Parceria carioca

10/dez

As galerias cariocas Laura Marsiaj e Tempo, ambas em Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, firmaram parceria para a montagem e exibição de uma exposição coletiva de fotografia, – venda promocional de fim de ano com 30% de desconto – , com trabalhos de artistas brasileiros e estrangeiros.

 

Entre os nomes dos expositores relacionados encontram-se: Bert Stern, Cristián Silva-Avária, Edgar Martins, Elizabeth Sunday, Flor Garduño, Geraldo de Barros, Jerome Schlomoff, Mario Cravo Neto, Martin Parr, Oleg Dou, Pat Kurs, Regina Parra, Sebastião Salgado, Waléria Américo e Yvonne Chevalier.

 

 

Até 31 de janeiro de 2015.

Lançamento: vídeo e livro dos dez anos do Projeto Respiração

08/dez

 

A Fundação Eva Klabin, lança no dia 09 de dezembro de 2014, às 19h, o vídeo e o livro comemorativo dos dez anos do Projeto Respiração. A publicação, com 88 páginas, tem texto de Márcio Doctors, curador da instituição e criador do projeto, e engloba ainda o catálogo da intervenção “Nossa casa, minha vida – Visite apartamento decorado”, do artista Nelson Leirner.

 
O livro dedica duas páginas, com fotos, para cada um dos 25 artistas que participaram das 18 edições anteriores do Projeto Respiração: Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro (Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler), Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo.

 
O vídeo, que teve direção e edição de Victor Fiuza, tem cerca de 16 minutos de duração, e será exibido, em looping, no auditório da Fundação Eva Klabin até 25 de janeiro.  Além de registrar a intervenção de Nelson Leirner e o depoimento do artista sobre o trabalho, o vídeo reúne depoimentos do curador Marcio Doctors, dos artistas Anna Bella Geiger, Claudia Bakker, Enrica Bernardelli, Luiz Zerbini, Marcos Chaves, Rosângela Rennó, do curador Marcelo Araújo, e de Israel Klabin, Presidente da Fundação Eva Klabin.

 

 

Texto de Márcio Doctors
Dez anos do Projeto Respiração

 
Em 2014 o Projeto Respiração está comemorando dez anos. É uma das propostas de mais longa continuidade das artes visuais no Brasil e é um dos projetos pioneiros internacionalmente em intervenções de arte contemporânea em museus com acervos de arte clássica.

 
Para a edição comemorativa dos dez anos, convidamos Nelson Leirner, um dos mais importantes artistas brasileiros, e que propôs a intervenção “Nossa casa, minha vida. Visite apartamento decorado”.  Com essa obra, Leirner mantém-se coerente com a sua linguagem, que tem a qualidade de absorver influências tanto da arte dita popular quanto da arte ‘culta’, evitando qualquer julgamento moral, conservando sempre, de forma lúdica e com humor sério, uma fina ironia e uma crítica contundente das estruturas políticas do mundo da arte e da sociedade contemporânea. Com a intervenção realizada, o artista sinaliza de maneira simples e direta o ponto que quer atingir. Tudo fica às claras. A própria situação do contraste imediato estabelecido entre o requinte da Fundação Eva Klabin e o apartamento popular que criou no interior da residência, falam por si.
Com sua contribuição, Leirner se junta ao Projeto Respiração, que, a cada nova experiência, celebra e transmite para o futuro o ato sempre renovado da invenção, que propicia o acontecimento da arte, e sinaliza para as novas gerações que o sentido de um bem conservado por gerações passadas pode ser sempre reinventado por aqueles que hoje usufruem o privilegio dessa conservação.

 
A ideia do Projeto Respiração surgiu em 2004, a partir do desejo de colocar lado a lado a arte contemporânea e a arte dos grandes mestres clássicos do passado, da mesma maneira que Eva Klabin optou por expor sua coleção, reunindo num mesmo espaço a arte egípcia, a arte renascentista e a arte do século XIX, por exemplo. Este foi o rastilho estético que encontramos para desobstruir os canais da história da arte que segregam os artistas em diferentes escolas e não permite o livre acesso a pura percepção, que é o que dá sentido à obra de arte, seja ela feita há mil anos, quinhentos anos ou na nossa atualidade. A proposta é poder fazer o espaço respirar, trazendo sempre outras percepções do universo da arte, da coleção e da casa para que o visitante possa experimentar o que é ser tocado de forma direta pela presença da obra de arte.

 
Somos gratos ao Nelson Leirner por sua contribuição e a cada um dos artistas que participaram das 19 edições, ampliando nossa percepção a partir de suas percepções singulares do universo de Eva Klabin. Obrigado Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro, Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo. Obrigado ao Conselho, à Diretoria e à incansável equipe da FEK. Obrigado, companheiros dessa viagem.

 

 
Lançamento: 09 de dezembro, às 19h.

 
Até 25 de janeiro de 2015.

Celina Portella e Movimento²

02/dez

Celina Portella apresentano Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a mostra “Movimento²”. Na exposição, a artista apresenta cinco vídeo-instalações onde a imagem do seu próprio corpo se movimenta interagindo com as bordas do quadro dos monitores. A série de trabalhos, remontados através  do  patrocínio  da  Secretaria  Municipal  de  Cultura,  foi realizada  com  acompanhamento  da  artista  Lenora  de  Barros durante o desenvolvimento do projeto na residência LABMIS, no Museu da Imagem e do Som em São Paulo. “Seu olhar atua nos interstícios entre o “mundo real” e omundo da imagem, e desse ir e vir, extrai situações insólitas e intrigantes, quase verdadeiras, que confundem a nossa percepção”, comenta Lenora.

 

Para “Movimento²” Celina concebe roteiros coreográficos calculados matematicamente, passo a passo, para as performances registradas em vídeo. As ações têm suas imagens exibidas e integradas a engenhosas   estruturas   metálicas   construídas   a   partir   de mecanismos que movem telas de tv, em sincronia com as imagens do corpo da artista se revolvendo dentro do quadro, em interação com suas bordas e determinando o movimento da tela de exibição. O  resultado  é  uma  dança  des-cabida,  ortogonal  e  minimal,  da artista que também é bailarina e coreógrafa.

 

Nos vídeos-objetos 1, 2 e 3, as telas são fixas e a relação com o espaço varia conforme as dimensões do corpo contido no espaço videográfico. Nos vídeo-objetos 4 e 5, a tela se desloca sobre um trilho horizontal e um vertical de maneira vinculada à imagem, criando uma conexão entre ação virtual e espaço real.

 

Nos três trabalhos fixos, a relação com o espaço, tema quea artista costuma se envolver em suas criações, se difere pela variação das dimensões do corpo contido no frame videográfico. Na primeira, o corpo  aparece  em  dimensões  pequenas  ocupando  um  grande espaço e movimentando-se livremente. Na segunda o espaço se reduz, um corpo em dimensões maiores alcança todas as bordas do quadro. Na terceira o corpo quase não cabe dentro do quadro, encolhido,  ele  tem  sua  movimentação  limitada.  Nos  trilhos,  a relação entre a ação do corpo no vídeo e seu suporte se complexifica. O vai e volta dos monitores obedece a uma ação continua, sem cortes, parando em diferentes pontos dos trilhos e obedecendo a estímulos parecidos, mas não idênticos.

 

O projeto “Movimento²” foi realizado em três etapas: a realização de estruturas, a gravação e edição e a realização dos objetos. A definição do formato e modelo dos monitores, do tipo de câmera e formato de filmagem, das estruturas e parede construídas para a filmagem dependiam umas das outras, tornando o desenvolvimento da idéia, um processo elaborado, com inúmeros testes e uma pesquisa profunda sobre os meios, suportes, equipamentos e configurações disponíveis. A concepção de um roteiro de filmagem com   ordem   dos takes e   duração   das  ações   dependiam   das dimensões dos trilhos e da velocidade de deslocamento das telas nos mesmos.

 

 

Sobre a artista

 

Celina Portella investiga questões sobre a representação do corpo a partir do vídeo. Recentemente foi contemplada com o I Programa de Fomento a Cultura Carioca, com a Bolsa de Apoio a Criação da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e indicada para o prêmio Pipa 2013. Ultimamente participou das residências Récollets em Paris na França, LABMIS, no Museu da imagem e do Som, em São Paulo, na Galeria Kiosko em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia e no Núcleo de Arte e Tecnologia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi contemplada no II Concurso de Videoarte  da  Fundaj  em  Recife.  Participou  da  III  Mostra  Do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, da Mostra SESC de Artes, em São Paulo, entre outras exposições. Estudou design na Puc-RJ e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII em 2001.

 

O projeto “Movimento²” foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura por meio do Programa de Fomento à Cultura Carioca.

 

 

De 06 de dezembro a 12 de fevereiro de 2015.

A arte de TOZ na Galeria Movimento

28/nov

O marchand Ricardo Kimaid, à frente da Galeria Movimento, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, inovou no mercado de arte carioca e, em 2006, se tornou um dos primeiros representantes brasileiros de artistas de street art. Hoje Ricardo trabalha com artistas consagrados no cenário da arte contemporânea como Toz, Titi Freak, Tinho, Herbert Baglione, Ramon Martins,  Arthur Arnold, Paulo Vieira, Thais Beltrame, entre outros..

 

Oito anos depois o galerista dobra o espaço da galeria Movimento (passa a ter 140 m2) e, para acompanhar as comemorações, inaugurou a exposição “UM por todos e todos por UM”, na qual o artista Toz (Tomás Viana), com quem Ricardo trabalha desde o início de sua carreira, apresentará pela primeira vez múltiplos de seu Toy Art.

 

Dois dos principais personagens da história artística de Toz, Nina e Shimu, estarão expostos em versão Toy Art, obras de vinil, com 15 cm de comprimento. A mostra dá continuidade ao projeto que teve início na Art Rua, sucesso com recorde de venda, e sold out dos prints de Toz, antes mesmo de abrir a feira, com preços mais flexíveis, fazendo com que mais pessoas possam ter uma obra de Toz em casa. Além dos Toy Art, Toz vai expor três fine art inéditos e duas gravuras também nunca expostas, produzidas especialmente para esta exposição.

 

 

Sobre a Galeria Movimento

 

Ricardo Kimaid tem como  exemplo de aposta certeira o artista Tomás Viana, mais conhecido como Toz, que se tornou hoje um dos maiores artistas urbanos do país. Os holofotes aos trabalhos de Toz vieram com o talento do artista e seu grande parceiro e galerista Ricardo, que apostou e acreditou nele desde o início da representação de seus trabalhos. Toz já conquistou uma série de colecionadores, críticos, foi indicado ao Prêmio Pipa 2014, fez uma exposição individual no Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, lançou o livro Toz – Traço e Trajetória, entre outras conquistas. Ricardo também representa outros artistas de peso, como o Tinho, que foi colocado como o segundo lugar do Prêmio Pipa on line 2012, tem acervo na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e também está entre os grandes artistas urbanos do país. Sem falar em Arthur Arnold , Mateu Velasco, que já participou de coletiva em Budapeste e ainda montou uma individual em Paris.

 

O marchand tem como ponto de vista que, os artistas urbanos, a partir do momento em que entram na galeria não são mais grafiteiros e sim artistas plásticos “Aqui são produzidas obras de arte. O grafite fica na rua. Para produzir uma tela, o artista tem que parar, pensar, tem que ter tempo e dedicação. É diferente”, finaliza. A Galeria Movimento realiza anualmente quatro exposições, sempre alinhadas à curadorias e textos críticos de nomes importantes como Daniela Name, Isabel Portella e Felipe Scovino, além de sempre inovar na criatividade dos cenários de suas aberturas.

 

 

Até 30 de dezembro.

Dia 30: Catálogo de Dias & Riedweg

Neste domingo, dia 30 de novembro, às 16h, será lançado o catálogo da exposição “Histórias Frias e Chapa Quente”, dos artistas Mauricio Dias e Walter Riedweg, na Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ. O lançamento será seguido de mesa-redonda com os artistas, a crítica Glória Ferreira e a artista Juliana Franklin.

 

A mostra, que pode ser vista somente até domingo, traz obras inéditas e recentes da dupla de artistas Maurício Dias & Walter Riedweg, em curadoria de Andreas Brøgger, curador do Nikolaj Kunsthal, em Copenhague. Fazem parte da exposição as obras “Cold Stories”, “Chapa Quente”, “Sob Pressão”, “Evidência”, “Blocão”, e “Throw” (“Tiro”), de 2004, incluída por ter sido a primeira da dupla de artistas a utilizar imagens de arquivos. A entrada é franca.

Eduardo Srur – Farol

A Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, um espaço da Secretaria de Estado de Cultura, apresenta a instalação “Farol”, de Eduardo Srur, que ficará na lateral da instituição. Réplica de um farol marítimo com seis metros de altura por quatro metros de diâmetro, a instalação é revestida por 20 mil ratos de borracha. A obra abrigará uma cúpula cenográfica, simulando a sinalização náutica dos portos. “Farol” foi apresenta no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, em 2013.

 

“A obra representa um farol negro, distante do porto e deslocado de sua função original, que aponta para uma realidade invisível da metrópole: o submundo que o público não vê e desconhece. Atualmente a população de ratos nas grandes cidades supera em até 15 vezes a humana”, conta o artista. Com diversas intervenções urbanas no currículo, Eduardo Srur se utiliza do espaço público para chamar a atenção para o cotidiano das cidades sempre como o objetivo de ampliar a presença da arte na sociedade. Assim como trabalhos anteriores do artista, Farol provocará o olhar e a reflexão do público para uma nova estética e uma perspectiva alterada da realidade.

 

“Farol” tem o patrocínio da Citroën do Brasil, a partir da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, reafirmando o compromisso da empresa em sua parceria com a Casa França-Brasil, iniciada em 2011. Desde então, a marca é a patrocinadora oficial de exposições do espaço cultural, como “O ser e o aparecer” (2011), de Valerie Belin; “Chance” (2012), de Christian Boltanski, e “Lugar de Reflexão” (2013), de Cristina Iglesias. “Esta é mais uma ocasião para a Citroën reforçar as relações que mantêm há muitas décadas com o mundo da cultura e da arte. A ambição da marca sempre foi ultrapassar os limites da experiência automobilística, buscando inspirações nas diversas linguagens da arte”, destaca Laurent Barria, diretor de Marketing da Citroën do Brasil.

 

 

Sobre o artista

 

Eduardo Srur nasceu em São Paulo, em 1974. Formado em Artes Plásticas e Comunicação pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Realizou diversas intervenções urbanas, dentre elas: “O Aquário Morto”, no Acqua Mundo, no Guarujá, em São Paulo, em 2014; “Cataventos”, na Praça Júlio Prestes, e “Bicicletas”, na estação de trem Júlio Prestes, ambas em São Paulo, em 2013; “Carruagem”, na Ponte Estaiada da Marginal Pinheiros, em São Paulo, em 2012; “Labirinto”, no parques Ibirapuera, Villa Lobos, Juventude e Ecológico do Tietê, em São Paulo , em 2012; “PETS – A Caminho do Oceano”, na represa Guarapiranga, em São Paulo, também em 2012; “A Arte Salva”, no Congresso Nacional, em Brasília, em 2011; “Touro Bandido”, na Cow Parade, em São Paulo, em 2010; “Nau”, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, em 2010; “Sobrevivência”, em monumentos públicos na cidade de São Paulo, em 2008; “Palmitos”, no Parque Villa Lobos, em São Paulo, em 2008; “Caiaques”, no Rio Pinheiros, em São Paulo, em 2006; “Antenas”, no MuBE, em São Paulo, em 2006; “Acampamento dos Anjos”, em Metz e Nuit Blanche, na França, em 2005; “Atentado”, em outdoors na cidade de São Paulo, em 2004, entre outras. Dentre suas principais exposições coletivas estão: “Food”, no SESC Pinheiros, em São Paulo, em 2014; “O Cotidiano na Arte”, na Sala de Arte Santander, em São Paulo, e a mostra na Fundation Izolyatsia, em Donetsk, na Ucrânia, ambas em 2013; “Urban Research at Director Lounge”, em Berlim, na Alemanha, e “Le Printemps de Setembre”, em Toulouse, na França, embas em 2012; “After Utopia”, no Centro per l’arte Contemporanea, em Prado, na Itália, em 2009; “Quase Líquido”, no Itaú Cultural, em São Paulo, em 2008; “Les Rêves du Château”, em Nyon, na Suiça, e “Body as Spetacle”, no Museum of Modern and Contemporany Art Rijeka, na Croácia, ambas em 2007; “The Great Outdoors”, no Impakt Festival, em Utrecht, na Holanda, “Interface”, em Dijon, na França, “Observatori06”, em Valência, na Espanha, “9ª Bienal de Havana”, em Cuba, “Espaço Aberto/Espaço Fechado: Sites for sculture in modern Brazil”, na Fundação Henry Moore, em Leeds, na Inglaterra, “Paradoxos Brasil”, no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo, e no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, ambas em 2006; entre outras.

 

 

 

Até 05 de janeiro de 2015

Malu Fatorelli na Galeria Laura Alvim

27/nov

A aproximação entre o espaço e a passagem do tempo, a produção como “arquitetura de artista”, vinculada ao lugar onde se expõe e à construção dos trabalhos são pilares de “Clepsidra – Arquitetura líquida”, individual de Malu Fatorelli, que a Galeria Laura Alvim inaugura sob curadoria de Glória Ferreira.

 

As obras desta mostra – videoinstalações, gravuras, vídeos e desenhos – acolhem o tempo na relação com a paisagem do entorno, marcada pela repetição das ondas do mar de Ipanema. A vídeoinstalação, que batiza a exposição, reproduz na sala em frente à praia o princípio da clepsidra, o relógio de água do antigo Egito, um vaso cheio do líquido, com um pequeno orifício, que o deixa escoar lentamente. A medida em que a água escorre, surge uma marcação do tempo no interior do recipiente.

 

Malu Fatorelli criou uma projeção panorâmica em 360º do mar de Ipanema sobre todas as paredes da sala. No vídeo, o líquido “escoa” lentamente, até o rodapé, deixando ver linhas, como pautas de caderno, que marcam o tempo.

 

Em 2008, a artista criou uma série de chaves de aço com banho de cobre, nas quais o segredo reproduz o skyline da Lagoa Rodrigo de Freitas. Uma delas serve de base para uma projeção sobre uma tela-mesa, sobre a qual uma fonte luminosa se movimenta, criando sombra e reflexo que aludem a uma espécie de relógio de sol. Este trabalho é intitulado O lugar do tempo (2010).

 

Panorama da Lagoa Rodrigo de Freitas (2008) é um círculo formado por doze chaves sobre arquitetura, perpendiculares à parede. A incidência de luz projeta o desenho do segredo, trazendo a paisagem de outro bairro para dentro da galeria.

 

Mar de dentro (2014) é uma frottage (decalque) a partir de um vitral da escada interna da Casa de Cultura Laura Alvim,  remetendo às ondas do mar. A série de 10 Desenhos vazantes (2014), em grafite e têmpera sobre papel, tem referência na recriação da maré. O vídeo Caderno de mar (2014) são pequenas imagens do mar de Ipanema em preto e branco sobre papel japonês.

 

Em Suíte líquida (2014), uma espécie de ampulheta líquida, a água azul escorre sobre tiras largas de papel japonês de fibra longa, da parede ao chão, e forma desenhos incontroláveis, que tingem o papel de acordo com as condições de umidade e temperatura do espaço.

 

Treze desenhos, sob o título de Espaço sobre tempo (2014), partem da imagem do mar de Ipanema, com variações de luz. Neste conjunto, Malu intervém com grafite, pigmento, relevo seco, e têmpera, do claro para o escuro ou vice-versa, denotando a passagem do tempo.

 

 

Sobre a artista

 

Artista plástica, arquiteta, mestre em Comunicação e Tecnologia da Imagem (ECO-UFRJ) e doutora em Artes Visuais (EBA-UFRJ), Malu Fatorelli é professora adjunta do Instituto de Artes da UERJ. Foi Artista Visitante na Escola Internacional de Gráfica de Veneza, Itália; na Ruskin Sckool of Drawing and Fine Arts da Universidade de Oxford, Inglaterra, com bolsa do British Counsil; no Headland Center for the Arts, CA, EUA; no Instituto Gedok, Munique, Alemanha; e na Universidade de Calgary no Canadá. Possui obras nas seguintes coleções públicas: Biblioteca Nacional de Paris, França. / Linacre College, Oxford, Inglaterra. / Centro Cultural Cândido Mendes, RJ. / Centro Internacional da Gráfica de Veneza, Itália. / Fundação Cultural de Curitiba, PR. / Solar Grandjean de Montigny, PUC, RJ. / SESC, RJ. / Museu da Chácara do Céu, RJ. / MAC Niterói / Museu Nacional de Belas Artes, RJ / EAV Parque Lage, RJ / Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP.  Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil.

 

 

 

De 03 de dezembro a 08 de março de 2015.

Sergio Gonçalves apresenta “Desenhos – anos 80”

Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe a mostra individual “Desenhos – anos 80”, de Jorge Duarte. A exposição acontece em comemoração aos 30 anos da Geração 80, ocorridos agora em 2014 e contará com texto do crítico de arte Fernando Cocchiarale.

 

A mostra reúne cerca de 35 desenhos do artista, que é um dos expoentes da chamada Geração 80. São trabalhos inéditos, realizados nos anos 1980 que refletem a produção de Jorge Duarte naquele período, marcado por sua produção pictórica. Alguns desses trablhos eram estudos preparatórios para pinturas de grandes formatos que foram realizadas na época. Em sua maioria, são obras independentes, realizadas em diversas técnicas como grafite, lápis de cor, nanquim, etc.

 

A principal marca das obras é o traço rápido e impulsivo que dialogam com os grafiteiros e com os cartunistas. O foco temático é a figura humana em ação. Uma grande dose de humor percorre boa parte destes desenhos, mas há também os que são marcados por climas trágicos e angustiantes.

 

“Este conjunto de desenhos de Jorge Duarte, nunca antes exposto, revela a importância fundamental da estruturação gráfica de sua pintura no começo da década de 80. Não é casual que muitos destes desenhos tenham se tornado “estudos” de pinturas que então o consagraram como expoente da nova safra de pintores surgida há três décadas no Brasil”, comenta Fernando Cocchiarale.

 

 

De 27 de novembro a 09 de janeiro de 2015.

Exposição de Rosana Paulino

24/nov

A artista visual Rosana Paulino apresenta “Assentamentos(s) – Adão e Eva no paraíso brasileiro”, último cartaz da programação 2014 da Galeria Pretos Novos, Gamboa, Rio de Janeiro, RJ. A curadoria é de Marco Antonio Teobaldo, com a cordenação geral de Ana Maria de la Merced Guimarães dos Anjos, uma  produção da Quimera Empreendimentos Culturais.

 

 

Assentamento(s) – Adão e Eva no paraíso brasileiro

A palavra do curador Marco Antonio Teobaldo

 

Rosana Paulino é uma artista visual de São Paulo que trabalha há algum tempo sobre as questões da formação da cultura brasileira, sobretudo aquelas relacionadas a nossa herança africana. Contudo, a sua pesquisa vem sendo aprofundada a partir de uma descoberta inusitada, imagens produzidas por uma expedição realizada no Brasil pelo zoólogo suíço Louis Agassiz, entre os anos de 1865 e 1866, sob o pretexto de estudar os peixes brasileiros, mas que tinha como pano de fundo comprovar a superioridade da etnia branca sobre as demais. Foi então encomendado tais registros ao fotógrafo franco-suíço Augusto Sthal. Desta forma, surgiu um acervo fotográfico único sobre a população escravizada no Rio de Janeiro, em estilo forense (frente, costas e perfil) e portrait. Atualmente, esta coleção se encontra no Peabody Museum of Ethmology and Archeology, de Harvard, e serviu de base para o projeto Assentamento(s), iniciado em 2012, no Tamarind Institute, no Novo México (EUA).

 

Ao contrário da teoria de Agassiz, o que se conseguiu na realidade foi documentar aqueles que ajudaram a fundamentar a cultura brasileira. Como é possível perceber nestas imagens, as marcas da escravidão são expostas sem qualquer preocupação moral ou humanitária, retirando o que sobrou de dignidade daqueles corpos nus, peças fundamentais no assentamento de nossas bases culturais. A partir desta pesquisa, a artista começou a pensar na visão geral do Brasil como um grande armazém, desde o período da chegada dos portugueses. Segundo ela, “os ossos apareceram sem que eu tivesse consciência, ou melhor, emergiram do inconsciente. No início, as sombras representavam “quase pessoas”, se é que posso falar deste modo. Pois os escravizados eram antes vistos como lenha para queimar, para mover a engrenagem da economia escravagista. Eram, grosso modo, sombras de seres humanos”.

 

“Assentamento(s) – Adão e Eva no paraíso brasileiro” é uma nova etapa do projeto que a artista se refere, resultado de sua recente  residência artística em Belaggio, Itália, com uma série de desenhos, pinturas e colagens reunidos de uma forma que sugere a criação da civilização brasileira a partir de um casal de africanos escravizados. Esta licença poética surge para confirmar a presença do sangue africano no DNA de cada brasileiro. A Botânica, Fauna e demais temas relacionados a Biologia sempre estiveram próximos da artista, que desde de criança estudava para ser bióloga. Mas foi em 1990, que ela iniciou seus estudos acadêmicos em Artes pela  USP. Não por acaso, as obras se assemelham aos estudos e mapas de anatomia humana, em que partes do corpo, ora desnudos, ora vestidos, são envoltos em ossos, plantas e animais selvagens, numa espécie de sequência cronológica em desenvolvimento.

 

Este trabalho inédito tem especial acolhida na Galeria Pretos Novos, não somente pela carga simbólica que estas obras representam dentro deste espaço, mas também porque foi logo após a primeira visita da artista ao IPN que estas imagens começaram a se construir em sua mente. Anteriormente a esta exposição, foi realizada uma primeira exposição deste projeto, em Americana (SP), com um formato que incluía esculturas, instalações de vídeo e bordados em impressões digitais, dos quais, três peças são exibidas nesta mostra.

 

 

De 26 de novembro a 24 de janeiro de 2015.

Anita Schwartz: Otavio Schipper e Tove Storch

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a exposição “Folha Branca”, feita em conjunto pelo artista brasileiro Otavio Schipper e pela artista dinamarquesa Tove Storch, com curadoria da também dinamarquesa Aukje Lepoutre Ravn, curadora do Röda Sten Konsthalle, importante espaço de arte contemporânea na Suécia.

 

“Na exposição, quero enfatizar e jogar com dois pontos comuns de interesse: a poética e os mecanismos de percepção. Temas clássicos, mas representativos, tanto do trabalho de Tove quanto de Otavio”, afirma a curadora.

 

No grande salão térreo, com 200 metros quadrados e pé direito de mais de sete metros, será apresentada uma instalação inédita, feita em conjunto pelos dois artistas, e pensada para o espaço da galeria. A instalação será composta por um trabalho de Tove, que será uma espécie de biblioteca, com prateleiras de seda. Em espaços vazios desta biblioteca estarão os trabalhos de Schipper, que o artista está produzindo especialmente para esta exposição. As obras fazem parte de uma série recente, “Memória Ótica”, e são compostas por objetos como óculos e fotografias antigas. “Esses trabalhos exploram a nossa relação com a memória coletiva e cultural dos objetos”, conta Schipper. “A biblioteca é um lugar de conhecimento histórico e você acessa esse conhecimento através de um ato de concentração, um ato de leitura. Esse é o mesmo sentimento que o espectador terá aqui, mas de forma abstrata”, explica a curadora Aukje Lepoutre Ravn.

 

Otavio Schipper conheceu a curadora Aukje Lepoutre Ravn e a artista Tove Storch durante uma residência artística em Nova York em 2013 na Residency Unlimited, e as convidou para desenvolver este trabalho em colaboração, que será apresentado pela primeira vez nesta exposição.

 

No segundo andar da galeria Otavio Schipper apresenta uma série de obras que fazem parte da série “Memória Ótica”, como a instalação “A Velocidade da Luz”, obra que fez parte da mostra “The Wizard’s Chamber” no Kunsthalle Winterthur, na Suiça em 2013.

 

 

De 27 de novembro a 17 de janeiro de 2015.