German Lorca mestre da fotografia

26/ago

A exposição “German Lorca, Mestre da Fotografia” resgata a trajetória artística do fotógrafo, reconhecida nacional e internacionalmente. Exibindo desde os seus primeiros trabalhos como fotógrafo amador, em 1947, a mostra conta com cerca de 160 fotografias, além de câmeras e outros itens pessoais. Até 27 de outubro no MON, Museu Oscar Niemayer, Curitiba, PR.

Com curadoria de Adriana Rede e José Henrique Lorca, filho do fotógrafo, a exposição é organizada em oito núcleos que evidenciam o olhar afetivo do fotógrafo para o mundo. Ao longo de sua carreira, German Lorca experimentou diversas modalidades de fotografia, desde o analógico ao digital, sempre mantendo sua linguagem única nas cenas que registrou.

“German Lorca é simplesmente um dos maiores nomes da fotografia brasileira”, afirma a secretária de estado da Cultura do Paraná, Luciana Casagrande Pereira. “Nossa expectativa para esta exposição de Lorca no MON é de que ela será um marco para o Museu por conta da grandeza de sua trajetória, que merece ser vista, revista e conhecida pelo grande público aqui no Paraná”. Segundo a diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, Juliana Vosnika, a mostra nos faz viajar no tempo e no espaço. “São imagens geniais que têm poesia, que tocam e inspiram, que permitem um diálogo silencioso com cada visitante”. Ela comenta que, “com essa exposição, o MON confirma sua vocação de, entre outras vertentes artísticas, colecionar e expor fotografias, levando-as até o imenso e interessado público espectador”.

Dividida em núcleos, a exposição compreende a retrospectiva de sua obra, incluindo desde seus primeiros trabalhos como fotógrafo amador, em 1947. São cerca de 160 fotografias, além de câmeras e outros itens pessoais. A mostra percorre a trajetória de Lorca como artista e profissional na fotografia, por mais de 70 anos, com excepcional dedicação, conquistando diversas premiações e reconhecimento, no Brasil e no exterior.  “Sua obra compõe um grande recorte da história da fotografia brasileira, acompanhando um novo movimento, uma nova forma de expressão fotográfica e o alvorecer de uma estética moderna na nossa fotografia brasileira”, informam os curadores.

Os oito núcleos que compõem a exposição são: “Lorca na coleção do MoMA”, “Primeiros tempos: Foto Cine Clube Bandeirante”, “Um olhar livre”, “E fez-se a cor”, “New York e seus personagens”, “A geometria das sombras”, “Sobreposição do tempo” e “O Mago dos Anúncios”.

Sobre o artista

German Lorca nasceu em São Paulo, SP (1922-2021) foi um dos poucos a vivenciar de modo pleno a fotografia, em suas mais diversas modalidades: de amador a profissional, do analógico ao digital, das câmeras aos smartphones. Com uma visão peculiar sobre os mais variados temas, estabeleceu sua linguagem de maneira única. Sua obra faz parte dos mais importantes acervos do mundo, como o do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), entre muitos outros. Sete de suas fotografias fazem parte da coleção permanente do Museu Oscar Niemeyer. No final dos anos 1940, Lorca afiliou-se ao Foto Cine Clube Bandeirante, em São Paulo, hoje objeto de estudo internacional por seu vanguardismo. “Quando a fotografia moderna toma impulso e vem revolucionar a cena brasileira, ele se destaca com seus cortes e enquadramentos, tanto na captura da foto quanto no ato da revelação”, esclarecem os curadores.  German Lorca passou por uma fase chamada “concreta”, em que explorou planos inusitados e ângulos diferenciados. Na fotografia publicitária, foi pioneiro. Incessantemente atrás de novidades, com audácia nas buscas cromáticas, nos ângulos ousados e nos temas irreverentes e provocativos, conquistou o mercado publicitário, que se iniciava no Brasil. Com trajetória reconhecida, nacional e mundialmente, nunca parou. Seguiu com seu olhar atento, formando gerações de fotógrafos que se inspiraram, não só em sua técnica, mas em seu jeito afetivo de olhar o mundo. “Sempre atemporal, seguiu fotografando até os últimos dias de sua vida extraordinária”, explica a curadoria.

Acontece em Brasília

21/ago

A Cerrado Galeria, localizada na QI 5 do Lago Sul, sediou o lançamento de um novo projeto dedicado ao fomento da cultura e da educação em artes visuais: a Cerrado Cultural. O evento foi marcado pela inauguração de duas exposições: “Mito, rito e ritmo interior: Rubem Valentim fazer como salvação”, com curadoria de Lilia Schwarcz, e “O centro é o oeste insurgente”, com curadoria de Divino Sobral e Lilia Schwarcz.

Rubem Valentim é considerado um dos mestres do construtivismo brasileiro e conhecido pelas composições geométricas com emblemas afro-brasileiros, o pintor, escultor e gravador baiano Rubem Valentim terá o legado exposto no espaço Cerrado Cultural, projeto de expansão da Cerrado Galeria. A mostra segue em cartaz até 1º de novembro.

Batizada de “Mito, rito e ritmo interior: Rubem Valentim fazer como salvação”, a exposição vai explorar as diferentes fases da carreira de Rubem Valentim, além de expor fotos e fontes originais. A mostra tem curadoria de Lilia Schwarcz, uma das principais pesquisadoras de história e de arte do país, além de estudiosa do artista desde 2018, quando participou da mostra “Rubem Valentim: Construções afro-atlânticas” no Masp, SP.

As obras ficarão divididas em salas a partir de uma ordem cronológica. A mostra inicia-se com as produções em que Rubem Valentim está testando a geometria com os elementos das religiões de matrizes africanas. Na sequência vem os trabalhos tridimensionais, com esculturas e obras mais rígidas e concretas, mas também sob a influência religiosa. O terceiro momento mostra a explosão de cores e paletas. A exposição continua com uma sala que apresenta o ateliê de Rubem Valentim, cedido pelo Instituto Rubem Valentim, e segue para o quinto e último ambiente, uma sala projetora inspirada num projeto expográfico do baiano. Cada um dos espaços é norteado por conteúdos e documentos que dão um panorama histórico. O objetivo é trazer os impasses contextuais do artista trazendo para o público as questões presentes nas obras.

A mostra é uma homenagem ao artista que escolheu a capital federal para morar durante um período de sua vida, fato que influenciou diretamente na inclusão do tridimensionalismo em sua obra. “Essa exposição, sediada em Brasília, pretende explorar o local da cidade como momento de inflexão e de agigantamento do trabalho mágico e emblemático de Valentim. Jovem como o artista, a nova capital federal se erguia de maneira monumental, a partir dos traçados retos e concretos, e o desafio acabou por fisgar o artista que nunca deixou de fato a cidade e seu convívio”, explica Lilia Schwarcz no texto curatorial da exposição.

Cerrado Cultural

Novo projeto da Cerrado Galeria, o espaço Cerrado Cultural nasce para ampliar a vocação da marca de dar visibilidade aos artistas e à produção do Centro-Oeste, por meio de um local para exposições, residências artísticas e formações educativas. Está localizado em uma chácara no Lago Sul em um espaço amplo – com mais de 1,6 mil metros quadrados. Duas exposições inauguram o espaço. Uma delas é a individual dedicada ao artista Rubem Valentim, a outra é uma coletiva com 15 artistas do Distrito Federal, Goiás e do Mato Grosso, intitulada “O centro é o oeste insurgente”, com curadoria de Divino Sobral e Lilia Schwarcz.

Tramas, rendas e bilros

15/ago

Chama-se “Tramas, rendas e bilros”, a exposição e bate-papo com a artista plástica Beatriz Dagnese no Espaço Cultural HPM. Localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, RS, o Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz (HPM) hospedará entre 22 de agosto e 13 de outubro a exposição da artista plástica Beatriz Dagnese com mais de 20 desenhos já conhecidos ou inéditos, ressaltando a marca particular da autora: o uso de nanquim e grafite sobre papel na criação de imagens que transitam entre o figurativo e o abstrato.

Em paralelo à mostra, a artista participará de três encontros da série de bate-papos “Roda de Cultura”, com mediação por protagonistas do setor cultural. Estão programadas três edições do evento, ao longo de três quartas-feiras, sempre às 17h30min: 28 de agosto, 25 de setembro e 9 de outubro. A entrada é franca e aberta ao público em geral, porém com vagas limitadas – mediante inscrição pelo whatsapp (51) 9859-55690.

Sobre a artista

Nascida e criada em uma família de agricultores de ascendência italiana na zona rural de Nova Bassano (Serra Gaúcha), Beatriz Dagnese iniciou sua trajetória nas artes plásticas de modo intuitivo, aos 24 anos, ao ter sua atenção despertada por ilustrações publicadas na imprensa de Porto Alegre, para onde havia migrado na juventude, por conta do trabalho como enfermeira. Ela relembra hoje, aos 70 anos: “Desde a adolescência eu tinha muito claro que não queria para mim a vida agrícola, e sim estudar e trabalhar em outra área. Sempre me interessei por arte e queria fazer algo, mesmo sem saber exatamente o quê e imaginando que não tinha como sobreviver da atividade na época, até deparar com desenhos de Vera Lúcia Didonet nas páginas de um dos jornais deixados pelos médicos em uma sala de hospital onde eu cumpria expediente, em 1978”. A descoberta impactou Beatriz de tal forma que ela imediatamente passou a rabiscar a lápis uma série de esboços sobre folhas de receituários. “Eu achava que desenhava”, brinca. “Não parei mais. Fui experimentando outros materiais, técnicas e imagens que acabaram definindo um estilo, ao mesmo tempo em que continuava no setor da saúde. Já dividindo meu tempo entre Porto Alegre e Canela, montei um ateliê em minha casa no interior.”O encorajamento constante pelos amigos a levou a socializar pela primeira vez a sua obra, inscrevendo-se na edição 2008 do Salão do Jovem Artista, promovido pela RBS e Secretaria Estadual da Cultura. Resultado: o primeiro lugar na região da Serra Gaúcha. Dali em diante, Beatriz teria o seu trabalho reconhecido em outros certames, como o Salão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre (Menção Honrosa) e Bienal do Mercosul de 2015. Aposentada da enfermagem e hoje totalmente dedicada ao trabalho com desenho, seu trabalho tem sido compartilhado em mostras individuais e coletivas dentro e fora do Rio Grande do Sul. A artista faz um balanço de seu ingresso e projeção na atividade: “Entrei na hora certa, com cinquenta e poucos anos, sem jamais me sentir incomodada por ter começado na arte em um momento que muitos podem considerar tardio”, avalia. “Para mim, criar é fazer o que os outros não fizeram.”

Sobre o Espaço cultural HPM

Inaugurado como imóvel residencial no final da década de 1920, o palacete do Largo João Amorim de Albuquerque nº 72 abriga há quase 50 anos o Hotel Praça da Matriz. O empreendimento passou por ampla revitalização e, sob o comando da família Patrício desde 2014, hospeda anônimos e famosos (a artista plástica Magliani residiu por três meses em seu retorno à cidade, em 1998), além de abrigar o Espaço Cultural HPM. No foco estão exposições, saraus, lançamentos de livros e outros eventos, em parceria com a empresa Práxis Gestão de Projetos. A origem do imóvel remonta a Luiz Alves de Castro (1884-1965), o “Capitão Lulu”, dono do cabaré-cassino “Clube dos Caçadores”, instalado de 1914 a 1938 na rua Andrade Neves (a poucas quadras dali) e enaltecido por cronistas e escritores como Erico Verissimo. A fortuna amealhada pelo empresário com a atividade ainda bancou, na mesma época, a construção do imponente edifício que hoje sedia o Espaço Cultural Força e Luz (Rua da Praia). Contratado por Lulu, o engenheiro e arquiteto teuto-gaúcho Alfred Haasler projetou quatro andares com subsolo, pátio interno e dois diferenciais naquele tempo: garagem e sistema francês para calefação de água, tudo em estilo eclético, com mármores, azulejos e outros materiais importados. O conjunto está inventariado como de interesse histórico pelo município e contemplado com o programa Monumenta, permitindo a recuperação de fachada, cobertura e estrutura elétrica. O proprietário não teve muito tempo para aproveitar tamanho requinte, pois migrou no início da década de 1930 para o Rio de Janeiro, ampliando atividades (foi sócio do Cassino da Urca e dono de diversos empreendimentos). Com o decreto federal que em 1946 proibiu os jogos-de-azar, Lulu se desfez do seu patrimônio em Porto Alegre. O palacete junto à Praça da Matriz – até então alugado a terceiros – trocou de mãos até ser adquirido em 1949 por um comerciante cuja nora, Ilita Patrício, mantém hoje o estabelecimento hoteleiro.

Carmela Gross na Fundação Iberê Camargo

01/ago

Denominada de “Boca do Inferno”, série de monotipias produzidas por Carmela Gross no Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, entrará em exibição a partir do dia 10 de agosto. Destaque da 34ª Bienal de São Paulo, a obra composta por 160 imagens foi escolhida para a primeira exposição individual da artista na Fundação Iberê Camargo.

Entre 2017 e 2018, a artista colecionou diversas fotos de vulcões publicadas em jornais e livros. A partir dessas imagens, ela desenvolveu a visualidade de cada uma, utilizando operações digitais para ampliar, recortar e simplificar suas formas em manchas compactas em preto e branco. Isso serviu de base para um exercício diário de reprodução dessa visualidade por meio de desenhos a nanquim e lápis sobre papel.

Com esses esboços em mãos, em 2019, Carmela Gross escolheu o Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo para uma imersão de duas semanas nos processos gráficos da monotipia, com a colaboração do artista e impressor Eduardo Haesbaert. Durante esse período, desenvolveu centenas de trabalhos: manchas escuras de tinta que seriam impressas sobre papel e seda, remetendo à ideia de uma grande explosão. “As formas de vulcão têm uma concentração na forma e no gesto dela, do traço, que deixa aquilo pulsante, parecendo que vai explodir”, recorda Eduardo Haesbaert, que foi impressor de Iberê Camargo nos últimos quatro anos de vida e produção do pintor.

Esse processo no Ateliê de Gravura ainda estava em andamento quando os curadores da 34ª Bienal de São Paulo, Paulo Miyada e Jacopo Crivelli Visconti, convidaram a artista para expor os trabalhos na Bienal. “Cento e sessenta vezes, Carmela Gross repete esse ciclo. A cada vez, uma nova erupção, uma nova silhueta, uma nova densidade do pigmento. Cada uma não é necessariamente melhor ou pior que a anterior. Com o acúmulo do fazer, entretanto, o movimento se desvencilha da tendência ao triângulo escaleno, adquirida no desenho repetido dos vulcões. A mancha se torna mais e mais uma mancha, conforme a artista insiste em seu labor. De tanto ser mancha, entretanto, torna-se também pedregulho, meteorito, buraco, tumor”, escreveu Paulo Miyada.

Agora, Carmela Gross apresenta integralmente as monotipias da série. A obra evoca o desabafo e a crítica social feroz do poeta baiano Gregório de Matos, conhecido como “Boca do Inferno”, no século XVII. Portanto, “Boca do Inferno” representa o produto de um processo poético de apreensão e elaboração, remetendo às ideias de vulcão, explosão e impacto, gerando uma verdadeira erupção visual.

“As obras de Carmela Gross parecem ser um exercício premonitório dos tristes acontecimentos recentes em nossa região. Vulcões, em vez das águas que também nos trouxeram destruição, como um retrato em negativo”, destaca Emilio Kalil, diretor-superintendente da Fundação Iberê Camargo, que precisou rever o cronograma de exposições devido à tragédia climática no Rio Grande do Sul: “Boca do Inferno” estava prevista para início de junho, mas Porto Alegre ainda não estava pronta para abrir algumas de suas instituições, nem mesmo para receber visitantes. Tudo havia sido tomado pelas águas, como uma lava”.

A exposição ocupará o terceiro andar da Fundação Iberê Camargo até o dia 17 de novembro.

Dois artistas na Paulo Darzé Galeria

29/jul

A exposição “Trilha dos ossos”, exibição individual de Fábio Magalhães, terá sua mostra na Paulo Darzé Galeria, Salvador, BA, com abertura no dia 30 de julho e também promove a abertura da exposição “Num rastro de relâmpago”, do fotógrafo Aristides Alves. .

Construída em três atos, a mostra “Trilha dos ossos” propõe uma reflexão sobre o tempo e a complexidade da condição humana diante do devir, tentando compreender e lidar com uma realidade inevitável: o fim experiência humana. A mostra tem curadoria de Tereza de Arruda.

Sobre o artista

Fábio Magalhães nasceu em Tanque Novo, Bahia, em 1982. Vive e trabalha em Salvador. Ao longo da carreira, realizou exposições individuais, a primeira em 2008, na Galeria de Arte da Aliança Francesa, em Salvador. Na sequência, “Jogos de significados” (2009), na Galeria do Conselho; “O grande corpo” (2011), Prêmio Matilde Mattos/FUNCEB, na Galeria do Conselho, ambas em Salvador; e “Retratos íntimos” (2013), na Galeria Laura Marsiaj, no Rio de Janeiro. Foi selecionado para o projeto Rumos Itaú Cultural 2011/2013. Entre as mostras coletivas estão: “Convite à viagem” – Rumos Artes Visuais, Itaú Cultural, em São Paulo; “O fio do abismo” – Rumos Artes Visuais, em Belém (PA); “Territórios”, Sala Funarte, em Recife (PE); “Espelho refletido”, Centro Cultural Helio Oiticica, no Rio de Janeiro (RJ); “Paraconsistente”, no ICBA, em Salvador (BA); 60º Salão de Abril, em Fortaleza (CE); 63º Salão Paranaense, em Curitiba (PR); XV Salão da Bahia, em Salvador (BA); e I Bienal do Triângulo, em Uberlândia (MG), entre outras. Entre os prêmios que recebeu, destacam-se: Prêmio Funarte Arte Contemporânea – Sala Nordeste; Prêmio Aquisição e Prêmio Júri Popular no I Salão Semear de Arte Contemporânea, em Aracaju (SE); Prêmio Fundação Cultural do Estado, em Vitória da Conquista (BA), e Menção Especial em Jequié (BA).

“A cada dia que entro no meu espaço de produção artística, reafirma-se em mim que a Arte nos dá a capacidade de imaginar e interagir criticamente com o mundo em que vivemos.”

Fábio Magalhães

A Paulo Darzé Galeria também promove a abertura da exposição “Num rastro de relâmpago”, do fotógrafo Aristides Alves. As fotos constroem uma narrativa com base na memória pessoal e familiar, mas com uma perspectiva universal, compondo um arco que contempla desde o firmamento até o interior do próprio corpo, em diálogo constante com a impermanência e a efemeridade.

Sobre o artista

Aristides Alves nasceu em Belo Horizonte. Desde 1972 mora em Salvador, onde se formou em Jornalismo e Comunicação pela Universidade Federal da Bahia. Realizou a exposição coletiva Fotobahia (1978/1984); foi coordenador do Núcleo de Fotografia da Fundação Cultural do Estado da Bahia, produziu e editou o livro A fotografia na Bahia (1839/2006). Foi um dos fundadores da primeira agência baiana de fotografia, a ASA, e correspondente da agência paulista de fotojornalismo F4. Participou da diretoria executiva da Rede de Produtores Culturais de Fotografia no Brasil e do Fórum Baiano de Fotografia. Realizou diversas exposições individuais e participou de importantes coletivas no Brasil e no exterior. Atualmente realiza trabalhos autorais, projetos editoriais, curadoria e montagem de exposições. Tem 19 livros publicados, dedicados à investigação da paisagem humana e natural do Brasil. Suas imagens estão nos acervos de importantes instituições culturais brasileiras: MAM-Bahia, MAM-Rio de Janeiro, MASP-São Paulo, Museu Afro Brasil-São Paulo e Museu da Fotografia Cidade de Curitiba.

Celebrando a obra de Iberê Camargo

26/jul

Em setembro de 1984, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, inaugurou uma grande exposição em homenagem aos 70 anos de Iberê Camargo. Agora, além de retribuir  e celebrar as sete décadas do MARGS, “trajetórias e encontros” tem outros sentidos. A tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul ressoa no posicionamento público do artista, ligado a urgência de uma “consciência ecológica”. É pelo olhar dele que as duas instituições de memória, e enquanto sociedade, apelam a um compromisso definitivo com a preservação da arte e do meio ambiente

A Fundação Iberê Camargo e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul inauguram a exposição “Iberê e o MARGS: trajetórias e encontros”. Com curadoria de Francisco Dalcol e Gustavo Possamai, a mostra em homenagem aos 70 anos do MARGS (27 de julho de 1954) apresenta 86 obras do artista pertencentes aos acervos das duas instituições e permanecerá em exibição até 24 de novembro. Aproximadamente 80% delas nunca foram expostas, especialmente desenhos – uma vez que as curadorias de Iberê tendem a focar nas pinturas -, juntamente com fotografias do artista, de modo a oferecer um percurso em segmentos, identificados conforme os textos que as acompanham.

O título da exposição foi inspirado em um dos mais importantes eventos no MARGS relacionados ao artista: a mostra “Iberê Camargo: trajetória e encontros”. Ela se deu no contexto das comemorações de seus 70 anos, que incluíram uma retrospectiva apresentada pelo próprio MARGS em 1984 e o lançamento do livro Iberê Camargo em 1985, considerado ainda hoje uma das mais completas publicações de referência sobre o artista. A retrospectiva ocorreu, simultaneamente, a quatro exposições individuais: em Porto Alegre, duas no Rio de Janeiro, e em São Paulo.

Nas décadas seguintes, Iberê ganhou mostras individuais, um livro monográfico, participou de inúmeras exposições coletivas e ministrou cursos. Teve também o ingresso de outras obras suas no acervo por meio de compra, transferência e doação, além de um espaço de guarda de parte de seu arquivo pessoal, o qual destinou à instituição em 1984. Foi também no MARGS que ocorreu sua despedida, com o velório público que teve lugar nas Pinacotecas, o espaço mais nobre e solene do Museu. Iberê Camargo é o artista que mais expôs no MARGS. Até o momento, foram mapeadas sete exposições individuais e mais de cem coletivas. Gustavo Possamai, responsável pela obra do artista na Fundação Iberê Camargo, lembra que aquela exposição reuniu o maior conjunto de obras de Iberê Camargo até então: “Foi um marco na trajetória de Iberê que, com mais de 40 anos de trabalho, ainda produzia em jornadas que chegavam a somar 12 horas ininterruptas pintando em pé.” A organização de uma exposição durante a maior catástrofe ambiental no estado, além de trazer novos sentidos a esta exposição, o trágico contexto do Rio Grande do Sul ressoa no posicionamento público de Iberê, um crítico ferrenho dos governantes pelo descuido irresponsável com a natureza. Agora abriga simbolicamente, como um lar temporário, parte do acervo do MARGS que foi fortemente afetado pelas enchentes.

“Comungamos do entendimento de que seria impossível a exposição se dar em uma espécie de vácuo factual e histórico, compreendendo que não poderia estar alheia à situação e ao momento em que nos encontramos. Assim, a exposição também permite “olharmos” para tudo isso através das “lentes” de Iberê, considerando que notoriamente sempre criticou duramente a falta de cuidado com a natureza, frente aos processos de dominação e destruição do meio ambiente e mesmo das cidades perpetrados pelo homem. Esperamos que os apelos que Iberê fazia à necessidade de consciência ecológica, muito antes dessa tragédia toda acontecer no Rio Grande do Sul, possam agora se renovar encontrando ainda maior ressonância hoje, face aos acontecimentos. Enquanto ainda haja tempo de agirmos para projetar alguma esperança de um futuro para esta e as próximas gerações que assuma maior responsabilidade e compromisso com o cuidado pela preservação da natureza e pelo meio ambiente”, diz Francisco Dalcol.

Sobre os acervos

O acervo da Fundação Iberê Camargo é composto, em sua grande maioria, pelo fundo Maria Coussirat Camargo, a viúva do artista. São mais de 20 mil itens doados por ela, além de mais de 10 mil incorporados após seu falecimento, ainda não processados. Iberê recebia correspondências quase diariamente e mantinha cópias das que enviava.

“O casal fotografou e catalogou a maioria das obras produzidas por ele, além de reunir uma extensa quantidade de materiais, como entrevistas, críticas e notas, praticamente tudo o que se referia a Iberê na imprensa. Os amigos tiveram um papel fundamental nessa compilação, contribuindo com materiais publicados no exterior e de norte a sul do Brasil. Tome-se a biblioteca de Iberê: ela foi verdadeiramente fundida com a biblioteca de Dona Maria, a ponto de ser difícil determinar quem adquiriu ou leu determinado livro, inclusive os mais técnicos, pois ambos os consultavam. Os documentos cobrem toda a trajetória artística de Iberê, incluindo aspectos de sua vida doméstica, desde agendas para a manutenção da casa até carteirinhas de vacinação dos gatos acompanhadas de receitas para dietas felinas”, recorda Ricardo Possamai.

Já o Acervo Artístico do MARGS possui 75 obras do artista, adquiridas a partir de 1955, no ano seguinte à sua criação, por meio de compra, doação e transferência entre instituições do Estado. O conjunto contempla seis pinturas a óleo, além de obras em papel (gravura e desenho). O Acervo Documental do Museu conta com uma extensa documentação sobre o artista, reunindo jornais, revistas, publicações, textos, documentos, fotografias, correspondências, convites e catálogos de exposições. Esse conjunto inclui, em grande parte, os arquivos pessoais que o próprio Iberê destinou ao MARGS, em 1984, para fins de guarda, preservação e disponibilização para pesquisa, aos quais se somam documentos colecionados pelo Museu ao longo de 70 anos até aqui.

Alban Galeria apresenta mostra de Paulo Whitaker

17/jul

A Alban Galeria, Ondina, Salvador, BA, apresenta a exposição “Paulo Whitaker – Solavanco, ou entre o cético e o racional e o místico e sensível”. Trata-se da segunda do artista na galeria, desta vez reunindo obras – pinturas e desenhos – que convergem para uma nova abordagem artística, diferente dos trabalhos produzidos nos últimos anos. Paulo Whitaker ocupa um espaço singular na produção contemporânea brasileira, sendo um artista de renome internacional, com presença em diversas bienais e obras espalhadas por vários países. A abertura da exposição acontecerá no dia 25 de julho e permanecerá aberta ao público até 31 de agosto.

“As pinturas apresentadas aqui substituem a vibração de formas sobrepostas e sobrecarregadas – característica de trabalhos anteriores, realizados entre 2000 e meados da década de 2010 – por superfícies com um número menor de elementos, em que a maioria dos componentes está disposta lado a lado ou em justaposição”, analisa o crítico José Augusto Ribeiro, mestre em Teoria, História e Crítica de Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e atualmente curador-sênior na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Segundo José Augusto Ribeiro, é comum nas obras desta fase atual do artista “que as formas se encostem, liguem-se sutilmente, pelas pontas. Os elementos são colocados, dessa maneira, em relação aberta e direta uns com os outros – autônomos e, a uma só vez, em contato. Quase como se estivessem a lembrar que a produção como um todo conduz sua marcha pelas extremidades da linguagem, a fim de estender-se ao limite, para aproximar-se de outros conhecimentos, técnicas e soluções – da colagem, da gravura, da serigrafia, da escultura”.

Paulo Whitaker, por sua vez, diz que as obras dessa mostra atestam a natureza imprevisível do seu trabalho. Como ele observa, o uso do stencil e das “máscaras” de papel é marcado por uma “inserção abrupta”, que se reforça com as próprias características de sua criação: “Sempre trabalhei no chão, fazendo pinturas que vão sujando, ficando menos limpas, manchadas, deixando aparente o processo criativo. Tudo o que a pintura passou até chegar a um resultado final fica registrado na criação. Não tenho ímpeto de esconder isso. Tudo é explicito. O uso do papel na feitura das máscaras facilita essa exposição criativa, levando aos contornos imprecisos do que pretendo evidenciar”, explica o artista, lembrando que “hoje em dia me sinto muito a vontade para revisitar o meu trabalho de 30 anos atrás, trabalhando em cima disso, ainda que com o necessário distanciamento”.

Artista renomado

Nome renomado do circuito nacional de arte contemporânea, Paulo Whitaker pode ser identificado, de certa maneira, como um integrante da Geração 80 que reivindicou um retorno à pintura, como resposta ao conceitualismo em voga até então. Ainda que estivesse geograficamente distante de nomes como Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leda Catunda, Luiz Zerbini e mais, o artista partilhava do mesmo senso de vocação quase única e exclusiva à prática pictórica, entendendo a pintura como um ofício diário, digno tanto de densas articulações teóricas quanto de um modelo de trabalho que o exigia (e ainda exige), rigor, dedicação plena e integral a este fazer artístico. Em seu processo, Paulo Whitaker encara a superfície da tela como um plano livre, onde formas, cores e demais elementos aparecem ao longo da feitura da obra, sem que o artista estabeleça um pensamento prévio ou defina pragmaticamente um resultado já pensado para o trabalho artístico. Em sua vasta trajetória, o artista tem sido radicalmente fiel à ideia de um processo de trabalho que viu, ao longo das décadas, o surgimento de cores mais vibrantes tomarem suas telas, ainda que tenha seguido fiel à ideia de um percurso de realização que se assemelha a uma constante resolução dos “problemas” que estas vão lhe apresentando, conforme as pinta, em seu atelier.

Sobre o artista

Nascido em São Paulo em 1958, pintor e desenhista, Paulo Whitaker formou-se em Educação Artística na Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina – Udesc/SC, em 1984.  Entre 1991 e 1992, tornou-se artista residente no Plug In, em Winnipeg, no Canadá, em E-Werk Freiburg na Alemanha e em 1999 no The Banff Centre for the Arts, também no Canadá. Neste mesmo ano participou da exposição Arte Contemporânea Brasileira sobre Papel no MAM, em São Paulo. Ao longo de sua trajetória, participou de importantes eventos internacionais, como a 3ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre; a Biennale de Montreal/Canadá, e a Bienal Internacional de São Paulo.  Em 1993, recebeu o Prêmio Gunther de Pintura do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, em 1998, no VI Salão Nacional Victor e o Grande Prêmio no Museu de Arte de Santa Catarina. Recentemente, participou das exposições: 2024-A Maior Metade, com Virgílio Neto, Galeria Index, Brasília; 2022-Uma Mão Lava a Outra, Olhão SP, collab Virgílio Neto, curadoria de Antônio Lee e, no mesmo ano, Pequenas Pinturas, Auroras SP, curadoria de Ricardo Kugelmans e Pollyana Quintella em 2021-Setas e Turmalinas, Casa de Cultura do Parque, curadoria Gisela Domschke. As obras do artista estão em acervos de importantes instituições e museus como: Museu de Arte de Santa Catarina – MASC, Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC/USP, Museu de Arte Contemporânea do Paraná – MAC/PR, Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Älvares Penteado – MAB/Faap, Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outros.

Em Salvador urgências do mundo contemporâneo

10/jul

Por meio de uma parceria entre a Fundação Bienal de São Paulo e a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia por meio do IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) exibe uma seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a exposição, bem-sucedida em 2023 em termos de público e crítica, estará em exibição na capital soteropolitana até 28 de julho.

Salvador sedia uma das maiores exposições realizadas fora do Pavilhão da Bienal de São Paulo no Ibirapuera, com dezoito participantes: Citra Sasmita, Davi Pontes e Wallace Ferreira, Edgar Calel, Emanoel Araujo, Inaicyra Falcão, Julien Creuzet, Leilah Weinraub, Luiz de Abreu, M’Barek Bouhchichi, MAHKU, Malinche, Marilyn Boror Bor, Maya Deren, Quilombo Cafundó, Rosana Paulino, Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich, Torkwase Dyson e Xica Manicongo.

A 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível explora as complexidades e urgências do mundo contemporâneo ao abordar obras que tratam de transformações sociais, políticas e culturais. A curadoria busca tensionar os espaços entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, o real e o imaginário, ao ressaltar diversas questões e perspectivas de maneira  Para os curadores, é crucial que a exposição alcance mais cidades, transcendendo os limites do Pavilhão da Bienal. Segundo eles, “os debates propostos pela 35ª Bienal atravessam inúmeros territórios de todo o mundo; assim, não restringir as coreografias do impossível ao Pavilhão da Bienal é de extrema importância para o trabalho realizado”.

Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, enfatiza a importância não apenas de levar as coreografias do impossível para um público mais amplo, mas também de fortalecer os laços entre as instituições. Bruno Monteiro, secretário de Cultura do Estado da Bahia, fala sobre a importância de receber um evento como a Bienal de São Paulo: “É uma responsabilidade muito grande para nós, do Governo do Estado da Bahia, recebermos a maior coleção da Bienal fora do pavilhão oficial. Isso é fruto de muita articulação e do compromisso que nós temos de valorização e difusão das expressões artísticas e culturais em nosso estado”, afirma.

Evento itinerante em Brasília

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (SECEC-DF) e a Fundação Bienal de São Paulo levam para o Museu Nacional da República uma seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a exposição estará em exibição em Brasília até 25 de agosto, com entrada gratuita. A capital nacional irá sediar a oitava exposição realizada fora do Pavilhão da Bienal de São Paulo no Ibirapuera, contando com treze participações artísticas: Deborah Anzinger, Denilson Baniwa, Katherine Dunham, MAHKU, Manuel Chavajay, Maya Deren, Melchor María Mercado, Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, Nikau Hindin, Rosa Gauditano, Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich, Torkwase Dyson e Zumví Arquivo Afro Fotográfico.

Para os curadores, sempre foi crucial que a exposição alcançasse outras cidades além de São Paulo. Segundo eles, “os debates propostos pela 35ª Bienal atravessam inúmeros territórios de todo o mundo; assim, não restringir as coreografias do impossível ao Pavilhão da Bienal é de extrema importância para o trabalho realizado”.

Para o Secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, receber a 35ª Bienal de São Paulo no Museu Nacional da República representa um marco e um legado na ascensão da cultura do DF: “A Bienal de São Paulo é a maior exposição de artes visuais do hemisfério sul. E para nós é uma grande conquista trazer uma itinerância deste evento tão importante para o Museu Nacional da República, para a nossa cidade, que se firma cada vez mais como referência de arte contemporânea no Brasil. Na nossa gestão, todas as formas de cultura são valorizadas, sejam as artes cênicas com a reforma do Teatro Nacional, sejam as artes visuais com a parceria com a Fundação Bienal de São Paulo. A nossa missão é tornar o DF um polo cultural e um importante vetor na difusão da nossa cultura nacional”.

Celebrando quatro décadas

08/jul

A galeria Simões de Assis completou 40 anos! Uma história iniciada em Curitiba, em 03 de julho de 1984, por Waldir Simões de Assis Filho. Desde a sua abertura, artistas como Volpi, Tomie Ohtake, Barsotti, Ianelli, Juarez Machado, Rubens Gerchman, Manabu Mabe, Jorge Guinle, Cícero Dias, entre outros, estiveram presentes em mostras na galeria.

Ao longo dos anos o time de artistas foi expandindo com importantes nomes como: Abraham Palatnik, Antônio Dias, Gonçalo Ivo, Ascânio MMM, José Bechara, Elizabeth Jobim, Angelo Venosa entre outros.

A Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente, para a produção latino-americana, trazendo expoentes da arte cinética e concreta internacional como Cruz-Diez, Sotto e Antonio Asis.

A Simões de Assis, administrada pelas duas gerações da família desde 2011, propõe uma revisão constante da produção artística do passado a partir de reflexões da arte contemporânea, e promove o diálogo transgeracional entre os artistas.

A galeria se especializou na preservação e difusão do espólio de importantes artistas como Carmelo Arden Quin, Cícero Dias, Emanoel Araujo, Ione Saldanha, Miguel Bakun e Niobe Xandó, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis.