Em Bolzano

29/jan

 

O pintor Alessandro del Pero divide seu tempo entre os Estados Unidos – vive em Nova Iorque onde mantém atelier – e a Itália. O artista já teve passagem de impacto e sucesso pelo Brasil com exposição individual de pinturas em grandes formatos no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, MARGS, Porto Alegre, RS. Agora ele expõe “Ogni giorno”, série de novos trabalhos na Galerie Prisma, em Bolzano, Itália, com apresentação de Denis Isaia.

 

 

 Palavra de Denis Isaia

 

“…Se há uma questão que diz respeito a Alessandro del Pero é a representação do sujeito. E como todos os artistas que têm lidado com as habilidades projetivas também Alessandro não renuncia em suas pinturas a declarações de princípio. Isto tem uma correspondência flagrante tanto sobre os retratos temas e na disposição das formas que os determinam….Desde o início a escolha de Alessandro del Pero recai sobre a representação do self. Como para a prática do retrato, ainda vida e naturalmente o Self-retrato convergem em um limiar do espelho cuja função seja questionável e emblemática. Isto informa o quadro de forma assertiva e constitutiva que aumenta o peso específico do espectador. As imagens são propostas na força de uma determinada e inescapável e ainda incompleta fixação. De modo que está ausente o elemento conclusivo, desse modo a epifania ou sublimação dá lugar a uma agitação manifesta, mas não fatal, que desempenha o papel de instabilidade e incompletude como uma condição genética. O campo em que as imagens são apresentadas é sempre um ambiente privado (um espaço psicológico em fertilização) iluminado por uma fonte escondida da vista. Interior e interioridade coincidem…”

 

 

Até 09 de fevereiro.

Visões da terra / O mundo planejado. Coleção Luís Paulo Montenegro

15/jan

Visiones de la tierra / El mundo planeado. Colección Luís Paulo Montenegro

 

Entre 20 de fevereiro e 10 de junho de 2018, o Santander Art Room, Madrid, Espanha, acolherá a exposição “Visions of the Earth / The Planned World”, a primeira exposição que mostra as obras do colecionador brasileiro Luís Paulo Montenegro.

 

Luís Paulo Montenegro começou sua coleção em 1999, quando comprou o primeiro trabalho, “La India Carajá” de Cândido Portinari, em um leilão. Hoje, possui uma das mais importantes coleções de Arte Moderna e Contemporânea no Brasil.

 

Rodrigo Moura, ex-diretor de programas artísticos e culturais do Instituto Inhotim, será o curador desta exposição para a qual realizou uma seleção de mais de 200 peças que mostram os gostos artísticos do colecionador, que começou a se interessar pelo Modernismo Brasileiro, posteriormente pela Arte latino-americana e Arte Concreta Brasileira e internacional e, finalmente, para Arte Contemporânea.

 

A exposição mostrará uma seleção de 218 peças de diferentes disciplinas artísticas, com uma representação especial da pintura. Entre os 107 artistas selecionados, destacam-se nomes importantes da arte brasileira moderna, como Alfredo Volpi, Lygia Clark, Lygia Pape, Wifredo Lam, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Ernesto Neto; mas também renomados artistas internacionais como Alexander Calder, Andy Warhol ou Willem de Kooning.

 

 

De 20 de fevereiro a 10 de junho.

Paulo Bruscky em Paris

09/jan

Paulo Bruscky durante a montagem de sua exposição no Centre Pompidou, Paris. A mostra, integra o programa “L’oeil écoute”, apresenta um recorte panorâmico da produção do artista desde o final dos anos 60, incluindo poemas/processo, filmes de artista, poesia sonora/áudio arte, classificados, arte correio, poesia visual, projetos conceituais, etc. Há ainda uma seção em homenagem/diálogo com o multiartista pernambucano Vicente do Rego Monteiro.

 

Parte dos trabalhos expostos será incorporada ao acervo da instituição francesa após o término da exposição, em cartaz até abril de 2018.

Wesley Duke Lee na Art Basel Miami

07/dez

Wesley Duke Lee Art Institute, de Patricia Lee, anuncia sua primeira participação na Art Basel Miami Beach 2017, por meio de uma parceria inédita entre Ricardo Camargo Galeria e Galeria Almeida e Dale. Inserida na sessão “Survey” da feira internacional, a mostra é ambientada com parte do ateliê-casa onde funciona o Instituto – móveis, fotografias, pincéis e instrumentos utilizados pelo artista etc. -, e apresenta 09 obras criteriosamente selecionadas, realizadas em fases distintas da produção de Wesley Duke Lee, evidenciando seu estilo, a diversidade de seus trabalhos e de suas referências.

 

O início da projeção internacional de Wesley Duke Lee ocorreu após a premiação na Bienal de Tóquio em 1965, e posteriormente também foi selecionado para a Bienal de Veneza em 1966, com a primeira obra arte ambiental “Trapézio”. Durante sua permanência em Nova York, recebeu um convite do diretor do Museu Guggenheim e foi chamado a expor junto aos mestres da Pop-Art – Robert Rauschenberg, Jasper Johns e Claes Oldenburg – na Galeria Leo Castelli. Os trabalhos representativos do período após seu retorno ao Brasil, que causaram grande impacto no circuito local com séries de quadros-esculturas, culminam com os espaços de seus ambientes tornando-se uma das mais originais contribuições à arte contemporânea brasileira. Reconhecido por Helio Oiticica como um dos precursores da “Nova Objetividade”, lembra a historiadora Cláudia Valladão de Mattos. “Sou um artesão de ilusões. O que realmente me interessa é a qualidade da ilusão. Se você conseguir atravessar o espelho e tiver a coragem de olhar para trás, você não vai ver nada”, declarou Wesley em uma de suas entrevistas.

 

 

Após 2 anos da inauguração do Wesley Duke Lee Art Institute, é chegada a hora de recolocar o nome deste importante artista brasileiro no circuito internacional. As obras exibidas no stand da Art Basel Miami Beach 2017 são:

 

(1) Capacete do mestre Khyrurgos, de 1962 – a mais antiga do conjunto, possui enorme importância histórica, pois traz duas fortes tendências na obra de Wesley, o experimentalismo de cunho mitológico e a colagem;

 

(2) A Zona: I Ching, de 1964 – pintura a óleo e colagem sobre tela;

 

(3) Cinco comentários ternos sobre o Japão ou Obrigado Japão!, de 1965 –

 

enfocam diferentes símbolos da cultura japonesa atados por um cordão, formando uma unidade;

 

(4) A Zona: Arino Boa Viagem, de 1969 – obra produzida em Los Angeles, quando viajava com dois amigos;

 

(5) Retrato de Luzia ou a respeito de Titia, de 1969 – nesta série, Wesley agrega objetos e plantas, vegetais vivos às telas, tentando aprofundar o sentido de aproximação de mundos diferentes;

 

(6) O/Limpo: Anima, de 1971 – conjunto de objetos em papier machê, metal, tecidos, madeira, plástico, ferro, palha, terra, pedra e osso;

 

(7) A iniciação do mito de Narcisssus, de 1981 – um retrato inspirado na atriz Sonia Braga, feito em lápis, lápis de cor, guache, nanquim, carimbo, colagem, fita adesiva sobre cartão e papelão;

 

(8) O Salto do Xhaman, de 1982 – tríptico feito com fotos, barbante, pena, fita adesiva, pastel e acrílica sobre cartão;

 

(9) Tantratem, de 1999 – “(…) trabalho que remete à energia sexual do tantra, evidenciando o que sempre foi tão caro à poética de Wesley: a duplicidade dos seus temas, o real e o mágico, o diálogo entre o mundo presente e o mundo dos sonhos”, nas palavras de Ricardo Camargo.

 

 

 

 

De 07 a 10 de dezembro.

Surround por Michael Drumond

Verve Galeria inaugura sua primeira pop-up internacional, em parceria com a Curator’s Voice Art Projects em Wynnwood, distrito das artes de Miami – EUA, exibindo Surround, do artista brasileiro radicado em Nova York Michael Drumondsob curadoria de Milagros BelloComposta por 05 obras da série “Surround – em técnica que combina pintura e fotografia –, a exposição trata da abstração de diferentes estados psicológicos do artistaque revisita momentos originalmente obscuros de sua trajetória, transformando-os em trabalhos caracterizados por sentimentos de beleza e redenção. 

 

Selecionados pela curadora Milagros Bello, os trabalhos ocupam uma sala da galeria em Wynnwood e são impressos em chapas de alumínio de grandes dimensões, no intuito de trazer a experiência imersiva ao espectador, sobre as quais são realizadas as intervenções em tinta esmalte high gloss precisamente pintadas. A série “Surround” explora o grande interesse de Michael Drumond por temas psicológicos, e vem sendo elaborada ao longo dos últimos dois anos, em constante “metamorfose” visual. Nas palavras do artista: “Além da questão conceitual, minhas obras incorporam pesquisas técnicas próprias da nova geração de artistasem que as linguagens se fundem e a tecnologia tem papel fundamental na metodologia e no processo de produção da obra de arte. 

 

O projeto acontece durante a Miami Art Week, que reúne as feiras Art Basel Miami Beach, Untitled, Scope, entre outros eventos paralelos, e atrai pessoas de todas as partes do mundo para a cidade, festejando o fim do calendário do circuito internacional das artes. “Esta iniciativa é o primeiro passo no projeto de internacionalização da galeria, que já representa artistas estrangeiros e propõe o constante intercâmbio de artistas brasileiros em projetos no exterior”, comenta Allann Seabra, que representa Michael Drumond no Brasil pela Verve Galeria.

 

De 08 de dezembro a 06 de janeiro de 2018.

Luciana Caravello na Untitled

04/dez

A Luciana Caravello Arte Contemporânea participa pela segunda vez da Untitled, em Miami Beach, EUA. Para esta importante feira de arte contemporânea, que este ano acontece de 6 a 10 de dezembro, a galeria levará trabalhos dos artistas Ivan Grilo e Lucas Simões.

 

De Ivan Grilo, serão apresentados o vídeo “Não é um muro. É um abismo” e placas em bronze, que se referem ao vídeo. As placas possuem frases em alto relevo, tanto em português quanto em inglês, tais como: “Não é um muro, é um abismo” e “Eu já sabia que aquilo era uma despedida”. O vídeo foi desenvolvido a partir da descoberta de uma tradição da cidade de Alcântara, no Maranhão, em que acontece uma festa popular desde os tempos da escravidão em homenagem a São Benedito. Incomodada com a festa, a elite branca da cidade contratou conjuntos de música de câmara para tocarem nos espaços públicos nos mesmos dias da festividade do povo negro numa tentativa de encobrir o som quente e contagiante dos tambores com música erudita europeia. Desde então, se tornou comum nos ares daquela cidade que todo ano houvesse o cruzamento simultâneo entre os sons de origem europeia e africana. Ivan Grilo recria no vídeo esse embate sonoro e social, colocando frente a frente dois trios de músicos: um trio de música de câmara tocando clássicos da música erudita europeia e um grupo de três músicos tocando atabaques reproduzindo toques característico do sistema polirrítmico ligado à religiosidade e à musicalidade afro-brasileira. Cada trio está reproduzido em um canal de vídeo, e entre eles um terceiro canal com uma imagem dramática de um mergulho em um abismo.

 

De Lucas Simões serão apresentadas cinco esculturas em concreto e papel, produzidas este ano, das séries “White Lies” e “Corpo de Prova”. A primeira é composta por colunas feitas de pilhas de concreto e papel. As obras estão dispostas em uma estrutura de metal, como se fossem pilares de um edifício imaginário em processo de construção ou demolição. O papel e o concreto parecem cair em cascata em direção ao solo ou subir para o céu em um padrão regular, congelados um momento antes de cada pilar cair. Os elementos concretos são inspirados no movimento pós-moderno, na arquitetura e no contraste com o papel fino que o suporta. Em “Corpo de Prova”, as estruturas de concreto parecem se equilibrar sobre o bloco de papel, dando a impressão de que podem se movimentar a qualquer momento.

 

O principal objetivo da Luciana Caravello Arte Contemporânea, fundada em 2011, é reunir artistas com trajetórias, conceitos e poéticas variadas, refletindo assim o poder da diversidade na Arte Contemporânea. Evidenciando tanto artistas emergentes quanto estabelecidos desde seu período como marchand, Luciana Caravello procura agregar experimentações e técnicas em suportes diversos, sempre em busca do talento, sem discriminações de idade, nacionalidade ou gênero.

 

De 6 a 10 de dezembro – Ocean Drive and 12th Street, Miami Beach – Luciana Caravello Arte Contemporânea – Stand B07

 

Nuno Ramos “Los Desastres de la Guerra”

29/nov

Euforia e Cinzas

 

Após reunir uma série de desenhos da série “Rocha de gritos” e pinturas em larga escala para sua individual “Grito e Paisagem”, na Galeria Anita Schwartz (de setembro a novembro deste ano), Nuno Ramos apresenta “y Lucientes”, um projeto solo inédito em homenagem a Goya que será apresentado na feira de arte Art Basel, em Miami Beach.

 

Nuno aponta nas pinturas de sua individual “Grito e Paisagem” uma “euforia raivosa”, onde cores e excessos suscitam uma reação criativa positiva frente ao contexto negativo que rege o ânimo brasileiro contemporâneo. Já em seu projeto para a seção Nova de Miami Basel – que exibe apenas projetos realizados a partir de 2015 –, a instalação “y Lucientes” é feita a partir de “Los Desastres de la Guerra”, série de gravuras de Goya com cenas da invasão napoleônica e da resistência madrilenha, presenciadas pelo próprio artista durante a Guerra da Independência Espanhola. Trata-se de um dos mais pungentes documentos sobre a perda de qualquer parâmetro civil ou humanitário atingindo toda uma população em seus direitos mais elementares.

 

A instalação é composta por 80 impressões das gravuras de Goya expostas à fumaça e à fuligem liberadas por uma solda de acetileno, “desregulada” de forma a soltar este estranho fumo. Trata-se, portanto, de desenhos únicos de fumaça e fuligem sobre gravuras, como monotipias, com atuações feitas pelo artista sobre o trabalho de Goya – o “y Lucientes” do título alude a isto. A fumaça negra impregna o papel como um gesto, mas não de tinta e sim de fuligem, cinzas, fumaça, detrito, como se as cenas de destruição e horror ganhassem uma nova materialidade, mais literal e similar ao que Goya retratou.

 

Posicionada no centro da sala, uma escultura em forma de lápide e feita de granito escuro complementa a instalação. No topo desta lápide é possível ver o livro “Los Desastres de la Guerra”, de onde foram retiradas as imagens, imerso agora em breu e resina, como um inseto pré-histórico numa goma translúcida de tonalidade âmbar avermelhada, que quer trazer alguma reflexão temporal sobre aquilo que está ali submerso.

 

Como as cores que despertaram a “euforia raivosa” de sua exposição “Grito e Paisagem”, cenas em branco e preto cobertas de cinzas parecem anoitecer esta euforia e raiva em breu e solitude. Em Miami, Flórida, apelidada pelos americanos de capital do alvorecer (the sunshine capital) onde a confiança e a liberdade de expressão voam juntas aos pink flamingos, Nuno Ramos parece provocar o contexto local ao exibir sua densa instalação.

 

Ironia é uma ferramenta recorrente na obra de Nuno, e tanto aqui como nas pinturas mais uma vez acessa a instabilidade contemporânea, representada pela multiplicidade de suas técnicas e matérias – do viscoso, da pelúcia, do óleo e vaselina, à pedra, ao breu, à fumaça e às cinzas. Se este antagonismo material encharca a obra de ironia, temporalidade e instabilidade, sopra ao mesmo tempo no ouvido do observador o seguinte credo do artista: “a arte no fundo corresponde ao desejo inconsciente que têm os homens de não pertencer a credo nenhum”.

 

Volpi em NY

06/nov

A galeria Gladstone 64, Nova Iorque, USA, apresenta – até 22 de dezembro – uma exposição de obras históricas do pintor brasileiro Alfredo Volpi, a primeira apresentação individual de seu trabalho nos Estados Unidos. Volpi é considerado um dos mais influentes e célebres pintores brasileiros, que o proeminente intelectual público Mario Pedrosa chamou de “o mestre do seu tempo”. Honrando seu ofício durante o surgimento do modernismo no Brasil, Volpi teve um impacto duradouro na história da arte através de sua abordagem de assinatura para descrever as formas das experiências cotidianas – desde banners de festivais até casas comuns – em abstração vibrantemente cromática.

 

Esta exposição se concentra nos diferentes aspectos de sua prática pictórica durante sua fase mais envolvente entre o final da década de 1950 e meados da década de 1970. Recolhendo obras importantes, muitas das quais nunca foram exibidas fora do Brasil, as pinturas em vista examinam a fachada, a bandeira e as pinturas náuticas com as quais ele está mais associado. Nesta ocasião, será publicada a primeira grande monografia em inglês do trabalho de Volpi, que inclui um novo ensaio sobre seu trabalho do erudito Rodrigo Moura e escritos históricos sobre os artistas de Aracy de Amaral, Willys de Castro e Mario Pedrosa, traduzidos para o inglês pela primeira vez.

 

 

Sobre o artista

 

Alfredo Volpi nasceu em 1896 em Lucca, Itália, e morreu em 1988 em São Paulo. Ao longo de sua vida, Volpi teve exposições individuais no Museu de Arte Moderna de São Paulo; Instituto de Arquitetos do Brasil, Porto Alegre, Brasil; Museu de Arte Contemporânea, Campinas, Brasil; Biblioteca Municipal Mario de Andrade, São Paulo; Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô; e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Depois de sua morte em 1988, muitas instituições mostraram o trabalho de Volpi, incluindo Paulo Kuczynski Escritório de Arte, São Paulo; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; Palais des Beaux-Arts de Bruxelles, Bélgica; Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro; Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo; Paço Imperial, Rio de Janeiro; Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil; Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina; Espaço Cultural Banco Central, São Paulo; Museu de Valores do Banco Central, Brasília, Brasil; Centro Cultural São Paulo; Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro; Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro; e Pinacoteca do Estado de São Paulo. Em 1953, Volpi conquistou o prestigioso Grande Prêmio de pintura brasileira na segunda Bienal de Arte de São Paulo. Volpi também foi incluído na Bienal de Veneza em 1950, 1952, 1954, 1962 e 1964.

Brasileiros em Bogotá / ARTBO

27/out

Entre os dias 26 e 29 de outubro, será realizada a ARTBO, importante feira de arte contemporânea, em Bogotá, na Colômbia. A galeria carioca Athena Contemporânea participará da feira e mostrará um panorama da produção mais recente dos artistas Frederico Fillipi e Yuri Firmeza, estabelecendo diálogos e interseções entre suas temáticas no que tange a criação de novas narrativas, tanto partindo de um imaginário social como do discurso científico.

 

Os trabalhos de Frederico Fillipi  lidam com materiais de dimensões verticais, do cosmos, do céu e do solo. Este movimento de olhar para as camadas está presente em muitas mitologias, referências importantes para o trabalho do artista. “Céu Fóssil” é uma série de 2 pinturas, que como lâmina ou caco, cada fragmento guarda em si a imagem espelho das nuvens naquele momento. “Espaços vácuos” é outra série de pinturas que também aludem ao céu, a um cosmologia cruzada, onde os elementos se distanciam como uma constelação. A ideia do artista é, associar o olhar vertical sobre a paisagem a de ícones que a nossa cultura ocidental produziu e que agora estão em fagocitose com outros mundos que vão sendo também acessados.

 

 

Yuri Firmeza apresentará o filme “Nada é”, ambientado na cidade de Alcântara, no nordeste do Brasil. As ruínas de palacetes de antigos barões, os foguetes do Centro de Lançamento da Força Aérea Brasileira e uma Festa do Divino Espírito Santo são pano de fundo para a construção do filme. A cidade revive um passado em ruínas justaposto a existência de uma base que prenuncia um futuro tecnológico. As duas fotografias, por sua vez, apropriadas do arquivo da NASA, ao serem manipuladas e descontextualizadas ganham novo significado. Algo entre o familiar e o estranho, as imagens tal como o filme entrelaçam documentos e histórias entre ficção e realidade para criarem novas narrativas.

Barrio em NY

25/out

A Galeria Milan, São Paulo, SP, informa que o artista plástico Artur Barrio participa no Met Breuer, 945 Madison Ave, Nova York, da exposição coletiva “Delirious – Art at the limit of reason”. A mostra analisa a produção delirante de artistas norte-americanos, latino-americanos e europeus que abraçaram a irracionalidade, entre os anos 1950 e 1980.

 

Até 14 de janeiro de 2018