Proteção e liberdade

23/out

A artista plástica e arquiteta Cláudia Castro Barbosa inaugurou a individual “Janelas”, no Centro Cultural Candido Mendes, Ipanema. São 15 trabalhos que retratam metáforas entre o dentro e o fora.

A palavra da artista

“A paisagem se replica sob diferentes lembranças e humores, tendo como tema a contraposição das montanhas com o espaço urbano, do dia com a noite, do abstrato e do geométrico frente ao caos da natureza, além de um fascínio pela visão do primitivismo do mar e do céu, separados pela linha do horizonte. A intenção é proporcionar ao observador uma ilusão de proteção e, ao mesmo tempo, de liberdade”.

A mostra permanecerá em cartaz até 17 de novembro.

Exposição e livro

Chama-se “O fardo, a farda, a fresta”, a nova exposição individual de Rivane Neuenschwander na Fortes D’Aloia & Gabriel, Galpão, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, abrirá no próximo sábado, dia 28 de outubro.

Na mostra, em cartaz até 16 de desembro, Rivane Neuenschwander aborda a persistência contemporânea de estruturas herdadas dos anos da ditadura militar no Brasil (1964 – 1985) por meio da tradução de relatos e lembranças ambientadas no período em configurações visuais. Lançamento do livro “Reviravolta de Gaia” de Rivane Neuenschwander e Mariana Lacerda, Editora Cabogó e M-1edições.

Gonçalo Ivo em Balneário Camboriú

18/out

A exposição individual de pinturas de Gonçalo Ivo, “Imagem do Tempo”, inicia – até 21 de outubro – suas últimas exibições na Simões de Assis, Balneário Camboriú, SC. Vale o registro.

A exposição “Imagem do Tempo” apresenta diferentes conjuntos de trabalhos do artista, reunindo as principais dimensões da sua produção recente. Entre as pinturas mais atuais estão as Cosmogonias – série que teve início logo antes da pandemia e que continua se manifestando em composições estelares e siderais, como órbitas e planetas imaginados que engendram seu próprio universo particular. Mas há também séries como “O Jogo das Contas de Vidro”, que empresta seu título do romance homônimo de Herman Hesse – uma história que se passa em um período indefinido, muitos séculos no futuro. De um lado, há exemplos de obras como “Rio São Francisco”, que alude a um dos mais importantes cursos de água doce do território brasileiro, parte de um conjunto de trabalhos que reverenciam fluxos geográficos e marcadores culturais de diferentes lugares (nesse mesmo corpo está a série “Tissue d’Afrique”, por exemplo). Junto delas há as pinturas intituladas “Navegantes”, que não só remetem à água, mas aos corpos que nela velejam, contando histórias de travessias e percursos míticos e místicos…Assim, para Gonçalo Ivo, a pintura em tela, papel, tecido ou sobre objetos de madeira é a linguagem mais pura e poderosa para se comunicar. A tinta óleo, a têmpera e a aquarela são seus meios escolhidos; o cosmos, a música, a natureza, a história e a cultura são seus temas. Mas, em verdade, sua obra é capaz de transcender até mesmo essas categorias tão vastas e elusivas: seus trabalhos são o próprio tempo das coisas de um mundo que um dia existiu, que existe hoje e que um dia virá a existir.

Julia Lima

Palestra de Daniela Name

A crítica de arte e pesquisadora Daniela Name falará no dia 24 de outubro, às 18h, sobre as obras da artista Amelia Toledo (1926-2017) expostas em “O rio (e o voo) de Amelia no Rio”, na Nara Roesler Rio de Janeiro, que foi prorrogada até 04 de novembro.

Daniela Name foi curadora, juntamente com Marcus de Lontra Costa, da exposição “Forma fluida”, primeira grande mostra panorâmica dedicada à obra de Amelia Toledo no Rio de Janeiro, realizada no Paço Imperial, de 17 de dezembro de 2014 a 1º de março de 2015.

Com mais de 50 obras – entre pinturas, esculturas, objetos, aquarelas, serigrafias e desenhos – “O rio (e o voo) de Amelia no Rio”, na Nara Roesler, ilumina o período frutífero e experimental da produção da artista quando viveu no Rio, nos anos 1970 e 1980, que marcou sua trajetória, reverberando em trabalhos posteriores.

Além de obras icônicas, como o livro-objeto “Divino Maravilhoso – Para Caetano Veloso” (1971), dedicado ao cantor e compositor, ou trabalhos que estiveram em sua impactante individual “Emergências”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1976, a exposição na Nara Roesler Rio de Janeiro traz pinturas e aquarelas inéditas, em que o público pode apreciar sua experiência com a luz, e a incorporação em seu trabalho de materiais como pedras, conchas marinhas e cristais.

Novo artista representado

10/out

A Simões de Assis, São Paulo, SP, tem a alegria e o prazer de anunciar a representação de Flávio Cerqueira (São Paulo, 1983). O artista explora a construção de narrativas a partir de figuras humanas em bronze, evocando questões importantes de classe, identidade e raça. A partir de suas esculturas, Flávio Cerqueira é capaz de cristalizar o instante e o fragmento de uma ação, tornando desse modo o espectador um coautor na produção de significados da obra.

Seu trabalho faz parte de relevantes coleções particulares e figura no acervo de importantes instituições, como: Instituto Inhotim, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Pinacoteca do Estado de São Paulo, Universidade de Missouri Kansas City (UMKC); Museu Afro Brasil, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) e Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), entre outros.

Impressão em madeira

09/out

A xilogravura de Fernando Mendonça, exposta na Galeria Paulo Fernandes de São José do Barreiro até 29 de novembro, é resultado de um olhar atento ao mundo da arte e ao mundo das coisas. A mostra, que privilegia a exibição das matrizes, reúne dezenas de entalhes em madeira produzidos pelo artista em mais de vinte anos e que pertencem a diferentes colecionadores. Mais do que uma antologia, a montagem pretende compor um grande corpo expressivo, marcado por um profundo interesse em trazer à tona cenas invisibilizadas, que passam despercebidas no cotidiano massacrante das grandes cidades, e por uma busca incessante pela revalorização de técnicas e materiais considerados de menor importância na cultura contemporânea. O reaproveitamento de elementos de refugo e a atenção em construir imagens apenas aparentemente banais criam um terreno fértil para o desenvolvimento de projetos que envolvem também a comunidade do entorno, com a realização de oficinas e aulas práticas nas escolas da região.

Maranhense radicado no Rio há 40 anos, Fernando Mendonça é um artista multifacetado. Trabalha a pintura, o desenho, a impressão em madeira e também desenvolve uma série de atividades relacionadas à arte-educação e movimentos de cultura popular. “Sou um fazedor de coisas”, explica. A xilogravura entra relativamente tarde em sua produção, em 2000, e já recebe no mesmo ano uma premiação no Arte Pará. E foi se impondo como linguagem, permitindo uma conexão entre diferentes aspectos de sua obra, que privilegia a observação e a busca de fazer arte a partir daquilo que é precário e popular, numa evidente conexão com a literatura de cordel, com o expressionismo e, mais especificamente, com a gravura de mestres brasileiros como Goeldi.

A simplicidade, o gesto rápido e a potência do desenho que o artista extrai das tábuas que coleta nas ruas ou nas feiras traduzem um treino permanente em captar num instante a passagem do tempo. “Tem tanta coisa onde você acha que não tem coisa nenhuma”, diz ele, que atribui o exercício de observação a partir do desenho às lições de Rubens Gerchman, cujas oficinas frequentou ainda jovem, em São Luís. Gerchman pedia aos alunos que desenhassem um bloco por dia, como um diário de bordo. Mendonça conta que, para conseguir papel suficiente, precisou recorrer a um vendedor de papel a quilo, para reciclagem, usando o verso das bobinas para esse treino.

Em seus trabalhos descobrimos cenas que poderiam passar despercebidas: deslocamentos urbanos, enchentes, festas populares, encontros amorosos, fachadas de casarios e partidas de futebol, nas quais um defeito na madeira é transformado em bola. Como descreveu Ronaldo Brito no catálogo da exposição realizada em 2004 que apresentou a obra de Mendonça ao público carioca, “tudo aqui exprime movimento, a começar por essas tábuas finas e compridas, que repetem instintivamente a forma nas ruas”.

A exposição de São José do Barreiro, bem como a anterior, realizada na Galeria de Paulo Fernandes no Centro do Rio, privilegiaram os entalhes, em detrimento das impressões derivadas dessas matrizes. Em parte, porque essa opção evidencia a íntima relação entre aquilo que é sugerido pelos veios da madeira e o desenho que Mendonça extrai da peça durante o entalhe, num movimento orgânico. E em parte porque a exibição desses baixos-relevos ilumina a intenção clara, quase política, adotada pelo artista de valorizar materiais básicos, elementares, e prenhes de significado.

Uma arte que reflete intensamente o movimento de resistência simbolizado pelos terrenos quilombolas em que sempre viveu, seja no Bairro da Liberdade, em São Luís, onde passou a infância e juventude, seja na Gamboa, região conhecida como a Pequena África no Centro do Rio de Janeiro, onde vive no momento.

Há algo mágico nesse resgate. “Ali viveu uma árvore, talvez seja uma forma de dar-lhe uma sobrevida”, confessa. “Você passa por louco”, brinca, complementando que se sente fascinado com esse aspecto primordial do trabalho em madeira, que remete às primeiras expressões do homem. E relembra como essa recuperação daquilo que é enjeitado pela sociedade de consumo marca profundamente a arte brasileira, estando na base da produção de mestres como Castagneto, Farnese e Krajcberg. Um resgate que pode ser profundamente inspirador para os jovens a quem oferece suas oficinas, não apenas ensinando técnicas de impressão e artesania, mas garantindo um espaço de livre expressão e de ampliação da percepção e sensibilidade. Algo como “dar uma bola e tomar o celular”, brinca.

Maria Hirszman

Projeto Vênus na Central Galeria

Denominada de “Cansado”, entrou em caratz a exposição individual de Felipe Barsuglia na Central Galeria, Vila Buarque, em parceria com o Projeto Vênus. A exposição é de curta duração e poderá ser visitada por duas semanas, até 21 de outubro.

Em sua segunda individual em São Paulo, Felipe Barsuglia apresenta obras em diferentes suportes com um discurso pictórico para tratar do cansaço na sociedade contemporânea. Byung-Chul Han, em “Sociedade do cansaço” (2017, editora Vozes) designa o funcionamento das culturas ocidentais como o de uma “sociedade do desempenho”, onde a positividade imposta gera uma violência neural. Felipe Barsuglia observa uma cultura de repetição por meio do fazer quase que maquínico. No trabalho, na escola, em eventos sociais, no descanso, etc., os sujeitos estão cansados sem ao menos perceber, pois os cotidianos se tornam cada vez mais automáticos, não proporcionando abertura ao olhar diferente.

“Cansado” inaugurou na Central Galeria e no mesmo dia, após o encerramento na galeria, o evento proseguiu no Cine Cortina com a projeção de vídeos de Felipe Barsuglia produzidos desde 2014.

Sobre o artista

Desde 2015, Felipe Barsuglia vem desenvolvendo uma produção artística que abrange diversas mídias. Em 2016, desenvolveu o projeto online “Site-terapia”, para o banalbanal.org. Entre suas exposições individuais, destacam-se:  “Legal” de 2022 na Lanterna Mágica, São Paulo, e “Milanesa” de 2020 na Anita Schwartz Galeria de Arte, Rio de Janeiro. Entre coletivas: “vaidade infinita” de 2021 no Rio de Janeiro; “Parabéns” de 2019 no Edifício Tinguá, São Paulo; “os dois a 80km/h” de 2018 na Caixa Preta, Rio de Janeiro; “Coletiva” de 2018 no Auroras, São Paulo; “Where is your god now?!” de 2017 em Budapest, Hungria.

A Casa é Nossa

06/out

Acaba de nascer um novo complexo cultural agregador no Rio de Janeiro: a Sala Partisan, na Lapa. Convidado para assumir a curadoria das exposições do espaço, que abre as portas ao público no sábado, dia 07 de outubro, o produtor de artes visuais Paulo Branquinho logo reuniu um grupo de 21 artistas para uma mostra arrojada, à altura da aguardada ocasião.

Artistas participantes

Adriana Nataloni, Albenzio Almeida, Ana Rutter, Ângelo Milani, Antônia Philipsen Boaventura, Bruca Manigua, Deisi Paiva, Domenico Salas,  Edna Kauss,  Ed Di Lallo, Edson Landim,  Enéas Valle, Ismael Davi, Jung Wladimyr, Lara Milani,  Lina Zaldo,  Lúcia Meneghini, Marcelo Gomes, Mário Campioli, Solange Palatnik e Umberto França integram o grupo convidado para a mostra intitulada “A Casa é Nossa”.

“Além de ser configurada como um grande salão para receber exposições, como esta que será apresentada, a sala dispõe também de um bar e drinqueria, um convite para um bom bate papo, música, artes visuais, performances, lançamentos de livros e o que mais vier com a proposta de incentivar a cena cultural carioca”, diz Paulo Branquinho.

A versatilidade dá o tom deste primeiro evento, antecipando o que está por vir. Conhecido por seus trabalhos com troncos de árvores mortas, o escultor (e velejador) Albenzio Almeida levará suas esculturas em ferro oxidadas pelo mar, criadas especialmente para o evento. Edna Kauss, apresentará uma obra in situ, um portal com iluminação de lâmpadas de neon criado para o local, onde o visitante “entra” em sua obra de linhas e luzes. Mário Campioli, mestre em efeitos especiais e hiper-realismo, promete uma performance no mínimo impactante: chegará acompanhado de um jovem modelado por ele em silicone.

Visitação: de 10 a 28 de outubro.

Individual no Ateliê 31

A artista Yuli Anastassakis apresenta até o dia 27 de outubro, a exposição individual “Plantas Imaginárias de Proteção”, no Ateliê 31, centro do Rio de Janeiro, com texto crítico de Shannon Botelho. Na mostra, composta integralmente por obras em bordados, Yuli apresenta um recorte recente de sua pesquisa, na qual investiga as dinâmicas do tempo, sua transcorrência, sua velocidade e os sentidos por ele abarcados. Em “Plantas Imaginárias de Proteção”, a artista que atualmente vive em Lisboa (Portugal), sugere um momento em que a projeção de imagens nos auxilia a pensar o presente e as possíveis formas de proteção que as plantas podem nos ofertar. Nos trabalhos apresentados são dispostas espécies inventadas para nos proteger, uma vez que o real não basta e a imaginação criadora atravessa os véus do mundo palpável, como amuletos bordados.

“Após tantos séculos, os humanos – apesar da negação sistêmica – não conseguiram abandonar, nem desentender as plantas como seres protetores. Por esta razão esta exposição acontece, como um misto de imaginação, desejo, crença e celebração das formas de proteção que subsistem ao embrutecimento do mundo contemporâneo”, explica Shannon Botelho no texto crítico da exposição. Indicada ao Prêmio Pipa 2023, Yuli Anastassakis cativa o observador pela poética do seu trabalho a partir da identificação que cada um, individualmente, se relacionará com o seu sentido de proteção.

Sobre a artista

Nascida em Nova Iguaçu, RJ (1977), e atualmente vivendo em Lisboa, Portugal, Yuli Anastassakis desenvolve trabalhos em bordado, fotografia e pintura. Nos últimos anos vem pesquisando a relação entre arquivos, plantas, palavras, tempo e memória. Seu trabalho parte de reflexões relacionadas às seguintes questões: o tempo do bordado, o tempo das plantas; o tempo expandido e as tentativas de desaceleração; as relações entre plantas, pessoas e suas crenças; a captura e arquivamento das coisas do mundo; a memória do tempo presente; a forma como tentamos guardar imagens e palavras e a maneira como elas tendem a desaparecer. É Bacharel em Ciências Sociais pelo IFCS/UFRJ e Mestre em Processos Artísticos Contemporâneos pelo PPGARTES/UERJ. Fez cursos de vídeo-arte, desenho e pintura na EAV do Parque Lage. Atualmente participa do grupo de acompanhamento artístico do NowHere_Lisboa, com orientação de Cristiana Tejo. Foi assistente dos artistas Barrão e Carlito Carvalhosa. Trabalha como produção de/para arte desde 1998.

Sobre o Ateliê 31

Com um total de 220 m² e localizado em um ponto estratégico do centro do Rio de Janeiro – Rua México 31 -, próximo aos principais museus, centros culturais, estações de metrô e teatros da cidade, o Ateliê 31 é um espaço de arte independente e com a proposta de proporcionar aos artistas cinco salas exclusivas de ateliês; uma sala para exposições que abrigará mostras coletivas e individuais; uma sala para residentes nacionais e/ou estrangeiros; áreas comuns para encontros, troca de ideias e criações; ambiente colaborativo para workshops, palestras e outros eventos; e suporte para artistas contemporâneos, através do acompanhamento artístico e de carreira com Shannon Botelho, curador e crítico de arte, responsável pela gestão artística do espaço. O Ateliê 31 é um ponto de encontro para a cena artística carioca e potencializador do projeto de revitalização do centro do Rio de Janeiro.

Exposições simultâneas

04/out

Segue em cartaz até o dia 21 de outubro, três individuais simultâneas na Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. No térreo, no grande cubo branco, está “Pedra Latente”, do celebrado artista Rodrigo Braga; no segundo andar expositivo estão as esculturas em aço pintado com tintas automotivas de Michelle Rosset – que apresenta um vídeo no contêiner no terraço – e as pinturas de Esther Bonder.

Após cinco anos sem expor no Rio, desde que se mudou para Paris no final de 2018, Rodrigo Braga mostra agora obras inéditas e recentes, em desenhos e fotografias que aprofundam e radicalizam sua pesquisa iniciada em 2017, no Cariri cearense e nas regiões de pedras calcárias na França. O artista discute uma saída para além das dicotomias – preto e branco, direita e esquerda, positivo e negativo. O texto crítico é de Bianca Bernardo.

Em “Pequeno Ato”, Michelle Rosset criou especialmente para a mostra quatro esculturas em aço – pintadas, cada uma, em cores primárias: amarelo, vermelho, azul e preto com tinta automotiva, resistente ao tempo -, e o ponto de partida foi a “Carta a Mondrian”, escrita por Lygia Clark (1920-1988), em 1959, quinze anos após a morte de Piet Mondrian (1872-1944). Michelle Rosset buscou em seu processo criativo fundir aspectos dos trabalhos dos dois grandes artistas. Assim, eladobrou incontáveis vezes folhas de papel quadradas em busca de “sair das formas retas para as curvas”.

Em “Sob a luz de outros sóis”, com pinturas recentes de Esther Bonder, a artista exalta a natureza em paisagens luxuriantes. Esta é a primeira individual da artista na Anita Schwartz Galeria, e a curadoria é de Sandra Hegedus, e o texto crítico de Shannon Botelho.