O que é arte contemporânea?

19/jan

A produção de Arte dos últimos 50 anos revolucionou padrões estabelecidos. Muito menos pictórica e muito mais simbólica, a arte contemporânea expressa sua potência criativa de forma, no mínimo, inusitada. O que faz com que uma banana colada na parede com fita adesiva possa ser considerada uma obra de arte? Ou, ainda, como explicar que uma tela destruída pelo artista imediatamente após a venda milionária em um leilão, valorize ainda mais? Quais mecanismos externos à obra de arte permitem que ela seja considerada como tal?

Em três encontros, o artista visual Daniel Escobar fala sobre a produção de arte contemporânea, apresentando-a na perspectiva de um sistema cultural, organizado a partir de feiras, exposições, coleções e redes sociais. Partiremos de obras e artistas como Banksy, Bruno Moreschi, Damien Hirst, Rosângela Rennó, Maurizio Cattelan, entre outros, para conhecer os caminhos que orientam a arte contemporânea, mantendo-a tão viva e necessária como em outros tempos.

Para participar, inscreva-se pelo site do Instituto Ling, bairro Três Figueiras, Porto Alegre, RS, ou garanta seu ingresso na recepção do centro cultural. As vagas são limitadas!

O ministrante

Daniel Escobar é doutorando em Poéticas Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS, além de mestre e graduado no curso de Artes Visuais pela mesma instituição. Sua experiência no campo da educação passa por instituições como Bienal do Mercosul, onde atuou como supervisor de mediadores, pelo Farol Santander Porto Alegre, onde foi assistente de coordenação da Ação Educativa, e pelo Instituto Inhotim, onde atuou junto à coordenação de arte e educação e foi responsável pela implantação dos programas de visitas escolares. Vive em Entre-Ijuís onde é gestor do espaço @oficinaescobar.

Uma novidade para Salvador

21/dez

É com muita alegria que anunciamos a chegada da Galatea na cidade de Salvador! Em busca de ampliar o nosso público e as nossas conexões para além do eixo Rio-São Paulo, será inaugurada no dia 31 de janeiro de 2024 a nossa nova sede na Rua Chile, no centro histórico da capital baiana. Primeiro logradouro do Brasil, a rua se situa entre a Praça Castro Alves e o Elevador Lacerda. Entre as diversas construções emblemáticas que a rua abriga está o Edifício Bráulio Xavier, cujo térreo passa a ser ocupado pela Galatea. O edifício modernista é famoso por ter em sua lateral o mural intitulado A colonização do Brasil, feito pelo artista Carybé em 1964.

Para a inauguração realizaremos uma grande exposição coletiva reunindo, além de artistas representados pela galeria, como o pernambucano Aislan Pankararu, o baiano José Adário e o pernambucano radicado na Paraíba Miguel dos Santos, outros nomes de diversas áreas do Nordeste.

A reforma do espaço é assinada pelo Estúdio Anagrama. Sediado em Salvador, o estúdio se volta para a restauração e renovação de construções históricas e para a produção de arquiteturas, mobiliários e objetos com o olhar atento ao reuso.​

A chegada da galeria se alinha a um momento em que o centro histórico de Salvador recebe diversas iniciativas de restauração dos seus edifícios e de recuperação da sua vida turística e cultural. Além disso, a cidade como um todo vem acolhendo novas iniciativas e projetos no âmbito das artes visuais, como a criação do MAC – Museu de Arte Contemporânea, inaugurado em setembro; a reabertura do MUNCAB – Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira; a abertura de uma nova sede da Pivô em um casarão histórico no Boulevard Suiço; entre outros.

Estamos muito animados para começar 2024 embarcando nessa nova aventura!

 

Destaque na Galeria Fonte do Instituto Inhotim

A exposição “Direito à Forma”, está em destaque na Galeria Fonte do Instituto Inhotim, Brumadinho, MG. A partir de uma seleção poderosa, a mostra proporciona uma investigação profunda sobre a relação entre forma e narrativa na arte de autoria negra no Brasil. Para isso, conta com trinta artistas negros e negras, cujas obras, parte da coleção do Inhotim, transcendem questões figurativas, ampliando as possibilidades da presença negra no fazer artístico brasileiro. A exposição reúne trabalhos de diferentes gerações, como Mestre Didi, Rubem Valentim, Emanoel Araujo, Castiel Vitorino Brasileiro, Luana Vitra e Tadáskía, entre outros importantes nomes da arte nacional.

 

Até 01 de março de 2024.

 

 

Instalações de Joana Vasconcelos no Brasil

14/dez

Museu Oscar Niemeyer promove até maio de 2024, a maior exposição individual de Joana Vasconcelos no Brasil. O Museu Oscar Niemeyer (MON) levará seu público a uma imersão no mundo mágico da atista portuguesa Joana Vasconcelos. “Extravagâncias” é a maior exposição individual da artista no Brasil e uma das mais grandiosas já promovidas pelo MON.

“Olho e diversos espaços singulares abaixo dele, andares da torre e a principal rampa interna do Museu foram ocupados pelo colorido e pela criatividade dessa artista que vive e trabalha em Lisboa, mas cuja arte transborda os limites de Portugal e da Europa e fascina o público de vários continentes”, diz a diretora-presidente do Museu, Juliana Vosnika. “Instalações e esculturas monumentais extrapolam o espaço e invadem o MON, convidando o visitante a mergulhar num universo jamais criado no Museu”, acrescenta. Sua “Valquíria Miss Dior”, obra internacionalmente famosa, é a atração do mais nobre espaço expositivo do Museu. Com estratosféricas dimensões (aproximadamente 7 metros de altura e mais de 20 metros de comprimento), a incrível obra mistura crochê de lã feito à mão, tecidos e poliéster, suspensa em cabos de aço, numa peça única.

“Outro destaque é a “Valquíria Matarazzo”, que recepciona o público instalada sobre a rampa principal de acesso ao Museu, na entrada de visitantes, local nunca antes utilizado como espaço expositivo”, conta Juliana Vosnika. A secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, afirma que mais uma vez o Museu Oscar Niemeyer se consolida como um dos mais importantes do cenário internacional da arte contemporânea ao receber a maior exposição da artista Joana Vasconcelos no Brasil. “Tenho certeza de que esta será uma experiência inesquecível para o público visitante”.

A artista plástica Joana Vasconcelos diz estar muito feliz por voltar ao Brasil e poder reunir a última “Valquíria (Miss Dior)” com a que criou para a Matarazzo, num diálogo muito interessante não só entre as duas obras, mas também com a arquitetura do Museu. “Concebi ainda, especialmente para o MON e pela primeira vez na minha carreira, uma mostra de maquetes que vai permitir explorar a ligação da obra de arte com o espaço e a arquitetura, uma ideia que surgiu a partir do privilégio que é expor no “Olho” do Niemeyer”.

 

A curadoria

 O curador da mostra, o francês Marc Pottier, afirma que “Extravagâncias” transcende o barroco e o kitsch. “Depois do Guggenheim de Bilbao, do Château de Versailles, do Palazzo Grassi de Veneza, a artista apresenta a sua primeira exposição museológica no Brasil”, afirma. Ele explica que a gigantesca instalação “Valquíria Miss Dior” foi criada neste ano pela artista para o desfile da Dior, em Paris, e atualmente figura nas vitrines da marca em vários locais do planeta. “É uma obra que desafia todas as tendências artísticas e quebra a monotonia de uma estética”, diz o curador. “A seleção de modelos dos seus principais projetos site-specific realizados em todo o mundo permite-nos captar a amplitude de uma personalidade extraordinária que parece ter o céu como limite”, acrescenta.

Além do Olho e da rampa do Museu, o trabalho da artista ocupa os andares da torre e espaço Araucária, onde o público poderá ver obras como “Pantelmina”, “Big Booby”, maquetes dos icônicos “Solitário”, “Castiçais”, “Gateway”, “Bolo de Noiva”, “Máscara” e “Sapato”, além de diversos painéis.

 

Sobre a artista

Joana Vasconcelos tem uma trajetória profissional de aproximadamente 30 anos que abarca uma enorme variedade de técnicas. Reconhecida pelas suas esculturas monumentais e instalações imersivas, descontextualiza objetos do cotidiano e atualiza o conceito de artes e ofícios para o século XXI, estabelecendo um diálogo entre a esfera privada e o espaço público, a herança popular e a alta cultura. Com humor e ironia, questiona o estatuto da mulher, a sociedade de consumo e a identidade coletiva. A aclamação internacional teve início em 2005, com “A Noiva”, na primeira Bienal de Veneza curada por mulheres. Foi a mais jovem artista e primeira mulher a expor no Palácio de Versalhes. Em 2012, a sua exposição foi a mais visitada na França em 50 anos, com um público recorde de 1,6 milhão de pessoas. Em 2018, Joana Vasconcelos tornou-se a primeira artista portuguesa a ter uma individual no Guggenheim de Bilbao, a quarta melhor daquele ano no ranking do The Art Newspaper e a terceira mais visitada da história do museu. Atualmente, em 2023, ela concretizou a honra de expor nas Galerias Uffizi e no Palácio Pitti, em Florença, ao lado de mestres clássicos como Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Caravaggio e Botticelli. Com obras de arte e exposições em quatro continentes, a artista foi agraciada com mais de 30 prêmios. Em 2009, recebeu o grau de Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique pela Presidência da República Portuguesa e, em 2022, tornou-se Oficial da Ordem das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura Francês. Desde 2006, mantém o Atelier Joana Vasconcelos, com mais de 50 funcionários. Em 2012 criou a Fundação Joana Vasconcelos para conceder bolsas de estudo, apoiar causas sociais e promover a arte para todos.

 

Sobre o MON 

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

 

As cores vívidas de Thalita Hamoui

O MAC Paraná, Curitiba, apresenta a exposição individual da artista visual Thalita Hamoui. Suas obras já foram exibidas em diversas instituições renomadas, incluindo a Foley Gallery, em Nova York, e o Centro Cultural São Paulo. As pinturas são repletas de cores vívidas, revelam uma elaboração singular e não são construídas pela observação, mas por resquícios sensoriais de suas memória.

Sob a titulação de “A Terra e o Devaneio da Vontade”, Thalita Hamoui, recebeu curadoria de Priscyla Gomes. O título remete à obra homônima do filósofo francês Gaston Bachelard, publicada em 1948. O museu, que funciona temporariamente no MON, recebe a mostra na Sala 9. Thalita Hamoui graduou-se em Artes Plásticas na  Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) em 2006.

Segundo Priscyla Gomes, curadora da mostra, “A Terra e o Devaneio da Vontade” estabelece um paralelo com a obra do filósofo francês Gaston Bachelard, propondo uma jornada pela percepção. A filosofia de Bachelard é refletida nas telas de Thalita Hamaoui, evidenciando a importância da interação física, da manipulação e da exploração da Terra.

“Há nessas paisagens um indiscernimento entre noite e dia, entre o que é vegetal, o que é aquático e o que é terroso. Tudo é miscível e se completa, numa fusão extasiante de tons áureos”, afirma a curadora. A mostra de Thalita Hamoui é um convite à imersão sensorial, uma intersecção entre arte visual e filosofia que materializa, por meio de seus devaneios, a sua percepção da Terra.

 

Residências artísticas cruzadas

13/dez

Aliança Francesa e Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, apresentam o resultado da residência artística do pintor francês Louis Guillaume. “Synchretismo” é a primeira produção realizada no ateliê localizado na casa onde viveu o pintor Iberê Camargo, no bairro Nonoai.

No próximo sábado, 16, a Aliança Francesa Porto Alegre e a Fundação Iberê Camargo apresentam “Synchretismo: mostra de residência de Louis Guillaume”. O evento acontece na Casa Iberê, Rua Alcebíades Antônio dos Santos, 110 – bairro Nonoai, das 11h às 17h, e contará com interpretação de LIBRAS e tradução.   

Aos 28 anos, o artista francês vive e trabalha em La Rochelle, onde desenvolve uma prática artística ligada à natureza e às estações, na qual cada mês do ano permite a colheita de materiais do meio ambiente. Através de seu olhar e manipulação, esses elementos, recolhidos em passeios e deambulações no espaço natural e urbano, transformam-se em instalações orgânicas que preservam os atributos originais dos materiais e enfatizam suas capacidades plásticas, sem deixar, portanto, de evocar a natureza. Em Porto Alegre, o artista recolheu materiais na Trilha Iberê – localizada atrás do prédio da Fundação Iberê Camargo, na orla do rio Guaíba e no Mercado Público. Além de se hospedar na casa que viveu Iberê Camargo, foi no ateliê do pintor que Louis produziu as obras desta mostra. 

 

Camila Proto: uma artista brasileira na França

A residência cruzada acontece no âmbito do 6º Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea, que também selecionou a artista brasileira Camila Proto para uma residência artística no Centre Intermondes de La Rochelle, em 2024. O prêmio é promovido pela Aliança Francesa Porto Alegre, com apoio da Fundação Iberê Camargo, Consulado da França em São Paulo, Centre Intermondes de La Rochelle e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, e conta com o patrocínio da Timac Agro. 

Aos 27 anos, Camila é doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dentre sua participação em exposições, destacam-se o Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa (2019 e 2020, Porto Alegre), o 10º Festival Novas Frequências (2020, Rio de Janeiro), a Exposição Internacional “ComCiência” (2019, Belo Horizonte), o I Circuito Latino-americano de Arte Contemporânea (2021, Porto Alegre) e a exposição Abre-Alas 18, na Galeria A Gentil Carioca (2022, Rio de Janeiro). Ela também se consagrou como uma das artistas mais novas a ter uma exibição individual no MARGS. TERRALÍNGUA, que especulou a composição da linguagem e do planeta, integrou em 2023 o programa público Poéticas do Agora.  

 

 

Deserto e sertão de Heloísa Maia

08/dez

Enquanto visitava o Marrocos, a artista plástica paraibana Heloísa Maia teve uma epifania. Ela viu o Marrocos no sertão nordestino, e o sertão no Marrocos. Dessa sua percepção, que envolve fisionomias, paisagens, flores, bichos, nuanças de cores, silêncios e uma incrível luminosidade, nasceu sua exposição “Deserto. (De)sertão, Sertão… Ancestral”, na galeria da Igreja São Francisco, em João Pessoa. Uma obra que magnetiza. 

Tal inspiração de Heloísa brotou de memórias familiares, relatos de seu pai que em uma viagem identificou-se afetivamente com o Marrocos. Para materializar em quadros seu sentimento de vínculo àquele país, a artista trouxe de lá pigmentos minerais e materiais orgânicos, que misturou aos do nosso sertão. “A mostra é muito bonita. Eu a apreciei ainda mais por ter ouvido, na véspera, da própria Heloísa o que a motivou e inspirou. As fotos são do pátio interno azulejado da Igreja São Francisco”. 

Fonte: Hildegarde Angel Jones.

 

 

Diversas premiações

06/dez

A Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, venceu duas categorias do Prêmio Açorianos de Artes Plásticas: Destaque Instituição e Destaque Publicações, com o catálogo “Magliani”. 

Realizado pela Coordenação de Artes Visuais da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, a cerimônia ocorreu no Teatro Renascença. Também foram entregues os prêmios concedidos por parcerias. Carolina Grippa, curadora da exposição “Trama: Arte Têxtil no Rio Grande do Sul”, realizada em dezembro do ano passado pela Fundação Iberê Camargo e Ministério da Cultura/Governo Federal, com patrocínio da Petrobras, levou o prêmio de Jovem Curador(a), oferecido pela Aliança Francesa de Porto Alegre. Já Mauro Espíndola venceu o Prêmio de Residência Artística no Ateliê de Gravura, oferecido pela Fundação.

A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio do Grupo Gerdau, Itaú, Grupo Savar, Renner Coatings, Grupo GPS, Grupo IESA, CMPC, Savarauto Perto, Ventos do Sul, DLL Group, Lojas Pompéia e DLL Financial Solutions Partner; apoio da Renner, Dell Technologies, Pontal Shopping, Laghetto Hotéis, Coasa Auditoria, Syscom e Isend, e realização do Ministério da Cultura/ Governo Federal. 

 

Os jardins de Wilson Cavalcanti

23/nov

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS, instituição da Secretaria de Estado da Cultura do RS – Sedac, e o Banrisul apresentam a exposição “Wilson Cavalcanti – Os jardins que me habitam”. A mostra será inaugurada no dia 25 de novembro, às 10h30, em evento aberto ao público, e seguirá em exibição até 18 de fevreiro de 2024, ocupando duas salas no 2º andar expositivo do Museu. A exposição é parte da ampla programação comemorativa, alusiva ao aniversário de 70 anos do MARGS, a ser celebrado em 27 de julho.

A exposição

A exposição “Os jardins que me habitam” é a primeira a trazer uma compreensão mais abrangente e histórica sobre a produção artística de Wilson Cavalcanti, o Cava. Contemplando os mais de 50 anos de trajetória do artista, sendo também a sua primeira individual apresentada pelo MARGS, a mostra apresenta uma abordagem que revisa e aprofunda o entendimento público da sua diversificada e extensa produção, desenvolvida em desenho, gravura, pintura e objeto. Além de trazer a parte mais reconhecida e consagrada de seu trabalho, sobretudo o viés figurativo e expressionista em gravura e pintura; redimensiona a sua obra ao trazer a público produções menos conhecidas, a exemplo de seus desenhos-pinturas, suas pinturas-objetos, os procedimentos construtivos e os flertes com a abstração, assinalando a importância em sua poética pessoal e a relevante contribuição no contexto das transformações do meio de arte e das convenções do fazer artístico vivenciadas por sua geração na história da arte sul-rio-grandense. Assim, a mostra revela um artista inquieto, polivalente, em constante produção e que pauta a sua prática artística em grande parte pelo emprego dos procedimentos experimentais e mesmo conceituais que desenvolve. São apresentadas mais de 100 obras, realizadas desde os anos 1970, incluindo parte de seus trabalhos que integram o Acervo Artístico do MARGS, onde está representado com mais de 30 obras.  Organizada e realizada pelo MARGS, a exposição tem curadoria de Felipe Caldas, curador convidado, e Francisco Dalcol, diretor-curador do MARGS, com produção de José Eckert, Núcleo de Curadoria do Museu.

Sobre o artista

Wilson Cavalcanti, Pelotas/RS, 1950, notoriamente conhecido por Cava, é artista e professor, com atuação também como educador social no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, onde foi aluno de Paulo Peres e Danúbio Gonçalves, também foi professor do Atelier Livre, Participou do Festival de Inverno de Ouro Preto, estudou gravura em metal com Assunção Souza, cursos com Carlos Martins, Marília Rodrigues. Teve trabalhos publicados em jornais e revistas como Folha da Manhã, Pasquim, Zero Hora, Versus, Planeta. Sua obra foi exibida no Uruguai, Argentina, Chile, Alemanha, França, Holanda, Grécia, Canadá, México, Japão, Espanha e Egito, Ponto de Arte. Possui obras nos acervos: MARGS, Pinacoteca Aldo Locatelli de Porto Alegre, Fundação Vera Chaves Barcellos, Pinacoteca Barão de Santo Ângelo da UFRGS, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, Museu Casa da Xilogravura, Viamão.

Novo livro de Marcio Pimenta

22/nov

Às 10h30 deste sábado, dia 25, Marcio Pimenta lança seu livro de fotografias “O Homem e a Terra” no auditório do Instituto Ling, Três Figueiras, Porto Alegre, RS. O livro é uma exploração documental e artística. Fotógrafo da National Geographic, Marcio Pimenta viajou pela América do Sul com o objetivo de pesquisar, testemunhar e documentar uma questão importante em tempos de emergência climática: como o Homem se relaciona com a Terra para explorar recursos naturais e quais impactos na paisagem e nas gerações futuras descendem dessa ação.

Sobre o autor

Marcio Pimenta é explorador, fotógrafo, cineasta e palestrante. Membro do The Explorers Club e da National Geographic Explorer. Sua obra se dedica a testemunhar a História da Humanidade, marcada por conquistas e perdas. Formado em Economia, com doutorado em Estudos Americanos pela Universidad de Santiago do Chile, em 2013 abandonou a carreira acadêmica para se dedicar a carreira de contador de histórias visuais. Testemunha de acontecimentos importantes do nosso tempo, Pimenta espera que o resultado do seu trabalho seja utilizado para estudos antropológicos, sociológicos, econômicos, geográficos, históricos e estéticos. Atua em regiões como a Antárctica, Patagônia, Guerra do Iraque e Amazônia. Seu trabalho foi apresentado em diversas publicações impressas e on-line em todo o mundo, incluindo National Geographic, Rolling Stone e The Wall Street Journal. É autor de dois livros: “Yazidis” e “O Homem e a Terra”.