Fábio Miguez na Nara Roesler Rio

19/jan

A Nara Roesler, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, exibe até 17 de fevereiro a exposição “Construtor de memória”, individual de Fábio Miguez que reúne em torno de 30 pinturas realizadas ao longo de 2023, e que representam novos desdobramentos da sua série “Atalhos”. Os exemplares mais recentes da pesquisa se dividem em dois percursos principais desenvolvidos a partir de seu campo referencial pessoal e afetivo: pinturas em pequeno formato, de releituras de fragmentos de obras de mestres renascentistas, e experimentos combinatórios e geométricos derivados da planificação esquemática de volumes.

Mais do que o nome de uma série, “Atalhos” é um conceito norteador da prática de Fábio Miguez. “Atalhos” permite a junção de trabalhos formando sentenças. Dependendo da vizinhança, eles ganham, inclusive, outro sentido. Essa é a ideia do atalho, a passagem de um campo referencial a outro, que se dá na criação desses conjuntos propondo possivelmente novos sentidos”, explica o artista.

Nos últimos anos, Fábio Miguez tem se dedicado a releituras feitas a partir de fragmentos de obras de mestres renascentistas como Simone Martini, Giotto, Fra Angelico e Piero della Francesca.

Arquitetura e feminismos

21/dez

Organizada pelo Instituto Cervantes, a exposição com arquitetas, urbanistas e artistas ocupará o Instituto de Arquitetos do Brasil, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, até fevereiro de 2024.
Depois de ser exibida em Porto Alegre e Brasília, a exposição “Arquitetura e feminismos. Sem princípio nem fim”, organizada pelo Instituto Cervantes, chega ao Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), no Rio de Janeiro. Apresentando projetos de urbanismo, design e arquitetura sob uma perspectiva feminista. A curadoria de Semíramis González traz obras das criadoras espanholas e latino-americanas Ana Gallardo, Costa Badía, Julia Galán, Col-lectiu Punt 6, Colectivo offmothers, e os projetos “Women’s New European Bauhaus” – coordenado por Inés Sánchez de Madariaga -, “Madrid ciudad de las mujeres”, de Marián López Fdz. Cao e “Musas de vanguardia”, de Mara Sánchez Llorens e Luciana Levinton. Arquitetas, urbanistas e artistas, todas elas percorreram um longo caminho para reivindicar espaços feministas em edifícios e ruas, dando prioridade a outras formas de construir o mundo.
Baseada nas palavras da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, a proposta está comprometida com essa concepção “sem começo nem fim”, entendendo a arquitetura, o planejamento urbano e a criação como uma possibilidade múltipla, contínua, interseccional e sem hierarquias patriarcais.
Segundo Semíramis González, “esta exposição apresenta projetos que trabalham no eixo feminista e interseccional, desde a nova configuração das cidades com uma perspectiva de gênero, até o transporte urbano, a genealogia das mulheres arquitetas do passado ou a realidade das mulheres artistas em suas vidas, em seus espaços e nas ruas. Isso nos aproxima de algo tão comum quanto os lugares que habitamos, levando em conta o ponto de vista daqueles que tradicionalmente têm sido ignorados e propondo alternativas mais feministas”.
Houve uma performance com a Colab La Perereka (um coletivo transfeminista), e um colóquio com a participação da curadora, Semíramis González, e uma das artistas, Mara Sánchez, que veio para o Brasil especialmente para a ocasião, com tradução simultânea, tendo Marcela Abla, presidente do IAB, como moderadora.

Sobre a curadora
Semíramis González (Gijón, 1988) é curadora independente e gestora cultural especialista em questões de gênero, que se encarregou de selecionar as obras de várias artistas e coletivos de artistas contemporâneos, destacando a ideia de que a arquitetura e o feminismo são dois eixos para habitar os espaços de forma mais sustentável, igualitária e justa.

Sobre a perfomance
Colab La Perereka, um coletivo transfeminista carioca apresentou a performance “A cidade que mora em mim” (“La ciudad que habita en mí”), uma ação site especific dirigida pela artista, pesquisadora e jornalista espanhola Laura Corcuera, criada especialmente para a mostra com três artistas feministas cariocas. Esta ação artística busca contribuir para a expansão de formas poéticas de ativismo político e social. Título: “A cidade que mora em mim”. Direção: Laura Corcuera. Artistas participantes: Marta Moura, Muca Vellasco e Clarice Rito.

 

As pesquisas de Thiago Rocha Pitta

A Danielian Galeria, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta até 17 de fevreiro de 2024, a exposição “A Aurora de um Dia Seguinte”, com 19 obras inéditas e recentes do artista Thiago Rocha Pitta.

Um dos mais celebrados artistas brasileiros, atuante no circuito nacional e internacional de arte, o mineiro que vive e trabalha no Rio e em Petrópolis, ganha uma antologia de seus trabalhos recentes e inéditos, dentro de sua pesquisa dedicada ao meio ambiente e sua destruição. Com curadoria de Paulo Azeco, a mostra tem 19 trabalhos – incluindo dois conjuntos: um com 24 fotografias, e outro com 24 afrescos (técnica de pintura com cal, areia, água e pigmentos sobre aerolam), além de aquarelas e uma escultura em tecido petrificado – e vai ocupar o espaço térreo do pavilhão construído na Danielian Galeria, com 200 metros quadrados e pé direito de 4,5 metros. Há dez anos, o trabalho do artista se expandiu ao criar a Fundação Abismo, na Serra dos Órgãos, organização sem fins lucrativos, em que produz suas obras em diálogo com o alto nível de umidade, tempo imprevisível e densa vegetação tropical típica da altitude, com um projeto de educação ambiental, junto à rede escolar da região. Já são sete as obras instaladas no local.

 

Exposição Deserto Oceano Floresta

Chama-se “Deserto Oceano Floresta de Alex Červený”, uma mostra especialmente pensada para o espaço da galeria Unidade do Senac – Senac Lapa Scipião, Lapa, São Paulo, SP. Reproduzidas em adesivo, uma série de pinturas recentes organizadas lado a lado, compõem uma espécie de instalação, onde um horizonte dinâmico em forma de um cinturão panorâmico de quase 360° ocupa a sala expositiva.

Característica principal da obra de Ceverny, que une representações de paisagens ficcionais a narrativas pessoais, podemos contemplar com exclusividade a imagem da obra Mondo Reale, a maior pintura que o artista já realizou e que está acompanhada de um vídeo documental de seu processo de realização. Mondo Reale foi feita sob encomenda para a Fundação Cartier para a Arte Contemporânea em 2023 e é a primeira vez que ela é exibida no Brasil, ainda que em versão digital. Além das 14 obras que compõem a instalação, também em exibição, uma vitrine central na sala composta por miniaturas originais realizadas pelo artista em diferentes momentos, que permitem sua visualização através da disponibilização de lupas.

Curadoria de Sandra Tucci.

 

Sobre o artista

Alex Červený (1963). Vive e trabalha em São Paulo. De formação independente, Alex Červený estudou desenho e pintura com Valdir Sarubbi entre 1978 e 1982, gravura em metal e técnicas de impressão com Selma D’Affre entre 1982 e 1986, e frequentou o curso livre de litografia com Odair Magalhães, na FAAP, em 1982. Ainda no início da década de 1980, integrou a Academia Piolin de Artes Circenses e, em seguida, o Circo Escola Picadeiro, experiência que exerceu forte influência sobre o seu universo visual. O personagem que criou quando atuou como contorcionista acrobático, “Elvis Elástico: o Homem de Plástico”, retorna nas figuras retorcidas que povoam suas pinturas.

 

Até 26 de fevereiro de 2024

 

 

Uma novidade para Salvador

É com muita alegria que anunciamos a chegada da Galatea na cidade de Salvador! Em busca de ampliar o nosso público e as nossas conexões para além do eixo Rio-São Paulo, será inaugurada no dia 31 de janeiro de 2024 a nossa nova sede na Rua Chile, no centro histórico da capital baiana. Primeiro logradouro do Brasil, a rua se situa entre a Praça Castro Alves e o Elevador Lacerda. Entre as diversas construções emblemáticas que a rua abriga está o Edifício Bráulio Xavier, cujo térreo passa a ser ocupado pela Galatea. O edifício modernista é famoso por ter em sua lateral o mural intitulado A colonização do Brasil, feito pelo artista Carybé em 1964.

Para a inauguração realizaremos uma grande exposição coletiva reunindo, além de artistas representados pela galeria, como o pernambucano Aislan Pankararu, o baiano José Adário e o pernambucano radicado na Paraíba Miguel dos Santos, outros nomes de diversas áreas do Nordeste.

A reforma do espaço é assinada pelo Estúdio Anagrama. Sediado em Salvador, o estúdio se volta para a restauração e renovação de construções históricas e para a produção de arquiteturas, mobiliários e objetos com o olhar atento ao reuso.​

A chegada da galeria se alinha a um momento em que o centro histórico de Salvador recebe diversas iniciativas de restauração dos seus edifícios e de recuperação da sua vida turística e cultural. Além disso, a cidade como um todo vem acolhendo novas iniciativas e projetos no âmbito das artes visuais, como a criação do MAC – Museu de Arte Contemporânea, inaugurado em setembro; a reabertura do MUNCAB – Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira; a abertura de uma nova sede da Pivô em um casarão histórico no Boulevard Suiço; entre outros.

Estamos muito animados para começar 2024 embarcando nessa nova aventura!

 

Inauguração de uma plataforma tranversal

13/dez

O Arte Clube Jacarandá e a Lagoa Aventuras convidam para a abertura, no dia 16 de dezembro, às 11h, para a exposição “Corpo Botânico”, com curadoria do artista Vicente de Mello, que inaugura a sede do Arte Clube Jacarandá no Parque da Catacumba, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, RJ. 

Na ocasião, será apresentado o projeto arquitetônico de Zanini de Zanine e Pedro Coimbra, para a construção em 2024 da sede do Arte Clube Jacarandá para os próximos 25 anos, em parceria com a Lagoa Aventuras, concessionária do Parque da Catacumba desde 2009. O Arte Clube Jacarandá é uma plataforma transversal para exposições, reflexões e publicações, que congrega artistas visuais diversos, criado em 2014, sob a sombra da mangueira do ateliê de Carlos Vergara.

Até a construção da sede permanente no local, o Arte Clube Jacarandá ocupará com exposições temporárias o Pavilhão Victor Brecheret. Os artistas com obras em “Corpo Botânico” são: Aderbal Ashogun, Adriana Varejão, Afonso Tostes, Ana Bia Silva, Ana Kemper, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Manuel, Arjan Martins, Ayla Tavares, Barrão, Beth Jobim, Brígida Baltar, Cabelo, Carlos Vergara, Dayse Xavier, Deborah Engel, Denilson Baniwa, Everardo Miranda, Fernanda Gomes, Fessal, Gabriela Machado, Getúlio Damado, Herbert De Paz, Jacques Jesion, Joelington Rios, José Bechara, Luiz Zerbini, Luiza Macedo, Lynn Court, Mãe Celina de Xangô, Manauara Clandestina, Marcela Cantuária, Marcos Chaves, Maria Laet, Maria Nepomuceno, Mariana Manhães, Moara Tupinambá, Mulambö, Nathan Braga, Opavivará, Oskar Metsavaht, Paulo Vivacqua, Rafael Adorján, Raul Mourão, Rosana Palazyan, Siri, Tadáskía, Victor Arruda, Vitória Taborda, Waltercio Caldas e Xadalu Tupã Jekupé.

 

Arte abstrata brasileira

 

Em comemoração aos 70 anos da primeira exposição de arte abstrata feita no Brasil, a Danielian Galeria, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Abstrações Utópicas”, com aproximadamente 80 obras de mais de 50 importantes artistas, que exploraram o universo da abstração e criaram as bases desta vertente artística, presente até hoje em nosso cenário cultural, e berço da arte contemporânea brasileira. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, com consultoria de Anna Bella Geiger, que além de ter participado da exposição de 1953, no Quitandinha, em Petrópolis, também é autora junto com Fernando Cocchiaralle do livro-referência sobre o assunto.

Atuante aos 90 anos, Anna Bella Geiger ganhará uma mostra especial, inaugurando o segundo andar do pavilhão recém-construído atrás da casa principal na Danielian Galeria, onde estarão telas e “Macios”, em que vem desenvolvendo suas experiências no campo da pintura nos últimos 30 anos.

Entre os artistas da vertente abstração geométrica estão os que integraram nos anos 1950 os grupos Ruptura, de São Paulo, Frente e o movimento Neoconcreto, do Rio de Janeiro, como Ivan Serpa, Lygia Clark, Lygia Pape, Hélio Oiticica, Décio Vieira, Aluísio Carvão, Franz Weissmann e Abraham Palatnik (Rio), e Geraldo de Barros, Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto (São Paulo). Dos artistas informais estarão presentes obras de Antonio Bandeira, Iberê Camargo, Fayga Ostrower, Manabu Mabe, Maria Polo, Frans Krajcberg, Flávio Shiró e Glauco Rodrigues, entre muitos outros.

Um Diálogo Artístico Inovador

08/dez

 

 A NONADA ZN, encerrando sua agenda expositiva de 2023, exibe duas mostras distintas que convergem em um espaço de exploração artística único. A exposição coletiva “Caos Primordial”, sob curadoria de Carolina Carreteiro, e a individual “Nada mais disse”, de Raphael Medeiros, estarão em exibição nas três salas expositivas e no Galpão, respectivamente, no térreo da fábrica da Penha, Rio de Janeiro.

“Caos Primordial” é uma exposição coletiva que reúne mais de 40 artistas notáveis, cada um contribuindo para uma narrativa coletiva que se desdobra sob o novo paradigma estético apresentado por Félix Guattari em “Caosmose”. As cerca de 80 obras, entre pintura, escultura, instalação, fotografia e vídeo arte, são assinadas por nomes como Alexandre Canônico, Allan Pinheiro, Amorí, Ana Matheus Abbade, André Barion, Andy Villela, Anna Bella Geiger, Bruno Alves, Bruno Novelli, Camila Lacerda, Chacha Barja, Cipriano, Daniel Mello, David Zink Yi, Ernesto Neto, Fabíola Trinca, Iah Bahia, Lucas Almeida, Luisa Brandelli, Mariano Barone, Marta Supernova, Melissa de Oliveira, Miguel Afa, Nati Canto, Olav Alexander, R. Trompaz, Rafael D’Aló, Rafael Plaisant, Raphael Medeiros, Rena Machado, Richard Serra, Rubens Gerchman, Samara Paiva, Siwaju, Tatiana Dalla Bona, Thiago Rocha Pitta, Tiago Carneiro da Cunha, Túlio Costa,Tunga, Varone e Zé Bezerra que participam deste diálogo artístico sob uma curadoria perspicaz. A abstração radical emerge como uma ruptura profunda com as tradicionais concepções de arte e pensamento, baseadas no paradigma da separação. Esta mesma abstração convida-nos a explorar as dobras entre o caos e a ordem, transformando a estética em um terreno de experimentação que desafia categorias pré-estabelecidas. A curadora Carolina Carreteiro destaca que, “…sob essa perspectiva, a estética se torna uma ferramenta para experimentação e pesquisa, transcendendo os limites da compreensão convencional e criando a partir do próprio caos criativo. “Caos Primordial” é um evento multifacetado, representando uma abordagem diversificada e inovadora no cenário artístico contemporâneo”.

 

“Nada mais disse” de Raphael Medeiros

No Galpão da NONADA ZN, em exibição “Nada mais disse”, a primeira exposição individual de Raphael Medeiros. Este trabalho híbrido transcende as definições convencionais de um filme, apresentando uma instalação cinematográfica composta por pinturas, esculturas e um roteiro. Medeiros faz anotações sobre a linguagem do cinema para além da moldura do plano, convidando os espectadores a explorar a linguagem cinematográfica em sua totalidade. 

Obs: Para uma experiência ideal, recomenda-se visitar o Galpão ao anoitecer, quando a condição de luz oferece a atmosfera perfeita para apreciar a instalação em toda a sua profundidade.

 

A galeria

NONADA, um neologismo que remete ao não lugar e a não existência, também abre “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa e a união desses conceitos representa o pensamento basilar desse projeto. Como o próprio significado de NONADA diz, ela surge com o intuito de suprir lacunas momentâneas ou permanentes acerca de um novo conceito. A galeria, inclusiva e não sectária, enquanto agente promotor de encontros e descobertas com anseio pela experimentação, ilustra possibilidades de distanciar-se de rótulos enquanto amplia diálogos. “NONADA é um híbrido que pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte… e arte por si só já é lugar”, definem João Paulo, Ludwig, Luiz e Paulo. A NONADA mostrou-se necessária após a constatação, por seus criadores, da imensa quantidade de trabalhos de boa qualidade de artistas estranhos aos circuitos formais e que trabalham com os temas do hoje, sem receio nem temor em abordar temas políticos, identitários, de gênero ou qualquer outro assunto que esteja na agenda do dia; que seja importante no hoje. “Queremos apresentar de forma plural novos talentos, visões e força criativa”. O processo de maturação do projeto da NONADA foi orgânico e plural pois “abrangeu desde nossa experiência como também indicações de artistas, curadores, e de buscas onde fosse possível achar o que aguardava para ser descoberto”, diz Paulo Azeco. 

 

As formas expansivas de Diambe

A Simões de Assis, São Paulo, Curitiba, anuncia a representação de Diambe (Rio de Janeiro, 1993). Sua prática expande as noções de coreografia e escultura, desdobrando em instalações que também incorporam pinturas, filmes, têxteis e performances. Diambe explora possibilidades fabulativas de novos seres, elevando aspectos estéticos e ornamentais da natureza. Trata da materialidade ao lidar com o bronze e com formas reconhecíveis de povos diaspóricos, agora em novos arranjos, mimetizando outros seres ou criando novos integrantes de seu ambiente criado. Seu trabalho faz parte de relevantes coleções particulares e figura no acervo de importantes instituições, como: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte do Rio (MAR), entre outros.  

 

Joias em reflexão sobre a terra

17/nov

Casulo Escola de Joalheria e M.O.A. Estúdio, Pinheiros, São Paulo, SP, expõe “OQUEVEMDATERRA”, uma mostra coletiva com a presença do artista plástico Marcus Moa e 13 artistas joalheiros exibindo, aproximadamente, 200 trabalhos autorais de refinada técnica criativa e construtiva. Esta exposição, que celebra a estreita relação entre a humanidade e a natureza, tem vernissage agendado para 21 de novembro, terça-feira, às 18 horas, ficando aberta à visitação até 26 de novembro.

“OQUEVEMDATERRA” explora a criatividade de seus artistas, utilizando técnicas inventivas além de conceitos autorais para transmitir suas reflexões sobre a terra, os rios, os minerais, a vida e o conceito primeiro de sustentabilidade.

“A terra, em sua superfície sólida da crosta terrestre onde pisamos, é muito mais do que um mero suporte físico – é a base de nossa existência, um organismo vivo que nutre, sustenta e inspira”, diz Marília Arruda Botelho. Os artistas joalheiros – Adriana Bellinello, Ana Lucia A.G. Marino, Darlene Zambotti, Daniela Rosa, Esperança Leria, Fernanda Colucci, Jacque Basso, João Victor Lioi, Julia Marques, Maria Regina Mazza, Marília Arruda Botelho, Valeria Navarro e Viviana Terra – exploram as complexidades dessa conexão de forma diversa e expressiva. As peças, com conceito e manufatura individual e artesanal, oferecem uma ampla variedade de abordagens artísticas, incluindo serigrafia e jóias, proporcionando a cada um, uma reflexão profunda sobre seu papel na preservação do elemento vital. “OQUEVEMDATERRA” se mostra como um indicador aos visitantes para que comecem a considerar a forma como as consequências de suas ações, tanto individuais como coletivas, podem afetar o meio ambiente, servindo como um lembrete de que somos os únicos responsáveis por cuidar do planeta. Pedras, metais e demais insumos utilizados tanto na confecção das peças como nas obras de arte são certificados e/ou reciclados.

Em participação especial, o trabalho do artista Marcus Moa, cuja inspiração provém da arquitetura brasileira das décadas de 1950 a 1970, bem como de seus elementos constituintes, desde a parte construtiva até o paisagismo. O M.O.A. Estúdio cria projetos utilizando-se da técnica de serigrafia para imprimir suas obras autorais, com materiais de baixo impacto ambiental. Entre suas referências estão mestres renomados como Vilanova Artigas, Oscar Niemeyer, Burle Marx e Athos Bulcão. “OQUEVEMDATERRA” é um tributo à arte, à joalheria e ao planeta com expografia e direção de arte assinadas pela artista e publicitária Patricia Sper, e cenografia botânica de Paulo Sabiá. “A CASULO Escola de Joalheria e M.O.A. Estúdio convidam todos aqueles que se predispõem a inspirar ação, conscientização e um compromisso renovado com o respeito à proteção do nosso planeta”, diz Moa.