira do artista de lidar com a fotografia. Para Feingold, a fotografia é simplesmente outra ferramenta por meio da qual se pode descobrir a pintura. “Tanto na pintura quanto na fotografia, o trabalho de Feingold sempre foi caligráfico no sentido dos escritos (religiosos). Sua obra é uma busca persistente pela ordem sistêmica. É um tipo de escrita pictórica, uma condensação de palavras que invocam a sua consciência como pintor”, reflete Morgan.

 

 

Sobre o artista

 

Formou-se em Arquitetura na FAUSS, RJ 1983. Estudou: História da Arte e Filosofia com o crítico Ronaldo Brito, UFRJ 1988-1992; Teoria da Arte & Pintura e Núcleo de Aprofundamento, EAV Parque Lage, RJ 1988-1991; Mestrado no Pratt Institute, NY 1993. Principais exposições individuais: Galeria Mercedes Viegas, RJ 1997; “Espaço Empenado,” Paço Imperial, RJ 2001; “Amigos da Gravura,” Fundação Castro Maia, RJ 2001; Galeria Candido Portinari, UERJ, RJ 2002; “Pintura,” Centro Universitário Maria Antonia, SP 2003; Galeria Marília Razuk, SP 1996, 1999; Galeria Raquel Arnaud, SP 1996, 1999, 2002, 2006, 2014; Atelier Sidnei Tendler, Bruxelas 2011; “Acaso Controlado,” MAM RIO, RJ 2013; “Pintura em Fluxo,” Múltiplo Espaço Arte, RJ 2013.  Principais exposições coletivas: CCSP, SP 1991; “Gravidade e Aparência,” MNBA, RJ 1993; “Coleção Chateaubriand, O Moderno e Contemporâneo na Arte Brasileira,” MASP, SP 1998; “Crossing Lines,” Art in General, NY 1998; “Artists in the Marketplace,” Bronx Museum, NY 1998; “O Beijo,” Paço Imperial, RJ 1998; “Gestural Drawings,” Neuhoff Gallery, NY 2000; 5ª Bienal do Mercosul, RS 2005; “Chroma,” MAM RIO, RJ 2005; “Itaú Contemporâneo Arte no Brasil 1981-2006,” SP 2007; “Minus Space at PS1 Contemporary Art Center,” NY 2008; “Escape From NY,” Minus Space curatorial, Sidney/Aus 2007, Melbourne/Aus 2009, Wellington/NZ 2010; “The Machine Eats,” Frederico Sève Gallery, NY 2010; “Arte Brasileira e Depois na Coleção Itaú,” Paço Imperial, RJ 2011; “Cinéticos e Construtivos,” Galeria Carbono, SP 2013. A Galeria Raquel Arnaud representa Feingold desde 1993.

 

 

 De 30 de janeiro a 08 de março.

LiliRoze na Lume

A Galeria Lume, Itaim Bibi, São Paulo, SP, abre a exposição “Acervo: LiliRoze”, da fotógrafa franco-suíça LiliRoze, com curadoria de Paulo Kassab Jr. Composta por 10 obras da coleção pessoal do curador, são exibidas fotografias das séries “Eden”, “Colors” e “Vanité”, nas quais a artista expressa suas fantasias em ensaios que retratam o sentimento da mulher em harmonia com a vulnerabilidade e delicadeza das flores. A abertura da mostra contará também com uma performance de dança da bailarina Marina Droghetti.

 

Em “Eden”, verifica-se um ambiente de certa forma “frio”, no que se refere à temperatura de cor, onde LiliRoze fotografa o corpo de uma mulher nua, interagindo com plantas verdes, cena que remete ao título da série. Já na série “Colors”, distante da fotografia realista e no limiar da pintura, a fotógrafa revela a memória de uma sensação, dando a impressão de entrar na intimidade de seus modelos. Contornos imprecisos vistos como reminiscências de um sonho. Tudo se concentra em um segundo de abandono onde a graça e a intimidade se misturam em um gesto suspenso no tempo. Por sua vez, “Vanité” é um estudo sobre a natureza morta que exibe a fragilidade e o efêmero da existência.

 

Usando uma câmera de grande formato e filmes de Polaroid, o trabalho de LiliRoze é imbuído de intimidade, tendo como fonte de inspiração o desnudamento, a ideia da fragilidade e do abandono. Com pouca luz, filmes de baixa sensibilidade e longos períodos de exposição, sua obra se aproxima mais do imaginar do que da realidade, trazendo um leve desfoque e nuances que traduzem a imaginação da artista.

 

Paolo Roversi, Sarah Moon, Joel-Peter Witkins, Duane Michals são algumas das inspirações de LiliRoze para fazer suas imagens impressionistas, como ela mesma define. “Nunca expresso uma representação do real e sim algo próximo do imaginário, em que as cores e as formas contam uma história original”, afirma. Para Lili, a fotografia é uma realidade, porém uma realidade que provém das visões do fotógrafo. E as visões trazem consigo nossas fantasias, intimidades, loucuras, e outras pequenas coisas sem procedência.

 

 

De 30 de janeiro  a 20 de fevereiro.

DUAS VISÕES

Com exposições simultâneas no Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, RJ, os artistas  Armando Queiroz, inspirado em Serra Pelada, e Alessandra Bergamaschi, sob o fascínio do Morro da Viúva, apresentam trabalhos que transitam entre a transformação de espaços naturais, destruição e beleza.

 

De um lado, o olhar retrospectivo sobre o estrago ecossocial operado em Serra Pelada pela exploração desordenada do ouro, nos anos 1970; de outro, a visitação consentida de um espaço emparedado pelas transformações urbanas no Rio de Janeiro. Duas histórias distintas, aproximadas pela poética e pelos suportes da fotografia e do vídeo. Dois olhares argutos a contar histórias que não se parecem, mas se irmanam. Assim são as exposições “Visitas”, de Alessandra Bergamaschi, e “Midas”, de Armando Queiroz.

 

 

A natureza oculta pelo concreto

 

Os mistérios de um espaço natural encoberto – o Morro da Viúva, de quem todo mundo ouviu falar, mas que ninguém vê – motivaram Alessandra Bergamaschi a criar o projeto “Visitas”, quando foi morar naquela área, em 2008. O morro acabou escondido pelas construções feitas no seu entorno, de cujas janelas é possível divisar paisagens impensáveis: floresta densa no topo, rasteira nas bordas, voo de falcões e até visitas de respeitáveis corujas.

 

Alessandra teve a ideia de enviar uma carta aos moradores dos prédios que circundam o morro, pedindo para marcar uma visita e fotografar a grande montanha de pedra de suas janelas. Com a aquiescência e a colaboração dos quinze destinatários que responderam, a artista fez as fotos em preto e branco com máquina analógica e realizou reproduções com superposição de imagens, seguindo um exercício matemático que lhe permitia registrar pequenas, porém significativas transformações – e gerar, com isso, imagens que, na realidade, são “visões” que interpretam o real.  Os negativos também foram usados para produzir dois vídeos que dão ritmo às várias visões do espaço (quase) secreto, mas num processo inverso: enquanto as ampliações analógicas refletem tempos de espera em que os elementos reagem, os negativos – traduzidos em píxeis – são cirurgicamente recortados e manipulados em tempo real criando uma nova dinâmica de visibilidade.

 

De quebra, a partir de uma pergunta (Pode me descrever a visão da janela que fotografei?), Alessandra colecionou ricos depoimentos dos moradores visitados, que compartilharam com ela suas fantasias e afetos pelo encantado lugar que avistam todos os dias, como o de Gianluca Manzi:

 

“O magnífico exemplar de falcão carijó que vejo frequentemente das minhas janelas, diversamente de nós, prefere vigiar quase que exclusivamente o seu território, chamando de tanto em tanto a companheira, escondida sob as copas na mata ou protegendo-a, enquanto choca, entre as folhas secas sobre a rocha […]. Vigio-os com meus binóculos do mesmo modo que acompanho o crescimento das sarças, dos cactus e até mesmo das árvores na íngreme parede rochosa que dir-se-ia esboçada e cinzelada por um mestre impaciente.”

 

Na exposição, Alessandra apresenta onze reproduções fotográficas e dois vídeos digitais, realizados a partir dos registros feitos das janelas dos apartamentos visitados.

 

 

Armando Queiroz e o triste caminho do ouro

 

Miséria, hanseníase e abandono espreitam Serra Pelada quase trinta anos depois do início da ‘febre do ouro’. Restaram casebres abandonados, pessoas perambulando, quais mortos-vivos, numa cidade fantasma ao redor de um grande lago contaminado de mercúrio, o oco. Restaram velhos aposentados, mulheres e a prostituição infantil. O índice de HIV é altíssimo. O gigante ameaçador, percebido no clima tenso do local, está presente a todo o momento. O gigante quer terra, o gigante quer expulsão, o gigante tem papéis e advogados, o gigante tem anuência do poder constituído. (Armando Queiroz)

 

Nas telas das tevês no meio da desolação, o artista expõe, em fotos e vídeos, as vísceras de Serra Pelada e as pegadas de seus solitários e tristes habitantes na trilha da miséria e da degradação social – sempre assombrados pelo perigo de serem desalojados do pouco que ainda lhes resta.

 

– O garimpeiro tem apenas uma amarfanhada carteirinha de autorização para exploração de minério, e muita tristeza da sua atual situação – conta o artista. – O garimpeiro tem ao lado de si muitas cooperativas, nem todas bem intencionadas. Muitos não deixam o local simplesmente por vergonha; não teriam condição de encarar seus familiares tantos anos depois, sem nada nas mãos.

 

Para Armando, registrar em fotografia e vídeo essa chaga social brasileira é “uma ode aos primeiros vermes-insetos que irão comer nossas carnes frias”.

 

As fotos e vídeos serão exibidos em 15 televisores e DVDs interligados, fora de sincronia, de modo a ampliar a intensidade das cenas e criar uma sensação que reflita o drama real do esquecido lugar.

 

 

Os artistas

 

Alessandra Bergamaschi, nasceu em Lorena, SP, 1978.  Artista visual, graduada em Comunicação pela Universitá di Bologna, Itália, e pós-graduada em Escritura Criativa pela Accademia di Comunicazione, Milão, Itália. Estudos em fotografia e arte incluem cursos livres na Accademia di Belle Arti, Bologna, na Escola de Artes Visuais Parque Lage e no grupo de estudo do Prof. Charles Watson, Rio de Janeiro. Participou de projetos internacionais, Arte Laguna International Art Prize, Arsenal, Tesedi San Cristoforo/Veneza, residência no Teatro Monty/Antuérpia e coletiva Art Transponder Gallery/Berlim.  Em 2011 ganha menção honrosa no festival de documentários “É tudo verdade”. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

 

Armando Queiroz, nasceu em Belém, Pará, 1968. Expõe desde 1993 e participou de diversas mostras coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Integrou, dentre outros, os projetos Macunaíma, Rio de Janeiro, 1997 e Prima Obra, Brasília, 2000. Participou do Salão Arte Pará como artista convidado em 1998 e de 2005 a 2008. Foi bolsista do Instituto de Artes do Pará, IAP, em 2003 e 2008. Conquistou bolsa de pesquisa em arte do Prêmio CNI/SESI Marcantonio Vilaça, 2009-2010 e o 2o Grande Prêmio do 28o Arte Pará 2009, com o site-specific “Tempo Cabano”. No ano seguinte, como homenageado, recebeu Sala Especial no 29o Arte Pará. Coletivas internacionais: Festival de L’oh, Maison-Alfort, Paris, França. 2003; coletiva em Wiesbaden, Alemanha, 2005, promovida pela Kunsthaus da cidade e pela Associação de Artistas Plásticos do Pará/AAPP. Vive e trabalha em Belém.

 

 

De 04 de fevereiro a 06 de abril.

 

Ernesto Neto no Guggenheim Bilbao

22/jan

A partir de fevereiro, o museu Guggenheim Bilbao, Bilbao, Espanha, vai dedicar uma exposição ao artista brasileiro Ernesto Neto. A exibição ganhou o título de “The Body that Carries Me” e o artista, que se autodefine escultor, cria seus trabalhos para que sejam percorridos, habitados e sentidos, permitindo que o espectador, ao contemplá-las, experimente seu próprio corpo e sensações através da obra e vice-versa. Ao interagir com as obras e com as outras pessoas, os visitantes se veem imersos em uma fusão de escultura e arquitetura. Nelas, Ernesto Neto explora a sensualidade e a corporalidade, nos aspectos comuns das relações interpessoais. A exposição no Guggenheim Bilbao ocupará o átrio central e oito galerias do segundo andar do prédio. Cada uma delas oferecerá uma experiência diferente, que exigirá um ritmo distinto para sua consequente visão ou participação.

 

Segundo o Guggenheim Bilbao, a mostra foi desenvolvida em parceria com o artista. Suas obras exploram os sentidos, como olfato, visão, linguagem e outros aspectos sensoriais. Para Ernesto Neto, a mostra é um local para a poesia, onde os visitantes podem escapar da rotina. Ao todo, serão exibidos cerca de 25 trabalhos  que marcaram a trajetória do artista. A curadoria é de Petra Joos, um nome de referência no circuito artístico europeu.

 

 

A palavra do artista

 

“Estamos sempre recebendo informação, mas na exposição o meu desejo é fazer com que as pessoas parem de pensar e encontrem um refúgio na arte. Eu acho que não pensar é bom, porque isso nos dá um respiro da vida”.

 

De 13 de fevereiro a 18 de maio.

Coletiva na Galeria Laura Marsiaj

A Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição coletiva “JUNTOS, APOLO e DIONISIO”, sob a curadoria da crítica de arte Ligia Canongia. A curadoria elencou os seguintes artistas (em ordem alfabética): Angelo Venosa, Antonio Dias, Daniel Senise, Fábio Miguez, José Damasceno, José Resende, Kilian Glasner, Laura Vinci, Marcos Chaves, Paulo Pasta e Paulo Vivacqua. A proposta da curadoria foi reunir artistas que fundem a bipolaridade entre as formas apolíneas e as dionisíacas, isto é, aquelas que primam pela definição de uma estrutura precisa e aquelas que carregam uma pulsão mais vital e romântica.

 

 

A palavra da curadora

 

“Essa tensão bipolar sempre esteve enraizada na civilização ocidental, como uma esquizofrenia crônica, gerando programas artísticos que pendiam ora para a grade matemática, ora para a prática mágica ou orgíaca.”

 

“A ideia da exposição é exatamente revelar como os artistas contemporâneos romperam essa dicotomia, fundindo os dois polos de sua oposição, e imiscuindo a energia dionisíaca no seio mesmo do equilíbrio apolíneo.”

 

“Os artistas escolhidos parecem impermeáveis às dicotomias que nortearam a tradição histórica da arte, propondo obras que entrelaçam o cogito com as experiências sensoriais, na busca de espacialidades mais complexas e dissonantes.”

 

 

De 28 de janeiro a 13 de março.

 

José Patrício na Chácara do Céu

13/jan

O Museu da Chácara do Céu, Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ, exibe a última edição do projeto Os Amigos da Gravura. Desta vez os trabalhos apresentados são do artista José Patrício e convidam o público a um mergulho em sua obra recente. José Patrício criou especialmente para Os Amigos da Gravura a obra “Vertigo”, cujo título remete a um dos mais famosos filmes de Alfred Hitchcock, no Brasil chamado “Um corpo que cai”, e conduz o olhar do expectador a um labirinto ao revés, um efeito inventado por Hitchcock que simula uma espécie de vertigem, na época chamado de contra zoom. Patrício também vai mostrar a série “Afinidades Cromáticas”,  de 2012, que será exposta pela primeira vez no Rio. São sete trabalhos nos quais o artista utiliza botões coloridos costurados sobre tela.

 

Segundo o crítico Paulo Sérgio Duarte “se nos detivermos nas Afinidades cromáticas somos levados à memória do jogo numérico de trabalhos anteriores de José Patrício com os dominós. Aqui o protagonista do jogo é mais prosaico e lidamos com ele todos os dias: o botão. Os botões são vários nos tamanhos e nas cores, mas nunca grandes demais, são comuns. Todo botão espera uma casa para cumprir sua função: abotoar, manter presas duas superfícies de tecido. Mas aqui sua utilidade está banida. Costurados na superfície com regularidade geométrica constituem uma multidão aprisionada, cada indivíduo em seu lugar, para se transformarem em superfície de uma obra de arte. O resultado é evidente, estão presos para nos prender, nos deter na trama vertiginosa de suas sutis variações de forma e cor. Na sua banalidade de coisa comum, juntos se erguem e se emancipam na “coisa” arte.”

 

As obras de Patrício se caracterizam pela preocupação com a forma e, ao mesmo tempo, pelos resultados inesperados de suas composições geometricamente organizadas.  O artista já trabalhou anteriormente com papel, produzido artesanalmente, ainda no início de sua trajetória, depois passou a explorar objetos prontos, feitos em série, passando para os dominós, até chegar aos botões de Afinidades Cromáticas. A exposição ocupa as duas salas expositivas do 3º andar do museu. A tiragem limitada da gravura “Vertigo” está sendo vendida na loja do próprio museu.

 

 

Sobre o projeto Os Amigos da Gravura

 

Raymundo de Castro Maya criou a Sociedade dos Amigos da Gravura no Rio de Janeiro em 1948. Na década de 1950 vivenciava-se um grande entusiasmo pelas iniciativas de democratização e popularização da arte, sendo a gravura encarada como peça fundamental a serviço da comunicação pela imagem. Ela estava ligada também à valorização da ilustração que agora deixava um patamar de expressão banal para alcançar status de obra de arte. A associação dos Amigos da Gravura, idealizada por Castro Maya, funcionou entre os anos 1953-1957. Os artistas selecionados eram convidados a criar uma obra inédita com tiragem limitada a 100 exemplares, distribuídos entre os sócios subscritores e algumas instituições interessadas. Na época foram editadas gravuras de Henrique Oswald, Fayga Ostrower, Enrico Bianco, Oswaldo Goeldi, Percy Lau, Darel Valença Lins, entre outros. Em 1992 os Museus Castro Maya retomaram a iniciativa de seu patrono e passaram a imprimir pranchas inéditas de artistas contemporâneos, resgatando assim a proposta inicial de estímulo e valorização da produção artística brasileira e da técnica da gravura. Este desafio enriqueceu sua programação cultural e possibilitou a incorporação da arte brasileira contemporânea às coleções deixadas por seu idealizador. A cada ano, três artistas plásticos são convidados a participar do projeto com uma gravura inédita. A matriz e um exemplar são incorporados ao acervo dos Museus e a tiragem de cada gravura é limitada a 50 exemplares. A gravura é lançada na ocasião da inauguração de uma exposição temporária do artista no Museu da Chácara do Céu. Neste período já participaram 44 artistas, entre eles Iberê Camargo, Roberto Magalhães, Antonio Dias, Tomie Ohtake, Daniel Senise, Emmanuel Nassar, Carlos Zílio, Beatriz Milhazes e Waltercio Caldas.

 

 

Sobre o artista

 

José Patrício nasceu em Recife, Pernambuco, em 1960, onde vive e trabalha até hoje. Quando jovem, estudou na Escolinha de Arte do Recife. Mais tarde, graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco. Já participou de diversas bienais, como a 22ª Bienal de São Paulo, São Paulo, SP, 1994; a 3ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, em Porto Alegre, RS, 2001; e a 8ª Bienal de Havana, Cuba, 2003. Suas mais recentes mostras individuais são: “A espiral e o labirinto”, Galeria Nara Roesler, São Paulo, SP, 2012; “José Patrício: o Número”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro e no Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza, CE, 2010; “Expansão múltipla”, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2008; e “Connections”, no Pharos Centre for Contemporary Art, Nicosia, Chipre, 2008. José Patrício é representado pela Galeria Nara Roesler, São Paulo, desde o ano 2000. Em 2013, tornou-se artista convidado a participar do projeto Amigos da Gravura no Museu da Chácara do Céu – Museus Castro Maya.

 

Até 10 de março.