Felipe Cohen em Portugal

14/set

 

 

Em “Sistemas para o poente”, Felipe Cohen apresenta a partir de 17 de setembro na Kubikgallery, Porto, Portugal, um conjunto de pinturas da série “Pálpebras” e duas vitrines. A exposição procura trabalhar o fenômeno da reflexão como elemento ao mesmo tempo construtivo e simbólico. Nas pinturas isso se dá a partir da articulação de formas circulares com linhas horizontais que as atravessam sugerindo diferentes possibilidades espaciais de paisagens de poentes. Já nas vitrines, a reflexão entra como um elemento fanstasmagórico que se relaciona com formas e espaços concretos criando situações espaciais que sugerem diferentes estados dos materiais que as constituem.

 

A prática de Felipe Cohen se desenvolve a partir da tensão entre as formas tradicionais e contemporâneas de dispor o objeto artístico e do estudo e resgate de problemáticas recorrentes na história da arte com intuito de reinterpretar e atualizar seus sentidos no presente. Essa tensão ocorre por meio da articulação de materiais nobres com objetos banais de uso cotidiano, criando, assim, tanto formas paradoxais que são obrigadas a conviver intimamente, quanto atualizações simbólicas de signos e gêneros clássicos em um processo dialético.

 

Sobre o artista

 

Graduado em Desenho e Escultura pela Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo, SP, apresentou individuais na Galeria Millan, São Paulo, SP (2013, 2016 e 2019); Kubikgallery, Porto, Portugal (2017); Arco Madrid, Espanha (2016); Capela do Morumbi, São Paulo, SP (2013); Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo, SP (2006), entre outros espaços.

 

 

Exposição individual em parceria

 

 

Gretta Sarfaty apresenta “Revelações” na Marli Matsumoto Arte Contemporânea, Sumarezinho, São Paulo, de 24 de setembro a 01 de outubro. Realizada em parceria com a Central Galeria e com curadoria de Tálisson Melo, a mostra compreende a reencenação da performance “A Maga” (1978) e a série fotográfica Kabbalah (1984-1985), até então inédita.

 

Em 1978, Gretta Sarfaty participou do happening coletivo “Mitos Vadios”, orquestrado por Ivald Granato. Cerca de vinte artistas participaram com propostas efêmeras de performance e instalação – como Hélio Oiticica, Anna Maria Maiolino, Regina Vater, Lygia Pape, José Roberto Aguilar e Marta Minujín. Gretta, totalmente vestida de branco, encarnou uma personagem, “A Maga”, enquanto perambulava pelo estacionamento da Rua Augusta abordando pessoas para conversas individuais, leituras de suas mãos e aura, ou breves meditações numa tenda de tecido. Essa foi a primeira performance pública da artista, que prosseguiu em sua busca mística e de interação identidade-alteridade.

 

Mais tarde, entre 1984 e 1985, vivendo em Nova York, Gretta passou a frequentar lições de Kabbalah no Eastern Parkway, Brooklyn, e as festas da comunidade judaica local. Tendo sido uma das primeiras mulheres a ter acesso às aulas sobre Kabbalah, carregou sua câmera fotográfica e realizou uma série de registros das interações entre as pessoas numa observação aguda e sutil das dinâmicas sociais que a circundavam.

 

A inauguração de “Revelações”, que ocorre na antevéspera do Ano Novo Judaico, terá ainda a apresentação do shofar (tradicional instrumento de sopro) executado por Lúcia Chermont, celebrando o início de um novo ciclo.

 

Novo representado pela Galatea

 

A Galatea, Jardins, São Paulo, SP, anuncia a representação do artista carioca Allan Weber.

 

Sobre o artista

 

Weber nasceu em 1992 na comunidade das 5 Bocas em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde vive até hoje. Entre as experiências que despertaram seu interesse pela arte estão o seu contato com a pixação e com a fotografia, esta última pela via do skate. Desde então, aprofunda e desenvolve a sua pesquisa no campo da fotografia e da produção de objetos e instalações. Em 2021, realizou o curso Formação e Deformação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e abriu a galeria 5 Bocas, localizada no bairro onde mora.

 

O artista aborda, por meio de diferentes linguagens, o dia a dia em uma comunidade do Rio de Janeiro. Ao fazê-lo, não se posiciona simplesmente como um observador: esta realidade que compartilha com o público é a sua e a de todos que o circundam. Por meio do título de sua primeira exposição individual, Weber nos diz Existe uma vida inteira que tu não conhece (2020) – e, desse modo, evidencia o seu interesse.

 

Em maio de 2020, a série fotográfica Tamo junto não é gorjeta, feita durante o primeiro confinamento provocado pela pandemia do coronavírus, quando trabalhou como motoboy de aplicativo,foi capa da revista Zum #20, editada pelo Instituto Moreira Salles. Nessas imagens que retrataram um momento histórico e trágico da pandemia, o abismo entre a vivência dos seus colegas de trabalho e aquela dos clientes dos deliveries é explicitado. No mesmo ano, publicou em edição independente o fotolivro Existe uma vida inteira que tu não conhece, que toma emprestado o título da sua primeira individual.

 

Entre as principais exposições que participou, estão: Abre Alas 17, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, 2022; Saravá, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, 2022; A gente precisa se ver pra acreditar que é possível, 5bocas, Rio de Janeiro, 2021; Rebu, Parque Lage, Rio de Janeiro, 2021; Existe uma vida inteira que tu não conhece, Dízimo A Noiva, Rio de Janeiro, 2020.

 

Dando início a essa parceria, a Galatea apresentará na ArtRio 2022, que acontece entre os dias 14 e 18 de setembro, o projeto Allan Weber: Traficando arte, exibindo um grande conjunto de obras produzidas para a série Traficando arte. Nela, o artista propõe uma subversão da ideia negativa de tráfico de drogas para uma proposição positiva de tráfico de arte, pensada a partir da noção de troca, negócio e diálogo. Ou, em suas palavras: “Minha obra fala sobre a geopolítica carioca e a produzo desconstruindo objetos e códigos usados pelo tráfico de forma subjetiva para a criação de novos conceitos.”

 

É, portanto, com muito entusiasmo que anunciamos Allan Weber como o nosso primeiro artista representado.

 

 

Afinidades e contrastes em exposição

12/set

 

 

A exposição “Anima e Furor”, Galeria Mamute, Porto Alegre, RS, integrando o roteiro de mostras da 13ª Bienal do Mercosul, no projeto Portas para a Arte, reúne cinco artistas que participam da Bienal – Bruno Borne, Elias Maroso, Karola Braga e o duo Ío (Laura Cattani e Munir Klamt), apresentando obras inéditas. A mostra com a curadoria de Henrique Menezes multiplica as oportunidades de encontro do público com a produção de nomes em ascensão na arte nacional.

 

A palavra do curador

 

Operando na mediação entre a consciência e o mundo, a linguagem intervém como um universo de construção de sentidos e expressão do pensamento. Ao mesmo tempo que a opacidade da língua apresenta-se como um desafio para espelhar de forma cristalina o mundo, essa mesma característica é também a vocação mais fértil dos vocábulos: as palavras permitem a constante expansão de seus sentidos, tanto pela fricção de seus significados quanto pela soma ou repulsa de suas acepções.

 

Encarar a língua como uma entidade viva, talvez, seja uma das abstrações mais fascinantes da cultura: seja pela tradução, pelas migrações e trânsitos, ou puramente pela evolução natural dos signos a partir do seu exercício, há sempre uma intimidade essencial entre os indivíduos e as palavras.

 

Ferreira Gullar – exímio ao lapidar imagens através do vigor e do rigor das palavras – sugere: “Uma parte de mim é só vertigem; outra parte, linguagem”. Conjugar esses três conceitos aparentemente díspares – o Ser, a vertigem e a língua – é uma das possíveis provocação para adentrar Anima e Furor, uma exposição que oscila entre as afinidades e os contrastes evocados por tais termos.

 

Com origem no Latim, a palavra anima remete à imagem de sopro, ar ou brisa, assumindo ao longo do tempo os conceitos de princípio vital ou alma – este último, altamente combalido pelo misticismo e pela religiosidade. Recorrente na poesia, a expressão ganhou novos semblantes através da psicologia analítica de Carl Jung: anima é empregado como um dos componentes da psique ligado ao inconsciente coletivo, uma das estruturas que representam a característica contra-sexual de cada indivíduo. Se anima nos transmite uma aura de placidez, o emprego de furor, por sua vez, evoca estados de grande excitação, frenesi e inspiração. É um impulso incontrolável, igualmente impetuoso e inconsequente: percebemos aqui uma vibração intensa ora apontando à fúria e ora acercando-se da paixão desmedida.

 

A exposição Anima e Furor reúne obras inéditas de Bruno Borne, Elias Maroso, Karola Braga e o duo Ío (Laura Cattani e Munir Klamt), cinco artistas presentes na Bienal do Mercosul de 2022 – não é coincidência que o tema dessa mostra seja Trauma, sonho e fuga, remetendo a fenômenos que se manifestam no inconsciente. Sem buscar limitações ou similitudes entre as obras, o conjunto de trabalhos expande e aprofunda as pesquisas individuais de cada artista, entrelaçando a centralidade do indivíduo a sistemas simbólicos que trazem ecos da mitologia e da ótica, perpassando a percepção sensorial e espacial.

 

Transpor qualquer discurso em gesto artístico assume ritmos e tons imprevisíveis: Jung via o processo da anima como uma das fontes da potência criativa, aliada à sensibilidade e ao inconsciente. Em uma aproximação semântica e sintática, furor é também o sintoma de certos delírios, evocando a agitação violenta dos ânimos – manifestada por palavras, ações ou intenções.

 

Até 29 de outubro

 

Universo vegetal

 

 

A exposição “Há céu por toda parte”, de Mercedes Lachmann, projeto curatorial de Marisa Flórido, em cartaz na Galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea, São Conrado, Rio de Janeiro, RJ, é uma investigação sobre o universo vegetal e suas potencialidades. A artista coleta plantas, árvores e folhas caídas pela cidade, e com elas elabora seu jardim particular. Os trabalhos irradiam a medicina das ervas, sugerem novos ciclos de vida para folhas maduras, e denunciam a derrubada das florestas.

 

Sobre a galeria

 

Gaby Indio da Costa atua no mercado de arte desde 2009 e desde então acompanha de perto a produção de vários artistas. Realizou diversas exposições, algumas em parcerias com instituições e a maioria com a curadoria de críticos e curadores renomados. Em 2017 cria a galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea que tem como objetivo principal, divulgar a produção dos artistas que representa e suas propostas, promover projetos e exposições e manter um diálogo constante com críticos, curadores e colecionadores, incentivando a formação de novas coleções e buscando fortalecer as que já existem. A galeria trabalha com artistas jovens e consagrados, alguns com trajetória consolidada, todos eles comprometidos com a experimentação, a ousadia no âmbito da linguagem que define a arte contemporânea. Prova disso são os convites constantes para compor exposições nacionais e internacionais, e o interesse crescente de jovens colecionadores, além de coleções estabelecidas, públicas e privadas.

 

Até 28 de outubro.

 

A partida de Emanoel Araújo

 

 

A Galeria Simões de Assis, Curitba e São Paulo, comunica com profundo pesar o falecimento do grande artista, curador, gestor cultural e colecionador Emanoel Araujo. Seja em seus mais de 60 anos de produção, na liderança de importantes instituições e museus, ou no incansável trabalho de descobrir, colecionar e preservar obras e memórias fundamentais para a cultura brasileira, Emanoel Araújo nos deixa um legado imensurável.

Natural de Santo Amaro da Purificação (1940-São Paulo, 2022), Bahia, iniciou-se ainda criança no ateliê de Eufrásio Vargas. Mais tarde, mudou-se para Salvador e frequentou a Escola de Belas Artes da UFBA, onde estudou gravura sob os auspícios de Henrique Oswald. Em 1977, participou do II Festac, um festival internacional realizado em Lagos, na Nigéria, onde se reuniram artistas africanos e da diáspora para celebrar a cultura negra. Ali, Emanoel Araújo pode identificar a raiz de seu pensamento abstrato e de seu interesse pelas manifestações simbólicas na arte. A partir de então, sua produção ganhou contornos tridimensionais, materializada principalmente em relevos geométricos de ângulos agudos e volumes que exploravam cheios e vazios, sombra e cor. No início da década de 1980, atuou como diretor do Museu de Arte da Bahia e, em 1988, foi convidado a lecionar na The City University of New York, onde conheceu importantes artistas e pensadores estadunidenses. No início da década de 1990, assumiu a direção da Pinacoteca do Estado de São Paulo, e foi figura crucial na reestruturação do museu, liderando a iniciativa de reforma do prédio que contou com projeto de Paulo Mendes da Rocha. Também organizou algumas das mais relevantes mostras da instituição, como a de Rodin e a de Niki de Saint Phalle. Deixou a Pinacoteca em 2002 e, em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, que dirigiu até a sua morte.

O Museu Afro, como é carinhosamente conhecido, tem um acervo de mais de 8 mil peças, sendo grande parte advinda da coleção pessoal de Araújo, resultado de décadas de pesquisa incessante. Araújo foi também um figura essencial na difusão de artistas negras e negros no Brasil. Agora, Emanoel Araújo deixa uma obra pessoal incomparável, além de um patrimônio público de valor inestimável.

 

 

Fotos inéditas de Luiz Garrido

 

 

Guardadas durante mais de 50 anos, imagens exclusivas serão apresentadas na galeria samba arte contemporânea, Shopping Fashion Mall, São Conrado, Rio de Janeiro, RJ. Trata-se de fotos inéditas e exclusivas da lua de mel de John Lennon e Yoko Ono, feitas pelo fotógrafo carioca Luiz Garrido em Paris, Londres e Amsterdã, exibidas pela primeira vez na exposição “John Lennon e Yoko Ono – Honeymoon for Peace”, chegando à cidade depois de ter sido apresentada em 2020 na galeria Carcará Photo Art, em São Paulo. A exposição apresenta momentos privados do casal, em 27 fotos vintage, impressas em 1969, em preto e branco, em fotos únicas, sem edição. No dia 17 de setembro, às 17h, Luiz Garrido conversará com o público na galeria samba, falará sobre as fotos, as histórias que viveu com o famoso casal e como conseguiu ser o único fotógrafo do mundo a acompanhá-los em momentos íntimos durante a lua de mel, que incluiu o lançamento do “Bed-in for peace”, a campanha pela paz e contra a Guerra do Vietnã.

 

Fotos exclusivas

 

Fotógrafo freelancer da revista Manchete, Luiz Garrido estava em Paris quando o casal chegou ao famoso hotel Plaza Athenée para a lua de mel. “Todo mundo estava tentando fazer as fotos. Como eu conhecia o pessoal do hotel, mandei um bilhete com umas flores escrito: “Se não quiserem fazer a foto, fiquem com as flores”. A estratégia deu certo e Garrido e o repórter Carlos Freire foram convidados para subir e acompanhar o casal, que depois seguiu para Amsterdã e Londres, onde ficaram por cerca de dez dias, tendo seu dia a dia registrado pelo fotógrafo. “Ficamos como se fossemos parte da equipe. As fotos mostram a intimidade deles, eles gravando, fazendo músicas, vendo televisão, comendo…”, conta Garrido, que fez cerca de 350 fotos, que ainda permanecem inéditas e farão parte de um livro a ser lançado em breve. Na revista Manchete foram publicadas fotos coloridas, feitas para a matéria. As fotos em preto e branco, que são apresentadas na exposição, mostram os bastidores e foram feitas para o acervo pessoal do fotógrafo, que foi contratado pela revista depois do episódio.

 

Momentos privados

 

As imagens mostram diferentes momentos da vida pessoal de Lennon e Yoko, como Lennon escrevendo um poema, a letra de uma nova música ou reescrevendo “Give peace a chance”. As fotos também mostram Lennon, em Londres, escolhendo a capa para seu primeiro álbum solo em seu escritório. Outras fotos mostram Yoko digitando os textos de Lennon e comendo comida macrobiótica. Há também registros de Yoko servindo chá de pijama no Hilton Hotel, em Amsterdã, após uma coletiva de imprensa. Há uma foto que mostra Lennon e Ringo. É o início de sua carreira solo e a separação dos Beatles. Foi também um momento de forte engajamento político. Sobre o privilégio de ter sido o único fotógrafo a acompanhar o casal, Garrido diz: “É o modo de chegar, de dar o approach. Tentei ser diferente dos outros, e a Yoko me deixou ficar. Você nunca pode se envolver, tem que ficar de fora para poder observar. John Lennon era John Lennon e eu era só o fotógrafo, não ficava de tiete”, afirma.

 

Sobre o artista

 

Luiz Garrido (Rio de Janeiro, 1945) é um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, como fotojornalista, publicitário ou fotoartista. Foi correspondente da revista Manchete em Paris, em 1968. Voltou ao Brasil em 1971, concentrando-se em fotografia de estúdio, nas áreas editorial, de charme, moda e publicidade. Em seguida, fundou a agência Casa da Foto (com Ricardo de Vicq, Levindo Carneiro e Paulo Pinho) em 1982. Foi agraciado com o Prêmio Abril em quatro ocasiões diferentes (1980, 1983, 1987 e 1995) e considerado fotógrafo de publicidade do ano em 1983 pela Associação Brasileira de Propaganda.

 

Sobre a Samba

 

A samba arte contemporânea, fundada em 2015 por Arnaldo Bortolon e Cali Cohen, é um espaço que privilegia o diálogo contínuo entre artistas renomados e emergentes de diferentes gerações e regiões brasileiras. Com seu variado acervo em exposição permanente, apresenta de forma singular as obras desses artistas, que colocados lado a lado, nos oferecem inúmeras possibilidades de apresentação e percepção, independentemente de escala, suporte e técnica. A galeria possui dois espaços expositivos, sua ocupação se alterna entre as exposições de acervo, as individuais dos artistas representados e as de projetos curatoriais particulares. Com o intuito de divulgar, promover e difundir a produção contemporânea, a galeria se propõe também a ser um espaço de pesquisa, experimentação e educação através de ações relacionadas. Atua em cooperação com projetos de integração da arte com o entorno, extrapolando o espaço expositivo da galeria e aproximando as obras dos artistas do público circulante. A galeria trabalha com Antônio Bandeira, Antônio Dias, Adriana Lerner, Anna Maria Maiolino, Ascânio MMM, Bruna Amaro, Erinaldo Cirino, Diogo Santos, Eduardo Sued, Fernando Mello Brum, Franz Weissmann, Ione Saldanha, José Rezende, Jota Testi, Manfredo de Souzanetto, Roberval Borges, Rubem Ludolf, Thiago Haidar, Washington da Selva, entre outros.

 

Abertura: 14 de setembro de 2022, às 10h.

Exposição: de 15 a 25 de setembro.

Conversa com Luiz Garrido: 17 de setembro, às 17h na  samba arte contemporânea

Sobre a Carcará

 

A Carcará Photo Art foi fundada em 2016, por Carlo Cirenza (editor e diretor). A galeria já fez parcerias com grandes nomes da fotografia brasileira, como José Oiticica Filho, Athos Bulcão, Antonio Guerreiro e Luiz Garrido.

 

 

Festança Gentil

06/set

 

 

Assinale-se que A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ, completou 19 anos de vida neste dia 06 de setembro.

 

No sábado, dia 10 de setembro, A Gentil Carioca do Rio de Janeiro comemora a data em uma grande festa com DJ, bolo e cerveja; e abrirá a mostra “BREJO”, de Vinícius Gerheim. Agradecem e avisam que: “Seguimos pulsantes, acreditando cada dia mais na arte e em toda sua potência transformadora, sonhando com uma sociedade mais igualitária e que respeite as diferenças. Desejamos que este novo ciclo nos abra os caminhos; que através da democracia possamos reunir forças em prol da cultura, da ciência, da educação, da arte, do conhecimento, do amor, da inteligência e sensibilidade humana. Nessas quase duas décadas de existência, resistimos e dividimos momentos que jamais poderíamos esquecer. Agradecemos aos que estiveram conosco e convidamos a todes para celebrar, na nossa encruzilhada, mais um aniversário”.

 

Na exposição, biomas mineiros da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica materializam corpos ex-castrados em novas possibilidades de liberdade. O artista parte da memória, tangenciando padrões e repetições de uma atmosfera autobiográfica. Perpassa lembranças, visita a História da Arte e trava negociações entre figuras e fundos.

 

Paralelamente à exposição, será lançada a “Camisa Educação Nº 88: Em curvas de subjetividades”, por Vinicius Pinto Rosa. Esperamos vocês! DJ – Alucas do Trópico Sul, Bolo – Rita Lara, da @naturalfit.box, Apoio – Beck’s

 

Visitação até 15 de outubro.

 

MADE IN USA

 

 

Com fotografias de Luiz Carlos Felizardo feitas no Arizona, Estados Unidos, entre 1984 e 1985, “MADE IN USA” é o título da exposição de Luiz Carlos Felizardo na Galeria Utópica, Vila Madalena, São Paulo, SP. Trata-se de uma seleção de 23 fotografias feitas durante o período no qual trabalhou intensamente sob a supervisão de Frederick Sommer. A exposição abre no dia 17 de setembro às 11h e ficará em cartaz até 22 de outubro.

 

Todas as cópias são vintages ampliadas impecavelmente pelo autor, com os preceitos, cuidados e toda a maestria que caracterizam a ampla e tradicional corrente de fotógrafos laboratoristas norte-americanos entre os quais Frederick Sommer ocupa um lugar de destaque.

 

Entre as imagens, algumas cenas e detalhes que fazem parte do imaginário fotográfico do oeste americano e uma paisagem antológica no Vale da Morte na Califórnia, Zabriskie Point, locação e título de um dos filmes mais marcantes do período da contracultura rodado em 1970 e dirigido pelo cineasta italiano, Michelangelo Antonioni.

 

O texto de apresentação é de Rubens Fernandes Junior.

 

 

 

Novos sentidos e sonoridades

05/set

 

 

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a partir de 06 de setembro a exposição “Klangfarbenmelodie – Melodia de timbres”, com obras de Lenora de Barros, Rosana Palazyan, Waltercio Caldas, Augusto de Campos, Paulo Vivacqua, Yolanda Freyre, Cristiano Lenhardt e Antonio Manuel.

 

Os trabalhos gravitam em torno da ideia de melodia de timbres criada em 1911 pelo gênio Arnold Schoenberg (1874-1951), autor da revolução que introduziu um novo campo na música, a música atonal, que rompe com o sistema verticalizado da harmonia, e cria a música horizontal, serial. A melodia passeia entre os vários timbres dos instrumentos, e cada nota passa a ter igual valor no espaço e no tempo, como pontos que flutuam. A mostra antecipa a celebração de 70 anos de “Poetamenos” (1953), de Augusto de Campos, com poemas desenvolvidos a partir da ideia de Schoenberg, e que é apontada como obra precursora do concretismo brasileiro.

 

A exposição reúne trabalhos de artistas que pesquisam, em variadas formas, as poéticas da ressonância como lugar de encontro, seja na intimidade do próprio ser ou no desejo de encontro com o outro. As obras manifestam um espaço para que as vibrações, em suas múltiplas potências, possam se somar entre si, ecoando novas palavras, sentidos e sonoridades.