Fotos de Edu Monteiro

16/jul

Primeiro é preciso explicar o título da exposição e como o premiadíssimo fotógrafo Edu Monteiro descobriu e fotografou após quatro anos de investigações e três viagens à Martinica, entre elas uma residência de seis meses em busca do universo mágico, esta dança de combate – uma luta entre o visível e o invisível nas encruzilhadas da diáspora africana – seus pesos e magias.

 

“Costas de Vidro” é uma expressão utilizada pelos lutadores da Ladja – uma dança de combate praticada exclusivamente na ilha da Martinica, no Caribe, que lembra bastante a capoeira em alguns aspectos. O principal fundamento desta luta é o “ou wè`y ou pa wè`y” expressão em crioulo que significa: “vê mas não vê” e se refere à capacidade ilusionista dos golpes desta arte, que impossibilita a percepção visual do oponente diante do ataque – transformando o visível em invisível através do corpo. Nesta luta quem tem as costas de vidro não pode ser visto. Faz parte do “Rio Resiste”.  “Querendo, pode-se ouvir a marola do mar, uma suave brisa, o roçar da pele na madeira. E mais, pois a foto ressoa além do visível. É um navio negreiro. Não! É um corpo síntese, índice de milhões de pessoas, tanto das que sucumbiram ao tráfico negreiro quanto das que sobreviveram, vivenciaram e venceram a escravidão”, diz Roberto Conduru.

 

 

Curadoria Roberto Conduru

 

Segundo o curador Roberto Conduru…”é simples a imagem com a qual Edu Monteiro apresenta Costas de Vidro. Nela, um homem afrodescendente parcialmente imerso na água segura um tambor. A tensão da pega parece visar menos a proteger o tambor do encontro com a água e mais a trazê-lo junto, conectá-lo a si. De tal modo que corpo humano e tambor tornam-se um a extensão do outro. Fazendo as vezes de tronco e cabeça, o tambor ultrapassa a condição de objeto. Dando braços e pernas ao artefato de madeira, ferro, sisal e couro, o homem amplia atributos e habilidades”.

 

 

Sobre o Fotógrafo

 

Edu Monteiro é fotógrafo, pesquisador e doutorando em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, mestre em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense – UFF (2013) e possui formação em Artes e história visual pelo museu Jeu de Paume em Paris (2017). Autor dos livros Autorretrato Sensorial (Pingadoprés, 2015) e Saturno (Azougue Editorial, 2014). Um recorte de Costas de Vidro foi exposto no China Art Museum, como uma das exposições integrantes do Shanghai International Photography Festival de 2017.

 

 

Onde!

 

Z42 Arte está localizado no Cosme Velho, ao lado da subida do Cristo Redentor e se distingue de outros centros culturais. Construído nos anos 1930, o casarão conta com sete salas de exposições e sete ateliês, em que artistas representados pela Z42 Arte vão trabalhar diante do público. – A ideia é haver reciprocidade entre o artista e o público. “A arte é o nosso oxigênio e o seu processo de criação é lindo, tem vida. Queremos que o visitante crie uma sintonia com a construção das obras. Conheço poucos lugares do mundo com essa proposta” afirma o diretor Eduardo Lopes.

 

 

De 30 de julho até 21 de agosto.

Prêmiação artística

O Museu Histórico Nacional, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugura no próximo dia 19 de julho, três exposições, às 18h, em torno da 6a edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas. Na ocasião, será realizada a performance “Verzuimd Brasiel – Brasil Desamoparado”, com o artista Daniel Santiago. As três mostras, poderão ser vistos trabalhos de 23 artistas, de várias gerações: “Artistas premiados”, com obras de Daniel Lannes (RJ), Fernando Lindote (SC), Jaime Lauriano (SP), Pedro Motta (MG) e Rochelle Costi (SP); a exposição “Verzuimd Braziel – Brasil Desamparado”, do curador premiado Josué Mattos, com obras de outros dezessete artistas, como Anna Bella Geiger,  Cildo Meireles, André Parente, Daniel Santiago, Ivan Grilo, Lourival Cuquinha, Regina Parra e Regina Silveira; e ainda “A Intenção e o Gesto”, com obras do artista cearense Sérvulo Esmeraldo (1929-2017), um dos expoentes da arte cinética, com curadoria de Marcus Lontra. O artista é o homenageado desta edição do projeto Arte e Indústria.

Em torno de Pierre Verger

13/jul

Este é o ano que a Fundação Pierre Verger comemora 30 anos, e a Paulo Darzé Galeria 35 anos de atividades. Agora, em parceria, ambas apresentam no dia 17 de julho, terça-feira, das 19 às 22 horas e até 18 de agosto, a exposição “Entre Bahia e África”, com mostra de 55 fotos, e o lançamento de uma nova edição do livro Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo, obras de Pierre Verger. A mostra “Entre Bahia e África”, após ser apresentada ao público baiano, em sua essência, seguirá para exposição no Museu da Fotografia em Fortaleza, Ceará; em Curitiba, no

 

Museu Oscar Niemeyer; São Paulo, Rio de Janeiro e em Porto Alegre, com trabalhos que desvendam que o que havia de grandioso e profícuo, na diversidade de suas temáticas, não fosse ter Verger construído uma vasta documentação visual em muitos países e em todos os continentes.

 

A nova edição de “Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo”, de Pierre Verger retrata no livro os cultos aos deuses Iorubás nos países de origem, como Nigéria, ex-Daomé – atual Benin, e Togo e no Novo Mundo (Brasil e Antilhas), para onde os rituais foram trazidos quando da diáspora negra, durante o tráfico de escravos. A publicação traz 250 fotos e textos destacando as cerimônias, as características de cada orixá, além do descritivo dos arquétipos da personalidade dos devotos dos respectivos orixás. Esta nova edição traz um prefácio assinado por Mãe Stella de Oxóssi, do Axé Opô Afonjá, que entre outros momentos do texto, com parte em português e parte em ioruba, diz: “Oportunidade única de louvar todos que se sacrificam em ter uma vida longeva, a fim de contribuir para o aprimoramento do conhecimento e do processo civilizatório, como é o caso de Pierre Verger, que só deixou o corpo físico aos 93 anos, após entregar à humanidade um legado de valor incalculável composto por suas fotografias, seus livros e suas pesquisas. Mas como dizem: os homens vão e as obras que importam ficam”.

 

 

30 anos da Fundação Pierre Verger

 

Constituida por um acervo visual, mais os originais de estudos, pesquisas, livros, sobre vários povos e regiões dos cinco continentes, registrando uma época, um momento, formando uma memória sobre expressões e manifestações culturais em diferentes partes do mundo, a obra deixada pelo fotógrafo e antropólogo Pierre Verger reunida na Fundação que leva o seu nome abriga também um espaço cultural com atividades artísticas, esportivas, educacionais, em estreita ligação com a comunidade onde está inserida, e uma biblioteca com publicações, sendo um local de informações e pesquisas. Inaugurada em 1988, como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, e sediada na Bahia, em Salvador, na 2ª Travessa da Ladeira da Vila América nº 9, Vasco da Gama, a Fundação tem entre seus objetivos preservar, divulgar e pesquisar a obra do seu instituidor, o fotógrafo e antropólogo Pierre Verger, e deste acervo o estudo das influências

recíprocas entre Brasil e África, cooperação interdisciplinar entre diversas áreas como artes, antropologia, botânica, música, história, atuando como uma organização cultural promovendo o intercâmbio com outros arquivos, fundações, universidades, e promover em especial a cultura afro-brasileira.

 

 

35 anos da Paulo Darzé Galeria

 

Comemorando em 2018, trinta e cinco anos de atividades, e realizado cerca de duzentas mostras neste período, a Paulo Darzé Galeria apresentou o que está sendo produzido nas artes visuais, tornando sua sede um espaço especialmente dedicado para a arte contemporânea, sem perder de vista a moderna. Uma das principais motivações para isto é que não poderia ser um local dedicado às artes e a cultura sem que este estivesse fincado em nosso tempo, um tempo de diversidade, pluralidade, aberto a todas as manifestações, pois a movimentação criadora está sendo realizado em suas ações num simultâneo, dentro de uma enorme complexidade, multiplicidade, dinamismo, o que obriga a estar em permanente atenção sobre tudo, diante de uma produção artística mais consistente, um mercado mais profissional, uma crítica com atuação mais decisiva, e um público mais receptivo, principalmente por passarmos a ter colecionadores mais preocupados em adquirir trabalhos de qualidade expressiva, de linguagens atuais, que representem este nosso tempo de agora. Dentro das comemorações dos 35 anos de atividade, a Paulo Darzé Galeria promove uma extensa programação, iniciada em janeiro com o lançamento do livro Via e-mail, encontro com artistas brasileiros, de Claudius Portugal, tendo em seguida as exposições Cruz Credo, de Antonio Dias, e em São Paulo, na SpArte, a mostra Uma poética visual brasileira, de Rubem Valentim, e em parceria com a galeria Almeida e Dale, curadoria de Denise Mattar e Thais Darzé, trabalhos de Mestre Didi sob o títuloMo Ki Gbogbo In – Eu saúdo a todos, reunindo 48 esculturas do artista, obra que evoca objetos sagrados do culto do Candomblé. Em maio apresentou a mostra 16 por 4, com obra dos artistas Jac Leirner, Ricardo Bezerra, Marcelo Cippis e Paulo Monteiro. Em junho, fotografias de Miguel Rio Branco. Em julho temos a exposição Entre Bahia e África com 55 fotos de Pierre Verger. Em agosto, comemorando os 80 anos de vida da artista, mostra pinturas e objetos de Maria Adair. Em setembro, Hildebrando Costa. Em outubro, Florival Oliveira. E em dezembro, permanecendo até janeiro de 2019, coletiva com novos nomes da arte baiana, recentemente integrados a galeria – Anderson Santos, Anderson A.C,  Fábio Magalhães, e Vinicius S/A.

 

 

Pierre Verger – Trajetória

 

Pierre Verger nasceu em Paris, França, no dia 4 de novembro de 1902. Em 11 de fevereiro de 1996 faleceu em Salvador, Bahia. Aos 30 anos inicia na fotografia e nas viagens. Com o falecimento de sua mãe, sua última parenta viva, Verger decidiu se tornar naturalmente um viajante solitário e levar uma vida livre e não conformista. De dezembro de 1932 até agosto de 1946, foram quase 14 anos consecutivos de viagens ao redor do mundo, sobrevivendo exclusivamente da fotografia. Negociava suas fotos com jornais, agências e centros de pesquisa. Fotografou para empresas e até trocou seus serviços por transporte. Paris, então, tornou-se uma base, um lugar onde revia amigos e fazia contatos para novas viagens. As coisas começaram a mudar no dia em que Verger desembarcou na Bahia. Em 1946, enquanto a Europa vivia o pós-guerra. Foi logo seduzido pela hospitalidade e riqueza cultural que encontrou na cidade e acabou ficando.

 

Como fazia em todos os lugares onde esteve, preferia a companhia do povo e dos lugares mais simples. Os negros, em imensa maioria na cidade, monopolizavam a sua atenção. Além de personagens das suas fotos, tornaram-se seus amigos, cujas vidas e história buscou conhecer com detalhes. Ao descobrir o candomblé acreditou ter encontrado a fonte da vitalidade do povo baiano e se tornou um estudioso do culto aos orixás. Esse interesse pela religiosidade de origem africana lhe rendeu uma bolsa para estudar rituais na África, para onde partiu em 1948.

 

Foi na África que Verger viveu o seu renascimento, recebendo o nome de Fatumbi, “nascido de novo graças ao Ifá”, em 1953. A intimidade com a religião, que tinha começado na Bahia, facilitou o seu contato com sacerdotes e autoridades e ele acabou sendo iniciado como babalaô – um adivinho através do jogo do Ifá, com acesso às tradições orais dos Iorubás. Além da iniciação religiosa, Verger começou nessa mesma época um novo ofício, o de pesquisador. O Instituto Francês da África Negra (IFAN) não se contentou com os dois mil negativos apresentados como resultado da sua pesquisa fotográfica e solicitou que ele escrevesse sobre o que tinha visto.  Começa a escrever artigos junto com as fotos devido ao seu interesse pela cultura afro-baiana e a origem desta nos países africanos do Golfo do Benim. Acabou se encantando com o universo da escrita como fruto de suas pesquisas e não parou nunca mais.

Apesar de ter se fixado na Bahia, Verger nunca perdeu seu espírito nômade. A história, os costumes e, principalmente, a religião praticada pelos povos Iorubás e seus descendentes, na África Ocidental e na Bahia, passaram a ser os temas centrais de suas pesquisas e sua obra. Passa a viver como um mensageiro entre esses dois lugares: transportando informações, mensagens, objetos e presentes. Como colaborador e pesquisador visitante de várias universidades, conseguiu ir transformando suas pesquisas em artigos, comunicações e livros. Em 1960, comprou a casa da Vila América. No final dos anos 70, ele parou de fotografar e fez suas últimas viagens de pesquisa à África. Em seus últimos anos de vida, a grande preocupação de Verger passou a ser o de disponibilizar o seu estudo e pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Na década de 1980, a Editora Corrupio cuidou das primeiras publicações no Brasil. Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV), da qual era doador, mantenedor e presidente, assumindo assim a transformação da sua própria casa na sede da Fundação e num centro de pesquisa com a tarefa de prosseguir com o seu trabalho.

ArtRio : galerias selecionadas

12/jul

A ArtRio chega a sua oitava edição e reforça, entre suas principais metas, a valorização da arte brasileira. O comitê de seleção já definiu as galerias que participarão dos programas PANORAMA e VISTA. A feira acontece entre os dias 26 e 30 de setembro, na Marina da Glória.

 

As galerias e artistas participantes dos programas SOLO, MIRA, BRASIL CONTEMPORÂNEO, PALAVRA e IDA serão definidos pelos curadores.

 

Em 2018, a feira de arte irá focar na qualidade, inovação e apresentação de novos nomes para possibilitar ao público uma experiência enriquecedora e diferenciada de visitação, possibilitando, também, uma ampliação do colecionismo.

 

“Temos muito orgulho do espaço conquistado pela ArtRio frente ao cenário mundial da arte. Entre nossas prioridades está reforçar a arte brasileira neste mercado, tanto com o reconhecimento aos grandes nomes de nossa história como também com a apresentação de nova geração de artistas. Temos hoje no Brasil um mercado amadurecido, em total sintonia com as melhores práticas e regras éticas da cadeia global. Nossos artistas são destaques de grandes mostras em países europeus e nos Estados Unidos, e estão presentes em algumas das mais importantes coleções privadas e acervos de museus e instituições. Assim como em outros anos, vamos receber na ArtRio grupos de colecionadores e curadores brasileiros e internacionais”, reforça Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

 

O comitê de seleção de 2018 é formado pelos galeristas Alexandre Gabriel (Fortes D’Aloia & Gabriel/ SP e RJ); Anita Schwartz (Anita Schwartz Galeria de Arte / RJ); Elsa Ravazzolo (A Gentil Carioca / RJ); Eduardo Brandão (Galeria Vermelho / SP) e Max Perlingeiro (Pinakotheke / RJ, SP e FOR).

 

A ArtRio é apresentada pelo Bradesco, pelo sétimo ano consecutivo, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. O evento tem patrocínio de Stella Artois, apoio do site hoteis.come apoio institucional da Valid, Bondinho Pão de Açúcar, Bacardi e Estácio. A rede Windsor será a rede de hotel oficial do evento.

 

A feira de arte faz parte do calendário oficial de eventos da cidade do Rio de Janeiro.

 

Programas

 

  • PANORAMA

 

Participam galerias com atuação estabelecida no mercado de arte moderna e contemporânea.

 

  • VISTA

 

Programa dedicado às galerias jovens, com até 10 anos de existência, contando com projetos expositivos desenvolvidos exclusivamente para a feira.

 

Galerias participantes da ArtRio 2018

 

PANORAMA

 

  • A Gentil Carioca – Rio de Janeiro
  • Almeida & Dale Galeria de Arte – São Paulo
  • Anita Schwartz Galeria de Arte – Rio de Janeiro
  • Athena Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Athena Galeria de Arte – Rio de Janeiro
  • Bergamin & Gomide – São Paulo
  • Carbono Galeria – São Paulo
  • Casa Triângulo – São Paulo
  • Cassia Bomeny Galeria – Rio de Janeiro
  • Celma Albuquerque – Belo Horizonte
  • Emmathomas Galeria – São Paulo
  • Fólio – São Paulo
  • Fortes D´Aloia & Gabriel – São Paulo / Rio de Janeiro
  • Galeria de Arte Ipanema – Rio de Janeiro
  • Galeria Estação – São Paulo
  • Galeria Inox – Rio de Janeiro
  • Galeria Karla Osorio – Brasília
  • Galeria Marilia Razuk – São Paulo
  • Galeria Millan – São Paulo
  • Galeria Murilo Castro – Belo Horizonte
  • Galeria Nara Roesler – São Paulo / Rio de Janeiro / Nova York
  • Galeria Ralph Camargo – São Paulo
  • Galeria Superfície – São Paulo
  • Gustavo Rebello Arte – Rio de Janeiro
  • Hilda Araujo Escritório de Arte – São Paulo
  • Luciana Caravello Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Lurixs– Rio de Janeiro
  • Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte – Rio de Janeiro
  • Matias Brotas Arte Contemporânea – Vitória
  • Mercedes Viegas Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Movimento Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Mul.ti.plo Espaço Arte – Rio de Janeiro
  • Paulo Kuczynski Escritório de Arte – São Paulo
  • Pinakotheke – Rio de Janeiro / São Paulo / Fortaleza
  • Portas Vilaseca Galeria – Rio de Janeiro
  • Roberto Alban Galeria – Salvador
  • Ronie Mesquita Galeria – Rio de Janeiro
  • Silvia Cintra + Box 4 – Rio de Janeiro
  • SIM Galeria – Curitiba
  • Simões de Assis Galeria de Arte – Curitiba
  • Vermelho – São Paulo
  • Zipper Galeria – São Paulo

 

VISTA

 

  • Boiler Galeria – Curitiba
  • Cavalo – Rio de Janeiro
  • Central Galeria – São Paulo – ESTREIA
  • C. Galeria – Rio de Janeiro
  • Espace L & Coleção Finkelstein – Genebra (Suíça)
  • Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Janaína Torres Galeria – São Paulo – ESTREIA
  • Martha Pagy Escritório de Arte – Rio de Janeiro
  • Sé Galeria – São Paulo – ESTREIA

 

 

A editora Taschen terá um estande com seus principais títulos.

 

Curadoria

 

A ArtRio 2018 terá em sua programação os seguintes programas curados:

 

MIRA – indo para sua segunda edição em 2018, o programa cresce e, além do vídeo, incorpora também a música. As obras serão projetadas em um grande telão ao ar livre. O curador David Gryn faz sua estreia na ArtRio. Gryn é curador do programa de vídeo da Art Basel Miami Beach. A música ao vivo terá a assinatura do DJ inglês Max Reinhardt, músico, locutor e apresentador do Late Junction na BBC Radio 3.

 

BRASIL CONTEMPORÂNEO – primeira edição esse ano, terá curadoria de Bernardo Mosqueira e será dedicado a galerias e/ou artistas fora do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. A criação deste novo programa possibilitará um destaque para uma visão mais ampla da produção artística nacional.

 

IDA – dedicado ao design, ganha novo formato em 2018 com a curadoria de Renato Tomasi. Com a participação de designers, galerias e estúdios, o programa estará mais integrado à feira e pretende mostrar a diversidade da produção brasileira tanto pela ótica da criação e produção como também pela variedade de matérias primas encontradas no país.

 

SOLO – Programa destinado a projetos expositivos que exibam um recorte das coleções de importantes colecionadores de arte.

 

PALAVRA – com curadoria da poetisa e artista plástica Claudia Sehbe, mostra como a palavra – escrita e falada – está presente nos diferentes processos de criação da arte.

 

Mais do que uma feira de reconhecimento internacional, a ArtRio é uma grande plataforma de arte, com atividades e projetos que acontecem ao longo de todo o ano para a difusão do conceito de arte no país, solidificar o mercado e estimular o crescimento de um novo público.

 

 

De 27 a 30 de setembro (quinta-feira a domingo)

Preview – 26 de setembro (quarta-feira)

Ingressos: R$ 40 / R$ 20

Local: Marina da Glória – Av. Infante Dom Henrique, S/N

O Imaginário da Arte

04/jul

A Mul.ti.plo Espaço de Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, reúne edições de artistas estrangeiros. Sendo a primeira galeria a trazer para o Rio obras múltiplas e gravuras de reconhecidos artistas plásticos estrangeiros, a galeria volta a eles em sua nova exposição. A coletiva “O Imaginário da Arte” fica em cartaz de 20 de junho a 28 de julho e traz um conjunto de trabalhos realizados por vários desses artistas: Antoni Tàpies, Christo, Carlos Cruz-Diez, Ed Ruscha, Georg Baselitz, Jannis Kounellis, Jaume Plensa, José Pedro Croft, Leon Ferrari, Luis Tomasello, Regina Giménez Ross Bleckner, Helen Frankenthaler, para citar alguns.

 

– Trata-se de um campo ampliado que, a um só tempo, afirma a singularidade de cada obra, bem como o universal caráter adimensional da arte, portanto, o despropósito de impor fronteiras a ela. Sendo de todos, também é nossa – diz Maneco Muller, sócio da galeria. – A mostra não tem a pretensão de ser um recorte curatorial, mas simplesmente apresentar estas realizações de elevada voltagem poética.

 

A exposição que apresenta cerca de 20 obras do acervo da galeria não é uma retrospectiva. Mas, de certa forma, conta um pouco da trajetória de uma das atividades que a galeria vem desempenhando durante estes sete anos e meio de sua existência.

Cidades invisíveis de Luiz Martins

O Museu de Arte Sacra de São Paulo -MAS-SP, Estação Tiradentes, São Paulo, SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado, inaugura “Cidades Invisíveis”, do artista plástico brasileiro Luiz Martins, sob curadoria de Ian Duarte Lucas. A mostra – formada por esculturas, fotografias e vídeos – elege o tempo presente, mesmo que instantâneo, como tema, e se desenvolve a partir do livro homônimo de Ítalo Calvino. Atento à passagem do tempo – em especial acerca de como o indivíduo se relaciona com seus entornos privado e coletivo -, o artista busca, nesta produção, uma poética dentro da relação homem – cidade, considerando vestígios esquecidos pelas ruas.

 

A cidade é cenário para importantes manifestações humanas, que se desdobram em suas entranhas. “Em constante mutação, o homem se insere neste novelo de passagem: passagem do tempo, que tudo transforma, e cria novos significados na memória de quem habita a cidade. E essa poética se manifesta pelos objetos que o homem cria e utiliza em suas mais diversas atividades”, comenta o curador. Em “Cidades Invisíveis”, Luiz Martinsutiliza a linguagem tridimensional para abordar o espaço e suas novas possibilidades territoriais, restaurando e ressignificando o cotidiano pela aplicação do conceito de “semióforo” em objetos e fragmentos, os quais perdem o status de “coisa” e passam a transmitir energia e força afetiva. Nas palavras de José Carlos Marçal de Barros, diretor executivo do MAS-SP: “Na mostra, Luiz Martins nos mostra as cidades que não vemos, nos conduz a pensar no que existe por traz da máscara arquitetônica de grandescidades nas quais vivemos e que, na realidade, não conhecemos. Sentimentos, paixões, alegrias e tristezas, emoções que poucas vezes afloram à vista do público”.

 

Ao se deparar com a presente exposição, espera-se que o espectador entenda a potencialidade de cada objeto, os quais representam, em suma, os reflexos do drama interior do homem em sociedade. Espera-se que sentimentos da individualidade contemporânea se tornem visíveis através deste processo mental. Nos dizeres do curador: “O homem, enquanto um ser artista, é antes de tudo um ser sociável: se expressa na construção de diferentes diálogos com o seu tempo, a sociedade em que se insere, e consigo mesmo. Materializar esta expressão na forma da obra de arte é a maneira mais sublime de contemplar a fugacidade destas relações. O esquecimento desfigura os vestígios que o homem produz, e cabe ao artista revelar a poética destes objetos, por meio de sua sensibilidade, ao perceber algo latente e revelador nas coisas mais simples do cotidiano, memórias de uma vida que o tempo implacavelmente apagou”.

 

 

Sobre o museu

 

Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Sacra de São Pauloé uma das mais importantes instituições do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 28 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulopassou a ocupar ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, última chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo IPHAN, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulodetém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos 16 e 20, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 18 mil itens no acervo. O museu possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.

IMS – SP exibe Seydou Keïta

28/jun

O Instituto Moreira Salles, Avenida Paulista, exibe a extraordinária coleção de fotografias do malinês Seydou Keïta. Ao longo de sua carreira, Seydou Keïta (1921-2001) produziu inúmeros retratos dos habitantes de seu país. Em seu estúdio, localizado perto da estação ferroviária de Bamako, registrava as expressões, os vestuários e os gostos dos visitantes que passavam por lá. Realizadas entre 1948 e 1962, suas imagens também mostram um período de transformação no Mali, quando o país caminhava rumo à sua independência, em 1960.

 

A exposição apresenta 130 obras do fotógrafo, considerado um dos precursores dos retratos de estúdio na África. A curadoria é de Jacques Leenhardt, diretor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, e Samuel Titan Jr., coordenador executivo cultural do IMS.

 

A mostra, um recorte da extensa produção do fotógrafo, inclui 48 tiragens vintage, em formato de  18 x 13 cm, ampliadas e comercializadas pelo próprio Keïta em Bamako, nenhuma delas jamais mostrada no Brasil. As demais 88 obras são fotografias ampliadas na França, sob a supervisão de Keïta, ao longo da década de 1990, quando sua obra é redescoberta no país e também nos Estados Unidos. Em formatos mais clássicos (40 x 50 cm e 50 x 60 cm) ou francamente murais, chegando a 1,80 x 1,30 m, sinalizam a entrada do seu trabalho num circuito internacional de galerias e museus.

 

 

 

Até 29 de julho.

Performance inédita

Francisco Dalcol é o curador de “∆ORIST∆” e Andressa Cantergiani a convidada da Galeria Ecarta, Porto Alegre, RS. A exposição destaca a produção da artista gaúcha no campo da performance. Fundadora e gestora da galeria Península e da Bronze Residência, ambas em Porto Alegre, Andressa Cantergiani tem realizado projetos individuais e em programas de residência, resultando em ações performáticas tanto em espaços públicos quanto institucionais de cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Berlim e Lisboa.

 

Para apresentar um olhar curatorial sobre essa produção artística que se dá ao vivo diante do público, deixando posteriormente apenas registros como imagens e outros rastros, o curador Francisco Dalcol toma a noção de “aoristo” como mote conceitual.

 

“Trata-se de um tempo verbal remoto, existente em línguas como o grego e o sânscrito, que se refere a um passado indefinido e indeterminado. Ao emprestar o sentido de uma ação ou um acontecimento sem que se defina seu tempo de ocorrência ou duração, a expressão é mobilizada pela curadoria como estratégia de abordagem para revisitar performances que serão apresentadas na exposição por meio de fotografias, vídeos e objetos, com interesse na performatividade própria ao devir desses vestígios”, comenta o curador.

 

Integram o projeto expositivo novas ações e trabalhos que a artista desenvolverá no contexto da mostra na Galeria Ecarta, com destaque para “Combate”, uma performance no Museu do Exército de Porto Alegre, em que Andressa Cantergiani passará vivendo por 7 dias entre os tanques de guerra, carros de combate e objetos bélicos.

 

 

De 28 de junho a 29 de julho.

FIC: Rosângela Rennó e Nervo Óptico

Seminário Ponto de Fuga: Rosângela Rennó na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, a artista mineira é a convidada do último Seminário Ponto de Fuga. O fim de semana traz, ainda, oficina para crianças e Cine Iberê com lançamento de documentário sobre o grupo Nervo Óptico.

 

 

Inscrições online

 

No sábado, 30, às 16h, acontece o último encontro do Seminário Ponto de Fuga, com a artista visual mineira Rosângela Rennó. A artista vai apresentar destaques de sua trajetória e, em especial, seu último trabalho: “Rio Utópico”. Apresentado em 2018 no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, “Rio Utópico” faz um mapeamento fotográfico espontâneo de comunidades do Rio de Janeiro cujos nomes sugerem uma situação utópica. Para a obra, Rosângela trabalhou com jovens moradores dessas comunidades, que foram orientados a fotografar e pesquisar o local onde vivem. A exposição mostra como as pessoas representam seus próprios lugares, como se mobilizam em torno da produção de imagens e como a paisagem do Rio de Janeiro é muito mais diversa do que estamos acostumados a ver.

 

 

Sobre a artista

 

Rosângela Rennó é artista visual e seu trabalho explora fotografias, instalações e objetos por meio da utilização de imagens fotográficas de arquivos públicos e privados, abordando questões acerca da natureza da imagem, seu valor simbólico e seu processo de despersonalização. Realizou diversas exposições individuais, entre elas, na Fundação Gulbenkian, Lisboa/Portugal, Fotomuseum, em Winterthur, e Photographer’s Gallery, em Londres. Seus trabalhos estão em alguns dos principais museus de arte do mundo, como o Reina Sofia, em Madri, Tate Modern, em Londres, Arts Institute of Chicago, Guggenheim, em Nova York, e  Stedelijk, Amsterdan. É formada em Arquitetura pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte (1986) e em artes plásticas pela Escola Guignard, Belo Horizonte (1987). É Doutora em artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo (1997).

 

 

30 de junho de 2018, sábado, 16h.

Nova galeria em Ipanema

26/jun

A nova Galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou com exposição sob a curadoria de Marcelo Campos. O casarão amarelo da Aníbal de Mendonça, no conhecido “quadrilátero dourado” de Ipanema, passou a abrigar o espaço dedicado à arte contemporânea cuja proposta é ser um centro propulsor da arte, com exposições, mas também performances, workshops, visitas guiadas, com vistas a uma programação diversificada. A exposição de inauguração “Luzes indiscretas entre colinas cônicas” reúne obras de 13 artistas que têm em comum temas relacionados à luz, ao corpo e a paisagem. Os expositores são Anna Kahn, Brígida Baltar, Claudio Tobinaga, Hugo Houayek, Jimson Vilela, Leo Ayres, Lívia Flores, Osvaldo Gaia, Roberta Carvalho, Robnei Bonifácio, Thiago Ortiz, Tiago Sant’Ana e Yoko Nishio.

 

 

A palavra do curador e a exposição

 

A proposta de Marcelo Campos com esta exposição é unir trabalhos que tratem de ideias relacionadas à luz, ao corpo e a paisagem. Ele se baseou no relato de viajantes que se deparavam com as cidades brasileiras e em três conceitos que se tornaram evidentes: a luz, a transbordante paisagem e o gentio. 

 

“Recebi o convite e todo o material dos artistas e logo percebi o interesse da galeria sobre discussões atuais e sociais. A exposição inaugural vai trazer um pouco da consciência de assuntos do presente, cedendo espaço para artistas atuais”.

 

“Mário de Andrade, em O turista aprendiz, destaca a luz das manhãs no subúrbio do Rio de Janeiro e uma ‘certa’ característica “indiscreta” nas pessoas, nas ruas. George Gardner, em Viagem ao interior do Brasil, inicia seu trabalho de campo no litoral e não se furta em valorizar a transbordante beleza da natureza, a cidade por entre ‘colinas cônicas’,” 

 

Os artistas desta exposição olham a cidade como se fôssemos mergulhar de trampolim em direção ao pleno viver. Porém, há outras luzes que transcendem e atravessam esta observação, a luz da noite, das encruzilhadas, dos paraísos artificiais, dos néons, dos espelhos, conclui o curador

 

 

A palavra de Simone Candinelli

 

“A galeria tem a proposta de formar, administrar e representar a carreira de artistas. Por isso, inauguramos com um portfólio diverso, mas em total harmonia com o tema proposto”.

 

 

Até 08 de agosto.