Pinturas e objetos na SIM

06/maio

A SIM Galeria, Curitiba, Paraná, apresenta a exposição “Chafariz” em que o artista plástico Paolo Ridolfi apresenta seus mais recentes trabalhos de pintura e objetos.

 

O trabalho pictórico de Paolo Ridolfi, em janelas ora mais, ora menos figurativas, promove com a exposição “Chafariz”, sobretudo, uma série de encontros fortuitos entre cores incisivas, linhas vigorosas e superfícies diversas. Conservando o que é informal e comunitário, próprios do espaço que ocupa o chafariz, o título da exposição articula a integração em suas obras entre marcas de memórias individuais do artista – como traços de um rabiscar aprendidos na infância – e coletivas – como os índices tipográficos de cartazes urbanos que o cercam.

 

Paolo revela em “Chafariz” um momento de abertura em sua criação para a intervenção do acidental e do acaso revelados tanto na alteridade do seu inconsciente como na cidade ao redor. O movimento que primordialmente ordena e coordena toda a produção aqui cede lugar a graciosas surpresas que escorrem sobre suas telas, cobrem os tridimensionais rígidos, que espontaneamente evocam elementos recorrentes ao mesmo tempo em que convidam a presença de formas inéditas.

 

A data de abertura da exposição marca também o lançamento do livro intitulado “Paolo Ridolfi” com organização da SIM Galeria e curadoria de Agnaldo Farias, assim fazendo da exposição “Chafariz” um marco de dupla importância na trajetória de Paolo Ridolfi e na trajetória da Arte Contemporânea no Brasil.

 

De 12 de maio a 18 de junho.

Acontece no Paraná

12/abr

Encontra-se em cartaz no Museu de Arte Contemporânea do Paraná  -MAC-PR-, a mostra “A cor no espaço, o espaço na cor”, com obras de 62 artistas, e “Alumbramento”, do artista Luis Lopes, com cerca de 20 pinturas.

 

Com curadoria de Ronald Simon, a exposição “A cor no espaço, o espaço na cor” tem origem em um segmento de obras do acervo na qual a cor e o espaço conduzem a organização das obras, sua composição, sem levar em conta a dicotomia figuração/abstração. Mesmo não se atendo à história da arte contemporânea, a exposição registra passagens importantes de alguns movimentos da arte como a pop-art brasileira, o abstracionismo geométrico, o expressionismo abstrato, etc. Entre os artistas em exposição estão: Alfredo Volpi, Amilcar de Castro, Andréia Las, Bia Wouk, Cristina Mendes, Domicio Pedroso, Fernando Bini, Fernando Burjato, Fernando Velloso, Guilmar Silva, Helena Wong, Henrique Leo Fuhro, Leila Pugnaloni, Luiz Áquila, Marcus André, Mário Rubinski, Pietrina Checcacci, Samico, Sérgio Rabinovitz, Uiara Bartira, Werner Jehring.

 

A mostra apresenta ainda uma sala especial com pinturas de Osmar Chromiec – importante artista para a história da arte paranaense – e uma série de esboços e estudos de obras, recentemente doados ao museu.

 

Na exposição “Alumbramento”, Luis Lopes abre mão do figurativismo e faz da luz corpo e espírito. Pinta a memória e para isso se vale da sombra para prestigiar a luz. Sua pintura se apresenta de imediato, mas não se entrega por inteiro à primeira vista em sua narrativa poética. Há uma dança de cores a ser desvendada.

 

 

Até 12 de junho.

Mostra em Joinville

28/mar

O Museu de Arte de Joinville, SC, apresenta a exposição individual “Cosmos”, do artista visual Carlos Wladimirsky. A mostra é constituída de quinze desenhos de pequenas dimensões aproximadas de 28 x 38 cm, em técnica mista sobre papel de algodão. Os desenhos, produzidos em 2015, são resultado de dezenas de diluições de pigmentos e gestos gráficos, com o uso de técnicas do desenho com aquarela, giz, pastel seco e guache, gerando uma veladura. Esta superposição de aguadas criam imagens que remetem a um mundo sideral e cósmico com formas abstratas em contínua transformação.

 

Serão apresentados também ao público, quatro vídeos que abordam os processos de criação do artista, seu ateliê e a performance “Cosmos, Parada 547”; realizada na Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, RS, em 2014. A performance tem roteiro e direção de Carlos Wladimirsky. O artista estará presente na abertura da exposição e conversará com o público.

 

Sobre o artista

 

Carlos Wladimirsky nasceu em 1956, em Porto Alegre, RS, vive e trabalha na mesma cidade. Foi integrante do “Espaço NO” de 1979 a 1982, grupo pioneiro e de relevante importância para as artes visuais e a contemporaneidade gaúcha. Dedicou-se inicialmente ao teatro, ao cinema experimental e às performances e, nos anos 80, ao desenho e à pintura. Em 1990 fez viagem de residência artística a Portugal e entrou em contato com a pintura de Maria Helena Vieira da Silva e com a joalheria de René Lalique, iniciando trabalhos com joias em prata, e pedras brutas semipreciosas. Wladimirsky iniciou em 2002, sua pesquisa com cerâmica, produzindo pratos, bowls e máscaras esmaltadas que têm configurações enraizadas em suas investigações com o desenho. Em cerca de 40 anos de carreira realizou diversas exposições entre as quais “Desenhos” no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, 1981; “Artistas Gaúchos Contemporâneos”, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP, 1981; “OS NOVOS”, Espaço Cultural Yázigi”, curadoria de Renato Rosa, 1983; “Panorama da Arte Atual Brasileira”, MAM, SP, 1984; Projeto Macunaíma, FUNARTE, RJ, 1985; “Velha Mania – o Desenho Brasileiro”, EAV- Parque Lage, RJ, 1985; Trienal de Desenho de Nuremberg – Alemanha, 1985; “Desenho Contemporâneo Brasileiro”, INAP, Funarte, RJ, 1988. Lançou em 2009 livro sobre sua obra organizado por Mário Röhnelt.

 

Até 1º de maio.

No Museu Correios, Brasília

17/mar

Até dia 03 de abril, o público pode conferir a exposição “Elifas Andreato, 50 Anos” no Museu Correios Brasília, Setor Comercial Sul

 

Quadra 04, Bloco A, 256, Brasília, DF. A mostra comemora meio século de carreira do artista paranaense e traz obras que marcaram a fase áurea da música popular brasileira, a luta contra a ditadura e o teatro brasileiro.

 

Os visitantes têm oportunidade de conferir capas e cartazes feitos para os principais nomes da MPB, como Paulinho da Viola, Elis Regina, Martinho da Vila, Tom Zé, Chico Buarque, Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes, entre outros. Um dos destaques é a releitura da histórica capa do disco ‘Ópera do Malandro’, de Chico Buarque – uma das mais caras produções de arte para a indústria fonográfica.

 

O universo infantil está representado através da reprodução em grande escala da arca e dos bichinhos que compõem a capa do inesquecível ‘Arca de Noé’, de Vinicius de Moraes. Crianças e adultos podem se colocar dentro da capa, em uma proposta expográfica que desdobra os planos da obra, quase como em um livro pop-up.

 

A contribuição de Elifas Andreato para o teatro ganha espaço com cartazes de peças como ‘A Morte de Um Caixeiro Viajante’, de Arthur Miller, com direção de Flávio Rangel; ‘Mortos Sem Sepultura’, de Jean-Paul Sartre, dirigida por Fernando Peixoto; e ‘Murro em Ponta de Faca’, de Augusto Boal, com direção de Paulo José.

 

A atuação política, sobretudo durante o regime militar, é representada através das cópias de alguns dos trabalhos que ilustraram a resistência à Ditadura, como capas para publicações alternativas que fundou e dirigiu: os jornais ‘Opinião’ e ‘Movimento’ e a revista ‘Argumento’.    Como denúncia dos crimes cometidos pelo regime, estão ‘25 de Outubro’ (1981), onde Elifas escancarou em tela o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nas instalações do DOI-CODI, e o majestoso painel ‘A Verdade Ainda que Tardia’ (2012), encomendado pela Comissão da Verdade da Câmara, presidida pela deputada federal Luiza Erundina. A mostra traz ainda um raro exemplar do Livro Negro da Ditadura Militar, com capa assinada pelo artista, além de outras reproduções e objetos valiosos que ajudam a recontar a trajetória de Elifas Andreato e seu compromisso com a cultura e a história do País.

 

Depois de Brasília, a exposição ocupará o Centro Cultural Correios, em São Paulo, de 16 de abril até 07 de junho.

Planopinturas na SIM

15/mar

A SIM Galeria, Curitiba, Paraná, realiza exposição individual de nova série de trabalhos assinados por Tony Camargo. O artista recebeu texto de apresentação de Arthur do Carmo e a obras obedecem a titulação geral de “Planopinturas”, o mesmo título da mostra.

 

 

A Arquitetura Originária das Coisas

 

Como se constroem abrigos físicos para as ideias? Como tornar matérias invisíveis em algo palpável, sem se restringir à representação, mantendo suas complexas dinâmicas espaciais e temporais? O trabalho de Tony Camargo sempre envolveu a construção de aparelhos que de alguma maneira desvendam o funcionamento do mundo, apreendendo essas descobertas de real num espaço determinado, entre linhas e planos. O seu laboratório de fenômenos se constitui pelos próprios materiais e conceitos envolvidos. Ao lidar com a pintura, entretanto, surgem problemas incalculáveis, como criar um abrigo físico para a cor, em sua energética ambivalente de onda e partícula.

 

Seu trabalho nos mostra o quanto ainda somos primitivos, mesmo em nossos mais avançados processos tecnológicos. Os poucos elementos formais que temos à disposição são combinados infinitas vezes por projetistas, produzindo todas as coisas de nossa paisagem humana. Olhe ao redor: verá execuções de círculos ovais em maçanetas e sistemas de portas, quadrados, retângulos e suas metades triangulares nas paredes e nos telhados, distâncias formadas por linhas nas ruas, nos mapas e tantas outras formas que estruturam nossa sociedade. Diferentes materiais formando todos os sistemas artificias da vida. Por desbravar os interiores das máquinas, em seus funcionamentos e matérias, como tintas automotivas, conhecidas como laca nitrocelulose, além de verniz poliuretano e outras sobre pesadas chapas de MDF, Tony Camargo alcança um poder de síntese estrutural sobre os recursos que temos disponíveis, assim como já havia alcançado outras sínteses em trabalhos anteriores, reduzindo imagens de massa plenamente virtuais e midiáticas com suas Planopinturas Iconográficas.

 

As suas Novas Planopinturas operam por uma matemática sideral, paisagens formadas por elementos reduzidos a suas formas originárias de conceito – quadrados, retângulos, círculos, semicírculos ovais, indicativos de movimentos, obtendo um cálculo capaz de suspender o fenômeno pintura em pleno acontecimento. Tony faz uma redução do mundo, e põe seu funcionamento em estado de inércia, vibrátil e estático. As atmosferas conquistadas por esses trabalhos mantém um corpo que vibra sem cessar. Como se campos de cor ganhassem um corpo para se presentificar diante do nosso olhar. Ao invés de movimentos efêmeros, a cor tomada por um estado de inércia, permanente em seu movimento.

 

Arthur do Carmo, fev. 2016

 

 

De 16 de março a 30 de abril.

Obras de Sergio Camargo

01/mar

A Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, e o Itaú Cultural (São Paulo) reafirmam sua parceria levando ao público mais uma exposição de grande relevância no cenário artístico nacional. A instituição em Porto Alegre inaugura exposição “Sergio Camargo: Luz e Matéria” com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, reúne mais de 60 obras cedidas por colecionadores privados e outras integrantes do espólio do artista.

 

A exposição é um novo recorte da versão exibida no Itaú Cultural em São Paulo, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, e Porto Alegre é a primeira cidade a recebê-la, após seu encerramento na capital paulista. Na Fundação Iberê Camargo, ocupará dois andares com trabalhos de grande formato e em menor dimensão; torres e relevos em formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore de Carrara branco ou em mármore negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo, nascido em 1930 e falecido em 1990.
A itinerância de “Sergio Camargo: Luz e Matéria” para a Fundação Iberê Camargo é marcada ainda com o lançamento de um catálogo inédito publicado pela instituição gaúcha, contendo um registro fotográfico das montagens em Porto Alegre e em São Paulo. A publicação conta a trajetória do artista e apresenta imagens das obras expostas nas instituições, incluindo uma reprodução do último ateliê que pertenceu ao artista, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

 

 

A palavra da curadoria

 
Estamos, nesta exposição, no interior de um capítulo da história dos relevos e da escultura, na segunda metade do século XX, que revela a produção de um dos maiores artistas contemporâneos de matriz construtiva. A partir de 1963, depois das primeiras experiências figurativas, a obra de Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 1930-1990) toma forma com a criação dos primeiros relevos brancos em madeira. O jogo das seções de cilindros, dispostos sobre a superfície plana, oferece uma experiência inédita entre luz e matéria. A composição faz com que cada forma adquira uma fisionomia diferente ao longo do dia, quando exposta ao ar livre, por exemplo – distante da iluminação fixa de museus e salas de exposição.

 

Uma observação atenta nos leva a perceber que nem todos os relevos estão submetidos à ordem caótica da aleatoriedade. Em alguns, o projeto anterior à disposição dos “tocos” – como o artista os chamava – se manifesta com clareza, e é possível notar os desenhos. No entanto, a certeza de ordem também se encontra nos relevos aleatórios, já que neles os mesmos módulos se repetem numa lógica recursiva. Esses elementos podem tomar grandes dimensões, sendo dispostos aos pares sobre a superfície, como se amplificassem a potência dos relevos. São as chamadas “trombas”.

 

Simultaneamente à criação dos relevos, o artista se dedicou à elaboração das esculturas em mármore de Carrara, às quais, no início da década de 1980, foi incorporada a produção em mármore preto, o negro belga. A matriz cilíndrica permanece presente em parte dessas esculturas, que agora são submetidas a diferentes investigações de ângulos de corte, de contração e de dilatação. Surgem também as seções de cubos e de paralelepípedos, cortados em ângulos e justapostos numa ordem que se impõe de modo incomum e original.

 

Essa obra, que conviveu com tantas transformações na arte, manteve-se fiel à herança moderna. Segundo Charles Rosen – pianista e um dos mais relevantes musicólogos do século XX –, o que caracteriza o estilo clássico na música é a coerência e a unidade de sua linguagem. Num exercício de transposição para as artes visuais, podemos dizer que, ao entrar em contato com o trabalho de Sergio Camargo, estamos diante de um clássico contemporâneo.

 

 

De 03 de março a 12 de junho.

Roberto Alban exibe Pedro David

29/fev

O instigante e conceituado trabalho do fotógrafo mineiro Pedro David poderá ser visto em Salvador, bairro Ondina, Bahia, na exposição “Espiral Contínua”, na Roberto Alban Galeria. Integram a exposição 37 fotografias das principais séries desenvolvidas pelo artista em quase 20 anos de carreira. São imagens que tratam da relação do homem com o ambiente, seja natural ou urbano, e o vínculo dessa relação com as vivências pessoais do fotógrafo, um dos mais premiados da nova geração no país.

 

Entre várias conquistas, Pedro David exibe em seu currículo o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Arte, o XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, o Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea do Itamaraty e do Museu da República (duas edições), e o internacional Nexo Photo, da Espanha. Além disso, o fotógrafo realizou inúmeras mostras individuais e coletivas no Brasil e exterior e tem exemplares dos seus trabalhos em importantes coleções, como a do Musée Du Quai Branly (Paris/França), do Museu de Arte Moderna (São Paulo/Brasil)  e do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul.

 

Na exposição em Salvador, constarão fotografias da série “Madeira de Lei – Sufocamento” que, de tão fortes, receberam inúmeros prêmios, entre os quais o Conrado Wessel, o Poy Latam e o Prêmio Itamaraty de Arte.  Além disso, acabaram de ser selecionadas para a 16ª Bienal Internacional de Fotografia e Mixed Media Arts. O evento acontece no próximo mês de março no Texas (Huston/EUA) e girará em torno do tema “Olhando o futuro do planeta”. Foram escolhidos 32 artistas de nove países. Do Brasil, apenas dois: Pedro David e Vik Muniz (consagrado pelo documentário “Lixo Extraordinário”).

 

 

 

 De 03 de março a 04 de abril.

Farnese, melhores do ano

07/jan


A mostra “Farnese de Andrade – arqueologia existencial” realizada na CAIXA Cultural Brasília e CAIXA Cultural São Paulo foi indicada como uma das pelo programa de televisão “Metrópolis” – um programa da TV Cultura, como uma das 10 melhores mostras de 2015 e pelo Guia da Folha de São Paulo ao Prêmio Melhores do Ano de 2015 na categoria Exposições e anteriormente pela revista Veja como a primeira das cinco melhores mostras de Brasilia.

 

 

 

Sobre a exposição

 

 
A exposição apresentou obras de Farnese de Andrade (1926-1996), provenientes de coleções públicas e particulares, além do acervo familiar. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, um dos mais respeitados e engajados curadores do Brasil o projeto “Farnese de Andrade – arqueologia existencial” se constitui na primeira exposição itinerante póstuma em sua homenagem e já foi contemplado com Patrocínio da CAIXA através de Edital Público de Patrocínio CAIXA e apresentado na Caixa Cultural Brasília (2014/2015) e Caixa Cultural São Paulo (2015). A mostra abrangente e de qualidade curatorial única, reuniu as obras mais representativas de sua trajetória artística, privilegiando a produção do artista ao longo de mais de 30 anos.

 

 

Além de obras, foram apresentados material iconográfico e documental, uma cronologia ilustrada, textos críticos, fotos e vídeos sobre sua trajetória artística. A produção ficou a cargo de Anderson Eleotério e Izabel Ferreira – ADUPLA Produção Cultural -, que tem em seu curriculo mostras de importantes artistas, como: Antonio Bandeira, Debret, Manoel Santiago, Di Cavalcanti, Emeric Marcier, Carlos Scliar, Carybé, Cícero Dias, Henri Matisse, Raymundo Colares, Aluísio Carvão, Bandeira de Mello, Almir Mavignier, Athos Bulcão, Milton Dacosta, Mário Gruber, dentre outros.

 

 

A equipe produtora A Dupla Produção Cultural Ltda veio a público agradecer a todos os envolvidos nesse processo, em especial a realizadora CAIXA Cultural, ao herdeiro Atabalipa de Andrade Filho, aos familiares Marcelo de Andrade, Marcelo Sharp de Freitas, Mauricio Carvalho de Andrade, Murilo Sharp de Andrade e Yrys Albuquerque, e aos colecionadores Diógenes Paixão, Dominga Gomes Barbosa, Elio Scliar, Elizabeth e Jorge Fergie, Eunice de Medeiros Scliar, Fernanda Feitosa e Heitor Martins, Gotffried Stutzer Junior, Isa Gontijo e Nicola Calicchio, Jones Bergamin, Paulo Darzé, Luis Alberto Barbosa, Sebastião Aires de Abreu, ao cineasta Olívio Tavares de Araújo e ao curador Marcus de Lontra Costa. Afirmando ainda que “…Nosso trabalho em parceria com os herdeiros de tão importantes artistas, visa o enriquecimento e resgate da memória artística nacional, promovendo o acesso do público aos bens culturais de forma democrática e igualitária. Por fim, agradecemos a patrocinadora CAIXA ECONÔMICA FEDERAL pelo incentivo constante aos nossos projetos, pois, para nossa produtora é uma honra manter essa profícua parceria com a Insitituição Cultural que mais democratiza a arte em território nacional”.

Caixa Cultural Curitiba

06/jan


A CAIXA Cultural Curitiba, Centro, Curitiba, PR, inaugura a exposição “A VIAGEM PITORESCA – Bruno Miguel”. Com curadoria de Bernardo Mosqueira, a mostra reúne parte da produção mais recente de Bruno Miguel, com algumas das obras mais representativas de sua trajetória artística que foca na investigação sobre a pintura, o universo doméstico, a lógica do consumo e o imaginário pop. A mostra inédita, que apresenta resultados de um artista que está experimentando a pintura no mundo contemporâneo, visa nos introduzir a uma parte importante desse pensamento que mescla referências das chamadas alta e baixa culturas.

 

 

A exposição apresenta a linguagem única e singular do artista, de forma a mostrar sua personalidade e trajetória fundidas com as fases de sua obra. Bruno Miguel desenvolve desde 2004 sua pesquisa em torno da construção e da representação da paisagem na contemporaneidade. Atuante em diversas linguagens, o mesmo elege a pintura como tema principal de sua rotina obsessiva de produção. Nos últimos anos as questões acerca da paisagem começaram a dar lugar a uma investigação maior da pintura como linguagem e suas interfaces na vida cotidiana contemporânea. Mas acima de qualquer retórica que Bruno desenvolva para justificar suas opções, a verdadeira força de sua pesquisa está no trabalho. Não na obra em si, mas na labuta do atelier, onde sua curiosidade e inquietação fazem com que sua pintura se mantenha em transformação. Onde suas compulsões buscam erros ansiosos por soluções imprevisíveis, tão generosas que se escondem por trás do deslumbre banal das imagens fáceis. Sua pesquisa é um tipo de pós-pop periférico, sempre relacionando alta e baixa cultura. Uma maquiagem vulgar e exuberante que superficialmente disfarça sua condição de eterna busca pela beleza. Não da pintura, mas do pintar.

 

 

Desde 2006, o artista vem reunindo louças, porcelanas, tapeçarias, tecidos inusitados e antiguidades em leilões e antiquários, tanto pela internet quanto pela cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso poderia se tornar parte de alguma das muitas coleções que Bruno mantém em sua casa, mas não. Somados às telas, tintas, à uma pesquisa radical, um extenso repertório imagético e a uma rara capacidade de experimentação técnica do pintar, esses materiais coletados por Bruno Miguel se tornam pintura. Como o próprio artista diz: “A história desses suportes e materiais é tão importante quanto a que será construída no atelier. O resultado dessas transformações é mostrado como uma grande instalação pictórica, relacionando a pintura e o espaço, o artista e o mundo.”

 

 

Conjuntos de pratos e tapetes decorativos de origens diversas serão suportes inesperados para grandes pinturas. Tais quais tecidos estampados reunidos, transformados em telas. Nesses trabalhos, vemos imagens originadas de estampas de camisetas dos anos 80, embalagens de chiclete, letreiros de propaganda, antigos anúncios de TV, publicidade socialista, personagens atuais da internet e referências diretas ou indiretas às ideias de paisagem e de natureza morta.Telas, objetos, tapetes, pratos e louças são elementos heterogêneos porém extremamente coerentes na proposta de montagem pensada especialmente para a galeria da CAIXA Cultural Curitiba, pois criam uma paisagem lúdica que remete à narrativa fantástica da paisagem pintada ganhando vida no plano do real.

 

 

Bruno Miguel parte do entendimento da pintura como linguagem híbrida, fluída, é o que torna impossível limitá-la à tradição e antigos dogmas. A pintura contemporânea tem vocação para o protagonismo desde que entenda suas interfaces com outras linguagens. As obras escolhidas para essa “instalação pictórica visual” tem uma relação direta com a memória colonial brasileira. O gênero de pintura escolhido como foco nos últimos anos pelo artista é a natureza morta, exercício obrigatório nas academias, historicamente bem representada pelos grandes mestres. Pratos, louças, porcelanas, tapeçarias, tecidos, azulejos, garrafas, copos, tigelas, enfim, todo o repertório já imortalizado nas composições do gênero, aqui se tornam antagonistas à ação da pintura. A tinta, a forma, os procedimentos, mesmo que aparentemente, pareçam esculturas, desenhos ou objetos, neles o artista apenas enxerga exercícios de pintura, além da pintura.

 

 

Segundo o curador Bernardo Mosqueira: “Entendemos a necessidade da circulação do pensamento e a ampliação do campo de discussão dos limites da linguagem e do circuito, tanto no que se refere à arte contemporânea quanto às suas possibilidades de comunicação com o espectador. A pintura para além do campo ampliado da tela é o “leit motiv” dessa exposição. Bruno Miguel busca apresentar em suas obras questões além dos dogmas da representação clássica com as novas possibilidades técnicas e de conceitos desenvolvidos, tanto no circuito, quanto nas salas das principais escolas de arte do Brasil. Nossa intenção com essa mostra é proporcionar através de oposições simples de símbolo, signo e significado um campo de discussão interessante entre obra e espectador.”

 

 

Bruno Miguel é um dos artistas contemporâneos mais atuantes de sua geração e já expôs em diversos museus e galerias do Brasil, Chile, Bolivia, Argentina, Colômbia e EUA. Premiado nacional e internacionalmente, possui obras em coleções públicas e privadas, como MAM RJ, MAR RJ e Deutsche Bank Collection. Artista representado pela Galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea no Rio de Janeiro.

Filho de imigrantes portugueses e moçambicanos radicados no Brasil, fruto de uma história familiar de altos e baixos financeiros, pintor formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ e, desde 2010, professor de pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, a partir da Ilha do Governador onde cresceu, pensa o mundo através de suas pinturas. Esse artista lê e constrói o mundo por aquilo que habita o imaginário de uma especial geração brasileira que se formou de maneira global, sendo nutrida e inundada por imagens urbanas em movimento, pela MTV com seus videoclipes, a Hollywood barata da sessão da tarde, McDonalds e seus McLanches felizes, letreiros brilhantemente encardidos, Fanta Laranja, pasta de dente de ursinho, Sonic, Mario Bros, Cavaleiros do Zodíaco, fitas piratas de videogame, Super Xuxa contra o Baixo Astral, Woopi Goldberg e sua “Mudança de hábito” em São Francisco que poderia ser o Queens, o Bexiga ou a Ilha do Governador.

 

 

Bruno Miguel apropria em uma das séries apresentadas na mostra, citações de músicas populares brasileiras ou internacionais e traduz a estética pop urbana do grafite e da pichação pra pintura contemporânea utilizando técnica minuciosa. O humor, o tom kitsch latino de Don Juan depois da linha do trem, a forte densidade conceitual e o cuidadoso apreço pelo resultado estético, além de uma crítica social feita a partir do próprio núcleo objeto dessa crítica, são dados importantes na produção de Bruno Miguel.

 

 

Sendo parte relevante e representativa de uma especial geração de jovens artistas brasileiros, Bruno Miguel apresenta essa exposição em Curitiba que carrega forte apelo visual e é uma importante amostra da ponta da experimentação das possibilidades do pintar hoje: conjugando alta cultura e baixa cultura, erudito e popular, cavalete do ateliê e muro da rua, história e agora, arte e vida, artifício e natureza, construção e paisagem.

 

 

Por tratar-se de uma exposição de um artista contemporâneo o público está convidado à novas sensações e análises, re-significando o caráter restritivo dos demais centros culturais, mantendo a CAIXA como principal incentivadora de arte contemporânea, através do pioneirismo na apresentação de novas mídias e seus respectivos artistas atuantes, já que a mostra vai de encontro à tendência de fusão de mídias na arte contemporânea, reunindo no mesmo espaço expositivo diferentes tipos de suporte, como: instalação, pintura, objetos, esculturas e tecnologia sonora/visual, interferindo visualmente na galeria e interagindo diretamente com o público.

 

 

A produção da mostra está a cargo de Anderson Eleotério e David Motta – ADUPLA Produção Cultural, empresa que vem realizando importantes exposições itinerantes pelo Brasil, como: Athos Bulcão, Farnese de Andrade, Milton Dacosta, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Raymundo Colares, Bandeira de Mello, Carlos Scliar, Debret, Aluísio Carvão, Mário Gruber, Abelardo Zaluar, Antonio Bandeira, Manoel Santiago, Nazareno, Bruno Miguel, Analu Cunha, Denise Cathilina, Cezar Bartholomeu, Regina de Paula, entre outras.

 

 

 

Sobre o artista

 

 

Bruno Miguel nasceu no Rio de Janeiro, em 1981, cidade onde vive e trabalha. Formou-se em artes plásticas e pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 2009. Fez diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2007, realizou a exposição “Homenagem à pintura contemporânea”, sua primeira individual, na Vilaseca Assessoria de Arte, Rio de Janeiro. Recebeu Menção Honrosa Especial na V Bienal Internacional de Arte SIART, em La Paz, Bolívia, também em 2007. No mesmo ano, ganhou bolsa da Incubadora Furnas Sociocultural para Talentos Artísticos. Participou da exposição “Nova Arte Nova”, apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, em 2008, e em São Paulo, no ano seguinte. Em 2009, participou novamente da Bienal de La Paz, e da mostra “Nouvelle Vague”, na galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea. Em 2010 participou das mostras “Tinta Fresca”, na galeria Mariana Moura em Pernambuco, do Salão de artes de Itajaí, e da mostra “Latidos Urbanos” no MAC – Museu de Arte Contemporânea de Santiago, Chile. Realizou, no Rio de Janeiro, as exposições individuais “Spring Love”, no Largo das Artes, em 2010, e “Have a Nice Day!”, na Luciana Caravello Arte Contemporânea, em 2011. Neste ano, também participou das mostras “Nova Escultura Brasileira”, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro, e “Fronteiriços”, nas galerias Emma Thomas, São Paulo, e Luciana Caravello Arte Contemporânea. Em 2012, participa das mostras “Novas Aquisições – Gilberto Chateaubriand”, no MAM, Rio de Janeiro, e “Gramática Urbana”, no Centro de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro, além da Individual “DVCO, NON DVCOR”, na galeria Emma Thomas, em São Paulo. Em 2013 apresentou em dupla com Alessandro Sartore a exposição “Ex-culturas” no Museu da República. Em Nova Iorque, apresentou a individual “Make Yourself at Home”, na S&J Projects, além de participar das coletivas “Sign of the Nation” e “Etiquette for a Lucid Dream”, em Newark. Ainda nesse ano apresentou a individual “Tudo posso naquilo que me fortalece” na galeria Luciana Caravello e “Todos à mesa” na galeria Emma Thomas em São Paulo. Em 2014, participa da coletiva Encontro dos mundos e Tatu: Futebol, Adversidade e Cultura da Caatinga no MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro. Em 2015, participou da “Trio Bienal” no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro e realizou a individual “Sientase em casa” na Sketch Gallery em Bogotá, e as mostras “A cristaleira” no Oi Futuro Flamengo – Rio de Janeiro e “Essas pessoas na sala de jantar” no Paço Imperial Rio de Janeiro. Vem atuando como curador junto a um grupo de jovens pintores, no projeto Mais Pintura desde 2013. Deu aulas, em 2010, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e é professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage desde 2011.

 

 

 
A palavra do curador Bernardo Mosqueira

 

A Viagem Pitoresca de Bruno Miguel

(ao meu amor)
(a Moçambique, ao pardal e ao riso)

 

 

Uma andorinha pode viver entre 8 e 20 anos, de acordo com a espécie à qual pertença. Elas passam mais tempo do dia voando do que pousadas, para caçar os cerca de 200 insetos que precisam diariamente para se alimentar. Esses animais fazem seus ninhos com gravetos, barro, penas e até com a própria saliva, seja na natureza ou em edificações como telhados, postes e caixas de correio. Símbolos das grandes viagens, antes do começo do inverno elas migram para lugares mais quentes e com mais alimentos e depois retornam cantando e para anunciar a Primavera.
Se colocarmos Bruno Miguel na perspectiva das andorinhas, seus insetos são pintura. Seus voos para caça são pintura. As árvores, os telhados, os gravetos, o barro, as penas e a própria saliva de Bruno são pintura. As grandes viagens migratórias e a primavera são pintura. Já o Inverno é para os outros. Na exposição “A Viagem Pitoresca”, reunimos trabalhos de Bruno Miguel produzidos entre os anos 2005 e 2015, pertencentes a diversas séries com pesquisas, processos e faturas muito distintos, mas que têm em comum a gênese na pintura como instrumento de relação entre Bruno e o mundo. Da perspectiva obsessiva de Bruno, o mundo e a pintura se misturam de forma a ser difícil descobrir quem serve a quem.
Em Portugal sempre houve diversas espécies de andorinhas, mas elas se cristalizaram um dos símbolos da identidade do país quando as cerâmicas de Rafael Bordalo Pinheiro, representando essas aves, se popularizaram, no início do século XX. Elas foram reproduzidas, copiadas, transformadas e inspiraram diversas outras andorinhas de porcelana e faiança para serem expostas dentro e fora das casas. A banalidade e a inegável sedução ou carisma desses objetos fazem com que possamos defini-los como produtos kitsch.
O Kitsch tem como características o exagero, o culto e o cálculo da beleza, a intensidade e a rapidez no afetar e a anulação dos limites entre a Alta Cultura e o dia-a-dia. Cópia, adaptação, falsificação, edição e citação são seus procedimentos principais, e a sensação imediata junto a um objeto kitsch é a de que não é preciso esforço intelectual para sua fruição – sem necessidade de distância, sublimação e reflexão. Porém, um olhar mais desenvolvido é capaz de perceber criticamente a presença de uma possível complexidade. Por exemplo, o Kitsch espelha e manipula os sentimentos e a realidade utilizando gradações de banalidade como algo positivo na criação de um discurso. Se o conteúdo for transformador isso pode ser poderoso, afinal: “por que não falar a língua de todo mundo?”.
Nos trabalhos presentes em “A Viagem Pitoresca” há, nos títulos e nas próprias obras, citações e homenagens a importantes artistas e trabalhos da história da arte e da pintura, mas há também referências ao carnaval, à cultura pop, ao cotidiano dos subúrbios, à música popular e ao ambiente doméstico ou familiar. Isso se dá não apenas nas ideias e conceitos, mas também pelos materiais e técnicas utilizados.
Outra característica dos trabalhos de Bruno Miguel é o humor por vezes escrachado, tão potente e sem limites quanto seus usos da pintura. Com o humor, Bruno retira a seriedade e a aura das coisas e as amalgama para deixar claro que, no mundo, tudo tem o mesmo destino. No caso, não a morte ou o desaparecimento, mas sim, virar pintura.
Não é à toa que escolhemos o trabalho da série Kitsch Art Family “Mamãe gosta das cores em minhas pinturas” para ser a imagem do convite e cartaz dessa exposição. Além do bem humorado título que menciona sua mãe portuguesa/moçambicana apontar para o Kitsch como uma das possíveis formas de relação com a produção de Bruno, nessa obra vemos a própria pintura como personagem de uma cena e, o que a presença das silhuetas multicoloridas realiza, é a transmutação do seu contexto em pintura.
As andorinhas são reconhecidas por seus hábitos regulares: saem e voltam aos ninhos nos mesmos horários; migram e retornam para os mesmos lugares; são instintivamente metódicas. Bruno Miguel é compulsivo e absolutamente comprometido com seu processo diário de mundo e ateliê – projeto que necessariamente terá sempre novos insetos, pousos, voos, gravetos e primaveras. O título dessa exposição faz referência à “Viagem Pitoresca” de Debret, um inegável tesouro da História da Arte no Brasil. Porém, as duas palavras também carregam respectivamente as possibilidades de entendimento como “devaneio” e “singular”. Mas que viagem essa de Andorinha!

 

 

 
Até 28 de fevereiro.

Catálogo – Destino dos Objetos

18/dez

No próximo sábado, dia 19 de dezembro, às 15 horas, a Fundação Vera Chaves Barcellos lançará o catálogo da exposição “Destino dos Objetos”, na Sala dos Pomares, em Viamão, RS. Ilustrada com imagens da exposição, a publicação bilíngue português|inglês apresenta texto do curador da mostra e uma entrevista inédita com os artistas Patricio Farías e Vera Chaves Barcellos sobre colecionismo.

 

Participam da mostra artistas brasileiros, latino-americanos e europeus: 3NÓS3, Albert Casamada, Almandrade, Amanda Teixeira, Anna Bella Geiger, Antoni Muntadas, Boris Kossoy, Brígida Baltar, Cao Guimarães, Carlos Asp, Carmela Gross, Christo, Daniel Santiago, Elcio Rossini, Ester Grinspum, Evandro Salles, Feggo, Gisela Waetge, Gretta Sarfatty, Hannah Collins, Heloísa Schneiders da Silva, Hudinilson Jr., Jailton Moreira, Jesus R.G. Escobar, Joan Rabascall, Joaquim Branco, Joelson Bugila, Julio Plaza, Klaus Groh, León Ferrari, Lia Menna Barreto, Mara Alvares, Marcel-li Antunez, Marcelo Moscheta, Marco Antônio Filho, Marcos Fioravante, Maria Lúcia Cattani, Mariana Silva da Silva, Marlies Ritter, Mario Ramiro, Mário Rohnelt, Michael Chapman, Nicole Gravier, Nina Moraes, Patricio Farías, Rogério Nazari, Téti Waldraff, Ulises Carrión, Vera Chaves Barcellos e Waltércio Caldas.