Portinari em Portugal

26/out

Na celebração do seu 11.º aniversário, o Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira, Portugal, apresenta até 03 de março de 2019, a exposição “Candido Portinari em Portugal”. Uma oportunidade para o público português entrar em contato com as pinturas, desenhos, e a presença de Portinari – materializada em suas obras – , um dos maiores nomes da pintura brasileira, oportunizando desse modo, uma proximidade com o ideário neorrealista português. A exposição “Candido Portinari em Portugal” tem o Alto Patrocínio do Presidente da República e foi inaugurada no dia 20 de outubro, contando com as presenças do Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, da Diretora do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Mônica Xexéo e do filho de Candido Portinari, Prof. João Candido Portinari.

 

O principal destaque desta exposição é, sem dúvida, a mítica obra “Café”, generosamente cedida pelo Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, e que regressa a Portugal 78 anos depois de ser exposta pela primeira vez em 1940, no Pavilhão do Brasil na “Exposição do Mundo Português”. Mas este projeto expositivo, com curadoria da diretora científica do museu, Raquel Henriques da Silva, e de Luísa Duarte Santos, apresenta outras obras relevantes do artista que, com a volta de “Café”, permitirá celebrar o artista estrangeiro que mais obras tem em Portugal. “Candido Portinari em Portugal” apresenta pinturas e desenhos cedidos pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (Lisboa), Museu Nacional Soares dos Reis (Porto), Museu Calouste Gulbenkian (Lisboa), Casa da Achada – Centro Mário Dionísio (Lisboa), Museu Ferreira de Castro (Sintra) e Fundação Millennium BCP (Lisboa),  além de importantes fundos documentais do próprio Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira), numa exposição de grande qualidade e de dimensão internacional, o que vem sublinhar também as características únicas do Museu do Neo-Realismo no panorama cultural português.

 

 

Ao longo dos 11 anos de existência do Museu do Neo-Realismo nas atuais instalações, projetadas pelo Arq.º Alcino Soutinho, têm sido exponencialmente multiplicadas as redes de contatos e as colaborações com curadores e universidades, que têm trazido novos olhares sobre o movimento neorrealista e as suas diversas expressões artísticas. Vocacionado para o estudo e divulgação deste movimento literário, o Museu do Neo-Realismo, cuja gestão está a cargo da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, tem promovido uma prática continuada de investigação em torno do seu patrimônio, apostando, simultaneamente, em conteúdos programáticos de rigor crítico e amplitude interpretativa.

 

Desde outubro de 2007, o Museu produziu uma média de 10 exposições biobibliográficas, documentais e de artes plásticas por ano, a maioria das quais documentadas pela edição de catálogos. O Museu do Neo-Realismo tende hoje a ultrapassar as fronteiras da sua vocação temática original para se situar, cada vez mais, no território das ideias e da cultura do século XX, relacionando assim outras correntes literárias, artísticas e de pensamento.

No ano passado, duas das mais importantes obras de Portinari, resgatadas de um incêndio ocorrido em 1949, foram expostas no Museu do Chiado. As obras intitulavam-se “Chorinho” e “Cavalo-marinho”, e foram inseridas na exposição “A Mão-de-olhos-azuis de Cândido Portinari”, com curadoria de Maria de Aires Silveira, que ficou patente de outubro a dezembro naquele museu. Estes dois painéis pertenciam a um conjunto de oito, de temática musical, pertencentes à Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, e foram os únicos sobreviventes de um incêndio ocorrido na emissora, em 1949.

Bergamin & Gomide na FIAC 2018

05/out

17 a 21 de Outubro [October 17th – 21st]

Estande 0.D36. Grand Palais, Paris

 

A Bergamin & Gomide tem o prazer de anunciar a sua 1ª participação na FIAC! Este ano a feira contará com 175 galerias e vai acontecer no Grand Palais em Paris.

 

Para essa edição inaugural, vamos apresentar um projeto curatorial de obras históricas das vanguardas abstratas latino-americanas de Ivan Serpa, Lygia Pape, Samson Flexor, Judith Lauand e Lothar Charoux entre outros.

 

A obra sem título de Aluísio Carvão é de 1959, mesmo ano do manifesto Neo-Concreto: suas estruturas reduzidas são rigorosas na geometria linear e o contraste estabelece um ritmo ótico, fazendo desta, uma obra relevante da época.

 

 

Esperamos sua visita no estande 0.D36!

 

Bergamin & Gomide has the pleasure to announce its first participation at FIAC! This year, the fair will present 175 galleries at the Grand Palais in Paris.

 

For this début, we will present a curated project of works historical by Latin-American Abstract artists such as Ivan Serpa, Lygia Pape, Samson Flexor, Judith Lauand and Lothar Charoux, among others.

 

The untitled work by Aluísio Carvão is from 1959, same year of the Neo-Concrete manifesto: its reduced structures are rigorous in the linear geometry and the contrast stablishes an optic rhythm, making this, a relevant work from its time.

 

Come and visit us at stand 0.D36!

A àrvore de Ernesto Neto

03/ago

A Suíça tem um museu especialmente dedicado à arte brasileira e diversas galerias brasileiras tem participação destacada em feiras realizadas no país. A Estação Central de Zurique recebeu recentemente – para exibir – uma escultura de 2 mil metros quadrados do artista brasileiro Ernesto Neto, internacionalmente dono bem sucedida carreira artista entre os nomes de ponta da arte contemporânea brasileira.

 

Desde 2003 em funcionamento na Basileia, a Fundação Brasileia tem como missão apresentar ao público europeu a arte do Brasil. Nomes como o grafiteiro Zezão, o pintor, escultor e fotógrafo Alex Flemming e a artista plástica Christina Oiticica já realizaram exposições.

 

Para curadores e artistas, é a abordagem democrática da arte nacional que atrai os suíços. A árvore gigante de Ernesto Neto, por exemplo, permite ao público utilizar o espaço livremente. “Esse é um espaço público, e essa obra é sobre intimidade”, contou.

KubikGallery e Emanuel Nassar

02/ago

A Kubik Gallery (Porto, Portugal e São Paulo, SP) comunica período de férias e anuncia a abertura da exposição “Trapiocas”, individual de Emmanuel Nassar no dia 22 de setembro.

 

Sobre o artista

 

Emmanuel Nassar nasceu em 1949, em Capanema, Brasil, vive e trabalha em Belém e São Paulo. Trabalha com elementos associados à tradição popular brasileira, influenciado pelo pop e pela arte construtiva.

 

O artista exibiu seus trabalhos nas 20ª e 24ª Bienal Internacional de São Paulo, ganhou o grande prêmio da 6ª Bienal de Cuenca e participou da 45 ª Bienal de Veneza. Seu trabalho está nas coleções do Museu da Universidade de Essex (Inglaterra), Fundação Cisneros – Coleção Patricia Phelps de Cisneros (Nova York/Caracas), Marcantonio Vilaça, MAM-Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu do Estado do Pará, Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outros.

Laura Lima em Milão

18/jun

A exposição “Cavalo Come Rei”, individual de Laura Lima, é o cartaz da Fondazione Prada em Milão, Itália. A curadoria é de Elvira Dyangani Ose e faz parte do programa Slight Agitation 4/4. O trabalho de Laura Lima é uma tentativa extravagante de distorcer os sentidos que determinam nossa percepção através de três grandes esculturas, cada uma contribuindo para a formulação de uma taxonomia aparentemente absurda.

 

As três obras monumentais que ocupam o espaço da Cisterna se relacionam com a verticalidade do local: Pêndulo”baseado no Pêndulo de Foucault, pendula a obra “Pescador ao Sol”, de Salvador Dali.  “Telescópio”, uma labiríntica estrutura de andaimes, leva o público a dois patamares a 10 metros do chão, onde, no primeiro patamar, têm aulas de astronomia com astrônomos do Cívico Planetário Ulrico Hoepli de Milão, e no segundo patamar, encontram um telescópio apontado para a clarabóia e cegado pela luz do sol. A última obra, “Pássaro”, em co-autoria com o artista Zé Carlos Garcia, mostra um pássaro gigante caído do céu, apenas iluminado pela luz natural do lugar.

 

A intervenção sugere um jogo de xadrez, que acaba por criar um espaço ilusório onde os espectadores são convidados a circular livremente, em uma tentativa de distorcer os nossos sentidos, através de três grandes esculturas. Uma delas é “Pássaro” (2016), feita por Zé Carlos Garcia e Laura Lima, inspirada na série criada pelo artista em 2010. A obra é composta por penas pretas, que lembram as asas de um grande pássaro. Na mostra, o enorme animal que parece ter caído do céu no espaço da exposição por acaso. Zé Carlos Garcia estudou zootecnia e trabalhou com carnaval e, para ele, as obras da série “Pássaros” trazem a questão da brasilidade, sem o clichê do verde e amarelo. Obras inéditas desta série poderão ser vistas no Rio de Janeiro a partir de outubro na exposição individual do artista na Cassia Bomeny Galeria, em Ipanema.

 

Arte em Basel

07/jun

A Galeria Bergamin & Gomide, São Paulo, SP,  participa da Feira Internacional de Basel, Suíça. A mostra reúne – entre os dias 12 e 17 de junho – a arte internacional através das principais galerias do mundo, exibindo nesse período, o trabalho de mais de 4.000 artistas, igualmente um programa com muitas palestras de arte durante todos os dias. Exposições e eventos também são oferecidos pelas instituições culturais em Basel e seu entorno, criando uma semana de arte que envolve toda a região.

Sergio Camargo na Sean Kelly, NY

A Sean Kelly Gallery, apresenta a primeira exposição individual nos Estados Unidos do escultor – internacionalmente célebre – Sergio Camargo, um dos mais importantes artistas do Brasil durante o século XX. A obra de Camargo é reconhecida por composições abstratas nas quais as formas geométricas convergem com planos mínimos. O artista criou relevos para a parede, grandes esculturas autônomas e modestamente escaladas, estruturas arquitetônicas unificadas por um senso de vitalidade e harmonia.

 

Trabalhando em madeira, pedra, terracota e bronze, Camargo produziu numerosas esculturas em Carrara branco e mármore belga negro, favorecendo a oposição de luz e escuridão entre os dois materiais, uma tensão semelhante de opostos a sua linguagem visual. Embora distintamente mínimo em composição e forma, o ativo jogo de cubóide e formas cilíndricas infundem vida em suas esculturas, enquanto em outros, é a reconciliação de que a tensão é que informa o seu poder e elegância.

 

Frequentemente associado aos movimentos neo-concretos e o construtivismo, a obra de Camargo é distinta de muitos de seus contemporâneos brasileiros. Viveu e trabalhou no Rio de Janeiro, Argentina, Itália e Paris. Durante este período, admirava o trabalho de Brancusi, cujo estúdio frequentava. O artista tomou conhecimento dos trabalhos de Hans Arp, Henri Laurens, e Georges Vantongerloo. Camargo retornou a Paris entre 1961 e 1973 e depois se estabeleceu permanentemente no Rio de Janeiro. Seu trabalho foi incluído na Bienal de Veneza em 1966 e 1982, e documenta IV em 1968, ganhou o Prêmio Internacional de escultura na Bienal de 1963, em Paris, e na VII Bienal Internacional de São Paulo em 1965.

 

Sergio Camargo criou muitas obras em espaços públicos, incluindo o Palácio do Ministério das Relações Exteriores em Brasília e a homenagem à coluna Brancusi para o Colégio de Medicina em Bordeaux, França. Seu trabalho está incluído em prestigiadas coleções públicas e privadas em diversos países.

Projeto de Elizabeth de Portzamparc

28/maio

No próximo dia 02 de junho, estará aberto ao público o “Musée de la Romanité”, em Nîmes, na França, projetado pela arquiteta e urbanista brasileira Elizabeth de Portzamparc, vencedora em 2012 do concurso internacional promovido pela Prefeitura da cidade.  Com área de 9.100 m², o Museu vai abrigar raras coleções arqueológicas, até então guardadas em diferentes reservas técnicas da cidade. Agora, o público poderá apreciar esses tesouros que cobrem um arco de 25 séculos, em três grandes períodos: gaulês (pré-romano), romano e medieval. O Museu abrigará um tesouro arqueológico de 25 mil peças, que cobrem o período gaulês, romano e medieval. A museografia interativa, também projetada pela arquiteta, possibilita um fascinante percurso por 25 séculos de história.

 

 

Elizabeth de Portzamparc, radicada na França desde 1969, desenvolveu também a museografia, que permite uma fascinante viagem pelo tempo a partir de aproximadamente cinco mil peças, distribuídas em um percurso cronológico e temático que abrange desde o século 7 a.C até a Idade Média, e o legado romano no século 19. As coleções ricas e variadas compreendem mil inscrições latinas, 200 fragmentos arquitetônicos, 65 mosaicos, 300 elementos esculpidos (baixos-relevos e esculturas tridimensionais), 800 objetos em vidro, 450 lanternas a óleo, 389 objetos manufaturados (em osso e marfim), centenas de cerâmicas, objetos em bronze, 12.500 moedas antigas e medievais, e 15 painéis de pinturas murais romanas restauradas.

 

 

 

Tecnologias inovadoras

 

 

Uma série de suportes de reconstituição digital acompanha os visitantes ao longo do percurso, ajudando-os a imaginar o aspecto original dos edifícios antigos, e a vida cotidiana dos habitantes. Caixas brancas luminosas, chamadas “caixas do saber”, abrem as três seções cronológicas do percurso. Esse método criado por Elizabeth de Portzamparc serve de introdução às diferentes sequências: mapas, linhas do tempo e telas apresentam e contextualizam o período apresentado. Diversos dispositivos multimídia são distribuídos ao longo do percurso: visitas virtuais, animações gráficas (desenhos animados e motion design) e mapas permitem uma melhor apreensão do contexto das coleções. Os dispositivos de realidade aumentada, os panorâmicos interativos a 180° ou ainda a parede interativa de imagens são feitos para projetar os visitantes no passado e fazê-los descobrir a vida dos homens da Antiguidade, a evolução de suas habilidades e as obras-primas que eles produziram.  Crianças e adultos vão ainda se maravilhar com a casa gaulesa, pré-romana, construída em pedra e madeira. Distribuídos no chão, estarão peças e utensílios verdadeiros, que remontam a séculos a.C. A arquitetura interior e elementos da mobília também têm a assinatura de Elizabeth de Portzamparc, resultando em um projeto de grande coerência.

 

 

 

 

Nîmes e a Herança Romana

 

 

Em Nîmes estão famosas construções romanas, do período de Augusto, no século 1 de nossa era. O “Musée de la Romanité” está construído no centro histórico da cidade, em frente às Arenas romanas, um pequeno Coliseu, onde são realizadas touradas, nos dias de hoje.  Para criar um diálogo com esta forte presença romana, Elizabeth de Portzamparc projetou para o Museu belas fachadas, compostas por uma estrutura de aproximadamente 7 mil lâminas de vidro serigrafadas, que cobrem uma superfície de 2.500 m², e são capazes de refletir o entorno, criando um diálogo com a cidade ao refletir as cores, a luz e a vida ao redor. Por conta de seus ângulos, inclinações e relevos, dão ideia de movimento, de acordo com a variação da luz ao longo do dia e das estações do ano.  As fachadas conjugam a transparência moderna e a tradição de uma arte romana de grande importância: o mosaico, evocando, graciosamente, esses elementos fundamentais das coleções do Museu.

 

 

 

O terraço e o Jardim Arqueológico

 

 

O terraço não estava previsto no programa do concurso, mas foi criado por Elizabeth de Portzamparc como ponto culminante do percurso ascendente do museu. Ele finaliza a visita proporcionando um mirante sobre a cidade de Nîmes e seus mais de 20 séculos de história, com as Arenas em primeiro plano, e ao longe a torre Magna, que data da fundação da cidade. No terraço, com colunas e um caminho sinuoso por entre o jardim, está também uma sutil homenagem da arquiteta as suas raízes brasileiras, e à obra de Oscar Niemeyer (1907-2012).

 

 

O “Musée de la Romanité” traz características que são marcantes na trajetória de Elizabeth de Portzamparc, presente em outros projetos como o GED – Grand Equipement Documentaire (Grande Biblioteca) do Campus Condorcet, em Aubervilliers, e a estação de Le Bourget, na Grande Paris.   Suas construções são abertas para a cidade e para seus habitantes, um espaço público acessível a todos e um ponto de encontro. Os locais são pensados como espaços “vitais” dos quais o público se apropria com facilidade: uma arquitetura concebida como suporte para a animação local e qualidade de vida para aqueles que a frequentam.  Uma rua pública atravessa o Museu, e conecta a praça frontal com uma interna, elevada, onde estão vestígios da muralha romana, dentre outros descobertos durante as escavações.  Assim, Elizabeth de Portzamparc, criou um jardim arqueológico, pensado como um “museu vegetal”. Todos os traços da história foram preservados e restaurados, e serão acessíveis gratuitamente a todos os visitantes e transeuntes. Esse espaço vegetal público de 3.500 m² foi projetado pelo arquiteto paisagista Régis Guignard, e se estrutura em três camadas de vegetação que correspondem aos mesmos três grandes períodos da museografia – gaulês, romano e medieval –, enriquecendo o conteúdo científico e trazendo uma grande coerência e harmonia. Para cada nível, árvores, arbustos e plantas vivazes foram escolhidos em função da sua época de introdução, de acordo com as trocas, as influências e ocupações.

 

 

 

 

Um concurso internacional de arquitetos

 

 

Lançado em junho de 2011, o júri do concurso aprovou três dossiês entre as 103 candidaturas recebidas, antes de declarar vencedor, um ano depois, o projeto da agência 2Portzamparc, desenhado por Elizabeth de Portzamparc. “Eu analisei profundamente as Arenas e me questionei sobre a própria noção de edifício contemporâneo e sobre como glorificar os 21 séculos de história da arquitetura que separam esses dois prédios. Uma arquitetura leve, possibilitada pela tecnologia atual, pareceu-me algo evidente, bem como o fato de expressar as diferenças entre essas duas arquiteturas, por meio de um diálogo baseado em sua sinergia: de um lado um volume circular, rodeado pelos arcos verticais romanos de pedra e bem ancorado ao solo, do outro um grande volume quadrado, em levitação e recoberto de uma toga de vidro plissada”, explica. O Museu terá ainda uma livraria, um auditório, um café e o restaurante La table du 2, com sua vista magnífica para as Arenas, com cardápio assinado pelo Chef Franck Putelat, duas estrelas no guia Michelin por seu restaurante Le Parc, em Carcassonne.

Fotógrafos brasileiros em Paris

23/maio

Um Brasil único e personalíssimo clicado por sete artistas brasileiros e um australiano, sob a orientação do fotógrafo internacional Ricardo Esteves. O resultado dessa experiência pode ser visitado em “Meu Brasil”, coletiva com co-curadoria de Anna Priscilla Marques, e vernissage dia 28, às 18h30, na Galerie Espace 7, 11 rue Saint Sabin, Bastille, em Paris.

 

No time de talentos estão Adrian Luke Dimarco, Guilherme Costa Pinto, Igor Gomes, Luís Todeschi, Marco Escada, Maria Elizabeth Broxado, Marlene Reinaldo e Rose Aguiar. Durante o aprendizado com Ricardo Esteves, eles imprimiram novas abordagens sobre suas produções, orientados pelo diálogo com este fotógrafo especializado em clicar grandes personalidades do universo corporativo, e que há dez anos se alterna entre Paris e Londres.

 

Ao longo de seis meses, os oito artistas compartilharam seu desenvolvimento criativo e técnico com Esteves. O processo se diferencia também por ter sido realizado totalmente de maneira remota. O produto desse projeto é a percepção muito pessoal de brasilidade de cada um deles, e que pode ser visitada em “Meu Brasil”.

 

 

Sobre Ricardo Esteves

 

Seu olhar sobre a França influenciaria em definitivo seu estilo de fotografar e, principalmente, suas pesquisas estilísticas e sociais. Em 2006, foi o fotógrafo oficial do Ano do Brasil na França, contratado pelo Gabinete do Comissário ligado ao Ministério da Cultura do Brasil. Entre outras iniciativas, desenvolve esse projeto de acompanhamento, com a proposta de envolver fotógrafos na trajetória contínua de desenvolvimento artístico e promover a visibilidade, reconhecimento e acessibilidade da fotografia brasileira na Europa.

 

De 15 a 31 de maio.

Valeska Soares nos EUA

26/mar

“Valeska Soares: Any moment now” que o Phoenix Art Museum, Arizona, exibe  é uma exposição de pesquisa e trata-se do primeiro trabalho de Valeska Soares em um museu dos EUA desde 2003. A exposição apresenta cerca de 45 trabalhos multimídia, esculturas, vídeos e instalações criadas pela artista brasileira durante as últimas duas décadas. Este projeto representa uma parceria histórica entre o Phoenix e o Museu de Arte de Santa Barbara, como parte da hora padrão Getty-LED do Pacífico: la/la Initiative. 

 

Valeska Soares cria obras de arte polidas e minimalistas que incentivam a participação dos visitantes. Através da instalação e assemblage, ela se envolve com tradições da arte internacional e literatura mundial. Em sua arte multifacetada, ela demonstra um fascínio com o espaço e o tempo, bem como o que ocorre além de seus limites percebidos. Suas obras envolvem diretamente a subjetividade dos visitantes, cultivando a experiência pessoal e o conhecimento universal e como cada um deles afeta o outro. As instalações ambientais de Valeska Soares incorporam os efeitos da reflexão, luz, entropia e até aroma. Tais qualidades experienciais são prestados através da incorporação de espelhos suspensos, luminárias, flores perecendo, e vasos de perfume e licor que evaporam lentamente ao longo da exposição. Muitas vezes ela também cria instalações de páginas de livro, capas e ligações para tecer significados entre textos díspares que os telespectadores que se conectam conceitualmente por associação. Passado e futuro, simultaneamente, permeam suas instalações e objetos, sugerindo uma narrativa subjacente que é muitas vezes cíclico. Tecendo juntos os temas da memória, do tempo e do sensorial, Valeska Soares cria obras poéticas que se fundem e expandem sobre as linguagens do Minimalismo e da Arte conceitual. Como o artista brasileiro Vik Muniz afirmou: “…através de uma gama aparentemente inesgotável de técnicas, temas e estratégias, o trabalho de Soares oscila entre a materialidade e a memória, o desejo e a deterioração, a sensação e a intoxicação”.

 

 

Até 15 de julho.