Elaborações metafóricas e poéticas do amor.

18/mar

A Galatea anuncia a exposição Carvões acesos, coletiva com mais de 50 artistas nacionais e internacionais, que estará aberta ao público na unidade da galeria na rua Oscar Freire, em São Paulo, a partir do dia 27 de março.

Idealizada por Tomás Toledo, curador e sócio-fundador da Galatea, a mostra gira em torno de temas como amor, desejo e paixão em uma proposta transgeracional, transterritorial e transmídia – conta com pinturas, instalações, livros, esculturas, objetos e vídeo de artistas que investigam as tensões afetivas e suas metáforas. Estão presentes nomes que conectam gerações e territórios da arte brasileira e também internacional, como Amélia Toledo, Antonio Dias, Allan Weber, Chico Tabibuia, Cildo Meirelles, Gabriella Marinho, Jonathas de Andrade, Leonilson, Louise Bourgeois, Mayara Ferrão, Retratistas do Morro, Pablo Accinelli e Tunga.

Três núcleos compõem a exposição: Enlaces, Metáforas do amor e Metáforas do sexo. As obras apresentadas exploram a proximidade entre os corpos, o tesão do erotismo, o magnetismo do desejo e múltiplas representações de casais. São abordadas, ainda, elaborações metafóricas e poéticas do amor, bem como expressões ora mais cifradas ora mais explicitas do sexo.

Até 24 de maio.

Catálogo para a poética de Tunga.

10/mar

O Instituto Ling, Bairro Três Figueiras, Porto Alegre, RS, realizou o lançamento do catálogo da exposição “A poética de Tunga – uma introdução”, marcando também o encerramento e visitação da mostra.

O evento contou com uma conversa aberta ao público entre o curador Paulo Sergio Duarte e o convidado Munir Klamt, artista, curador, professor e grande entusiasta da obra de Tunga. O catálogo foi distribuído gratuitamente entre os participantes.

A mostra apresentou uma seleção de mais de 60 obras, entre bidimensionais e esculturas de diferentes fases, grande parte delas inéditas, expondo temas e conceitos que atravessam toda a poética do artista. Esta foi a primeira exposição individual de Tunga em Porto Alegre, considerado uma das figuras mais emblemáticas da cena artística nacional.

 

Livro sobre Rodrigo Sassi.

25/fev

A publicação monográfica da obra de Rodrigo Sassi recebeu seu lançamento após dois anos de produção. O livro apresenta ao público uma retrospectiva dos 12 anos de carreira do artista.

O projeto foi organizado por Pollyana Quintella, curadora da Pinacoteca de São Paulo, e tem design assinado pela Casa Rex. A produção do livro é da Central e edição da WMF Martins Fontes. Agnaldo Farias, curador e professor da FAU-USP, Ana Avelar, curadora e professora da UnB, Cauê Alves, curador-chefe do MAM-SP, Francesca Hughes, teórica inglesa especializada em arquitetura moderna, e Leandro Muniz, curador-assistente do MASP, assinam textos inéditos sobre a obra de Sassi.

O lançamento aconteceu na Casa de Cultura do Parque, em São Paulo marcando o encerramento da exposição “Ninho Duro” (2024) de Rodrigo Sassi, onde o artista apresenta instalação homônima pensada especialmente para o espaço do centro cultural. No evento, o artista reúne-se com Pollyana Quintella para uma conversa mediada pela curadora independente e coordenadora de comunicação da Casa, Giovanna Bragaglia.

Antonio Manoel em livro.

12/fev

Incontornáveis é o nome da série de trabalhos inéditos que Antonio Manuel produziu durante o confinamento imposto pela pandemia de covid-19. É, também, o título do livro que será lançado pela BEĨ Editora no dia 20 de fevereiro de 2025, na Livraria da Travessa, Ipanema, Rio de Janeiro, com uma conversa entre o artista e o curador Paulo Venancio Filho. O livro também será lançado em São Paulo durante a SP-Arte.

Com 208 páginas, o livro, de grande apuro visual e gráfico, traz imagens dos trabalhos da série inédita Incontornáveis, incluindo dois fac-símiles. Completam a publicação textos inéditos dos curadores Ana Maria Maia e Paulo Venancio Filho, além do ensaio “O galo dos ovos de ouro”, escrito por Décio Pignatari, em 1973, para a Exposição de Antonio Manuel (de 0 às 24 horas nas bancas de jornais).

“A base deste livro são esses novos trabalhos, inéditos, produzidos durante o recolhimento a que fomos submetidos em 2020. Considero que são aberturas que se realizam e se revelam na ação precisa das mãos, como linhas contínuas de luz e energia. Um exercício de liberdade que se move em acontecimentos e revelações.”, afirma Antonio Manuel.

Os Incontornáveis são composições resultantes de camadas de folhas de jornal, rasgadas e pintadas. Fragmentos de notícias, palavras recobertas de tinta – ou reveladas pelas cores e pelos recortes do papel – comentam, profundam e se associam a registros da trajetória percorrida por Antonio Manuel ao longo de mais de cinco décadas de atuação – uma trajetória pautada tanto pela inquietação e pela resistência aos autoritarismos de toda ordem, quanto pela surpresa e pelo humor. “Prestem bem atenção ao rasgo; ele não vai desapontar, sua minúcia deliberadamente calculada, a praticamente infalível maestria dos dedos e a inaudita operação cirúrgica estética expõem a beleza e o desenho límpido da incisão.”, diz o curador Paulo Venancio Filho no texto do livro.

O artista tem uma forte ligação com os jornais, já tendo produzido diversos trabalhos com este suporte ao longo de sua trajetória. Em 1973, ele realizou a “Exposição de Antonio Manuel (de 0 às 24 horas nas bancas de jornais)”, uma mostra no caderno de cultura do extinto periódico O Jornal, no qual buscava discutir o papel dos meios de comunicação de massa em tempos de censura. Agora, ele amplia as 24 horas do jornal para refletir sobre a transitoriedade da informação e a relevância da palavra impressa hoje. “Entre pedaços de notícias do dia e seu cancelamento enquanto forma pictórica […], a obra documentou um percurso possível da intimidade do ateliê até o que se recordava ou almejava de uma esfera pública esvaziada.”, afirma a curadora Ana Maria Maia no texto escrito para o livro.

Sobre os autores

Antonio Manuel é um dos mais relevantes nomes vinculados à arte experimental brasileira. Sua obra, que compreende pintura, performance, instalação e filmes, entre outros suportes, tem como tema central o contexto social e político brasileiro e o sistema das artes. Dessa perspectiva, executou, desde os anos 1960, as “Urnas quentes”, trabalhos com jornais e flans, “O corpo é a obra” “Fantasma” e  “Ocupações/descobrimentos” , entre outros.  Dentre suas principais exposições individuais estão Bienal de Veneza (2015);  panorâmica no MAM Rio (2014); “I want to act, not represent”, na Americas Society, em Nova York (2011); “Fatos”, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo ( 2007); mostra no Pharos Centre of Contemporary Art, em Chipre (2005); no Museu da Chácara do Céu (2002); na Fundação Serralves, em Portugal ( 2000); no Jeu de Paume, em Paris (1999); no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, em (1998); no Centro de Arte Hélio Oiticica (1997).  Tem obras em importantes coleções públicas do Brasil e do exterior, como Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Fundação Serralves, em Portugal, MoMA, em Nova York e Tate Modern, em Londres.

Ana Maria Maia é pesquisadora, curadora e professora de arte contemporânea. Tem doutorado em artes pela Universidade de São Paulo (USP). É organizadora do livro Flávio de Carvalho (Azougue, 2014) e autora de Arte-veículo: intervenções na mídia de massa brasileira (Circuito e Aplicação, 2015), resultado da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção Artística. Desde 2019, atua como curadora da Pinacoteca de São Paulo, onde tornou-se curadora chefe em 2022.

Paulo Venancio Filho é curador, crítico de arte e professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Publicou textos sobre vários artistas brasileiros, entre os quais Antonio Manuel, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Lygia Pape, Waltércio Caldas, Mira Schendel, Franz Weissmann, Iole de Freitas, Carlos Zilio, Anna Maria Maiolino, Eleonore Koch e Nuno Ramos. Foi curador das seguintes exposições: Century City: Art and Culture in the Modern Metropolis (Tate Modern, Londres, 2001), Soto: A construção da imaterialidade (CCBB, Rio de Janeiro,2005/Instituto Tomie Othake,2006/MON, Curitiba, 2006), Anna Maria Maiolino: Entre Muitos (Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2005/Miami Art Central, 2006), Fatos/Antonio Manuel (CCBB, São Paulo, 2007), Time and Place: Rio de Janeiro 1956-1964 (Moderna Museet, Estocolmo, 2008), Nova Arte Nova (CCBB, Rio de Janeiro, 2008), Hot Spots (Kunsthaus Zürich, 2009), Cruzamentos (Wexner Center for the Arts, Columbus,  2014),  Possibilities of the Object: Experiments in Brazilian Modern and Contenporary Art (The Fruitmarket Gallery, Edinburgh, 2015) e Piero Manzoni (MAM-SP, 2015) e Angelo Venosa:Escultor (Casa Roberto Marinho, 2023).

Sobre a Galeria Raquel Arnaud

Fundada em 1974, a Galeria Raquel Arnaud é referência no cenário da arte contemporânea brasileira e internacional. Com foco em arte construtiva, cinética e contemporânea, a galeria destaca-se por promover artistas cuja produção explora a relação entre espaço, forma e luz. Para isso, contribuíram artistas como Amilcar de Castro, Willys de Castro, Lygia Clark, Mira Schendel, Sergio Camargo, Hércules Barsotti e Arthur Luiz Piza, entre muitos outros. Além de seu papel no campo da abstração geométrica, a galeria tem se dedicado a promover artistas que exploram novas possibilidades de linguagem no contexto da arte contemporânea, representando nomes como Waltercio Caldas, Carlos Cruz-Díez, Arthur Luiz Piza, Sérvulo Esmeraldo, Antonio Manuel, Iole de Freitas, Maria Carmen Perlingeiro, Carlos Zilio, Tuneu, Frida Baranek, Geórgia Kyriakakis, Julio Villani, Célia Euvaldo, Wolfram Ullrich, Elizabeth Jobim, Guto Lacaz, Carla Chaim, Carlos Nunes e Ding Musa. Localizada em São Paulo, tornou-se um espaço de vanguarda ao apresentar exposições que dialogam com a arquitetura e o design, além de fomentar a reflexão sobre questões estéticas e conceituais. Sob a liderança visionária de Raquel Arnaud, a galeria consolidou seu papel como um dos principais pontos de encontro para colecionadores, críticos e amantes da arte. Atualmente, sob direção de Raquel Arnaud e Myra Arnaud Babenco, o espaço entra em um novo momento, em conexão com o mercado e com a arte contemporânea.

Sobre a BEĨ Editora

Ao longo de sua trajetória, a BEĨ consolidou-se como uma editora de excelência na concepção e execução de projetos editoriais, mantendo a mesma qualidade nas plataformas de debate e educação que desenvolveu nos últimos anos. O catálogo da editora é formado por livros de arte, design, fotografia, gastronomia, arquitetura, urbanismo e economia, além de títulos voltados para a educação de jovens desde o Ensino Fundamental até a universidade. A palavra beĩ – “um pouco mais”, em tupi – define o espírito que norteia a editora desde sua fundação. O nome reflete o desejo de superar limites, o que se repete a cada projeto executado. A palavra remete ainda ao envolvimento da editora com o Brasil e a cultura brasileira, num compromisso que se reafirma não apenas nas suas publicações, mas no conjunto de suas ações durante um percurso de quase três décadas, que resultou também em iniciativas como a Coleção BEĨ de bancos indígenas do Brasil e a BEĨ Educação.

Influências de produções intelectuais e artísticas.

21/jan

Vozes Negras: legados intelectuais e artísticos para a formação do Brasil, curso oficiado por José Rivair Macedo no Instituto Ling, Bairro Três Figueiras, Porto Alegre, RS.

Em que medida as criações literárias, artísticas e teóricas de personalidades negras oferecem novas contribuições para o entendimento da sociedade brasileira? Em três encontros, o curso se propõe a explorar, de maneira panorâmica, as trajetórias e as influências das produções intelectuais e artísticas de autores negros no Brasil a partir da metade do século XIX. O objetivo é descrever, examinar, interpretar e cotejar o rico e diversificado conjunto de obras escritas, visuais e sonoras, identificando seus temas recorrentes, conceitos estruturantes e a circulação de suas ideias em diferentes contextos históricos e sociais da história brasileira

Sobre o ministrante.

José Rivair Macedo é Doutor em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – FFLCH-USP; professor de História da África no curso de História e no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS; coordenador da Rede Multidisciplinar de Estudos Africanos do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados – ILEA; coordenador do Grupo Èkè Edé Yorubá: Estudos de História e Cultura Yorùbá na África, vinculado ao de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – NEABI-UFRGS.

Livro destaca a obra de Maria Lira Marques.

13/dez

 

Esta publicação é dedicada à trajetória e obra da artista mineira Maria Lira Marques (Araçuaí, 1945), que rompeu barreiras e nomenclaturas, estabelecendo-se no circuito de arte contemporânea. Mais que uma monografia, o livro busca destacar a relação visceral da artista com o território que a forjou, o Vale do Jequitinhonha, bem como resgatar elementos da tradição popular em sua estética e prática. Este percurso é apresentado por meio de um corpo de obras – desenhos, pinturas e objetos em cerâmica -, além de ensaios do curador Rodrigo Moura, que assina a organização do livro, e da pesquisadora e curadora Luciara Ribeiro. A publicação incorpora ainda imagens históricas registradas por Frei Chico (importante personagem na vida de Maria Lira), uma cronologia completa, e depoimentos da artista publicados originalmente em 1983.

Realização: Gomide&Co.

Edição: Yasmin Abdalla e Marina Dias Teixeira.

Textos: Rodrigo Moura, Luciara Ribeiro, Luisa Duarte e Yasmin Abdalla.

Design: Felipe Chodin e Camila Regueira.

A trajetória de um mestre do Sul.

12/dez

 

A exposição retrospectiva “Nelson Boeira Faedrich: Trajetória” encontra-se em cartaz na Casa da Memória Unimed Federação/RS, Porto Alegre.

A mostra “Nelson Boeira Faedrich: Trajetória” dá sequência às realizações na promoção da história da arte no Rio Grande do Sul, com retrospectivas de artistas de relevância, iniciadas com Pedro Weingärtner e José Lutzenberger. A curadoria é assinada por José Francisco Alves e Marco Aurélio Biermann Pinto.

Sobre o artista

Nelson Boeira Faedrich foi um artista autodidata que atuou em áreas que se completaram: pintura, desenho, ilustração, projeto gráfico, desenho de publicidade, cenografia e até o mobiliário. Consagrou-se como ilustrador de capas e livros na antiga Livraria do Globo e por encomendas; cartazista no Rio de Janeiro na década de 1940; foi diagramador e ilustrador em três grandes jornais gaúchos, entre eles o Correio do Povo, entre 1954 e 1974. Também trabalhou como desenhista de publicidade para inúmeros clientes, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, entre as décadas de 1930 e 1950. Foi cenógrafo e figurinista em peças teatrais, em especial na décadas de 1950 e 1960.

Conforme informa um dos curadores, José Francisco Alves, entre as reproduções dos trabalhos de ilustração e diagramação na imprensa diária está uma página do Caderno de Sábado do Correio do Povo, de 11 de setembro de 1971, diagramada pelo artista e com a reprodução de sua pintura “Pássaro de Fogo”, em exibição no mesmo dia na Galeria do Touring.

Sobre a sua pintura, será exposto o maior conjunto de obras do artista desde 1981 (quando realizou uma retrospectiva no Museu de Arte do Rio Grande do Sul), sendo esta linguagem o enfoque principal na Casa da Memória. Estarão na mostra exemplares de sua intensa produção pictórica nas décadas de 1970 e 1980, após aposentar-se da imprensa e dedicar-se com afinco à arte, mais especificamente à pintura, com temáticas figurativas variadas. Na ilustração de livros, os trabalhos mais famosos foram “Lendas do Sul” de Simões Lopes Neto, “O Tempo e o Vento” de Erico Verissimo e os “Contos de Andersen, além de inúmeros livros infantis. Com cerca de 100 originais, a exposição apresenta também desenhos artísticos, projetos gráficos, cartazes, peças de publicidade, jornais e outros suportes.

Até 14 de março de 2025.

Fonte: Correio do Povo.

A trajetória de Bea Machado.

10/dez

Livro reúne a trajetória de 40 anos da artista Bea Machado, com 200 páginas, publicação será lançada no dia 17 de dezembro, na Livraria Argumento, Leblon, Rio de Janeiro, RJ.

O livro “Bea Machado Arts – pinturas e esculturas”, abrange toda a múltipla obra da artista, em pintura e escultura, desde o início de sua trajetória nas artes, em 1983, até os dias de hoje, com textos da crítica e historiadora da arte Sônia Siqueira. Além de apresentar as obras mais conhecidas da artista, o livro também traz pinturas inéditas, nunca antes mostradas.

“Artista multifacetada, dedicou-se ao longo de sua carreira a vários enfoques deste “handmade” como a escultura e a pintura. Entretanto, tanto quanto o tamanho e a composição de uma obra, seu estilo pessoal e falas precisam persuadir não apenas os outros, mas a si próprio. Sejam elas personas coloridas, imensas, minimalistas discretas, ânforas e potes, Bea Machado, enquanto artista persuasiva, é sempre protagonista, jamais a coadjuvante que habita um estereótipo”, diz Sônia Siqueira em um dos trechos do livro.

Sobre a artista

Bea Machado nasceu em Resende e mora no Rio de Janeiro. Fez sua primeira exposição individual em 1982 na Galeria Espaço 81, na Maison de France, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, participou da Bienal Internacional de Arte Contemporânea, na Flórida, onde recebeu medalha de ouro. Em 1984, participou da Mostra de Arte no Círculo Militar da Praia Vermelha/RJ, da Sociedade de Belas Artes do Rio de Janeiro/RJ e da Brazilian Artists Cooperativa, no Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro. Em 1987 recebeu medalha de ouro na coletiva intitulada “Mostra de Arte Século XX”, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em 1992, mais uma medalha, de bronze, na mostra coletiva: Galeria Place des Artes “Open House” – Barra da Tijuca/Rio de Janeiro. No mesmo ano fez uma individual no Ipanema Park Hotel. Porto, Portugal. Bea Machado participou de dezenas de exposições individuais e coletivas, transita com desenvoltura tanto pela escultura como pela pintura. Entre os prêmios recebidos ao longo de sua trajetória estão: “Troféu Hípico”, Hípica, Rio de Janeiro; “Troféu do Primeiro Campeonato Serra e Mar de Hipismo FIRJAN-Federação das Indústrias do Rio de Janeiro”, no Banco do Brasil-Volta Redonda, Rio de Janeiro; Bolsa de Valores, Rio de Janeiro; MAM-Resende, Rio de Janeiro, e Annuarie de L’Art Internacional.

O livro da loucura.

04/dez

Lançamento do livro “Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura”, ocorreu na Pinakotheke Cultural, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.

O livro “Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura” (2024, Hólos Consultoria e Assessoria), de Eurípedes Gomes Cruz Jr., que trabalhou por 25 anos junto com a Dra. Nise da Silveira (1905-1999), analisa a relação entre as obras produzidas por pacientes psiquiátricos e os museus, nos últimos cem anos. Músico e museólogo, Eurípedes Gomes Cruz Jr., aborda coleções da loucura existentes na França, Alemanha e Itália, entre outros países, e o pioneirismo do Museu de Imagens do Inconsciente, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, criado em 1952 pela grande psiquiatra Nise da Silveira, e dono do maior acervo desse gênero no mundo, com mais de 400 mil obras. Fartamente ilustrado, o livro editado pela Hólos Consultoria e Assessoria, tem 432 páginas, com 26,5 cm x 19cm, apresentação de Luiz Carlos Mello, diretor do MII, contracapa de Marcos Luchesi – ex-presidente da Academia Brasileira de Letras e presidente da Sociedade de Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente – e prefácio de Kaira M. Cabañas, diretora associada para Programas Acadêmicos e Publicações no Center for Advanced Study in the Visual Arts (The Center), na National Gallery of Art, em Washington, DC.

A publicação, com linguagem acessível, contém uma cronologia de fatos relevantes, minibios dos artistas revelados pelos Ateliês da Dra. Nise, e a importância da chancela de grandes pensadores, como o psiquiatra Carl Jung (1875-1961) e o filósofo Jacques Derrida (1930-2004), para a “arte da loucura”. O livro poderá ser encontrado em livrarias físicas e digitais, e foi lançado na Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro.

“Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura” é o resultado de 19 anos de pesquisas, que incluíram a tese “O Museu de Imagens do Inconsciente: das coleções da loucura aos desafios contemporâneos” – no Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, que recebeu Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2016 – e sua formatação para chegar ao público em forma de livro.

Visita da arte argentina contemporânea.

29/nov

A Coleção Oxenford, considerada a mais expressiva de arte contemporânea da Argentina, será apresentada na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS. “Un lento venir viniendo – Capítulo III” fica em cartaz de 07 de dezembro a 23 de fevereiro de 2025. A abertura contará com a performance de bailarinos.

Essa exibição trata-se de um recorte da coleção do empresário Alec Oxenford, que, atualmente, reúne 600 peças de 200 artistas e promove um panorama da arte contemporânea argentina entre o final do século 20 e início do 21. No dia da abertura, ás 15h, será realizada a performance “Soy un disfraz de tigre”, da artista plástica Cecilia Szalkowicz, e às 16h, uma visita guiada pelo poeta e curador independente Mariano Mayer.

A seleção de trabalhos e de artistas para “Un lento venir viniendo” foi dividida em “capítulos” para as três mostras no Brasil, que já passou pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói (Capítulo I) e Instituto Tomie Ohtake (Capítulo II), em São Paulo. Na Fundação Iberê Camargo (Capítulo III), o episódio estético de destaque é a literatura do porto-alegrense João Gilberto Noll (1946-2017), e, em particular, “A céu aberto”, obra que transborda de imagens e procedimentos para dar forma a uma sensibilidade que desafia a nossa própria experiência de mundo.

“Pensamos nas relações com cada cidade e com a arquitetura de cada museu. É realmente como uma história contada em diferentes capítulos. O título (“Um lento vir vindo”, em tradução livre) aponta este movimento, de criar um vínculo aos poucos, e que ele se estabeleça nas duas direções. O “Capítulo III” descobre no conjunto de afetos precários uma zona para o encontro e a retroalimentação entre duas forças experimentais: a literatura de João Gilberto Noll e a arte. A potência precária age como uma plataforma interpretativa com a que as peças selecionadas nos per mitem voltar a experimentar a arte e o mundo, as suas possibilidades e as suas impossibilidades”, destaca Mariano Mayer.

“Capítulo III”, que ocupará o segundo andar da Fundação Iberê Camargo, é composta por 50 obras de 45 artistas e apresenta uma diversidade de linguagens, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações visuais e sonoras, performances, esculturas, colagens e publicações, propondo uma reflexão sobre a “potência do precário” como uma condição de constante transformação e instabilidade, tanto nos objetos quanto nas pessoas.

Participam da mostra na Capital gaúcha trabalhos de Alejandra Mizrahi, Amalia Pica, Cecilia Szalkowicz, Clara Esborraz, Jane Brodie, Inés Raiteri, Julieta García Vázquez e Sofía Bohtlingk, Karina Peisajovich, Luciana Lamothe, Lucrecia Plat, Malena Pizani, María Guerrieri, Mariana López, Paula Castro, Sol Pipkin, Valentina Liernur, Valeria Maggi, Agustín Inchausti, Alberto Goldenstein, Alfredo Londaibere, Diego Bianchi, Dudu Quintanilha, Ernesto Ballesteros, Faivovich & Goldberg, Feliciano Centurión, Gastón Persico, Jorge Macchi, Leopoldo Estol, Luis Garay, Miguel Mitlag, Nicolás Martella, Oscar Bony, Ruy Krygier, Santiago De Paoli, Tirco Matute e Ulises Mazzucca.

Sobre Alec Oxenford

Cofundador da OLX e da letgo, Alec Oxenford é um empresário argentino residente no Brasil. É grande colecionador e membro ativo de comunidades internacionais em prol das artes latino-americanas. Entre 2013 e 2019, dirigiu a Fundación ArteBA. Atualmente, é membro do Acquisition Committee do MALBA e da Latin American and Caribbean Fund (LACF) do MoMA.

Sobre Mariano Mayer

Nascido em Buenos Aires, Mariano Mayer é poeta e curador independente. Entre seus últimos projetos como curador, figuram Prudencio Irazabal (MUSAC, León, 2024) e Táctica Sintáctica (Marres, Mastricht, 2023 e CA2M, Móstoles, 2022). Publicou também Ir al motivo (Galeria Elba Benítez, Madrid, 2023), Fluxus Escrito (Caja Negra, Buenos Aires, 2019) e Justus (Câmara Municipal de Léon, 2007) e dirigiu o programa em torno da arte argentina: Una novela que comienza (CA2M, Móstoles, 2017).