A Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, realiza no próximo sábado, dia 13 de junho de 2015, às 17h, um bate-papo com o crítico de arte Luiz Camilo Osório e José Damasceno, artista integrante da exposição “Made in Brasil”, com mais outros sete artistas brasileiros. A conversa será sobre a trajetória do artista, suas influências e suas obras na exposição em cartaz na instituição. A entrada é gratuita e as senhas serão distribuídas meia hora antes na recepção.
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Presença de Jean Boghici
09/jun
Nome fundamental do mercado de arte brasileiro, Jean Boghici, nascido em 1928, na Romênia, chegou ao Brasil em 1948 fugindo da Segunda Guerra na Europa, clandestino em um navio francês, após em anos em fuga ao lado de amigos judeus. Iniciou suas atividades nos anos 1960, quando abriu, no Rio de Janeiro, a galeria Relevo. Jean Boghici, foi um dos maiores colecionadores de arte do país e pioneiro no mercado de arte brasileiro. Ao longo do tempo colecionou obras de artistas como Volpi, Guignard e Di Cavalcanti, mas também investiu em nomes como Antonio Dias, Ivan Serpa, Vegara e Rubens Gerchman. À frente da galeria que leva seu nome, em Ipanema, Boghici tinha um rico acervo, com trabalhos de Modigliani, Lucio Fontana, Rodin, Alexander Calder e Maria Martins, entre outros. Ajudou a formar duas das maiores coleções de arte brasileira, como as de Gilberto Chateaubriand e Sergio Fadel, e trouxe ao país obras de artistas internacionais como Corneille. O MAR, Museu de Arte do Rio, homenageou-o com a exposição intitulada “O Colecionador”, com quadros representativos do modernismo, do surrealismo, da pintura primitiva, da abstração informal, da abstração construtiva, da nova figuração e da pintura russa; sendo estes os maiores interesses de Boghici em termos de movimentos artísticos. Com 136 obras, de nomes como Tarsila, Lygia Clark, Di Cavalcanti, Brecheret, Kandinsky e Rodin, entre outros grandes artistas dos últimos séculos, a mostra recebeu 258 mil pessoas de março a setembro de 2013.
Visita guiada e catálogo
O artista Eduardo Coimbra lança, 17 de junho, às 19h, o catálogo de sua exposição individual “Uma escultura na sala”, na Galeria Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Haverá distribuição de exemplares aos presentes e visita guiada à exposição, junto com a curadora Glória Ferreira.
A mostra reúne 29 cubos de ferro em preto e branco, empilhados ou justapostos, que compõem uma única escultura que ocupa todo o espaço expositivo e cria novas áreas e percursos no circuito da galeria. De dimensões diversas e vazadas em duas faces, as peças podem ser ocupadas pelo visitante. A proposta do artista é que o visitante suba, sente e entre na obra.
“Uma escultura na sala” encerra o período da curadora Glória Ferreira, à frente da Galeria Laura Alvim desde 2013.
A exposição fica em cartaz até 28 de junho.
Gravuras de Rauschenberg
Em 1960, isolado em uma colônia de pescadores na Flórida, o artista texano dedicou-se a concluir uma série de trabalhos que recriavam graficamente os 34 cantos de Inferno, primeira parte de A Divina Comédia, clássico de Dante Alighieri. Nesse conjunto, Rauschenberg (1925-2008) usou uma técnica que investigava havia dois anos: a transferência de imagens de revistas, que recebiam solventes e eram posteriormente decalcadas. Utilizando ainda aquarela e lápis de cor, ele criou gravuras que, em 1965, seriam produzidas em uma edição fac-similar autorizada pelo próprio. Vêm daí as obras apresentadas, cada uma ao lado do respectivo canto. Trata-se de imagens que fogem do lugar-comum associado ao inferno — tão belas quanto alegóricas, são desafiadoras para qualquer um que deseje buscar nelas uma relação óbvia com o texto de Dante.
A exposição “Rauschenberg – O Inferno de Dante – Dante´s Inferno” – está em cartaz no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: Resenha de Rafael Teixeira – Veja Rio.
Até 12 de julho.
Fotos de Claudio Edinger
A Cultural Pinakotheke, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a mais recente produção do fotógrafo Claudio Edinger. Em “O Paradoxo do Olhar”, são reunidas treze imagens do conhecido fotógrafo. Todas as fotografias exibem aspectos do Rio de Janeiro. O artista trabalha a técnica do foco seletivo, que coloca em evidência determinados detalhes, enquanto outros aparecem como manchas em uma tela, que desfocadas, apresentam um ritmado efeito visual.
Até 04 de julho.
Decio Vieira livro e exposição no MAR
03/jun
A FGV Projetos lançou o livro “Decio Vieira”, primeira publicação sobre a vida e obra do importante artista neoconcretista brasileiro, idealizada pelo diretor Cesar Cunha Campos. O lançamento foi realizado no MAR, Museu de Arte do Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, junto à inauguração da exposição com obras do pintor, organizada por Paulo Herkenhoff. A partir de uma pesquisa desenvolvida ao longo de dois anos, “Decio Vieira” reúne 200 imagens e apresenta as diversas fases e experiências do artista, incluindo suas primeiras exposições, as amizades, leituras e influências, com destaque para Ivan Serpa e Alfredo Volpi. A obra também valoriza a iniciativa da Fundação Getulio Vargas, que na década de 1940 formou uma geração de artistas por meio do Curso de Desenho de Propaganda e de Artes Gráficas, onde em 1946, Decio Vieira iniciou sua carreira artística.
A publicação, a primeira sobre o artista, tem textos assinados por Paulo Herkenhoff, diretor cultural do MAR, e colaboração de Frederico Morais, e é um percurso pela vida e obra do artista, por meio de suas diversas experiências e formas de expressão. Com 428 páginas e mais de 200 fotos, o livro apresenta as suas diversas fases e contextualiza as primeiras exposições, amizades, leituras e influências, com especial destaque para Ivan Serpa. Apresenta também a colaboração de Alfredo Volpi, a partir da parceria que estabeleceram ao trabalhar juntos no painel Dom Bosco, no Palácio dos Arcos, em Brasília, em 1966. Além disso, inclui o artigo inédito “Decio Vieira e o neoconcretismo: vigor e lirismo”, escrito pelo crítico de arte Frederico Morais, coordenador dos cursos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro enquanto Decio lecionava na instituição, nos anos 1970.
“O parco conhecimento do significado histórico da trajetória de Decio Vieira revela as dificuldades de se mapear o projeto construtivo em profundidade e o apego aos principais nomes já consagrados pelo sistema da arte. Espera-se, com essa publicação e a mostra, que a produção do artista venha a ser melhor conhecida e que novos estudos de sua obra possam ser estimulados”, afirma Paulo Herkenhoff.
Sobre o artista
Ainda na década de 1950, Decio Vieira participou do movimento neoconcreto e assumiu a liderança do Grupo Frente, considerado um marco no movimento construtivo das artes plásticas no Brasil e composto por nomes como Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape e Antonio Bandeira. A partir da segunda metade dos anos 1960 o artista viu sua carreira se consolidar com uma exposição individual no Hotel Copacabana Palace e o trabalho com Volpi no afresco Dom Bosco, para o Palácio dos Arcos, em Brasília. Já na década de 1970, Decio criou um projeto de educação artística para crianças na Rocinha e começou a lecionar no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, nos cursos coordenados pelo crítico de arte Frederico Morais, autor de “Decio Vieira e o neoconcretismo: vigor e lirismo”, artigo inédito a ser lançado como um dos capítulos da publicação da FGV Projetos. Decio Vieira esteve entre os artistas que, na década de 1950, estavam ligados aos movimentos concreto e neoconcreto, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Esteve ao lado de Alfredo Volpi, Antonio Bandeira, Aluísio Carvão, Lygia Clark, Anna Bella Geiger, Fayga Ostrower, Abraham Palatnik e Ivan Serpa, que lideraram o Grupo Frente, considerado um marco no movimento construtivo das artes plásticas no Brasil.
Até 09 de agosto.
Novo livro de Rosana Ricalde
02/jun
A artista plástica Rosana Ricalde lançou novo livro. A obra, denominada “Entre Imagem e Linguagem”, recebeu textos da crítica de arte Glória Ferreira. O livro saiu com o selo da Editora Apicuri. O lançamento foi na Livraria da Travessa de Botafogo, Rio de Janeiro, RJ. Rosana Formou-se pela EBA/RJ em 1994. Trabalha no Rio de Janeiro e em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, RJ, onde reside. Realizou exposições individuais no Rio de Janeiro e em São Paulo e também no exterior, em cidades como Madri, Oslo, Miami, Lisboa e Havana. Seus trabalhos fazem parte da Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM-Rio. Participou de projetos de residências artísticas em São Tomé e Príncipe, em 2008, Ilha de Susak, na Croácia, em 2008, e em Rotterdam, na Holanda, em 2005.
Mostra de Luiz Ernesto
O artista visual Luiz Ernesto apresenta no OI Futuro Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, a mostra” EQUILIBRANDO-SE EM LUZ REVELAVA -SE”. A curadoria é de Alberto Saraiva.
Artista plástico e ex-diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, desenvolve seu trabalho em diversos meios – desenho, pintura, objetos e fotografia, tendo como ponto de partida os objetos banais do cotidiano. O crítico Agnaldo Farias assim se referiu à obra do artista, durante uma exposição, em 1999: “As pinturas, desenhos e assemblages de Luiz Ernesto sempre se propuseram a animar as coisas de sua letargia para deixá-las transbordar, fazê-las abandonar seu estado inicial rumo a uma condição próxima”.
Até 07 de junho.
No Museu de Arte do Rio/MAR
29/maio
O Museu de Arte do Rio, MAR, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe a exposição “Tarsila e Mulheres Modernas no Rio”. Por meio de 200 peças (entre pinturas, fotografias, desenhos, gravuras, esculturas, instalações, documentos, material audiovisual e objetos pessoais), a exposição explicita a maneira pela qual a atuação de figuras femininas foi fundamental no que diz respeito à construção das sociedades carioca e brasileira, entre os séculos 19 e 20, nas mais diversas áreas – como artes visuais, literatura, música, teatro, dança, medicina, arquitetura, esporte, religião, política etc. Hecilda Fadel, Marcelo Campos, Nataraj Trinta e Paulo Herkenhoff assinam a curadoria da mostra.
A exposição “Tarsila e Mulheres Modernas no Rio” retrata mulheres com importante atuação em seus campos, do final do século XIX até hoje, e suas contribuições para a história da arte brasileira. O visitante se depara com mulheres com uma visão moderna não apenas nas artes visuais, mas nas ciências, na saúde, na segurança pública, na música, na dança. A exposição faz uma homenagem também às mulheres anônimas que revolucionaram nossa história ao demonstrar coragem e firmeza para fazer valer seus direitos.
É a primeira vez que Tarsila é contextualizada para além do campo das artes, abordando também o período pelo qual o Brasil e o Rio passaram, de lutas pelos diretos das mulheres que assumiam seu papel na sociedade, seus corpos e desejos. Nesse contexto, a vida e a obra da artista, representada com 25 pinturas e dez desenhos, serve como ponto de partida para a mostra da qual também fazem parte outros grandes nomes como Djanira, Maria Martins, Maria Helena Vieira da Silva, Anita Malfatti, Lygia Clark, Zélia Salgado e Lygia Pape.
O percurso tem inicio com as mulheres retratadas por Debret no século XIX, em ilustrações que evidenciam o uso de muxarabis – treliças de madeira que ocultavam a figura feminina nos recônditos do lar. A evolução da mulher na sociedade passa pelo direito ao voto e o reconhecimento do trabalho das domésticas no Brasil – incluindo a primeira publicação de reportagem sobre o assunto nos anos de 1950. O Aterro do Flamengo e o papel feminino na arquitetura do Rio moderno estão representados por Lota de Macedo Soares e Niomar Moniz Sodré, entre outras.
O momento em que as mulheres despontam na música, com apresentações em night clubs – até então um ambiente predominantemente masculino –, é contado por meio das histórias e canções de grandes divas do rádio, como Marlene e Emilinha Borba. As tias do samba e a mistura entre música e religião aparecem em fotos que revelam as feijoadas e os encontros nas comunidades da cidade, antes de se tornarem acessíveis ao publico em geral nas escolas de samba. Na dança, a primeira bailarina negra do Theatro Municipal, Mercedes Baptista, e outros nomes do balé clássico e contemporâneo, como Tatiana Leskova e Angel Vianna, também fazem parte da mostra.
O espaço dedicado à literatura lança luz sobre outras facetas de Clarice Lispector – as crônicas femininas publicadas sob o pseudônimo Helen Palmer, o trabalho como pintora e fotos de sua intimidade registradas pelo filho. Raridades como o manuscrito de O quinze, de Rachel de Queiroz, também fazem parte da seleção. A mostra reúne ainda fotografias e recortes de jornais para contar a história de mulheres que, ao contrário das retratadas por Debret, foram às ruas para lutar por seus direitos e de seus familiares, como a Pagu, primeira presa política do país, e a viúva de Amarildo, que enfrenta a polícia na busca pelo corpo de seu marido.
Até 20 de setembro.
Julia Csekö e o público
28/maio
A MUV Gallery, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, representa obras de artistas da nova geração da arte contemporânea, um projeto de Camila Tomé e Stéphanie Afonso, acaba de completar um ano. Para comemorar a data as sócias convidaram a artista americana Julia Csekö para apresentar a exposição individual “VOCÊ/EU”, com abertura marcada para o dia 17 de junho, onde o público poderá interagir e participar da montagem e resultado da obra. A mostra começa com o espaço expositivo praticamente vazio, a não ser por uma grande instalação de corações rosas e vermelhos afixados por fios prateados ao teto.
Por alguns meses Julia Csekö produziu uma grande quantidade de corações de veludo, pelúcia, cetim; tecidos brilhantes e texturizados. Cada coração é uma unidade de tempo, fazendo parte de uma longa meditação sobre o amor. A partir do momento da abertura o público é convidado a trazer objetos para serem trocados por estes corações. Aos poucos a Galeria será preenchida por objetos trazidos pelos visitantes. Os objetos trocados devem representar de alguma forma afetos e ideias/imagens que remetam ao amor.
Feitos de material macio, eles são fechados com fios metalizados, numa referência a prática Japonesa Kintsugi onde um objeto que se quebra é remendado usando ouro, prata ou platina. Cada cicatriz deixada, ao invés de ser escondida é ressaltada como um acréscimo ou elemento estético.
Alguns assuntos recorrentes na obra de Julia Csekö, como o trânsito entre micro e macro perspectivas, repetição e replicação versus originalidade estão presentes nesta exposição. Cada coração é único, feito a mão pela artista porém ao serem exibidos em um conjunto, sua singularidade é temporariamente atenuada. O processo de troca é imprevisível, a cada troca efetuada a exposição se torna mais plural e menos autoral. Cada coração é um objeto único e contém uma interação e relação interpessoal com o espectador em estado de latência. A cada troca a singularidade de cada coração é ressaltada. Quanto mais trocas efetuadas, mais plural a exposição se torna.
A penca de corações passa por uma transformação, começando como um conjunto de objetos similares e tornando-se a cada troca um conjunto de objetos díspares, fragmentos que juntos compõe uma narrativa sobre afetos, trocas, amores e desejos. Os objetos se transformarão, mas o motivo que os une dentro do mesmo espaço permanece. Cada coração é uma ponte entre a artista e o público e entre a obra e o espectador. Os objetos trocados serão documentados e colocados num arquivo e catálogo digital, para que o exposição possa novamente transitar entre o material e o imaterial, entre o espaço físico, idéias, afetos e memórias.
Sobre a artista
Julia nasceu no Colorado, EUA, e cresceu no Rio de Janeiro. Voltou ao seu país de origem para cursar mestrado em artes visuais na School of the Museum of Fine Arts, em Boston, e suas obras estão em importantes coleções como na Morris and Helen Belkin Art Gallery, British Columbia University Museum, Canada e MAM Rio. Já participou de mostras na Galeria A Gentil Carioca, Caixa Cultural – RJ, Centro Cultural Banco do Barsil – SP, MAM- BA, Fundação Eva Klabin e em galerias em Portugal, Estados Unidos, Canadá e França.
De 17 de junho a 17 de julho.
(Sábados mediante agendamento pelo tel: (21) 3988-0600).