Na galeria Emma Thomas

12/jan

A partir de 14 de janeiro, a galeria Emma Thomas, Jardins, São Paulo, SP, recebe o projeto “#ImmediateAttention”, do artista Thierry Geoffroy e da curadora Tijana Miskovic, residentes na Dinamarca. É uma exposição que muda diariamente, ao sabor dos acontecimentos. Para eles, o “contemporâneo” como vemos no mundo da arte hoje, muitas vezes não acompanha o ‘agora’, pedindo uma revisão conceitual ou se desdobrando em um novo conceito, o “ultracontemporâneo”. A ideia é proporcionar uma nova experiência diária ao público. A dupla vem se apresentando há alguns anos em diversos países, com passagem por espaços como o MoMA PS1. Esta é a primeira vez no Brasil.

 

A exposição centra-se na capacidade do artista estar no mundo e ser um “termômetro”, agente de medição e que dá o diagnóstico das disfunções na sociedade. Expressões artísticas em tempo real podem gerar debate, visibilidade e impacto, segundo Thierry. Pretende ser um aquecimento para um movimento de arte global, abrindo-se para posterior implantação e atividade no Brasil do projeto CUB – Copenhagen Ultracontemporary Biennale, organizada pela dupla e prevista para 2017.

 

Além de exibir trabalhos do artista Thierry Geoffroy criados com objetos do cotidiano coletados pela cidade, a exposição tem uma dinâmica própria e funciona como um laboratório coletivo de criação instantânea de obras em que os artistas se transformam em catalizadores das questões candentes, muitas das quais ausentes da grande mídia. Thierry e Tijana partem de relações interpessoais, ouvindo e dialogando com as comunidades locais em que eles desenvolvem e transmutam o “contemporâneo”.

 

 

Atividades

 

Durante a realização do projeto, o artista e a curadora promovem várias atividades e encontros com artistas e público.

 

A exposição desdobra-se em 3 etapas:

 

A primeira parte, centrada na produção de Thierry Geoffroy fica em cartaz até o dia 23 de janeiro. Muda diariamente, atenta ao que é emergente AGORA.

 

No dia 23, sábado, às 15 horas, Thierry e Tijana conversam sobre sua atuação e suas respectivas práticas artísticas, esclarecendo alguns dos conceitos envolvidos no projeto. Ainda nesta etapa, a dupla abre espaço para artistas convidados dialogarem sobre suas inquietações urgentes, promovendo reuniões diárias no espaço expositivo.

 

Por fim, e como desdobramento final do projeto, de 01 a 06 de fevereiro, o artista e a curadora convidam alguns desses artistas a exibirem os trabalhos desenvolvidos.

 

Segundo Tijana, a parceria com um espaço brasileiro de arte permite jogar luz sobre alguns dos problemas atuais do país através de um debate artístico.

 

 

 

Sobre o artista

 

Thierry Geoffroy nasceu em Nancy, França, em 1961. Também conhecido como COLONEL, Thierry é um artista francês que vive em Copenhague, Dinamarca. É artista visual de formação e vem desenvolvendo formatos artísticos (art format), o mais conhecido deles sendo “Emergency Room”, “ Biennalist” e “Critical Run”. Já publicou seis livros e seus trabalhos podem ser encontrados em museus internacionais. É Chevalier de l’ordre des Arts et des Lettres em seu país de origem. Nos últimos 8 anos, realizou projetos em espaços como o MoMA PS1/New York, USA; ZKM Museum Karlsruhe, Alemanha; Sprengel Museum, Hannover, Alemanha; Moderna Museet, the Museum of Modern Art, Stockholm, Suécia; HEART- Herning Museum of Contemporary Art Denmark, Herning, Dinamarca; Palazzo Delle Arti Napoli, Itália; The Museum of Contemporary Art, Roskilde, Dinamarca; Galerie Asbaek Copenhagen, Dinamarca; The Maldives Pavilion, Venice Biennale, Veneza, Itália; Liverpool Biennial, Liverpool, Reino Unido; Manifesta Biennal, Murcia, Espanha; National Museum Rejkavik, Islândia; Galerie Olaf Stüber, Berlin, Alemanha; IKM Museum, Oslo, Noruega; Fries Museum, Leeuwarden, Holanda; Devron Arts, Huntly, Aberdeenshire, Escócia; The Model, Sligo, Irlanda; Fotografisk Center, Copenhagen, Dinamarca; Cairo Biennale, Cairo, Egito; Blackwood Gallery Toronto, Canadá; Galerie Ileana Tounta, Athens, Grécia; Kunsthalle Osnabrück, Osnabrück, Alemanha.

 

Até 06 de fevereiro.

Farnese, melhores do ano

07/jan


A mostra “Farnese de Andrade – arqueologia existencial” realizada na CAIXA Cultural Brasília e CAIXA Cultural São Paulo foi indicada como uma das pelo programa de televisão “Metrópolis” – um programa da TV Cultura, como uma das 10 melhores mostras de 2015 e pelo Guia da Folha de São Paulo ao Prêmio Melhores do Ano de 2015 na categoria Exposições e anteriormente pela revista Veja como a primeira das cinco melhores mostras de Brasilia.

 

 

 

Sobre a exposição

 

 
A exposição apresentou obras de Farnese de Andrade (1926-1996), provenientes de coleções públicas e particulares, além do acervo familiar. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, um dos mais respeitados e engajados curadores do Brasil o projeto “Farnese de Andrade – arqueologia existencial” se constitui na primeira exposição itinerante póstuma em sua homenagem e já foi contemplado com Patrocínio da CAIXA através de Edital Público de Patrocínio CAIXA e apresentado na Caixa Cultural Brasília (2014/2015) e Caixa Cultural São Paulo (2015). A mostra abrangente e de qualidade curatorial única, reuniu as obras mais representativas de sua trajetória artística, privilegiando a produção do artista ao longo de mais de 30 anos.

 

 

Além de obras, foram apresentados material iconográfico e documental, uma cronologia ilustrada, textos críticos, fotos e vídeos sobre sua trajetória artística. A produção ficou a cargo de Anderson Eleotério e Izabel Ferreira – ADUPLA Produção Cultural -, que tem em seu curriculo mostras de importantes artistas, como: Antonio Bandeira, Debret, Manoel Santiago, Di Cavalcanti, Emeric Marcier, Carlos Scliar, Carybé, Cícero Dias, Henri Matisse, Raymundo Colares, Aluísio Carvão, Bandeira de Mello, Almir Mavignier, Athos Bulcão, Milton Dacosta, Mário Gruber, dentre outros.

 

 

A equipe produtora A Dupla Produção Cultural Ltda veio a público agradecer a todos os envolvidos nesse processo, em especial a realizadora CAIXA Cultural, ao herdeiro Atabalipa de Andrade Filho, aos familiares Marcelo de Andrade, Marcelo Sharp de Freitas, Mauricio Carvalho de Andrade, Murilo Sharp de Andrade e Yrys Albuquerque, e aos colecionadores Diógenes Paixão, Dominga Gomes Barbosa, Elio Scliar, Elizabeth e Jorge Fergie, Eunice de Medeiros Scliar, Fernanda Feitosa e Heitor Martins, Gotffried Stutzer Junior, Isa Gontijo e Nicola Calicchio, Jones Bergamin, Paulo Darzé, Luis Alberto Barbosa, Sebastião Aires de Abreu, ao cineasta Olívio Tavares de Araújo e ao curador Marcus de Lontra Costa. Afirmando ainda que “…Nosso trabalho em parceria com os herdeiros de tão importantes artistas, visa o enriquecimento e resgate da memória artística nacional, promovendo o acesso do público aos bens culturais de forma democrática e igualitária. Por fim, agradecemos a patrocinadora CAIXA ECONÔMICA FEDERAL pelo incentivo constante aos nossos projetos, pois, para nossa produtora é uma honra manter essa profícua parceria com a Insitituição Cultural que mais democratiza a arte em território nacional”.

Abre Alas

28/dez

Tradicional promoção da galeria A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a exposição “Abre alas” ganha a edição número 12 e divulga os artistas contemplados. Novos nomes da novíssima geração de arte contemporânea como Alice Ricci, Aline Motta, André Burian, Dani Spadotto, Diogo Miranda, Dudu Quintanilha, Florencia Calazza, Gokula Stopel, Grupo Indigestão, Guilherme Ginane, Janaína Miranda, Jardineiro André Feliciano, Leandro Machado, Luisa Brandelli, Malvina Sammarone, Renato Custodio, Simone Cupello, Tchelo, Victor Matina e Yornel Martinez.

 

Querido Público Gentil,

 

Nós, da comissão de seleção do ABRE ALAS 12 | 2016, agradecemos a todos aqueles que se inscreveram. Foram quinhentas e cinquenta inscrições, número recorde para a exposição. Não nos era permitido selecionar todos, pois o edital contempla apenas vinte propostas e há o limite físico da galeria, tornando a escolha uma tarefa muito difícil.

 

Somos três pessoas com experiências profissionais distintas, que trabalharam juntas para chegar a uma decisão conjunta. Olhamos tudo com atenção e carinho, analisamos a proposta feita para a exposição e as obras do portfólio, e o eventual desequilíbrio entre ambos acarretou que artistas com produção consistente não fossem escolhidos para a mostra.

 

Esta seleção é resultado de um dos recortes possíveis, onde, infelizmente, não conseguimos incluir todos os trabalhos que gostaríamos. Portanto, agradecemos mais uma vez por sua inscrição e desejamos que ninguém sinta que desconsideramos o material enviado.

 

Foi um prazer entrar em contato com a atual produção de diversos artistas do Brasil e de outros países, e esperamos revê-los em breve.

 

 

Adriana Varejão
André Sheik
Paula Borghi

 

 

 

Abertura : 29 de janeiro de 2016.

Catálogo – Destino dos Objetos

18/dez

No próximo sábado, dia 19 de dezembro, às 15 horas, a Fundação Vera Chaves Barcellos lançará o catálogo da exposição “Destino dos Objetos”, na Sala dos Pomares, em Viamão, RS. Ilustrada com imagens da exposição, a publicação bilíngue português|inglês apresenta texto do curador da mostra e uma entrevista inédita com os artistas Patricio Farías e Vera Chaves Barcellos sobre colecionismo.

 

Participam da mostra artistas brasileiros, latino-americanos e europeus: 3NÓS3, Albert Casamada, Almandrade, Amanda Teixeira, Anna Bella Geiger, Antoni Muntadas, Boris Kossoy, Brígida Baltar, Cao Guimarães, Carlos Asp, Carmela Gross, Christo, Daniel Santiago, Elcio Rossini, Ester Grinspum, Evandro Salles, Feggo, Gisela Waetge, Gretta Sarfatty, Hannah Collins, Heloísa Schneiders da Silva, Hudinilson Jr., Jailton Moreira, Jesus R.G. Escobar, Joan Rabascall, Joaquim Branco, Joelson Bugila, Julio Plaza, Klaus Groh, León Ferrari, Lia Menna Barreto, Mara Alvares, Marcel-li Antunez, Marcelo Moscheta, Marco Antônio Filho, Marcos Fioravante, Maria Lúcia Cattani, Mariana Silva da Silva, Marlies Ritter, Mario Ramiro, Mário Rohnelt, Michael Chapman, Nicole Gravier, Nina Moraes, Patricio Farías, Rogério Nazari, Téti Waldraff, Ulises Carrión, Vera Chaves Barcellos e Waltércio Caldas.

A matéria de arte de Moriconi

17/dez

Encontra-se em exibição no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a exposição “Roberto Moriconi : tudo matéria de arte”. Precursor da produção de múltiplas artes no Brasil, como a criação da “Máquina I”, dispositivo de projeção visual de cores em movimento aleatório, foi um artista plástico e escultor de grande engajamento no cenário brasileiro das artes plásticas. A curadora da mostra, Giovana Moriconi, prefere não chamar as obras de esculturas devido à técnica usada pelo artista. “Escultor é aquele que tira a forma da madeira ou do mármore”, observa. “No caso do Roberto, os volumes são visuais, criados a partir da incidência da luz sobre a superfície trabalhada”, enfatiza Giovanna.

 

A proposta da exposição, segundo o consultor e amigo pessoal da família, Xico Chaves, é uma contextualização que revela momentos da trajetória do artista em módulos criativos de forma orgânica: desenhos, obras de aço, madeira, objetos, poéticas contemporâneas e experimentações, além da apresentação de um vídeo. “Para Moriconi tudo é matéria de arte, como ele próprio dizia e praticava, prenunciando o que acontece hoje na arte contemporânea, em seu permanente processo de expansão e incorporação de tudo”, comenta Chaves.
Xico Chaves destaca a mostra como um recorte histórico e a criação de um conjunto de espaços que contextualiza o pensamento de Moriconi em diversos momentos de sua produção artística. “Roberto Moriconi é um artista referencial para a arte contemporânea brasileira e nesta exposição poderemos perceber como era sua conexão com as rupturas no campo da linguagem, suas relações com artistas de convívio, sua circulação e posicionamentos políticos-ideológicos em diversos espaços e ambientes polêmicos, a partir do final da década de 1950”.

 

Mais conhecido por suas obras em aço inox e madeira, Moriconi participou ativamente como um dos pioneiros em linguagens performáticas, instalações, proposições interativas, intervenções em ambientes urbanos e criações com os mais diversos materiais. Em 1986, Roberto Moriconi criou a primeira coleção assinada de joias para a joalheria H. Stern. O artista integrou movimentos, exposições, ocupações artísticas e debates político-ideológicos, altamente polêmicos junto a artistas de sua geração.

 

 

Sobre o artista

 

Roberto Moriconi nasceu em 30 de agosto de 1932 na pequena comunidade italiana de Fossato di Vico, na região da Úmbria, província da Perúgia, na Itália. Pela terra Natal nutriu o afeto do filho, mas pelo Brasil tinha amor. Começou a aprender pintura na Itália, tomando contato com formas e cores e intuindo que a arte é necessária, pois afirmaria mais tarde, “ela reconcilia o individuo com a natureza”. Chegou ao Brasil em 1953, mas somente a partir de 1958 dedica-se integralmente à sua arte produzindo ilustrações, capas de livros, discos, cartazes e painéis. Trabalha como cenógrafo e decorador, sem abandonar o desenho, a pintura e a escultura.

 

 

Até 21 de fevereiro de 2016.

Uma coleção particular

A Pinacoteca do Estado de São Paulo, Estação da Luz, São Paulo, SP, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, exibe a exposição “Uma coleção particular – Arte contemporânea no acervo da Pinacoteca” que apresenta um panorama da arte contemporânea no Brasil a partir de sua coleção. Uma seleção que reúne mais de 60 obras, a maioria incorporada recentemente ao acervo da instituição e com trabalhos que vêm a público pela primeira vez – como é o caso dos empréstimos em comodato da coleção Roger Wright, parceria firmada este ano.

 

São pinturas, esculturas, vídeos, fotografias, desenhos, gravuras e instalações, realizadas de 1980 até hoje por artistas nascidos ou radicados no país. “O corte cronológico considera o processo de reorganização da vida política e cultural brasileira com o fim da ditadura militar (1964-1985), mas também leva em conta um período de reestruturação da própria Pinacoteca, que compreende, por exemplo, a reforma de sua sede, entre 1994 e 1998”, explica o curador da Pinacoteca José Augusto Ribeiro.

 

A mostra ocupa todo o primeiro andar do museu com trabalhos históricos como “Ping-ping”, de Waltercio Caldas, além das obras de Iberê Camargo, Gilvan Samico, Regina Silveira, Tunga, Leda Catunda, Beatriz Milhazes, Erika Verzutti, Rosângela Rennó, Ernesto Neto, Rubens Mano, Tonico Lemos Auad, Willys de Castro, João Loureiro, Alexandre da Cunha, entre outros artistas. Nomes de grande projeção internacional e que são referência para as novas gerações, ao lado de artistas em início de suas trajetórias profissionais, todos de diferentes regiões do Brasil. “A seleção confirma a posição da Pinacoteca como uma das instituições museológicas com uma das coleções públicas mais importantes do País”, completa Ribeiro.

 

 

A diversidade de artistas aparece também nas 12 salas expositivas, além do Octógono e do lobby, onde o visitante encontra obras bastante diferentes e, a partir das relações sugeridas pela curadoria, consegue perceber as singularidades de cada peça. Grande parte dos artistas desta mostra compôs a programação da Pinacoteca nos últimos anos, por isso também ela faz parte do calendário comemorativo de 110 anos do museu.

 

Entre os artistas da exposição estão: Alexandre da Cunha | Almir Mavignier | Amilcar Packer | Anna Maria Maiolino | Antonio Lizárraga | Antonio Malta | Beatriz Milhazes | Carlos Fajardo | Carmela Gross | Daniel Acosta | Dudi Maia Rosa | Efrain de Almeida | Emmanuel Nassar | Erika Verzutti | Ernesto Neto | Fabio Miguez | Fabricio Lopez | Flávia Bertinato | Gerty Saruê | Gilvan Samico | Iberê Camargo | Iole de Feitas | Iran do Espirito Santo | João Loureiro | José Damasceno | Leda Catunda | Leya Mira Brander | Lorenzato | Mabe Bethônico | Odires Mlaszho | Paulo Monteiro | Paulo Whitaker | Regina Silveira | Rodrigo Andrade | Rodrigo Matheus | Romy Pocztaruk | Rosângela Rennó | Rubens Mano | Sara Ramo | Tatiana Blass | Tonico Lemos Auad | Tunga | Valdirlei Dias Nunes | Vanderlei Lopes | Vania Mignone | Veio [Cícero Alves dos Santos] | Wagner Malta Tavares | Waltercio Caldas | Willys de Castro.

 

 

Até 31 de janeiro de 2016.

MAM-SP, mostra prorrogada

Quem ainda não teve oportunidade de conferir o “34º Panorama da Arte Brasileira – da pedra da terra daqui”, mostra bienal do MAM-SP, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, na Grande Sala Paulo Figueiredo, tem mais uma grande chance. A exposição, que acabaria neste mês de dezembro, foi prorrogada até fevereiro de 2016, proporcionando a paulistanos em férias, turistas na cidade e frequentadores do Parque Ibirapuera mais tempo para conferir as primeiras manifestações artísticas tridimensionais brasileiras de que se tem notícia ao lado das produções dos artistas contemporâneos Berna Reale, Cao Guimarães, Cildo Meireles, Erika Verzutti, Miguel Rio Branco e Pitágoras Lopes. Os interessados na mostra têm mais dois meses para a visita, mas no período das festas de fim de ano o museu entra em recesso. O MAM-SP fecha em 24 de dezembro e reabre no dia 5 de janeiro de 2016. A curadoria é de Aracy Amaral e a curadoria adjunta de Paulo Miyada.

 

 

 

Até 10 de fevereiro de 2016.

O atelier transparente

16/dez

O IAC – Instituto de Arte Contemporânea, Vila Mariana, São Paulo, SP, exibe uma parte importante da obra de Waltercio Caldas: seus “cadernos de artista”, acompanhados de gêneros tridimensionais, como maquetes de estudos e objetos híbridos. Uma oportunidade de tomar contato com uma autêntica imaginação escultórica contemporânea.
Ainda que em alguns casos sejam estudos, o conjunto desses trabalhos se destaca por  fornecer uma mostra do seu pensamento plástico. São centelhas de ideias que integram os cadernos a várias outras linguagens nas quais Waltercio Caldas se vale para pensar o espaço e seus atributos. Ao todo, em apresentação, mais de cem cadernos.

 

Considerando ser trabalhos que se querem “em formação”, a exposição não tem como finalidade a explicitação do indescritível processo criativo do artista. Não se trata de fornecer um guia ilustrado para a compreensão de sua produção.
Se o espectador extrair um entendimento sobre o método e o modo como o artista age na contínua elaboração de sua obra, será menos por princípio didático do que por relações traçadas a partir das diferenças que os trabalhos expõem entre si.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido no Rio de Janeiro no ano de 1946, Waltercio Caldas integra a chamada Geração 70, ao lado de artistas como Cildo Meireles e Tunga. Sua obra protagoniza uma virada no debate artístico do país ao reformular a relação da arte com a cultura e o meio artístico local. Foi assim que ela se tornou decisiva para o surgimento do que hoje conhecemos como arte contemporânea. Porém, mais do que reiterar seu estatuto de contemporaneidade, a mostra deverá apontar sua valência histórica, a partir das ideias, questões e valores atrelados aos sentidos que é capaz de produzir.

 

 

Até 20 de março de 2016.

Quadrinhos e o espírito Pop

A Pinacoteca Ruben Berta, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, promoveu um encontro com o pintor Eduardo Vieira da Cunha para conversar com o artista sobre a exposição “Quadrinhos e o espírito Pop”, em exibição no local.

 

A exposição apresenta a produção recente de Eduardo Vieira da Cunha, que tem por mote a influência da linguagem das histórias em quadrinhos e as características plásticas das artes visuais da década de 1960. A mostra, que também exibe um diálogo entre a obra do artista e o acervo da pinacoteca – que toma por base a linguagem pop -, tem o objetivo de qualificar a visitação e divulgar o processo criativo do artista porto-alegrense.

 

Eduardo Vieira da Cunha, fã e leitor de HQs, inspira-se na linguagem que fez fusão na comunicação e na arte estabelecendo um diálogo com obras da Pinacoteca Ruben Berta, selecionadas por ele, que coincidem com a temática explorada pelo artista como os pops ingleses Alan Davie e Bill Maynard.

 

 

A palavra do artista

 

Busco com este trabalho um diálogo com as obras da Pinacoteca Ruben Berta que apontam para a emergência de correntes criativas inspiradas na cultura popular. Situada no prelúdio dos movimentos conspiratórios do final dos anos 60, esta tendência foi fundamentalmente positiva, oferecendo liberdade de expressão no campo das artes visuais, em uma pintura predominantemente figurativa. O ponto comum era a vida quotidiana, nutrida por um ambiente urbano, e por imagens do gosto popular.

 

Aqueles novos realistas abriram caminho para uma estética baseada na comunicação de massa. Inspirado por eles, tomei emprestado das histórias em quadrinho, das imagens de rua e dos jornais e revistas, referências para esta exposição. Sempre fui um fã das historietas, dos clássicos Flash Gordon, Mandrake e Fantasma, até os de vanguarda, como Robert Crumb e seu Mr. Natural, publicado na revista Grilo, nos anos 1970. Assim, com esta exposição, procuro resgatar em pintura o universo colorido da Arte Pop e seu vocabulário que trazia a grandeza das pequenas coisas exibidas e inspiradas na rua que muitas décadas depois voltam a invadir o museu.”

 

 

Até 19 de fevereiro de 2016.

Exposição de Arthur Luiz Piza

A Pinacoteca do Estado de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, recebe a exposição “A Gravura de Arthur Luiz Piza”, um importante panorama da obra gráfica de um dos principais artistas contemporâneos brasileiros. A mostra, que acontece na Estação Pinacoteca, Largo Gal. Osório, São Paulo, SP, apresenta pela primeira vez um conjunto de gravuras editadas pelo artista paulistano e doadas à Pinacoteca. A curadoria é de Carlos Martins.

 

Ao todo são 137 obras que mostram o percurso que Arthur Luiz Piza imprimiu à sua produção desde as suas experimentações realizadas em 1952, quando começou. Na primeira sala os visitantes encontram trabalhos que exploram o uso da água forte, da água tinta e a ação dos ácidos sobre a matriz de cobre, que trazem ainda figuração e algumas referências do surrealismo. Obras do período que Piza combinava linhas e formas abstratas também podem ser vistas neste espaço.

 

Na sequência, Piza redefine a sua produção e, na segunda sala, estão as peças deste período, que passam a contemplar formas geométricas reconhecíveis, fruto dos estímulos que os novos rumos da arte proporcionavam. “Aqui as imagens crescem em escala, muitas vezes ocupando toda a superfície do papel. A utilização de cores intensas  de texturas em relevo, minuciosamente gravadas, confere a gravura de Piza um vocabulário próprio e inconfundível, indicando também ao artista possibilidades para o seu trabalho de colagens, pintura, entalhe e escultura. O relevo vai marcar definitivamente o corpus de sua produção”, explica o curador Carlos Martins.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido na cidade de São Paulo em 1928, Arthur Luiz Piza iniciou sua formação artística em 1943 com Antonio Gomide. Após participar da I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Piza se mudou para Paris e frequentou o ateliê de Johnny Friedlaender, com quem aprendeu as técnicas de gravura em metal. Dedicou-se depois à aquarela e à colagem. Realizou mostras individuais no Brasil e em vários outros países como Japão, Equador, França, Alemanha, Suíça, Suécia, Iugoslávia, Itália, Espanha, Dinamarca e Estados Unidos.

 

 

Até 14 de fevereiro de 2016.