Intervenções, mostra nos Correios

27/jan

 

“Intervenções”, exposição do artista Roberto Gallo, apresenta uma instalação artesanal que reproduz o fundo do mar e um ateliê com técnicas construtivas, além de aquarelas, pinturas e desenhos, sob curadoria de Edson Cardoso. A mostra ocupa três salas e no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, com dois artistas convidados: Eurico Poggi e Francisco Schönmann Gallo. Fazendo uma alusão à paisagem como início e fim, meta do seu propósito artístico, Roberto Gallo apresenta um olhar sobre as paisagens urbanas e marinhas.

 “A exposição “Intervenções” nos introduz em um mergulho profundo na arte, uma imersão espetacular que leva a experimentar o interior da vida marítima através de um cenário cuidadosamente concebido pelo artista plástico Roberto Gallo. Além dessa experiência mágica e única, podemos apreciar suas pinturas numa abordagem de termos urbanos (composição de prédios criados a partir do imaginário que beiram a abstração), obras de um lirismo apaixonante. Há também as telas marinhas de tons suaves e delicados”, avalia o curador, Edson Cardoso.

 

A palavra do artista

 

“Vivo em observação constante, contemplando o espaço ao meu redor. O que move meu impulso criativo é um sentimento puramente emotivo e intuitivo, surge da necessidade de expressar meu amor pela vida e pela natureza, seja ela Humana ou Divina. Na minha série de pinturas em aquarela e acrílico, a atenção está voltada para a relação entre os elementos ar, terra, fogo e água, o movimento das marés, a incidência da luz, a profundidade da atmosfera, a linha do horizonte”.

 

Atrações inéditas 

 

Na primeira sala foi montada uma cenografia imersiva, onde o visitante é convidado a “submergir” em uma experiência inclusiva através de uma instalação que reproduz o fundo do mar, num espaço sensorial. Uma escultura de isopor, resina, argamassa e pintura especial simula uma caverna subaquática, com colunas e janelas que exibem cenas do fundo do mar, seguindo uma sequência lógica com sonorização, em vídeos repetidos em looping a cada 5 min. A ideia principal é levar o espectador a uma experiência de mergulho em uma paisagem submersa. O recurso que usaremos será a construção de uma espécie de câmara feita com materiais cenográficos, utilizando técnicas e conceitos desenvolvidos em nossa área de atuação profissional que é a construção de aquários de grande dimensão. Pretendo despertar o interesse do visitante e fazer com que se sinta parte do espaço através de uma experiência sensorial, não apenas de imagens e texturas mas também de sons”, revela Gallo.

A segunda sala reproduz um ateliê, como uma espécie de espaço íntimo do artista, com desenhos, imagens de cenografias, rochas artificiais, ensaios de esculturas subaquáticas e objetos em construção, revelando algumas técnicas construtivas. Já a terceira, ocupada com os trabalhos dos três artistas, tem também vídeos exibidos em monitores.

 

A palavra do curador sobre dois artistas convidados 

 

Francisco Schönmann Gallo conduz a uma remota demonstração de inquietude percebida nos traços de seus trabalhos. Obras mediúnicas, com seres enigmáticos que aguçam a imaginação de forma pragmática. Mostrando um jeito único de se expressar, suas obras perpassam o ocultismo, com uma inclinação para definir o que não pode ser definido.

Já nos trabalhos de Eurico Poggi é possível detectar uma verdadeira aglutinação criativa de formas e movimentos. Uma arte extremamente pictórica, cuja grandeza e força são facilmente identificadas pelo olhar. Afora qualquer polêmica teórica, a mostra define com grande desenvoltura o resultado desse diálogo enriquecedor, produzindo um resultado que surpreende pelo encontro dos artistas convidados com as obras de Roberto Gallo e seus cenários imersivos.

 

Sobre o artista

 

 

Natural de Campinas, SP, Roberto Gallo expressa sua arte por meio da pintura, paisagismo, escultura e cenografia. Trabalhou com paisagismo e arquitetura e, desde 1981, vem participando de mostras individuais e coletivas no Brasil e América Latina. Manteve ateliê de arte no Rio de Janeiro por 10 anos, onde trabalhou como professor de desenho e pintura. Neste período, formulou e executou experiências com cenografia, painéis em grande dimensão, pinturas, esculturas, e cenários para teatro, exposições, mostras científicas, museus e zoológicos. Especializou-se na criação de habitats para aquários de visitação pública a partir de 1995, unindo técnicas de modelagem sobre argamassa, fibras de vidro e resina. Desde então, vem realizando aquários no Brasil e no mundo, entre eles o Aquário de Ubatuba, Oceanic Atrativos Turísticos, Aquário do Balneário Camboriú e Aquário Marinho do Rio de janeiro. Atualmente executa o Aquário do Pantanal em Campo Grande, MS.

 

 

De 28 de janeiro a 21 de março.

 

“Relicto”, por Fernando Limberger.

15/jan

 

 

 
O Museu da Cidade, Sé, São Paulo, SP, convida até 14 de junho para a exibição de “RELICTO”, uma exposição orquestrada pelo talentoso artista visual Fernando Limberger dividida em dois espaços, a saber: Casa da Imagem e Beco do Pinto. 


Para a visitação é solicitado o uso de máscara, higiene das mãos e distanciamento social.

Salão Online de Artes Visuais do Ibeu

11/jan

 

Pela primeira vez desde que foi concebido, há quase 50 anos, o Salão de Artes Visuais Galeria Ibeu será realizado em formato digital. Após seleção aberta em novembro de 2020, a 1ª edição do “Salão Online de Artes Visuais Galeria Ibeu” reabre o calendário de exposições em janeiro. Tendo como objetivo divulgar a produção de artistas brasileiros realizada em 2020, em meio às medidas de prevenção ao contágio pelo Coronavírus, o Salão acontece até o dia 5 de fevereiro através das plataformas Instagram (@galeriaibeu) e Blog da Galeria Ibeu (ibeugaleria.blogspot.com).

Naturais do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Goiás e Espírito Santo, foram ao todo 32 artistas selecionados: Alexandra Ungern, Aline Moreno, Ana Klaus, Antônio Freire, Bruno Alves, Bruno Lyra, Camille Fernandes, Claudia Lyrio, Edson Macalini, Fabi Cunha, Fava da Silva, Fernando Brum, Fernando Correia, Júnior Franco, Larissa Camnev, Laura Villarosa, Leo Stuckert, Liliana Sanches, Lucas Ribeiro, Luísa Prestes, Maria Eugênia Baptista, Mariane Germano, Mateus Morbeck, Myriam Glatt, Nina Maia, Patricia Pontes, Paulo Juno, Raul Leal, Rodrigo Westin, Sandra Gonçalves, Thomaz Meanda, Vicente Brasileiro. Entre as mídias utilizadas encontram-se pinturas, esculturas, instalações, desenhos, colagens, vídeos e fotografias.

Mulheres: Argentina & Brasil

 

Cerca de 80 obras de 15 artistas mulheres da Argentina e do Brasil, reunidas pela curadora Maria Arlete Mendes Gonçalves, ocuparão todo o prédio do Centro Cultural Oi Futuro no Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, na exposição Una(S)+, de 13 de janeiro a 28 de março. A mostra ocupará do térreo à cobertura, passando pelas galerias, escadas, elevador e pátio externo, e inaugura a programação do Oi Futuro em 2021, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. Produzidas em dois momentos – antes e durante a pandemia – as obras afirmam a potência feminina na arte.

Prevista inicialmente para maio de 2020, e adiada duas vezes por conta do coronavírus, a exposição “ganhou um caráter mais amplo, ao incorporar o estado quarentena da arte”. A curadora decidiu incorporar à mostra também as obras criadas pelas artistas durante o confinamento em suas casas, já que elas produziram continuadamente, mesmo sem a estrutura de seus ateliês. “Elas ampliaram seus campos de trabalho e ousaram lançar mão de novas linguagens, materiais, tecnologias e redes para romper o isolamento e avançar por territórios tão pessoais quanto universais: a casa, o corpo e o profundo feminino”, explica Maria Arlete Gonçalves. “São obras de artistas de gerações distintas e diferentes vozes, a romperem as fronteiras geográficas, físicas, temporais e afetivas para somar potências em uma grande e inédita ocupação feminina latino-americana”, assinala a curadora.

A exposição nasceu da instalação “Fiz das Tripas, Corazón”, da artista portenha/carioca Ileana Hochmann, que ao expor em Buenos Aires em 2019 convidou artistas da Argentina e do Brasil, com a ajuda de Maria Arlete Gonçalves, para dialogarem com seu trabalho. Agora, esta exposição chega ao Rio de Janeiro ampliada, com mais artistas e desdobrada com trabalhos surgidos na pandemia.

As artistas que integram a exposição são, da Argentina: Fabiana Larrea (Puerto Tirol, Chaco), Ileana Hochmann (Buenos Aires), Marisol San Jorge (Córdoba), Milagro Torreblanca (Santiago do Chile, radicada em Buenos Aires), Patricia Ackerman (Buenos Aires), Silvia Hilário (Buenos Aires); do Brasil: Ana Carolina Albernaz (Rio de Janeiro), Bete Bullara (São Paulo, radicada no Rio), Bia Junqueira (Rio de Janeiro), Carmen Luz (Rio de Janeiro), Denise Cathilina (Rio de Janeiro), Evany Cardoso (vive no Rio de Janeiro), Nina Alexandrisky (Rio de Janeiro), Regina de Paula (Curitiba; radicada no Rio de Janeiro) e Tina Velho (Rio de Janeiro).

Galeria BASE com obras acromáticas

03/dez

 

A Galeria BASE, Jardim Paulista, São Paulo, SP, cumprindo todos os protocolos determinados pelas autoridades, encerra sua agenda de exposições de 2020 com a mostra coletiva “O que é raiz e não vértice”, expondo – até 23 de janeiro de 2021 –  aproximadamente 40 obras, entre pinturas e esculturas de Anna Maria Maiolino, Bruno Rios, Frans Krajcberg, José Rufino, Lucas Lander, Luiz Martins, Manoel Veiga, Marco Ribeiro, Mira Schendel e Véio. A curadoria é assinada por Paulo Azeco e a coordenação artística fica a cargo de Daniel Maranhão.

A exposição apresenta uma ampla representatividade de artistas de várias gerações e regiões do país com um ponto comum, alguns representados pela galeria, peças de acervo e outros convidados a participar de mostra que conclui o trabalho de um ano cheio de desafios. “A proposta da galeria é de trazer uma mostra onde a linguagem acromática cria um diálogo entre artistas de diferentes formações e épocas”, define Daniel Maranhão.

 

Optando pela ousadia de romper paradigmas, a Galeria BASE escolhe comemorar com ausência de cores e mostrar as possibilidades de representações artísticas em preto e branco, pois comunga com o conceito mencionado pelo artista Pierre Soulages de que quanto mais limitados os meios de expressão de que o artista dispõe, melhores são os resultados que ele pode alcançar.

 

O curador Paulo Azeco seleciona as obras onde sua importância e valor estético transcendem da utilização de cor: “desde as hoje aclamadas monotipias de Mira Schendel, o lirismo do trabalho de Anna Maria Maiolino até o poder expressivo das esculturas de Véio, a força se mostra por outros meios”, define.

 

Contrapontos e complementos contam histórias visuais em “O que é raiz e não vértice”. Frans Krajcberg, fez com que sua habilidade criativa e preocupação com sustentabilidade do planeta, em um momento em que o assunto não era destaque, gerasse obras de formas robustas e sofisticadas que independem de assinatura. São um manifesto por si. O trabalho de José Rufino utiliza elementos carregados de memória, oriundos sobretudo de seu legado familiar, como documentos, cartas entre outros itens de memorabilia.

 

Lucas Lander investiga o uso do carvão em construções ora figurativas, ora abstratas que extrapolam vigor; Marco Ribeiro apresenta obras inspiradas na arquitetura brutalista em nanquim enquanto Bruno Rios tem em sua pesquisa o uso constante do preto e não a considera uma cor que remete à tristeza, como muitos. Sua escolha é pela sofisticação do monocromatismo. Luiz Martins exibe trabalhos onde as formas remetem a seus antepassados indígenas, baseadas em representações rupestres plenas de pigmentos pretos, com uma profundidade que remete a cicatrizes ancestrais. Já as obras de Manoel Veiga exibem resultados abstratos, onde a partir da manipulação da imagem, enfatiza o confronto entre o claro e o escuro.

 

O que é raiz e não vértice” trata de como brasileiros contemporâneos fogem de duas características marcantes da arte Brasileira: o uso de cor e da geometria. Essa é uma pesquisa sobre os que vão contra essa corrente, investigando o avesso, sendo brasileiro sem cair nas obviedades do imaginário nacional.

 

Na trajetória da galeria, o monocromático sempre foi destaque em suas exposições. É uma de suas características que agora ampliamos e explicitamos. O mote principal da curadoria é um reflexo dos tempos sombrios que vivemos; o país entristeceu e esse fato justifica falar dessa arte que não é apenas sobre celebração e mais a respeito de reflexão”.

Paulo Azeco

 

 

 

 

ARTISTAS DO BEM

 

 

Concebido logo no início do isolamento social, quando os seus idealizadores, Carlos Bertão e Alê Teixeira, contraíram o Coronavírus, o projeto DE CASA COM ARTE foi segmentado em duas fases, tendo como objetivo inicial a realização de quinze leilões beneficentes de obras doadas por 39 artistas visuais. Na primeira, contou com a participação de 21 profissionais, com vendas realizadas pela plataforma Arte na Fonte, através de sete leilões digitais, com três obras cada.  Com o valor arrecadado nessa fase, doado à Central Única das Favelas – CUFA, através do projeto Mães da Favela, foram adquiridas cestas básicas, beneficiando 350 famílias residentes em diversas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Já na segunda etapa, mais 24 obras foram doadas e leiloadas pela mesma plataforma, tendo o valor arrecadado sido dividido em partes iguais entre a CUFA e o Retiro dos Artistas.

 

 

Em reconhecimento à generosidade dos artistas doadores, Carlos e Alê decidiram produzir uma exposição no Centro Cultural Correios, com a participação de 29 dos 39 doadores, com cerca de 85 obras em diferentes mídias (instalações, colagens, pinturas, desenhos). A curadoria ficou a cargo de Carlos Bertão, enquanto Alê Teixeira assinou o design e iluminação expositivos.

 

 

“A exposição aberta no Rio é apresentada como um reconhecimento e agradecimento à paixão e à compaixão de todos os 39 artistas que doaram suas obras para os dois leilões e que se destacaram por sua generosidade e empatia”, explica Alê Teixeira.

 

 

 “Encerramos a primeira etapa já pensando em uma segunda, em 2021, caso o Coronavírus siga afetando a vida dos mais necessitados”, diz Carlos Bertão, que revela ter conseguido um total de R$ 90 mil em arrecadação.

 

 

Artistas participantes:

 

 

Bel Magalhães, Bere Bastos, Beto Fame, Bruno Big, Cacá Barcellos, Claudia Teruz, Eduardo Scatena, Elimar Matos, Esther Ohana, Fabiano Fernandes, Gustavo Matos, Iza Valente, Jeremias Ferraz, Liliane Braga, Lucio Volpini, Marcella Madeira, Marcello Rocha, Maria Eugênia Baptista, Mulambo, Myriam Glatt, Patricia Secco, Pietrina Checcacci, Pina Bastos, Roberta Cani, Roberto Romero, Rodrigo Villas, Rogerio Silva, Selma Jacob, Solange Escosteguy.

 

Até 10 de janeiro de 2021

 

Hoje [Today] | Art Basel OVR: Miami Beach | Influx

02/dez

 

55 11 3853 5800 – Rua Oscar Freire, 379 – São Paulo – bergamingomide.com.br

 

https://www.artbasel.com/catalog/gallery/1068/Bergamin-Gomide?utm_source=Mailee&utm_medium=email&utm_campaign=Online+Viewing+&utm_term=&utm_content=Hoje+%5BToday%5D+%7C+Art+Basel+OVR%3A+Miami+Beach+%7C+Influx

ANEXO exibe o que não foi visto

01/dez

 

 

 Anexo LONA, Centro, São Paulo, SP, com coordenação artística de Duílio Ferronato, reabre sua agenda expositiva de 2020 com a coletiva “Quase Fim” – virtual e presencial com agendamento prévio – e trabalhos de sete artistas convidados: Clara de Cápua, Daniel Mello, Gabriel Pessoto, Gabriel Torggler, Higo Joseph, Irene Guerriero e Maria Luiza Mazzetto.

 

“Este foi um ano que parecia não ter fim: projetos cancelados, meses intermináveis, notícias desencontradas e de quebra duas eleições conturbadas: uma local e outra internacional. Agora, com “Quase Fim”, o Anexo LONA se propõe a dar fim a 2020 com uma mostra dos trabalhos que perderam oportunidade de serem vistos. Os artistas convidados têm em comum além da persistência do trabalho no ateliê, projetos adiados e cancelados”, explica Duilio Ferronato. Desenhos, pinturas, vídeos e esculturas em exposição, exibem um recorte desse período criativo em confinamento.

 

Clara de Cápua reflete sobre as lembranças que vão se esvaindo e acabam por deixar um buraco na memória enquanto Daniel Mello desenvolve uma pesquisa através do gestual, onde o movimento das mãos e braços faz com que o suporte revele cores e formas intensas. Irene Guerriero mantém seu olhar nas transformações da natureza, mas desta vez também com uma atenção a mais nos espaços vazios; Higo Joseph, que também trabalha com grandes regiões abertas, mantém espaços no papel a serem preenchidos. Gabriel Pessoto desenha, dobra e costura papéis numa tentativa de revelar discussões do lugar do gênero humano e Gabriel Torggler esculpe pequenas peças e as coloca numa paisagem azul, como um grande mar. Maria Luiza Mazzetto, inspirada em organismos vivos, vai preenchendo o papel de forma a princípio intuitiva mas com elaboração bioquímica criando um efeito visual que transforma o visitante em um ser hipnotizado.

 

A proposta de “Quase Fim” é a de arrematar 2020 com cores, formas e bom humor!

 

“Atualizamos nossas questões de virada. Vamos deixar 2020 para ser contado como um ano dolorido e difícil, mas que ao mesmo tempo nos proporcionou tempo para reorganizar questões que o cotidiano vai postergando”, conclui Duilio Ferronato.

 

Um pouco da história do isolamento de cada um:

 

Clara de Cápua — Esta obra integra um projeto desenvolvido após o falecimento de seu pai, em agosto de 2019. Em uma série de trabalhos, busca-se refletir sobre os limites entre presença e ausência. Sobre uma seleção de arquivo fotográfico pessoal – fotos tiradas pela mãe da artista entre os anos 1970 e 1980, em GO e MT – pequenas interferências são realizadas. A figura do pai é recortada em cada uma das cenas.

Daniel Mello — Série de paisagens abstratas onde explora a ilusão de profundidade em uma superfície bidimensional. A pintura acontece em camadas de tinta sobrepostas e sua narrativa é construída através de processo de criação e transgressão dos planos geométricos. Combinação de diferentes formas, elementos gráficos e materiais.

 

Higo Joseph — As esculturas buscam inspiração em monumentos megalíticos, como menires e dolmens, erguidos por diferentes culturas e períodos, desde o paleolítico até o século 19. Já meus trabalhos de aquarela e pintura buscam reflexões relacionadas aos limites, embates e aproximações, explorando a distribuição das formas no espaço.

 

Irene Guerriero — Cor e natureza são os principais assuntos de sua poética em pinturas a óleo ou acrílica sobre tela e colagens sobre papel. Viver num país tropical com vistas coloridas e luz intensa tem um impacto significativo no trabalho, além do movimento psicodélico dos anos 1960. Começando por um ponto equidistante de onde seja possível ajustar um foco na natureza externa e interna, concomitantemente, faz recortes que formam paisagens oníricas.

Gabriel Pessoto — Apresenta parte da série “ambiente moderno”, desenvolvida ao longo de 2020, que se desdobra em mídias variadas. A pesquisa discute a imagem enquanto elemento que opera na construção de desejos e idealizações românticos e eróticos e reflete sobre o trânsito que sofrem entre o analógico e o digital. Também discute papéis de gênero e de pontos de encontro entre conceitos talvez conflitantes como arte x artesanato, público x privado e útil x enfeite.

 

Gabriel Torggler — Propõe uma tentativa de evidenciar alguns personagens contidos nos desenhos que passam muitas vezes despercebidos, devido ao acúmulo de informações no papel, e os pequenos objetos que são muitas vezes banalizados pela saturação de oferta. Utilizo o latão e o inox com o intuito de emular metais valiosos como a prata e ouro criando assim um jogo de valores.

 

Maria Luiza Mazzetto — Constrói mundos orgânicos. Desenhando sobre papel, cria grandes paisagens ou fragmentos de paisagem que poderiam dizer sobre o fundo de mares ou o interior de um organismo vivo, incluindo a proliferação de sociedades fantásticas. Partindo dos desenhos, agora experimenta a colagem, a animação e o biscuit. Para a artista, os organismos vivos, tanto animais, quanto vegetais ou microorganismos são visualmente semelhantes em suas estruturas internas e externas, evidenciando uma proximidade do ser humano com seu entorno natural.

 

Até o dia 30 de janeiro de 2021

Uma trajetória

18/nov

 

Fundada em São Paulo, em 2006, a Galeria Kogan Amaro possui atualmente duas unidades. A matriz ocupa um espaço de 230 metros quadrados e pé direito duplo no coração do bairro dos Jardins, em São Paulo, SP. Em maio de 2019, a galeria abriu sua filial em Zurique, em um espaço de 350 metros quadrados inaugurado com uma exposição de Nuno Ramos. A Kogan Amaro/Zurich situa-se no Löwenbräu Cultural Center, um complexo de museus e galerias na maior e mais dinâmica cidade da Suíça.

A vibrante programação contemporânea da galeria conta com o trabalho de artistas emergentes e em ascensão como Samuel de Saboia, Élle de Bernardini, Mirela Cabral, Bruno Miguel, Daniel Mullen, Mundano, Patricia Carparelli e Tangerina Bruno, e também de artistas brasileiras consolidadas como Nazareth Pacheco e Marcia Pastore, entre outros.

 

A Kogan Amaro organiza eventos duplos com um mesmo conceito, como a exposição da artista contemporânea Fernanda Figueiredo “A visita de Max Bill”, que aconteceu na galeria de Zurique simultaneamente à exposição histórica “Arte concreta dos anos 1950”. Esta mostra coletiva exibiu obras dos fundadores do movimento concretista no Brasil que haviam sido inspirados pela visita de Bill à primeira edição da Bienal de São Paulo, em 1951, como os finados artistas Willys de Castro, Lothar Charoux, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto e Judith Lauand. A filial suíça também organizou exposições individuais históricas com as obras de Frans Krajcberg, Servulo Esmeraldo e Flávio de Carvalho.

 

O portfólio da Kogan Amaro, de artistas consagrados com sólidas carreiras institucionais e de artistas contemporâneos emergentes, reflete o espírito ousado dos jovens sócios que a comandam, o casal Ksenia Kogan Amaro e Marcos Amaro, ambos de 35 anos de idade, que mesmo antes da galeria sempre estiveram envolvidos com as artes. A sócia-diretora e co-fundadora da galeria, Ksenia Kogan Amaro, nascida em Moscou, é também uma aclamada pianista clássica, colecionadora e artista performática. Ksenia concebeu um projeto de performance que apresentou ao redor do mundo junto com o ator John Malkovich, colaborou com Plácido Domingo, criou projetos para a UNESCO, e tocou em concertos para chefes de estado e para as famílias reais da Espanha e da Bélgica. O fundador da galeria, Marcos Amaro, é também artista plástico, colecionador, formado em Filosofia e Finanças, empreendedor e patrono das artes, assim como presidente do Museu FAMA e FAMA Campo.

 

A Galeria Kogan Amaro também atua como representante da Fábrica de Arte Marcos Amaro. A instituição promove arte-educação gratuita para a comunidade local, incluindo escolas públicas e privadas; realiza seminários; organiza exposições; concede bolsas e residências para artistas; confere um prêmio anual a artistas escolhidos por um júri de críticos de arte e especialistas; assim como patrocina intercâmbios com instituições culturais brasileiras e estrangeiras, visando a preservação, promoção e exposição da arte brasileira e internacional. O Museu FAMA foi criado em 2012 em uma propriedade de 25.000 metros quadrados que originalmente abrigava uma antiga fábrica têxtil do início do século XX, na cidade de Itu, região com uma população de 2 milhões de pessoas, a 50 minutos da capital do estado de São Paulo. Constituída desde 2008 com foco na arte brasileira, sua coleção permanente excede 2000 obras, desde as do século XVIII (Aleijadinho), passando pelo Modernismo brasileiro do século XX (Tarsila do Amaral, Pancetti, Di Cavalcanti, Portinari, Flávio de Carvalho, Brecheret, Lasar Segall, Antonio Gomide, Anita Malfatti, Maria Martins, etc.) ao FAMA Campo, dedicado exclusivamente à land art. A potência da coleção permanente está contida em seus trabalhos conceituais e contemporâneos criados por artistas icônicos como Tunga, Leda Catunda, Jac Leirner, Adriana Varejão, Cildo Meireles, Maria Nepomuceno, Carmela Gross, Laura Lima e Nelson Leirner, muitos dos quais foram exibidos em edições passadas da Bienal de São Paulo, da Bienal de Veneza e da Documenta de Kassel. A coleção consiste principalmente em obras tridimensionais em grandes formatos, mas há também um grande número de pinturas, gravuras, desenhos, fotos, instalações, etc. Desde junho de 2018, a enorme área externa da FAMA foi remodelada em um jardim de esculturas com obras em grandes formatos de artistas renomados, como Nuno Ramos, Caciporé Torres, Emanoel Araújo, Gilberto Salvador, Frans Krajcberg, José Resende, José Spaniol, Marcos Amaro, Mario Cravo, Mestre Didi, Sergio Romagnolo e Henrique Oliveira. O Museu FAMA é o maior patrimônio privado de arte do estado de São Paulo, e um dos museus mais inovadores do Brasil, visando promover e disseminar o rico e diverso legado artístico do país.

 

 

Trajetória da Galeria Kogan Amaro

 

Quando adquiri a marca Emmathomas em 2017, não tinha nenhuma experiência como galerista, e nenhum faturamento. Após três anos de muita dedicação, construímos uma equipe sólida e consistente, representamos um elenco de artistas altamente qualificados e jovens promissores, participamos das principais feiras internacionais do mundo da arte, entre elas ArtBasel Miami e SP-Arte, e em 2020 aderimos fortemente às plataformas online e viewing rooms.

 

Neste meio tempo, mudamos a marca para Kogan Amaro – transmitindo mais confiança para nossos stakeholders -, consolidamos nosso espaço em São Paulo, e abrimos uma unidade num dos principais endereços de Zurich – onde levamos o que há de melhor na Arte brasileira.

 

Sabemos que ainda há muito pela frente. Queremos internacionalizar ainda mais a galeria, prosseguir buscando novos talentos, consagrar artistas vivos, e consolidar definitivamente nosso espaço na Suíça.

 

Agradeço à todos que nos ajudaram até aqui. Seguimos à luta!

 

Três exposições de Milhazes em dezembro

13/nov

Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro, 1960) é uma artista brasileira reconhecida por sua singular produção de um complexo repertório de imagens, formas e cores associadas ao barroco, ao modernismo e a motivos populares brasileiros, como o Carnaval, e também à fauna e à flora tropicais. Sua exposição no MASP – realizada no contexto de um ano inteiro dedicado às “Histórias da dança” – vai apresentar uma ampla seleção de pinturas e colagens produzidas a partir da década de 1990, além de trabalhos inéditos realizados em parceria com a coreógrafa Marcia Milhazes. Realizada em parceria com o Itaú Cultural e com o Instituto Bardi, a mostra contará com três locais de exibição – no MASP, na Casa de Vidro e no Itaú Cultural, onde será curada por Ivo Mesquita. Como as demais, essa exposição será acompanhada por um amplo catálogo com reproduções dos trabalhos expostos e ensaios sobre a produção da artista.

Curadoria

 

Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, Amanda Carneiro, curadora-assistente do MASP, Ivo Mesquita, curador independente.

 

MASP
11.12.2020 – 23.3.2021
Itaú Cultural
12.12.2020 – 28.2.2021