A Gentil Carioca na Art Basel Paris 2024.

07/out

Preview | 16, 17 out. (oct.)

Aberto ao público (public days) | 18, 19, 20 out (oct.)

Grand Palais | 3 avenue du Général Eisenhower

Paris, França |France.

Para a Art Basel Paris, A Gentil Carioca (Stand A4) apresentará um diálogo sobre a música, reunindo artistas de diferentes gerações e contextos. A música, além de uma forma de expressão pessoal, é uma representação cultural poderosa e uma ferramenta de resistência.

“Buscamos apresentar obras que ampliem a compreensão de que a composição musical transcende a sonoridade, gerando desdobramentos estéticos e simbólicos que inspiram novos imaginários e pluralidades criativas”, afirmam.

Chico da Silva na Frieze Masters 2024.

A Galatea anuncia sua participação na Frieze Masters 2024, de 09 a 13 de outubro, com um estande solo dedicado a Chico da Silva (1910, Alto Tejo, AC – 1985, Fortaleza, CE).

Um dos primeiros artistas brasileiros de ascendência indígena a alcançar fama internacional, Chico da Silva nasceu de pai indígena peruano e mãe cearense, no nordeste do Brasil. Após a morte de seu pai por picada de cobra, Chico da Silva se mudou com a mãe para Fortaleza, onde começou a pintar pássaros nas paredes externas das casas de pescadores, de maneira autodidata. Seu encontro com o crítico suíço Jean-Pierre Chabloz, em 1943, deu-lhe o apoio necessário para seguir uma carreira artística profissional. Rapidamente, suas obras começaram a circular nos grandes centros urbanos do Brasil e da Europa. Em 1966, recebeu Menção Honrosa por sua participação na 33ª Bienal de Veneza.

As pinturas selecionadas para a Frieze Masters 2024 destacam o melhor de Chico da Silva – animais fantásticos inspirados por mitos da Amazônia povoam composições ricas em policromia e traços intrincados, com tramas e linhas coloridas.

Atualmente, a obra de Chico da Silva tem atraído uma recepção renovada, beneficiando-se de uma reintegração institucional e mercadológica. Suas pinturas estão entre as aquisições recentes de instituições como a Tate, o Guggenheim e a Pinacoteca de São Paulo, que também realizou uma importante exposição monográfica de sua obra em 2023.

A grandeza de Tomie Ohtake.

04/out

O MoMA de Nova York adquiriu para sua coleção a pintura “Sem título” (1982), de Tomie Ohtake, através da Galeria Nara Roesler, que representa o legado da artista nascida em 1913, em Kyoto, no Japão, e que viveu em São Paulo de 1936 até sua morte, em 2015, aos 101 anos de idade. A pintura, em tinta acrílica sobre tela, mede 132 x 132 x 4,5 cm. Para Daniel Roesler, sócio da galeria de arte, esta é uma aquisição “muito importante, que demonstra o reconhecimento do MoMA pela grande artista que é Tomie Ohtake”. Ele acrescenta: “O MoMA vem se juntar a outros museus prestigiosos, como o Metropolitan Museum of Art (MET), também em Nova York, a Tate Modern, em Londres, o Mori Art Museum, em Tóquio, o San Francisco Museum of Modern Art, a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, entre outros, que também têm trabalhos da Tomie, sem dúvida um dos maiores nomes da arte brasileira”.

Nara Roesler apresentará na Art Basel Paris, de 18 a 20 de outubro, cinco pinturas de Tomie Ohtake, dos anos 1960 e uma de 1970, e trabalhos da artista ainda podem ser vistos na Bienal de Veneza, em cartaz até 24 de novembro, e nas exposições “The Appearance: Art of the Asian Diaspora in Latin America & the Caribbean”, na Americas Society, em Nova York, até 14 de dezembro; “Japan In/Out Brazil”, na Nara Roesler Nova York, que vai até este 05 de outubro, e “Aberto 03”, na casa-ateliê da artista em São Paulo, até 06 de outubro.

A obra de Tomie Ohtake que agora pertence à coleção do MoMA faz parte de uma série de pinturas que a artista criou entre meados da década de 1970 e a década de 1980. Nessas obras, ela estabeleceu seu estilo único e inigualável de abstração figurativa, com volumes arredondados e orgânicos preenchendo o campo visual, tratados através de sutis gradações de cor e expansões monocromáticas. As formas primárias que emergem dessas pinturas magistralmente compostas são exemplos marcantes do domínio do campo cromático, alcançando um equilíbrio delicado entre figuração e abstração. Este corpo de trabalho exemplifica a abstração neovanguardista, transformando o legado do modernismo brasileiro em um dos repertórios mais cativantes da pintura tardia moderna nas Américas. Neste ponto, o trabalho de Tomie Ohtake abraça plenamente uma dimensão cósmica, orientando sua prática em direção à escultura e ao espaço.

Muralismo brasileiro em Atenas.

O artista brasileiro Kelvin Koubik transforma espaço público com mural na Grécia. Uma obra em grande escala, foi inaugurada em Nea Ionia, Atenas. Kelvin Koubik, artista visual e muralista brasileiro foi o escolhido para criar um impressionante mural público no município de Nea Ionia, um subúrbio ao norte de Atenas, na Grécia. A obra, intitulada “Kronos”, foi comissionada pela Embaixada do Brasil em Atenas e pela Prefeitura de Nea Ionia, em colaboração com a agência Awesome Athens Experience.

O mural, que mede aproximadamente 6,5 metros de altura e 15 metros de largura, foi inaugurado durante o festival cultural Dias Jônicos. Localizada ao lado do estádio municipal de Nea Ionia, a obra reflete a passagem do tempo e as conexões entre gerações e culturas. Inspirado pela palavra grega Chronos, que significa tempo, e pela ideia de Kosmos, que representa o coletivo humano, o mural simboliza a união entre o Brasil e a Grécia. A figura central de uma mulher idosa, que representa a Grécia, e de uma criança, que representa o Brasil, simboliza a transmissão de sabedoria entre as gerações, reforçando a importância de preservar a natureza e as tradições culturais. Kronos é mais do que uma obra de arte pública; é uma reflexão sobre como nós, como humanidade, interagimos com o tempo, o ambiente e as gerações futuras.

Fonte de inspiração

“Através desta obra, quis destacar a necessidade de um diálogo intergeracional e intercultural para um futuro mais sustentável. Um exemplo disso é a inclusão de uma faixa marrom no mural, que simboliza a marca que as águas deixaram durante a tragédia das enchentes de maio, que afetou minha cidade natal, Porto Alegre”, comenta Kelvin Koubik. A execução da obra foi realizada ao longo de dez dias, com a assistência da artista Laura Lolli. A produção do projeto esteve a cargo do professor, pesquisador e curador Luís Henrique Rolim. Este é o primeiro mural de grande escala em Nea Ionia, marcando o início de uma série de iniciativas culturais na cidade. A obra de Kelvin Koubik se soma a outros projetos globais de arte pública, organizados pela agência Awesome Athens Experience, que visa conectar culturas por meio de intervenções artísticas em espaços urbanos.

Inauguração e impacto cultural:

A inauguração de Kronos ocorreu durante o festival cultural Dias Jônicos, que celebra a rica herança histórica e cultural de Nea Ionia, e contou com a presença do embaixador brasileiro, Paulo Roberto Caminha de Castilhos França, e do prefeito de Nea Ionia, Panaiotis Manouris. O mural de Kelvin Koubik rapidamente se tornou um marco na cidade, atraindo a atenção de moradores e visitantes, consolidando-se como um símbolo de colaboração intercultural entre o Brasil e a Grécia.

Sobre o artista

Kelvin Koubik é um artista visual especializado em murais de grandes dimensões. Como muralista contextual, busca compreender as dinâmicas sociais e culturais dos locais onde desenvolve suas obras. Atuando tanto em murais públicos quanto privados, o artista dialoga com a pintura tradicional e a arte contemporânea, transitando entre a arte urbana e galerias de arte. Recentemente, retornou de uma imersão artística na Amazônia, onde vivenciou e retratou a cultura ribeirinha no norte do Pará. Seus trabalhos estão espalhados por diversas cidades e contextos, incluindo países como Catar, França, Grécia, entre outros. Frequentemente, desenvolve projetos junto a agências, escritórios de arquitetura e grandes marcas como Starbucks, Google, O Boticário, Bic, Melitta e outras.

O futuro visto por Jota.

02/out

Descoberto na edição de 2020 da ArtRio, o artista visual Jota inaugurou exposição individual na Galleria Mimmo Scognamiglio, em Milão, Itália. Criado no Complexo do Chapadão, comunidade no Rio de Janeiro, Jota, aos 24 anos, agora ocupa os salões da galeria italiana. Denominada “Dream Under Construction”, a série de obras retrata as expectativas do artista para o futuro.

Lygia Clark na Whitechapel.

A Whitechapel Gallery, Londres, inaugurou a exposição “Lygia Clark: The I and the You”, a primeira grande retrospectiva da artista brasileira no Reino Unido, em exibição até 12 de janeiro de 2025. A exposição examina a trajetória de Lygia Clark, cobrindo suas produções dos anos 1950 aos anos 1970, um período de transformações significativas no Brasil e novas abordagens artísticas no cenário internacional. Figura central do movimento neoconcreto, Lygia Clark desafiou as convenções tradicionais ao incorporar a participação ativa do público em suas obras, dissolvendo as fronteiras entre o “eu” e o “outro”.

Lygia Clark: The I and the You

Até 12 de janeiro de 2025

Whitechapel Gallery, 77 – 82 Whitechapel High Street, Londres.

Lygia Clark, Diálogo de Óculos, 1966, Foto: Eduardo Clark. Cortesia Associação Cultural O Mundo de Lygia Clark.

Exibição de Slugbug de Ernesto Neto.

30/set

Para o “Slugbug” (Ernesto Neto / G10-a) instalado na área Green Hills TsuyamaTsuyama/Green Hills Tsuyama, Japão, a entrada no interior da obra por enquanto está proibida para garantir a qualidade da obra. Os visitantes podem ver o trabalho do lado de fora. Estreia hoje, dia 30 de setembro.

Exposição em Washington.

26/set

Os irmãos e renomados grafiteiros brasileiros Gustavo e Otavio Pandolfo apresentam, a partir do dia 29 de setembro, a exposição “OSGEMEOS: Endless Story”, no Museu e Jardim de Esculturas Hirshhorn do Smithsonian, Washington, USA. Em um andar inteiro, os visitantes encontrarão na exibição cerca de mil obras de arte icônicas da dupla sendo esta a maior mostra já feita por eles no país.

Com pinturas, esculturas, fotografias, instalações imersivas e vídeos, o público conhecerá os bastidores do processo criativo dos irmãos. Sob a curadoria de Marina Isgro, a exposição permancerá em cartaz até o dia 03 de agosto. Não se trata da primeira vez que os artistas ocupam um espaço solo internacional, já criaram projetos nos principais espaços públicos de sessenta  países, como Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália e Cuba.

Brasileiros e portugueses.

24/set

“Ação à Distância”, exposição coletiva na Kubikgallery Lisboa, com curadoria de Luisa Duarte & Bernardo de Souza tem abertura anunciada para o dia 03 de outubro na Calçada Dom Gastão, n. 4, Porta 45. 1900 – 194, Lisboa, Portugal.

A exibição conta com obras dos artistas Alexandre Canonico, Artur Lescher, Dan Coopey, Daniel Frota de Abreu, Emmanuel Nassar, Flávia Vieira, Gonçalo Sena, Leda Catunda, Manoela Medeiros, Paloma Polo, Pedro Vaz, Salomé Lamas, Sara Ramo e Vera Mota.

Nit de l’Art 2024.

23/set

Por ocasião do La Nit de l’Art 2024, a Baró Galeria apresentou duas exposições destacando obras de grandes artistas latino-americanos: “Oublier le corps…”, a primeira exposição individual de Lygia Clark em Maiorca, Espanha; e a mostra coletiva Lucidus Disorder, ambas com curadoria de Rolando J. Carmona.

“Oublier le corps” marca a primeira exposição individual em Maiorca da renomada artista brasileira Lygia Clark (1920-1988). A exposição, com curadoria de Rolando J. Carmona, explora como o trabalho de Lygia Clark se envolveu ao longo de sua carreira com o conceito de dissolução do corpo. Desde os seus primeiros esboços desconstruídos, que prenunciam as formas geométricas dos seus “Bichos”, até aos seus objetos relacionais, a mostra investiga como a sua prática ativou métodos estéticos e psicológicos radicais, reimaginando os papéis tradicionais entre a obra de arte, o artista e o espectador, envolvendo até mesmo o inconsciente. e transcender a experiência sensorial física tipicamente associada à arte.

Lucidus Disorder

Diego Barboza, Artur Barrio, Sérgio Camargo, Yoan Capote, Eugenio Espinoza, Magdalena Fernández, Gego, Jac Leirner, Hélio Oiticica, Federico Ovalles, Mano Penalva, Wilfredo Prieto, Luis Salazar e Antonieta Sosa.

“Esses artistas anunciaram um novo modelo de desobediência de cunho tropical, alicerçado na lógica do caos. Longe de serem reacionários, esses gestos simbólicos e físicos operando por meio da desconstrução formaram uma dinâmica quase estereoscópica entre artistas venezuelanos e brasileiros, que deixaram para trás a arte concreta no Brasil e a arte cinética na Venezuela configuraram uma resposta política à razão cartesiana e eurocêntrica que definia a estética oficial, criando obras que transcendiam a grade em crise e sorriam para a vida cotidiana.”

Rolando J. Carmona.