Tarsila em Paris.

10/set

Sophie Su circulou uma nota na qual anuncia que a exposição “Tarsila do Amaral: Peindre le Brésil moderne” abrirá em Paris no Musée du Luxembourg de 09 de outubro de 2024 a 02 de fevereiro de 2025.

Informa ainda que “..essa legendária exposição, organizada pela curadora Cecília Braschi, destacará a importância de Tarsila do Amaral como figura central do Modernismo Brasileiro, com obras que capturam o imaginário popular e moderno de um Brasil em transformação. Estamos muito felizes em compartilhar que participamos da organização da exposição, colaborando com Cecília Braschi na curadoria e nos empréstimos das obras. Gostaríamos de convidar vocês para este momento especial! Se estiverem em Paris e desejarem convites exclusivos para a exposição, por favor, RSVP até quinta-feira, 12 de Setembro. Estamos à disposição para maiores informações. Será uma honra contar com sua presença neste evento imperdível!Abraços, Sophie Su”.

Nova representação para Ana Silva

05/set

A Gentil Carioca, Rio de Janeiro e São Paulo, anuncia a representação da artista Ana Silva.

Nascida em Calulo, Angola, a artista vive e trabalha em Lisboa, Portugal, e se expressa por meio da diversidade dos materiais que utiliza. Tela, madeira, metal, tinta acrílica e tecido são elementos que compõem e dão forma à sua arte. Durante suas caminhadas pelos mercados de Luanda, começou a distorcer o uso primário de sacos de ráfia e outros artefatos para um trabalho de memória; de objetos abandonados a objetos revividos: “Não consigo separar meu trabalho da minha experiência em Angola, em uma época em que o acesso a materiais era difícil devido à guerra de independência e à guerra civil. Minha criatividade nasceu da exploração de meu ambiente imediato. Essa experiência teve um grande impacto em minha maneira de trabalhar e em minha vida de modo geral.”

Em 2023 participou das exposições coletivas Ocultas Marés: Ana Silva & Marcela Cantuária, n’A Gentil Carioca São Paulo e Constellation na Galerie MAGNIN-A em Paris, França. Em 2022, realizou a individual Vestir Memórias, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea em Almada, Portugal. No mesmo ano, também participou do Festival International des Textiles Extraordinaires, em Clermont Ferrand, na França.

As pinturas de Heitor dos Prazeres em NY

02/set

A Galatea e a Simões de Assis participam da feira Independent 20th Century, que ocorre esta semana em Nova York, com o estande solo do artista Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, 1898 – 1966, Rio de Janeiro).

Heitor foi um artista multidisclipinar, pioneiro na formação do samba carioca e autoditada na pintura, prática que iniciou em 1937, aos 40 anos. Suas pinturas exploram temas relacionados à cultura popular brasileira, retratando e celebrando as tradições e o cotidiano da população negra urbana do Rio de Janeiro.

Recentemente, em 2023, o Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro (CCBB RJ) realizou a maior retrospectiva já dedicada ao seu trabalho, exibindo mais de 200 trabalhos vinculados às artes visuais, à música e à moda. Suas pinturas fazem parte de diversas coleções públicas, tais como: Museum of Modern Art (Nova York); Rennie Museum (Vancouver); Museu de Arte de São Paulo – MASP (São Paulo); Museu Afro Brasil (São Paulo); entre outros.

Participação conjunta em Nova York

20/ago

A Galatea e a Simões de Assis têm o prazer de anunciar a participação conjunta na feira Independent 20th Century, em Nova York, apresentando um estande solo do artista Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, 1898 – 1966, Rio de Janeiro).

O estande é a primeira apresentação individual do artista em Nova York. Para essa estreia, a Galatea e a Simões de Assis prepararam importante seleção de obras que reflete a trajetória e poética de Heitor dos Prazeres.

Sobre o artista

Heitor dos Prazeres iniciou a prática da pintura de forma autodidata em 1937, aos 40 anos. Até então, era conhecido principalmente como compositor e músico de samba. Entre outras atividades que exerceu estão o design de móveis e a criação de figurinos para suas próprias apresentações musicais e espetáculos de teatro. Memórias do seu passado, cenas do cotidiano da população afro-diaspórica na cidade do Rio de Janeiro e as festividades do Carnaval estão entre os temas principais da sua produção pictórica. Também foi pioneiro ao atuar na fundação de três das primeiras Escolas de Samba do Rio de Janeiro: Deixa Falar, Mangueira e Portela.

A Independent 20th Century ocorre entre 05 e 08 de setembro no Cipriani South Street, em NY. A Galatea & Simões de Assis ocupam o estande D.

Brasileiros em Nápolis

19/ago

A exposição “Vai, vai, saudade” apresenta a multitude da arte brasileira na Itália, com curadoria de Cristiano Raimondi. A mostra encontra-se no Madre – museo d’arte contemporanea Donnaregina, Via Luigi Settembrini, 79, 80139, em Nápolis. Apresentando a produção de artistas brasileiros, tem como destaques obras como In-mensa, de Cildo Meireles, a Via Sacra da Amazônia (Amazon Via Crucis), de Hélio Melo, o Livro da Arquitetura nº II, de Lygia Pape, além de diversas obras de Miriam Inez da Silva e de Sidney Amaral, uma sala dedicada a Heitor dos Prazeres e uma instalação de Lúcia Koch.

A salas que compõem a exposição são “notas de viagem” que se fundem para formar um itinerário expositivo livre, mas interligado de temas formais e conceituais, espirituais e terrenos, políticos e geográficos que, em conjunto, formam a base de uma narrativa que segue uma lógica novelesca. A série Via Sacra da Amazônia, de Hélio Melo, fez parte da exposição solo do artista realizada na galeria Almeida & Dale, São Paulo, SP, em 2023 com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti.

A palavra do curador

Na visão do curador Raimondi, o Brasil é “Um país que provou ser capaz de construir uma identidade baseada na valorização do multiculturalismo e na fusão de múltiplas linguagens, desafiando a abordagem eurocêntrica e monolítica da história da arte”.

Sobre o museu

O Museo d’Arte Contemporanea Donnaregina, também conhecido como Museo Madre, ou Museu de Arte Contemporânea Donnaregina, é um museu de arte contemporânea em Nápolis, na Campânia, no sul da Itália. Está alojado no Palazzo Donnaregina, que lhe foi adaptado pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira.

Em exibição até 30 de setembro.

Joana Vasconcelos na Baró Mallorca

24/jul

A primeira exposição de Joana Vasconcelos na Baró Galeria, está em cartaz em Palma de Mallorca, Espanha, até 31 de agosto. A exposição oferece uma visão abrangente da vasta obra de Joana Vasconcelos, apresentando instalações, esculturas, pinturas e desenhos recentes realizados ao longo dos últimos 10 anos, procurando destacar os principais temas na carreira da consagrada artista internacional.

Representando Arthur Barrio

09/jul

A Baró Galeria anuncia a representação do artista luso-brasileiro Artur Barrio. Conhecido pela sua prática radical e inovadora, Artur Barrio tem constantemente ultrapassado os limites da expressão artística através dos seus trabalhos provocativos e envolventes, desafiando e muitas vezes rejeitando linguagens artísticas padronizadas.

Sobre o artista

Artur Barrio ou Artur Alipio Barrio de Sousa Lopes é um artista plástico luso-brasileiro que vive no Rio de Janeiro desde 1955. Antes de se mudar para o Brasil, chegou a morar por um ano em Luanda, na Angola. Nascido em 01 de fevereiro de 1945, Porto, Portugal, começou a se dedicar à pintura em 1965 e, a partir de 1967, frequentou a Escola Nacional de Belas Artes – Enba. Nesse período, realiza os cadernos livres, com registros e anotações que se afastam das linguagens tradicionais. Em 1969, começa a criar as “Situações”: trabalhos de grande impacto, realizados com materiais orgânicos como lixo, papel higiênico, detritos humanos e carne putrefata (como as “Trouxas Ensangüentadas”), com os quais realiza intervenções no espaço urbano. No mesmo ano, escreve um manifesto no qual contesta as categorias tradicionais da arte e sua relação com o mercado, e a situação social e política na América Latina. Na mostra “Do Corpo à Terra”, em 1970, espalha as “Trouxas Ensangüentadas” em um rio em Belo Horizonte. Barrio documenta essas situações com o uso de fotografia, cadernos de artista e filmes Super-8. Cria também instalações e esculturas, nas quais emprega objetos cotidianos. Realiza constantes viagens, e reside também na África e na Europa – em Portugal, França e Holanda. Desde a metade da década de 1990, ocorreramm diversas publicações de sua obra.

A arte de Tadáskia

13/jun

Ave preta mística de Tadáskía alça voo e chega ao MoMA de Nova York

Uma vigorosa composição de desenhos coloridos em movimentos expansivos, que tomou as paredes de uma sala circular na edição da Bienal de São Paulo no ano passado, ganhou um novo pano de fundo em exposição no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York. A obra ave preta mística mystical black bird (2022), da artista carioca Tadáskía (1993), foi recentemente adquirida pela instituição nova iorquina, uma das mais relevantes dedicadas à arte moderna e contemporânea no mundo.

Muitas vezes localizada entre as canônicas definições formais abstrato e figurativo, a prática artística de Tadáskía não cabe somente nesse tipo de parâmetro. A tenuidade evocada pela artista ao produzir é encontrada também em uma dança entre o visível e invisível, o místico e o mundano, o inteligível e o indecifrável. Formada em Artes Visuais e Licenciatura pela UERJ (2012-2016) e mestra em Educação pela UFRJ (2019-2021), a artista já realizou individuais em São Paulo, Lisboa e Barcelona, e participou de coletivas em Amsterdam, Marselha e Nova York, além de sua cidade natal, Rio de Janeiro. A obra ave preta mística mystical black bird (2022) é composta por 61 páginas soltas de um livro bilíngue, com uma poética que se materializa em desenho e escrita. Quando exposta, é acompanhada por desenhos expandidos – e intuitivos – que envolvem o ambiente no qual é instalada. Em proposição site-specific – criada especialmente para cada ambiente expositivo -, os desenhos feitos com carvão e pastel seco adaptam-se ao espaço e surgem a partir de uma relação criada entre o corpo da artista com o espaço.

Na 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, Tadáskía também incluiu um grupo de esculturas feitas de bambu, palha e taboa, postas em bases circulares e acompanhadas de elementos como frutas, cascas de ovos costurados e pintados, e pó facial. Segundo declaração da artista, “a ave preta mística é uma população negra reunida além do tempo-espaço conhecido. Livre interpretação de Sankofa, um pássaro preto olhando para trás com um ovo em seu bico. Mística, a ave preta se transforma, tal como na ampliação de seus voos, nos mostrando um desejo incansável de liberdade”. Em participação no Em obras, podcast produzido pela Bienal de São Paulo, a artista relatou como o processo de produção do desenho nas paredes da Bienal exigiu de forma intensa uma entrega do seu corpo ao longo de 15 dias. Sem um projeto prévio para ocupar a sala circular, a artista se entregou a um processo orgânico, sem um ponto de partida e chegada pré-definido, desenhando de olhos fechados em muitos momentos, o que ela chama de “desenho cega”, buscando um estado meditativo e aberto ao inesperado.

Projects: Tadáskía

A aquisição da obra de Tadáskía para o acervo do MoMA é seguida por sua exibição a partir do The Elaine Dannheisser Projects Series, um programa criado pela instituição em 1971 com o intuito de apresentar artistas contemporâneos em ascensão. Atualmente, o projeto acontece em parceria com o the Studio Museum in Harlem, iniciativa que tem como missão o suporte e difusão de artistas afrodescendentes. À frente do the Studio Museum, a Diretora e Curadora Chefe Thelma Golden celebra a presença de Tadáskía enquanto representante da arte brasileira no exterior: “há e sempre houve uma arte incrível vindo do Brasil e estou emocionada que Tadáskía, com seus desenhos e esculturas imaginativas, irá transpor esse dinamismo criativo e fundamentá-lo em uma instalação site-specific para o espaço de projetos do MoMA. Esta colaboração especial é uma oportunidade notável para defender uma voz emergente na arte contemporânea e promove o compromisso do the Studio Museum com artistas de ascendência africana em todo o mundo. Sou infinitamente grata a Glenn Lowry e ao Museum of Modern Art pela parceria, que durante cinco anos garantiu a continuação do trabalho fundamental do the Studio Museum”. Com sua primeira exposição individual ocorrendo em Nova York, Tadáskía se junta a Ernesto Neto, Lygia Clark, Roberto Burle Marx e Tarsila do Amaral, o seleto grupo de artistas brasileiros que já tiveram suas obras expostas em individuais no museu. Em comunicado à imprensa, a artista revela a sensação de estar apresentando sua obra em Nova York: “é como se eu tivesse em um desenho animado, indo para uma terra estrangeira em que nunca estive e realizando um sonho de expor em um dos maiores e mais importantes museus do mundo, o MoMA”.

A relação com a ideia de estrangeiro está fortemente presente nas pesquisas da artista que, a partir de elementos familiares e íntimos, elabora sobre a diáspora negra. Artista negra e trans, Tadáskía utiliza as linguagens do desenho, fotografia, instalação e matéria têxtil, para desdobrar uma poética que dança nas esferas micro e macro, partindo muitas vezes de elementos particulares e íntimos, como sua família, todavia com capacidade de abordar questões mais amplas e coletivas.  Tanto nos poemas e desenhos presentes no livro, como nas esculturas e na instalação site-specific, os conceitos de mudança e efemeridade pavimentam a poética de Tadáskía. A múltipla narrativa em torno da ave preta mística, por exemplo, acompanha as mudanças vividas pela ave, seja pela influência de outras aves em convívio, seja através de adornos por ela utilizados, e sua forma, que se aproxima de outros elementos como estrelas e montanhas. Com uma visão bem resolvida sobre a importância do erro no processo artístico, bem como uma relação menos impositiva com as expectativas de finalização da obra, Tadáskía abre espaço para deixar fluir o pensamento em ação. Seus desenhos e materiais orgânicos escolhidos refletem um estado de espírito buscado pela artista.

Diogo Barros é curador, arte educador e crítico, formado em História da Arte, Crítica e Curadoria pela PUC SP.

Gustavo Nazareno em Milão

23/maio

A Cassina Projects, Milão, Itália, anuncia “Estrela de um Herói”, segunda exposição individual na galeria do artista brasileiro Gustavo Nazareno nascido em 1994 em Minas Gerais, 1994. Nazareno vive e trabalha em São Paulo, SP. A mostra estará em exibição de 06 de Junho até 20 de Julho.

Artistas brasileiros em Viena

21/maio

 

O Desacordo: Um Teatro de Declarações, no Neuer Kunstverein, Viena, Áustria, com ação de Maurício Ianês.

Artistas participantes

Vivian Caccuri | Andressa Cantergiani | Maurício Ianês | Daniel Lannes | Cinthia Marcelle e Tiago Mata Machado | Ana Mazzei | Ventura Profana | Luís Roque | Tadáskia | Allan Weber com curadoria de Bernardo José de Souza.

A palavra do curador

A discordância: um teatro de declarações reúne onze artistas brasileiros contemporâneos cujas práticas artísticas provêm de uma ampla variedade de origens culturais e, portanto, apontam para um amplo espectro de preocupações estéticas e políticas. O conjunto de obras desta exposição aborda, portanto, não apenas a sociedade estratificada e sincrética do Brasil, mas também as contradições ideológicas inerentes às práticas artísticas contemporâneas a partir de uma perspectiva transcultural.

Esta exposição coletiva é composta por obras criadas em diversos suportes – escultura, instalação, colagem, vídeo, pintura e performance – e confronta narrativas que refletem sobre a impossibilidade de encontrar um léxico comum. Um léxico para discutir questões políticas inevitáveis, como a luta de classes, as alterações climáticas, as políticas de identidade, os sistemas de crenças heterogêneas, o legado da cultura simbólica e material e outras questões prementes do presente.

Porque vivemos num mundo onde as narrativas hegemónicas foram historicamente forjadas para manter o status quo da desigualdade – tanto étnica, cultural e socioeconómica – o país hoje conhecido como Brasil é apresentado aqui como um palco político no qual as forças capitalistas criaram zonas de extrema desigualdade social. Ex-colónia portuguesa, o Brasil transformou-se num império monárquico independente, cujas enormes ambições desencadearam mais tarde um impulso de modernização para construir uma economia global imbuída de noções positivistas de progresso tecnológico, apesar das infra-estruturas sociais precárias e do empobrecimento massivo da população.

Embora não seja uma exposição que examine a história ou a produção artística brasileira, O Desacordo parte das contradições inerentes a este país – e a qualquer outro país ex-colonizado – para explorar o cultural e exacerbar os conflitos políticos que moldam indiscriminadamente a contemporaneidade. manifestações políticas, artísticas ou não.

Bernardo José de Souza