Muralismo brasileiro em Atenas.

04/out

O artista brasileiro Kelvin Koubik transforma espaço público com mural na Grécia. Uma obra em grande escala, foi inaugurada em Nea Ionia, Atenas. Kelvin Koubik, artista visual e muralista brasileiro foi o escolhido para criar um impressionante mural público no município de Nea Ionia, um subúrbio ao norte de Atenas, na Grécia. A obra, intitulada “Kronos”, foi comissionada pela Embaixada do Brasil em Atenas e pela Prefeitura de Nea Ionia, em colaboração com a agência Awesome Athens Experience.

O mural, que mede aproximadamente 6,5 metros de altura e 15 metros de largura, foi inaugurado durante o festival cultural Dias Jônicos. Localizada ao lado do estádio municipal de Nea Ionia, a obra reflete a passagem do tempo e as conexões entre gerações e culturas. Inspirado pela palavra grega Chronos, que significa tempo, e pela ideia de Kosmos, que representa o coletivo humano, o mural simboliza a união entre o Brasil e a Grécia. A figura central de uma mulher idosa, que representa a Grécia, e de uma criança, que representa o Brasil, simboliza a transmissão de sabedoria entre as gerações, reforçando a importância de preservar a natureza e as tradições culturais. Kronos é mais do que uma obra de arte pública; é uma reflexão sobre como nós, como humanidade, interagimos com o tempo, o ambiente e as gerações futuras.

Fonte de inspiração

“Através desta obra, quis destacar a necessidade de um diálogo intergeracional e intercultural para um futuro mais sustentável. Um exemplo disso é a inclusão de uma faixa marrom no mural, que simboliza a marca que as águas deixaram durante a tragédia das enchentes de maio, que afetou minha cidade natal, Porto Alegre”, comenta Kelvin Koubik. A execução da obra foi realizada ao longo de dez dias, com a assistência da artista Laura Lolli. A produção do projeto esteve a cargo do professor, pesquisador e curador Luís Henrique Rolim. Este é o primeiro mural de grande escala em Nea Ionia, marcando o início de uma série de iniciativas culturais na cidade. A obra de Kelvin Koubik se soma a outros projetos globais de arte pública, organizados pela agência Awesome Athens Experience, que visa conectar culturas por meio de intervenções artísticas em espaços urbanos.

Inauguração e impacto cultural:

A inauguração de Kronos ocorreu durante o festival cultural Dias Jônicos, que celebra a rica herança histórica e cultural de Nea Ionia, e contou com a presença do embaixador brasileiro, Paulo Roberto Caminha de Castilhos França, e do prefeito de Nea Ionia, Panaiotis Manouris. O mural de Kelvin Koubik rapidamente se tornou um marco na cidade, atraindo a atenção de moradores e visitantes, consolidando-se como um símbolo de colaboração intercultural entre o Brasil e a Grécia.

Sobre o artista

Kelvin Koubik é um artista visual especializado em murais de grandes dimensões. Como muralista contextual, busca compreender as dinâmicas sociais e culturais dos locais onde desenvolve suas obras. Atuando tanto em murais públicos quanto privados, o artista dialoga com a pintura tradicional e a arte contemporânea, transitando entre a arte urbana e galerias de arte. Recentemente, retornou de uma imersão artística na Amazônia, onde vivenciou e retratou a cultura ribeirinha no norte do Pará. Seus trabalhos estão espalhados por diversas cidades e contextos, incluindo países como Catar, França, Grécia, entre outros. Frequentemente, desenvolve projetos junto a agências, escritórios de arquitetura e grandes marcas como Starbucks, Google, O Boticário, Bic, Melitta e outras.

O futuro visto por Jota.

02/out

Descoberto na edição de 2020 da ArtRio, o artista visual Jota inaugurou exposição individual na Galleria Mimmo Scognamiglio, em Milão, Itália. Criado no Complexo do Chapadão, comunidade no Rio de Janeiro, Jota, aos 24 anos, agora ocupa os salões da galeria italiana. Denominada “Dream Under Construction”, a série de obras retrata as expectativas do artista para o futuro.

Lygia Clark na Whitechapel.

A Whitechapel Gallery, Londres, inaugurou a exposição “Lygia Clark: The I and the You”, a primeira grande retrospectiva da artista brasileira no Reino Unido, em exibição até 12 de janeiro de 2025. A exposição examina a trajetória de Lygia Clark, cobrindo suas produções dos anos 1950 aos anos 1970, um período de transformações significativas no Brasil e novas abordagens artísticas no cenário internacional. Figura central do movimento neoconcreto, Lygia Clark desafiou as convenções tradicionais ao incorporar a participação ativa do público em suas obras, dissolvendo as fronteiras entre o “eu” e o “outro”.

Lygia Clark: The I and the You

Até 12 de janeiro de 2025

Whitechapel Gallery, 77 – 82 Whitechapel High Street, Londres.

Lygia Clark, Diálogo de Óculos, 1966, Foto: Eduardo Clark. Cortesia Associação Cultural O Mundo de Lygia Clark.

Exibição de Slugbug de Ernesto Neto.

30/set

Para o “Slugbug” (Ernesto Neto / G10-a) instalado na área Green Hills TsuyamaTsuyama/Green Hills Tsuyama, Japão, a entrada no interior da obra por enquanto está proibida para garantir a qualidade da obra. Os visitantes podem ver o trabalho do lado de fora. Estreia hoje, dia 30 de setembro.

Exposição em Washington.

26/set

Os irmãos e renomados grafiteiros brasileiros Gustavo e Otavio Pandolfo apresentam, a partir do dia 29 de setembro, a exposição “OSGEMEOS: Endless Story”, no Museu e Jardim de Esculturas Hirshhorn do Smithsonian, Washington, USA. Em um andar inteiro, os visitantes encontrarão na exibição cerca de mil obras de arte icônicas da dupla sendo esta a maior mostra já feita por eles no país.

Com pinturas, esculturas, fotografias, instalações imersivas e vídeos, o público conhecerá os bastidores do processo criativo dos irmãos. Sob a curadoria de Marina Isgro, a exposição permancerá em cartaz até o dia 03 de agosto. Não se trata da primeira vez que os artistas ocupam um espaço solo internacional, já criaram projetos nos principais espaços públicos de sessenta  países, como Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália e Cuba.

Brasileiros e portugueses.

24/set

“Ação à Distância”, exposição coletiva na Kubikgallery Lisboa, com curadoria de Luisa Duarte & Bernardo de Souza tem abertura anunciada para o dia 03 de outubro na Calçada Dom Gastão, n. 4, Porta 45. 1900 – 194, Lisboa, Portugal.

A exibição conta com obras dos artistas Alexandre Canonico, Artur Lescher, Dan Coopey, Daniel Frota de Abreu, Emmanuel Nassar, Flávia Vieira, Gonçalo Sena, Leda Catunda, Manoela Medeiros, Paloma Polo, Pedro Vaz, Salomé Lamas, Sara Ramo e Vera Mota.

Nit de l’Art 2024.

23/set

Por ocasião do La Nit de l’Art 2024, a Baró Galeria apresentou duas exposições destacando obras de grandes artistas latino-americanos: “Oublier le corps…”, a primeira exposição individual de Lygia Clark em Maiorca, Espanha; e a mostra coletiva Lucidus Disorder, ambas com curadoria de Rolando J. Carmona.

“Oublier le corps” marca a primeira exposição individual em Maiorca da renomada artista brasileira Lygia Clark (1920-1988). A exposição, com curadoria de Rolando J. Carmona, explora como o trabalho de Lygia Clark se envolveu ao longo de sua carreira com o conceito de dissolução do corpo. Desde os seus primeiros esboços desconstruídos, que prenunciam as formas geométricas dos seus “Bichos”, até aos seus objetos relacionais, a mostra investiga como a sua prática ativou métodos estéticos e psicológicos radicais, reimaginando os papéis tradicionais entre a obra de arte, o artista e o espectador, envolvendo até mesmo o inconsciente. e transcender a experiência sensorial física tipicamente associada à arte.

Lucidus Disorder

Diego Barboza, Artur Barrio, Sérgio Camargo, Yoan Capote, Eugenio Espinoza, Magdalena Fernández, Gego, Jac Leirner, Hélio Oiticica, Federico Ovalles, Mano Penalva, Wilfredo Prieto, Luis Salazar e Antonieta Sosa.

“Esses artistas anunciaram um novo modelo de desobediência de cunho tropical, alicerçado na lógica do caos. Longe de serem reacionários, esses gestos simbólicos e físicos operando por meio da desconstrução formaram uma dinâmica quase estereoscópica entre artistas venezuelanos e brasileiros, que deixaram para trás a arte concreta no Brasil e a arte cinética na Venezuela configuraram uma resposta política à razão cartesiana e eurocêntrica que definia a estética oficial, criando obras que transcendiam a grade em crise e sorriam para a vida cotidiana.”

Rolando J. Carmona.

O legado de Frans Krajcberg.

19/set

A Paris Design Week deste ano ganha um toque especial com a presença vibrante de artistas e designers brasileiros que, inspirados pelo legado de Frans Krajcberg, levam à capital francesa uma discussão urgente: a ecologia na produção artística contemporânea. Em Montparnasse, no coração da antiga Paris, o Espace Frans Krajcberg se torna o epicentro de uma exposição que celebra a união entre design, arte e sustentabilidade. Com curadoria de Pat Monteiro Leclercq, a mostra reúne nomes de destaque do cenário artístico e do design brasileiro, incluindo Ângela Maria Ateliê, Atelier Cléophée, Bianca Da Costa, Clarisse Taulewali, Cris Bertolucci, DECARVALHO ATELIER, e muitos outros. Cada um deles apresenta criações exclusivas que não só encantam pelo seu apelo estético, mas também despertam uma reflexão profunda sobre nossa relação com o meio ambiente.

Entre as peças em exibição, destaca-se a icônica Poltrona Esfera, em uma versão especial confeccionada em couro de pirarucu, assinada por Ricardo Fasanello (1930-1993). Esta obra, assim como as demais presentes na exposição, carrega em si a essência do pensamento de Krajcberg: o compromisso com a sustentabilidade e o respeito pela natureza. A relação entre arte e natureza foi uma constante na vida de Frans Krajcberg, e essa simbiose é simbolizada pela casa na árvore criada por Zanine Caldas para o amigo. Este espaço, que hoje é o Espace Frans Krajcberg, é mais do que um atelier de trabalho – é um santuário que celebra a harmonia entre o homem e o meio ambiente. A exposição também contou com um leilão de obras selecionadas conduzido pelo leiloeiro François Epin. Parte da renda foi revertida para o Espace Frans Krajcberg, garantindo que o legado deste visionário continue a inspirar novas gerações. Em um mundo cada vez mais consciente dos desafios ambientais, a arte e o design emergem como ferramentas poderosas para instigar mudanças. Os artistas e designers envolvidos neste projeto estão na vanguarda dessa transformação, utilizando suas criações para promover uma conscientização ecológica que transcende as barreiras culturais.

Frans Krajcberg sempre acreditou na necessidade de práticas sustentáveis e, através desta exposição, seu apelo à ação ecoa fortemente. É um lembrete de que todos temos um papel a desempenhar na preservação do planeta, e que a arte, o design e a arquitetura podem ser agentes cruciais de mudança. Enquanto celebramos o legado de Krajcberg, também nos inspiramos nas obras dos artistas contemporâneos que, através de suas criações, nos convidam a repensar nossa relação com o meio ambiente e a abraçar um futuro mais sustentável.

Fonte: Elaine Leme

Anunciando Dashiell Manley.

12/set

A Simões de Assis, São Paulo, Curitiba, Balneário Camboriú, anuncia a representação do artista Dashiell Manley, baseado em Los Angeles, em colaboração com Jessica Silverman e Marianne Boesky. Conhecido por suas obras que exploram a interseção entre pintura, escultura e vídeo, Dashiell Manley investiga temas como tempo, narrativa e a materialidade da imagem.

O artista possui obras em acervos importantes como The Hammer Museum, JPMorgan Chase Art Collection; Los Angeles County Museum of Art; Museum of Contemporary Art, Los Angeles; Palm Springs Art Museum, Pomona College Museum of Art e Santa Barbara Museum of Art.

Profundidade cultural e religiosa.

11/set

O artista visual Tiago Aguiar explora a devoção e celebração da Festa do Rosário em sua primeira mostra individual na Uncool Gallery. A exposição “Rusá: BraSilian Devotion and Celebration” destaca a complexidade da identidade brasileira através da fotografia relacional e da foto-instalação, sob o olhar do artista e congadeiro mineiro.

A Uncool Gallery, Brooklym, NY, exibe “Rusá: BraSilian Devotion and Celebration”, do artista visual, fotógrafo e congadeiro brasileiro Tiago Aguiar que estará em exibição até 05 de outubro. Esta mostra individual do artista na galeria, onde assume não apenas o papel de criador, mas também de curador, transformando a galeria em um espaço que reflete a profundidade cultural e religiosa da Festa do Rosário, celebrada anualmente em Serro, Minas Gerais.

“Rusá: BraSilian Devotion and Celebration” investiga a complexa tapeçaria cultural da festa, que é reconhecida pelo IPHAN como patrimônio histórico e artístico do Brasil. Através de um enfoque etnográfico reverso, Tiago Aguiar utiliza a fotografia relacional para valorizar as identidades individuais dentro do coletivo, destacando aqueles que, fora do contexto da festa, são frequentemente marginalizados. Sua abordagem transforma o festival em um espaço de criação, onde a construção das imagens não só documenta, mas também honra a tradição e reconhece o sagrado manifestado durante a celebração.

A exposição “Rusá: BraSilian Devotion and Celebration” reúne um conjunto de obras criadas desde 2016, divididas em três temas centrais: Dançantes, Caravana e Quermesse. Em Dançantes, apresenta retratos íntimos dos congadeiros capturados em um estúdio improvisado, revelando detalhes pessoais e peculiaridades que passam despercebidos em contextos coletivos. Já em Quermesse, o artista revisita a tradição dos fotógrafos de festas populares, retratando os frequentadores em um estúdio temporário montado no largo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Caravana, por sua vez, examina o papel dos barraqueiros itinerantes, cujas barracas temporárias são parte essencial do cenário festivo, mas cujas histórias muitas vezes permanecem invisíveis. A mostra também inclui elementos instalativos, como grandes impressões em lona e monóculos com slides que remetem às práticas fotográficas tradicionais, criando uma conexão mais orgânica com o contexto da celebração. Ao construir laços comunitários e permitir maior autonomia dos retratados na produção das imagens, Tiago Aguiar questiona as convenções tradicionais da criação fotográfica, criando um espaço de respeito e comunidade.

O trabalho de Tiago Aguiar pode ser compreendido dentro da reversão da tradição da fotografia etnográfica, mas também dialoga com movimentos contemporâneos de arte relacional e crítica cultural. Sua prática se insere em um cenário mais amplo de artistas brasileiros que exploram a interseção entre cultura popular e arte contemporânea, trazendo à tona questões sobre identidade, memória e a evolução das tradições no Brasil. Em Nova York, a exposição oferece ao público uma rara oportunidade de experimentar uma perspectiva interna e intimista da cultura brasileira, em um contexto que frequentemente privilegia visões externas e generalizadas do Brasil.

Sobre o artista

Tiago Aguiar (1989, Serro, Brasil) Vive e trabalha entre Belo Horizonte, BR, e Cape Cod, EUA. Bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard (MG) e com especialização em fotografia pelo Hallmark Institute of Photography (EUA), começou sua carreira na fotografia comercial, mas rapidamente direcionou seu foco para a pesquisa artística e cultural. Sua investigação sobre a Festa do Rosário começou em 2010. Entre suas realizações estão a exposição individual “Rusá” (Belo Horizonte, 2017) e a participação na residência IA Ouro Preto (2022), além de ser finalista do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger (2017).

A galeria

Uncool Gallery é um espaço gerido por meios próprios com  um conselho de  membros, seguindo um modelo  único de autogestão. Esse conselho decide  ativamente sobre os projetos, posicionamento, parcerias da galeria. A Uncool Gallery é estruturada como  uma  LLC, garantindo verdadeira independência em sua  governança. O compromisso impar da  galeria  em fomentar conexões significativas e  impulsionar projetos colaborativos está no centro de sua filosofia. Com o posicionamento estratégico em frente ao Brooklyn Navy Yard, a galeria  serve como um centro dinâmico para a expressão e exposição artística.