Curso de arte imperdível!!!

18/abr

 

Arte Contemporânea Agora! Anos 1950-2000 com Julia Lima (*) na Simões de Assis.

Dias 26 de abril, 03 e 10 de maio, quartas 19h – 21h, investimento R$ 450,00. Onde? Em São Paulo, Rua Sarandi, 113 A.

(*)As aulas acontecem presencialmente na Simões de Assis em São Paulo

Inscreva-se!!

A história da arte é uma disciplina que vem sendo constantemente revisada e reescrita. No entanto, a produção contemporânea – por seu volume, pela velocidade de mudança, pela proximidade do tempo – é o recorte talvez de mais difícil acesso pelo público.

Nesse curso de três aulas vamos abordar a vida e a obra de artistas fundamentais da arte contemporânea a partir de temas que recorrentemente identificamos em suas produções. Por meio de recortes como “Arte & Política”, “Inclusão” e “Novas Mídias”, vamos apresentar os trabalhos de nomes que marcaram a segunda metade do século 20 de maneira indelével, como Anish Kapoor, Ai Weiwei, Judy Chicago, Félix Gonzalez-Torres, Sophie Calle, Marta Minujín, Ana Mendieta, Kerry James Marshall e Cildo Meireles.

Essa é uma maneira de se aprofundar na trajetória de artistas que foram e continuam sendo fundamentais na construção de novas perspectivas sobre o mundo em que vivemos.

(*) Julia Lima é curadora independente, pesquisadora e tradutora especializada em ensaios na área de artes visuais. Também atua como crítica de arte, professora de História da Arte e no acompanhamento de artistas.

 

 

A arte cinética de Soto

 

Pioneiro da arte cinética, o artista visual venezuelano Jesús Rafael Soto teve como foco em sua criação a busca pelo movimento em suas obras.  O artista inovou criando peças que pareciam ter vida própria e que instigavam a mobilidade, a dinâmica e a vibração. Celebrando o centenário do artista, a DAN Galeria, Jardim América, São Paulo, SP, que comemora 50 anos de trajetória e representa Soto desde a década de 1990, ocupa até 30 de junho, as suas duas unidades na capital paulista com a mostra “Jesús Soto – Cor, Forma, Vibração”, com curadoria assinada por Franck James Marlot.

A música fez parte da vida artística de Soto no mundo das artes. Ele inicialmente se inspirou nas estruturas concretas de Mondrian e assumiu o desfio de criar uma obra que fosse além da síntese estética alcançada pelo artista, agregando uma nova dimensão, que é o movimento na arte. Soto percebeu na música o jogo com duas camadas compostas pela linha rítmica constante e pela linha melódica variável, com relações entre as duas ao longo das composições. Foi assim, unindo pintura e música, que Soto por meio da exploração da vertente da pintura abstrata, primeiro com sobreposições usando a transparência do plexiglass, e depois referindo-se às sobreposições de sons e ritmos, concebeu a técnica de arte cinética em seus trabalhos.

Sua obra desafia a fronteira entre arte e investigação científica, habilitando uma nova interação entre o sujeito e a obra. A individual apresentada pela DAN destaca 30 obras do artista produzidas entre as décadas de 1960 e de 2000. A mostra inclui dois trabalhos de dimensões arquitetônicas, expostas pela primeira vez em galeria: “Paralelas” (1990), e “Penetrável BBL Jaune” (1999). Além destas, algumas obras da série “Paralelas Vibrantes”, outras da série “Sínteses”, e uma seleção de esculturas em aço, alumínio, nylon, pvc, plexiglass e pintura sobre madeira, também ocupam o espaço expositivo. Esta é a primeira exposição individual realizada na unidade da DAN Contemporânea.

Sobre as obras do artista, comenta o curador Franck James Marlot “O deslocamento do espectador provoca efeitos visuais de “moiré” que dão a ilusão de um movimento rotativo rápido da espiral. O movimento aparece sem motorização. Com esta demonstração, Soto introduz a noção de espaço-tempo na sua obra, ativada pelo olho do espectador, que desenvolve não só uma dinâmica espacial, mas também temporal. É neste momento singular de diálogo em que a experiência entre o espectador e a obra, o objeto cinético, em sua singularidade, permite a multiplicação infinita de pontos de vista e cria uma imagem vibrante e em movimento, implicando experiências visuais mais amplas”.

 

 

Os seis anos da Japan House no Brasil

29/mar

De 02 de março a 23 de abril, a Japan House São Paulo apresenta a exposição “Retrospectiva: 6 anos de Japan House São Paulo” no Pavilhão Japonês, localizado dentro do Parque Ibirapuera. A iniciativa é resultado de uma parceria com a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, que administra o Pavilhão Japonês. A mostra apresentará um panorama da história da Japan House São Paulo desde a sua chegada à capital paulista em 2017.

Por meio de fotos e textos, a ação relembrará as 39 exposições que passaram pela instituição nipônica ao longo desses seis anos, assim como outras atividades que narraram a cultura japonesa, envolvendo diferentes perspectivas artísticas, tecnológicas, educacionais, gastronômicas, entre outras.

“Estamos muito felizes com a parceria institucional com o Bunkyo e esta importante ação no Pavilhão Japonês, um lugar lindo e privilegiado em nossa cidade. Com esta exposição oferecemos a milhares de pessoas novas oportunidades de contato com a cultura japonesa e reforçamos nossos laços com diferentes pontos geográficos e comunidades da cidade, além da Liberdade ou da Avenida Paulista”, comenta Eric Klug, Presidente da Japan House São Paulo.

Para Renato Ishikawa, Presidente do Bunkyo, “Esta parceria surge para coroar uma nova etapa do Pavilhão Japonês representada pelas obras de acessibilidade e que oferece uma cafeteria, loja, diversas atividades culturais, além da sua arquitetura bem característica. Agora, com esta exposição, os visitantes terão uma visão da diversidade e riqueza da cultura japonesa, aqui, dentro do Parque Ibirapuera”.

Apesar da parceria formal inédita somente neste ano, o Pavilhão foi peça-chave na construção da Japan House São Paulo. A inspiração para a imponente fachada de 36 metros de largura e 11 de altura que marca a Avenida Paulista surgiu após a visita de Kengo Kuma – responsável pelo projeto arquitetônico da instituição junto com o escritório brasileiro FGMF – ao Pavilhão Japonês em sua primeira visita ao Brasil. Ambos os projetos foram construídos com madeira hinoki e técnicas de encaixe. Desde sua inauguração até janeiro de 2023, a JHSP já recebeu mais de 2,7 milhões de visitantes. Dentre as mostras inesquecíveis que serão relembradas na exposição no Pavilhão Japonês, estão:

Kengo Kuma – Eterno Efêmero, sobre o trabalho do consagrado arquiteto japonês Kengo Kuma;

O fabuloso universo de Tomo Koizumi com as vestidos icônicos do designer de moda Tomo Koizumi;

Parade – um pingo pingando, uma conta, um conto, exposição individual inédita da artista visual Yuko Mohri;

Equilíbrio, instalação que trouxe uma representação do ciclo da água utilizando balões de acabamento holográfico de maneira lúdica; e (ím)pares. que ressaltou o senso estético japonês por meio do trabalho de cinco designers de joias.

Além das exposições, será apresentado também um panorama das mais distintas atuações como Clube de Leitura, Ciclo de Mangá, Podcast JHSP, Caminhos Brasil Japão, entre outras. Desde 2021, a JHSP expandiu seu alcance geográfico com ações digitais e físicas em outros estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Pará e Pernambuco e países como Argentina e México, atingindo 50 mil de pessoas presencialmente e dois milhões digitalmente a cada mês.

 

Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)

A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de trinta exposições e cerca de mil eventos em áreas como Arquitetura, Tecnologia, Gastronomia, Moda e Arte, para os quais recebeu mais de dois milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações; e pelo Bureau Veritas com o selo SafeGuard – certificação de excelência nas medidas de segurança sanitária contra a Pandemia de Covid-19.

 

Sobre o Pavilhão Japonês

Situado dentro do Parque Ibirapuera, o Pavilhão Japonês foi construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira, sendo doado à cidade de São Paulo, em 1954, nas comemorações do IV Centenário de sua fundação. Desde a inauguração, a gestão do espaço é realizada pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, entidade representativa da comunidade nipo-brasileira, e está aberto ao público de quinta a domingo. Considerado um dos raros pavilhões fora do Japão a preservar as características originais, o local é uma das referências das autoridades japonesas em visita ao Brasil.

 

Stand da Galatea na SP-Arte 2023

 


A Galatea, Jardins, São Paulo, SP, anuncia sua participação na SP-Arte 2023, que começa hoje, 29 de março, e segue aberta para visitação até domingo, dia 02 de abril, no Pavilhão da Bienal. O stand da Galatea para esta edição apresenta obras de artistas que refletem o seu programa artístico, expondo desde seus artistas representados, passando por nomes fundamentais da arte moderna e contemporânea brasileira, até artistas que criaram à margem do cânone.
A partir disso, o stand está organizado em três assuntos: figuras humanas e entidades; abstrações orgânicas e geométricas; e conceitualismos políticos.

Frank Ammerlaan em Curitiba

20/mar

 

A Simões de Assis traz novamente ao Brasil o artista holandês Frank Ammerlaan, apresentando em sua sede de Curitiba, PR, a individual “Espelho da Matéria”. A exposição reúne quatro conjuntos de trabalhos de materialidades e processos distintos, mas que compartilham do interesse do artista por materiais que são inusuais nas práticas artísticas contemporâneas. Parte do conjunto foi produzida no Brasil, durante uma residência no Pivô, em São Paulo. Ammerlaan investiga profundamente os elementos que conformam seus trabalhos, manipulando produtos químicos, metais, minerais e substâncias orgânicas, em processos que poderiam ser descritos como alquímicos. O artista articula gestos pictóricos e esculturais com suportes que normalmente são estranhos ao fazer artístico e mais comuns em indústrias ou laboratórios, ao mesmo tempo que conta com reações químicas espontâneas e com os processos naturais de mudança dos elementos, atuando não como um agente da criação, mas sim da transformação.
Até 06 de maio.

Exposição-relâmpago no centenário de Franco Terranova

14/mar

 

Será comemorado com uma grande exposição-relâmpago o centenário do lendário marchand e poeta Franco Terranova (1923-2013), que esteve à frente da Petite Galerie, inovador e fundamental espaço de arte carioca que movimentou o circuito brasileiro entre 1954 a 1988, lançando nomes hoje consagrados, incentivando artistas, e criando salões e prêmios. “Uma Visão da Arte – Centenário de Franco Terranova e o legado da Petite Galerie” ficará em cartaz na Danielian Galeria, na Gávea, Rio de Janeiro, entre 04 a 18 de março.  A curadoria é de Paola Terranova – a filha caçula dos quatro filhos de Franco e Rossella Terranova, a bailarina e coreógrafa com quem ele foi casado de 1962 até sua morte – que está à frente do acervo da Petite Galerie, em um espaço na Lapa. Ela conta que para esta exposição comemorativa foram restaurados mais de 80 trabalhos. “Franco Terranova era antes de tudo amigo dos artistas, um apaixonado pela arte, e pretendemos fazer uma exposição que retrate seu olhar ao mesmo tempo afiado e afetuoso”, diz. Além dos artistas, era constante a presença na Petite Galerie de intelectuais como Ferreira Gullar, Mario Pedrosa, Millôr Fernandes e Rubem Braga.  A exposição comemorativa terá mais de 150 obras, entre desenhos, gravuras, pinturas e esculturas, de mais de 70 artistas que participaram da programação da Petite Galerie. Franco Terranova completaria 100 anos, em 09 de março próximo.

 

No dia 16 de março, às 19h, será realizado um leilão em prol da manutenção do legado de Franco Terranova, apregoado por Walter Rezende, com apoio da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, no site Iarremate –  https://www.iarremate.com.

 

Os artistas com obras na exposição comemorativa na Danielian Galeria são: Abelardo Zaluar (1924-1987), Adriano de Aquino (1946), Alexandre Dacosta (1959), Alfredo Volpi (1896-1988), Amélia Toledo (1926-2017), Angelo de Aquino (1945-2007), Angelo Hodick (1945), Anna Maria Maiolino (1942), Antenor Lago (1950), Antonio Henrique Amaral (1935-2015), Antonio Manuel (1947), Arthur Barrio (1945), Avatar Moraes (1933-2011), Carlos Scliar (1920-2001), Carlos Vergara (1941), Cristina Salgado (1957), Darel (1924-2017), Dileny Campos (1942), Dionísio del Santo (1925-1999), Edival Ramosa (1940- 2015), Eduardo Paolozzi (1924 – 2005), Emeric Marcier (1916-1990), Enéas Valle (1951), Enrico Baj (1924-2003), François Morellet (1926-2016), Frank Stella (1936), Frans Frajcberg  (1921-2017), Franz Weissmann (1911-2005), Gastão Manoel Henrique (1933), Glauco Rodrigues (1929- 2004), Iberê Camargo (1914-1994), Ivan Freitas (1932-2006), Hércules Barsotti (1914-2010), Jac Leirner (1961), José Resende (1945), Larry Rivers (1923-2002), Leda Catunda (1961), Lothar Charoux (1912-1987), Lucio Del Pezzo (1933-2020), Luiz Alphonsus (1948), Luiz Áquila (1943), Luiz Paulo Baravelli (1942), Luiz Pizarro (1958), Marcia Barrozo do Amaral,  Maria do Carmo Secco (1933-2013), Maria Leontina (1917-1984), Mestre Vitalino (1909-1963), Milton Dacosta (1915-1988), Mira Schendel (1919-2018), Mô (Moacyr)  Toledo (1953),  Monica Barki (1956), Myra Landau (1926-2018), Roberto Magalhães (1940), Roberto Moriconi (1932-1993), Roy Lichtenstein (1923-1997), Rubens Gerchman (1942-2008), Sepp Baendereck (1920-1988), Sérgio Camargo (1930-1990), Sérgio Romagnolo (1957), Serpa Coutinho, Tarsila do Amaral (1886-1973), Tino Stefanoni (1937-3017), Tuneu (1948), Victor Vasarely (1905-1997), Waldemar Cordeiro (1925-1973), Waltercio Caldas (1946), Wanda Pimentel (1943-2019), Willys de Castro (1926-1988), Yara Tupynambá (1932) e Yvaral (Jean Pierre Vasarely- 1934-2002).

Design de superfície em Portugal

07/mar

 

A Mercedes-Benz Retail e o artista plástico brasileiro/português Renato Rodyner convidam a conhecer entre os dias 09, 10 e 11 de março na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa o Novo Mercedes -Benz Elétrico EQS SUV. Este é o primeiro SUV de Luxo 100% elétrico, que passou por interferência artística inspirado na eletricidade e na origem da marca – a “Estrela de Três Pontas” – que representa o domínio da marca em Terra, Água e Ar.

Dia 09, às 18.30 o artista – nascido em Porto Alegre, RS – estará presente para brindar com admiradores da Mercedes-Benz e da arte com um bom vinho alentejano, o Courelas de Torres.

 

A qualidade que ilumina

01/mar

 

O “Dia do Design Italiano no Mundo” é celebrado com eventos sobre sustentabilidade ambiental. Exposição “Triennale Milano. Uma história em cartazes”, abre no dia 9 de março, é destaque e estende-se até o dia 14 de maio no Solar Grandjean de Montigny, Gávea, Rio de Janeiro, RJ.

Em sua sétima edição, o “Italian Design Day” ou “Dia do Design Italiano no Mundo” – uma iniciativa promovida pelo Ministério Italiano das Relações Exteriores através da rede diplomático-cultural no mundo inteiro – será celebrado no Rio de Janeiro com uma série de eventos realizados pelo Instituto Italiano de Cultura, em parceria com o Consulado da Itália, a Fundação Triennale di Milano, a PUC-Rio e o Instituto Europeu de Design-IED.

Depois do sucesso das edições anteriores, com o envolvimento de mais de 450 especialistas italianos de design – escolhidos entre designers, artistas, curadores, arquitetos, acadêmicos e jornalistas – com cerca de 1.000 iniciativas em mais de 200 cidades no mundo, a edição 2023 do “Dia do Design Italiano” – que, pela primeira vez depois da Pandemia, volta à modalidade presencial – será dedicada à temática da sustentabilidade ambiental, tendo como título: “A qualidade que ilumina. A energia do design para as pessoas e o meio-ambiente”. A iniciativa também será uma oportunidade para promover o encontro entre profissionais da área (designers, universidades, empreendedores) e instituições italianas.

“Design e indústria criativa constituem dois setores de ponta da economia e da cultura italiana. A eles é associada frequentemente a imagem da Itália no exterior”, afirma a diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, Livia Raponi. “O Dia do Design Italiano constitui um momento importante de diálogo e troca de experiências entre especialistas do design de ambos os países”.

Convidada especial deste ano, a especialista italiana de design Nina Bassoli, arquiteta, pesquisadora, curadora de exposições e professora do Politécnico de Milão, além de “Embaixadora” oficial do design italiano no Brasil em 2023, abrirá as comemorações. Nina Bassoli conduzirá um bate-papo com os alunos no Hall do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio, no dia 09 de março, das 15h às 17h. A seguir, será inaugurada, no Museu Universitário Solar Grandjean de Montigny, a exposição “Triennale Milano. Uma história em cartazes”, realizada pelo IIC Rio em colaboração com a Triennale Milano, sob curadoria do Diretor da instituição italiana, Marco Sammicheli.

No dia anterior, na quarta-feira, 08 de março, às 18h, Nina Bassoli participará de outro bate-papo, desta vez com os alunos do IED (Instituto Europeu de Design). O encontro acontece no Instituto Italiano de Design, localizado no 3º andar do prédio do Consulado Italiano, para onde recentemente o IED transferiu sua sede.

 

Sobre a Triennale Milano

Entre as disciplinas nas quais a Itália e o Brasil mantiveram e mantêm um diálogo particularmente frutífero, se encontram sem sombra de dúvida a arquitetura, a arte e o design. A Triennale Milano, instituição italiana de excelência, desde a sua criação, sempre incentivou o confronto dialético entre esses três campos, bem como estimulou suas relações mútuas com a indústria e a sociedade.

Desde a primeira edição em Monza, em 1923, foram realizadas, até 2022, cerca de 23 edições da Exposição Internacional, com a participação de 66 países dos cinco continentes. A exposição apresentada na PUC pelo Instituto Italiano de Cultura do Rio traça a trajetória das exposições internacionais através de obras icônicas da arte gráfica criadas para promover e divulgar o evento.

A inauguração contará com a presença da arquiteta urbanista Nina Bassoli, o Cônsul Geral da Itália no Rio, Massimiliano Iacchini, e a Diretora do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, Livia Raponi.

“Um cartaz é, antes de tudo, um suporte informativo, mas é também, e sobretudo, uma declaração pública que tem o escopo de atingir o maior número possível de pessoas e de comunicar no modo mais imediato possível temas e visões. Em vista do centenário da referida instituição, esta mostra pretende percorrer a história das Exposições Internacionais da Triennale através dos cartazes projetados para cada edição pelos maiores artistas gráficos italianos e internacionais”, afirma o curador, Marco Sammicheli.

Os 80 cartazes expostos – obras exemplares de arte gráfica – assinadas por grandes mestres do século XX italiano e por designers contemporâneos, expressam, tanto em suas constantes quanto em sua originalidade, um encontro sempre em movimento entre pensamento, conceitos éticos e estéticos, e práticas artísticas e produtivas. As peças provêm dos arquivos da Triennale e são assinadas por autores como Enrico Ciuti, Marco Del Corno, Eugenio Carmi, Roberto Sambonet, Giulio Confalonieri, Ettore Sottsass, Andrea Branzi, Italo Lupi, Bon Noorda e Studio Cerri Associati. Os pôsteres selecionados são exemplares muito valiosos tanto da história da Triennale quanto do desenvolvimento da gráfica italiana.

“A vocação para a sinergia interdisciplinar, em nome da criatividade e do know-how italianos, fazem da Triennale di Milano um exemplo particularmente inspirador nos dias de hoje; acreditamos que a Triennale e o Brasil têm muito a trocar e que podem, a partir dos desafios e encontros comuns que já aconteceram no passado, desenhar uma dialética e colaboração renovadas”, diz o Embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello.

Segundo Livia Raponi, Diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, “…a Triennale é um laboratório essencial de reflexão sobre a construção coletiva do presente e do futuro, sempre atento aos desafios do mundo contemporâneo como nos mostram os temas das edições mais recentes”.

 

Sobre Nina Bassoli

Arquiteta, pesquisadora e curadora, Nina Bassoli (1983) é responsável pelo projeto “Architettura, Rigenerazione urbana e Città” (Arquitetura, Regeneração urbana e Cidade) na Triennale Milano. Doutora pela Universidade IUAV de Veneza, formou-se no Politecnico de Milão, onde hoje dá aula de Projetação Arquitetônica. É redatora da revista “Lotus international” desde 2008, teve palestras e conferências em várias universidades e instituições internacionais. É curadora de numerosas publicações e exposições: entre elas “Arquitecture as Art” no Pirelli HangarBicocca e “City after the City. Street Art” no âmbito da XXI Exposição Internacional de Triennale Milano.

Nina Bassoli encontra os alunos do IED-RIO

Dia 08 de março, às 18h

Local: Instituto Italiano de Design

Av. Antônio Carlos, 40-2º andar (prédio do Consulado da Itália)

Entrada franca

Nina Bassoli conversa com os alunos da PUC

Dia 09 de março, das 15h às 17h

Local: Departamento de Artes e Design da PUC-Rio

Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea-RJ

Entrada franca

 

Manifestações divinas e profanas

14/fev

 

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta de 02 de março até 15 de abril, a exposição “Dialetos do Firmamento”. A artista belga de origem turca Shen Özdemir traz em sua primeira viagem ao Brasil seu universo particular de carnaval, em que cria esculturas que nos lembram os bonecos de Olinda. Para abrir a mostra coletiva em que estará junto com os artistas Bonikta, Ivan Grilo, Jeane Terra, Rochelle Costi, Thiago Costa, e Zé Tepedino.

Shen Özdemir fará um cortejo com seus estandartes, e seis músicos integrantes do Céu na Terra, que percorrerá as ruas do bairro da Gávea até a Anita Schwartz. A exposição discute as diferentes cosmovisões, mundos inventados, o encantamento e os mistérios que transitam entre o céu e a terra.

A exposição será aberta por um cortejo/performance com oito bandeiras desenhadas e confeccionadas pela artista belga de origem turca Shen Özdemir, em sua primeira visita ao Brasil, e a participação de seis músicos integrantes do tradicional Céu na Terra. A concentração será a partir das 18h30, na Praça Santos Dumont, na Gávea, e o cortejo percorrerá algumas ruas do bairro até a Anita Schwartz, na Rua José Roberto Macedo Soares, 30. Por meio de suas linguagens e modos sensíveis de compreensão, os trabalhos dos artistas de “Dialetos do Firmamento” constelam imaginários, desenhando novas direções para modos plurais da existência, integrada à imensidão dos poderes ocultos do universo.

A exposição inaugura o programa de 2023 da galeria e convida o público a imaginar novas possibilidades de cuidar de um futuro ancestral, em conexão com o campo da arte e da espiritualidade, construindo percursos e diálogos entre manifestações divinas e profanas. O projeto de um Brasil inventado é revisto pelas potências do intangível, as expressões primárias e as subjetividades da memória, atravessando o tempo e o espaço visível/invisível do mundo moderno organizado pela racionalidade.

Bonikta (Caio Aguiar), nascido em 1996, em Ourém, Pará, e radicado em Salvador, estará na exposição com as fotografias “Kurumins do Rio” (2023) e “Ygarapé das Bestas” (2023), cada um medindo 45 x 60 cm. Sua produção que desenha um universo encantado inspirado no imaginário ribeirinho amazônico, reflexos de vivências que traçam travessias entre o interior e a cidade, entre a rua e a floresta. Bonitka se dedica a processos de criações e encantarias em diversas linguagens e tecnologias, do grafite, lambe-lambe, ilustrações, pinturas, fotografias, vídeos, animações, tatuagens, máscaras a desenhos digitais, entre outros. Bonikta é bicho que vira gente e gente que vira bicho. Atualmente ele é estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia).

Ivan Grilo (1986, São Paulo) mora em Itatiba, São Paulo, e tem sua produção reconhecida no circuito da arte a partir de seu interesse em investigar tradições orais, ou pesquisar história brasileira a partir de arquivos públicos. A escrita é um elemento importante em seu trabalho, de várias maneiras, e na exposição a obra “Fazer juntos um trecho de céu no chão” (2022) traz a frase entre linhas, em bronze, medindo 8cm x116cm.

O tríptico “Santuário do Sertão” (2022), uma monotipia feita sobre pele de tinta – material desenvolvido pela própria artista – foi criado a partir da vivência de Jeane Terra no final de 2021 nas cidades baianas inundadas pelo Rio São Francisco em 1970, para a criação da represa de Sobradinho. A obra retrata, a partir de um registro fotográfico feito pela artista, a Igreja de Santo Antônio, do século XVIII, na margem do rio em Pilão Arcado. Jeane Terra nasceu em 1975 em Minas, e é radicada no Rio de Janeiro.

Rochelle Costi (1961-2022), artista atuante em exposições no Brasil e no exterior, deixou um legado poético de sua coleção amorosa de registros do que a cercava – objetos, paisagens, cenas do cotidiano. Sua obra que integra a exposição “Escada Palavrada – Céu” (2014), em jato de tinta sobre papel de algodão, de 105cm x 70cm, é também uma homenagem a ela.

A artista belga de origem turca Shen Özdemir (1996) criou um universo de carnaval a partir das lendas de gigantes, na Bélgica, e das marionetes da Turquia. Na série de trabalhos Karnavalo, sua intenção é criar uma comunidade humana internacional através do sincretismo cultural. Seu carnaval é composto por uma multidão de trupes, concebidas como núcleos familiares, ressaltando a ideia de parentalidade, e seguindo a tradição das alegorias dos desfiles de carnaval. Suas “cabeças” nos lembram, entre outros personagens de festas populares, os tradicionais Bonecos de Olinda. Criadas com espuma, papel, tinta acrílica, gesso e tecido, e medindo aproximadamente 90cm x 90cm, duas obras “Cabeças” (2023), que representam metaforicamente dois membros de uma mesma família, sem definição de gênero ou faixa etária. Com a participação de integrantes do Céu da Terra, será a primeira vez que os desfiles feitos por Shen Özdemir com seu carnaval imaginário terão música. O conjunto de bandeiras do cortejo integrará a exposição.

As esculturas-ferramentas “Exercícios para suspensão” (2022) – solda sobre vergalhão, com 50cm x 20cm cada – do paraibano Thiago Costa (1994, Bananeiras, residente em João Pessoa), faz parte de sua pesquisa da escrita em relação com a imagem a partir das filosofias Bantu e Yorubá. “O gesto de assentar e seus métodos fazem parte de saberes milenares onde se acessa as temporalidades do que é intencionado, que possibilita comunicação e relação da forma com o corpo”, diz. Ele investiga a relação das formas com as corporações e incorporações.

Na instalação “Sem título” (2023), em madeira, nylon, tecido, areia e pedra, o artista carioca Zé Tepedino (1990) dá seguimento à sua série “Vários verões”, em que objetos de praia são destituídos de sua função original, e ao serem desmembrados e rearranjados são pensados a partir de cor e forma.

 

Sobre a Coleção Sophia Jobim

13/fev

 

O Museu Histórico Nacional promoverá a Live “Restauração de peças da coleção Sophia Jobim do MHN”, com a participação de Jeane Mautoni (museóloga do MHN), Márcia Cerqueira (museóloga e restauradora) e Madson Oliveira (professor da EBA/UFRJ). Eles abordarão o processo de tratamento das peças, detalhando a coleção e os critérios de escolha de cada item, entre outros assuntos.

 

Jornalista, figurinista, museóloga, indumentarista – como gostava de ser chamada -, professora e colecionadora, Sophia Jobim legou ao Museu Histórico Nacional a coleção de objetos artísticos e peças de indumentária que reuniu ao longo de 30 anos. A doação aconteceu postumamente em 1968, por seu irmão Danton Jobim, introduzindo uma temática nova à política de aquisição do museu. Toda a conservação e captação de imagens de peças etnográficas desta coleção, sob guarda da Reserva Técnica do MHN, foi um dos destaques de uma série de ações contempladas pelo Plano Anual 2021, idealizado e desenvolvido pelo Museu Histórico Nacional, com o apoio da Associação de Amigos do MHN, e patrocínio do Instituto Cultural Vale (por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura).

 

Sobre a coleção

A Coleção Sophia Jobim é composta por peças variadas – histórica e etnográfica, principalmente -, de origens distintas, como México, Alemanha, Grécia, União Soviética, Panamá, Tchecoslováquia, União Soviética, Coréia do Norte, Sudão, Israel, França, Hungria e Mauritânia. Esse legado possui um valor inestimável para pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que destinam tempo e esforço para preservar a memória dessa coleção, produzindo artigos, dissertações, teses e livros. Atualmente, é uma das mais pesquisadas no museu, o que justificou o projeto de conservação, sobretudo considerando-se os 53 anos de permanência no MHN.

 

Sobre o processo de restauração

A conservação de têxteis envolve uma série de ações que visam aumentar a resistência do objeto aos agentes físicos (danos e perda de valor devido ao armazenamento, manuseio e transporte inadequados), químicos (acidificação, amarelecimento) e biológicos (ataque de pragas e fungos). Entre essas ações realizadas, vale destacar a higienização, pequenos reparos, contenção de rasgos, isolamento de elementos metálicos para evitar a corrosão, estabilização dos objetos e o acondicionamento de maneira correta.

Já que se trata de um projeto grandioso, cada etapa foi documentada em fotos e vídeo, podendo futuramente se desdobrar em catálogos, exposições ou mesmo ser utilizada para o estudo de técnicas de conservação que poderão ser aplicados em outras coleções de têxteis, ou servir de referência a intervenções futuras, caso seja necessário.

 

Live “Restauração de peças da coleção Sophia Jobim do MHN”

 

Dia 15 de fevereiro, às 15h

Link de acesso: https://www.youtube.com/museuhistoriconacional_rio.

 

Participantes: Jeane Mautoni (museóloga do MHN), Márcia Cerqueira (museóloga e restauradora) e Madson Oliveira (professor da EBA/UFRJ).