Cícero Dias: Décadas de 1920 – 1960

20/ago

A Galeria Simões de Assis, Curitiba, Paraná, apresenta uma seleta de obras de Cícero Dias abrangendo as décadas de 1920 a 1960.

 

Cícero Dias

 

Uma Trajetória Pautada na Liberdade

 

Cícero Dias, um ícone da arte moderna brasileira, nasceu em Pernambuco em 1907 e viveu o século XX em sua plenitude. Falecido em 2003, seu corpo mortal repousa em Paris, no lendário cemitério de Montparnasse, junto às glórias da França, mas, sua obra imortal paira, eternizada, além do oceano, sobre a grandeza do Brasil.

 

Cícero Dias é protagonista de uma das mais ricas e extensas trajetórias da história da nossa arte, pontuada pelo pioneirismo e idéias vanguardistas.

 

Revelado na antológica exposição de suas aquarelas em 1928, no Rio de Janeiro, Cícero Dias foi de imediato acolhido pelos modernistas e aclamado como o novo valor da arte brasileira. Aproximou-se dos pintores Ismael Nery, Tarsila do Amaral, Lasar Segall e Di Cavalcanti, pilares da Semana de Arte Moderna de 1922, além dos poetas e escritores Graça Aranha, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Murilo Mendes, Manuel Bandeira e Gilberto Freyre.

 

Em 1937 Cícero Dias partiu para viver em Paris incentivado por Di Cavalcanti que lá estava, deixando para trás uma legião de modernistas, mas não tardou a se envolver com a vanguarda francesa, ligando-se a expoentes da pintura e da literatura, entre eles Picasso e Paul Élouard. No pós-guerra integrado à École de Paris, ao Groupe Espace e ao elenco da recém criada Galerie Denise Renée, inscreveu-se na história da arte moderna mundial.

 

Precursor, Cícero Dias é autor dos primeiros murais de arte abstrata da América Latina, realizados no Recife em 1948. Produziu grande parte da sua obra na Europa nas seis décadas em que lá viveu, sem jamais abdicar dos valores mais profundos da nossa cultura.

 

A trajetória de Cícero Dias foi pautada na liberdade, tanto na expressão de sua arte quanto na conduta de sua vida. Alguns episódios de sua história pessoal confundem-se com acontecimentos políticos da maior relevância no século XX, como as suas relações conflituosas com a ditadura Vargas no Brasil e sua participação na resistência ao nazi-fascismo na Europa.

 

A obra de Cícero Dias, uma das mais intrigantes e inexplicáveis da arte brasileira, tem sido cada vez mais objeto de estudos em simpósios e teses em universidades brasileiras e do exterior. Tanto o período de sua fase modernista quanto o período abstrato da época de sua participação na École de Paris já foram objetos de amplos estudos acadêmicos e teóricos, que lhes rendeu incontestável reconhecimento no âmbito nacional e internacional.
Waldir Simões de Assis Filho

 

 

 

Até 29 de outubro.

A Caixa Preta na FIC

15/ago

Entre os dias 18 de agosto a 14 de outubro, a Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, apresenta a exposição “Caixa Preta”. Com curadoria de Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Verônica Stigger, a coletiva traz obras de 40 artistas – entre fotógrafos, poetas, arquitetos, cineastas e artistas visuais – como Augusto de Campos, Júlio Plaza, Carlos Fajardo, Eliseu Visconti, Chelpa Ferro, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Mauro Restiffe, Nuno Ramos, Oscar Niemayer e Waltercio Caldas. Usando como metáfora a caixa-preta dos aviões – que registram importantes informações que antecedem um momento crítico, ao mesmo tempo em que guardam outras informações banais -, a exposição reflete sobre a relação entre arte e mundo, entre algumas obras de arte e o atual momento político do país e do mundo, mas também entre essas obras e o sistema das artes. Dessa forma, a exposição reúne “caixas-pretas” muito singulares, a serem localizadas, abertas, interpretadas e reinterpretadas. Os curadores pesquisaram e investigaram diversas coleções e acervos, públicos, privados e pessoais, na busca por elementos sem visibilidade, de interesse relativo ou simplesmente esquecidos, no intuito de aprofundar questões presentes nas muitas “caixas-pretas” com as quais convivemos, sejam elas de teor histórico, acadêmico ou artístico.

 

A exposição vai contar com uma série de atividades paralelas, como Seminário Sobre acidentes e caixas pretas do passado, do presente e do futuro, em que em que historiadores, engenheiros, filósofos e outros especialistas analisam as relações entre arte, política, ciência e história.

 

 

Artistas

 

Alfi Vivern | Augusto de Campos e Julio Plaza | Caio Fernando Abreu | Carlos Augusto Lima | Carlos Fajardo | Carlos Zilio | Chelpa Ferro | Daniel Jacoby | Dirnei Prates | Eliseu Visconti | Fabiana Faleiros | Fernando Corona | Eva e Franco Mattes | Frederico Filippi | Gabriela Greeb e Mario Ramiro | Gilberto Perin | Guilherme Peters e Roberto Winter | Iberê Camargo | Jac Leirner | Jeronimus Van Diest | Jordi Burch | José Marchand Assumpção | Kevin Simón Mancera | Letícia Lopes | Manabu Mabe | Marília Garcia | Mauro Restiffe | Nuno Ramos | Oscar Niemeyer | Pedro Motta | Pedro Victor Brandão | Rafael Borges Amaral | Regina Parra | Rodrigo Matheus | Runo Lagomarsino | Telmo Lanes e Rogério Nazari | Waltercio Caldas | Wilfredo Prieto.

 

 

Curadores: Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Veronica Stigger.

 

 

Sobre Iberê Camargo

 

Restinga Seca, 1914 – Porto Alegre, 1994 – Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte brasileira do século 20. Autor de uma extensa obra, que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras, Iberê nunca se filiou a correntes ou movimentos, mas exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual brasileiro. Dentre as diferentes facetas de sua vasta produção, o artista desenvolveu as conhecidas séries “Carretéis”, “Ciclistas” e “As Idiotas”, que marcaram sua trajetória. Grande parte de sua produção, estimada em mais de sete mil obras, compõe hoje o acervo da Fundação Iberê Camargo.

Daniel Feingold na Bahia

Com uma bagagem artística repleta de experiências, muitas delas no exterior, o pintor Daniel Feingold apresenta a partir do dia 16 de agosto, na Roberto Alban Galeria, em Ondina, sua primeira exposição individual na Bahia, “Campos de Cor como Campos de Luz”, uma pesquisa de cores, com suas formas quase sempre incertas, exibindo o uso de luz e sombra como elementos focais da arte abstrata os quais se encontram na essência de seu trabalho.

 

Suas tramas quase sempre coloridas parecem dialogar com o infinito. Suas linhas geométricas se revelam inquietantes ao olhar do espectador, sendo esta uma das características do resultado de seu processo criativo, como ele mesmo reconhece:

 

“Ao longo do tempo, através da pintura, do desenho e mais recentemente da fotografia, tenho perseguido as formas estéticas abstratas de características não representacionais. Elas se apoiam na construção bidimensional que considera o plano e suas dobraduras, a linha, os campos cromáticos, a luz e a sombra. O resultado disso são trabalhos, na maioria, de grande escala”, afirma o artista.

 

Atualmente, pela natureza do seu trabalho, Daniel Fiengold diz procurar inventar técnicas que momentaneamente atendam aos seus propósitos criativos. “Quando vivi nos Estados Unidos, criei uma maneira de aplicar tinta sobre a superfície da tela, para evitar tocá-la com pincéis, e obter um entrelaçamento de linhas na construção da superfície bidimensional. Consegui isso com tubos plásticos de ketchup que, por pressão, expeliam a tinta através de bicos longos. Mais recentemente passei a aplicar esmalte sintético em longos despejos controlados, diretamente sobre a superfície. Isso me deu um outro tipo de resultado com a formação de bandas cromáticas engradadas”, revela.

 

Para a exposição da Roberto Alban Galeria, Tiago Mesquita, mestre em Filosofia, curador e crítico de arte, escreveu o texto de apresentação. Daniel Feingold expõe 15 telas em dimensões variadas, 11 papéis e 6 fotografias. A maioria dos trabalhos é de sua produção mais recente, pautada por uma geometria organizada, mas que tem uma fluidez propositalmente temperada pelo acaso, pelo inesperado. A junção desses dois parâmetros – o previsível e o programado – é um dos fatores que encantam na sua arte, conquistando o público e a crítica.

 

 

Sobre o artista

 

Artista do mundo, Daniel Fiengold tem obras em diversas coleções do Brasil e exterior. Seus trabalhos já passaram por vários museus, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o Museu do Vale e pela respeitada Galeria Neuhoff, em Nova Iorque. Por diversas vezes, teve obras adquiridas pela Coleção Gilberto Chateaubriand. Também integrou a coletiva “Escape From New York”, com curadoria de Mat Deleget, realizada em Sidney e Melbourne, Austrália, e em Wellington, Nova Zelândia. Artista carioca, Daniel Feingold é arquiteto de formação, com mais de 30 anos de trajetória na arte contemporânea. Frequentou, no início da década de 1980, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. Como pintor, seus primeiros trabalhos aconteceram em 1989. Em 1990, conquistou o primeiro lugar no Salão Nacional de Artes Visuais/RJ. Com bolsa do governo brasileiro, mudou-se para os Estados Unidos, para fazer Mestrado no Pratt Institute, em Nova Iorque, dedicando-se à pintura, trabalhos em papel e pesquisas em fotografia, expondo em diferentes partes do mundo. Seu trabalho continuou sendo exibido no Brasil, criando uma produção em trânsito e estabelecendo conexão entre Brasil e Estados Unidos.

 

Ao voltar ao País, cerca de 10 anos depois, o artista iniciou nova e produtiva etapa, composta de pinturas de grandes formatos, agora mais influenciado pelas experiências vividas em Nova Iorque. Altamente vibrante, transbordando de cores e fortes traçados, o trabalho de Feingold destacou-se, então, pela sua originalidade e técnica precisa, mergulhando no mundo abstrato, mas sem estar preso aos caminhos percorridos nesta área por gerações artísticas anteriores. Com suas séries fotográficas abstratas, trabalhou na Europa e Estados Unidos.

 

 

De 17 de agosto a 06 de outubro de 2018.

Nelson Leirner em Curitiba

10/ago

Papel Carbono

A SIM galeria, Curitiba, PR, programou de 18 de agosto até 29 de setembro, a exposição “Papel Carbono”, individual de Nelson Leirner.

Façam suas apostas (rápido comentário sobre a obra de Nelson Leirner)

 

(Sobre o Xadrez)

Jogo chinês que aumenta a capacidade de jogar xadrez.

Millôr Fernandes

 

Nelson Leirner intitulou a peça Xeque-mate Touro Mondrian e Duchamp: um tabuleiro em cujo centro há uma vaca – o touro corre por conta de uma licença poética do artista. Em arte os caminhos reais são os desvios, feitos sem pedir licença – em miniatura, dessas com as quais as crianças de antigamente brincavam, muito antes dos joguinhos eletrônicos que desde a infância vão as aprisionando aos celulares e IPads. É verdade que grande parte da aparência natural foi banida dessa vaca; está em vias de se partir a linha que a conecta com o mundo rural. Nada a estranhar, pois, reforçando a ideia de um poema de Drummond sobre sua Minas, a natureza não existe mais, foi sendo reduzida a objetos lúdicos e decorativos como essa vaca, como os papéis de parede com paisagens estampadas, as flores de plásticos hiper-reais que vêm da China, o aroma enjoativo dos desodorantes de táxi e banheiros, com suas falsas promessas de transportes para bosques e campos verdejantes, para a melancolia das atmosferas bucólicas.

 

Voltando à vaca, é fácil ver por que ela é definitivamente atípica: traz no seu corpo, revestindo-o, uma composição derivada de uma pintura do holandês Piet Mondrian; sobre seu dorso, enterrado nele, uma roda de bicicleta, a obra que consagrou Marcel Duchamp. Duas obras de arte produzidas por dois artistas que no princípio do século passado desferiram golpes impiedosos sobre o que era definido como arte. Mondrian, porque apostou todas as fichas na abstração, na ruptura da noção de que a arte deveria representar o visível. Aliás, foi seu colega Theo van Doesburg quem, seguindo-o de perto, esquematizou uma vaca, justamente ela, numa pintura composta por quadriláteros vermelhos, azuis, amarelos, brancos e pretos. Seu propósito era demonstrar a inutilidade, o erro da pintura figurativa. Duchamp, porque introduziu no circunspecto e reverenciado mundo da arte, objetos do cotidiano, coisas vulgares, espúrias que o público refinado tratava como lixo. Contrariou as normas, os critérios que ditavam o que era e o que não era arte.

 

Nesse xeque-mate temos a vaca atropelada pela arte, a natureza atropelada pela cultura. Esse é o jogo, porque tudo é jogo. A miniatura da vaca não é a vaca, ainda que tenha a ver com ela. A pele mondrianesca não é uma pintura de Mondrian, ainda que tenha a ver com ela. O mesmo pode ser dito sobre a roda de bicicleta, que é e não é a obra de Duchamp. Tudo aqui é signo, da ordem das representações, cifras, códigos, estruturas e lógicas convencionadas. Que esse trespassamento de signos dê-se justamente num tabuleiro de xadrez é sintomático: com suas torres, cavalos, bispos, peões, rei e rainha, o xadrez é um jogo em estado puro, o resultado de regras rigidamente estabelecidas acerca do quanto vale cada uma delas, como se movimentam. Somem-se as aberturas e defesas possíveis, o lucro contido num gambito, as estratégias que se multiplicam ao infinito em batalhas demoradas, capazes de esgotar até o mais experimentado Grande Mestre. Para jogá-lo, basta aceitar suas regras, reconhecê-las e utilizá-las.

 

Desde o principio de sua trajetória, em princípios dos anos 1960, Nelson Leirner tem como substrato de seu trabalho a ideia de que o homem é um bicho que joga. Não que os outros não joguem, apenas não jogam pelo jogo, mas para atrair os outros, seja para acasalar-se ou devorá-los. Engendram armadilhas, inventam tocaias. Alguns são ardilosos; outros, ágeis; outros mais, grosseiros e cruéis. Mas o homem leva essa capacidade a extremos impensáveis, a começar porque joga pelo simples gosto de jogar. Como as bolsas de valores, que especulam indiferentes à realidade dos países, às pessoas reduzidas a estatísticas.

 

Quem sobe e quem desce no âmbito da arte? Como se constrói e como se mede a reputação um artista? Como uma obra pode ser inflacionada? Como fazer para que ela simplesmente não seja vista? Questões como essa, logo se vê, não pertencem apenas ao mundo da arte, mas ao mundo como um todo. Desde o princípio, Nelson Leirner desvendou esse princípio, acusou-o com sarcasmo e doses de iconoclastia calculadamente violentas. Afinal, quer equívoco maior, pior ainda, quer má fé maior do que a dos que apregoam que a arte está acima deste mundo? Cumpre denunciar mais essa armação.

 

O denominador comum do conjunto da obra de Nelson Leirner é confrontar o mundo da arte com xeques-mates sucessivos, fazer com que o sistema não tenha saída, que não prossiga em seu jogo de iludir. Nesse sentido, essa exposição é um exemplo magistral do colapso entre jogos, entre regras distintas de jogos distintos que subitamente entram em colisão. Mona Lisa, a obra-prima de Da Vinci, cai do seu púlpito para ser violada, malbaratada pelas regras do entretenimento, para se converter em um elemento decorativo, tão banal quanto os stickersque o artista aplica sobre ela. Isso também se dá com a Última ceia, que, como a Mona Lisa, é também alvo de uma exposição exclusivamente composta por trabalhos que, por intermédio de um humor cáustico, reduziam a pó toda a venerabilidade construída ao longo dos séculos. As meninas, de Velázquez, sofre o ataque impiedoso de ratos, aranhas e morcegos; o antológico piquenique de Manet, seu Banquete na relva, é, muito a propósito, atacado por formigas; a lógica cerrada de Mondrian se converte num jogo de resta um; a linha decorativa de Warhol vira almofada. Nada escapa a Nelson Leirner. Na qualidade de Grande Mestre, de Grande Crupiê, ele, do lado de lá do balcão, ordena ao público que faça suas apostas, pois, para aperfeiçoar a performanceno jogo, basta começar a jogar.

 

Agnaldo Farias

Arte Pop no RS

16/jul

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, RS, apresenta a exposição “Influências da Arte Pop em acervos de Porto Alegre”. A mostra, com curadoria de Carolina Grippa e Caroline Hädrich, encontra-se em cartaz nas galerias João Fahrion, Pedro Weingärtner e Angelo Guido.do MARGS.

 

“Influências da arte Pop em acervos de Porto Alegre” surge como uma indagação sobre o impacto da Pop no Brasil, movimento conhecido, cujo destaque sempre é dado à artistas americanos e ingleses. Em 2015, a Tate Modern de Londres realizou uma grande exposição intitulada THE EY: The World goes Pop, na qual a curadoria selecionou obras do mundo todo, demonstrando o quanto o espírito Popse espalhou influenciando uma diversidade de artistas. Seguindo essa ideia, a exposição montada no MARGS traz exemplos de artistas brasileiros e estrangeiros que possuem obras influenciadas pela arte Pop, no que diz respeito aos temas, suportes, cores e planaridade em sua construção, e que fazem parte das coleções de três acervos públicos de Porto Alegre: MARGS, Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do Instituto de Artes da UFRGS e Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura Municipal.

 

Há duas gerações de artistas na mostra: a primeira, formada por Glauco Rodrigues, Henrique Fuhro, Romanita Disconzi e Jesus Escobar, destacam-se por ter produzido entre os anos 1960/70, época na qual a arte Popestava em pleno desenvolvimento nos seus países de origem. A segunda, com obras concebidas na década de 1980, apresentam características da Pop, porém amalgamadas com outras questões da época. Deste recorte, temos obras de Vera Chaves Barcellos, Liana Timm, Alfredo Nicolaiewsky, Milton Kurtz, Mário Röhnelt, Luiz Barth, Patrício Farias entre outros.

 

Com a exposição, a curadoria demonstra a propagação do movimento Pop e de como ele foi absorvido e desenvolvido por alguns artistas locais. Conseguimos perceber como eles trazem para as obras aspectos tanto pessoais, como a influência de ícones de mídia mundiais, quanto sociais e políticos especificamente agitados da América Latina na época. A questão do suporte e técnicas são também de grande importância para a temática da exposição; construída principalmente com gravuras e serigrafias, métodos que permitem a reprodução das obras com facilidade, o que representa também uma das mais marcantes características da arte Pop, que é justamente a repetição e a reflexão sobre a exclusividade das obras de arte em uma época de expansão da chamada mass media.

 

 

Artistas participantes:

 

Alfredo Nicolaiewsky, Glauco Rodrigues, Henrique Fuhro, Jesus Escobar, Liana Timm, Luiz Barth, Mário Röhnelt, Milton Kurtz, Romanita Disconzi, Vera Chaves Barcellos.

 

 

Sobre as curadoras

 

Carolina Grippa é formada em Moda pela Universidade Feevale, e bacharela em História da Arte, UFRGS. Realizou estágios em diversos museus da cidade, incluindo: Fundação Iberê Camargo, Pinacoteca Rubem Berta, MARGS e em 2018, trabalhou como assistente de produção na 11° Bienal do Mercosul.

 

Caroline Hädrich é arquiteta e urbanista formada pela UFRGS, e bacharela em História da Arte, UFRGS. Vive e trabalha em Porto Alegre como arquiteta, pesquisadora e curadora independente.

 

 

Até 26 de agosto.  

Em torno de Pierre Verger

13/jul

Este é o ano que a Fundação Pierre Verger comemora 30 anos, e a Paulo Darzé Galeria 35 anos de atividades. Agora, em parceria, ambas apresentam no dia 17 de julho, terça-feira, das 19 às 22 horas e até 18 de agosto, a exposição “Entre Bahia e África”, com mostra de 55 fotos, e o lançamento de uma nova edição do livro Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo, obras de Pierre Verger. A mostra “Entre Bahia e África”, após ser apresentada ao público baiano, em sua essência, seguirá para exposição no Museu da Fotografia em Fortaleza, Ceará; em Curitiba, no

 

Museu Oscar Niemeyer; São Paulo, Rio de Janeiro e em Porto Alegre, com trabalhos que desvendam que o que havia de grandioso e profícuo, na diversidade de suas temáticas, não fosse ter Verger construído uma vasta documentação visual em muitos países e em todos os continentes.

 

A nova edição de “Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo”, de Pierre Verger retrata no livro os cultos aos deuses Iorubás nos países de origem, como Nigéria, ex-Daomé – atual Benin, e Togo e no Novo Mundo (Brasil e Antilhas), para onde os rituais foram trazidos quando da diáspora negra, durante o tráfico de escravos. A publicação traz 250 fotos e textos destacando as cerimônias, as características de cada orixá, além do descritivo dos arquétipos da personalidade dos devotos dos respectivos orixás. Esta nova edição traz um prefácio assinado por Mãe Stella de Oxóssi, do Axé Opô Afonjá, que entre outros momentos do texto, com parte em português e parte em ioruba, diz: “Oportunidade única de louvar todos que se sacrificam em ter uma vida longeva, a fim de contribuir para o aprimoramento do conhecimento e do processo civilizatório, como é o caso de Pierre Verger, que só deixou o corpo físico aos 93 anos, após entregar à humanidade um legado de valor incalculável composto por suas fotografias, seus livros e suas pesquisas. Mas como dizem: os homens vão e as obras que importam ficam”.

 

 

30 anos da Fundação Pierre Verger

 

Constituida por um acervo visual, mais os originais de estudos, pesquisas, livros, sobre vários povos e regiões dos cinco continentes, registrando uma época, um momento, formando uma memória sobre expressões e manifestações culturais em diferentes partes do mundo, a obra deixada pelo fotógrafo e antropólogo Pierre Verger reunida na Fundação que leva o seu nome abriga também um espaço cultural com atividades artísticas, esportivas, educacionais, em estreita ligação com a comunidade onde está inserida, e uma biblioteca com publicações, sendo um local de informações e pesquisas. Inaugurada em 1988, como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, e sediada na Bahia, em Salvador, na 2ª Travessa da Ladeira da Vila América nº 9, Vasco da Gama, a Fundação tem entre seus objetivos preservar, divulgar e pesquisar a obra do seu instituidor, o fotógrafo e antropólogo Pierre Verger, e deste acervo o estudo das influências

recíprocas entre Brasil e África, cooperação interdisciplinar entre diversas áreas como artes, antropologia, botânica, música, história, atuando como uma organização cultural promovendo o intercâmbio com outros arquivos, fundações, universidades, e promover em especial a cultura afro-brasileira.

 

 

35 anos da Paulo Darzé Galeria

 

Comemorando em 2018, trinta e cinco anos de atividades, e realizado cerca de duzentas mostras neste período, a Paulo Darzé Galeria apresentou o que está sendo produzido nas artes visuais, tornando sua sede um espaço especialmente dedicado para a arte contemporânea, sem perder de vista a moderna. Uma das principais motivações para isto é que não poderia ser um local dedicado às artes e a cultura sem que este estivesse fincado em nosso tempo, um tempo de diversidade, pluralidade, aberto a todas as manifestações, pois a movimentação criadora está sendo realizado em suas ações num simultâneo, dentro de uma enorme complexidade, multiplicidade, dinamismo, o que obriga a estar em permanente atenção sobre tudo, diante de uma produção artística mais consistente, um mercado mais profissional, uma crítica com atuação mais decisiva, e um público mais receptivo, principalmente por passarmos a ter colecionadores mais preocupados em adquirir trabalhos de qualidade expressiva, de linguagens atuais, que representem este nosso tempo de agora. Dentro das comemorações dos 35 anos de atividade, a Paulo Darzé Galeria promove uma extensa programação, iniciada em janeiro com o lançamento do livro Via e-mail, encontro com artistas brasileiros, de Claudius Portugal, tendo em seguida as exposições Cruz Credo, de Antonio Dias, e em São Paulo, na SpArte, a mostra Uma poética visual brasileira, de Rubem Valentim, e em parceria com a galeria Almeida e Dale, curadoria de Denise Mattar e Thais Darzé, trabalhos de Mestre Didi sob o títuloMo Ki Gbogbo In – Eu saúdo a todos, reunindo 48 esculturas do artista, obra que evoca objetos sagrados do culto do Candomblé. Em maio apresentou a mostra 16 por 4, com obra dos artistas Jac Leirner, Ricardo Bezerra, Marcelo Cippis e Paulo Monteiro. Em junho, fotografias de Miguel Rio Branco. Em julho temos a exposição Entre Bahia e África com 55 fotos de Pierre Verger. Em agosto, comemorando os 80 anos de vida da artista, mostra pinturas e objetos de Maria Adair. Em setembro, Hildebrando Costa. Em outubro, Florival Oliveira. E em dezembro, permanecendo até janeiro de 2019, coletiva com novos nomes da arte baiana, recentemente integrados a galeria – Anderson Santos, Anderson A.C,  Fábio Magalhães, e Vinicius S/A.

 

 

Pierre Verger – Trajetória

 

Pierre Verger nasceu em Paris, França, no dia 4 de novembro de 1902. Em 11 de fevereiro de 1996 faleceu em Salvador, Bahia. Aos 30 anos inicia na fotografia e nas viagens. Com o falecimento de sua mãe, sua última parenta viva, Verger decidiu se tornar naturalmente um viajante solitário e levar uma vida livre e não conformista. De dezembro de 1932 até agosto de 1946, foram quase 14 anos consecutivos de viagens ao redor do mundo, sobrevivendo exclusivamente da fotografia. Negociava suas fotos com jornais, agências e centros de pesquisa. Fotografou para empresas e até trocou seus serviços por transporte. Paris, então, tornou-se uma base, um lugar onde revia amigos e fazia contatos para novas viagens. As coisas começaram a mudar no dia em que Verger desembarcou na Bahia. Em 1946, enquanto a Europa vivia o pós-guerra. Foi logo seduzido pela hospitalidade e riqueza cultural que encontrou na cidade e acabou ficando.

 

Como fazia em todos os lugares onde esteve, preferia a companhia do povo e dos lugares mais simples. Os negros, em imensa maioria na cidade, monopolizavam a sua atenção. Além de personagens das suas fotos, tornaram-se seus amigos, cujas vidas e história buscou conhecer com detalhes. Ao descobrir o candomblé acreditou ter encontrado a fonte da vitalidade do povo baiano e se tornou um estudioso do culto aos orixás. Esse interesse pela religiosidade de origem africana lhe rendeu uma bolsa para estudar rituais na África, para onde partiu em 1948.

 

Foi na África que Verger viveu o seu renascimento, recebendo o nome de Fatumbi, “nascido de novo graças ao Ifá”, em 1953. A intimidade com a religião, que tinha começado na Bahia, facilitou o seu contato com sacerdotes e autoridades e ele acabou sendo iniciado como babalaô – um adivinho através do jogo do Ifá, com acesso às tradições orais dos Iorubás. Além da iniciação religiosa, Verger começou nessa mesma época um novo ofício, o de pesquisador. O Instituto Francês da África Negra (IFAN) não se contentou com os dois mil negativos apresentados como resultado da sua pesquisa fotográfica e solicitou que ele escrevesse sobre o que tinha visto.  Começa a escrever artigos junto com as fotos devido ao seu interesse pela cultura afro-baiana e a origem desta nos países africanos do Golfo do Benim. Acabou se encantando com o universo da escrita como fruto de suas pesquisas e não parou nunca mais.

Apesar de ter se fixado na Bahia, Verger nunca perdeu seu espírito nômade. A história, os costumes e, principalmente, a religião praticada pelos povos Iorubás e seus descendentes, na África Ocidental e na Bahia, passaram a ser os temas centrais de suas pesquisas e sua obra. Passa a viver como um mensageiro entre esses dois lugares: transportando informações, mensagens, objetos e presentes. Como colaborador e pesquisador visitante de várias universidades, conseguiu ir transformando suas pesquisas em artigos, comunicações e livros. Em 1960, comprou a casa da Vila América. No final dos anos 70, ele parou de fotografar e fez suas últimas viagens de pesquisa à África. Em seus últimos anos de vida, a grande preocupação de Verger passou a ser o de disponibilizar o seu estudo e pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Na década de 1980, a Editora Corrupio cuidou das primeiras publicações no Brasil. Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV), da qual era doador, mantenedor e presidente, assumindo assim a transformação da sua própria casa na sede da Fundação e num centro de pesquisa com a tarefa de prosseguir com o seu trabalho.

Performance inédita

28/jun

Francisco Dalcol é o curador de “∆ORIST∆” e Andressa Cantergiani a convidada da Galeria Ecarta, Porto Alegre, RS. A exposição destaca a produção da artista gaúcha no campo da performance. Fundadora e gestora da galeria Península e da Bronze Residência, ambas em Porto Alegre, Andressa Cantergiani tem realizado projetos individuais e em programas de residência, resultando em ações performáticas tanto em espaços públicos quanto institucionais de cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Berlim e Lisboa.

 

Para apresentar um olhar curatorial sobre essa produção artística que se dá ao vivo diante do público, deixando posteriormente apenas registros como imagens e outros rastros, o curador Francisco Dalcol toma a noção de “aoristo” como mote conceitual.

 

“Trata-se de um tempo verbal remoto, existente em línguas como o grego e o sânscrito, que se refere a um passado indefinido e indeterminado. Ao emprestar o sentido de uma ação ou um acontecimento sem que se defina seu tempo de ocorrência ou duração, a expressão é mobilizada pela curadoria como estratégia de abordagem para revisitar performances que serão apresentadas na exposição por meio de fotografias, vídeos e objetos, com interesse na performatividade própria ao devir desses vestígios”, comenta o curador.

 

Integram o projeto expositivo novas ações e trabalhos que a artista desenvolverá no contexto da mostra na Galeria Ecarta, com destaque para “Combate”, uma performance no Museu do Exército de Porto Alegre, em que Andressa Cantergiani passará vivendo por 7 dias entre os tanques de guerra, carros de combate e objetos bélicos.

 

 

De 28 de junho a 29 de julho.

FIC: Rosângela Rennó e Nervo Óptico

Seminário Ponto de Fuga: Rosângela Rennó na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, a artista mineira é a convidada do último Seminário Ponto de Fuga. O fim de semana traz, ainda, oficina para crianças e Cine Iberê com lançamento de documentário sobre o grupo Nervo Óptico.

 

 

Inscrições online

 

No sábado, 30, às 16h, acontece o último encontro do Seminário Ponto de Fuga, com a artista visual mineira Rosângela Rennó. A artista vai apresentar destaques de sua trajetória e, em especial, seu último trabalho: “Rio Utópico”. Apresentado em 2018 no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, “Rio Utópico” faz um mapeamento fotográfico espontâneo de comunidades do Rio de Janeiro cujos nomes sugerem uma situação utópica. Para a obra, Rosângela trabalhou com jovens moradores dessas comunidades, que foram orientados a fotografar e pesquisar o local onde vivem. A exposição mostra como as pessoas representam seus próprios lugares, como se mobilizam em torno da produção de imagens e como a paisagem do Rio de Janeiro é muito mais diversa do que estamos acostumados a ver.

 

 

Sobre a artista

 

Rosângela Rennó é artista visual e seu trabalho explora fotografias, instalações e objetos por meio da utilização de imagens fotográficas de arquivos públicos e privados, abordando questões acerca da natureza da imagem, seu valor simbólico e seu processo de despersonalização. Realizou diversas exposições individuais, entre elas, na Fundação Gulbenkian, Lisboa/Portugal, Fotomuseum, em Winterthur, e Photographer’s Gallery, em Londres. Seus trabalhos estão em alguns dos principais museus de arte do mundo, como o Reina Sofia, em Madri, Tate Modern, em Londres, Arts Institute of Chicago, Guggenheim, em Nova York, e  Stedelijk, Amsterdan. É formada em Arquitetura pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte (1986) e em artes plásticas pela Escola Guignard, Belo Horizonte (1987). É Doutora em artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo (1997).

 

 

30 de junho de 2018, sábado, 16h.

Recorte contemporâneo

26/jun

A exposição que está em cartaz no Grande Hall do Santander Cultural, Porto Alegre, RS, denominada “RSXXI – o Rio Grande do Sul Experimental”, recebeu a assinatura de Paulo Herkenhoff na curadoria.

 

A exibição reúne 80 obras de 12 destacados artistas da nova cena contemporânea gaúcha.
Esta exposição, que parte de uma sigla de fácil memória e que provoca curiosidade, “RSXXI”, se propõe a articular a força do processo de criação contemporâneo de artistas locais. Ainda que sem a pretensão de um levantamento completo, a iniciativa se firma como um foro de reconhecimento com um relevante recorte: André Severo, Cristiano Lenhardt, Daniel Escobar, Laura Cattani e Munir Klamt (Ío), Isabel Ramil, Ismael Monticelli, Leandro Machado, Marina Camargo, Michel Zózimo, Rafael Pagatini, Romy Pocztaruk e Xadalu apresentam fotografias, livros, instalações, vídeos, objetos, esculturas, serigrafias e documentos.

 

 

Até 29 de julho.

Tony Camargo no MON

19/jun

O Museu Oscar Niemayer, MON, Curitiba, PR, apresenta na Sala 2, exposição panorâmica de Tony Camargo. “Seleta Crômica e Objetos”, contempla 20 anos de produção do artista reunindo pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e objetos. “Seleta Crômica e Objetos” é acompanhada de catálogo com textos inéditos de Arthur do Carmo e Paulo Herkenhoff.

 

A produção de Tony Camargo sintetiza importantes questões poéticas da arte brasileira produzida a partir dos anos 2000. Conjugando o rigor visual da tradição construtiva com ações performáticas e o humor do gosto popular, o artista trabalha o confronto de sistemas poéticos aparentemente opostos, explorando os limites do espaço e da linguagem pictórica.

 

A cor é o elemento fundamental que alinha uma produção diversa e questiona, entre outros temas, as articulações entre a linguagem controlada das imagens comerciais e a irracionalidade do sujeito no caos mundano. Para o artista, suas fotos e vídeos pertencem a uma atmosfera poética que surge do embate entre o rigor plástico de suas pinturas geométricas de origem construtiva e o caos criativo de suas performances personalistas, diretamente conectadas à imprevisibilidade da vida. O resultado é uma profunda investigação sobre a espacialidade do mundo real.

 

A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, destaca a singularidade da produção que compõe a mostra. “Manipulando formas e cores, Tony Camargo cria uma estética própria, reconhecível nas diferentes linguagens que explora. O Museu Oscar Niemeyer abriga em seu acervo grandes nomes da arte paranaense, e recebe com satisfação o trabalho deste artista contemporâneo do Paraná”.

 

A exposição “Seleta Crômica e Objetos” integra o projeto “Pintura Esférica”, realizado com o apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e com incentivo do Banco do Brasil.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em 1979 no município de Paula Freitas, no Paraná, Tony Camargo concluiu o curso de Artes Visuais na Universidade Federal do Paraná em 2001. Ao longo de 20 anos tem produzido uma obra complexa e diversa, contemplando pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e objetos. Participou de mostras coletivas como a X Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2015); PR/BR, no Museu Oscar Niemeyer (Curitiba, 2012); e Nova Arte Nova, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo, 2008 e 2009). Entre suas exposições individuais, destacam-se Novas Planopinturas, na Galeria SIM (Curitiba, 2016); Fotomódulos e Desenhos, na Galeria Casa Triângulo (São Paulo, 2010); e Fotomódulos, no Paço das Artes (São Paulo, 2008). Recebeu o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea (2012), o Prêmio Rumos Itaú Cultural (2006) e foi nominado para o Prêmio Pipa (2010, 2011 e 2017). Tem peças em coleções como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu Oscar Niemeyer e Museu de Arte do Rio.

 

 

Até 1º de julho.