Premiação para Elizabeth de Portzamparc

12/dez

 

O Prêmio IAB-RJ – “Arquiteta do Ano: Elizabeth de Portzamparc A visão inovadora e comprometida com o meio ambiente” e a inclusão de Elizabeth de Portzamparc, em projetos na França e na China

Elizabeth de Portzamparc, carioca radicada em Paris há muitos anos, tem ganhado muitos prêmios na Europa por sua atividade destacada em arquitetura e urbanismo, principalmente à frente de projetos de grande porte, na França e na China – em que constrói bairros inteiros, centros de ciência, museus, e uma monumental torre de 262 metros de altura em Taiwan, entre muitos outros. Ela estará no Brasil para receber, a convite de Igor de Vetyemy, na segunda-feira dia 12, do IAB-RJ o prêmio de Arquiteto do Ano. No dia 15, às 17h, fará a palestra magna em uma solenidade no MAR (Museu de Arte do Rio) do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, em homenagem ao dia do Arquiteto e Urbanista. Após sua fala, haverá um debate com Sérgio Magalhães e mediação de Nádia Somekh.

O que tem destacado Elizabeth de Portzamparc no cenário atual da arquitetura, e talvez seja a chave do sucesso para vencer tantos concursos internacionais – em que os participantes são identificados por números, e não nomes – é sua ousadia e a profunda conexão com a natureza. No projeto vencedor em 2021 na China, “Living in the leaves”, em Huizhou, uma região de árvores milenares do distrito de Guangdong, para a construção de casas, cabanas, e um SPA, em uma área de 43 mil metros, ela faz um “manifesto contra o desflorestamento”. Além de todo o desenho que se mimetiza com a natureza, serão usados materiais locais como madeira, pedra e terra. “Ao lidar com uma zona virgem, precisamos fazer como os povos indígenas, e em vez de construir coisas que podem agredir, devemos propor um modo de viver completamente integrado, em respeito total à floresta, co-habitando, inserindo um novo elemento no ecossistema, enriquecendo este ecossistema sem agredir. Nós temos que conviver com a natureza, com delicadeza, e fazer parte dela”, afirma.

No recentemente concluído Palácio da Ciência em Pudong, Xangai – Science Hall of Zhangjiang – com área de 120 mil metros quadrados, o parque urbano se integra à construção ascendendo suavemente, em um plano inclinado até o teto, onde além da área verde estão barzinhos e espaços para exposições e eventos.

Elizabeth de Portzamparc é casada com o prêmio Pritzker Christian de Portzamparc, com quem tem dois filhos e três netos, e não perde sua ligação com o Brasil.

 

Bardi e Calder na Casa de Vidro

17/nov

 

A partir do dia 19 de novembro, o Instituto Lina Bo e P. M. Bardi inaugura a exposição “Bardi e Calder – Forma- Cor – Luz” que acontece na Casa de Vidro, das 9h às 12h, com acesso gratuito para convidados.

“Forma, cor, luz” compõem a atmosfera da expografia de Lina Bo Bardi para a primeira exposição do artista americano Alexander Calder no Brasil, dirigida por Pietro Maria Bardi no MASP, em 1948, na época diretor do Museu recém-criado em São Paulo à rua 7 de Abril.

Reconhecido por criações de grandes proporções em móbiles, o artista integra, em novembro, três iniciativas conjuntas que marcam o retorno da obra “Viúva Negra” ao país, depois de um longo processo de restauro, realizado na Fundação Calder, em Nova York.

Com o título “Calder, diálogos”, as iniciativas envolvem, além da exposição organizada pelo Instituto Bardi em cartaz na Casa de Vidro até 17 de dezembro, com visitas de quinta a sábado, às 10h, 11h30, 14h e 15h30, outras duas mostras: “Calder Diálogos – Black Widow  1948”, que acontece no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, de novembro de 2022 a fevereiro de 2023 e “Viúva Negra em movimento” e “Plano de Gestão e Conservação”, exposição organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de São Paulo, de novembro a dezembro de 2022.

 

Bardi e Calder: forma – cor – luz. Casa de Vidro

Visitação de público: quintas, sextas e sábados, com agendamento: até 17 de dezembro de 2022, por e-mail: infobardi@institutitobardi.org

Casa de Vidro: Rua General Almério de Moura, 200 – Morumbi, São Paulo

Calder Diálogos – Black Widow 1948 – Exposição MAC USP  – Até 05 de fevereiro de 2023.

Viúva Negra em movimento e Plano de Gestão e Conservação – Exposição e lançamento de livro no IAB SP, de 19 de novembro a 17 de dezembro.

 

 

Colección Oxenford em exposição no MAC Niterói

08/nov

 

Com organização da produtora cultural Act. e curadoria do poeta e curador argentino Mariano Mayer, “Un lento venir viniendo – Capítulo I” apresenta uma inédita seleção de obras da Colección Oxenford, uma das principais coleções de arte contemporânea da Argentina.

Entre os dias 19 de novembro e 26 de fevereiro de 2023, o público terá a oportunidade inédita de conhecer um recorte da Colección Oxenford na exposição Un lento venir viniendo – Capítulo I, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói). A coleção é fruto de uma paixão do empresário e colecionador argentino Alec Oxenford pela arte contemporânea argentina, e de sua convicção na necessidade de apoio à cena local. “Comecei minha coleção em 2008 decidindo incorporar, em sua maior parte, obras de artistas vivos e adquiridas exclusivamente através de galerias de arte. Eu gosto de viver minha época através da arte. O que mais me interessa é que a arte gera uma série de perguntas para as quais eu não tenho respostas”, conta o colecionador.

Os dez primeiros anos da formação do acervo foram assessorados pela curadora Inés Katzenstein, hoje responsável pelo departamento de arte latino-americana do MoMA, em Nova York. Com cerca 550 peças de 150 artistas, a Colección Oxenford reúne um panorama muito seleto de obras da arte argentina das primeiras décadas do século XXI e alguns trabalhos prévios a este período, devido à sua relevância para o contexto da arte contemporânea no país.

Com organização da produtora cultural Act., dirigida por Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes, curadoria do poeta e curador argentino Mariano Mayer, e patrocínio de Itaú e Globant, a mostra é composta de 57 obras e apresenta uma diversidade de linguagens, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações visuais e sonoras, performances, esculturas, colagens e publicações. Destaque também para trabalhos de artistas fundamentais para a arte contemporânea argentina como Guillermo Kuitca, Julio Le Parc, Alejandra Seeber, Marcelo Pombo, Fernanda Laguna, Diego Bianchi, Claudia del Río, David Lamelas, Valentina Liernur, Juan Tessi, Karina Peisajovich, Eduardo Navarro, Silvia Gurfein e Alberto Goldenstein, entre outros.

Este é o primeiro ato de um projeto itinerante que também será apresentado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, ao longo de 2023. Cada capítulo vai exibir uma seleção diferente de obras da Colección Oxenford, que, em cada caso, responde a uma proposta curatorial inspirada por um episódio emblemático do contexto cultural local, fortalecendo o diálogo entre os cenários artísticos brasileiro e argentino.

“Ao conhecer a Colección Oxenford, percebi junto a Alec o potencial institucional deste acervo que retrata de forma exclusiva a produção contemporânea argentina. Assim nasceu a ideia de uma exposição sem precedentes nas instituições brasileiras, com o objetivo de reunir as práticas artísticas da Argentina e do Brasil – países que, apesar de vizinhos, carecem de um intercâmbio cultural mais próximo”, afirma João Paulo Siqueira Lopes, um dos idealizadores da exposição e diretor da Act.

“Aproximar o cenário artístico latino-americano, estabelecendo relações entre os países deste território é uma de nossas missões. Temos feito isso por meio de projetos editoriais, mas é a primeira vez que desenvolvemos uma exposição com esse foco”, completa.

O curso livre de pintura de Ivan Serpa, no MAM Rio, e sua atuação no Grupo Frente são alguns dos pontos de partida do curador Mariano Mayer para a seleção de obras argentinas do primeiro ato apresentado no MAC Niterói. “Percorrendo a noção de influência, este primeiro capítulo descobre uma série de proximidades e rupturas que tal ação significou para a arte contemporânea argentina. Advertimos que a transmissão de experiências e posições entre artistas não formou um sistema linear organizado a partir de atos precursores, mas sim uma estrutura complexa, diferenciada e atemporal”, afirma Mariano Mayer. A pintura como matriz e como problema, a cidade e as formas do urbano, os espaços de sociabilidade artística, a literatura e as outras artes, os vínculos afetivos e as formas de desaprendizagem são destacados nesta exposição como chaves para pensar as formas adotadas pelos vínculos de influência na arte contemporânea argentina.

Cada capítulo da exposição contará ainda com uma publicação inédita que apresentará um ensaio de Mariano Mayer, ao lado de um texto de um curador da cena local, ambos produzidos exclusivamente para a ocasião: Pablo Lafuente, diretor artístico do MAM Rio, assina o texto sobre as relações entre arte e pedagogia, publicado no contexto do MAC Niterói. Realizado via Lei de Incentivo à Cultura, o primeiro capítulo da mostra ocupará todos os espaços do MAC Niterói. A expografia conta com painéis planejados por Miguel Mitlag, Sebastián Gordín e Mariana Ferrari, artistas da Colección Oxenford.

 

Participantes: Un lento venir viniendo – Capítulo I

Alberto Goldenstein, Alejandra Seeber, Alejandro Ros, Alfredo Londaibere, Ana Vogelfang, Bruno Dubner, Cecilia Szalkowicz, Claudia del Río, Daniel Joglar, David Lamelas, Deborah Pruden, Diego Bianchi, Eduardo Costa, Eduardo Navarro, Fabio Kacero, Federico Manuel Peralta Ramos, Fernanda Laguna, Florencia Bohtlingk, Guillermo Kuitca, Jane Brodie, Joaquín Aras, Jorge Gumier Maier, Juan Tessi, Julio Le Parc, Karina Peisajovich, Liliana Porter, Luis Garay, Marcelo Alzetta, Marcelo Pombo, Mariana Ferrari, Marina de Caro, Pablo Accinelli, Pablo Schanton, Rosana Schoijett, Sebastián Gordín, Silvia Gurfein, Valentina Liernur.

 

Sobre a Colección Oxenford

A Colección Oxenford apoia, por meio de diferentes iniciativas, o desenvolvimento da cena artística contemporânea argentina. Seu ambicioso programa de aquisições, que durante os dez primeiros anos contou com a seleção da curadora Inés Katzenstein, permitiu reunir uma mostra representativa das diferentes tendências estéticas que dominaram a produção artística contemporânea durante o século XXI, um período excepcionalmente complexo, no qual a arte argentina experimentou transformações fundamentais em suas linguagens e materiais, bem como em suas práticas, imaginários e instituições. As atividades da Colección Oxenford incluem o desenvolvimento de um programa de bolsas de viagem internacionais, que já beneficiou quase 90 artistas, e que, durante a emergência causada pela pandemia de Covid-19, foi transformado em assistência financeira para mais de 60 nomes. Recentemente, a coleção também esteve envolvida na promoção de reflexões sobre a arte contemporânea argentina, convidando 40 importantes pesquisadores locais para escrever ensaios sobre obras do acervo. A Colección Oxenford também tem sido generosa em sua colaboração com museus e galerias, a quem emprestou trabalhos em inúmeras ocasiões, com o objetivo de contribuir para a divulgação da produção artística argentina contemporânea.

 

Sobre o colecionador Alec Oxenford

Cofundador da OLX e da letgo, Alec Oxenford é um empresário argentino residente no Brasil. É grande colecionador e membro ativo de comunidades internacionais em prol das artes latino-americanas. Entre 2013 e 2019, dirigiu a Fundación ArteBA. Atualmente, ocupa postos como: membro do Acquisition Committee do MALBA e Membro da Latin American and Caribbean Fund (LACF) do MoMA.

 

Sobre a Act.

Fundada em 2017 por Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes, a Act. preenche diversas lacunas do mundo da arte, em escala global, e está envolvida com agentes de todo o circuito: artistas, colecionadores, galerias, museus e instituições culturais. Tem como missão conectar arte e pessoas a partir do desenvolvimento de consultorias, projetos e publicações. Atua em todas as frentes de criação, curadoria, gestão e produção de projetos de arte para empresas, criando elos entre marcas e seus públicos. Além dos projetos, a Act. aconselha interessados em arte – com coleções recém-iniciadas ou já estabelecidas – em como comprar, gerenciar e catalogar suas obras. Un lento venir veniendo é o primeiro projeto de exposição da Act.

 

Sobre o curador

Mariano Mayer nasceu em Buenos Aires, Argentina, 1971, é poeta e curador independente. Entre seus últimos projetos como curador figuram Táctica Sintáctica, Diego Bianchi (CA2M, Móstoles, 2022), Tiempo produce pintura – pintura produce tiempo. Álex Marco (Espaid39; Art Contemporani39, El Castell39, Riba-roja, 2022), Nunca Lo Mismo, junto a Manuela Moscoso (ARCOMadrid2022); Remitente (ARCOMadrid2021); PRELIBROS (ARCOMadrid – Casa de América, Madrid, 2021); Azucena Vieites. Playing Across Papers (Sala Alcalá 31, Madrid, 2020); La música es mi casa. Gastón Pérsico (MALBA, Buenos Aires, 2017); En el ejercicio de las cosas, junto a Sonia Becce (Plataforma Argentina-ARCOmadrid 2017. Publicou Fluxus Escrito (Caja Negra, Buenos Aires, 2019); Justus (Ayuntamiento de Léon, 2007) e Fanta (Corregidor, Buenos Aires, 2002). Dirigiu o programa em torno da arte argentina: Una novela que comienza (CA2M, Móstoles, 2017).

 

Sobre o MAC Niterói

Inaugurado em setembro de 1996, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) é o principal cartão-postal da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. Sua forma futurista criada por Oscar Niemeyer tornou-se um marco da arquitetura moderna mundial. O MAC abriga a Coleção João Sattamini, uma das mais importantes coleções de arte contemporânea do país, e recebe mostras focadas na produção contemporânea brasileira e latino-americana, realizada da década de 1950 até os dias de hoje.

 

 

Parceria no New Museum

26/out

 

Vivian Caccuri, em parceria com o artista Miles Greenberg, inaugura a exposição “The Shadow of Spring” dia 11 de novembro no New Museum, em Nova Iorque, com curadoria de Bernardo Mosqueira.

Os artistas Miles Greenberg nascido em 1997, Montreal, Canadá, e Vivian Caccuri nascida em 1986, em São Paulo, Brasil, colaborarão pela primeira vez em uma exposição projetada exclusivamente para a Galeria do Lobby do New Museum.

“A Sombra da Primavera” investiga o fenômeno da vibração e como ela é capaz de gerar experiências coletivas transformadoras. Apresentando esculturas, instalações, peças de bordado e trabalhos sonoros recentemente encomendados e desenvolvidos separadamente e em colaboração. Esta instalação formará um ambiente abrangente criado para provocar formas alternativas de experimentar a dimensão sonora. Inspirados em como diferentes ritmos e frequências podem afetar a dinâmica do grupo (como em templos, pistas de dança e espaços urbanos), Vivian Caccuri e Miles Greenberg analisam as relações multifacetadas entre corpos e ondas sonoras. Com obras que apontam para as dimensões invisíveis da vida e da subjetividade, esta apresentação destacará os laços invisíveis que nos conectam uns aos outros,

 

Visitação até 05 fevereiro de 2023.

 

 

Cartazes italianos na Bahia

20/out

 

Exposição “Triennale di Milano: Uma História em Cartazes” inaugura no Palacete das Artes, em Salvador, BA. Instituto Italiano de Cultura realiza mostra com cerca de 80 cartazes históricos. No limiar do centenário da instituição (1923 – 2023), o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e a Embaixada da Itália em Brasília promovem uma exposição inédita, criada com a colaboração da própria Triennale di Milano que, depois de Salvador, percorrerá várias cidades brasileiras. Do dia 21 de outubro a 11 de dezembro, o Palacete das Artes, antiga residência do Comendador Bernardo Martins Catharino, receberá a mostra “Triennale di Milano: Uma História em Cartazes”, sob curadoria de Marco Sammicheli. Entre as disciplinas nas quais Itália e Brasil mantiveram e mantêm um diálogo particularmente frutífero, se encontram sem sombra de dúvida a arquitetura, a arte e o design. A Triennale di Milano, instituição italiana de excelência, desde a sua criação, sempre incentivou o confronto dialético entre esses três campos, bem como estimulou suas relações mútuas com a indústria e a sociedade.

Desde a primeira edição em Monza, em 1923, até 2022, foram realizadas 23 edições da Exposição Internacional Triennale di Milano, com a participação de 66 países dos cinco continentes. A exposição “Triennale di Milano: Uma História em Cartazes” traça a trajetória das exposições internacionais através de obras icônicas da arte gráfica criadas para promover e divulgar o evento.

Aberta ao público, a inauguração contará com a presença de Marco Sammicheli, curador da exposição, de Francesco Azzarello, Embaixador da Itália no Brasil, de Nicoletta Fioroni, Consulesa da Itália em Recife, de Andrea Garziera, Cônsul Honorário da Itália em Salvador e de Livia Raponi, Diretora do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro.

“Um cartaz é, antes de tudo, um suporte informativo, mas é também, e sobretudo, uma declaração pública que tem o escopo de atingir o maior número possível de pessoas e de comunicar no modo mais imediato possível temas e visões. Em vista do centenário da referida instituição, esta mostra pretende percorrer a história das Exposições Internacionais da Triennale di Milano através dos cartazes projetados para cada edição pelos maiores artistas gráficos italianos e internacionais”, afirma o curador, Marco Sammicheli.

Os 80 cartazes expostos, obras exemplares de arte gráfica, assinadas por grandes mestres do século XX italiano e por designers contemporâneos, expressam, tanto em suas constantes quanto em sua originalidade, um encontro sempre em movimento entre pensamento, conceitos éticos e estéticos, e práticas artísticas e produtivas. As peças provêm dos arquivos da Triennale e são assinadas por autores como Enrico Ciuti, Marco Del Corno, Eugenio Carmi, Roberto Sambonet, Giulio Confalonieri, Ettore Sottsass, Andrea Branzi, Italo Lupi, Bon Noorda e Studio Cerri Associati. Os pôsteres selecionados são exemplares muito valiosos tanto da história da Triennale quanto do desenvolvimento da gráfica italiana.

“A vocação para a sinergia interdisciplinar, em nome da criatividade e do know-how italianos, fazem da Triennale di Milano um exemplo particularmente inspirador nos dias de hoje; acreditamos que a Triennale e o Brasil têm muito a trocar e que podem, a partir dos desafios e encontros comuns que já aconteceram no passado, desenhar uma dialética e colaboração renovadas”, diz o Embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello.

Segundo Livia Raponi, diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, “…a Triennale di Milano é um laboratório essencial de reflexão sobre a construção coletiva do presente e do futuro, sempre atento aos desafios do mundo contemporâneo como nos mostram os temas das edições mais recentes”.

Realização: Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro – O Palacete das Artes é vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia; Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA) e Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento da Bahia (IAB-BA)

 

 

 

Revisão de obra arquitetônica

14/out

 

“Arquiteto Theo Wiederspahn” em Porto Alegre um olhar contemporâneo sobre projetos e obras de 1908 a 1952. Neste ano coincidem duas efemérides: os 250 anos de Porto Alegre e os 70 anos de falecimento do arquiteto alemão Theo Wiederspahn, que imigrou para o Brasil em 1908.

A exposição, permanecerá em cartaz até 20 de janeiro de 2023 na Pinacoteca Aldo Locatelli, no antigo Paço Municipal, Centro Histórico, Porto Alegre, RS. Realizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa de Porto Alegre em parceria com o Consulado Alemão, CDEA – Centro de Estudos Europeus e Alemães, espaço DELFOS-PUC, Instituto Goethe, faculdades de Arquitetura e Urbanismo da PUC e UNISINOS, também conta com o apoio do Memorial do Hospital Moinhos de Vento. Paralelamente, exposições-satélites acontecerão na Casa de Cultura Mario Quintana (que inaugurará o Memorial Theo Wiederspahn) e no Hospital Moinhos de Vento.

Atento à importância do fato, o Consulado Geral da Alemanha pretende contribuir com os eventos culturais da capital através da disseminação e conscientização do valor da obra desse arquiteto, que construiu mais de 500 prédios no Rio Grande do Sul, muitos dos quais na capital. Boa parte dos desenhos originais desses projetos se encontra sob a guarda da PUC, e até hoje nunca haviam sido apresentados em espaço público.

Diante do cenário do novo plano diretor para o desenvolvimento do Centro de Porto Alegre, que visa, mesmo com um aumento da massa edificada, a valorização do patrimônio histórico, é de suma importância demonstrar a beleza e o potencial de resiliência do patrimônio existente. Assim, a exposição – contendo desenhos originais, um mapa com localizações de projetos e obras, fotografias da época e atuais, projetos acadêmicos de revitalização e ainda cartas e documentos pessoais do arquiteto – visa fomentar o amor pelos testemunhos edificados do passado que tanto contribuíram às singulares características da cidade e pretende estimular o interesse em percebê-los e reconhecê-los nas ruas.

 

 

O florescer da fotografia brasileira

07/out

 

 

Em homenagem ao bicentenário da Independência do Brasil, o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro realiza a exposição inédita “Fotógrafos  Italianos – no florescer da fotografia brasileira”, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, que estará aberta até 18 de novembro. A mostra conta com cerca de 80 fotografias, em reprodução, distribuídas segundo um percurso temático que permite apreciar a diversidade dos interesses e a variedade da produção desses artistas, ao mesmo tempo abrangendo uma parcela importante da história do Brasil, entre o Segundo Reinado e a Primeira República. O objetivo é divulgar os perfis e as obras de grandes fotógrafos italianos, que, entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX, tiveram intensa atuação no Brasil.

Entre os muitos italianos que atuaram como fotógrafos no recorte temporal escolhido, foram selecionados nove personagens que brilham pelas trajetórias singulares e pela qualidade poética e visual de suas obras:  Luiz Terragno, Camillo Vedani, João Firpo, Ermanno Stradelli, Nicola Parente, Guido Boggiani, Vincenzo Pastore, Virgilio Calegari, Luís Musso. Com curadoria de Joaquim Marçal de Andrade e Livia Raponi, a exposição conduz o público em um itinerário traçado a partir do olhar singular desses mestres, verdadeiros pioneiros da oitava arte que contribuíram, com suas imagens, para a constituição do campo da fotografia brasileira e, ao mesmo tempo, para a constituição de uma identidade visual e de uma estética da nação-Brasil. Após a etapa carioca, a exposição seguirá para Brasília, para ser exibida na sede da Embaixada da Itália. O evento conta com os apoios institucionais da Embaixada da Itália e do Consulado Geral da Itália no Rio de Janeiro

“Trata-se de um aspecto muito pouco conhecido da presença italiana no país; de fato, é surpreendente saber que, naquela época, da Amazônia ao Rio Grande do Sul, da Paraíba ao Rio de Janeiro, da Bahia ao Pantanal, esses brilhantes artistas-migrantes registravam com maestria técnica e olhar refinado os habitantes, as cidades e a natureza de um Brasil em rápida e intensa transformação”, avalia Livia Raponi, diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio e uma das curadoras da mostra.

“A fotografia é também uma invenção italiana, desde a constatação da sensibilidade de certas substâncias à luz, ainda na Antiguidade. Pressupõe a utilização de uma camera obscura dotada de lentes – Leonardo da Vinci, Giambattista della Porta, Girolamo Cardano, Daniele Barbaro – estes foram os pioneiros, todos da península itálica. E, curiosamente, à beira do Lago de Como, na Lombardia, o britânico William Henry Fox Talbot vivenciou importante revelação, enquanto desenhava a paisagem com o auxílio de um instrumento óptico denominado “camera lucida”. Surgiu-lhe, então, a ideia de viabilizar um sistema de registro do mundo visível onde “os objetos se delineassem por si só, sem a ajuda do lápis do artista”. Ali ocorreu a gênese do processo negativo-positivo, avalia Joaquim Marçal Andrade, co-curador da mostra.

Sobre os curadores

 

Joaquim Marçal Ferreira de Andrade é servidor aposentado da Biblioteca Nacional onde atuou por 42 anos, tendo chefiado a Seção de Promoções Culturais, a Divisão de Fotografia, a Divisão de Iconografia e a Biblioteca Nacional Digital. Coordenou o projeto de resgate das fotografias da coleção “D. Thereza Christina Maria”, doadas pelo imperador d. Pedro II à instituição e hoje inscritas no Registro Internacional do Programa Memória do Mundo, da Unesco. Mestre em design e doutor em história social, é professor agregado (licenciado) do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio. Curador de exposições, perito judicial em fotografia e artes gráficas e autor de ensaios sobre a história da fotografia, das artes gráficas e do design.

Livia Raponi é diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e Adida de Promoção Cultural junto ao Ministério das Relações Exteriores da Itália.  Especializada em mediação linguístico-cultural e doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, tem desenvolvido ampla pesquisa interdisciplinar sobre o etnógrafo italiano Ermanno Stradelli, objeto de sua tese de doutorado. A partir disso, foi idealizadora e curadora de quatro diferentes exposições – apresentadas, entre 2013 e 2019, em São Paulo, Manaus, Roma e Rio de Janeiro – e organizadora do livro A única vida possível – Itinerários de Ermanno Stradelli na Amazônia (Ed. Unesp, 2016).  Tem ampla experiência de curadoria de exposições de arte e fotografia desenvolvidas no quadro de seu trabalho em prol da difusão da língua e da cultura italiana no exterior.

Sobre os fotógrafos: alguns dados e anedotas

Produzem a partir dos meados do século XIX

 

Luiz Terragno: foi o primeiro fotógrafo em Porto Alegre, na década de 1850, documentando de forma pioneira eventos ao ar livre como uma procissão; fotografou D. Pedro II (e seus genros) por ocasião da viagem a Uruguaiana, no início da Guerra do Paraguai; foi nomeado pelo imperador Fotógrafo da Casa Imperial.

Camillo Vedani: engenheiro, sediado em Campos (RJ), atuou como desenhista na construção de estradas de ferro no Rio de Janeiro, Salvador e Manaus.  Em fotografia, foi um exímio paisagista; nos deixando lindas vistas de Salvador e do Rio de Janeiro,  que nada devem à maestria de Marc Ferrez – com quem colaborou, inclusive, em um momento de sua trajetória (o livro “Italianos detrás da câmera” reproduz, na capa, uma imagem dele – da Praça XV).

João Firpo: de Gênova, se definia “fotógrafo ambulante”: fixado em Paraíba (atual João Pessoa), ele ia de cidade em cidade para oferecer seus serviços, montando seu estúdio e retratando homens, mulheres, crianças. Foi também um negociante de fotografias de outros autores, inclusive retratos de famosos.

Produzem nas últimas décadas do século XIX

 

Nicola Maria Parente: natural da Basilicata, foi fotógrafo retratista mas também cinegrafista itinerante. Foi o primeiro a introduzir o cinematógrafo na Paraíba e pelo nordeste, graças a um equipamento adquirido em Paris. Percorreu, ainda, o interior de São Paulo fazendo projeções.

Ermanno Stradelli: natural da Emília Romanha, era conde e estudava direito na Faculdade de Pisa quando, aos 27 anos, resolveu viajar para a Amazônia e se tornar explorador. Percorreu, carregando o pesado equipamento fotográfico, os principais rios da região, retratando paisagens, moradias, grupos humanos indígenas, no auge do ciclo da borracha. Foi o primeiro a registrar, com sua câmera, um primeiro contato entre autoridades brasileiras e indígenas isolados, por ocasião da “Missão de Pacificação dos índios Chrichanás”, liderada pelo cientista Barbosa Rodrigues, que realizou uma interação pacífica com os Waimiri Atroari do Rio Jauaperi. Tornou-se também um especialista em nheengatu (língua geral amazônica) e em narrativas ameríndias.

Guido Boggiani: natural do Piemonte e jovem pintor de sucesso, decidiu viajar com 26 anos para a América Latina onde queria investigar os povos indígenas Chamacoco e Caduveus, estabelecidos respectivamente no Chaco (Paraguai) e no Mato Grosso do Sul. Os retratos fotográficos de mulheres e homens indígenas que realizou no campo durante a convivência com eles, na década de 1890, são extraordinários para a época.

Vincenzo Pastore (atuou em São Paulo): foi um dos primeiros fotógrafos de rua, precursor da chamada “street photography” no Brasil, retratando trabalhadoras/es manuais e ambulantes e momentos corriqueiros do dia a dia da cidade (por exemplo, a carroça de coleta de lixo em seu percurso cotidiano). Manteve estabelecimento fotográfico para produção de retratos e colaborou com a imprensa.

Virgilio Calegari (atuou em Porto Alegre): participou de numerosas exposições nacionais e internacionais ganhando vários prêmios; exímio retratista e paisagista, dono de qualidade técnicas e artísticas incomuns. Autor/editor do álbum “Porto Alegre” no qual também documenta a província (o interior), incluindo as colônias italianas.

Luigi Musso (atuou no Rio de Janeiro): excelente paisagista, realizou magníficas vistas do centro e arredores da cidade do Rio de Janeiro que documentam sua modernização. A imagem “concept” da exposição, da fachada do Museu Nacional, é de sua autoria. Foi autor e editor de um álbum sobre o Teatro Municipal, cujo texto foi escrito por João do Rio.

Evento adicional: Lançamento do livro “Italianos detrás da câmera. Trajetórias e olhares marcantes no florescer da fotografia no Brasil” com debate, dia 4 de novembro, às 18h.

Realização: Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e Centro Cultural Banco do Brasil

Apoios institucionais: Embaixada da Itália e Consulado Geral da Itália no Rio de Janeiro.

O Dia das crianças no CCBB

 

Para comemorar o Dia das Crianças e o aniversário de 33 anos do CCBB, no dia 12 de outubro o público de todas as idades está convidado a participar de diversas atividades. Nesse dia de celebração, toda a programação é gratuita e as crianças ainda recebem um lanche especial. A data será marcada pela abertura da exposição OSGEMEOS: nossos segredos e é também o último dia para conferir a exposição Playmode. No quarto andar, as mostras de fotografia Fotógrafos italianos no florescer da fotografia brasileira e Oceanofotográfica e o BB e sua história ocupam as salas. Nos teatros, o Festival Intercâmbio de Linguagens (FIL 2022) traz uma série de eventos, como os espetáculos Pianíssimo, um musical de Tim Rescala, Vitrolinha, com a Palhaça Rubra, Ler é um espetáculo, com Ivan Zigg, e a reapresentação do sucesso Tatá, o travesseiro. Na biblioteca, o Clube de Leitura CCBB 2022 convida para um bate-papo com o escritor de literatura infanto juvenil Godofredo de Oliveira Neto sobre a obra de Alexandre Dumas. O Programa CCBB Educativo participa da programação com diversos horários de visita mediada às exposições e patrimoniais. Nas atividades especiais para a data, estão a Hora do Conto e oficina de dança urbana. No Espaço Conceito BB, o Futuro Presente traz oficinas de arte e tecnologia e uma palestra com o skatista Bob Burnquist. Mais voltados para o público adulto, a programação traz o concerto do Música no Museu e a peça Ficções, estrelada por Vera Holtz. Confira a agenda completa dessa data no site do CCBB – bb.com.br/cultura. Nossos restaurantes, cafeterias e loja oferecem ainda mais descontos para clientes Banco do Brasil (verifique as condições no local).

 

Representação do acervo de León Ferrari

06/out

 

 

A Fortes D’Aloia & Gabriel e a Gomide&Co, São Paulo, SP, anunciam a representação conjunta do acervo de León Ferrari (Buenos Aires, 1920 – 2013). Um dos mais importantes artistas do século XX, León Ferrari desenvolveu uma obra provocativa, singular, escorada na experimentação com suportes e materiais, e de forte cunho político. Herdeira da imaginação surrealista, sua produção dialogou com a abstração, com a pop art e foi pioneira no conceitualismo latino-americano.

A correpresentação de León Ferrari propõe uma atualização de seu legado. Juntas, as galerias visam ampliar o alcance e a influência de sua obra no debate contemporâneo. A Fortes D’Aloia & Gabriel apresenta na Paris+ par Art Basel, em outubro, uma seleção de obras de Ferrari em diálogo com artistas jovens de seu programa. A Gomide&Co, por sua vez, levará trabalhos pontuais de Ferrari para seu stand em Art Basel Miami Beach, em dezembro.

 

O passado e o presente em Rosário López

05/out

 

A galeria Marli Matsumoto Arte Contemporânea, Sumarezinho, São Paulo, SP, apresenta “Tapizar el Paisaje”, da artista colombiana Rosário López. A exposição apresenta trabalhos recentes e inéditos, incluindo instalações, fotografias, esculturas e uma intervenção site-specific no local, ocupando o pátio da galeria. “Tapizar el Paisaje” compreende uma pesquisa iniciada em 2017, uma exploração artística que habita um lugar onde o território é visto como matéria e brinca com a percepção do espectador, dando forma ao invisível ou transformando uma formação geológica pesada em uma construção leve.

 

A mostra “Tapizar el Paisaje”, fundamentada na descoberta dos Tapices del Apocalípsis, do século XIV, (atualmente em Castillo de Angers, França), que estampam cenas apocalípticas retratando forças primárias de destruição e morte, misturadas a seres fantásticos e anjos. Rosário López orienta-se por esta série de tapeçarias contrastando os tempos históricos à tradição têxtil local de San José de Suaitá, no norte da Colômbia.

 

“As questões que emergem deste diálogo captam este momento da história em que apocalipse e antropoceno parecem se tornar espelhos de tempos históricos do passado e do presente”, diz a curadora. Como a definição de território vem mudando? O que constitui a ética do cuidado? Quais as nossas responsabilidades para com o planeta em transformação, e como nosso espaço está sendo afetado por nossas próprias ações? Tais questões são levantadas por esta exposição, centrada em dois eixos: primeiro, a representação do território e suas metamorfoses; segundo, a relação entre comunidades sociais e a terra, e a maneira com que os corpos relacionam-se com ela.

 

Enquanto os visitantes percorrem a exposição, deparam-se com dois espaços, ambos preenchidos por tecidos usados sobre os quais a artista interveio através de recortes, bordados e técnica mista, que dialogam com duas séries de fotografias: uma delas colorida, retratando a antiga tapeçaria francesa, e outra em preto e branco, que tem como tema a fábrica têxtil na Colômbia. O segundo espaço apresenta uma série de maquetes, estudos e pequenos objetos.

 

Concebida como uma exposição que atravessa diferentes épocas, estabelecendo uma ponte entre o passado e o presente, “Tapizar el Paisaje” fornece pistas para pensarmos o território e a realidade atual de um planeta à beira do colapso. Nesta intersecção de tempos e referências, as obras contemporâneas de Rosário López ganham força e relevância. Como resultado, a prática da artista passa por uma análise sociológica do desastre (e das ruínas) proveniente de uma conexão silenciosa, embora profunda, com a terra, revelando assim sua reinterpretação estética.

 

No contexto brasileiro, “Tapizar el Paisaje” é apresentada em um período de enorme instabilidade pós-pandêmica e incerteza social e política. Em tempos como este, à medida em que o mundo muda rapidamente diante de nossos olhos, a artista visual Rosario López explora experiências espaciais e corpóreas para nos levar a outras formas de pensar e de lidar com a paisagem em um outro ritmo, mais reflexivo e contemplativo, que visa desafiar nossas próprias ações em relação a ela.

 

Está marcada uma conversa entre artista e a curadora para o sábado, 08 de outubro às 16h30.

 

Artista francês em Ipanema

20/set

 

 

Expoente da arte contemporânea da França ocupa, com obras inéditas e recentes, os dois andares da galeria Nara Roesler, Ipanema, Rio de Janeiro, em sua primeira exposição na cidade. Com obras em coleções prestigiosas como a do Centre Georges Pompidou, em Paris, e representante de seu país na Bienal de Veneza em 2017, Xavier Veilhan mostra esculturas em vários materiais e formatos – três delas interativas -, e um grande móbile, de 4,5 metros, que exploram seu interesse em criar espaços e contextos que alteram a experiência do espaço e a percepção do tempo. Em paralelo à exposição, a Cinemateca do MAM já exibiu filmes de Veilhan.

 

Sobre o artista

 

Xavier Veilhan (1963, Lyon, França, radicado em Paris) é conhecido por trabalhos que transitam entre escultura, pintura, instalação, performance, vídeo e fotografia. Na exposição estarão qinze obras, entre esculturas de dois metros de altura, esculturas cinéticas em madeira, e um grande móbile, de 4,5 metros de altura, que oferecem ao público uma excelente oportunidade de conhecer o trabalho deste grande artista. A originalidade das suas proposições, que tensionam a relação entre o bidimensional e o tridimensional, resulta em espaços e contextos que alteram a experiência do espaço e a percepção do tempo, um dos interesses do artista. Sua obra está em coleções de importantes museus, como o Centre George Pompidou, e além de exposições em instituições de arte ele se interessa por espaços públicos, e já realizou obras específicas para locais em várias cidades do Japão, Coréia do Sul, EUA, Suíça, Suécia, Itália, Portugal, China e França. Suas exposições e intervenções in situ em cidades, jardins e casas questionam nossa percepção ao criar um envolvente percurso em que o público se transforma em participante ativo.