todo poder à praia! all power to the beach!

01/dez

 

Para OVR: Miami Beach, apresentamos todo poder à praia! com trabalhos de Aleta Valente, Arjan Martins, Cabelo, Jarbas Lopes, João Modé, José Bento, Laura Lima, Marcela Cantuária, Maria Laet, Maria Nepomuceno, OPAVIVARÁ!, Rodrigo Torres e Vivian Caccuri. Onde a praia de Copacabana no Rio de Janeiro se transforma em nosso espaço temporário de exposição, e a arte se interconecta com a cidade e o mar.
Clique abaixo para visualizar a nossa Online Viewing Room:

 

OVR

 

Convidamos todes para um bate papo com o coletivo OPAVIVARÁ! e Keyna Eleison, Diretoria Artística do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM, sobre um estar coletivo em espaços públicos.Quinta feira, 3 de dezembro, às 12h, timezone SP-Brasil.

 

Clique abaixo para se inscrever no bate papo no Zoom:

 

Inscreva-se aqui
As obras estão expostas no espaço físico da galeria.
Agende sua visita pelo email correio@agentilcarioca.com.br
Segunda a sexta, das 14h às 19h.
 

Estamos à disposição para maiores informações.
Esperamos vê-los em breve.

 

For OVR: Miami Beach, we present all power to the beach! with works by Aleta Valente, Arjan Martins, Cabelo, Jarbas Lopes, João Modé, José Bento, Laura Lima, Marcela Cantuária, Maria Laet, Maria Nepomuceno, OPAVIVARÁ!, Rodrigo Torres e Vivian Caccuri. Where Copacabana’s Beach in Rio de Janeiro is transformed in our temporary exhibition space and arts conects with the city and the ocean.
Click the link below to access our Online Viewing Room:
 

OVR

 

We would like to invite you for a chat with the collective OPAVIVARÁ! and Keyna Eleison, Artistic Director of the Museum of Modern Art of Rio de Janeiro – MAM, about a collective being in public spaces
Thursday, December 3, 12pm, timezone SP-Brazil.

 

Click below to sign up for the Zoom talk:

 

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The artworks are exhibited at the gallery physical space.
Visits by appointment by the email correio@agentilcarioca.com.br
Monday to Friday, from 2pm to 7pm.

 

We remain available for further information.
We hope to see you soon.

 

A GENTIL CARIOCA
Rua Gonçalves Lédo, 11 e 17 sobrado – Centro
Rio de Janeiro – 20060-020 – Brasil
correio@agentilcarioca.com.br
WhatsApp: +55 21 985608524

Uma trajetória

18/nov

 

Fundada em São Paulo, em 2006, a Galeria Kogan Amaro possui atualmente duas unidades. A matriz ocupa um espaço de 230 metros quadrados e pé direito duplo no coração do bairro dos Jardins, em São Paulo, SP. Em maio de 2019, a galeria abriu sua filial em Zurique, em um espaço de 350 metros quadrados inaugurado com uma exposição de Nuno Ramos. A Kogan Amaro/Zurich situa-se no Löwenbräu Cultural Center, um complexo de museus e galerias na maior e mais dinâmica cidade da Suíça.

A vibrante programação contemporânea da galeria conta com o trabalho de artistas emergentes e em ascensão como Samuel de Saboia, Élle de Bernardini, Mirela Cabral, Bruno Miguel, Daniel Mullen, Mundano, Patricia Carparelli e Tangerina Bruno, e também de artistas brasileiras consolidadas como Nazareth Pacheco e Marcia Pastore, entre outros.

 

A Kogan Amaro organiza eventos duplos com um mesmo conceito, como a exposição da artista contemporânea Fernanda Figueiredo “A visita de Max Bill”, que aconteceu na galeria de Zurique simultaneamente à exposição histórica “Arte concreta dos anos 1950”. Esta mostra coletiva exibiu obras dos fundadores do movimento concretista no Brasil que haviam sido inspirados pela visita de Bill à primeira edição da Bienal de São Paulo, em 1951, como os finados artistas Willys de Castro, Lothar Charoux, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto e Judith Lauand. A filial suíça também organizou exposições individuais históricas com as obras de Frans Krajcberg, Servulo Esmeraldo e Flávio de Carvalho.

 

O portfólio da Kogan Amaro, de artistas consagrados com sólidas carreiras institucionais e de artistas contemporâneos emergentes, reflete o espírito ousado dos jovens sócios que a comandam, o casal Ksenia Kogan Amaro e Marcos Amaro, ambos de 35 anos de idade, que mesmo antes da galeria sempre estiveram envolvidos com as artes. A sócia-diretora e co-fundadora da galeria, Ksenia Kogan Amaro, nascida em Moscou, é também uma aclamada pianista clássica, colecionadora e artista performática. Ksenia concebeu um projeto de performance que apresentou ao redor do mundo junto com o ator John Malkovich, colaborou com Plácido Domingo, criou projetos para a UNESCO, e tocou em concertos para chefes de estado e para as famílias reais da Espanha e da Bélgica. O fundador da galeria, Marcos Amaro, é também artista plástico, colecionador, formado em Filosofia e Finanças, empreendedor e patrono das artes, assim como presidente do Museu FAMA e FAMA Campo.

 

A Galeria Kogan Amaro também atua como representante da Fábrica de Arte Marcos Amaro. A instituição promove arte-educação gratuita para a comunidade local, incluindo escolas públicas e privadas; realiza seminários; organiza exposições; concede bolsas e residências para artistas; confere um prêmio anual a artistas escolhidos por um júri de críticos de arte e especialistas; assim como patrocina intercâmbios com instituições culturais brasileiras e estrangeiras, visando a preservação, promoção e exposição da arte brasileira e internacional. O Museu FAMA foi criado em 2012 em uma propriedade de 25.000 metros quadrados que originalmente abrigava uma antiga fábrica têxtil do início do século XX, na cidade de Itu, região com uma população de 2 milhões de pessoas, a 50 minutos da capital do estado de São Paulo. Constituída desde 2008 com foco na arte brasileira, sua coleção permanente excede 2000 obras, desde as do século XVIII (Aleijadinho), passando pelo Modernismo brasileiro do século XX (Tarsila do Amaral, Pancetti, Di Cavalcanti, Portinari, Flávio de Carvalho, Brecheret, Lasar Segall, Antonio Gomide, Anita Malfatti, Maria Martins, etc.) ao FAMA Campo, dedicado exclusivamente à land art. A potência da coleção permanente está contida em seus trabalhos conceituais e contemporâneos criados por artistas icônicos como Tunga, Leda Catunda, Jac Leirner, Adriana Varejão, Cildo Meireles, Maria Nepomuceno, Carmela Gross, Laura Lima e Nelson Leirner, muitos dos quais foram exibidos em edições passadas da Bienal de São Paulo, da Bienal de Veneza e da Documenta de Kassel. A coleção consiste principalmente em obras tridimensionais em grandes formatos, mas há também um grande número de pinturas, gravuras, desenhos, fotos, instalações, etc. Desde junho de 2018, a enorme área externa da FAMA foi remodelada em um jardim de esculturas com obras em grandes formatos de artistas renomados, como Nuno Ramos, Caciporé Torres, Emanoel Araújo, Gilberto Salvador, Frans Krajcberg, José Resende, José Spaniol, Marcos Amaro, Mario Cravo, Mestre Didi, Sergio Romagnolo e Henrique Oliveira. O Museu FAMA é o maior patrimônio privado de arte do estado de São Paulo, e um dos museus mais inovadores do Brasil, visando promover e disseminar o rico e diverso legado artístico do país.

 

 

Trajetória da Galeria Kogan Amaro

 

Quando adquiri a marca Emmathomas em 2017, não tinha nenhuma experiência como galerista, e nenhum faturamento. Após três anos de muita dedicação, construímos uma equipe sólida e consistente, representamos um elenco de artistas altamente qualificados e jovens promissores, participamos das principais feiras internacionais do mundo da arte, entre elas ArtBasel Miami e SP-Arte, e em 2020 aderimos fortemente às plataformas online e viewing rooms.

 

Neste meio tempo, mudamos a marca para Kogan Amaro – transmitindo mais confiança para nossos stakeholders -, consolidamos nosso espaço em São Paulo, e abrimos uma unidade num dos principais endereços de Zurich – onde levamos o que há de melhor na Arte brasileira.

 

Sabemos que ainda há muito pela frente. Queremos internacionalizar ainda mais a galeria, prosseguir buscando novos talentos, consagrar artistas vivos, e consolidar definitivamente nosso espaço na Suíça.

 

Agradeço à todos que nos ajudaram até aqui. Seguimos à luta!

 

Marcone Moreira na Bergamin & Gomide

09/nov

 

Na última exposição do ano, que acontece entre os dias 12 de novembro a 19 de dezembro de 2020, a Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP, apresenta a individual “Marcone Moreira: Conjunção”, realizada em colaboração com Fernando Mota. Serão cerca de 20 obras que compreendem quase 20 anos da trajetória do artista maranhense Marcone Moreira, abrangendo linguagens como pintura, escultura, instalação, entre outros.

 

O trabalho de Marcone Moreira está relacionado diretamente à memória de materiais impregnados de significados culturalmente construídos. Destacam-se os materiais escolhidos para compor as peças, retirados de carrocerias de caminhões e embarcações, chapas de ferro e artefatos de trabalhos. O artista desenvolve uma metodologia em que interessa especialmente a apropriação, o deslocamento e a troca simbólica de materiais, a partir de procedimentos que visam a representação da cultura popular na arte contemporânea.

 

“Marcone: o tempo do fazer suado exausto” por Aracy Amaral 

 

  1. Celebrar o trabalho mesmo que inadvertidamente a motivação emergindo quando observamos a série de realizações/opções ao longo do tempo parece ser o desdobramento da obra de Marcone Moreira.
  2. Difícil escapar da indagação: qual é afinal o começo de um artista? Como desperta o desejo o impulso do fazer? Vendo os outros em atividade? Olhando em casa fazendo? A atração por muros carvão ou materiais lápis caneta papel e aquarela? Observando as coisas à volta? Anotando mentalmente o que vê? Ajudando acompanhando os outros construindo? À medida que a mão obedece à vontade o desejo de fazer mais fazer melhor ou acrescentar. A busca por outros materiais.
  3. Madeira. Vendo muitas coisas de madeira à volta. Tocando as coisas sentindo sua superfície sua temperatura sua procedência. Móveis casas bandeiras mastros barcos. Fragmentos de barcos. Construções. A vontade de mexer desconstruir descobrir o processo ou como é feito.
  4. Fascínio pelo cartaz de rua abandonado “adivinhando” a pintura descorada usada raspada dando lugar a outra nova visualidade. A vontade de cortar esses fragmentos usados reconstruindo-os em composição inesperada divorciada da primeira ou segunda ou terceira versão.
  5. No processo de desconstrução: a beleza em si do fragmento. O todo separado em partes encerra um segredo beleza antes oculta impensada.
  6. A surpreendente remontagem. Visualidade emergente nos fragmentos recortados geometricamente. A assepsia da composição emergente.
  7. Encantamento da cor da matéria vivenciada no tempo. Resgate do tabuleiro manual de xadrez ou jogo de damas. Na beleza dos quadrados inseridos no quadrado elegância da simplicidade bicolor dos mesmos quadrados impecavelmente desenhados no plano da partida.
  8. Nobreza do trabalho em madeira executada pela mão do homem nos porretes ou cepos. O corte que fere o lenho em “Ver o Peso”. A mão feminina repetindo a quebradeira de coco ou babaçu. Ou o olho captando a madeira ferida machucada. Ou que observa desejando refazer o processo. O tempo do trabalho: o fazer suado exausto do gesto repetido.
  9. A motivação é do calor do ritmo da luz da cidade da periferia do povoado da oficina do vizinho que faz. O fazer é o reflexo daqueles que igualmente se apropriam das mensagens detritos comunicacionais remontados fascinantes coloridos urbanos suburbanos fluviais espaciais poderosos na imensidão verdejante.
  10. A forte motivação que têm todos os artistas do Norte a contaminação de um meio e suas raízes poderosas seja do ponto de vista de cor como do espaço em que vivem – mestres observados desde Rui Meira e fotógrafos como em particular Luiz Braga ou um artista como Emanuel Nassar. Além de Marinaldo Santos e tantos outros – claro que também presentes no desenvolvimento de Marcone Moreira. Impossível escapar da potência de realidade ambiental que os impregna tão densamente.
  11. Marcone Moreira nos chega das bordas desse universo imenso de vegetação dominante se debruçando com regularidade oscilante e curiosa nos universos suburbanos e ditos urbanos – que ele talvez acredite de sensibilidade cultivada. Vem sempre indeciso se a estes últimos adere e se converte em neo-habitante. Ou se retorna fiel – como sempre o faz – à sua “aldeia”. Onde o equilíbrio lhe pode talvez parecer mais verdadeiro.
  12. Neste ponto recorro a um trecho do crítico britânico sir Herbert Read – de quem Mario Pedrosa era grande admirador – quem registrou que “As pessoas que fazem coisas – não tenho evidencia além de minha própria observação – parecem menos suscetíveis a colapsos nervosos, e uma das formas reconhecidas de tratamento para problemas mentais é conhecida como ‘terapia ocupacional’. Ninguém sugeriria que a função da arte seja meramente manter saudáveis as pessoas; mas ela tem seus efeitos subjetivos. O artista não apenas cria um objeto externo a si: ao fazê-lo ele também reorganiza vitalmente o equilíbrio de impulsos dentro de si”.

 

E ainda prossegue nesse texto: “Nosso olhar em relação à função social da arte portanto reforça o conceito libertário da arte. Todos os tipos de arte não são meramente permissíveis, porem desejáveis. As necessidades da sociedade compreendem, não apenas a estrutura externa num mundo para se viver, mas também uma estrutura interior de uma mente capaz de usufruir a vida”. E termina esse pensamento: “Devemos em consequência buscar métodos de estimular o artista – o artista latente dentro de cada um de nós”. (Herbert Read, To Hell with Culture, Schoken Books, New York, 1976, p. 123, trad. da autora).

 

 

Zerbini no Oi Futuro

03/nov

 

Nesta quinta-feira, dia 05 de novembro, será inaugurada a grande exposição “Campo Expandido”, com obras inéditas de Luiz Zerbini, um dos mais destacados artistas da chamada Geração 80, que ocuparão todo o espaço expositivo além da fachada lateral de vidro e da claraboia do Centro Cultural Oi Futuro, Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ. O evento marca a reabertura do espaço à visitação presencial após sete meses de fechamento por causa da pandemia. Serão apresentadas instalações e intervenções inéditas, pensadas especialmente para esta mostra, que permeia os campos da arte, da tecnologia e da ecologia. Adesivos coloridos e translúcidos cobrirão toda a fachada de vidro e a claraboia do Centro Cultural Oi Futuro, fazendo com que a luz natural adentre o espaço, colorindo todo o ambiente.  A curadoria é de Alberto Saraiva.

 

 

A exposição será imersiva e, na primeira galeria, o público poderá caminhar sobre o chão coberto de areia num ambiente composto por árvores, plantas medicinais e ornamentais e luz solar. Na segunda galeria, passarelas de madeira levarão o público a interagir com a obra instalada no espaço, que forma um imenso jardim-floresta com mais de 50 árvores e arbustos, sendo a maioria delas palmeiras de diversas espécies. E na terceira galeria serão expostas monotipias inéditas, utilizando folhas de árvores diversas como matriz. “A proposta da exposição é pensar a natureza em relação ao futuro, evocando o passado. E o mesmo com a tecnologia, trazendo a interação para algo cotidiano, menos espetacular, mais reflexivo”, diz Luiz Zerbini.

 

Farsa. Língua, fratura, ficção: Brasil – Portugal

 

SESC Pompeia

 

 

De outubro de 2020 a janeiro de 2021

A palavra “farsa” aponta para uma ironia, uma torção dos sentidos. Pode significar uma paródia que diverte, mas também um dedo que expõe uma ferida aberta. “Farsa” rodopia sobre si própria, ri de si mesma.

 

 

Evocar os significados dessa palavra numa exposição construída em torno da língua e da linguagem, e com a participação de artistas que atuam no espaço de expressão do português, sobretudo em Portugal e no Brasil, é uma maneira de interrogar uma das armadilhas mais latentes da nossa história comum: a suposta unidade linguística e o inerente pertencimento, banhados pela hegemonia luso-tropical.

Curadoria: Marta Mestre

Curadoria adjunta: Pollyana Quintella

 

 

Visitações com agendamento prévio através de: http://bit.ly/farsa-sescpompeia

 

 

 ARTISTAS PARTICIPANTES: AGRIPPINA R. MANHATTAN, ALEXANDRE ESTRELA, ALINE MOTTA E RAFAEL GALANTE, ÁLVARO DE SÁ, FLÁVIO DINIZ E NEIDE SÁ, ANA HATHERLY, ANA PI, ANA VIEIRA, ANDREA TONACCI, ANITTA BOA VIDA, ANNA BELLA GEIGER, ANNA MARIA MAIOLINO, CARLA FILIPE, CARMELA GROSS, CAROLINE VALANSI, CLARA MENÉRES, CLARISSA TOSSIN, DAYANA LUCAS, DENISE ALVES-RODRIGUES, DJ PELÉ, E. M. DE MELO E CASTRO, EVA RAPDIVA, FRANCISCA CARVALHO, GAL COSTA, GÊ VIANA E MÁRCIA DE AQUINO, GRADA KILOMBA E JOTA MOMBAÇA, GRETTA SARFATY, HELENA ALMEIDA, HELENA IGNEZ, JOÃO VIEIRA, JOTA MOMBAÇA, KATÚ MIRIM, LINN DA QUEBRADA, LÚCIA PRANCHA, LYGIA PAPE, MARIANA DE MATOS, MARIANA PORTELA ECHEVERRI, MARINA DALGALARRONDO, MIRA SCHENDEL, MOVIMENTO FEMININO PELA ANISTIA NO BRASIL, MUMTAZZ, MÚSICA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA, NEIDE SÁ, NELLY GUTMACHER, NOITE & DIA, OLGA FUTEMMA, PAULA REGO, PAULO BRUSCKY, PÊDRA COSTA, PIETRINA CHECCACC, POLA RIBEIRO E ANA NOSSA, REGINA SILVEIRA, REGINA VATER, RENATA LUCAS, RITA NATÁLIO, RITA NATÁLIO E ALBERTO ÁLVARES, SALETTE TAVARES, SARA NUNES FERNANDES, THEREZASIMÕES, TITICA, TÚLIA SALDANHA, VERA MANTERO, VICTOR GERHARD, VON CALHAU!, YULI YAMAGATA

Carlos Fajardo “De Soslaio”

27/out

 

A Galeria Marcelo Guarnieri, Jardins, apresenta em sua programação, entre os dias 11 de novembro de 2020 e 15 de janeiro de 2021, “De soslaio”, a primeira exposição individual do artista Carlos Fajardo na sede da galeria em São Paulo. A mostra reúne obras produzidas entre 2017 e 2020, sendo a maior parte delas feitas em diálogo com o espaço da galeria, concebidas especialmente para a exposição. Em “De soslaio”, Fajardo dá continuidade à investigação que desenvolve há mais de cinco décadas sobre as relações espaciais entre o corpo, o objeto e a arquitetura, realizada nesta ocasião através do trabalho com materiais reflexivos, transparentes e luminosos.

A partir das diferentes escalas das três salas da galeria, fotografias e esculturas em vidro, espelho e tecido se articulam no espaço, ativando percepções sensoriais do espectador que pode ser a um só tempo o observador – através das frestas – e o observado – através do espelho. O sentido da visão é convocado na exposição não apenas pelas obras, que examinam aspectos relacionados à formação e multiplicação da imagem, seja ela fotográfica ou virtual, mas também como enunciação em seu título formado por uma palavra que alude ao desvio do olhar. Potenciais desvios acompanham o espectador em seu percurso pela mostra, rodeado por um material como o vidro, tão frágil e ao mesmo tempo tão forte em sua constituição, sobretudo intimidador por sua capacidade de revelar a nossa própria imagem.

 

 

A primeira sala, a menor das três, recebe um conjunto de cinco trabalhos que são também os menores da exposição. Encostados na parede e dispostos na altura do olhar, são compostos por fotografias e vidros laminados coloridos e transparentes de 0,60cm. A sobreposição dessas superfícies em um determinado ângulo de inclinação produz o efeito de multiplicação de cores e planos, permitindo ao espectador acessar uma terceira dimensão. A obliquidade que orienta a montagem destes e de outros trabalhos formados por placas de vidro, surge na segunda sala sem o apoio das paredes, ao menos fisicamente. É o caso da peça em que quatro placas retangulares se sustentam por uma estrutura quadrangular em suas extremidades superiores, formando um espécie de paralelepípedo semi-aberto, independente no espaço. A parede, no entanto, ainda é parte do assunto. Um corte retangular atravessa aquela que serve de divisória entre a segunda e a terceira sala, permitindo ao espectador uma visão discreta e particular das obras apresentadas ali, principalmente daquela que ocupa a outra extremidade do ambiente.

O jogo entre transparências e opacidades se repete aqui, já que após percorrer os quatorze metros que separam as duas extremidades da sala, o olhar encontra a fotografia de um quarto – o mais íntimo dos ambientes domésticos – iluminado pela luz natural de uma janela aberta, onde é possível apenas vislumbrar, por detrás de uma cortina translúcida, uma cama desfeita. Ao filtro da cortina, que perde a qualidade tátil de sua textura porque transforma-se em imagem, Fajardo adiciona duas placas de vidro colorido, o que acaba fazendo com que a imagem mais nítida ali seja a do próprio reflexo daquele que observa a obra. Se, através daquela fresta na parede, a mirada era discreta e distante, o encontro com as peças nessa última sala requer um espectador mais desinibido. Devido a suas grandes dimensões, as três peças móveis que dividem o espaço com outras três fixas que se encostam na parede, produzem uma relação mais direta com o corpo e convidam ao embate frontal. Distribuídas pela sala, amplificam o espaço, multiplicando reflexos nas inúmeras combinações que podem ser geradas a partir de suas possíveis movimentações.

 

Sobre o artista

 

Carlos Fajardo nasceu em 1941 em São Paulo, SP, onde vive e trabalha. Sua obra tem uma presença relevante no panorama da arte brasileira assim como sua atuação de mais de 40 anos como professor. Ao longo de sua carreira, participou de diversas exposições importantes no Brasil e no exterior, dentre as quais Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), em 1967, organizada por Walter Zanini. Participou das 9ª, 16ª, 19ª, 25ª e 29ª edições da Bienal Internacional de São Paulo, respectivamente em 1967, 1981, 1987, 2001 e 2010. Representou o Brasil na Bienal de Veneza em 1978 e em 1993. Com Nelson Leirner, José Resende, Geraldo de Barros, Wesley Duke Lee e Frederico Nasser integrou, de 1966 a 1967, o Grupo Rex. O grupo questionava as instituições e o modus operandi do sistema de arte por meio de intervenções, publicações, palestras, projeções ou encontros. Em 1970 fundou junto a José Resende, Luiz Paulo Baravelli e Frederico Nasser a Escola Brasil, um “centro de experimentação artística dedicado a desenvolver a capacidade criativa do indivíduo” que foi importante não só na formação de muitos artistas brasileiros, mas também no amadurecimento das discussões sobre o ensino e o aprendizado de arte no país.

A exposição poderá ser visitada mediante agendamento, de segunda á sexta-feira das 10h às 19h e aos sábados das 10h às 17h. Para agendar, é solicitado contato por email (info@galeriamarceloguarnieri.com.br), telefone (11 3063 5410) ou Whatsapp (11 96858-9005), informando nome completo e indicando o dia e horário de sua visita. Para a segurança do espectador/visitante é obrigatório o uso de máscara durante todo o tempo que estiver na galeria.

Osgemeos na Pinacoteca

26/out

 

 

Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo exibe, até 22 de fevereiro de 2021, “OSGEMEOS: Segredos”, primeira exposição panorâmica da dupla de artistas formada pelos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo. A mostra conta com mais de 1000 itens, cerca de 50 inéditos ou nunca exibidos no país e mais de 1000 itens desse rico imaginário. 

 

A dupla construiu uma trajetória no mundo das artes sem nunca ter perdido de vista o desejo de manter-se acessível ao grande público. Esse percurso inclui a participação em mostras nas principais instituições internacionais, como o Hamburger Bahnhof, em Berlim, em 2019, com um projeto concebido em parceria com o grupo berlinense de breakdance Flying Steps – um dos mais premiados mundialmente; a Vancouver Biennale, Canada (2014); o MOCA – Museum of Contemporary Art, em Los Angeles (2011); o MOT – Museum of Contemporary Art Tokyo, em Tóquio, Japão e a Tate Modern, em Londres, Reino Unido (ambas em 2008) e a Trienale de Milão (2006), entre outros. Ao longo de sua carreira, os irmãos também receberam convites para criar para os principais espaços públicos de mais de 60 países, incluindo Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália, Cuba, Estados Unidos – com destaque para os telões eletrônicos da Times Square, em Nova York (2015) -, entre outros.

 

Otávio e Gustavo sempre tomaram o espaço urbano como lugar de vivência e de pesquisa desde o início de sua produção, em meados da década de 1980. Os artistas partiram de uma forte imersão na cultura hip hop, que havia chegado ao Brasil no momento em que os irmãos começaram a produzir, e da influência da dança, da música, do muralismo e da cultura popular para desenvolver um estilo singular, com atmosfera alegre, que acabou se tornando um emblema dos espaços urbanos pelo Brasil e pelo mundo.

 

Seus trabalhos contam histórias – às vezes autobiográficas – cujas tramas envolvem fantasia, relações afetivas, questionamentos, sonhos e experiências de vida. OSGEMEOS mantém seu ateliê, até hoje, no Cambuci, antigo bairro de operários e imigrantes na região central de São Paulo, no qual passaram sua infância e juventude. A partir da década de 1990, suas experimentações – não só em grafitti, mas também pintura em telas e esculturas estáticas e cinéticas – ultrapassaram os limites bidimensionais, culminando na construção de um universo próprio que opera entre o sonho e a realidade.

 

Para a mostra na Pinacoteca, o duo apresenta pinturas, instalações imersivas e sonoras, esculturas, intervenções site specific, desenhos e cadernos de anotações. Esses últimos, da fase ainda adolescente e apresentados ao público pela primeira vez, antecedem os famosos personagens amarelos, abrindo caminho para a compreensão da raiz de seu surgimento. O corpo de obras invade o museu, ocupando as sete salas de exposições temporárias do primeiro andar, um dos pátios, diversos espaços internos e externos, além de uma instalação, concebida especialmente para o Octógono.

 

A Pinacoteca, enquanto instituição tradicional criada para valorizar a produção da arte brasileira, reafirma seu compromisso ao apresentar, de maneira abrangente, a produção de OSGEMEOS. “Se, na época moderna, o fenômeno artístico tem a cidade como seu lugar de existência, pensar a arte é pensar sua inscrição na urbanidade. O urbano, a cidade, as relações que se dão nesse espaço específico, são tanto temas da arte quanto o próprio modo de sua aparição. Viver em cidades significa partilhar de uma sociabilidade singular, marcada pelo deslocamento, pelo anonimato, pela produção coletiva, geradores de conflitos e desigualdades, mas também dotada de um potencial de liberdade e transformação, caros às práticas da arte moderna e contemporânea”, finaliza Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca e curador da mostra.

 

Durante os meses em que a exposição estiver em cartaz, o museu será tomado pelo estilo e pela grafia inconfundível da dupla de artistas. A loja da Pina receberá um conjunto de novos produtos desenhados por eles, como canecas, camisetas e bonés. Temporariamente, o tradicional letreiro na fachada que traz o nome da instituição, criado pelo premiado designer gráfico Carlos Perrone nos anos 1990, será substituído por um luminoso desenhado especialmente pel´OSGEMEOS. Da mesma forma, as assinaturas eletrônicas dos emails dos funcionários do museu, que hoje trazem a logo da instituição, serão trocadas provisoriamente pela nova identidade.

 

A exposição tem patrocínio de Bradesco (cota apresenta), Samsung e Grupo Boticário (cota master), IRB Brasil RE (cota platinum), Iguatemi São Paulo e GOL Linhas Aéreas (cota ouro), escritório MattosFilho, Allergan, Cielo Comgás (cota prata) e Havaianas (cota bronze).

 

Catálogo

 

A exposição “OSGEMEOS: Segredos” é acompanhada de dois catálogos, em português e em inglês. O primeiro inclui apresentação do diretor-geral da Pinacoteca Jochen Volz, textos inéditos de Julia Flamingo e de Paulo Portella, além de imagens de obras da exposição e de outros projetos. O segundo apresentará vistas da exposição na Pinacoteca de São Paulo.

 

Ação Educativa

 

O Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca (NAE) oferece material de apoio à prática pedagógica para instituições de ensino e curso virtual de formação para professores em data a definir. As visitas guiadas para grupos estarão temporariamente suspensas.

 

Protocolo de acesso

 

Antes de entrar na Pinacoteca, o público terá a sua temperatura aferida, e quem estiver com temperatura acima de 37,5° e/ou mostrar sintomas e gripe/resfriado deverá buscar ajuda médica e não poderá acessar o museu. O uso de máscara será obrigatório em todos os espaços e durante toda a visita. Não será permitido tirar a máscara em nenhum momento, como por exemplo para fotografias/selfies. Os espaços terão álcool gel para a higienização das mãos, além de uma nova sinalização que indicará o sentido de circulação e o distanciamento mínimo de 1,5m entre pessoas.

 

O museu funcionará em horário reduzido, das 14h às 20h, e o fluxo de público será orientado pelos atendentes e por sinalização elaborada para facilitar a circulação. O tempo de permanência no prédio também será de no máximo 1 hora.

 

Os ingressos serão vendidos por datas e horários marcados no site da Pinacoteca (www.pinacoteca.org.br), inclusive os gratuitos, presente da IRB Brasil. Aos sábados, a entrada também permanece gratuita, no entanto é preciso reservar também pela internet.

 

Consulte o protocolo completo no site da Pina (www.pinacoteca.org.br).

 

Sobre os artistas

 

Projetos recentes da dupla incluem exposições individuais em: Frost Art Museum (Nashville, 2019), Hamburger Bahnhof (em colaboração com Flying Steps) (Berlim, 2019), Mattress Factory (Pittsburgh, 2018), Pirelli HangarBicocca (Milão, 2016), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro, 2015), ICA – The Institute of Contemporary Art (Boston, 2012). Suas obras integram coleções importantes ao redor do mundo, como: MOT (Tóquio), Franks-Suss Collection (Londres), MAM-SP (São Paulo), Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro).

Museu Afro Brasil retoma atividades 

20/out

 

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O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Museu Afro Brasil, retomará suas atividades presenciais a partir da próxima terça-feira, 20 de outubro, às 11h. Após mais de seis meses de paralisação em decorrência da pandemia da Covid-19, a retomada das ações com público presencial seguirá rígidos protocolos sanitários que buscam a manutenção da segurança e saúde de usuários e equipes do museu, conforme orientações de autoridades estaduais e municipais.

 

Entre as ações planejadas, estarão disponíveis as mais de 8 mil obras que compõem a exposição de longa duração do museu. Dividida em seis núcleos temáticos, a mostra aborda temas relacionados à arte, cultura, história e memória africana e afro-brasileira; visando promover o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio nacional.

 

 

A exposição temporária “Heranças de um Brasil Profundo” é outra mostra que estará aberta para visitação. Inaugurada em janeiro de 2020, com curadoria de Emanoel Araujo, nela o público poderá entrar em contato com fotografias, esculturas, pinturas e instalações que remontam aos universos culturais indígenas. Patrocinada pela EDP Brasil, com o apoio do Instituto EDP, Heranças de um Brasil Profundo possui mais de 500 peças produzidas em diferentes tempos, por diversos olhares indígenas e não-indígenas.

 

 

Por fim, uma instalação concebida por Emanoel Araujo presta uma homenagem aos 150 anos do poema “Navio Negreiro”, do poeta oitocentista Castro Alves. Realizada em diferentes planos, a montagem apresenta, em dimensões tridimensionais, a conhecida litogravura “Escravos negros no porão do navio”, de Johann M. Rugendas, ladeada por plotagens de Hansen Bahia, xilogravador alemão que radicou-se no Brasil. Outro destaque da instalação está em sua especial trilha sonora, cuja leitura do poema é feita pelas vozes de Caetano Veloso e Maria Bethânia, sob harmonia e ritmo de Carlinhos Brown.

 

O Museu Afro Brasil segue os protocolos e orientações legais para a reabertura e contato presencial. Seus funcionários estão sendo capacitados e a infraestrutura do prédio está adequada com as novas normas técnicas para o funcionamento de equipamentos culturais.

 

Abertura intervenção “Beyond the Trees”, de Tulio Dek, no Jardim do Torel, em Lisboa

 

Instalação de Tulio Dek

 

No próximo dia 25 de outubro será inaugurada no Jardim do Torel, em Lisboa, a grande intervenção “Beyond the Trees”, do artista brasileiro Tulio Dek, com 500 tocos de árvores calcinadas, com altura entre 50 e 85cm, oriundos de incêndios florestais que assolaram aquele país, cedidos pelo governo português. O curador do Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, Rui Afonso Santos, afirma que a intervenção de Tulio Dek além de ser “única no seu gênero, por sua qualidade, é extremamente rara no panorama artístico português”. Ele destaca que “com preocupações ecologistas e humanistas deste cariz, nunca foram feitas em Portugal, intervenções nesta escala, e com esta natureza”. Tulio desenvolveu há um ano este projeto, como um alerta para a importância da preservação do planeta, e um protesto contra as queimadas.

 

 

Em Portugal desde o início de 2019, onde produz diversas obras para exposições, Tulio Dek utilizou o percurso do concorrido Jardim do Torel, para sensibilizar os visitantes, principalmente os jovens, para a proteção ao meio ambiente. O público caminhará pelos troncos queimados, e um patamar abaixo na encosta, verá uma fonte com água tingida de preto, em alusão a vazamentos de petróleo. Atrás da fonte, um grande luminoso azul traz a frase “I can’t stop these tears from falling” (“Não consigo impedir essas lágrimas de caírem”). Perto da fonte será instalada uma cabana de madeira, grafitada pelo artista, como um abrigo, um local de acolhimento, onde estarão sacos com sementes de nove árvores nativas de Portugal. O público poderá levar punhados dessas sementes para plantarem em outros locais. “É como uma volta, em que se pode devolver árvores ao país”, observa Dek.

 

 

Patrocinado pela Junta de Freguesia de Santo Antônio, em Lisboa, o projeto tem o apoio da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que irá levar seus oito mil alunos à instalação para que desenvolvam projetos ecológicos a partir dela.

 

Prorrogação na Z42 Arte

A partir do dia 23 de outubro, a exposição “Como olhar para trás”, na Z42 Arte, no Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ, poderá ser visitada também virtualmente, através da plataforma: www.comoolharparatras.art. Na ocasião, também será lançado o catálogo virtual da mostra, que estará disponível gratuitamente na plataforma. A exposição segue todos os protocolos sanitários e a visitação presencial à exposição foi prorrogada até o dia 31 de outubro de 2020.

Com curadoria de Fernanda Lopes, a mostra traz o tema da memória, em diferentes aspectos, através de obras produzidas em diversos suportes, como fotografia, instalação, desenho, pintura e objeto, pelas artistas Ilana Zisman, Maria Amélia Raeder, Mariana Sussekind e Priscila Rocha.

Na plataforma, será possível ter uma visão geral da exposição, de forma fácil, rápida e segura. Nela, também será possível acessar o link para baixar o catálogo gratuitamente. Com 61 páginas e fotos coloridas da exposição, o catálogo terá textos da curadora Fernanda Lopes, da doutoranda em relações internacionais Mariana Caldas, da psicanalista Luciana Saad, além de um texto de cada uma das artistas.