A nova série de Vik Muniz.

20/mar

A Multiarte, Fortaleza, CE, convida para a abertura da exposição “Dinheiro Vivo” no dia 27 de março. Um dos grandes nomes da arte, com reconhecimento internacional, Vik Muniz mostra em Fortaleza quinze trabalhos da série “Dinheiro Vivo”, iniciada em 2022, feita exclusivamente com cédulas descartadas pela Casa da Moeda. A série compreende dois grupos de trabalhos: os que reproduzem os animais que estampam as notas, e as criadas a partir das pinturas de paisagens brasileiras dos chamados artistas viajantes do século 19. Para a exposição na Multiarte, Vik Muniz criou especialmente a obra “Paisagem no interior da mata tropical no Brasil com figuras, a partir de Johann Moritz Rugendas” (série “Dinheiro vivo”, 2025).  A pintura original de Rugendas, em óleo sobre tela, com 46 x 36 cm, feita em 1842, e pertencente a uma coleção particular de São Paulo, estará em exibição, ao lado da recriação de Vik Muniz. A exposição é uma parceria entre a Multiarte e a galeria Nara Roesler, que representa o artista. O artista, nascido em 1961, em São Paulo, e que divide seu tempo entre Nova York e o Rio de Janeiro, é filho de pai cearense, de Santa Quitéria. No dia da abertura, Vik Muniz falará sobre seu trabalho.

Victor Perlingeiro, diretor da Multiarte, ressalta: “O trabalho de Vik Muniz dialoga de maneira poderosa com as questões do mundo contemporâneo. “Dinheiro Vivo” é uma exposição multifacetada, que aborda temas como paisagem, ecologia, imagem e o próprio dinheiro, tanto como conceito quanto como material. Ter essa individual em Fortaleza consolida a Multiarte como uma galeria que busca conectar o público a artistas de relevância internacional, como Vik, que tem feito exposições nos museus mais prestigiosos do mundo, e está presente em coleções institucionais de grande importância, como o Pompidou, em Paris, Reina Sofía, em Madri; Museum of Contemporary Art, em Tóquio; Guggenheim e Whitney Museum, em Nova York, e a Tate Gallery, em Londres. Dessa forma, buscamos fortalecer o circuito artístico regional e nacional”.

Eduardo Bueno, no texto do catálogo que acompanha a exposição, escreve: “Dinheiro morto: eram mil folhas de notas descartadas que seriam recicladas. Tais cédulas Vik tratou de transmutá-las em células de novos organismos, já que em seu DNA de artista está o dom de transubstanciar”.

Sérgio Ferro no MAC USP.

14/mar

A produção de Sérgio Ferro documenta e desafia as estruturas de poder, evidenciando as tensões entre criação e opressão. A mostra propõe um olhar aprofundado sobre sua trajetória e as formas como sua obra dialoga com as lutas políticas e sociais; o público terá a oportunidade de explorar a produção do arquiteto por meio de documentos, maquetes, filmes e registros históricos que compõem um retrato profundo de sua trajetória. A mostra realizada no MAC USP até 15 de junho intitulada Sérgio Ferro – Trabalho Livre, mergulha na trajetória e no pensamento crítico do arquiteto, pintor e teórico cuja obra desafia as relações entre arte, arquitetura e sociedade.

Com curadoria de Fabio Magalhães, Maristela Almeida e Pedro Fiori Arantes, a exposição investiga como Sérgio Ferro desenvolveu um pensamento único sobre o trabalho, a produção artística e a arquitetura, pautado na resistência à opressão e na busca por uma prática verdadeiramente emancipada. A intersecção entre arte e política permeia sua obra, revelando a construção de uma visão crítica que atravessa diferentes campos de atuação. Desde sua participação no movimento Arquitetura Nova, ao lado de Flávio Império e Rodrigo Lefèvre, Sérgio Ferro reformulou as bases da crítica arquitetônica. Sua abordagem denuncia a exploração dos trabalhadores da construção civil e propõe uma revisão estrutural da disciplina, indo além da estética e das formas para analisar a materialidade e a organização do trabalho. Fotografias cedidas pelo Instituto Moreira Salles ilustram e ajudam a contextualizar a crítica do arquiteto ao modelo de produção vigente.

Exposição homenageia Aderbal Freire-Filho.

 

Mostra no Teatro Gláucio Gill apresenta a mostra Aderbal Teatro Cidade, uma homenagem ao diretor de teatro, ator e apresentador Aderbal Freire-Filho, falecido em 2023. Com curadoria de César Oiticica Filho, a mostra apresentará a extensa obra de um dos mais importantes e criativos dramaturgos brasileiros, que tem uma forte ligação com o Teatro Gláucio Gill, tendo criado, naquele espaço, em 1989, o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo (CDCE), um marco na história da dramaturgia brasileira. Com fotos de Nil Caniné e conceito visual de Lea van Steen, pesquisa de Antonio Venancio e produção executiva de Cleisson Vidal, a mostra extrapolará as fronteiras do espaço, sendo apresentada também na Praça Cardeal Arcoverde.

“Nosso objetivo foi fazer uma exposição que fosse também uma obra de arte ao mesmo tempo, trazendo a questão experimental que é tão presente no teatro do Aderbal, tendo também esse diálogo forte com a cidade, que era uma característica dele”, afirma o curador César Oiticica Filho. A exposição também se expandirá para a rua, sendo realizada também na Praça Cardeal Arcoverde, que fica em frente ao Teatro Gláucio Gill, onde haverá imagens e cartazes de espetáculos históricos do diretor

Até 19 de abril.

Fotografias de Claudia Andujar.

14/fev

A Casa Seva, em parceria com a Galeria Vermelho e com curadoria de Ana Carolina Ralston apresenta exposição individual de fotografias de Claudia Andujar. A mostra reúne uma série de imagens que exaltam a beleza e a complexidade ambiental da Natureza, permitindo um mergulho sensorial na visão da renomada fotógrafa suíça radicada no Brasil.

A exposição apresenta registros inéditos da floresta amazônica, capturados por Claudia Andujar nos anos 1970. As ampliações dessas fotografias possibilitam ao espectador uma experiência imersiva, dividida em dois núcleos expositivos dentro da Casa Seva, espaço independente voltado à Arte, Natureza e Sustentabilidade.

No primeiro, as imagens impressas em papel algodão ressaltam a maestria da artista no uso da luz e sua composição poética. Já no segundo núcleo, a projeção de três fotografias sobre tecidos cria uma atmosfera envolvente, permitindo que os visitantes interajam diretamente com a obra.

Além do impacto estético, “Claudia Andujar: Flora” resgata a mensagem essencial da artista: a importância da preservação da Amazônia. Publicadas originalmente na revista Realidade em uma edição especial sobre a região, essas imagens servem como um alerta para a devastação ambiental e a necessidade de proteger esse ecossistema vital. Como a própria Claudia Andujar afirma, “sem a natureza não dá para continuar a viver”.

Em cartaz até 12 de abril.

Mostra na Anita Schwartz Galeria.

07/fev

A Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ,  inaugurou a programação de exposições de 2025 com “Inatividade contemplativa”, quinta edição do Projeto GAS, sob a curadoria de Cecília Fortes. Inspirada no livro “Vita contemplativa: ou sobre a inatividade”, do filósofo sul-coreano radicado na Alemanha, Byung-Chul Han, a nova exposição reverência a pausa, o respiro e a fruição do tempo livre como um momento de repouso sagrado que reúne em si intensidade vital. É um convite à suspensão do tempo, uma afirmação do elemento contemplativo.

“Inatividade contemplativa” bebe dessa fonte e reúne obras de artistas representados pela Anita Schwartz Galeria de Arte e alguns convidados, que se conectam com o princípio da contemplação como um momento rico de fruição. Completam o projeto duas ativações que se conectam à proposta conceitual, a serem realizadas em fevereiro e março, respectivamente: um sarau de poesia conduzido pela poeta carioca Luiza Mussnich, e uma prática de respiração consciente e de meditação sonora (sound healing), com Guga Dale e Victor Chateaubriand.

Os artistas e as obras

Adriana Vignoli apresenta esculturas, objeto e desenho-colagem que abordam a relação entre plantas e cosmologia, e a transmutação de materiais. Da apreciação de diferentes rios do Brasil nasce “Confluência”, composição digital de Claudia Jaguaribe. Em série recente, Fernando Lindote parte da contemplação das cores, formas e texturas das flores.   Gabriela Machado incorpora as formas da natureza e a observação do ambiente que a rodeia em paineis de grande escala e cores vibrantes. Luiz Eduardo Rayol manifesta o sublime através de “Toda a história do mundo”, uma pintura de contorno irregular. Rosana Palazyan registra em bordado a memória das folhas que viu nascer, das plantas adormecidas que germinaram no jardim e foram replantadas na terra do Parque da Catacumba. Thiago Rocha Pitta incorpora em afresco e aquarela elementos captados pela retina em momentos de observação minuciosa do céu, durante a noite: um eclipse, um cometa, a imagem do mapa celeste. E as composições abstratas de Tiago Mestre partem de uma constante observação do mundo e incorporam elementos como fogo, fumaça, corpos celestes e terrestres.

No segundo andar da galeria, Bruna Snaiderman nos instiga a desvendar o efeito óptico de sua obra laminada. Lenora de Barros saltita nas sílabas do silêncio com a sua poesia performática. Maria Baigur capta nosso olhar pelo movimento de marés improváveis, enquanto Maritza Caneca hipnotiza nossos sentidos num registro particular de luz e cor. Nathalie Ventura suscita reflexões acerca do sentido da existência e nossa relação com o meio-ambiente. E Thiago Rocha Pitta apresenta aquarelas em pequenos formatos, sugerindo reflexões acerca do ambiente natural e do universo onírico.

Até 22 de março.

Gabriel Wickbold em série inédita.

05/fev

 

O Museu da Imagem e do Som (MIS), Jardim Europa, São Paulo, SP, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura a exposição MAZE, do artista visual Gabriel Wickbold. A mostra apresenta uma nova série autoral composta por 13 obras que exploram, por meio de fotografias fragmentadas e entrelaçadas, a complexa relação entre identidade, imaginação, hereditariedade e criação.

Na série MAZE, Gabriel Wickbold propõe uma interpretação visual que associa genealogia e memória coletiva. O artista utiliza fotografias em preto e branco de figuras “quase fictícias” de uma árvore genealógica, pessoal e também universal, reconfiguradas em composições labirínticas que transcendem categorias de gênero, etnia ou contexto individual. As obras, produzidas com técnicas de manipulação digital e impressão em tecido sintético vulcanizado, provocam reflexões sobre a construção da identidade a partir de narrativas familiares, culturais e genéticas.

Conforme análise do Dr. Ioannis Papavasileiou – PhD do Royal Melbourne Institute Of Technology, Melbourne, AU – sobre MAZE, “Essas imagens fragmentadas servem como pedaços de identidade, representando figuras significativas como pais, irmãos e a própria infância. Ao se depararem com essas imagens no espaço da galeria, os espectadores são levados a acreditar em sua existência e conexão com o artista e seu passado, ecoando a noção de Roland Barthes sobre a fotografia como um certificado de presença no passado.”

A exposição marca mais um capítulo na programação do MIS, reconhecido por seu papel na promoção de diálogos entre diferentes linguagens artísticas e sua contribuição à formação cultural no Estado de São Paulo.

Em cartaz até 13 de abril.

A agenda da Galeria Contempo.

03/fev

 

Após realizar individual da artista Ana Durães, a agenda de exposições de 2025 começou aquecida na Galeria Contempo, Jardim América, São Paulo, SP. Será inaugurada no dia 15 de fevereiro, a primeira exibição coletiva do ano na casa da Gabriel Monteiro. “cons.tru.ção | definição em aberto” reunirá 13 artistas representados pelas sócias Marcia, Monica e Marina Felmanas: Aldir Mendes de Souza, Beto Fame, Greta Coutinho, João di Souza Luiz Dolino, Márcio Swk, Marina Ryfer, Natan Dias, Pavel, Renato Dib, Rubens Ianelli, Sérgio Guerini e Thiago Nevs.

Através de trabalhos nos mais distintos suportes, incluindo a pintura, a escultura e a instalação, cons.tru.ção aponta para o desenvolvimento recente de um grupo de artistas. Todos eles, jovens ou mais consolidados, comprovam que continuar produzindo é um exercício de reinvestir na construção de um sentido, ainda que seja ele pessoal e afetivo. A exposição poderá ser visitada até o dia 08 de março.

Sobre a Galeria Contempo.

Atuando no mercado desde 2013, a Contempo é um desdobramento da ProArte Galeria e foi idealizada por Monica, Márcia e Marina Felmanas. A galeria foi criada com o propósito de reunir a produção artística contemporânea, representando artistas emergentes e alguns já consolidados. Natan Dias, Thiago Nevs, Mario Morales, João Di Souza, Presto, Greta Coutinho, Marina Ryfler e J. Pavel Herrera são alguns dos que têm se destacado. A Contempo também agrega em seu portfólio obras produzidas por artistas visuais com carreiras consolidadas.

A fruição do tempo.

31/jan

O calendário de exposições 2025 da Galeria Anita Schwartz, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, abriu com a exposição coletiva “Inatividade Contemplativa” – 5ª edição do projeto GAS.

A mostra, que tem curadoria de Cecília Fortes apresenta obras dos artistas Adriana Vignoli, Bruna Snaiderman, Claudia Jaguaribe, Fernando Lindote, Gabriela Machado, Lenora de Barros, Luiz Eduardo Rayol, Maria Baigur, Maritza Caneca, Nathalie Ventura, Rosana Palazyan, Thiago Rocha Pitta e Tiago Mestre.

“Inatividade Contemplativa” reverencia a pausa, o respiro e a fruição do tempo livre como um momento de repouso sagrado que reúne em si intensidade vital. Inspirada no livro “Vita contemplativa: ou sobre a inatividade”, do filósofo sul-coreano radicado na Alemanha, Byung-Chul Han, “Inatividade Contemplativa” é um convite à suspensão do tempo, uma afirmação do elemento contemplativo.

A visitação segue até o dia 22 de março.

Um Olhar sobre a Arte em Movimento.

30/jan

O Circuito Contemporâneo: Um Olhar sobre a Arte em Movimento conecta múltiplas vozes da arte brasileira. A exposição – em cartaz até 08 de março – destaca a diversidade e a liberdade criativa em pinturas, esculturas, fotografias e outras abordagens técnicas. A Art Lab Gallery, Vila Madalena, São Paulo, SP, inaugura a exposição Circuito Contemporâneo: Um Olhar sobre a Arte em Movimento. Sob curadoria de Juliana Mônaco, o projeto reúne um conjunto diverso de aproximadamente 120 obras de 41 artistas, entre representados e selecionados, a partir de portfólios livres. A iniciativa destaca a liberdade criativa dos artistas participantes e suas diferentes abordagens técnicas e estéticas.

A exposição visa, além de apresentar um recorte significativo da produção atual, promover a integração de novos talentos ao mercado da arte – Adriana Piraíno Sansiviero, André Vaz, Bianca Fugante, Bruno Góes, Canudim, Carlos Sulian, Carol Poci, Crys Rios, Dani Braido, DMsTring Art – Henrique Abreu, Ela Gil, Emanuel Nunes, Evandro Oliveira, Felipe Manhães, Flavio Ardito, Germano, Graça Tirelli, Guilherme Kyriacos, GUS, Henrique, Ingrid Boer, Isaac Sztutman, Jorge Herrera, Junior Aydar, Leticiaà Legat, Lidiane Macedo, Lola Albônico, Lori Sassani, Luan Vibex, Maria Bertolini, Maria Eduarda Comas, Maria Figueiredo, Martista, Maurizio Catalucci, Narcizo Costa, Patricia Blanco, Patricia Ross, Pedro Ferrarini, Roger Mujica, Rogerio Oliveira, Suzy Fukushima. O projeto conecta artistas em diferentes estágios de suas trajetórias a colecionadores, galeristas, arquitetos e outros profissionais, ampliando a visibilidade de suas obras e incentivando a inclusão em coleções e espaços culturais.

O texto curatorial destaca o caráter plural e dinâmico de Circuito Contemporâneo: Um Olhar sobre a Arte em Movimento. O evento também se consolida como um espaço de intercâmbio de ideias e saberes entre os artistas participantes, fortalecendo vínculos e promovendo diálogos criativos. Com isso, Circuito Contemporâneo: Um Olhar sobre a Arte em Movimento reafirma seu papel como agente de transformação cultural e ponto de conexão no cenário paulistano.

Modernismo Brasileiro em Londres.

27/jan

Uma exposição na Royal Academy of Arts em Londres apresenta 130 obras do Modernismo brasileiro, incluindo artistas como Tarsila do Amaral, Portinari, Lasar Segall e Djanira. A mostra abrange 60 anos da Arte Brasileira, com influências europeias e destaca a diversidade cultural, ficará aberta ao público até 21 de abril.  Uma seleta de mais de 130 obras de dez artistas do Modernismo Brasileiro, movimento cultural iniciado no país no começo do século XX.

Roberta Saraiva Coutinho, uma das curadoras da exposição “Brasil! Brasil! The birth of Modernism” (“Brasil! Brasil! O nascimento do modernismo”), apresentada para a imprensa na Royal Academy of Arts, de Londres, resumiu à agência de notícias AFP a importância da mostra: – Um momento único para ver as obras-primas de um país magnífico. A mostra é uma espécie de relato narrativo que abrange cerca de 60 anos da história da arte brasileira – explica Adrian Locke, da Royal Academy of Arts, um dos outros curadores da exposição, que reúne trabalhos produzidos entre 1910 e 1970. O movimento nasceu com a chegada de correntes culturais e artísticas iniciadas na Europa, como o Cubismo, o Futurismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Surrealismo, mas com foco nos elementos da cultura brasileira.

A exposição, principalmente de pinturas e com artistas de renome reúne Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Lasar Segall, Vicente do Rego Monteiro, Flávio de Carvalho, Cândido Portinari e Djanira conta também com fotografias de Geraldo de Barros e esculturas de Rubem Valentim.