Convite da Gentil Carioca

02/dez

A galeria Gentil Carioca convida para “ALALAÔ!” que acontecerá na praia, no mar e no céu do Arpoador, Rio de Janeiro, RJ, nesse sábado, dia 30 de novembro, a partir de 17hs. Como parte do projeto “SOMOS TODOS AMARILDO”, serão apresentados os seguintes trabalhos: BLOCKINI – Celina Portela; CANGAÇO – Opavivará; MENSAGEM AMBULANTE – Ernesto Neto; VOLTA PRO MAR OFERENDA – Guga Ferraz; ‘STAMOS EM PLENO MAR – Laura Taves; PAISAGENS FLUTUANTES – Paulo Paes; UM MAR DE AMOR – Ronald Duarte; BLOCK LETTER – Alexandre Vogler; ENTREVISTA COM O VÂNDALO – lançamento do libreto com o quarto ato da peça escrita por Luiz Eduardo Soares que está sendo montada por Marcus Faustini; DESAPARECIDOS DA DEMOCRACIA NO RIO DE JANEIRO: Joana Cseko+Isabel Ferreira + Fabio Araujo + Ícaro dos Santos.

 

 

Dia 30 de novembro

 

SEIS MOSTRAS NO PAÇO IMPERIAL

29/nov

O Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, espaço dirigido por Lauro Cavalcanti, volta a ter inaugurações múltiplas. As seis mostras individuais apresentam escultura, pintura, desenho, fotografia e material documental de artistas novos e históricos. É para todos os gostos e o Paço tem entrada franca reunindo artistas novos e históricos em seus três andares de espaço expositivo:

 

 

MARIANA MANHÃES | “EVENTO”

 

Em “Evento”, Mariana Manhães, mostra “máquinas orgânicas” e desenhos de sua produção mais recente, todos inéditos no Rio de Janeiro. A artista concebe esculturas de chão e de parede que interagem consigo mesmas, criando um sistema de convivência na área de exposição.
Unidas pelos materiais – plástico, pvc, câmera de vídeo e sensores, cada máquina é comandada unicamente por vídeos de animação de louças da casa-ateliê de Mariana. A projeção se move, atinge os sensores que vão inflar e desinflar os volumes de plástico das obras. O trabalho capta seus próprios estímulos luminosos para colocar as peças em movimento. Os desenhos, expressão pouco conhecida da produção de artista, surgem dos esboços de obras escultóricas. O conjunto desta mostra são ensaios visuais do comportamento dos sacos de plásticos usados nas esculturas. Eles resultam da sobreposição de folhas de papel vegetal, cuja translucidez dá a noção de movimento dos volumes.

 

 

WILMA MARTINS: RETROSPECTIVA. COTIDIANO E SONHO

 

A artista mineira Wilma Martins, radicada no Rio, apresenta uma retrospectiva com 140 ítens – pinturas, gravuras, desenhos, aquarelas, livros e documentos, celebrando 80 anos de idade e 60 de carreira, sob  curadoria do crítico Frederico Morais. A mostra segue para o Museu de Arte da Pampulha, BH, e para o Instituto Tomie Ohtake, SP, em 2014.  “Wilma Martins: Retrospectiva. Cotidiano e Sonho”, o primeiro panorama completo de sua produção, de 1955 a 2008, está montada em núcleos de cada uma das linguagens que a artista trabalhou e como elas se relacionam. Por exemplo, um mesmo tema tratado na pintura e no desenho. As ilustrações que Wilma realizou para jornais e livros infantis serão apresentadas em vitrines. O segmento documental reúne catálogos, fotografias e recortes de jornal.

 

“Cotidiano”, sua série mais famosa, de desenhos, pinturas e litografias, tem cenários domésticos que abrem espaço para animais, de elefantes a formigas. Sobre a presença de bicho na cena caseira, Wilma avalia que ele seria “um prisioneiro, um visitante ou anjo exterminador que irá transformar aquele espaço e a rotina do cotidiano.” Há telas em que cristais atravessam paisagens em narrativas fantásticas; em outras, figuras geométricas são formadas por corpos humanos. “A necessidade de compatibilizar o cotidiano e o sonho é que parece guiar a mão de Wilma Martins quando ela desenha ou pinta”, escreveu Ferreira Gullar sobre a artista.

 

Wilma Martins [BH, 1934] foi aluna de Guignard, Misabel Pedrosa e Anna Letycia ainda na capital mineira. Ela participou das Bienais Internacionais de São Paulo, Liubliana, Biella/Itália, Santiago do Chile, Porto Rico, Veneza, Cali/Colômbia, da Trienal de Carpi/Itália e da Xylon V, Genebra e Berlim, e de diversas mostras de arte brasileira na América Latina, EUA e Europa. Ela ganhou o Prêmio Itamaraty, na Bienal Internacional de São Paulo de 1967, Prêmio de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Arte Moderna de 1975 e o Prêmio Principal do Panorama de Arte Atual Brasileira em 1976, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

 

 

VICENTE DE MELLO | BRASÍLIA UTOPIA LÍRICA

 

“Brasília Utopia Lírica” é uma série fotográfica inédita de Vicente de Mello, na qual o artista propõe “uma leitura subjetiva e atemporal da cidade de Brasília”, como define ele. Em 23 imagens em preto e branco, realizadas em 2011, Vicente exemplifica sua concepção de arquitetura e urbanismo de uma cidade continuamente fotografada e seu consequente desgaste de imagem. Este foi o ponto de partida para o fotógrafo evitar caminhos já percorridos e se despir de vícios do olhar. As fotos desta exposição são as “de uma cidade atualizada, em sua fotogenia clássica, onde pontuo uma reorganização da narrativa histórica iconográfica”, revela Vicente.

 

Há imagens de lugares conhecidos e de pontos pouco comentados, entre os quals o artista cita a torre de TV, desenhada por Lucio Costa, a escultura “Rito do Ritmo” de Maria Martins, nos jardins do Alvorada, formas desconhecidas de edifícios de Oscar Niemeyer, os painéis de Athos Bulcão e nova Ponte JK, do arquiteto Alexandre Chan. Mas o título de cada fotografia denuncia um traço identificador. Vicente de Mello vive e trabalha no Rio de Janeiro. Ele tem obras na Coleção Gilberto Chateaubriand | MAM Rio, Coleção da Maison Européenne de la Photographie, Paris, Coleção Lhoist, Bruxelas, Bélgica, Coleção Joaquim Paiva, RJ, Coleção José Roberto de Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, MASP-Coleção Pirelli, entre outras. Já expôs em instituições importantes como CCBB RJ,  Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAM SP, MAM Rio, Fundação DAROS, Suíça, Fondation Cartier pour l´art contemporain, Paris,  MAMAM, Recife; MAC SP e MAM Brasília.

 

 

ROGERIO LUZ | DESENHOS (1991-2013)

 

O artista plástico, ensaísta  e poeta Rogerio Luz mostra 67 desenhos de 1991 a 2013, expressão pela qual foi premiado quatro vezes em salões, entre 1973 e 1980. Seus trabalhos sobre papel são exemplos de um sistema manual do princípio de repetição. Ao não reproduzir de modo técnico um original, a forma das séries resulta em variações deste original e leva o espectador “à leitura de sequências ou passagens – como no cinema ou na música – sem destino resolutivo”, avalia Luz. A seleção do artista segue linhas de continuidade na maneira de conceber e realizar os desenhos, acentuando traços permanentes e, ao mesmo tempo, diferenças de interpretação e realização.

 

Rogerio Luz é formado Filosofia pela UFRJ, mestre em Comunicação pela Universidade Católica de Louvain [UCL], Bélgica. De volta ao Brasil, foi lecionar na UFPb. No início dos anos 1970, frequentou cursos de artes plásticas no MAM Rio. Voltou a morar na Europa, de 1983 a 1987. Em Paris, obteve o título de doutor pela UCL. Foi professor da ECO|UFRJ até 1998 e professor visitante da Comunicação e de Artes Visuais da UERJ até 2008. Luz tem quatro livros de poemas publicados: Diverso entre Contrários (Rio, Editora Contra Capa, 2004), Correio Sentimental (São Paulo, Giz Editoral, 2006) Escritas (Goiânia, Editora da Universidade Federal de Goiás, 2011) e As Palavras (São Paulo, Scortecci Editora, 2013).

 

 

“SERGIO CAMARGO, CONSTRUTOR DE IDEIAS”

 

E

 

“WILLYS DE CASTRO, DEFORMAÇÕES DINÂMICAS”

 

 

Completam a programação deste bloco do Paço Imperial mais duas individuais de artistas históricos já falecidos: “Sergio Camargo, construtor de ideias” e “Willys de Castro, deformações dinâmicas”. As curadoras Piedade Grinberg, da mostra do escultor Sergio Camargo, e Marilucia Bottallo, da do pintor, escultor e artista gráfico Willys de Castro apostam que a revelação de ítens do acervo e do arquivo documental destes artistas pode criar novas percepções à obra deles como um todo.

 

Para “Sergio Camargo, construtor de ideias”, Piedade Grinberg selecionou 100 ítens entre documentos, fotos, desenhos, estudos, rabiscos, frases, obras em pequenos formatos, divididos em seis núcleos: ateliês, esquemas, esquemas vermelhos, madeira, relevo azul e xadrez.

 

Em “Willys de Castro, deformações dinâmicas”, a curadora Marilucia Bottallo reuniu esquemas, esboços, fotografias, notas, partituras musicais, artigos de jornais e revistas, manuscritos, datiloscritos e correções, que ressaltam sua preocupação com a composição de séries, que acentuam o raciocínio moderno impresso em todas as suas experiências e pesquisas como artista: poemas, música, artes plásticas e gráficas.

 

A possibilidade de ter acesso ao arquivo documental e pessoal de um artista, cria circunstâncias inusitadas em relação à percepção de sua produção.  As descobertas dos segredos sutilmente guardados, os escritos, os arcabouços, esboços, pequenos detalhes que decorreriam dos croquis, rascunhos, projetos, são, muitas vezes, a essência do método, os pensamentos iniciais, que exigem uma parcela de indiscrição, de invasão da privacidade, de indiscutível constatação da dimensão da intimidade. Todos os ítens das duas exposições são do acervo em comodato do Instituto de Arte Contemporânea [IAC], de São Paulo.

 

Até 16 de fevereiro de 2014.

Ana Durães na Sergio Gonçalves Galeria

Aproximar o passado do presente é a proposta da artista plástica Ana Durães, que apresenta obras recentes na sua mais nova exposição “Novos Pretos Novos”, cartaz da Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ. A artista mergulha na obra de Rugendas, trazendo uma abordagem contemporânea através de pinturas, stencils e grafittis. A ideia para o novo tema surgiu quando, pensando em trabalhar o universo do Rio Antigo, resolveu mergulhar no mundo de Johann Moritz Rugendas, alemão viajante do século XIX, que chegou como espião no Brasil e criou, dentre inúmeras obras, um precioso acervo sobre a vida dos escravos.

 

Pesquisando sobre o tema, Ana descobriu que o Brasil teve o maior mercado de africanos escravizados da história da humanidade. E no Rio de Janeiro, quando desembarcavam, eram levados para depósitos na Rua Direita (atualmente Rua Primeiro de Março) onde eram colocados à venda nas calçadas. Após 1769 o desembarque foi transferido para o Cais do Valongo (hoje Gamboa) e o local se transformou num comércio de escravos à céu aberto. Por não terem nenhuma habilidade para os serviços da lavoura ou domésticos, eles eram chamados de “Pretos Novos”. Daí surgiu o nome da exposição, que faz uma releitura desses escravos através das obras de Rugendas e de amigos da artista que foram retratados em suas telas, como o cantor Chico César.

 

Ana Durães utiliza a arcaica técnica do estêncil sobre superfícies preparadas com camadas de tinta que, em alguns casos, sofreram intervenções como oxidação, ou apropriação de matérias decalcadas. É um processo que demanda tempo entre uma etapa e outra, para que a artista crie a sua própria “arqueologia”. “Novos pretos novos” traz, ainda, grandes retratos e outros menores que são exibidos com pequenas paisagens, aves e até inusitados helicópteros, compondo um cenário com elementos que evocam alegria. Sentimento que Ana busca, de alguma maneira, devolver aos personagens criados. A curadoria é de Marco Antonio Teobaldo.

 

 

De 30 de novembro a 18 de janeiro de 2014.

Dois na galeria Laura Marsiaj

26/nov

Edgar Martins nasceu em Évora e cresceu em Macao, mudando-se para Londres aos 18 anos, onde se especializou em fotografia. Seu trabalho hoje é conhecido na Europa, Estados  Unidos, China e América Latina. Participou de importantes exposições, inclusive da Bienal de Veneza em 2011, bem como foi ganhador de inúmeros prêmios pela sua obra. A exposição que a galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, inaugura traz duas séries fotográficas:  This  is not a House e A Metaphysical Survey of British Dwellings.

 

 

Isto não é uma casa

 

A crise das hipotecas no mercado americano, que tem suas raízes nos anos finais do século XX, tornou-se evidente em 2007, e expôs fraquezas generalizadas na regulação do setor financeiro e do sistema financeiro global. Este trabalho foi fotografado nos Estados Unidos, entre novembro e dezembro de 2008, no contexto de uma comissão do The New York Times Magazine. Produzido em oito estados separados em dezesseis locais diferentes, esses locais cuidadosamente pesquisados expõem toda a extensão, latitude e impacto desta crise. O projeto buscou reunir e catalisar novas experiências de uma nova forma de arquitetura americana convocando uma conjunção inquietante de realismo e ficção. Empregando tanto dispositivos analógicos quanto digitais permitiram aumentar as possibilidades paradoxais da imagem fotográfica e reunir contradições insolúveis. As casas descritas nesta série não se referem apenas ao particular. São imagens de coleções espaciais, de tipos de estágios em que uma série de narrativas completamente diferentes (e talvez incompatíveis) podem ser ordenadas. “Isto não é uma casa” surge justamente nesse momento em que as palavras claras hesitam, onde a linguagem é perturbada. Ele nos lança para as antinomias de percepção e existência, a exploração de limites e limites instáveis.

 

 

Uma pesquisa metafísica de moradias britânicas

 

Fotografado inteiramente em uma cidade cenográfica, construída em 2003, para treinar as
unidades de armas de fogo e de Ordem Pública da Polícia Metropolitana do Reino Unido, esta série trata de urbanismo em toda a sua contradição e ambiguidade. Este centro de formação especializada, ultrarrealista, não é apenas um simulacro de cidades britânicas contemporâneas, é também uma metáfora para a cidade moderna asocial. Nada se move dentro ou fora desses edifícios. O tecido urbano desaparece no crepúsculo, obrigando-nos a preencher as ausências que a noite implacavelmente expõe. Um ambíguo jogo de identidades e de relações está acontecendo, um jogo que engloba um conjunto enigmático da vida cotidiana, transmissão e fluxo, deslocamento, confusão e solidão. Há uma sugestão inquietante de que nem tudo é o que parece.

 

 

Andrea Rocco

 

Andrea Rocco fará sua primeira individual na galeria Laura Marsiaj ocupando o espaço do ANEXO. A exposição “Miscellanea” irá mostrar os diversos aspectos que Andrea vem desenvolvendo em seu trabalho: colagens, aquarelas, bordados e objetos.  Sobre ela afirma Agnaldo Farias: “De um lado a imaginação e o sonho, de outro o desejo de registro objetivo dos fatos da natureza, as pretensões de controle e certeza tão próprios a ciência. Entre um e outro domínio Andrea Rocco vai estabelecendo o seu território; um lugar onde os termos são embaralhados  como um caleidoscópio que se vai virando e que de quando em quando sacudimos com a expectativa de uma nova surpresa.”

 

 

Até 21 de dezembro.

 

Planos de expansão

25/nov

A  Galeria Fortes Vilaça, Vila Madalena, São Paulo, SP, apresenta “Planos de expansão”, exposição coletiva com 13 artistas do time da galeria: Armando Andrade Tudela, Cerith Wyn Evans, Franz Ackermann, Gabriel Lima, Iran do Espírito Santo, Julião Sarmento, Los Carpinteros, Luiz Zerbini, Marine Hugonnier, Mauro Restiffe, Rodrigo Cass, Rodrigo Matheus e Sarah Morris.  A mostra se estrutura em dois eixos principais; arquitetura e urbanidade que ora se confrontam e ora se sobrepõem à abstração e geometria.

 

 

As obras de Franz Ackermann, Luiz Zerbini e Sarah Morris desconstroem elementos da arquitetura. Na pintura “Torrada”, de Luiz Zerbini, volumes são sobrepostos, um jogo de encaixes que forma um grande ponto de fuga. A superfície da tela é ativada por lacunas brancas que emprestam a imagem uma natureza virtual. Na tela de Ackermann podem-se ver detalhes de prédios fragmentados em uma composição acêntrica e acelerada. Em “Praça da Apoteose”, de Sarah Morris, o título revela a referência a Niemeyer, que de outra forma seria discreta e abstrata. A relação entre abstração e história está no centro da produção da artista e fica evidente na colagem “Black Tie”, onde as mesmas formas de Niemeyer se sobrepõem ao pôster americano do filme “Eles não usam black-tie”, de Leon Hirszman.

 

 

Armando Andrade Tudela apresenta uma escultura que sugere uma construção rígida onde materiais de natureza coorporativa, como acrílico, se misturam à juta. Esta obra, assim como o vídeo de Rodrigo Cass, faz referência ao neoconcretismo brasileiro e aos pavilhões de Hélio Oiticica, construídos através de planos de cor. Já a pintura de Gabriel Lima, “Leste”, – onde uma bandeira branca é sobreposta ao plano branco do painel -, transita entre a abstração e a significação nos obrigando a tomar um ponto de vista. Os trabalhos “Forma” de Rodrigo Matheus e “Les Actualités” de Marine Hugonnier traçam um diálogo explícito entre urbe e abstração. Marine contrapõe uma foto do World Trade Center à uma escultura abstrata, enquanto Matheus usa o título do trabalho para reforçar a abstração geométrica presente na arquitetura de edifícios. A cidade como cenário, tema, ponto de partida, plano em expansão é o fio condutor da mostra.

 

 

Até 24 de janeiro de 2014.

Em Curitiba, na SIM galeria

22/nov

O pintor Paolo Ridolfi exibe uma série de obras inéditas na SIM Galeria, Curitiba, PR. Essa nova série de trabalhos foi designada pelo artista como “Pintura ao Quadrado” e ganhou apresentação assinada pelo crítico Fernando Cocchiarale.

 

 

 

A palavra de Fernando Cocchiarale

 

 

As pinturas mais recentes de Paolo Ridolfi, aqui expostas, podem ser tomadas como um balanço poético de sua trajetória, iniciada na década de 1980. Neste balanço, porém, o artista não se contentou em reavaliar as conquistas visíveis daqueles trabalhos que lhe abriram novos caminhos. Ridolfi foi além e mergulhou em direção a uma camada profunda e menos evidente de seu processo criativo: aquela da articulação semântica de recorrências – cromáticas, espaciais, temáticas e intuitivo-conceituais, etc. – que em três décadas formaram um sentido comum, processual, subjacente à sua produção, desde o florescimento inicial até o presente. Dentre as diversas séries de pinturas expostas algumas dão continuidade a experiências anteriores. Este não é o caso de suas Pinturas Vazias. Novas, estas pinturas são a melhor expressão da radicalidade do mergulho dado por Ridolfi. As Pinturas Vazias não são, porém, planos simples. Formadas por paralelepípedos montados e costurados com a mesma lona de suas telas, elas estão pintadas por camadas monocromáticas de tinta acrílica que ratificam seu status pictórico apesar de sua tridimensionalidade flácida.Mais próximos dos temas da própria arte as Pinturas Vazias de Paolo Ridolfi parecem corresponder ao anseio do artista manifesto em seu depoimento – voltar ao primeiro assunto: apenas a arte.

 

 

 

De 26 de novembro a 21 de dezembro.

 

Em Curitiba: Alex Flemming e Clif

19/nov

Com o tema “Território estrangeiro”, o Curitiba Luz Imagem e Fotografia (Clif), Curitiba, PR, começa hoje, na capital paranaense, com uma programação que inclui exposições, palestras, oficinas e sessões de cinema, com curadoria do artista visual Tom Lisboa. A coletiva “Território Estrangeiro”, no Museu Municipal de Arte (MuMa) – Portão Cultural,  abre a programação e reúne nomes importantes da fotografia e das artes visuais, como Juliane Fuganti, Tony Camargo, Vilma Slomp, Rosangela Renó, entre outros.

 

O artista visual Alex Flemming, que também ministrará uma das palestras no Museu Niemeyer, veio da Alemanha especialmente para duas exposições no Brasil, entre elas, a que acontece em Curitiba. “Ele é uma das estrelas do evento”, diz o idealizador do Clif, Guilherme Zawa, que realiza a ação em Curitiba desde 2011.

 

Os trabalhos de Flemming integram importantes coleções de museus no Brasil e no mundo, como o MASP, São Paulo, o Museu Nacional e Belas Artes, Rio de Janeiro, e o Museu de Arte da América Latina, em Washington. No MuMa, estarão expostas obras de uma de suas séries mais famosas, Body Builders (2001-2002), quando o artista fotografou corpos jovens e esbeltos e desenhou em cima das imagens mapas de áreas de conflitos e guerras.

 

Na programação, Zawa destaca ainda a palestra com Eder Chiodetto, um dos maiores curadores de fotografia do país, e a oficina de construção de câmeras digitais artesanais, com Guilherme Maranhão. Pela Rua XV de Novembro, os fotógrafos do coletivo “O Estendal” levarão imagens da série “Paisagem Alterada”, impressas em papel de algodão. As obras, que estarão à disposição do público a partir de amanhã, poderão sofrer intervenções das pessoas. No final do Clif, no sábado, 23, acontece também o “Foto Escambo”, projeto idealizado por Hans Georg, no qual fotógrafos e amadores trocam, sem a necessidade de dinheiro, imagens expostas e sem identificação do autor. “No meio das imagens, têm fotos valiosas que são dadas de bom grado pelos artistas. Também é um momento imprescindível para o fotógrafo que quer tirar um trabalho da gaveta”, diz Zawa.

 

 

Ideia

 

O curador do Clif, Tom Lisboa, conta que a escolha do tema “território estrangeiro” (um recorte para falar sobre as outras áreas que “invadem” a fotografia) foi bastante particular. “Quando fui convidado para fazer a curadoria, o Guilherme Zawa me pediu para dar um enfoque muito pessoal à mostra. Toda minha produção mescla a fotografia com outras áreas, tais como a literatura, o vídeo, a pintura, o cinema, a intervenção urbana e a internet”, diz. Lisboa conta que o projeto coincidiu com a leitura do livro Cidade Polifônica, do antropólogo italiano Massimo Canevacci. “Nele, ele afirma que compreendeu o que é ser italiano quando se sentiu perdido em um território estrangeiro, no caso o Brasil. A partir dessa vivência, eu desenhei o que seria o território estrangeiro do Clif. A fotografia deveria aparecer diluída, mas, ao mesmo tempo, afirmando sua identidade perante os outros meios”, define Lisboa.

 

Até 15 de dezembro.

Vida Nova, na Galeria Emma Thomas

A primeira individual de Rodrigo Bueno, o idealizador do singular “ateliê Mata Adentro”, na Galeria Emma Thomas, Jardins, São Paulo, SP, apresenta um novo desdobramento de sua pesquisa sobre o atrito entre Cultura e Natureza. A curadoria é de Agnaldo Farias. Bueno mostra a tensão entre a racionalidade e a irracionalidade, o ataque implacável das plantas, da umidade habitada por fungos, traças e cupins sobre as cadeiras, sofás e os vários objetos com que povoamos as nossas casas com a finalidade de obtermos conforto e aconchego. A vida prossegue, adverte Rodrigo Bueno, e não será a placidez das paredes cuidadosamente pintadas, como as paredes da sala de uma galeria, capaz de impedir esse fluxo, principal a ação do tempo em imagens icônicas da pintura e fotos históricas. A co-autoria de traças e fungos trazem ao espectador parte da pesquisa do ateliê Mata Adentro, que enfatiza a força da natureza reivindicando seu espaço.

 

Rodrigo recolhe objetos ou partes de objetos abandonados em depósitos ou em esquinas à espera dos caminhões de lixo, para despertá-los, devolve-los à vida, fazendo com que neles rebentem plantas, folhagens vivas e reluzentes, até então adormecidas pelos processos industriais. Suas obras celebram o fato de que, afinal, não há morte, mas transformação contínua, encadeamento de estados e transmutações.

 

Para a primeira e principal sala da galeria o artista optou por um exercício potente, operístico, no qual a natureza se impõe sobre objetos familiares e as rígidas estruturas do volume branco produzido pela arquitetura. Na segunda sala, menor, as fotografias e colagens sobre imagens retiradas da história da arte. Imagens clássicas, respeitáveis, mas já comprometidas pela sutil sublevação dos pequeninos seres que vicejam no corpo do papel, os insetos e fungos que teimamos em tratar como nojentos, e que a rigor compõem a própria seiva da vida.

 

De 21 de novembro a 11 de janeiro de 2014.

Esculturas de Francisco Brennand

A obra escultórica do artista pernambucano Francisco Brennand, 86 anos, encontra-se exposta no Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP. Com a curadoria de Emanoel Araujo, a mostra “O Escultor Francisco Brennand – Milagres da Terra, dos Peixes e do Fogo” apresenta cerca de 80 esculturas: figuras mitológicas, pássaros, peixes, jacarés, lagartos, frutos e objetos nascidos de uma extraordinária técnica de cerâmica vitrificada. Do Recife, foram trazidos um painel inédito de cinco metros e uma série de obras dedicadas às pinturas de natureza morta do italiano Giorgio Morandi. Desde a década de 1970, quando restaurou a antiga olaria de seu pai, num projeto de integração da arte à arquitetura, o trabalho de Brennand conquistou reconhecimento internacional. Situado na Várzea do Recife, seu ateliê ocupa os espaços da fábrica histórica. Aberta à visitação pública, a Oficina Cerâmica Francisco Brennand é um dos principais marcos artísticos do Brasil, com um impressionante conjunto de esculturas e painéis.

 

No título da mostra, Emanoel Araujo ressalta a presença vibrante dos elementos Fogo e Terra no nascimento da arte de Brennand. Além de frutos, aves e peixes, “…há também o fogo, que é como uma bigorna que alisa a massa crespa, deixando espaço para a crosta grossa e uniforme da tinta colorida, de ocres e ferrugens, de onde escapam os azuis e os verdes, ou meios tons leves, foscos e brilhantes. Da cor que se transforma ardida pelo calor do fogo”, descreve o curador. Num poema dedicado ao escultor, o poeta João Cabral de Melo Neto também define o ofício de ceramista: “Prender o barro brando no ovo/ de não sei quantas mil atmosferas/ que o faça fundir no útero fundo/ que devolve à pedra a terra que era”. “Mostrar a escultura de Brennand em outro espaço que não seja o seu próprio, de Pernambuco, será sempre um desafio, diante do complexo diálogo criado por ele entre a escultura e o espaço em que ela se desenvolve, ora com a arquitetura, incluindo os antigos galpões da antiga fábrica de cerâmica, e ora se incorporando às ruínas deixadas pela ação dos anos e do passado da fábrica onde nasceu esse grande cenário”, avalia o curador.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em 11 de junho de 1927, na casa grande do Engenho São João, no Recife, Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand é um dos mais importantes e premiados escultores do Brasil. Homem de múltiplos talentos (acumula ainda os dons de desenhista, pintor e ilustrador), ele participou de cursos com André Lhote e Fernand Léger em Paris, na década de 50. Autor de murais e painéis – dentre os quais o “Batalha dos Guararapes”, no centro do Recife -, Brennand já foi agraciado com o Prêmio Interamericano de Cultura Gabriela Mistral, da Organização dos Estados Americanos (OEA), atribuído por um júri internacional. Numa incursão pela política, integrou a Casa Civil do governo de Miguel Arraes, entre 1963 e 1964, quando o golpe militar depôs e prendeu o governador. À época, a convite de Arraes, assumiu a missão de transformar a antiga Casa da Detenção numa Casa de Cultura. “Pintor, ceramista, escultor, desenhista, designer, todos num só, dentro e fora de toda ortodoxia que define cada técnica dessas múltiplas linguagens, Francisco Brennand é um artista moderno, no sentido mais amplo dessa palavra. Seu universo, exposto nos gigantescos galpões da antiga olaria de seu pai ou, en plein air, no que se convencionou chamar Oficina, na Várzea, em Recife, exibe aí uma relação íntima entre a vida e a obra, seus avanços e recuos”, define Emanoel Araujo. Em 1971, Brennand iniciou as obras de restauro da Cerâmica São João da Várzea – fundada em 1917 -, instalando a partir de então seu ateliê e um arrojado projeto de esculturas cerâmicas. Em 1998, ganhou uma grande retrospectiva na Pinacoteca de São Paulo.

A Nova Mão Afro-Brasileira

O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, celebra os 25 anos do lançamento do livro-exposição “A Mão Afro-Brasileira – Significado da Contribuição Artística e Histórica” (de 1988, o ano do Centenário da Abolição da Escravatura) em 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, com a exposição “A Nova Mão Afro-Brasileira”, cuja curadoria traz a assinatura de Emanoel Araujo, com Salas Especiais e Retrospectivas com obras de artistas dos séculos XVIII e XIX, modernos e contemporâneos. Entre os homenageados, obras de Magliani, Maurino de Araújo e Yêdamaria. Além dos artistas expostos em outros momentos pelo Museu (Alex Hornest, Jorge dos Anjos, Rosana Paulino, Sidney Amaral, Tiago Gualberto e Washington Silvera), quinze contemporâneos foram incorporados à exposição: Advânio Lessa, Anderson Santos, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Claudinei Roberto, Eustáquio Neves, Herberth Sobral, Izidorio Cavalcanti, Lippe, Marcos Dutra, Moisés Patrício, Pedro Marighella, Renato Matos, Rener Rama e Sônia Gomes.

 

 

Sobre os artistas de “A Nova Mão Afro-Brasileira”.

 

Advânio Lessa

 
Mineiro, nascido em Ouro Preto, desde pequeno aprendeu com o tio e o avô a técnica de cestaria tradicional. Buscando ir além da técnica tradicional, procura na taquara e no cipó a inspiração para produzir suas obras de arte, baseadas na transformação da natureza.  Expôs na Europa e América do Norte, além de inúmeras exposições em Belo Horizonte e uma destacada participação em Mostra no Rio de Janeiro.

 

 

Anderson Santos

 
Pintor e desenhista, nascido em Salvador (BA), formou-se em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes (EBA/UFBA) em 1999, trabalhando desde então de maneira contínua, com as técnicas do óleo sobre tela, cartão ou madeira e desenho (grafite ou carvão sobre papel), realizando pintura figurativa realista. Realizou experimentos em vídeo, cartazes e storyboards para cinema. Atualmente é membro de um coletivo internacional responsável pela publicação da revista online Boardilla.

 

 

Arjan Martins

 
Artista Plástico, nascido no Rio de Janeiro, frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Desde 1995, participou de exposições nacionais no Rio de Janeiro, São Paulo e na Paraíba, e internacionais no Senegal e no Haiti. Recebeu o Prêmio “Projéteis da Arte Contemporânea” em 2005, no Rio de Janeiro, e foi contemplado com uma bolsa de estudos na Alemanha, através do Instituto Goethe. Dedica-se ao desenho e a pintura, em diferentes tamanhos e diversas superfícies.

 

Ayrson Heráclito

 
Artista visual e curador baiano, vive entre as cidades baianas de Cachoeira e Salvador e São Paulo (SP), onde realiza doutorado em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Suas obras transitam pela instalação, performance, fotografia e audiovisual, abordando temas como a cultura afro-brasileira, o candomblé e a historia do Estado da Bahia. Realizou exposições individuais no seu estado natal e participou de mostras, festivais e Bienais nacionais e internacionais.

 

 

Claudinei Roberto da Silva

 
Artista plástico, professor e curador independente. É licenciado em Educação Artística pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Entre 1997 e 2002 organizou um projeto de exposições independentes com o grupo Olho SP, oriundo do Departamento de Artes da Escola de Comunicações e Artes da USP, realizando exposições em diversas instituições da cidade de São Paulo. Em 2005 fundou o ateliê OÇO, também na capital paulista, que já realizou de mais de 40 mostras de artes, atividades de arte-educação, debates e encontros desde a sua inauguração.

 

 

Eustáquio Neves

 
Fotógrafo e videoartista autodidata, pesquisa e desenvolve técnicas alternativas e multidisciplinares, manipulando negativos e cópias. Nos últimos três anos tem pesquisado as mídias eletrônicas, incluindo a sequência e o movimento. Seu trabalho vem sendo amplamente divulgado em várias mostras no Brasil e no exterior, onde tem recebido prêmios e a consagração do público e da crítica.

 

 

Herberth Sobral

 
Artista plástico, fotógrafo e designer nascido em Minas Gerais. Como artista plástico, apropria-se de conhecimentos, técnicas e materiais diversos como xilogravuras, pinturas, desenhos, cédulas e bonecos, para construir a sua própria linguagem, sempre voltada para a representação do cotidiano. Em suas obras, o artista aborda a temática do comportamento: pensamentos e atos realizados através de práticas culturais.

 

 

Izidorio Cavalcanti

 
Nascido em Gameleira, Pernambuco, reside e trabalha no Recife, onde se formou em Desenho Arquitetônico no Liceu de Artes e Ofícios. Trabalhando com arte há 20 anos, explora as mais diversas técnicas e utiliza diferentes linguagens, desde o desenho até a performance. Atualmente, integra o Grupo MAMÃE e BO (Branco do Olho). Participou de diversas exposições coletivas e individuais em São Paulo, Ceará, Paraíba, Goiás, Rio de janeiro, Florianópolis, Sergipe, Pernambuco e Valência (Espanha).

 

 

Lippe

 
Artista e poeta que vive e trabalha entre as cidades de Rio de Janeiro e Berlim. Em sua produção, aproxima diversas linguagens artísticas visuais e a literatura, para problematizar temas de emergência humana tais como a memória, a utopia, a morte e o trauma histórico. Criando obras repletas de narrativas e referências históricas, o artista busca expor as fraquezas do homem, seus dilemas, glórias e tragédias, ao logo da história.

 

 

Marcos Ricardo Dutra

 
Natural de Pequizeiro (TO) e radicado em Palmas, capital do estado. Sua formação artística se deu através de leituras, experimentações, participação em oficinas e seminários. Desde 1992 participou de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil. Foi artista convidado de uma exposição em Paris em 2005, quando representou o Estado do Tocantins no projeto “Ano do Brasil na França”. Em 2009, participou com a exposição “O Pão Nosso de cada dia” do projeto SESC Amazônia das Artes, percorrendo as capitais dos Estados que constituem a Amazônia Legal. Sua produção artística abrange esculturas, instalações, pintura e intervenções urbanas.

 

 

Moisés Patrício

 
Artista multimídia e arte-educador, Moisés Patrício nasceu no bairro de Santo Amaro, de São Paulo, em 22 de outubro de 1984. Aos 10 anos, inscreveu-se na oficina de pintura e grafite dos Meninos de Arte de Santo André. Durante todo o período em que durou a oficina, chegou a trabalhar como assistente do professor e a participar de várias exposições e eventos. Hoje, trabalha e vive como artista e educador em São Paulo. É membro-fundador do Atelier Coletivo DES (Dialéticas Sensoriais), que, desde 2006, realiza ações coletivas estéticas, produzindo exposições, instalações dialéticas sobre arte contemporânea e urbanidade nas periferias de Santo André e São Paulo.

 

 

Pedro Marighella

 
Artista visual nascido em Salvador (BA), graduado em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (2011). Desde 2004, desenvolve projetos na área de criação, design, ilustração, animação, vídeo, artes visuais e cenografia. Integrou o coletivo GIA (Grupo de Interferência Ambiental) entre 2003 e 2009. Tem como principais interesses o olhar sobre processos culturais, sociais e históricos, com destaque para o potencial crítico da diversão. Ganhador da Bienal do Recôncavo de 2011.

 

 

Renato Matos

 
Músico, ator e artista plástico baiano, radicado em Brasília desde 1974. Na Capital Federal, participou do “Concerto Cabeças”, em 1977, considerado um marco cultural da cidade. Frequentou cursos livres de música na Universidade de Berkeley, EUA, e apresentou-se na Europa. Atuante na cena musical de Brasília, liderou a banda Acarajazz. Sua composição Um telefone é muito pouco foi gravada por Leo Jaime com sucesso e é considerada uma das canções mais representativas da cidade de Brasília. Gravou quatro álbuns independentes, além de ter atuado em filmes nacionais.

 

 

 

Rener Rama

 
Artista baiano, formado em Artes Plásticas e mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com ênfase em pintura e processos criativos. Embora utilize diferentes linguagens artísticas, como fotografia, vídeo e objeto; dedica-se especialmente e há mais de 25 anos, em desenvolver pesquisas e trabalhos explorando as possibilidades e linguagens da pintura, suas técnicas e caminhos expressivos. Realizou exposições individuais em São Paulo e Salvador e se fez presente em exposições coletivas Brasil afora.

 

 

Sônia Gomes

 
Nascida em Caetanópolis, Minas Gerais, um importante centro da indústria têxtil brasileira, a artista utiliza tecidos, linhas e objetos encontrados para compor esculturas e estruturas. É autodidata e tem como principal inspiração as suas experiências de vida, produzindo a partir de seus sentimentos internos, percepções e observações do cotidiano. Expôs em mostras individuais e coletivas, em galerias no Brasil e no exterior, com destaque.

 

A partir de 20 de novembro.