Mesa redonda no MAM-Rio

22/maio

O MAM Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, realiza no próximo dia 26 de maio, às 14h, mesa-redonda sobre a trajetória de Victor Arruda com o artista Paulo Bruscky, a crítica de arte Marisa Flórido César, e Adolfo Montejo Navas, curador da retrospectiva do artista em cartaz no Museu. Na ocasião, será exibido o documentário “Esta pintura dispensa flores” (2010), de Luiz Carlos Lacerda, sobre a obra de Victor Arruda, e será lançada a publicação “You are still alive”, sobre a série homônima do artista, com texto de Adolfo Montejo (2018, Limiar Edições), port/ing, 44 páginas e 24 imagens-trabalhos, 500 exemplares, numerados e assinados. Na Cinemateca do MAM, com entrada gratuita.

 

Diz Adofo Montejo Navas que ” sãopoucos os trabalhos artísticos que se posicionam em territórios fronteiriços da vida, no meio-fio entre a vida e a morte, sem cair no reduto da enfermidade ou da clínica, ou então nos paraísos artificiais, cada vez mais numerosos e vulgarizados. You are still alive, obra em curso de Victor Arruda desde 2015 até hoje, já provoca desde seu aqui e agora outro tempo e destino, extrapolando o local inicial da ação. Transfere seu alvo estético para além do campo previsível, inclusive como imagética associada à pintura (algo, diga-se de passagem, que o artista tem provocado várias vezes, o curso de alguns limites com a pintura para ser pisada ou até dançada, comida ou utilizada como pintura-performace de obra-anúncio).”

Brasileiros em Bogotá / ARTBO

27/out

Entre os dias 26 e 29 de outubro, será realizada a ARTBO, importante feira de arte contemporânea, em Bogotá, na Colômbia. A galeria carioca Athena Contemporânea participará da feira e mostrará um panorama da produção mais recente dos artistas Frederico Fillipi e Yuri Firmeza, estabelecendo diálogos e interseções entre suas temáticas no que tange a criação de novas narrativas, tanto partindo de um imaginário social como do discurso científico.

 

Os trabalhos de Frederico Fillipi  lidam com materiais de dimensões verticais, do cosmos, do céu e do solo. Este movimento de olhar para as camadas está presente em muitas mitologias, referências importantes para o trabalho do artista. “Céu Fóssil” é uma série de 2 pinturas, que como lâmina ou caco, cada fragmento guarda em si a imagem espelho das nuvens naquele momento. “Espaços vácuos” é outra série de pinturas que também aludem ao céu, a um cosmologia cruzada, onde os elementos se distanciam como uma constelação. A ideia do artista é, associar o olhar vertical sobre a paisagem a de ícones que a nossa cultura ocidental produziu e que agora estão em fagocitose com outros mundos que vão sendo também acessados.

 

 

Yuri Firmeza apresentará o filme “Nada é”, ambientado na cidade de Alcântara, no nordeste do Brasil. As ruínas de palacetes de antigos barões, os foguetes do Centro de Lançamento da Força Aérea Brasileira e uma Festa do Divino Espírito Santo são pano de fundo para a construção do filme. A cidade revive um passado em ruínas justaposto a existência de uma base que prenuncia um futuro tecnológico. As duas fotografias, por sua vez, apropriadas do arquivo da NASA, ao serem manipuladas e descontextualizadas ganham novo significado. Algo entre o familiar e o estranho, as imagens tal como o filme entrelaçam documentos e histórias entre ficção e realidade para criarem novas narrativas.

Tunga Interview  

28/jun

Interview ímpar de Tunga pela psicanalista Ruth Chindler

Data: Sábado, 08 de julho, ás 19hs.

Local: Biblioteca Mario de Andrade, Rua da Consolação, 94, Centro, São Paulo, SP.

“TUNGA o espaço é do artista”

 

Direção: Ruth Chindler

Filmagem: Mario Caillaux

Edição: Mario Caillaux e Ruth Chindler

 

O grande artista Tunga, falecido em 2016, nos entrega as chaves preciosas para o entendimento da sua obra e nos deixa ver o lado mais luminoso

da sua personalidade nesta abrangente conversa com a psicanalista Ruth Chindler.

Filmada no “espaço psicoativo” do artista, ao pé da Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, em dezembro de 2014, a entrevista foi editada com trechos

das suas performances e imagens da sua obra e da sua vida.

 

 

A palavra de Cordelia de Mello Mourão

 

“Estarei lá em São Paulo, ao amável convite de Charles Cosac, editor de tantos livros incríveis, em particular Barrocos de Lírios e a “Caixa Tunga”, que cuidou de maneira adorável do nosso herói durante o ano trágico da sua partida, tendo com ele também belíssimas conversas.

Será uma alegria acompanhar a grande amiga dos artistas Ruth Chindler, que foi em todas as documentas e “venues”, aquela que Tunga chamava para mostrar a ultima obra e/ou confiar suas ânsias, a fada ruiva que oferece ao mundo uma tarde com Tunga, em tão boa companhia que ele nos diz coisas que ele mesmo fica emocionado de ter dito”.

 

Esperando lhes ver dia 8, mando um grande abraço!

Cordelia

Cinema Grego Contemporâneo

02/jun

De 06 a 18 de junho (terça-feira a domingo), a CAIXA Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a mostra Cinema Grego Contemporâneo – Memórias da Crise, que exibirá 12 filmes realizados entre 2009 e 2016. Com curadoria de João Juarez Guimarães, Diana Iliescu e Anna Karinne Ballalai, o evento traz algumas das mais representativas produções da chamada Greek Weird Wave (“Estranha onda grega”, em tradução literal). O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e Governo Federal.

 

Em meio à crise econômica que afeta a Grécia, emergiu uma nova “onda” de filmes, cujo olhar revela uma realidade que a crítica especializada, incapaz de definir seus contornos, contentou-se em chamá-la de “estranha”. Com efeito, são obras estranhas com personagens grotescos, em meio a situações bizarras e artificiais.

 

A seleção de filmes apresenta diversos destaques. Ganhador do Prêmio Un certain Regard, no Festival de Cannes de 2009, e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010, Dente Canino de Giorgios Lanthimos (2009) é, certamente, o filme mais aclamado da mostra. Narra a história de jovens que, excessivamente protegidos pelos pais, nunca tiveram contato com o mundo exterior. O filme será exibido nos dias 06 e 18 de junho.

 

O mesmo isolamento se observa em longas mais recentes como L (2012), de Babis Makridis, ou Os Sentimentais (2016), de Nikso Triantafillidis. Em outras produções, como Academia de Platão (2009), de Filippos Tsitos, Meu país (2010) de Syllas Tzoumerkas, e Xenia (2014) de Panos H. Koutras, a realidade catastrófica parece, pouco a pouco, contaminar a vida cotidiana com uma espécie de desassossego epidêmico cada vez mais ameaçador. Em Attenberg (2010) de Athina-Rachel Tsangari, esse estranhamento se faz notar, ainda, quando uma jovem descobre a sexualidade ao mesmo tempo em que cuida do pai à beira da morte.

 
Debate e catálogo:
Para discutir a visão de mundo inquietante das produções, a mostra apresentará o bate-papo A representação da crise no cinema grego, com o mais importante filósofo grego contemporâneo, Theofanis Tasis. O debate ocorrerá no dia 14 de junho, às 19h10, e terá tradução simultânea.

 

Formado em física e filosofia pela Universidade de Creta, Grécia, e PhD na Alemanha, Tasis é autor de teorias que trabalham conceitos de imagem e identidade na esfera social e abordará o modo com a crise grega tem sido transposta para as telas do cinema.

 

Em paralelo, ao longo de toda a temporada será distribuído, gratuitamente, um catálogo contendo informações de cada filme, além e textos inéditos de Anna Karinne Ballalai, Luis Carlos Junior e Victor Narciso.
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Programação
06 de junho (terça-feira) 17h – Alpes (2011), de Giorgos Lanthimos, 93 min, 18 anos 19h10 – Dente Canino (2009), de Giorgios Lanthimos, 94 min, 18 anos
 

07 de junho (quarta-feira) 17h – Academia de Platão (2009), de Filippos Tsitos, 103 min, 14 anos 19h – Os Sentimentalistas (2016), Nikso Triantafillidis, 100 min, 18 anos
 

08 de junho (quinta-feira) 16h – Xenia (2014), de Panos H. Koutras, 128 min, 18 anos 19h10 – Juventude Desperdiçada (2011), de Argyris Papadimitropoulos, 98 min, 16 anos
 

09 de junho (sexta-feira) 16h30 – Miss Violence (2013), de Alexandros Avranas, 99 min, 18 anos 18h30 – Meu País (2010), de Syllas Tzoumerkas, 107 min, 16 anos
 

10 de junho (sábado) 16h – Tungstênio (2011), de Giorgos Georgopoulos, 100 min, 16 anos 18h – Garoto que come alpiste (2012), de Ektoras Lygizos, 80 min, 16 anos
 

11 de junho (domingo) 16h – Meu País (2010), de Syllas Tzoumerkas, 107 min, 16 anos 18h30 – Attenberg (2010), de Athina-Rachel Tsangari, 95 min, 18 anos
 

13 de junho (terça-feira) 17h – Alpes (2011), de Giorgos Lanthimos, 93 min, 18 anos
19h10 – L (2012), de Babis Makridis, 87 min, 14 anos
 

14 de junho (quarta-feira) 17h – Academia de Platão (2009), de Filippos Tsitos, 103 min, 14 anos 19h10 – Debate: A Representação da Crise no Cinema Grego, com a presença do filósofo grego Theofanis Tasis
 

15 de junho (quinta-feira) 17h – Garoto que come alpiste (2012), de Ektoras Lygizos, 80 min, 16 anos 19h10 – Attenberg (2010), de Athina-Rachel Tsangari, 95 min, 18 anos
 

16 de junho (sexta-feira) 17h – Juventude Desperdiçada (2011), de Argyris Papadimitropoulos, 98 min, 16 anos 19h10 – Tungstênio (2011), de Giorgos Georgopoulos, 100 min, 16 anos
 

17 de junho (sábado) 16h – L (2012), de Babis Makridis, 87 min, 14 anos
18h – Xenia (2014), de Panos H. Koutras, 128 min, 18 anos
 

18 de junho (domingo) 16h – Dente Canino (2009), de Giorgios Lanthimos, 94 min, 18 anos 18h – Miss Violence (2013), de Alexandros Avranas, 99 min, 18 anos.

Sinais na Arte, MAM-SP

22/set

O MAM, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, participa – de 27 a 30 de setembro – da VI Semana Cultural Sinais na Arte, com atividades focadas nas culturas surdas como oficinas, visitas guiadas e uma sessão de cinema com cinco curtas-metragens nacionais produzidos em Libras, seguido de um bate-papo em português em Libras sobre o cenário do público surdo em São Paulo.

 

Pioneiro no processo de acessibilidade do público surdo aos museus e instituições culturais, o Museu de Arte Moderna de São Paulo promove a VI Semana Cultural Sinais na Arte, com programação gratuita de atividades artísticas realizadas na língua brasileira de sinais (Libras). A ação demonstra como a Libras integra a cena de São Paulo por meio de uma programação que conta com oficinas, visitas mediadas e, pela primeira vez, apresenta a mostra SURDOCINE – O som e o Sentido, que exibe curtas-metragens nacionais produzidos em Libras.

 

O ciclo de filmes propõe um intercâmbio de percepções entre surdos e ouvintes com a apresentação de cinco curtas-metragens, legendados em português, que abordam diversas vivências da cultura surda. Realizado pela primeira vez no Festival Curta Brasília do ano passado, a mostra apresenta as produções O resto é silêncio (RJ), de 2015; Sophia (PB), de 2013; Os estranhos entre amigos (RS), de 2015; Atrás do mundo (SP), de 2009; A onda traz, o vento leva (PE), de 2010. Após a sessão de cinema que totaliza 70 minutos, acontece um debate (em libras e em português) com os participantes, mediado pelo educador Leonardo Castilho.

 

Segundo a coordenadora do Educativo e de Acessibilidade do MAM, Daina Leyton, a sexta edição do evento visa a comemorar as melhorias das condições de vida e de acesso à cultura do público surdo. “Vários avanços nas últimas décadas levaram à melhoria das condições de acesso da comunidade surda à vida social e diversos espaços públicos e privados contam com surdos trabalhando e profissionais com conhecimento de libras para receber bem o público surdo, como é o caso do MAM, ” completa.

 

Todas as atividades têm vagas limitadas. Para participar é necessário fazer inscrição prévia pelo telefone (11) 5085-1313 ou pelo e-mail: educativo@mam.org.br.

 

27/9 – Terça-feira

10h30- Experimentações com tintas naturais com Mirela Estelles. Descrição: Neste encontro os participantes são convidados a experimentar diversos gestos, movimentos e sensações a partir da vivência com tintas atóxicas feitas artesanalmente.

Local: Ateliê do MAM

 

28/9 – Quarta-feira

10h30- Oficina de performance com Leonardo Castilho. Descrição: No encontro, os participantes experimentam o corpo como linguagem poética e expressiva.

Local: Ateliê do MAM

 

14h- Mostra audiovisual em Libras Surdocine – O som e o sentido, seguido de debate com mediação do educador Leonardo Castilho

Local: Auditório do MAM

 

29/9 – Quinta-feira

10h30- Oficina Brincadeiras Poéticas em Português e Libras com os educadores Leonardo Castilho e Mirela Estelles. Descrição: Os participantes exploram diversos recursos poéticos por meio de poesias, músicas e brincadeiras.

Local: Ateliê do MAM

 

14h30- Jogo de poesias com o Corposinalizante. Descrição: Os participantes exploram diferentes formas de expressar e criar poesias.

Local: Ateliê do MAM

 

30/9 – Sexta-feira

10h- Visita mediada em Libras nas exposições O útero do mundo e Volpi – pequenos formatos com o educador Leonardo Castilho.

Local: espaço expositivo

OLHO : Vídeo arte

15/set

A mostra “OLHO video art cinema”, em sua segunda edição, que apresenta: Território não Mapeado / Uncharted Land, apresenta 16 obras de artes em vídeo de artistas brasileiros e internacionais. Com entrada gratuita, a Cinemateca Brasileira (SP), o Cine 104 (BH) e a Cinemateca do MAM (RJ) recebem mostra de artistas contemporâneos brasileiros e internacionais.

 

A segunda edição da mostra, “OLHO video art cinema”, acontece na Cinemateca Brasileira em São Paulo (nos dias 29, 30 de setembro e 01 e 02 de outubro), no Cine 104 em Belo Horizonte (nos dias 06, 07 e 08 de outubro) e no Rio de Janeiro (nos dias 17, 18 e 19 de outubro) trazendo uma seleção de filmes de artistas hoje relevantes para a Arte Contemporânea.

 

São eles (nome, país e número de títulos na Mostra): Ana Vaz (BR, três títulos), Anri Sala (AL, um título),Basim Magdy (EG, dois títulos), Ben Rivers (EN, três títulos), Graeme Arnfield (EN, dois títulos), Fiona Tan (RI, um título), Letícia Ramos (BR, um título), Mihai Grecu (RO, dois títulos), Shingo Yoshida (JP, um título) e Yael Bartana (IS, um título).

 

A mostra, que apresenta 16 títulos que abrangem o período de produção dos autores entre os anos de 2003 e 2016, tem curadoria de Alessandra Bergamaschi (graduada em Comunicação pela Universidade di Bolonha, doutoranda em História da Arte pela Puc-Rio) e Vanina Saracino (MFA em Estética e Teoria da Arte Contemporânea na Universidade Autônoma de Barcelona, UAB, curadora do canal de arte IkonoTV, Berlim, Alemanha), criadoras, em 2013, do coletivo cultural OLHO, projeto que pretende tornar-se uma plataforma criativa e crítica para os profissionais que estão refletindo sobre o estatuto da obra de arte a partir da imagem em movimento.

 

“Olho – video art cinema” busca apresentar ao público uma mostra internacional  que explora as possibilidades oferecidas pelo cinema como espaço de recepção para a videoarte.

 

Projetos do Ateliê397

16/ago

O Ateliê397, Vila Madalena, São Paulo, SP, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, via ProAC, convida para mais uma exibição do projeto Sessão Corredor + Extras, com as mostras “Coisas de viado! Coisas de bichinha!” e “TransAmaZônica”.

 

 

 Coisas de viado! Coisas de bichinha!

 

Com curadoria do crítico e cineativista francês, YannBeauvais, o programa traça a relação entre filmes experimentais e a cultura gay do Brasil, onde a prática de fazer cinema/vídeo se nota como um ato de resistência. A sessão apresenta uma gama variada de trabalhos realizados por artistas de diferentes gerações, que percorrem a historiografia do vídeo nacional com espaço para novas expressões, transitando entre o experimental e o novelesco. Após a exibição o evento segue com uma conversa com o curador.

 

 

TransAmaZônica

 

A sessão “TransAmaZônica”, com curadoria do artista Adler Murada, exibe um programa de vídeos com foco na produção de jovens artistas do norte e nordeste brasileiro. Um mapa de correspondências entre essas regiões e a paisagem amazônica, aludindo a um território polimorfo de emancipação do gênero e da ficcionalidade. Acompanhando a sessão, o artista propõe uma intervenção na galeria do Ateliê397, com lançamento da publicação que narra o projeto.

 

 

+ Extra

 

Após sessão, a mostra segue em festa com performances de Leona Vingativa e Lady Incentivo, a partir das 20h.

 

 

Serviço:Sessão Corredor + Extras | Coisas de viado! coisas de bichinha!

Dia 19 de agosto, sexta-feira, às 20h30, palestra com o curador após a sessão

 

Sessão Corredor + Extras | TransAmaZônica

Dia 20 de agosto, sábado, às 17H.

+ Festa com performances com LeonaVingativa com participação de Lady Incentivo, às 20H.

 

 

Sessão Corredor + Extras.

 

Criado pelo Ateliê397, o projeto abre espaço para curadorias de vídeo arte, onde a cada sessão apresenta ações que podem desdobrar-se em falas, performances e mostra em diálogo com o contexto da mostra.

James Benning&Easy Rider

30/maio

O Ateliê397, Rua Wisard, 397 – Vila Madalena, São Paulo, SP, com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, via ProAC, realizou uma sessão do Cineclube397, com a mostra de James Benning. Na mesma ocasião, aconteceu o lançamento do livro “METADADOS (METADATA), publicado pelo Ateliê Aberto que conta a história de mais de 18 anos do espaço que funcionou até o ano passado, em Campinas. O Cineclube397, projeto voltado à ampliação da experiência do cinema, segue sua programação anual exibindo o filme Easy Rider (2012), o terceiro do ciclo de exibições dedicadas ao cineasta norte-americano James Benning. O programa foi elaborado pela crítica e curadora audiovisual Sofía Machain.

 

Na mesma ocasião, foi realizado o lançamento, com distribuição gratuita, do livro “METADADOS”, organizado e editado por Henrique Lukas, Maíra Endo, Samantha Moreira e a crítica Ruli Moretti. O livro conta com 60 participações, dentre artistas e pesquisadores que relatam, por meio de interferências e textos inéditos, a história do espaço independente Ateliê Aberto, de Campinas, SP, grande referência de atuação independente na arte contemporânea brasileira.

 

Criado em 1997, em Campinas, o Espaço Ateliê Aberto iniciou suas atividades focado nas artes visuais e no design gráfico, mas expandiu seu escopo de interesses para fomentar e difundir a cultura contemporânea em geral, por meio de plataformas multidisciplinares. O Espaço Ateliê Aberto se consolidou pela continuidade e consistência de suas atividades e com seu compromisso com projetos inovadores e experimentais, tornando-se referência na cena cultural de Campinas. Realizou mais de 90 eventos em seu espaço, como exposições, workshops, intervenções, conversas abertas, cursos e performances visuais e musicais. Também participou de mais de 50 projetos externos, envolvendo mais de 350 artistas em todos os seus projetos.

 

 

Sobre o artista

 

James Benning é um cineasta norte-americano, nascido em Wisconsin, 1942. Ao longo da sua carreira fez mais de vinte e cinco longas-metragens, tendo utilizado diversos métodos, temas e estruturas, em uma constante investigação dos modos narrativos do cinema e suas relações com as histórias pessoais, a memória coletiva, a indústria e, sobretudo, a paisagem. Por produzir à margem do mercado e pelo fato de sua obra, até muito recentemente, não ter sido disponibilizada em DVD, sua produção não logrou atingir a visibilidade que certamente mereceria hoje em dia.

 

Sinopse

Easy Rider (2012)

 

Benning trabalha sobre o filme Easy Rider – de 1969, dirigido por Dennis Hopper -, visitando os espaços onde o filme, marco da contracultura americana, foi filmado. No filme, o diretor apresenta esta paisagem nos dias de hoje, acompanhada de uma trilha sonora incorporada a diálogos da película anterior com canções selecionadas por ele, mesclando um mundo documental e fictício.

Cinema

14/ago

Nesta quinta-feira, dia 13 de agosto, às 19h, o IED Rio realiza, às 19h, uma sessão gratuita de cinema na praia da Urca. Será exibido o filme “A Travessia”, documentário sobre a façanha de quatro remadores com deficiência física, dois homens e duas mulheres, que atravessaram a baía de Guanabara em canoas tailandesas, e um curta que mostra a transformação do Cassino da Urca, de sede abandonada da TV Tupi para o Istituto Europeo di Design. Imagens chocantes de como era o prédio antes da restauração, cenas antigas do funcionamento do Cassino e depoimentos de visitantes.

Casa Daros e o Cine Daros

06/ago

A Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, realizará a terceira edição do “Cine Daros no Pátio”

entre os dias 12 a 16 de agosto de 2015, às 19h, com a exibição gratuita (em seu pátio

interno), de cinco animações feitas nas últimas duas décadas em quatro continentes

diferentes. Entre os títulos escolhidos estão clássicos como: “As Bicicletas de Belleville”, do

diretor Sylvain Chomet, e “Persépolis”, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, e a recente

animação brasileira “Uma História de Amor e Fúria”, de Luiz Bolognesi, premiada em festivais

internacionais.

 

 

Cada um desses filmes apresenta técnicas e identidades visuais diferentes, desde animação

tradicional com traços simples e cores básicas de “Meu amigo Totoro” (1988) – do diretor

japonês renomado Hayao Miyasaki, do Studio Ghibli, referência no campo da animação

cinematográfico – à mistura de desenho artesanal e artifícios tridimensionais (“As Bicicletas de

Belleville”, de 2003), e ainda traços gráficos e expressionistas em preto e branco (“Persépolis”,

de 2007).  “Fantástico Senhor Raposo” (2009), de Wes Anderson encerrará a programação do

Cine Daros.

 

“Em comum esta seleção de animações têm a fantasia, que talvez tenha sido desde o início a

estratégia de fundo principal do gênero para conquistar tanto o público infantil quanto o

adulto”, diz a curadora Karen Harley. “Por meio da animação algumas verdadeiras estrelas

surgiram como o coelho Perna Longa, o rato Mickey Mouse, o ursinho Winnie the Pooh”,

completa Harley.

 

 

CINE DAROS – PROGRAMAÇÃO

 

Quarta-feira, dia 12 de agosto – “Meu amigo Totoro” (1988), Japão, 86min, livre. Direção de

Hayao Miyazaki

Sinopse: Produzido pelo Studio Ghibli (fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e

Yoshio Suzuki, uma das principais empresas de animação do Japão), o filme conta a história de

duas irmãs e seus encontros com os espíritos das florestas no Japão do pós-guerra. Há aqui

uma forte conexão do fantástico com o sagrado. Este filme lançou a carreira internacional de

Miyazaki e a Walt Disney relançou o longa em 2006. “Totoro” é tão amado e conhecido pelas

crianças japonesas quanto Mickey Mouse ou Winnie the Pooh no Ocidente.

 

Quinta-feira, dia 13 de agosto – “As Bicicletas de Belleville” (2003), França,  78min, 10 anos.

 
Direção de Sylvain Chomet

 

Sinopse: Indicado ao Oscar de melhor longa-metragem de animação e melhor trilha sonora

original, narra – por meio de música a pantomima – a história de Champion, um menino que só

se sente feliz quando está pedalando sua bicicleta. O filme mistura uma estética da

modernidade que tomava conta nos anos 1920, que teve seu epicentro na França com o

esporte nacional de lá, o Tour de France –  a grande competição ciclista mundial. Muita música

(Ragtime), pantomima, referência ao cinema mudo, comentários Pop como alusão a filmes do

gênero Gangsters e principalmente um humor a la Jacques Tati estruturam esta divertida

mistura de nostalgia e metalinguagem com uma eloquente visão crítica do mundo.

 

Sexta-feira, dia 14 de agosto – “Persépolis” (2007), França e Estados Unidos, 96min, 12 anos.Direção de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud

 
Sinopse:  Adaptacão da autobiografia em quadrinhos de Marjane Satrapi, uma iraniana nascida

em 1969, “Persépolis” conta a história de uma menina que vive a revolução islâmica no Iran

em 1979 e toda a opressão decorrente. Conforme ela se torna uma pessoa adulta, Marjane se

encontra dividida entre o ocidente e o oriente e tenta encontrar o seu lugar no mundo. O filme

é uma poesia visual, narrativa e sonora. Ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, o

César Awards e foi indicado ao Oscar de melhor longa-metragem de animação.

 

Sábado, dia 15 de agosto– “O Fantástico Senhor Raposo” (2009), Estados Unidos, 87min, 10

anos. Direção de Wes Anderson. Vozes de George Clooney, Meryl Streep, Jason Schwartzman,

Mario Batali, Bill Murray,  Wes Anderson, Brian Cox, Hugo Guinness e Michael Gambon.

 

Sinopse: O Sr. Raposo (George Clooney), a Sra. Raposa (Meryl Streep) e seu filho Ash (Jason

Schwartzman) vão morar em uma árvore, localizada em uma colina. Lá eles têm como vizinhos

o Coelho (Mario Batali), o Texugo (Bill Murray) e a Doninha (Wes Anderson), entre outros

animais, todos com suas respectivas famílias. O Sr. Raposo prometeu à esposa que deixaria a

vida de roubos de galinhas, já que ela estava grávida. Desde então ele iniciou uma respeitável

carreira de colunista de jornal. Porém, a proximidade do novo lar com as fazendas de Boggis

(Brian Cox), Bunce (Hugo Guinness) e Bean (Michael Gambon) faz com que volte à velha vida,

às escondidas. Só que logo o trio de fazendeiros se une para capturá-lo.

 

Domingo, dia 16 de agosto– “Uma História de Amor e Fúria” (2013), Brasil, 98min, 12 anos.

Direção de Luiz Bolognesi

 

Sinopse: O filme retrata o amor entre um guerreiro imortal e Janaína, a mulher por quem é

apaixonado por 600 anos, em quatro fases da história do Brasil: a colonização, a escravidão, o

regime militar e o ano de 2096, quando haverá uma guerra por água. O longa tem traço e

linguagem de HQ e ganhou o prêmio de melhor filme de animação no Festival Internacional de

Animação de Annecy, na França.