Design e arte contemporânea

15/maio

A Way Design, Subsolo – Shopping Rio Design, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, convidou o artista plástico Felipe Barbosa para a oitava edição do Way Cultural. Com curadoria de Sergio Gonçalves, sócio da galeria que leva seu nome, a mostra “Mantenha Distância da Zona de Conforto” entra em cartaz a partir do dia 13 de maio.

 

Felipe vem ao longo dos últimos 15 anos se destacando no cenário artístico por unir certa ironia à sofisticação matemática. Partindo de objetos do cotidiano, reconfigurando sutilmente suas formas, o artista alcança possibilidades e conceitos absolutamente inusitados.

 

No Way Cultural, Felipe apresenta 10 trabalhos e propõe uma discussão sobre a tênue fronteira do que é obra de arte e o que é design. “Quis brincar com a ideia da arte camuflada, seja em objetos ou intervenções, como o dodecaedro formado por cadeiras de escritório, instalação que apresentei na Bienal de Forteleza”, explica.“Não é uma questão de nomenclatura e sim de transformar a natureza do próprio objeto. A definição depende do contexto e de quem está olhando”, completa.

 

O artista tenta se redefinir a cada obra. “Meu objetivo é me manter afastado da zona de conforto”. Uma das alternativas em “Mantenha Distância da Zona de Conforto” é provocar à função latente das coisas, tornando mais elástica a liberdade criativa.

 

 

Sobre o artista

 

Felipe Barbosa nasceu em 1978, no Rio de Janeiro, e graduou-se em Pintura pela UFRJ, e é mestre em Linguagens Visuais pela mesma instituição. Em seus trabalhos, conjuga elementos do cotidiano e faz referências à História da Arte, alterando os significados dos objetos que elege transformar, criando em seu expectador uma sensação simultânea de proximidade e desconforto. O artista expõe regularmente desde 2000, em diversos países ao redor mundo, entre eles México, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Croácia, Lituânia, França, Canadá, Holanda, Inglaterra, Argentina e Japão. Dentre suas mostras recentes, destacam-se Campo de las Naciones, na Galería Blanca Soto, em Madrid, na Espanha; The Record : Contemporary Art and Vinyl, no Miami Art Museum, nos Estados Unidos; Futbol Arte y Passion, no MARCO – Museo de Arte Contemporaneo de Monterey, no México; e Consuming Cultures – A Global View, 21C Hotel-Museum, em Kentucky, também nos Estados Unidos. A partir de dezembro de 2013, passou a ser representado pela Sergio Gonçalves Galeria, no Centro do Rio, onde, em junho, fará sua exposição individual “Quadrado Mágico”.

 

 

O projeto

 

O projeto Way Cultural tem o objetivo de promover o encontro entre a arte e decoração, através de exposições de artistas e designers consagrados, no espaço da loja do Rio Design Leblon. A primeira edição aconteceu em 2007, com a mostra Alumbramentos, da artista plástica Analu Prestes. O evento foi um sucesso e inseriu a Way no calendário de exposições, além de ter movimentado a loja e o restante do shopping com artistas e nomes importantes do design nacional. No ano seguinte, a marca resolveu dar continuidade ao projeto, que não parou mais. Com curadoria de Herbert Henn, o Way Cultural já apresentou mostras da dupla Guilherme Secchin e Carlos França, Ana Durães e Alberto Nicolau. Em 2011 os móveis de design foram elevados ao status de obra de arte. Na edição de 2012, foi a vez do fotógrafo Pedro Duque Estrada Meyer apresentar uma série de imagens inéditas. E, em 2013, Pedro Moog e Leonardo Lattavo fizeram uma homenagem ao pôr do sol carioca, com uma instalação de mais de vinte Poltronas Leblon personalizadas. O Way Cultural busca sempre a participação de artistas e designers talentosos, que têm a oportunidade de expor as suas obras em um local alternativo ao circuito museu, galeria, centro cultural.

 

 

A partir de 13 de maio e até junho.

Bauhaus total no Rio

13/maio

O Instituto Goethe, o Consulado Geral da Alemanha e o Oi Futuro Ipanema promovem no Rio de Janeiro a mostra bauhaus.foto.filme, exposição de fotos e filmes produzidos por professores da Bauhaus, escola superior de design alemã fundada por Walter Gropius, em 1919. A mostra reúne 50 fotos e 20 filmes dos dois acervos mais importantes da Bauhaus: o Arquivo Bauhaus/Museu de Design em Berlim e a Fundação Bauhaus Dessau. Idealizada por Alfons Hug, diretor do Instituto Goethe no Rio de Janeiro, bauhaus.foto.filme tem curadoria de  Christian Hiller, Philipp Oswalt e Thomas Tode (da Fundação Bauhaus Dessau) e de Anja Guttenberger (do Arquivo Bauhaus / Museu de Design em Berlim).

 

Para muitas pessoas, Bauhaus é sinônimo de arquitetura e de design, mas a fotografia e o filme tiveram um papel igualmente importante na famosa escola de design e artes alemã, que teve entre seus professores Mies Van Der Rohe, Marcel Breuer, Paul Klee e Wassily Kandinsky. Depois da Primeira Guerra Mundial, essas novas mídias refletiam perfeitamente o espírito da época. A capacidade de captar em imagem a aceleração da vida sob diferentes pontos de vista aguçou a curiosidade de muitos estudantes e docentes da Bauhaus, que passaram a explorar as possibilidades da fotografia e do filme. Apesar de a fotografia ter sido incluída nos currículos somente em 1929, o uso de câmeras fotográficas e as experimentações em audiovisual já faziam parte do cotidiano da escola antes disso.

 

O Arquivo Bauhaus / Museu de Design, em Berlim, possui o maior acervo de imagens da Escola no mundo, com mais de 40 mil registros fotográficos. Na mostra, a instituição apresenta uma seleção com as 50 obras mais representativas da coleção, que inclui fotografias clássicas de Lucia Moholy, László Moholy-Nagy e T.Lux Feininger, entre outros. Os registros variam de instantâneos a documentos históricos e ilustram o manuseio experimental e profissional da mídia fotográfica na Bauhaus. As fotos produzidas na época compõem uma imagem que até hoje é dominante na vida de uma das escolas de arte mais importantes do século XX.

 

A Fundação Bauhaus Dessau, por sua vez, contribui com uma ampla instalação, com projeções de filmes originais raros em grande formato. Os vídeos possibilitam um contato próximo e sensível com a produção histórica da Bauhaus, evidenciando práticas e conceitos que faziam parte do que Walter Gropius chamava de “ciência do olhar”. O filme, na qualidade de mídia técnica por excelência, foi um elemento fundamental desse programa.

 

bauhaus.foto.filme oferece uma visão abrangente do conjunto de atividades praticadas na Bauhaus e ilustra a influência recíproca entre diversas disciplinas aplicadas na instituição. A instalação exibe, no prólogo, a mesma programação de filmes exibida por Walter Gropius na cerimônia de inauguração do novo prédio da Bauhaus, em Dessau, em 4 de dezembro de 1926. Filmes produzidos por “bauhausianos” e outros contemporâneos compartilham o espaço com entrevistas e adaptações posteriores, em filme, de projetos mais antigos de Werner Graeff, Kurt Schwerdtfeger e Kurt Kranz, de modo a compor um panorama geral do repertório cinematográfico da escola alemã.

 

 

O Arquivo Bauhaus/Museu de Design em Berlim

 

O Arquivo Bauhaus/Museu de Design em Berlim se dedica à pesquisa e à apresentação da história e do impacto da Bauhaus (1919-1933) no desenvolvimento das artes, do design e da arquitetura, o que a transformou numa das mais importantes escolas do século XX. No prédio projetado por seu fundador, Walter Gropius, a instituição guarda a maior coleção do mundo sobre a história da Escola e os diversos aspectos de seu trabalho. Além dos temas relacionados ao seu entorno, o arquivo Bauhaus também se dedica a questões atuais sobre arquitetura e design contemporâneos, posicionando-se como Museu de Design no panorama berlinense de museus.

 

 

A Fundação Bauhaus Dessau

 

A Fundação Bauhaus Dessau, instalada em 1994 dentro do prédio da Bauhaus situado em Dessau-Rosslau, por iniciativa dos governos federal, estadual e municipal, dedica-se à preservação desse rico legado, além de contribuir para compor o atual universo de museus sobre a Bauhaus. Com 26.000 objetos, é a segunda maior coleção da Bauhaus em todo o mundo. Em espaços como as casas dos mestres e o gabinete de trabalho de Walter Gropius, o celeiro de Carl Fieger, as casas com arcadas de Hannes Meyer ou a casa de aço de Georg Muche e Richard Paulick, em Dessau-Rosslau podem ser apreciadas obras marcantes da arquitetura internacional da modernidade.

 

 

De 17 de maio a 20 de julho.

Ícones do Design Na Caixa Cultural Rio

10/mar

A Caixa Cultural Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição de mobiliário “Design brasileiro, moderno e contemporâneo”, que chega ao País após passar por Berlim e Lisboa. Cerca de 80 obras, entre ícones modernos, peças raras e inéditas, de 16 expositores ocuparão duas galerias da instituição para contar a história do design de móveis no Brasil. Durante a exposição, também serão exibidos vídeos com depoimentos de alguns designers. Do Rio de Janeiro, a mostra seguirá para a CAIXA Cultural Brasília, onde será apresentada entre maio e julho.

 

A exposição traz peças dos renomados Sérgio Rodrigues, Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, José Zanine Caldas, Joaquim Tenreiro, Aida Boal, Jorge Zalszupin, Paulo Mendes da Rocha, Gustavo Bittencourt, Carlos Motta, Domingos Tótora, irmãos Campana, Maneco Quinderé, Zanini de Zanine, Rodrigo Almeida e Móveis Cimo, entre outros, para mostrar o que se fez e o que está sendo realizado no Brasil neste segmento.

 

A ideia de criar a mostra surgiu na Alemanha, em 2012, a partir do encontro entre Zanini de Zanine e Raul Schmidt, que queriam mostrar a produção brasileira na Europa. De Berlim, a exposição seguiu para Lisboa como principal evento na abertura do ano do Brasil em Portugal. Em paralelo à realização na CAIXA Cultural Rio, a mostra também será apresentada na Sala Brasil, na sede da Embaixada Brasileira em Londres.

 

“O design brasileiro não tem uma característica única. Pelo tamanho do país, são muitas linguagens, culturas diferentes, materiais diversos”, diz Zanini de Zanine, curador da mostra com o colecionador e estudioso do assunto Raul Schmidt Felippe Junior. “É esse regionalismo, que se tornou globalizado, que está sendo proposto na parte contemporânea da exposição. A partir do momento em que você começa a traduzir o seu bairro, a sua cidade, isso passa a ser mundial, em termos de interesse”, completa.

 

 

 Sobre os expositores

 

AIDA BOAL – A escolha da profissão de arquiteta foi consequência natural de sua incoercível vocação para o desenho, tanto assim que, ainda como estudante, excursionou pelo campo da escultura (modelagem) e pintura, e deu, também, seus primeiros passos no terreno do “design” de móveis, estes no enlevo que povoaria mais tarde sua derivante dedicação. Neste campo, começou a projetar e executar móveis, sempre com a preocupação de aliar a harmonia das formas com o conforto, esmerando-se, cada vez mais, na anatomia de seu traçado a fim de proporcionar o máximo de conforto possível.

 

CARLOS MOTTA – É uma estrela de primeira grandeza do design nacional, várias vezes premiado. A honestidade está presente na qualidade de elaboração do móvel, feito para durar muito, usando principalmente madeiras maciças como amendoim, mogno, cedro e cabriúva. Arquiteto de formação, Carlos Motta preserva as características de ateliê de seu trabalho, pronto para projetar qualquer coisa que o cliente queira em madeira. Mas há vários criou produtos em linha, como mesas, camas, aparadores, escrivaninhas, armários, objetos e principalmente cadeiras, sua paixão declarada – já desenhou cerca de 25 modelos diferentes. Imune à pretensão do vanguardismo, Motta faz móveis belos de ver e confortáveis de usar, e permanece evoluindo dentro de um caminho próprio.

 

DOMINGOS TÓTORA – O mineiro Domingos Tótora, nascido e criado em Maria da Fé, cidade situada na Serra da Mantiqueira, sul de Minas Gerais, cursou Artes Plásticas na FAAP e ECA-USP em São Paulo. De volta à sua aldeia após os estudos, elege o papel reciclado como matéria prima para o seu trabalho, que transita entre a arte e o design. Suas peças de extrema beleza incluem bancos, mesas, vasos, fruteiras, centros de mesa e peças de mobiliário que se reportam às cores da natureza, como cascas de árvore, pedras e terra. Na textura seus objetos trazem os efeitos de luz e sombra do sol com a mesma intensidade que a luz solar percorre os vales. Suas peças piloto são desenvolvidas num processo simultâneo onde concepção e execução andam juntas e se complementam em todos os níveis, da matéria prima aos aspectos econômicos e sociais. O processo é 100% manual e tem a certificação do Instituto de Qualidade Sustentável.

 

GUSTAVO BITTENCOURT – O design sempre foi uma paixão. Desde criança em seus desenhos já demonstrava o gosto pela criação, pelo desenvolvimento de novas ideias e com a Mãe Arquiteta apenas aguçou o sentimento. Formado em Desenho Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2009, Gustavo esta sempre em busca de novos conhecimentos. O que o levou a estudar no Politécnico di Torino, na Itália, durante a Universidade e recentemente a trabalhar em uma galeria de móveis e artes em Los Angeles, a Thomas Hayes Gallery. Trabalhou com ícones do cenário nacional atual como Zanini de Zanine, Marcelo Rosenbaum, Rodrigo Calixto. Durante sua formação acadêmica foi premiado em importantes concursos como Movelsul, premiado em 2010 com a cadeira Trapeziu, que faz parte da mostra.

 

IRMÃOS CAMPANA – Os Irmãos Campana (Humberto Campana, Rio Claro, 17 de março de 1953, e Fernando Campana, Brotas, 19 de maio de 1961) são respectivamente, formado em Direito pela Universidade de São Paulo, e em Arquitetura pelo Unicentro Belas Artes de São Paulo. Hoje a dupla goza de reconhecimento internacional por seus trabalhos de Design-Arte, cuja temática discute elementos do cotidiano, que são transformados em peças de caráter artísticos, com uma linguagem única e de, até, uso possível. Profissionais que despertam o interesse internacional, são os uns dos poucos brasileiros com peças no acervo do MoMA, em Nova Iorque.

 

JOAQUIM TENREIRO – Artífice do design de mobiliário brasileiro, Joaquim Tenreiro – português de nascimento – se estabeleceu no Brasil ainda novo, exercendo a profissão de marceneiro, herança de família. Aos poucos, sua verve utópica foi o conduzindo como projetista de móveis com o apoio intuitivo e interesse de diversas empresas no Rio de Janeiro, como a Laubissh & Hirth. A genialidade de Joaquim Tenreiro – atemporal e, simultaneamente, tão próxima desta geração – entre um punhado de exposições Brasil afora e nos EUA, culminou no título de Melhor Escultor do Ano, em 1978, pela APCA.

 

JORGE ZALSZUPIN – No ano de 1949, desembarcava no Rio de Janeiro o polonês Jerzy Zalszupin. Formado em arquitetura na Romênia, começou sua carreira no escritório de arquitetura do seu conterrâneo Luciano Korngold, no estado de São Paulo. No início não podia assinar pelos seus projetos, por não ser brasileiro, mas depois que se casou e teve sua filha no país, recebeu sua nacionalidade e pode abrir o próprio escritório. Foi a partir daí que surgiu o Jorge Zalszupin, designer e artesão de móveis. Fundou sua marca, a L’Atelier, em 1959, com a proposta de um lugar para criações conjuntas, na produção de poltronas como a Dinamarquesa, a Paulistana entre outros móveis. Pelo valor histórico e qualidade do design de seus móveis, vários deles estão sendo desde 2005 reproduzidos com muito sucesso e aceitação no mercado nacional e internacional.

 

JOSÉ ZANINE CALDAS – José Zanine Caldas ficou conhecido como o “mestre da madeira” por conta de seus trabalhos primorosos com essa matéria-prima. Cadeiras, mesas, sofás e aparador, entre outras criações feitas a partir de chapas planas de madeira compensada, compõem o acervo da mostra. As peças foram desenhadas e produzidas a partir de 1948, ano em que Zanine fundou, em parceria com Sebastião Pontes, a ‘Móveis Artísticos Z’. Durante os 14 anos em que permaneceu no negócio, o designer assinou produtos que marcaram o encontro harmônico entre o modernismo e o artesanato tradicional brasileiro.

 

LINA BO BARDI – Estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma. Inconformada com os móveis que encontrou no chegar ao Brasil, a italiana Lina Bo Bardi (1915-1992), posteriormente naturalizada brasileira, decidiu desenhar o mobiliário para seus projetos de arquitetura. Fundou com Giancarlo Palanti o Studio de Arte Palma que funcionou de 1948 a 1950 – para produzir móveis em série. O ponto de partida foi a simplicidade estrutural, aproveitando-se a extraordinária beleza das veias e da tinta das madeiras brasileiras, assim como seu grau de resistência e capacidade.  Lina manteve intensa produção cultural até o fim de sua vida, em 1992.

 

MANECO QUINDERÉ – A consequência natural do trabalho em teatro e música foi o convite para iluminar espetáculos de ópera e balé. A partir de então, as artes plásticas também se renderam ao talento de Maneco e surgiram os projetos de luz para exposições. Toda essa experiência levou os arquitetos mais importantes do país a procurarem parcerias em seu trabalho, para iluminar seus projetos e, desde 2000, colabora com projetos de iluminação para residências e comércio. Maneco ainda desenha e produz luminárias diferentes assinadas por ele.

 

MÓVEIS CIMO – A empresa iniciou suas atividades no início do século passado, em 1912. Em 1921, iniciou a produção de cadeiras a partir do reaproveitamento das aparas de imbuia para serem comercializadas nos centros urbanos de São Paulo e Rio de Janeiro. Seu pioneirismo foi conquistado devido a alguns fatores: o reaproveitamento de material, a comercialização nos maiores centros urbanos do país e a criação de um produto de qualidade destinado à produção em escala. A Cimo foi pioneira na introdução da tecnologia da laminação diferenciando-se de seus concorrentes. Seu produto dominou o mercado nacional de móveis para instalações comerciais e institucionais, com repercussão na América Latina, tornando-a a maior fábrica do ramo de mobiliário na América Latina da década de 30 até 1970. Seu legado é incontestável e histórico: as inovações tecnológicas e a funcionalidade dos seus móveis demarcaram um período da história e da cultura brasileira.

 

OSCAR NIEMEYER – Oscar Niemeyer nunca encontrou limites para a criatividade nas suas obras, e sempre acrescentou valor à sua extensa e extraordinária carreira. Apaixonado pelas linhas curvas e livres, o arquiteto lançou uma coleção de mobiliário com poucas peças em madeira prensada, em parceria com sua filha Anna Maria, desenhadas por ele, a partir de 1970 e em diferentes épocas.

 

PAULO MENDES DA ROCHA – Um dos mais importantes arquitetos e urbanistas brasileiros, assume uma posição de destaque a partir de um premio que recebeu em 2006 chamado Pritkzer, cujo título se refere à arquitetura contemporânea em termos mundiais. Sendo ele um exemplo do pensamento estético caracterizado como a Escola Paulista, tinha como um lema a arquitetura crua, limpa e clara. No âmbito mobiliário, não deixou por menos, foi o criador da famosa Poltrona Paulistana que possui uma estrutura em aço flexível com assento e encosto por uma capa de couro ou tecido. A Paulistana foi também editada em pequenas series, e em 2009, entrou para a seleta coleção permanente do Museu de Arte Moderna – MoMa, em Nova York.

 

RODRIGO ALMEIDA – O designer natural do interior de São Paulo é especialista em criar móveis com apelo global e criatividade brasileira. O trabalho de Rodrigo tem materiais em contextos incomuns ao mobiliário; brincadeiras com texturas, que até poderiam ser consideradas irregularidades, mas que ganham novos significados para se tornarem informação de design. E o resultado são peças únicas e totalmente não óbvias.

 

SÉRGIO RODRIGUES – Sérgio é, sem dúvida alguma, uma das mais admiráveis expressões do design em nosso país. O traço coerente e único inscreveu seu nome na história do design do século 20, sobretudo pela criação de uma grande variedade de produtos, dos quais o mais famoso é a Poltrona Mole. Ao lado de mestres como Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas, Sérgio vem tornando o design brasileiro conhecido internacionalmente. Ele transformou totalmente a linguagem do móvel, foi generoso no traço e no emprego das madeiras nativas. A aproximação de desenho do móvel moderno com certos objetos da cultura brasileira, e a não preocupação com modismos, acentuam o espírito de brasilidade que tanto busca Sergio Rodrigues.

 

ZANINI DE ZANINE – Carioca nascido em 1978, Zanini de Zanine herda de seu pai Jose Zanine Caldas, grande arquiteto e designer brasileiro, o gosto pelo desenho. Estagiário de Sérgio Rodrigues durante um ano, o jovem se forma em desenho de produto no final de 2002 na PUC-Rio. Desde então, optou por ser designer independente. Inquieto, começou a experimentar e produzir seus próprios desenhos. Premiado nos principais concursos do país e com exposições no exterior, Zanini passou a ser convidado para assinar para diferentes marcas nacionais e internacionais.

 

 De 12 de março a 4 de maio de 2014.

Legado Zanine

08/out

A Romanzza Design, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a mostra “Legado Zanine: O uso da madeira por José Zanine Caldas e Zanini de Zanine”. Rogerio e Rafael Tanico, da T2 Design e proprietários da Romanzza Recreio, abriram a exposição homônima e receberam junto com a ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores, cerca de 120 arquitetos e designers que participaram de um bate papo com Zanini de Zanine.

 

Aos 35 anos e já consagrado como um dos nomes mais importantes do design brasileiro contemporâneo, Zanini  falou sobre a história da utilização da madeira como matéria-prima em sua carreira e na de seu pai, José Zanine Caldas, acompanhado por  Reduzino Vieira, que trabalhou com José Zanine Caldas por 30 anos, Marcelo Vasconcelos, da MeMo (Galeria de Design Mercado Moderno) e de Beto Consorte, da Branding Consult.

 

Pela primeira vez, Zanini, que chegou de Nova Iorque para participar do evento, reúne em uma mostra apenas peças em madeira para uma exposição, com destaque para a poltrona “Anil” e o banco “Joá”, criações dele, além da poltrona “Revisteiro”, assinada por Zanine Caldas. Na exposição poderão ser vistas cerca de 20 obras do designer e de seu pai, incluindo maquetes de madeira (registro dos projetos de acervo).

 

Rogerio Tanico alega que receber esta mostra é um privilégio para a casa e para os cariocas também. “ Zanini de Zanine recebeu os mais importantes prêmios de design do Brasil, além daqueles que trouxe de fora pelos móveis que criou nos dois segmentos e expôs nos principais eventos nacionais e internacionais da área. Hoje, ele assina peças para grandes marcas nacionais e internacionais como a francesa Tolix e as italianas Poltrona  Frau e Slamp. Quem sabe, num futuro próximo poderemos unir nossas marcas?” confidenciou Rogerio Tanico, lembrando que o mobiliário brasileiro precisa muito da assinatura do jovem designer.

 

 

Até 26 de outubro.

MARISCAL NO TOMIE OHTAKE

23/ago

Reafirmando seu compromisso de realizar mostras de artes plásticas, arquitetura e design, o Instituto Tomie Ohtake , Pinheiros, São Paulo, SP, traz, em parceira com a Tok&Stok, a exposição “Todas as cores de Mariscal” apresentando o universo multidisciplinar e irreverente de Javier Mariscal, um dos designers mais criativos e versáteis da atualidade. A mostra é construída a partir do desenho e das cores, ferramentas básicas com as quais trabalha o designer catalão, que ganhou fama mundial ao criar o bonequinho “Cobi”, mascote dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.

 

Responsável pela curadoria da exposição, o Estúdio Mariscal traz cerca de 60 obras, entre mobiliário, objetos, luminárias, pinturas, desenhos, brinquedos e projetos gráficos do criador da animação “Chico & Rita”, ambientada na Havana dos anos 40, que concorreu ao Oscar de 2012. A produção de Mariscal guarda como identidade a forte gestualidade do traçado à mão, o desenho – sempre seminal em todo o seu processo criativo –, que resulta numa variada gama de imagens e objetos que aludem a um universo único. “Mariscal joga com as formas e as cores para criar esse universo tão pessoal e artístico onde teima em celebrar a alegria de viver”, destaca a curadoria.

 

Com mais de trinta anos de intensa atividade, Javier Mariscal desenhou objetos para as mais prestigiadas empresas. Moroso, HP, Camper, Uno, Absolut, H&M, e Magis são algumas das marcas que apostaram no estilo versátil do designer espanhol. A exposição pretende submergir o espectador no universo da “fábrica Mariscal”, e assim introduzi-lo ao coração do seu processo criativo e fazê-lo perceber, através dessa experiência, o impulso vital gerado por Javier Mariscal e sua equipe.

 

 

Sobre o artista:

 

Javier Mariscal nasceu em Valencia, 1950, atua em todas as disciplinas do design: mobiliário, interiores, gráfico, paisagismo, pintura, escultura, ilustração, multimedia e animação. Junto com a equipe do Estudio Mariscal, fundado em 1989, o designer realizou, entre muitos trabalhos, a criação do Mascote dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992; o design de interior e gráfico da H&M Barcelona; o décimo primeiro andar do Hotel Silken Puerta America, em Madri; a imagem gráfica da 32ª. Edição da America´s Cup; a identidade gráfica e campanhas de comunicação para a Camper for Kids; exposições sobre sua obra em La Pedreira de Barcelona e no Design Museum de Londres; a divulgação da nova Lei Infantil da Catalunha e ainda publicou os livros Mariscal Drawing Life e Sketches. Em 2010 estreou o longa-metragem de animação Chico & Rita, co-dirigido com Fernando Trueba, que concorreu ao Oscar em 2012. Em 2013 lançou seis versões completamente inovadoras e divertidas da famosa Hello Kitty.

 

Até 29 de setembro.

 

O design da periferia

22/jan

Depois de realizar exposições sobre as artes popular (2010) e indígena (2011), propulsoras da formação dos respectivos acervos para o Pavilhão das Culturas Brasileiras, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo agora faz o mapeamento de uma produção que também não surge da erudição, mas da capacidade de invenção do povo brasileiro. A mostra “Design da periferia”, no Pavilhão das Culturas, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, com a curadoria de Adélia Borges, é o resultado de pesquisas pelo Brasil por cidades e comunidades que exibem preciosas lições de design.Todas as obras e fotografias apresentadas na exposição integram o acervo do Pavilhão das Culturas Brasileiras

 

Segundo a curadora, por trás da precariedade de vida da maioria dos brasileiros encontram-se soluções geniais, manifestações inequívocas de sabedoria criativa, em artefatos feitos pelo povo para uso em seu cotidiano.

 

Com cenografia do arquiteto Marko Brajovic e produção da Arx Gestão Cultural, a mostra, com objetos, fotografias e vídeos, está dividida em quatro módulos: “Rua” recebe os empreendimentos que ocupam o espaço urbano, os vendedores ambulantes, carroceiros de sucata, anúncios gráficos, modo de expor produtos; “Casa” destaca as invenções domésticas que, nas camadas populares, confundem-se com a área coletiva; “Corpo” identifica a expressão do vestir, do pentear; e “Brincadeiras” que traz engenhosas releituras do tradicional universo infantil.

 

Churrasqueiras feitas de calotas velhas de pneus, postos de trabalho de vendedores ambulantes, móveis e brinquedos elaborados por pessoas simples a partir de materiais e técnicas disponíveis no lugar em que vivem são alguns dos objetos que estão na exposição. Ao lado de peças sem assinaturas, há algumas de “designers-artistas”, como Getúlio Damado, do bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro; José Maurício dos Santos, de Juazeiro do Norte, Ceará; Fernando Rodrigues, da Ilha do Ferro, município de Pão de Açúcar, Alagoas; José Francisco da Cunha Filho, de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco; e Espedito Seleiro, de Nova Olinda, Ceará.

 

Os ensaios fotográficos captam alguns momentos de expressão da criatividade popular. O fotógrafo baiano Adenor Gondim mostra os móveis que eram utilizados nas barracas de festas nas ruas de Salvador, com seus grafismos em composições geométricas. Titus Riedl, fotógrafo e historiador alemão radicado no Crato, no Ceará, apresenta a ambiência urbana utilizada na venda de toda a sorte de produtos no Crato e em Juazeiro do Norte.  Já Fernanda Martins, designer paulistana moradora de Belém, fotografa os letreiros dos barcos de várias cidades amazônicas.

 

De 25 de janeiro a 29 de julho.

10 anos de Zanini na MEMO

08/dez

 

A MEMO, Rua do Lavradio, Lapa, Rio de Janeiro, RJ, abre retrospectiva da primeira década de trabalho de Zanini de Zanine, apresentando sua produção como designer. Na mesma ocasião, lança um múltiplo em parceria com o artista plástico Walton Hoffmann, além de gravuras em serigrafia. A exposição, organizada por Marcelo Vasconcellos e Alberto Vicente – sócios, coincidentemente há dez anos do MEMO, loja de mobiliário brasileiro e agora também galeria de arte -, tem a curadoria do jornalista Sergio Zobaran, curador ainda da Mostra “Black” em SP, e do artista plástico Walton Hoffmann, que assina a sua montagem.

 

Mesas, cadeiras, poltronas, bancos, pufes, luminárias, cabideiros e vasos, criados a partir de materiais inusitados – como placas de moedas de 10 centavos, reaproveitando as chapas descartadas pela Casa da Moeda, ou “pranchas” de coloridos skates – compõem a coleção com linguagem urbana e inspiração cotidiana a ser apresentada aos cariocas e outros visitantes. Peças lúdicas, criadas por esse skatista e surfista, como o cavalinho de balanço em metacrilato e as lamparinas de bujões de gás, darão cor à exposição. Os trabalhos de Zanini têm plasticidade, organicidade e até humor rasgado, como no banco Cê senta (60), feito com placas de sinalização de trânsito.

 

Zanini se divide entre sua marcenaria em Jacarepaguá, que ele chama de atelier – onde tem como assistente, entre outros, um antigo e importante colaborador de seu pai, Reduzino – e o Studio Zanini localizado em um grande galpão em Santo Cristo. Recentemente, participou da ArtRio com alguns de seus móveis e antes de sua mostra na MEMO, irá expor seu trabalho na prestigiada feira ArtBasel em Miami, EUA . Em 2013 a mostra parte para São Paulo e outros estados brasileiros.

 

Sobre o artista

 

Zanini, 34 anos, filho de José Zanine Caldas (daí o nome Zanini de Zanine), seguiu os caminhos do pai na criação e execução de móveis. Formado em Desenho Industrial na PUC/RJ em 2002 e ex-estagiário de Sergio Rodrigues. De 2003 a 2012 participou das principais bienais de design da Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Estados Unidos e acumulou mais de 15 prêmios no Brasil e no exterior. Hoje, ele integra o primeiro time dos mais importantes artistas brasileiros que criam e trabalham para o mercado internacional. Como o pai, Zanini tem uma linha de mobiliário em madeira em edições com número de peças limitado, como as que acaba de criar para a celebrada indústria italiana Capellini. Além disso, Zanini desenvolve diversas outras linhas de criação voltadas para a execução através da indústria em diversos materiais, da madeira com resíduo florestal ao plástico, sobras de insumos e grades antigas.

 

Zanine/Hoffmann

 

Para a exposição de Zanini de Zanine no MEMO, o artista plástico Walton Hoffmann e Zanini planejaram um múltiplo onde o trabalho dos dois pudesse fluir e manter suas características. Zanini selecionou a poltrona “Trez”, que foi utilizada por Hoffmann em duas diferentes formas. Seu desenho e ela própria, miniaturizada, no interior de uma caixa de acrilico, em formato de casa, constituida de quebras cabeças e espelhos. Os jogos e as impossibilidades são temas de investigação do trabalho de Hoffmann. O acrílico nos deixa ver as entranhas desse trabalho mas não nos revela automaticamente seus inúmeros sentidos.

 

Para a exposição comemorativa de 10 anos de trabalho de Zanini, foram feitos 10 exemplares, todos em cores distintas, tornando cada peça dessa série uma obra única. E o MEMO produziu, junto com os artistas, uma série de  10 serigrafias a partir dos desenhos de seus trabalhos, numeradas e assinadas pelo designer. Elas têm relação com seus móveis e foram impressas nas cores  correspondentes em que eles foram produzidos.

 

Sobre a Memo Brasil

 

A MEMO publicou recentemente o livro “Móvel Brasileiro Moderno” (Aeroplano Editora em parceria com a Fundação Getúlio Vargas – FGV Projetos), uma obra completa sobre o mobiliário brasileiro modernista com ênfase no trabalho de José Zanine Caldas, Sérgio Rodrigues, Oscar Niemeyer, Joaquim Tenreiro, Ricardo Fasanello, Geraldo de Barros, Lina Bo Bardi, entre outros nomes importantes do século 20. A mostra de Zanini dá continuidade à transformação da ME|MO em espaço plural, ampliando assim sua vocação mantendo o primeiro e o segundo andares exclusivos para exposições de arte. Tudo isso em um prédio do século 19 fincado no coração da Lapa, no centro do Rio de Janeiro. A região, é hoje o trecho do cenário carioca com maior vocação para as artes, dos ateliês de artistas a galerias e lojas.

 

Até 11 de fevereiro de 2013.

“JOÃO & ANTONIO” NA H.A.P.

09/jul

O designer de jóias Antonio Bernardo e o fotógrafo João de Orleans e Bragança estão juntos na nova iniciativa da galeria H.A.P, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ. Os dois apresentam obras inéditas na exposição “João & Antonio”, que inaugura o “Casa 11 Projetos” e “Casa 11 Photo”, dois novos núcleos que a marchande Heloísa Amaral Peixoto apresenta à cidade.

 

Antonio Bernardo, que nunca se aventurou no circuito das galerias de arte, lança sua primeira exposição no meio das artes plásticas. São 8 objetos expostos, feitos em prata sterling 925, que fazem uma reflexão sobre movimento, escala e formas. Fato inédito na carreira de Antonio Bernardo.

 

João de Orleans e Bragança lança uma mostra de 35 imagens. O reflexo dos barcos sobre as águas da baía de Paraty serviram de inspiração para este ensaio fotográfico que mais parece uma série de pinturas abstratas. As imagens não passaram por nenhum tratamento, elas são fiéis ao que podemos ver refletido no espelho d’água sobre as águas da baía de Paraty, onde o fotógrafo reside grande parte do tempo. Os elementos gráficos e abstratos, que sempre estiveram presentes em seus trabalhos documentais, agora são levados ao auge.

 

Palavras dos artistas e da marchande

 

Antonio Bernardo

 

“Nem jóia, nem design, nem escultura, são experimentais. Gosto de chamar de objetos de atelier.”

“Gosto de produzir coisas, de ver a transformação delas”.

“A partir daí passei a olhar o que estava pesquisando e percebi que, experimentando variação de escala, poderia transformar alguns projetos em interessantes objetos.”

 

João de Orleans e Bragança

 

“Já tinha feito fotos de proas de barcos, que sempre me despertaram interesse. Aí acabei reparando no espelho d’ água e sua infinidade de cores e formas, foi daí que surgiu a idéia de fazer essas fotos”.

 

Heloísa do Amaral Peixoto 

 

“A iniciativa surgiu de uma vontade de ampliar as atividades da galeria. Com esses núcleos terei oportunidade de trazer um outro movimento de artistas. É um espaço para diversificar áreas, que também tenho grande interesse, e que de alguma forma se complementam.”

 

De 14 de julho a 18 de agosto.

MÓVEL MODERNO BRASILEIRO

05/maio

Capa

Organizado por Marcelo Vasconcellos e Maria Lucia Braga, com apoio da FGV Projetos e editado pela Aeroplano, o livro  “Móvel Moderno Brasileiro”, busca manter vivo o registro de um período do design moderno brasileiro, hoje reconhecido  internacionalmente. A publicação, com texto bilíngue português / inglês, apresenta o registro de mais de 250 imagens de móveis e seus criadores, mostrando a contribuição dos precursores do design brasileiro através de nomes como Lucio Costa, Gregori Warchavchic, Flávio de Carvalho, Giuseppe Scapinelli, Jean Gilon, Geraldo de Barros, Branco& Preto, Abraham Palatnik, Martin Eisler, Carlo Hauner, Sergio Rodrigues, Anna Maria e Oscar Niemeyer, Sérgio Bernardes, Bernardo Figueiredo e Zanini de Zanine. A edição é uma narrativa sobre a história desse período.

Lançamento: 09 de maio, 19h, Books Livraria (Galeria UNIBANCO ARTEPLEX), Praia de Botafogo, 316, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.

ZALSZUPIN NO MON

05/abr

A mostra “Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição”, cartaz atual do MON, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Paraná, reúne 44 peças de tiragem única e 13 unidades de reedição, entre poltronas, escrivaninhas, cadeiras e banquetas. A curadoria é de Consuelo Cornelsen. O artista polonês migrou para terras brasileiras após a Segunda Guerra Mundial e aqui encontrou a paz que diz não ter conhecido na Europa. “Zalszupin imprimiu em suas obras o aconchego que encontrou no Brasil. É o bom estar no bem-estar”, afirma a diretora do MON, Estela Sandrini. Durante a segunda metade do século 20, Zalszupin abriu a L’Atelier, em São Paulo, espaço no qual passou a projetar móveis em pequenas séries. Em pouco tempo, se tornou referência do design nacional. “Aqui, os ventos da Era JK viabilizaram voos e assim se fizeram a Bossa Nova, o Cinema Novo e a arte de Jorge Zalszupin”, diz Estela Sandrini, a respeito da modernidade de Zalszupin. Durante o perído de exposição, será projetado um documentário sobre o percurso de Zalszupzin, de aproximadamente 40 minutos, o filme é dirigido por Carlos Deiró. “Mais que uma exposição, “Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição” é uma homenagem ao grande artista e inventor que, inclusive, vai comemorar os seus 90 anos em Curitiba”, diz a curadora.

Até 24 de junho.

 

Um documentário sobre o percurso de Zalszupzin, de aproximadamente 40 minutos, dirigido por Carlos Deiró, será projetado na Sala 6 até 24 de junho, período em que a mostra estará em cartaz. “Mais que uma exposição, ‘Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição’ é uma homenagem ao grande artista e inventor que, inclusive, vai comemorar os seus 90 anos em Curitiba”, diz a curadora, Consuelo Cornelsen.