O amor Punk de Onurb.

23/out

A Galeria Alma da Rua II, Vila Madalena, São Paulo, SP, exibe a exposição “Amor Punk”, do artista visual Onurb onde, em 17 trabalhos, apresenta sua personagem icônica em situações cotidianas, interagindo com elementos de psicodelia, moda e empoderamento. Sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap e vernissage no dia 26 de outubro.

A partir de uma abordagem multissensorial, o artista utiliza murais, telas e instalações para ressignificar objetos urbanos e explorar a fusão entre a estética punk e a arte urbana contemporânea.  A exposição vai além da simples representação visual, incorporando um diálogo entre os símbolos da resistência punk e a natureza fragmentada da vida urbana. Onurb, que começou sua trajetória nas ruas de São Paulo como grafiteiro, traz para a galeria sua experiência de anos trabalhando em espaços públicos, onde seu estilo vibrante, marcado por cores intensas e formas geométricas, ganhou destaque.

Onurb, cujo nome verdadeiro é Bruno Paes, é um artista visual nascido em São Paulo, amplamente reconhecido no cenário da arte urbana. Seu trabalho começou nas ruas da capital paulista, onde explorava muros e espaços públicos, utilizando o grafite como meio de expressão. A trajetória do artista é marcada pela busca constante de diálogo entre a arte urbana e os espaços tradicionais de exibição, uma ponte entre a rua e as instituições culturais. Em suas obras, a urbanidade, a diversidade cultural e a coexistência entre diferentes grupos sociais estão sempre presentes, ao lado de uma crítica à desconexão humana com o ambiente natural.

Até 27 de novembro.

Reflexões urbanas de Ronah Carraro.

09/out

Mostra na Galeria Alma da Rua I traz reflexões sobre divisões sociais e artísticas através do graffiti. “Recortes” de Ronah Carraro explora limites e conexões na arte urbana. A Galeria Alma da Rua I, Vila Madalena, São Paulo, SP,  inaugura no dia 12 de outubro a exposição “Recortes”, exibição individual do artista Ronah Carraro, sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap. A mostra explora a técnica dos recortes, característica central na trajetória de Ronah Carraro no grafitti. Através da delimitação de cores e formas com spray, o artista propõe uma reflexão sobre as divisões da sociedade, a evolução das fases da vida e a complexidade das expressões artísticas.

O conceito de recorte, tanto no sentido literal quanto figurado, é uma das chaves para interpretar a obra de Ronah Carraro. O artista recorre à técnica como uma forma de desafiar os limites impostos pela própria arte, conectando-se ao público por meio de imagens que, ao serem recortadas e reorganizadas, sugerem novos olhares sobre o mundo. Cada obra da exposição “Recortes” convida o visitante a perceber as limitações e divisões como elementos que, em vez de restringirem, ampliam a capacidade de expressão e de entendimento das múltiplas camadas da realidade.

Ronah Carraro, nascido e criado no tradicional bairro da Mooca, em São Paulo, formou-se em artes plásticas e desenvolveu um estilo próprio que combina o digital e o urbano. Como diretor de arte na área têxtil, experimentou com as linhas vetoriais e trouxe essa influência para o grafitti. Em sua obra, Ronah Carraro utiliza diversos suportes, imprimindo seu traço rígido e marcante nos muros da cidade, retratando a diversidade comportamental e expressando as nuances da vida cotidiana por meio de uma paleta de cores vibrantes. A exposição “Recortes” marca uma nova fase na produção de Ronah Carraro, ao mesmo tempo que reafirma sua conexão com a arte urbana e o grafitti. Através de sua técnica, o artista oferece um prisma para refletir sobre o impacto das limitações e divisões, não apenas na arte, mas na sociedade como um todo.

Até 13 de novembro.

Muralismo brasileiro em Atenas.

04/out

O artista brasileiro Kelvin Koubik transforma espaço público com mural na Grécia. Uma obra em grande escala, foi inaugurada em Nea Ionia, Atenas. Kelvin Koubik, artista visual e muralista brasileiro foi o escolhido para criar um impressionante mural público no município de Nea Ionia, um subúrbio ao norte de Atenas, na Grécia. A obra, intitulada “Kronos”, foi comissionada pela Embaixada do Brasil em Atenas e pela Prefeitura de Nea Ionia, em colaboração com a agência Awesome Athens Experience.

O mural, que mede aproximadamente 6,5 metros de altura e 15 metros de largura, foi inaugurado durante o festival cultural Dias Jônicos. Localizada ao lado do estádio municipal de Nea Ionia, a obra reflete a passagem do tempo e as conexões entre gerações e culturas. Inspirado pela palavra grega Chronos, que significa tempo, e pela ideia de Kosmos, que representa o coletivo humano, o mural simboliza a união entre o Brasil e a Grécia. A figura central de uma mulher idosa, que representa a Grécia, e de uma criança, que representa o Brasil, simboliza a transmissão de sabedoria entre as gerações, reforçando a importância de preservar a natureza e as tradições culturais. Kronos é mais do que uma obra de arte pública; é uma reflexão sobre como nós, como humanidade, interagimos com o tempo, o ambiente e as gerações futuras.

Fonte de inspiração

“Através desta obra, quis destacar a necessidade de um diálogo intergeracional e intercultural para um futuro mais sustentável. Um exemplo disso é a inclusão de uma faixa marrom no mural, que simboliza a marca que as águas deixaram durante a tragédia das enchentes de maio, que afetou minha cidade natal, Porto Alegre”, comenta Kelvin Koubik. A execução da obra foi realizada ao longo de dez dias, com a assistência da artista Laura Lolli. A produção do projeto esteve a cargo do professor, pesquisador e curador Luís Henrique Rolim. Este é o primeiro mural de grande escala em Nea Ionia, marcando o início de uma série de iniciativas culturais na cidade. A obra de Kelvin Koubik se soma a outros projetos globais de arte pública, organizados pela agência Awesome Athens Experience, que visa conectar culturas por meio de intervenções artísticas em espaços urbanos.

Inauguração e impacto cultural:

A inauguração de Kronos ocorreu durante o festival cultural Dias Jônicos, que celebra a rica herança histórica e cultural de Nea Ionia, e contou com a presença do embaixador brasileiro, Paulo Roberto Caminha de Castilhos França, e do prefeito de Nea Ionia, Panaiotis Manouris. O mural de Kelvin Koubik rapidamente se tornou um marco na cidade, atraindo a atenção de moradores e visitantes, consolidando-se como um símbolo de colaboração intercultural entre o Brasil e a Grécia.

Sobre o artista

Kelvin Koubik é um artista visual especializado em murais de grandes dimensões. Como muralista contextual, busca compreender as dinâmicas sociais e culturais dos locais onde desenvolve suas obras. Atuando tanto em murais públicos quanto privados, o artista dialoga com a pintura tradicional e a arte contemporânea, transitando entre a arte urbana e galerias de arte. Recentemente, retornou de uma imersão artística na Amazônia, onde vivenciou e retratou a cultura ribeirinha no norte do Pará. Seus trabalhos estão espalhados por diversas cidades e contextos, incluindo países como Catar, França, Grécia, entre outros. Frequentemente, desenvolve projetos junto a agências, escritórios de arquitetura e grandes marcas como Starbucks, Google, O Boticário, Bic, Melitta e outras.

A produção artística de Chivitz

22/ago

A Expressão Cultural na Obra de Chivitz: Arte e Vida em Diálogo na Galeria Alma da Rua II. “Vida é Arte” apresenta novas criações do artista, incluindo sua primeira escultura colecionável e uma inovadora instalação de graffiti-vídeo.

A Galeria Alma da Rua II, localizada no icônico Beco do Batman, São Paulo, SP, apresenta a exposição “Vida é Arte”, do artista Chivitz, com curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap. A mostra, a ser inaugurada no dia 24 de agosto, permanecendo em cartaz até o dia 17 de setembro, propõe uma reflexão sobre a profunda conexão entre arte, cultura e desenvolvimento pessoal, destacando o impacto dessas dimensões na trajetória de vida e na produção artística de Chivitz.

A mostra “Vida é Arte”, com por 11 trabalhos, destaca a inovação e o experimentalismo característicos da obra do artista, apresentando pela primeira vez uma escultura colecionável em resina, intitulada “Fella”, disponível em série numerada. Além disso, inclui também a obra “Visual Dealer”, uma instalação que combina graffiti e vídeo, evidenciando sua capacidade de transitar entre diferentes suportes e de incorporar novas tecnologias em suas criações. “Vida é Arte” marca um momento significativo na carreira de Chivitz, sendo esta a primeira vez que ele transporta o espírito de seu graffiti para o contexto de uma galeria de arte. As pinturas da exposição são compostas por signos visuais e cores vibrantes que dialogam com as culturas que influenciaram o artista, convidando o público a refletir sobre o impacto em sua própria vida. Chivitz, através de sua obra, busca estimular a valorização das culturas que enriquecem a experiência humana e promover o autoconhecimento do espectador. A exposição “Vida é Arte” reflete o compromisso da Galeria Alma da Rua II em promover o diálogo entre a arte e a cultura urbana, evidenciando a relevância dessas expressões na construção de identidades e na promoção do pensamento crítico.

Sobre o artista

Chivitz, nascido em 1976, em São Paulo, SP, é um artista que emergiu no final dos anos 1990, fundando um movimento que uniu os universos do graffiti e da tatuagem. Chivitz é um artista autodidata cuja trajetória criativa teve início em 1997, com a prática do graffiti e da tatuagem. Ao longo de sua trajetória, experimentou diversas técnicas e linguagens artísticas, incluindo desenho, pintura, caligrafia, escultura, vídeo arte, arte digital e modelagem 3D. Essa multiplicidade de formas de expressão reflete o diálogo contínuo entre as influências culturais que permeiam seu trabalho e o processo de autodescoberta que marca sua produção. Esse movimento contribuiu para o fortalecimento da cultura urbana na cidade, integrando elementos como skate, hip hop e street dance. Chivitz foi um dos fundadores do Museu Aberto de Arte Urbana, uma instituição experimental situada na Zona Norte de São Paulo, criada em 2011. Seu trabalho alcançou reconhecimento ao participar de exposições importantes, como “Puras Misturas” no Pavilhão das Culturas Brasileiras (2012), o “Salisbury International Arts Festival” na Inglaterra (2012) e a “IV Bienal de Graffiti Fine Art” no Memorial da América Latina (2018). Chivitz também colaborou com marcas como Disney, Marvel e Warner Bros., e integrou sua arte em produções audiovisuais, como shows de Pavilhão 9 e Charlie Brown Jr., filmes, e programas de TV. Em 2021, representou a cultura urbana paulista na Exposição Universal em Dubai.

Cenas do cotidiano por Thiago Goms

30/jul

A Galeria Alma da Rua I, Vila Madalena, São Paulo, SP,  apresenta a nova exposição “Brincando com o Vento”, do artista Thiago Goms. Com abertura marcada para 03 de agosto, às 16h, a mostra conta com a curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap, texto de Mmoneis e Harry Borges, trazendo ao público uma reflexão profunda sobre a arte urbana e suas influências no cenário cultural contemporâneo. Em cartaz até 04 de setembro.

Thiago Goms, reconhecido por seus personagens híbridos com cabeça de gato, centra a exposição na temática dos pipas. A exposição traz um pouco de algo semelhante ao grafitti que, nos anos de 1990 era muito comum nos bairros de periferia das cidades. Quando criança, observava assim como os pipas no céus em férias escolares, os grafittis também lhe roubavam a atenção e ali se formava um interesse por algo sobre o qual ainda não tinha muita informação. Após 26 anos, tendo como inspiração a cultura de rua como um todo, Goms retorna ao Brasil após um período de cinco anos no exterior, trazendo uma nova perspectiva, ao mesmo tempo nostálgica e inovadora.

“Brincando com o Vento”, a exposição, conta em 11 trabalhos, cenas do cotidiano de uma das brincadeiras mais comuns que, por décadas, segue como uma cultura que tem linguagem própria, regras e ensinamentos.

Ao longo de sua carreira, Thiago Goms tem explorado diversas técnicas e linguagens, expandindo seu vocabulário artístico. Suas obras atuais refletem essa evolução, combinando elementos de nostalgia com novas influências adquiridas em sua trajetória. A exposição na Galeria Alma da Rua I destaca essa dualidade, oferecendo ao público uma experiência visual que conecta passado e presente. Thiago Goms convida o público a revisitar memórias e vivências através de suas obras, que capturam momentos de tensão e alegria. “Brincando com o Vento” promete ser uma experiência imersiva, onde cada tela é uma janela para o passado e uma reflexão sobre a evolução da arte urbana. Sobre como existem maneiras e culturas distintas dentro da mesma cidade.

Rocket na Alma da Rua I

01/jul

A Galeria Alma da Rua I, Vila Madalena, São Paulo, SP,  inaugurou a exposição “Antigos Agoras” do artista Rocket. A mostra fica em cartaz até 31 de julho, oferecendo ao público uma perspectiva única sobre a evolução da arte urbana e as influências que moldaram o trabalho do grafiteiro.

“Antigos Agoras”, sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap,  propõe uma reflexão sobre cenas e ideias que evocam memórias e experiências passadas, muitas vezes despercebidas no cotidiano. Este conceito dialoga com a história da arte urbana, que sempre buscou capturar e refletir as dinâmicas sociais e culturais das cidades. A técnica de Rocket, que utiliza humanoides como elemento central, propõe uma nova interpretação da figura humana e suas interações com o espaço e as cidades. Seu estilo se alinha à tradição da arte de rua, que historicamente tem sido uma forma potente de expressão e resistência cultural.

A exposição na Galeria Alma da Rua I oferece uma oportunidade valiosa para explorar a trajetória do grafite e sua influência na cultura contemporânea. A galeria, conhecida por seu apoio à arte urbana e seus criadores, reafirma seu compromisso com a promoção e valorização deste movimento cultural.

Sobre o artista

Rocket, nascido no bairro Jardim São Pedro, no extremo leste de São Paulo, iniciou sua prática no grafite em 2006. Suas primeiras influências vieram do movimento Hip-Hop, dos amigos e da rebeldia típica da adolescência. Integrante da crew de grafite OTM, Rocket desenvolveu um estilo distintivo que se concentra na criação de personagens humanoides, caracterizados por traços respingados, cores vibrantes e anatomias não convencionais.

Arte urbana paulistana

14/jun

“Beijaflormetria Cósmica” destaca a trajetória de Boleta na Galeria Alma da Rua II, Vila Madalena, São Paulo, SP. Trata-se de nova exposição com obras inéditas conectando arte urbana com o universo contemporâneo do artista Daniel Medeiros, a.k.a. Boleta, com abertura no dia 14 de junho. A mostra, com curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap, permanecerá aberta ao público até 16 de julho. Boleta é um nome de destaque no cenário da arte urbana paulistana, com uma trajetória que remonta aos anos 1990, quando iniciou suas expressões artísticas com “pixação” nas ruas de São Paulo. Em 1994, fez a transição para o graffiti, transformando os muros da cidade em suas primeiras telas e rapidamente se destacando por seu estilo único e expressivo.

Para esta exposição, Boleta criou telas inéditas que refletem suas vivências e reflexões dos últimos seis anos, principalmente entre Alto Paraíso, GO, e São Paulo. A dualidade urbana e natural desses locais é evidente nas obras apresentadas. A trajetória do artista na arte urbana é marcada pela busca de novos símbolos e narrativas, influenciada por seu envolvimento com a religião Santo Daime e suas peregrinações pela região do Acre, onde teve contato com o xamanismo.

A simetria nas composições de Boleta reforça a ideia de equilíbrio e harmonia. As imagens sugerem um espelhamento que cria narrativas paralelas convergindo no infinito, representado pela Fita de Moébius ou pela vastidão do cosmos. Este infinito simboliza a reflexão sobre as infinitas mudanças e a eternidade. Sua iconografia é rica em símbolos como janelas, chaves, animais, vegetação e elementos naturais como fogo e água; narrativas que exploram a transcendência e a busca pelo universal. A fauna e flora brasileiras, estão representadas por espécies como cobras e beija-flores, cada uma carregando significados profundos de renascimento e transcendência.

A exposição “Beijaflormetria Cósmica” é uma oportunidade para explorar a interseção entre a arte urbana e a cultura contemporânea, através do olhar único de Boleta, que continua a ser uma figura influente no cenário da arte urbana contemporânea.

Sobre o artista

Nascido em São Paulo em 1978, Boleta é autodidata e desenvolveu uma estética distintiva marcada por intensidade emocional e uso vibrante de cores. Suas influências variam do mundo da tatuagem à psicodelia dos anos 60 e 70, além de elementos da natureza. Seu trabalho é amplamente reconhecido, com participações em exposições internacionais e nacionais. É um dos pioneiros do Beco do Batman, um ponto icônico da arte urbana em São Paulo. Sua reputação como um dos grandes nomes do graffiti o levou a participar de diversas exposições de destaque. Entre suas realizações mais notáveis estão a participação na exposição “Ruas de São Paulo: A Survey of Brazilian Street Art” na Galeria Jonathan Levine, em Nova York, e exposições em Berlim em 2008. No Brasil, suas obras foram apresentadas na Funarte, no MAC USP e no MUBE, além de uma expedição artística na Floresta Amazônica.

Feira de Artes Gráficas

20/maio

A 5ª edição do MAB Margens – Feira de Artes Gráficas acontece dia 18 de maio no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo. O Museu celebra o sucesso do evento que reúne artistas e coletivos sob sua marquise, diante do lago do Parque Ibirapuera, em meio à 22ª Semana Nacional de Museus.

O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, reúne artistas e coletivos para celebrar um evento que já se tornou tradição no calendário cultural de São Paulo. Com gratuidade no Museu durante todo o dia 18 de maio (sábado), a 5ª edição da feira de artes gráficas MAB – MARGENS ocorre das 12h às 18h. Venha conhecer e refletir sobre “as margens” enquanto espaço-fronteira de produções, com artistas e coletivos que nem sempre são visibilizados no cenário das artes visuais.

Como um manifesto vivo, o Museu oferece sua bela marquise diante do lago do Parque Ibirapuera às produções de artistas inovadores, visando o diálogo e as trocas com o público, possibilitando o fomento da diversidade e a valorização. O objetivo é lhes oferecer espaço privilegiado de divulgação e venda de suas produções gráficas. Para esta 5ª  edição, foi lançado um chamamento público, divulgado via redes sociais e site do Museu, por meio do qual foram selecionados 14 artistas e coletivos pela Comissão de Seleção formada por profissionais de diferentes núcleos de trabalho do Museu. Foram também convidados 5 artistas, cujos portfólios retratam a diversidade social brasileira.

Segundo Guinho Nascimento, um dos artistas que irão expor na feira, participar da MAB Margens é uma possibilidade de encontro. “É estar em comunidade pra ser e fazer mercado, entendendo a feira numa perspectiva que Exu apresenta: um lugar de movimentação, comunicação, prosperidade e caminhos. Assim, vai além de estar à margem do museu, é estar dentro. Não é a parede que nos distancia, porque a MAB é o quintal do Museu, aberto para comer, dançar, enfeitar, apreciar, rezar e celebrar”. Para a artista Neia Martins, a importância é, “estar no espaço do Museu Afro Brasil Emanuel Araujo e no coletivo de artistas que representam esse cenário cada vez mais inclusivo”.

Haverá ainda uma oficina que convida os visitantes à reflexão sobre articulações comunitárias em torno da cultura e do direito à cidade. Será realizada com mediação de Izabel Gomes, educadora popular e artista que divide suas histórias com as pessoas na região do Jardim Miriam, no JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube. O evento contará com a venda de bebidas e de quitutes do tabuleiro baiano do Alcides.

A 5ª MAB – MARGENS acontecerá na marquise do Museu, localizada na área externa do pavilhão Padre Manoel da Nóbrega no Parque Ibirapuera, próximo ao Portão 10. O acesso será livre e sem a necessidade de inscrição prévia, lembrando que no dia da feira a entrada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo será gratuita.

Artistas e coletivos selecionados:

CaiOshima – De um lado, o mundo da ginga; do outro, o equilíbrio. De família metade pernambucana, metade japonesa, o artista visual CaiOshima nasceu e cresceu nas duas culturas. Instagram: @Cai0shima

Cauã Bertoldo – Artista visual autodidata, produz imagens a fim de discutir o mundo estético que tange às questões das pessoas negras em sua pluralidade e subjetividades. Instagram: @cauabertoldo

Daiely Gonçalves – Artista visual mineira, articula narrativas que se lançam sobre a representação do corpo e território em temas de raça e gênero por meio da pintura, desenho e gravura. Instagram: @daielygoncalvesart

Guinho Nascimento – Educador e multi-artista, graduado em Artes Visuais pela Universidade Cruzeiro do Sul e em Dança pela Escola Viva. Instagram: @guinhonascimento @galopretoatelie

Hanna Gomes – Artista visual e designer de Salvador, explora visualmente os questionamentos sobre o ato revolucionário de sonhar, utilizando cores primárias e cenários tropicais ou desérticos. Instagram: @the.hannag

Juliana Mota – Designer gráfica paulistana, trabalha com ilustração digital, pintura, bordado e a experimentação disso tudo junto. É inspirada pela mistura da natureza com retratos femininos. Instagram:@julianamotabordado

Katarina Martins – Artista plástica e arte educadora paulistana, investiga o campo botânico e de manchas orgânicas, com ênfase na busca da beleza cotidiana, com diferentes técnicas da gravura e fotografia. Instagram: @katarinamartins_

Mayara Smith – Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (2024), é artista visual, designer gráfica e pesquisadora. Em seu trabalho aborda identidade e corpo negro, principalmente feminino. Instagram: @mayarasmith_

Neia Martins – Trabalha com escultura, pintura, desenho, calcogravura e seus segmentos.Instagram@neia.vancatarina

ÒRÚ – Artista da zona leste de São Paulo, possui trabalhos voltados à ilustração e colagem digital. Instagram: @oru.artista

Pixote Mushi – Artista visual, trabalha com muralismo, arte 3D, xilogravura, pintura e educação artística. Iniciou sua carreira no graffiti e tem explorado temas como raça, sociedade e espiritualidade. Instagram: @pixote_mushi

Rodrigo Abdo  – Designer, ilustrador e artista preto. Seu trabalho observa o cotidiano e organiza coisas que estão no ar. Busca representar a rua, a juventude e questões sociais diversas.  Instagram: @vbdx_

Thiago Vaz – Artista visual e arte-educador, faz um recorte especial sobre a arte urbana: graffiti e street art; pesquisa sobre os modos de ocupação com arte nos espaços públicos: zonas e territórios. Instagram: @thiagovaz.arts

Artistas e coletivos convidados:

Coletivo Anansi Lab – Laboratório de experiências transmídia que promove o letramento racial por meio de livros, revistas, papelaria, eventos, cursos, exposições e produtos digitais. Instagram: @anansi.La

Gejo Tapuya – Reúnem-se via editora especializada em prints, toy art, gravuras e street art. Buscam criar renda para artistas originários, negros e periféricos da cultura hip-hop, graffiti, pixação e outras manifestações culturais marginais. Instagram: @editora.marginal

JAMAC – Artista popular autodidata, autora de estampas exibidas em diversas exposições, cujas inspirações relembram as memórias da sua infância, banhadas pelas belezas do Rio São Francisco.  Instagram: @izabel._gomes – @jardim.miriam.arte.clube

Nei Vital – Baiano que cresceu em São Paulo, se inspira em suas origens do cordel, em seus traços que mesclam o sertão com a metrópole. Instagram: @cordelurbano

Coletivo Xiloceasa – Coletivo formado por integrantes periféricos que buscam por meio da arte, manifestar suas ideias e desejos do cotidiano. Instagram: @xiloceasa

Na atividade, serão apresentadas técnicas de estamparia em tecido com os artistas do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube). A Educadora Izabel Gomes utiliza materiais simples e acessíveis para criação de padrões únicos e personalizados em panos de prato – uma superfície para contar histórias e ensinar a técnica de estêncil, criando desenhos a partir de memórias pessoais e coletivas. Não é necessário ter experiência prévia para participar, mas as vagas são limitadas! As inscrições podem ser feitas via site do Museu.

Mudança

26/jul

 

O artista plástico Anderson Thives não para! Mantendo a proposta de itinerância e inovação, sua Galeria Provisória está de mudança para outro lugar, mantendo o mesmo CEP, em Ipanema. Em breve, ele levará suas obras para um espaço conceitual que agrega saúde, beleza e arte. Este é o primeiro de muitos projetos culturais que Anderson Thives pretende alavancar junto a novos parceiros, com o objetivo de democratizar arte e cultura para  públicos diversos. Antes de encerrar as atividades no endereço atual, promove alguns eventos até o dia 06 de agosto: neste sábado, 29 de julho, haverá um preview da nova mostra “Favela”, com telas que levam nomes como Rocinha, Vidigal e Complexo do Alemão. A série retrata a diversidade de personagens das comunidades locais, que também será lançada, ainda este ano, em Londres. Lá, Anderson Thives ocupará um prédio de três andares, no fresh bairro de Hackney.

Sobre o artista

Anderson Thives, é um dos artistas brasileiros a trabalhar exclusivamente com colagem, em uma técnica que consiste em juntar milhares de quadrados de papel (em torno de cinco mil recortes por metro quadrado) nas mais variadas cores, tons e tamanhos, retirados de revistas e catálogos para formar as imagens com uma grande influência da Pop Art, além de artistas como Pablo Picasso, Andy Warhol, Tom Welsseman e Richard Hamilton. Com seu estilo e gosto pela cultura das imagens, específica, direta e fácil de assimilar, o artista retrata através de suas colagens toda a sensibilidade, expressão e impacto formado por uma técnica pouco convencional. Sempre coloridas e vibrantes, suas obras podem ser vistas em diversos museus e galerias no Brasil e no exterior. Em Paris, onde depois de trabalhar com duas renomadas galerias da cidade luz e fazer a maior art fair na Bastille, em 2015, o artista fixou uma nova galeria que leva seu nome, em Rueil-Malmaison, situada ao lado do Jóquei Clube de Paris. Nos Estados Unidos, fez exibições em San Francisco e Nova York e, desde 2016, faz parte do coletivo GAB Gallery, em Wynwood District. Entre seus célebres clientes, estão o empresário Eike Batista, os escritores de novelas Cristianne Fridman e Rui Vilhena, as atrizes Cláudia Raia, Juliana Paes, Lilia Cabral, Regina Duarte, Deborah Secco, Claudia Abreu, Letícia Spiller, Carol Castro, Emanuelle Araújo, Viviane Pasmanter, Leandra Leal, Paloma Bernardi, a socialite Narcisa Tamborindeguy, o músico Tico Santa Cruz, passando pelas cantoras brasileiras, Ivete Sangalo, Anitta, Vanessa Da Mata, Preta Gil, Ludmilla e Ana Carolina, o cantor sirio-Libanês Mika, a Pop star Madonna, e também, Mark Zuckemberg, criador do Facebook, entre outros.

Acervo Aberto

16/jun

A trajetória de um ícone da arte urbana ao alcance das mãos. Ozeas Duarte (a.k.a. OZI) abre a ação/exposição Acervo Aberto, sob curadoria de Katia Lombardo, como parte do Projeto Desloca, no Studio Alê Jordão, Comendador Miguel Calfat, 213, Itaim Bibi, São Paulo, SP, apresentando – até 01 de julho – por volta de 150 obras entre pinturas, esculturas, ready made, serigrafias e matrizes originais de stencil.

O ser humano alcança momentos de ruptura, ou mudanças, em sua trajetória e essa ocasião, mais uma vez, apresentou-se para OZI. Seus 35 anos ininterruptos de ação tornam o momento autoexplicativo. O artista está em processo de mudança de ateliê e, como resultado de uma área menor, escolheu oferecer ao público a possibilidade de aquisição de obras de séries reconhecidas e conhecidas, bem como trabalhos pouco mostrados e, como destaque, as matrizes de stencil, por ele utilizadas.

A exposição, pensada em conjunto pelo artista e curadora exibe, em ordem cronológica, os inúmeros trabalhos e técnicas utilizados durante as décadas de criação e participação intensa no circuito de Arte Urbana. Artista inquieto e questionador, OZI está sempre à procura da “outra”, da “nova” técnica que pode aprimorar sua forma de registros. Mais ou menos cor; menos ou mais detalhes… tudo vai depender da forma que a vida estiver se apresentando naquele momento. OZI não é um criativo alienado ao presente. Ele expressa o hoje! Como prova dessa característica, o último módulo de OZI – Acervo Aberto é “Degustação” onde são exibidas novas pesquisas e obras inéditas. O viés cáustico e desafiador vem como bônus! O container “Proibidão”, com restrição etária por seu conteúdo, coloca a vista trabalhos polêmicos que já causaram embates com marcas mundiais, questionadas e provocadas pelo artista em algum momento de sua trajetória. Acervo Aberto possui obras criadas desde os anos de 1980 até os dias atuais. Muitos deles, além de participação em mostras emblemáticas de Arte Urbana, já foram exibidas internacionalmente em países como Argentina, Austrália, Estados Unidos, França, Suíça, além de cidades e capitais pelo Brasil.

A possibilidade de ter contato com as “mascaras matrizes de stencil” é única. “Essas “máscaras, matrizes” carregam a memória e a gestualidade das várias obras que são feitas a partir delas, trazendo uma sobreposição de tintas e cores que foram usadas nas pinturas”, explica a curadora.

“Com essa ação, abro a possibilidade das pessoas possuírem momentos de minha trajetória e fazer parte da minha história no circuito de arte urbana”.   OZI.

Ativações

OZI – Acervo Aberto possui uma agenda de ativações, para convidados, como parte do Projeto Desloca

Dia 17 de junho – sábado – das 11 às 18hs.

Visitas guiadas com OZI, Katia  Lombardo e a artista convidada Simone Siss durante o período.

Dia 18 de junho – domingo – das 12 às 14hs

Brunch com roda de conversa em que participam OZI, Katia Lombardo, os artistas Simone Siss e Alê Jordão e o galerista e curador Baixo Ribeiro