Os anos 1980 no CCBBRio.

01/out

O CCBB RJ inaugura a exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil”, um panorama da década de 1980 no Brasil.

A exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” será inaugurada no dia 02 de outubro como parte das comemorações pelos 35 anos do CCBB RJ. Com Raphael Fonseca como curador-chefe e Amanda Tavares e Tálisson Melo como curadores-adjuntos, a mostra, inédita, apresentará cerca de 300 obras de mais de 200 artistas de todas as regiões do país, mostrando um amplo panorama das artes brasileiras na década de 1980. Completam a mostra elementos da cultura visual da época, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos icônicos, ampliando a reflexão sobre o período. “Fullgás”, assim como a música de Marina Lima, deseja que o público tenha contato com uma geração que depositou muito de sua energia existencial não apenas no fazer arte, mas também em novos projetos de país e cidadania. Uma geração que, nesse percurso, foi da intensidade à consciência da efemeridade das coisas, da vida”, afirmam os curadores.

A exposição ocupará todas as oito salas do primeiro andar do CCBB RJ, além da rotunda, e será dividida em cinco núcleos conceituais cujos nomes são músicas da década de 1980: “Que país é este”(1987), “Beat acelerado”(1985),”Diversões eletrônicas”(1980), “Pássaros na garganta”(1982) e “O tempo não para” (1988). Na rotunda do CCBB haverá uma instalação com balões do artista paraense radicado no Rio de Janeiro Paulo Paes.  A mostra aborda o período de forma ampla, entendendo que seus questionamentos e impulsos começaram e terminaram fora do marco temporal de dez anos que tradicionalmente constitui uma década. Desta forma, a exposição abrange o período entre 1978 e 1993, tendo como marcos o final do Ato Institucional 5 e o ano posterior ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. “Consideramos para a base de reflexões este arco de quinze anos e todas as suas mudanças estruturais e culturais para pensarmos o Brasil: do fim da ditadura militar ao retorno a uma democracia que, logo na sequência, lidará com o trauma de um impeachment”, contam os curadores, que selecionaram para a exposição obras de artistas cujas trajetórias começaram neste período.

Nas artes visuais, a Geração 80 ficou marcada pela icônica mostra “Como vai você, Geração 80?”, realizada no Parque Lage, em 1984. A exposição no CCBB entende a importância deste evento, trazendo, inclusive, algumas obras que estiveram na mostra, mas ampliando a reflexão. “Queremos mostrar que diversos artistas de fora do eixo Rio-São Paulo também estavam produzindo na época e que outras coisas também aconteceram no mesmo período histórico, como, por exemplo, o “Videobrasil”, realizado um ano antes, que destacava a produção de jovens videoartistas do país”, ressaltam os curadores. Desta forma, “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” terá nomes de destaque, como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leonilson, Luiz Zerbini, Leda Catunda, entre outros, mas também nomes importantes de todas as regiões do país, como Jorge dos Anjos (MG), Kassia Borges (GO), Sérgio Lucena (PB), Vitória Basaia (MT), Raul Cruz (PR), entre outros.  Para realizar esta ampla pesquisa, a exposição contou, além dos curadores, com um grupo de consultores de diversos estados brasileiros.

Até 27 de janeiro de 2025.

Exibição de Slugbug de Ernesto Neto.

30/set

Para o “Slugbug” (Ernesto Neto / G10-a) instalado na área Green Hills TsuyamaTsuyama/Green Hills Tsuyama, Japão, a entrada no interior da obra por enquanto está proibida para garantir a qualidade da obra. Os visitantes podem ver o trabalho do lado de fora. Estreia hoje, dia 30 de setembro.

A trajetória artística de Luiz Sacilotto.

27/set

A galeria Almeida & Dale convida para a abertura da exposição “Sacilotto Contemporâneo: Cor, Movimento, Partilha”, neste sábado, dia 28 de setembro, às 11h, no MAC USP, Vila Mariana, em São Paulo, SP.

A mostra, em comemoração ao centenário de Luiz Sacilotto, oferece uma análise nova e abrangente de sua trajetória artística, com destaque para sua retomada à pintura nos anos 1970 e suas criações até os anos 2000, pouco estudadas até hoje. Obras importantes de coleções internacionais foram incluidas, voltando pela primeira vez ao país.

A produção de Luiz Sacilotto, marcada pela pesquisa contemporânea de efeitos vibracionais e cromáticos, é apresentada com uma constelação de obras anteriores, mostrando como suas experimentações em cor e forma evoluíram ao longo dos anos, mantendo a coerência de sua opção pela arte concreta. A curadoria é de Ana Avelar e co-curadoria de Renata Rocco.

Galatea na ArtRio 2024Até 29 de setembro | Marina da Glória |Stand [Booth] B7

26/set

O estande da Galatea, São Paulo e Salvador, na ArtRio 2024, Marina da Glória, Rio de Janeiro, RJ, apresenta uma seleção de obras que reflete o seu programa. Trazendo desde jovens artistas que emergem na cena atual, passando por artistas representados pela galeria, além de nome fundamentais da arte moderna e contemporânea brasileira, o estande coloca em contato trabalhos relacionados a diferentes vertentes de destaque na arte do século XX, como o construtivismo geométrico, a abstração informal, a arte têxtil e artistas da chamada arte popular. A partir de correspondências intergeracionais que se estabelecem ora através de recursos formais, ora através dos temas abordados nas obras, o estande se organiza em quatro núcleos: paisagens e vegetações; abstrações orgânicas; abstrações geométricas; e volumes e tramas.

Os artistas apresentados são: Adriana Varejão, Allan Weber, Athos Bulcão, Bruno Novelli, Camila Leite, Carolina Cordeiro, Danielle Cavalier, Décio Vieira, Ernesto Neto, Frans Krajcberg, Gabriela Melzer, Gabriella Marinho, Galeno, Genaro de Carvalho, Grauben do Monte Lima, Heloísa Juaçaba, Hércules Barsotti, Israel Pedrosa, Jaider Esbell, José Antônio da Silva, Katie van Scherpenberg, Lygia Pape, Marilia Kranz, Mira Schendel, Mucki Botkay, Norberto Nicola, Paulo Roberto Leal, Rivane Neuenschwander, Rubem Ludolf, Sergio Camargo, Tunga e Ubi Bava.

Nova representação.

A Almeida & Dale, São Paulo, SP, anuncia a representação do artista Ivan Campos (1960, Rio Branco, AC, Brasil).

Ivan Campos constrói visões de ambientes naturais densamente povoados por animais, espécies vegetais e grafismos. A sua pintura apresenta uma visão fantástica da mata fechada, caracterizada pela alta interação interespécies, em que a noção de ecossistema da floresta transborda para a pintura. Deste modo, formas e cores se moldam mutuamente. Segundo Ivan Campos: “posso dizer que combino a cor e a forma, muitas vezes a cor esconde a forma e a forma esconde a cor”.

O motivo da pintura é encontrado pelo artista no ambiente em que está inserido: a floresta amazônica, com seus rios e igarapés, aspectos místicos de sua vivência com a ayahuasca e cenas de interiores, o que resulta em uma visão integrada das diversas camadas da natureza. Em suas telas, Ivan Campos não visa uma representação naturalista da floresta, antes reitera a indissociável ligação da percepção com a memória e a imaginação.

Sobre o artista

Ivan Campos realizou sua primeira exposição individual em 2000, na Galeria de Artes do Sesc-Acre. Em 2024, foi selecionado para o 38º Panorama Atual de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), e integra também a coletiva “Fullgas” com curadoria de Raphael Fonseca no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB/RJ).

A Feira ArtRio 2024.

 

Começou a 14ª edição da Feira de Arte do Rio de Janeiro. Fundada em 2011, a ArtRio é reconhecida como um dos mais relevantes eventos do calendário das artes da América Latina. Sua décima quarta feira acontece entre os dias 25 e 29 de setembro, na Marina da Glória, Rio de Janeiro. Desde sua primeira edição, a ArtRio promove um calendário de ações ao longo de todo o ano, envolvendo o mercado de arte, seus agentes, promovendo debates, estimulando o colecionismo e a formação de públicos.

O programa Solo reúne galerias trazendo projetos curados desenvolvidos por um único artista. A ArtRio 2024 apresenta ainda os programas especiais: Brasil Contemporâneo, destinado a artistas residentes fora do eixo Rio–São Paulo, representados prioritariamente por galerias das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul; e o Jardim de Esculturas, destinado à exposição de obras tridimensionais de grandes dimensões das galerias participantes dos programas da feira. Completa a ArtRio 2024 o programa Expansão, que se dedica à valorização e apoio às instituições que desenvolvem trabalhos utilizando a arte como inclusão social.

Entre 25 e 29 de setembro.

Exposição em Washington.

Os irmãos e renomados grafiteiros brasileiros Gustavo e Otavio Pandolfo apresentam, a partir do dia 29 de setembro, a exposição “OSGEMEOS: Endless Story”, no Museu e Jardim de Esculturas Hirshhorn do Smithsonian, Washington, USA. Em um andar inteiro, os visitantes encontrarão na exibição cerca de mil obras de arte icônicas da dupla sendo esta a maior mostra já feita por eles no país.

Com pinturas, esculturas, fotografias, instalações imersivas e vídeos, o público conhecerá os bastidores do processo criativo dos irmãos. Sob a curadoria de Marina Isgro, a exposição permancerá em cartaz até o dia 03 de agosto. Não se trata da primeira vez que os artistas ocupam um espaço solo internacional, já criaram projetos nos principais espaços públicos de sessenta  países, como Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália e Cuba.

Brasileiros e portugueses.

24/set

“Ação à Distância”, exposição coletiva na Kubikgallery Lisboa, com curadoria de Luisa Duarte & Bernardo de Souza tem abertura anunciada para o dia 03 de outubro na Calçada Dom Gastão, n. 4, Porta 45. 1900 – 194, Lisboa, Portugal.

A exibição conta com obras dos artistas Alexandre Canonico, Artur Lescher, Dan Coopey, Daniel Frota de Abreu, Emmanuel Nassar, Flávia Vieira, Gonçalo Sena, Leda Catunda, Manoela Medeiros, Paloma Polo, Pedro Vaz, Salomé Lamas, Sara Ramo e Vera Mota.

O cromatismo de Andrea Brazil.

No dia 26 de setembro de 2024, às 19h30, Andrea Brazil inaugura a exposição individual “Pinturas” no SuperUber, Gamboa, Rio de Janeiro, RJ, com curadoria de Shannon Botelho. A mostra apresenta cerca de 55 obras entre monocromáticas e policromáticas, que marcam um novo momento em sua produção artística.

A cor, elemento essencial em seu trabalho, torna-se o ponto de partida para suas criações, fruto de um processo artesanal em que a artista prepara suas próprias tintas e telas. Nascida em Santos e criada em Salvador, a artista vive em São Paulo, mas mantém a Bahia como fonte de inspiração.

A fonte de Amelia Toledo.

Começaram os trabalhos de restauro da escultura-fonte da artista Amelia Toledo na Praça Arcoverde, em Copacabana. A iniciativa é da galeria de arte Nara Roesler, como um presente à cidade, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima. Criada pela grande artista paulistana Amelia Toledo (1926-2017) e naugurada em 1998, a escultura, um grande bloco de quartzo rosa, com 140 centímetros de altura, foi pensada pela artista pelas qualidades do cristal: transmitir beleza, energia de vida e afeto para as pessoas que passam pelo local.

Descaracterizada pelo tempo e pelo aterramento do espelho d’água original, a obra voltará à beleza de sua época de criação, graças à iniciativa da galeria Nara Roesler, responsável pelo legado da artista. Com este gesto, a instituição de arte, ativa no circuito há quase 50 anos, com sedes em São Paulo e Nova York, quer presentear a cidade, em comemoração aos seus dez anos de atividades no Rio de Janeiro. O restauro está sendo possível devido à parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima, e apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil – Rio de Janeiro (IAB-RJ).

“Palácio de Cristal” foi criada por Amelia Toledo para complementar o projeto da Estação Arcoverde do Metrô, a cargo do arquiteto João Batista Martinez Corrêa (1942), que convidou a artista para participar da empreitada. Trabalharam juntos por dois anos, e Amélia Toledo criou para a Estação Arcoverde o “Projeto Cromático”, um revestimento para as paredes com 68 diferentes tons, além de ter indicado os materiais de acabamento e fazer o painel de piso “Embarque na Estação Terra”, e pelo painel de aço inox “Por dentro da Terra”. O IAB premiou o projeto de Amelia Toledo e João Batista Martinez Corrêa – que está com 82 anos, e é irmão do diretor teatral e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa (1937-2023), que apresentou a artista ao arquiteto. Merece destaque o apoio imediato de Tainá de Paula – à frente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima na época em que o projeto de restauro foi apresentado por Nara Roesler – na articulação junto à Prefeitura do Rio e o Metrô Rio, concessionária do governo do Estado.

Sobre a artista

Amelia Toledo viveu no Rio de Janeiro nos anos 1970 e 1980, período em que iniciou uma obra pioneira na história da arte brasileira, em que ultrapassou a linguagem construtiva incorporando elementos da natureza, criando o que se pode chamar de abstração ecológica. Ela era ligada, principalmente aos cristais e às conchas marinhas.