Cursos livres: joalheria e artes decorativas

21/mai

O Museu de Arte Sacra de São Paulo- MAS/SP, Luz, São Paulo, SP, dando continuidade à sua grade de cursos livres, promove duas novas ações educativas: “Entre o Cotidiano e o Aparato: Artes Decorativas em Portugal e no Brasil” e “Do Amor à Vaidade, do Luxo ao Poder: A Joalharia no Mundo Através dos Milênios”, ambos ministrados pelo Prof. Dr. Gonçalo de Vasconcelos e Sousa.

 

Ambos com carga horária de 10h e duração de 5 aulas, os cursos são direcionados a profissionais das respectivas áreas, interessados, estudantes e estudiosos em cultura de maneira ampla, bem como técnicos em restauração e conservação de patrimônio, museólogos, membros da Igreja responsáveis por patrimônio histórico, técnicos e gestores de museus e memoriais, além de colecionadores de arte.

 

O conteúdo programático elaborado pelo professor Gonçalo de Vasconcelos e Souza, o qual vem de Portugal especialmente para a ocasião, engloba, no curso “Entre o Cotidiano e o Aparato: Artes Decorativas em Portuga”: conceitos, transversalidade e classificação das Artes Decorativas, perspectiva socioartística na análise das Artes Decorativas e fontes para estudo dessas artes em Portugal e no Brasil, Artes Decorativas e sociabilidade à mesa nos séculos XVIII a XX, além de mobiliário em Portugal e no Brasil nos séculos XVIII e XIX; E em “Do Amor à Vaidade, do Luxo ao Poder: A Joalharia no Mundo Através dos Milênios”: conceitos introdutórios, formas e materiais de base a partir da antiguidade, a simplicidade e a raridade da joalharia medieval, jóias e retratos do Renascimento ao Barroco e Rococó, joalharia espanhola dos séculos XVI a XIX, simplicidade, complexidade e erudição na joalharia do século XIX, os desafios da joalharia Arte Nova, grandes casas da joalharia mundial no século XX, joalharia étnica – exemplos de várias partes do mundo, e simbólica do poder e as jóias das famílias reais nos séculos XIX e XX (das principais casas reinantes às menos conhecidas).

 

 

 

Curso: Entre o Cotidiano e o Aparato: Artes Decorativas em Portugal

Duração: 26 a 30 de maio de 2014

Carga horária: 10 horas

Horários: das 11h às 13h

Custo: R$ 300,00 (parcela única)

 

 

Curso: Do Amor à Vaidade, do Luxo ao Poder: A Joalharia no Mundo Através dos Milênios

Duração: 26 a 30 de maio de 2014

Carga horária: 10 horas

Horários: das 19h30 às 21h30

Custo: R$ 300,00 (parcela única)

 

 

 

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo

Av. Tiradentes, 676 – Luz. Metrô Tiradentes

Estacionamento gratuito na Rua Jorge Miranda, 43

Número de vagas: 40 por curso

Inscrição: Fátima Paulino – mfatima@museuartesacra.org.br / (11) 5627-5393

Bate papo e arte

Nesta sábado, 24 de maio, a artista plástica Celina Portella, receberá a crítica e curadora de arte, Luisa Duarte, e Ana Kiffer, doutora em letras, que estuda temas relacionados ao corpo, para um bate papo, no último dia de sua exposição “Deságua”. Será na Galeria A Gentil Carioca Lá, Lagoa, Rio de Janeiro, RJ. Na exposição “Deságua”, Celina Portella apresenta três situações em vídeo e foto, realizadas entre 2013 e 2014 . Em quadros fixos a artista retrata pessoas em ações incoerentes, ora redundantes, ora contraditórias. O ciclo infinito da água se reproduz no universo das idéias, preciso e repetitivo. A água está sempre presente na série de imagens, tanto como protagonista, meio ou símbolo, e ainda nos loops infinitos dos vídeos e no instante da foto.  Sempre em trânsito, contém, flui e lava. Águas passadas, presentes e futuras.

 

 

Local: A Gentil Carioca Lá

Quando: 24 de maio, sábado, às 17h

Endereço da Galeria: Av. Epitácio Pessoa, 1674 Sala 401 – Lagoa

Sergio Fingermann no MNBA

O artista plástico Sergio Fingermann, nome de projeção internacional, volta a realizar exposição individual no Museu Nacional de Belas Artes, Sala Bernardelli, Cinelândia, Rio de Janeiro, RJ, depois de 7 anos. Exibindo obras que sugerem cenários de sonho por meio de construções espaciais, Sergio Fingermann aborda, – na exposição “Se noite fosse água – Sequências”-, questões da cultura na contemporaneidade.

 

A mostra é composta por dezoito pinturas em grandes formatos e quarenta trabalhos emoldurados sobre papel com intervenções fotográficas, e traz investigações sobre a perspectiva, gravuras, páginas de ilustrações de livros antigos, que se transformam em matéria de trabalho, construindo um pensamento a partir de imagens, oferecendo uma reflexão sobre o fazer artístico e as bases de sua criação, colocando dessa forma uma discussão em torno da própria questão da representação.

 

O resultado desta rica construção visual – na qual o artista se preocupa sempre em  incentivar  a experiência do olhar – poderá ser visto na atual exposição. As obras expostas no MNBA exibe trabalhos rigorosamente inéditos.

 

O nome da exposição, extraído de um verso do poema “Meditações sobre o Tietê” (1945) do escritor Mario de Andrade (um dos principais mentores da Semana de Arte Moderna em 1922), sempre atraiu o artista pelo seu caráter enigmático, pela sua potência sugestiva. Sergio Fingermann o utiliza como um artifício para criar novas relações no jogo das imagens. A leitura cruzada das obras, que fazem referências a diversos momentos culturais, convoca a memória como agente articulador de diferentes momentos da história da representação.

 

A exposição tem curadoria de Laura Abreu e Daniel Barretto (da equipe do MNBA-RJ), e é acompanhada do lançamento do livro de mesmo nome da mostra – uma abordagem dos últimos 15 anos do trabalho do artista -, que reúne ensaios de Ana Magalhães (historiadora, curadora e docente do MAC-USP) e de Laura Abreu (historiadora e curadora do MNBA-RJ). “Se noite fosse água”, ed. BEI, 2013, 244 páginas, reproduz 180 trabalhos e conta ainda com fotos de Cristiano Mascaro ilustrando um texto do próprio artista.

 

Preço do livro: R$ 130,00.

 

 

Entrevista com o artista

 

Qual é a sua preocupação, como artista plástico, em escrever um livro?

 

Os meus livros sempre tiveram a preocupação de deixar um testemunho de onde está fundada a minha experiência artística. Meus textos mostram o pensamento ético de ser artista, e uma reflexão do que é ser artista e fazer arte. Ao escrever e explicitar o meu processo artístico, eu crio laços com o público.

 

Em “Se noite fosse água”, há textos meus, mas também de Ana Magalhães e de Laura Abreu. Convidei-as para participar do livro com o intuito de obter críticas externas ao meu trabalho. Elas traçaram minhas referências e situaram minha produção no contexto histórico e na cena artística brasileira.

 

 

Qual é, em sua opinião, o papel do artista no cenário da arte contemporânea?

 

Acho que temos a obrigação de falar ao público em que bases estamos trabalhando. Quanto mais o artista é generoso em oferecer ao público as suas referências e seu processo de trabalho, ele fornece mais acessibilidade à sua própria obra. Meu trabalho, por exemplo, sempre dialoga com a história da arte. Nessa série mais recente, o diálogo é diretamente com o cubismo, e os textos do meu livro verbalizam e explicam o porquê de eu ter escolhido essa vanguarda para ser a minha referência.

 

Além disso, o artista não deve ter como seu principal objetivo o mercado, mas a excelência do fazer artístico. O artista deve ter um compromisso direto com o extraordinário, o incomum. Ele deve produzir para o outro uma nova maneira de ver as coisas, de pensar.

 

 

De 22 de maio até 17 de agosto.

Vik Muniz no Santander Cultural

19/mai

Um dos artistas brasileiros de maior destaque no mercado e nos museus internacionais, Vik Muniz apresenta pela primeira vez em Porto Alegre, RS, no Santander Cultural, Centro Histórico, exposição individual, destacando colagens e fotografias. Também será exibido o documentário “Lixo Extraordinário”, que concorreu ao Oscar em sua categoria em 2011 e acompanha o trabalho que o artista realizou com catadores de lixo reciclável no maior aterro da América Latina, em Jardim Gramacho, no Rio. A curadoria é de Lígia Canongia.

 

A obra de Vik Muniz questiona e tensiona os limites da representação. Apropriando-se de matérias-primas como algodão, açúcar, chocolate, e até lixo, o artista meticulosamente compõe imagens icônicas e lhes repropõe significações. O objeto final de sua produção mais conhecida atualmente é a fotografia, mas sua obra já transitou pelo tridimensional, pelo desenho e até pela escultura.

 

 

A partir de 20 de maio.

Dalí no CCBB

Considerado um dos mais excêntricos artistas do seu tempo, o célebre pintor, desenhista, gravador e esciltor, Salvador Dalí, ocupa o CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJK, com a mais completa exposição do artista espanhol já organizada no Brasil. Em outubro a mostra, que foi negociada para visitar o país há cinco anos, seguirá para o Instituto Tomie Ohtake, SP.

 

Ao todo, as trinta pinturas a óleo, mais de uma centena de trabalhos gráficos e a instalação exibidas têm o valor estimado em US$ 170 milhões. A maior parte das obras são provenientes do Teatro Museu Dalí, em Figueras, a cidade natal do artista.

 

As obras selecionadas incluem as primeiras pinturas de Salvador Dalí, quando ele se inspirava em sua família e em paisagens; o período cubista; as obras que revelam seu interesse pelos pintores metafísicos e finalmente sua fase surrealista, estilo do qual foi o maior representante mundial. O auge da mostra, com o maior número de obras, é o período que compreende a fase surrealista.

 

 

Até 22 de setembro.

Instituto Tomie Ohtake apresenta Yayoi Kusama

A exposição “Obsessão infinita”, de Yayoi Kusama, chega a São Paulo, depois de passar pelo Rio e Brasília, acrescida de duas obras especialmente trazidas para a exposição no Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros. São grandes esculturas das séries “Accumulations”: “Sem título”, 1962-1963 e “Desire for Death”- “Desejo de Morte”, 1975-1976. “Sem título” – que foi destaque na retrospectiva de Kusama na Tate Modern, em 2011/12 – é composta por dez pares de sapatos femininos, de salto alto, repletos de formas fálicas feitas de tecido estofado, que fizeram sua primeira aparição na série de esculturas “Sex Obsession” da década de 1960. Já em “Desejo de Morte”, agrupamentos de apêndices, que nada mais são que formas excêntricas em tecido pintadas de prateado, emergem de panelas comuns e conchas de cozinha. Em ambas, objetos do cotidiano tornam-se palco para a projeção de obsessões particulares da artista, à medida que a repetição compulsiva do elemento tecido assume a aparência de um crescimento incontrolável, similar ao dos vegetais.

 

A exposição é a primeira apresentada no País que expressa uma pesquisa profunda do trabalho de uma das artistas mais originais e inventivas do pós-guerra. Produzida, em sua edição brasileira e latino-america, pelo Instituto Tomie Ohtake, em colaboração com o estúdio da artista, a mostra tem curadoria de Philip Larratt-Smith e de Frances Morris (curadora da retrospectiva da Kusama na Tate Modern de Londres). “Obsessão Infinita” oferece um panorama do trabalho da artista japonesa viva mais proeminente, por meio de aproximadamente 100 obras que cobrem o período de 1949 a 2012, entre as quais pinturas, trabalhos em papel, esculturas, vídeos, apresentação de slides e instalações, entre elas a famosa “Dots Obsession”.

 

“Obsessão infinita” traça a trajetória de Yayoi Kusama do privado ao público, da pintura à performance, do ateliê às ruas. A artista nasceu na cidade de Matsumoto, Japão, em 1929. Começou a realizar seus trabalhos poéticos e semi-abstratos em papel nos anos 1940, antes de iniciar sua celebrada  série “Infinity Net” (Rede Infinita), no final dos anos 1950 e no início dos 1960. Essas pinturas originais são caracterizadas pela repetição obsessiva de pequenos arcos pintados, aglutinados em padrões rítmicos maiores. Sua mudança para New York, em 1957, foi um divisor de águas para a artista. Foi nessa época que entrou em contato com Donald Judd, Andy Warhol, Claes Oldenberg e Joseph Cornell. Sua prática de pintura abriu caminho para esculturas delicadas, conhecidas como “Accumulations” (Acumulações) e, em seguida, para performances e happenings que se tornaram selos da subcultura marginal e renderam, para a artista, notoriedade e a atenção das principais correntes críticas de então.

 

Em 1973 Kusama retornou ao Japão e, desde 1977, vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica. O caráter psicológico singular e pronunciado de seu trabalho sempre foi combinado com uma generosa dose de reinvenção e inovação formal, o que lhe permite dividir sua visão única com um público mais amplo, através do espaço infinitamente espelhado e da repetição obsessiva de pontos que caracteriza sua obra. Em seus trabalhos mais recentes, a artista renovou o contato com seus instintos mais radicais em instalações imersivas e colaborativas – peças que fizeram dela, com justiça, a artista viva mais celebrada do Japão.

 

 

Até 27 de julho.

Sergio Gonçalves Galeria apresenta “TR3S”

A Sergio Gonçalves Galeria apresenta a exposição “TR3S”. A mostra traz os trabalhos dos artistas Raimundo Rodriguez, Felipe Barbosa e Carlos Aires, que através de diferentes linguagens versam sobre uma temática cada vez mais em voga: o reaproveitamento. Três artistas, três vertentes, três maneiras diferentes de encararem aquilo que é facilmente descartável pela maior parte da humanidade. Não para esses três artistas.

 

Raimundo Rodriguez apresenta sua obra baseada em suas pesquisas com latas. Chamada de Latifúndio, essa série do artista é apresentada num grande painel, que a primeira vista parece único, mas que, com um olhar mais atento, nos mostra as subdivisões propostas pelo artista. Atualmente, o trabalho de Raimundo Rodriguez ganhou destaque nacional no cenário da novela “Meu Pedacinho de Chão”, da Rede Globo, onde o artista é o diretor de arte e montou uma cidade cenográfica inteira feita de lata, remetendo ao material utilizado por antigos brinquedos do século XIX.

 

Felipe Barbosa leva seus trabalhos feitos com bolas de futebol, onde desconstrói e resignifica a redonda, criando um diálogo entre o mundo das artes e do esporte. A série, iniciada em 2003, apresenta painéis que dão formatos geométricos as bolas, descosturando os hexágonos de couro sintético e tornando-os planos.

 

A partir de cédula antigas de diversos países, Carlos Aires mostra em seu trabalho que esse papel pelo qual tanta desgraça acontece, pode subitamente perder valor e ficar esquecido pelos cantos, mesmo que impregnados do sofrimento causado a tantos. Inspirado pelos desastres econômicos, Aires reaproveita o papel moeda e transforma em arte.

 

Com curadoria de Sergio Gonçalves, a exposição “TRES” “TR3S” teve sua abertura no dia 17 de maio, na Sergio Gonçalves Galeria. A mostra faz parte do calendário do CIGA 2014 – Circuito Integrado das Galerias de Arte, onde mais de 40 instituições culturais, museus e galerias – espalhados por sete bairros da cidade – abrem suas portas com uma programação especial de vernissages, exposições, visitas a ateliês, performances, palestras e conversas com artistas e curadores.

 

 

Até 31 de maio.

Mercado de Arte

15/mai

A Ricardo Camargo Galeria, Jardim Paulistano, São Paulo, SP, inaugura a 14a edição de sua mostra coletiva “Mercado de Arte”, com 44 trabalhos – distribuídos entre pinturas, desenhos e esculturas – com a categorizada assinatura de de 26 artistas. Seguindo um conceito já estabelecido nas edições anteriores, a maioria das obras é inédita ou está fora de circulação há no mínimo 20 anos, reunindo expoentes da arte moderna e vanguarda brasileiras e artistas internacionais. A exposição também presta uma homenagem aos 120 anos de nascimento do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret, e conta com 5 peças inéditas de sua autoria.

 

Sob a curadoria de Ricardo Camargo, expografia de Attilio Baschera e Gregorio Kramer e texto crítico sobre Brecheret assinado pela historiadora e crítica de arte Daisy Peccinini, os artistas participantes comungam do espaço expositivo da galeria, criando um panorama visual com raras possibilidades de ser duplicado. Dentro do modernismo brasileiro, destacam-se “Paisagem com Lago”, de Anita Malfatti, além de duas telas exclusivas feitas por Vicente do Rego Monteiro – “Descida da Cruz” e “Le Couple”. A eles se juntam a tela “Vaso de Flores”, de Pancetti, e o guache “Composição Abstrata”, de Antonio Bandeira. A força da vanguarda nacional surge nesta mostra com a tela “Oban”, de Antonio Henrique Amaral, seguida por “O Homem que Mora no Sol”, de Baravelli, e a escultura em bronze de Edgard de Souza, apontando para o individualismo dos anos 90.

 

A Ricardo Camargo Galeria ainda realizou uma seleção de 12 obras assinadas por seis artistas internacionais, a maioria delas inéditas no país. Neste grupo, encontram-se o nanquim “Ossie Clark”, de David Hockney, dois desenhos do construtivista Torres García – “Constructivo con Corazón”, e “Constructivo Con Sol Y Luna”. Rivera se impõe com a força telúrica de sua “Cabeça de Camponês”, enquanto Botero transparece sua abundância de formas no grafite “Mulher Sentada” e na aquarela “Cesta de Uvas”. Destacam-se ainda o par de pinturas de Figari, “Indecision” e Candombes”, além da tela “Estudio de Sol”, de Pettoruti.

 

Por fim, o conjunto das cinco obras de Victor Brecheret selecionadas para esta exposição coletiva compreende as esculturas “Casal de Pombos”, “Condessa Renata Crespi da Silva Prado”, “Torso Masculino”, “Cabeça de Juranda” e “Cristo com Anjos”, percorrendo quatro décadas do itinerário de sua carreira de sucesso.

 

“Esta diversificada edição do Mercado de Arte, com trabalhos vigorosos e delicados, marcam a atualidade atemporal das obras de arte de qualidade.”, conclui o marchand Ricardo Camargo.

 

 

De 22 de Maio a 21 de Junho.

Design e arte contemporânea

A Way Design, Subsolo – Shopping Rio Design, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, convidou o artista plástico Felipe Barbosa para a oitava edição do Way Cultural. Com curadoria de Sergio Gonçalves, sócio da galeria que leva seu nome, a mostra “Mantenha Distância da Zona de Conforto” entra em cartaz a partir do dia 13 de maio.

 

Felipe vem ao longo dos últimos 15 anos se destacando no cenário artístico por unir certa ironia à sofisticação matemática. Partindo de objetos do cotidiano, reconfigurando sutilmente suas formas, o artista alcança possibilidades e conceitos absolutamente inusitados.

 

No Way Cultural, Felipe apresenta 10 trabalhos e propõe uma discussão sobre a tênue fronteira do que é obra de arte e o que é design. “Quis brincar com a ideia da arte camuflada, seja em objetos ou intervenções, como o dodecaedro formado por cadeiras de escritório, instalação que apresentei na Bienal de Forteleza”, explica.“Não é uma questão de nomenclatura e sim de transformar a natureza do próprio objeto. A definição depende do contexto e de quem está olhando”, completa.

 

O artista tenta se redefinir a cada obra. “Meu objetivo é me manter afastado da zona de conforto”. Uma das alternativas em “Mantenha Distância da Zona de Conforto” é provocar à função latente das coisas, tornando mais elástica a liberdade criativa.

 

 

Sobre o artista

 

Felipe Barbosa nasceu em 1978, no Rio de Janeiro, e graduou-se em Pintura pela UFRJ, e é mestre em Linguagens Visuais pela mesma instituição. Em seus trabalhos, conjuga elementos do cotidiano e faz referências à História da Arte, alterando os significados dos objetos que elege transformar, criando em seu expectador uma sensação simultânea de proximidade e desconforto. O artista expõe regularmente desde 2000, em diversos países ao redor mundo, entre eles México, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Croácia, Lituânia, França, Canadá, Holanda, Inglaterra, Argentina e Japão. Dentre suas mostras recentes, destacam-se Campo de las Naciones, na Galería Blanca Soto, em Madrid, na Espanha; The Record : Contemporary Art and Vinyl, no Miami Art Museum, nos Estados Unidos; Futbol Arte y Passion, no MARCO – Museo de Arte Contemporaneo de Monterey, no México; e Consuming Cultures – A Global View, 21C Hotel-Museum, em Kentucky, também nos Estados Unidos. A partir de dezembro de 2013, passou a ser representado pela Sergio Gonçalves Galeria, no Centro do Rio, onde, em junho, fará sua exposição individual “Quadrado Mágico”.

 

 

O projeto

 

O projeto Way Cultural tem o objetivo de promover o encontro entre a arte e decoração, através de exposições de artistas e designers consagrados, no espaço da loja do Rio Design Leblon. A primeira edição aconteceu em 2007, com a mostra Alumbramentos, da artista plástica Analu Prestes. O evento foi um sucesso e inseriu a Way no calendário de exposições, além de ter movimentado a loja e o restante do shopping com artistas e nomes importantes do design nacional. No ano seguinte, a marca resolveu dar continuidade ao projeto, que não parou mais. Com curadoria de Herbert Henn, o Way Cultural já apresentou mostras da dupla Guilherme Secchin e Carlos França, Ana Durães e Alberto Nicolau. Em 2011 os móveis de design foram elevados ao status de obra de arte. Na edição de 2012, foi a vez do fotógrafo Pedro Duque Estrada Meyer apresentar uma série de imagens inéditas. E, em 2013, Pedro Moog e Leonardo Lattavo fizeram uma homenagem ao pôr do sol carioca, com uma instalação de mais de vinte Poltronas Leblon personalizadas. O Way Cultural busca sempre a participação de artistas e designers talentosos, que têm a oportunidade de expor as suas obras em um local alternativo ao circuito museu, galeria, centro cultural.

 

 

A partir de 13 de maio e até junho.

ARTEFUTEBOLARTE

13/mai

Uma viagem pela história do futebol é a proposta da exposição “ARTEFUTEBOLARTE”, que o Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, apresenta no período quase concomitante ao que o Brasil abriga o rito supremo desse esporte, a Copa do Mundo. Com curadoria de Hélio Campos Mello, fotógrafo e diretor editorial da Brasileiros Editora, a mostra exalta o nosso país como o inventor do “Futebol Arte”, a qualidade da produção fotográfica dedicada ao esporte e traça um paralelo, histórico e contemporâneo, com as artes plásticas.

 

Com expografia assinada por Martin Corullon, da Metro Arquitetos, “Artefutebolarte” dividi-se em três núcleos. No primeiro, que ocupa o grande hall do Instituto, criou-se um espaço retangular que remete a arquibancadas de estádio, onde são apresentadas obras dos premiados fotógrafos Jorge Araújo (Folha de S. Paulo), Ricardo Stuckert e Paulo Pinto (Agência Fotos Públicas). A excelência dos trabalhos, que revelam momentos em campo de jogadores como Neymar, Ronaldo e Ronaldinho, deixa claro que além de craques da bola, o Brasil também é celeiro de grandes fotógrafos.

 

O segundo núcleo trata da relação entre a arte e o futebol no Brasil. Uma seleção de fotografias – que mostra desde os primórdios do futebol no final do século XIX até os dias de hoje – é intercalada por imagens de obras de arte correspondentes aos períodos ilustrados pelos feitos do esporte. Pinturas de Almeida Junior, Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi, Rubens Gerchman, Aguillar, Cildo Meirelles e expoentes do cenário artístico atual são exibidas  ao lado de fotografias de Pelé, Garrincha, Tostão, Zico, Romário, Ronaldo, entre outros, com destaque para os anos de 1958, 62, 70, 94 e 2002.

 

Para completar a exposição, uma sala recebe obras do artista plástico Lula Wanderley, em uma espécie de reinvenção do futebol. Jogadas antológicas de Maradona, Pelé, Zidane e Romário são retrabalhadas em três vídeos que registram estes ícones em seus momentos sublimes, mas sem a bola – retirada pela arte de Wanderley.

 

 

De 15 a 25 de junho.