Focalizando a obra de Zéh Palito.

04/abr

 

A Simões de Assis anuncia o lançamento de “Zéh Palito – Um Lugar ao Sol”, a primeira publicação dedicada à obra do artista.

Realizada em parceria com a Act, a edição reúne cerca de 150 obras realizadas entre 2019 e 2024, além de destacar cinco exposições individuais realizadas no Brasil, Estados Unidos, Itália e México. Com organização de Mariane Beline, Luana Rosiello e o próprio artista, o livro conta ainda com ensaios dos renomados curadores Ademar Britto Jr., Chantel Akworkor Thompson, Larry Ossei-Mensah e Rodrigo Moura, além de uma entrevista entre Zéh Palito, Larry e o também artista Derrick Adams.

SP-Arte | Lançamento e sessão de autógrafos

Sexta-feira, 04 de abril às 18h30

Estande Act Editora – ED4

2º andar

Simões de Assis | Lançamento aberto ao público

Sábado, 05 de abril às 11h – 13h

Al. Lorena, 2050 A – Jardins

Celebrações em torno de Pedro Moraleida.

27/mar

Organizada pela curadora e crítica de arte Lisette Lagnado, a mostra que homenageia Pedro Moraleida Bernardes ocupará dois endereços – até 21 de junho – da nova Almeida & Dale, São Paulo, SP, como parte das celebrações pelos 25 anos da morte do artista mineiro, que partiu precocemente aos 22 anos de idade. Intitulada Nossa Senhora do Desejo, a exposição propõe diálogos entre sua obra, artistas que o influenciaram e uma nova geração que compartilha de sua inquietação e irreverência.

A produção intensa de Pedro Moraleida, marcada pela desobediência, escatologia e crítica social, segue sendo revisitada e reinterpretada ao longo do tempo. Graças ao empenho de seus pais, Luiz Bernardes e Nilcéa Moraleida, junto a professores e artistas, seu acervo sempre esteve acessível a pesquisadores, estimulando novos estudos sobre a obra. Desde setembro de 2024, a Academia Mineira de Letras (AML), em parceria com o Instituto Pedro Moraleida Bernardes (iPMB), o Viaduto das Artes e o Grupo Oficina Multimedia, tem promovido seminários e exposições em Belo Horizonte, ampliando a reflexão sobre o seu legado. Em 2019, o Instituto Tomie Ohtake realizou a primeira retrospectiva do artista fora de sua cidade natal, com curadoria de Paulo Miyada.

Embora frequentemente associada, de maneira simplista, ao neoexpressionismo alemão, a prolífica obra do artista – que abrange desenhos, pinturas, textos e experimentos sonoros – vai muito além dessa influência. Pedro Moraleida teve acolhida entusiasmada por parte de curadores brasileiros e estrangeiros, e, segundo Lisette Lagnado, “ainda há muito a ser explorado sobre as fontes que o inspiraram”.

Nossa Senhora do Desejo mergulha em temas recorrentes em sua produção, como capitalismo, patriarcado, saúde mental, guerra planetária, direito à vida e vida artificial. Dentre os vários nexos iluminados pela mostra, destaca-se aquele que o aproxima do poeta francês Antonin Artaud: a opção por “uma existência que se recusa a anestesiar as emoções”. Como sintetiza a curadora, “…ambos examinam uma sociedade abusiva e tóxica, vociferando contra o pecado católico e a perversão acumulativa da burguesia”.

Num movimento tentacular, outros elos vão se desenhando, como a sintonia entre sua força insubmissa e a arte de Jaider Esbell e Arthur Bispo do Rosario (em registros flagrados pela lente do mestre da cor Walter Firmo), que brota da violência institucional e a transmuta poeticamente em “energia de combate”. O caráter iconoclasta e a mordacidade política conectam a produção de Pedro Moraleida à de Leon Ferrari, figura fundamental do conceitualismo latino-americano, presente na exposição com a série “Releituras da Bíblia”. Figuras como Jean-Michel Basquiat e José Leonilson, usualmente lembradas como influências para Pedro Moraleida, também fazem parte dessa constelação de referências evidenciadas pela exposição. Além dessas relações de caráter mais histórico, há na seleção proposta por Lisette Lagnado a presença importante de duas artistas que conheceram Pedro Moraleida, a mineira Cinthia Marcelle e a hispano-brasileira Sara Ramo – da mesma geração surgida no final do século passado, elas prestaram uma assessoria especial no processo de pesquisa e concepção da mostra. O conjunto inclui ainda produções recentes que ecoam a mesma inquietude, como as da paulistana Lia D Castro e do suíço-carioca Guerreiro Do Divino Amor, cuja instalação “Civilizações Super Superiores” foi originalmente apresentada no Pavilhão da Suíça da 60ª edição da Bienal de Veneza.

A expografia dos dois espaços é assinada pelo arquiteto e urbanista Tiago Guimarães, formado pela Universidade Federal do Ceará e atuante em São Paulo desde 2005. Além dos nomes já citados, completam a mostra obras de Castiel Vitorino Brasileiro, desali, Flávio de Carvalho, ⁠ Francisco de Almeida, Lia D Castro, ⁠Linga Acácio, Trojany, ⁠Marta Neves, Regina Parra – artista que apresenta uma performance na abertura da exposição – e ⁠Thiago Martins de Melo. O poeta floresta participa da publicação que será lançada durante a exposição com uma seleção de sete poemas extraídos de seu livro rio pequeno (ed. Fósforo, 2022).

Artistas participantes.

Antonin Artaud, Castiel Vitorino Brasileiro, Cinthia Marcelle, desali, Flávio de Carvalho, floresta, Francisco de Almeida, Guerreiro do Divino Amor, Jaider Esbell, Jean-Michel Basquiat, José Leonilson, León Ferrari, Lia D Castro, Linga Acácio e Trojany, Marta Neves, Pedro Moraleida, Regina Parra, Sara Ramo, Thiago Martins de Melo, Walter Firmo.

Classificação indicativa: mão recomendado para menores de 18 anos. Esta exposição contém imagens com teor sexual, sexo explícito e nudez. Acesso mediante a presença do responsável ou acompanhante com autorização por escrito.

Elaborações metafóricas e poéticas do amor.

18/mar

A Galatea anuncia a exposição Carvões acesos, coletiva com mais de 50 artistas nacionais e internacionais, que estará aberta ao público na unidade da galeria na rua Oscar Freire, em São Paulo, a partir do dia 27 de março.

Idealizada por Tomás Toledo, curador e sócio-fundador da Galatea, a mostra gira em torno de temas como amor, desejo e paixão em uma proposta transgeracional, transterritorial e transmídia – conta com pinturas, instalações, livros, esculturas, objetos e vídeo de artistas que investigam as tensões afetivas e suas metáforas. Estão presentes nomes que conectam gerações e territórios da arte brasileira e também internacional, como Amélia Toledo, Antonio Dias, Allan Weber, Chico Tabibuia, Cildo Meirelles, Gabriella Marinho, Jonathas de Andrade, Leonilson, Louise Bourgeois, Mayara Ferrão, Retratistas do Morro, Pablo Accinelli e Tunga.

Três núcleos compõem a exposição: Enlaces, Metáforas do amor e Metáforas do sexo. As obras apresentadas exploram a proximidade entre os corpos, o tesão do erotismo, o magnetismo do desejo e múltiplas representações de casais. São abordadas, ainda, elaborações metafóricas e poéticas do amor, bem como expressões ora mais cifradas ora mais explicitas do sexo.

Até 24 de maio.

Catálogo para a poética de Tunga.

10/mar

O Instituto Ling, Bairro Três Figueiras, Porto Alegre, RS, realizou o lançamento do catálogo da exposição “A poética de Tunga – uma introdução”, marcando também o encerramento e visitação da mostra.

O evento contou com uma conversa aberta ao público entre o curador Paulo Sergio Duarte e o convidado Munir Klamt, artista, curador, professor e grande entusiasta da obra de Tunga. O catálogo foi distribuído gratuitamente entre os participantes.

A mostra apresentou uma seleção de mais de 60 obras, entre bidimensionais e esculturas de diferentes fases, grande parte delas inéditas, expondo temas e conceitos que atravessam toda a poética do artista. Esta foi a primeira exposição individual de Tunga em Porto Alegre, considerado uma das figuras mais emblemáticas da cena artística nacional.

 

Livro sobre Rodrigo Sassi.

25/fev

A publicação monográfica da obra de Rodrigo Sassi recebeu seu lançamento após dois anos de produção. O livro apresenta ao público uma retrospectiva dos 12 anos de carreira do artista.

O projeto foi organizado por Pollyana Quintella, curadora da Pinacoteca de São Paulo, e tem design assinado pela Casa Rex. A produção do livro é da Central e edição da WMF Martins Fontes. Agnaldo Farias, curador e professor da FAU-USP, Ana Avelar, curadora e professora da UnB, Cauê Alves, curador-chefe do MAM-SP, Francesca Hughes, teórica inglesa especializada em arquitetura moderna, e Leandro Muniz, curador-assistente do MASP, assinam textos inéditos sobre a obra de Sassi.

O lançamento aconteceu na Casa de Cultura do Parque, em São Paulo marcando o encerramento da exposição “Ninho Duro” (2024) de Rodrigo Sassi, onde o artista apresenta instalação homônima pensada especialmente para o espaço do centro cultural. No evento, o artista reúne-se com Pollyana Quintella para uma conversa mediada pela curadora independente e coordenadora de comunicação da Casa, Giovanna Bragaglia.

Antonio Manoel em livro.

12/fev

Incontornáveis é o nome da série de trabalhos inéditos que Antonio Manuel produziu durante o confinamento imposto pela pandemia de covid-19. É, também, o título do livro que será lançado pela BEĨ Editora no dia 20 de fevereiro de 2025, na Livraria da Travessa, Ipanema, Rio de Janeiro, com uma conversa entre o artista e o curador Paulo Venancio Filho. O livro também será lançado em São Paulo durante a SP-Arte.

Com 208 páginas, o livro, de grande apuro visual e gráfico, traz imagens dos trabalhos da série inédita Incontornáveis, incluindo dois fac-símiles. Completam a publicação textos inéditos dos curadores Ana Maria Maia e Paulo Venancio Filho, além do ensaio “O galo dos ovos de ouro”, escrito por Décio Pignatari, em 1973, para a Exposição de Antonio Manuel (de 0 às 24 horas nas bancas de jornais).

“A base deste livro são esses novos trabalhos, inéditos, produzidos durante o recolhimento a que fomos submetidos em 2020. Considero que são aberturas que se realizam e se revelam na ação precisa das mãos, como linhas contínuas de luz e energia. Um exercício de liberdade que se move em acontecimentos e revelações.”, afirma Antonio Manuel.

Os Incontornáveis são composições resultantes de camadas de folhas de jornal, rasgadas e pintadas. Fragmentos de notícias, palavras recobertas de tinta – ou reveladas pelas cores e pelos recortes do papel – comentam, profundam e se associam a registros da trajetória percorrida por Antonio Manuel ao longo de mais de cinco décadas de atuação – uma trajetória pautada tanto pela inquietação e pela resistência aos autoritarismos de toda ordem, quanto pela surpresa e pelo humor. “Prestem bem atenção ao rasgo; ele não vai desapontar, sua minúcia deliberadamente calculada, a praticamente infalível maestria dos dedos e a inaudita operação cirúrgica estética expõem a beleza e o desenho límpido da incisão.”, diz o curador Paulo Venancio Filho no texto do livro.

O artista tem uma forte ligação com os jornais, já tendo produzido diversos trabalhos com este suporte ao longo de sua trajetória. Em 1973, ele realizou a “Exposição de Antonio Manuel (de 0 às 24 horas nas bancas de jornais)”, uma mostra no caderno de cultura do extinto periódico O Jornal, no qual buscava discutir o papel dos meios de comunicação de massa em tempos de censura. Agora, ele amplia as 24 horas do jornal para refletir sobre a transitoriedade da informação e a relevância da palavra impressa hoje. “Entre pedaços de notícias do dia e seu cancelamento enquanto forma pictórica […], a obra documentou um percurso possível da intimidade do ateliê até o que se recordava ou almejava de uma esfera pública esvaziada.”, afirma a curadora Ana Maria Maia no texto escrito para o livro.

Sobre os autores

Antonio Manuel é um dos mais relevantes nomes vinculados à arte experimental brasileira. Sua obra, que compreende pintura, performance, instalação e filmes, entre outros suportes, tem como tema central o contexto social e político brasileiro e o sistema das artes. Dessa perspectiva, executou, desde os anos 1960, as “Urnas quentes”, trabalhos com jornais e flans, “O corpo é a obra” “Fantasma” e  “Ocupações/descobrimentos” , entre outros.  Dentre suas principais exposições individuais estão Bienal de Veneza (2015);  panorâmica no MAM Rio (2014); “I want to act, not represent”, na Americas Society, em Nova York (2011); “Fatos”, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo ( 2007); mostra no Pharos Centre of Contemporary Art, em Chipre (2005); no Museu da Chácara do Céu (2002); na Fundação Serralves, em Portugal ( 2000); no Jeu de Paume, em Paris (1999); no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, em (1998); no Centro de Arte Hélio Oiticica (1997).  Tem obras em importantes coleções públicas do Brasil e do exterior, como Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Fundação Serralves, em Portugal, MoMA, em Nova York e Tate Modern, em Londres.

Ana Maria Maia é pesquisadora, curadora e professora de arte contemporânea. Tem doutorado em artes pela Universidade de São Paulo (USP). É organizadora do livro Flávio de Carvalho (Azougue, 2014) e autora de Arte-veículo: intervenções na mídia de massa brasileira (Circuito e Aplicação, 2015), resultado da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção Artística. Desde 2019, atua como curadora da Pinacoteca de São Paulo, onde tornou-se curadora chefe em 2022.

Paulo Venancio Filho é curador, crítico de arte e professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Publicou textos sobre vários artistas brasileiros, entre os quais Antonio Manuel, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Lygia Pape, Waltércio Caldas, Mira Schendel, Franz Weissmann, Iole de Freitas, Carlos Zilio, Anna Maria Maiolino, Eleonore Koch e Nuno Ramos. Foi curador das seguintes exposições: Century City: Art and Culture in the Modern Metropolis (Tate Modern, Londres, 2001), Soto: A construção da imaterialidade (CCBB, Rio de Janeiro,2005/Instituto Tomie Othake,2006/MON, Curitiba, 2006), Anna Maria Maiolino: Entre Muitos (Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2005/Miami Art Central, 2006), Fatos/Antonio Manuel (CCBB, São Paulo, 2007), Time and Place: Rio de Janeiro 1956-1964 (Moderna Museet, Estocolmo, 2008), Nova Arte Nova (CCBB, Rio de Janeiro, 2008), Hot Spots (Kunsthaus Zürich, 2009), Cruzamentos (Wexner Center for the Arts, Columbus,  2014),  Possibilities of the Object: Experiments in Brazilian Modern and Contenporary Art (The Fruitmarket Gallery, Edinburgh, 2015) e Piero Manzoni (MAM-SP, 2015) e Angelo Venosa:Escultor (Casa Roberto Marinho, 2023).

Sobre a Galeria Raquel Arnaud

Fundada em 1974, a Galeria Raquel Arnaud é referência no cenário da arte contemporânea brasileira e internacional. Com foco em arte construtiva, cinética e contemporânea, a galeria destaca-se por promover artistas cuja produção explora a relação entre espaço, forma e luz. Para isso, contribuíram artistas como Amilcar de Castro, Willys de Castro, Lygia Clark, Mira Schendel, Sergio Camargo, Hércules Barsotti e Arthur Luiz Piza, entre muitos outros. Além de seu papel no campo da abstração geométrica, a galeria tem se dedicado a promover artistas que exploram novas possibilidades de linguagem no contexto da arte contemporânea, representando nomes como Waltercio Caldas, Carlos Cruz-Díez, Arthur Luiz Piza, Sérvulo Esmeraldo, Antonio Manuel, Iole de Freitas, Maria Carmen Perlingeiro, Carlos Zilio, Tuneu, Frida Baranek, Geórgia Kyriakakis, Julio Villani, Célia Euvaldo, Wolfram Ullrich, Elizabeth Jobim, Guto Lacaz, Carla Chaim, Carlos Nunes e Ding Musa. Localizada em São Paulo, tornou-se um espaço de vanguarda ao apresentar exposições que dialogam com a arquitetura e o design, além de fomentar a reflexão sobre questões estéticas e conceituais. Sob a liderança visionária de Raquel Arnaud, a galeria consolidou seu papel como um dos principais pontos de encontro para colecionadores, críticos e amantes da arte. Atualmente, sob direção de Raquel Arnaud e Myra Arnaud Babenco, o espaço entra em um novo momento, em conexão com o mercado e com a arte contemporânea.

Sobre a BEĨ Editora

Ao longo de sua trajetória, a BEĨ consolidou-se como uma editora de excelência na concepção e execução de projetos editoriais, mantendo a mesma qualidade nas plataformas de debate e educação que desenvolveu nos últimos anos. O catálogo da editora é formado por livros de arte, design, fotografia, gastronomia, arquitetura, urbanismo e economia, além de títulos voltados para a educação de jovens desde o Ensino Fundamental até a universidade. A palavra beĩ – “um pouco mais”, em tupi – define o espírito que norteia a editora desde sua fundação. O nome reflete o desejo de superar limites, o que se repete a cada projeto executado. A palavra remete ainda ao envolvimento da editora com o Brasil e a cultura brasileira, num compromisso que se reafirma não apenas nas suas publicações, mas no conjunto de suas ações durante um percurso de quase três décadas, que resultou também em iniciativas como a Coleção BEĨ de bancos indígenas do Brasil e a BEĨ Educação.

Influências de produções intelectuais e artísticas.

21/jan

Vozes Negras: legados intelectuais e artísticos para a formação do Brasil, curso oficiado por José Rivair Macedo no Instituto Ling, Bairro Três Figueiras, Porto Alegre, RS.

Em que medida as criações literárias, artísticas e teóricas de personalidades negras oferecem novas contribuições para o entendimento da sociedade brasileira? Em três encontros, o curso se propõe a explorar, de maneira panorâmica, as trajetórias e as influências das produções intelectuais e artísticas de autores negros no Brasil a partir da metade do século XIX. O objetivo é descrever, examinar, interpretar e cotejar o rico e diversificado conjunto de obras escritas, visuais e sonoras, identificando seus temas recorrentes, conceitos estruturantes e a circulação de suas ideias em diferentes contextos históricos e sociais da história brasileira

Sobre o ministrante.

José Rivair Macedo é Doutor em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – FFLCH-USP; professor de História da África no curso de História e no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS; coordenador da Rede Multidisciplinar de Estudos Africanos do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados – ILEA; coordenador do Grupo Èkè Edé Yorubá: Estudos de História e Cultura Yorùbá na África, vinculado ao de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – NEABI-UFRGS.

Livro destaca a obra de Maria Lira Marques.

13/dez

 

Esta publicação é dedicada à trajetória e obra da artista mineira Maria Lira Marques (Araçuaí, 1945), que rompeu barreiras e nomenclaturas, estabelecendo-se no circuito de arte contemporânea. Mais que uma monografia, o livro busca destacar a relação visceral da artista com o território que a forjou, o Vale do Jequitinhonha, bem como resgatar elementos da tradição popular em sua estética e prática. Este percurso é apresentado por meio de um corpo de obras – desenhos, pinturas e objetos em cerâmica -, além de ensaios do curador Rodrigo Moura, que assina a organização do livro, e da pesquisadora e curadora Luciara Ribeiro. A publicação incorpora ainda imagens históricas registradas por Frei Chico (importante personagem na vida de Maria Lira), uma cronologia completa, e depoimentos da artista publicados originalmente em 1983.

Realização: Gomide&Co.

Edição: Yasmin Abdalla e Marina Dias Teixeira.

Textos: Rodrigo Moura, Luciara Ribeiro, Luisa Duarte e Yasmin Abdalla.

Design: Felipe Chodin e Camila Regueira.

A trajetória de um mestre do Sul.

12/dez

 

A exposição retrospectiva “Nelson Boeira Faedrich: Trajetória” encontra-se em cartaz na Casa da Memória Unimed Federação/RS, Porto Alegre.

A mostra “Nelson Boeira Faedrich: Trajetória” dá sequência às realizações na promoção da história da arte no Rio Grande do Sul, com retrospectivas de artistas de relevância, iniciadas com Pedro Weingärtner e José Lutzenberger. A curadoria é assinada por José Francisco Alves e Marco Aurélio Biermann Pinto.

Sobre o artista

Nelson Boeira Faedrich foi um artista autodidata que atuou em áreas que se completaram: pintura, desenho, ilustração, projeto gráfico, desenho de publicidade, cenografia e até o mobiliário. Consagrou-se como ilustrador de capas e livros na antiga Livraria do Globo e por encomendas; cartazista no Rio de Janeiro na década de 1940; foi diagramador e ilustrador em três grandes jornais gaúchos, entre eles o Correio do Povo, entre 1954 e 1974. Também trabalhou como desenhista de publicidade para inúmeros clientes, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, entre as décadas de 1930 e 1950. Foi cenógrafo e figurinista em peças teatrais, em especial na décadas de 1950 e 1960.

Conforme informa um dos curadores, José Francisco Alves, entre as reproduções dos trabalhos de ilustração e diagramação na imprensa diária está uma página do Caderno de Sábado do Correio do Povo, de 11 de setembro de 1971, diagramada pelo artista e com a reprodução de sua pintura “Pássaro de Fogo”, em exibição no mesmo dia na Galeria do Touring.

Sobre a sua pintura, será exposto o maior conjunto de obras do artista desde 1981 (quando realizou uma retrospectiva no Museu de Arte do Rio Grande do Sul), sendo esta linguagem o enfoque principal na Casa da Memória. Estarão na mostra exemplares de sua intensa produção pictórica nas décadas de 1970 e 1980, após aposentar-se da imprensa e dedicar-se com afinco à arte, mais especificamente à pintura, com temáticas figurativas variadas. Na ilustração de livros, os trabalhos mais famosos foram “Lendas do Sul” de Simões Lopes Neto, “O Tempo e o Vento” de Erico Verissimo e os “Contos de Andersen, além de inúmeros livros infantis. Com cerca de 100 originais, a exposição apresenta também desenhos artísticos, projetos gráficos, cartazes, peças de publicidade, jornais e outros suportes.

Até 14 de março de 2025.

Fonte: Correio do Povo.

A trajetória de Bea Machado.

10/dez

Livro reúne a trajetória de 40 anos da artista Bea Machado, com 200 páginas, publicação será lançada no dia 17 de dezembro, na Livraria Argumento, Leblon, Rio de Janeiro, RJ.

O livro “Bea Machado Arts – pinturas e esculturas”, abrange toda a múltipla obra da artista, em pintura e escultura, desde o início de sua trajetória nas artes, em 1983, até os dias de hoje, com textos da crítica e historiadora da arte Sônia Siqueira. Além de apresentar as obras mais conhecidas da artista, o livro também traz pinturas inéditas, nunca antes mostradas.

“Artista multifacetada, dedicou-se ao longo de sua carreira a vários enfoques deste “handmade” como a escultura e a pintura. Entretanto, tanto quanto o tamanho e a composição de uma obra, seu estilo pessoal e falas precisam persuadir não apenas os outros, mas a si próprio. Sejam elas personas coloridas, imensas, minimalistas discretas, ânforas e potes, Bea Machado, enquanto artista persuasiva, é sempre protagonista, jamais a coadjuvante que habita um estereótipo”, diz Sônia Siqueira em um dos trechos do livro.

Sobre a artista

Bea Machado nasceu em Resende e mora no Rio de Janeiro. Fez sua primeira exposição individual em 1982 na Galeria Espaço 81, na Maison de France, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, participou da Bienal Internacional de Arte Contemporânea, na Flórida, onde recebeu medalha de ouro. Em 1984, participou da Mostra de Arte no Círculo Militar da Praia Vermelha/RJ, da Sociedade de Belas Artes do Rio de Janeiro/RJ e da Brazilian Artists Cooperativa, no Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro. Em 1987 recebeu medalha de ouro na coletiva intitulada “Mostra de Arte Século XX”, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em 1992, mais uma medalha, de bronze, na mostra coletiva: Galeria Place des Artes “Open House” – Barra da Tijuca/Rio de Janeiro. No mesmo ano fez uma individual no Ipanema Park Hotel. Porto, Portugal. Bea Machado participou de dezenas de exposições individuais e coletivas, transita com desenvoltura tanto pela escultura como pela pintura. Entre os prêmios recebidos ao longo de sua trajetória estão: “Troféu Hípico”, Hípica, Rio de Janeiro; “Troféu do Primeiro Campeonato Serra e Mar de Hipismo FIRJAN-Federação das Indústrias do Rio de Janeiro”, no Banco do Brasil-Volta Redonda, Rio de Janeiro; Bolsa de Valores, Rio de Janeiro; MAM-Resende, Rio de Janeiro, e Annuarie de L’Art Internacional.