Jan Siebert no Rio

30/jul

O Centro Cultural Correios, Centro Histórico, Rio de Janeiro, RJ, inaugura a exposição “Jan Siebert – “Natureza Urbana”, que reúne cerca de 25 pinturas do artista alemão nascido em Hamburgo, em 1971, e radicado no Rio desde 2009. Os trabalhos têm tamanhos variados e foram produzidos entre 2001 e 2013 em diferentes cidades, como Vera Cruz, no México, Hamburgo, na Alemanha, e Santos, São Paulo e Rio, no Brasil.

 

A exposição se divide que em dois espaços: no primeiro se concentra a produção do artista dedicada à paisagem urbana, e, no outro, estão retratos e ambientes interiores. O trabalho de Jan Siebert é feito durante a noite, no próprio local retratado, em um período que pode durar até uma semana. Ele busca locais como a zona portuária ou o centro da cidade, interessado nesta paisagem urbana e também em determinada luz, e no seu contraste com as sombras que provocam. Durante o dia, esses locais estão plenos de gente, e à noite, desertos, ganham um protagonismo na obra de Jan Siebert.

 

“Às vezes, um local movimentado durante o dia não chama a atenção, é quase invisível, pois as pessoas estão em trânsito, ninguém os vê. São lugares de passagem. Entretanto, à noite, ganham vida, embora desertos”, diz o artista.  Na obra de Jan Siebert, esta paisagem arquitetônica e urbana fica em primeiro plano. Dentre as fotos, estão várias feitas sob a antiga perimetral, meses antes de sua derrubada. Apenas seis pinturas foram feitas durante o dia em ambientes fechado, e mostram retratos feitos em ambientes interiores. Nesses trabalhos, o público pode observar que as pessoas, embora destacadas, se relacionam profundamente com seu entorno, tanto o espaço como os objetos.

 

 

 Até 28 de setembro.

A Magia de Miró

24/jul

Obras de Miró para a CAIXA Cultural, Galeria 3, Centro, Rio de Janeiro, RJ, passam a ser exibidas na exposição “A Magia de Miró, desenhos e gravuras”, que reúne 69 trabalhos do artista espanhol e 23 fotografias em preto e branco registradas pelo curador Alfredo Melgar, fotógrafo galerista em Paris e Conde de Villamonte. A mostra já passou pela CAIXA Cultural São Paulo e Curitiba, e por prestigiadas galerias e museus da Europa, América e Oceania.

 

A “Magia de Miró” revela um plano mais íntimo e pessoal do mundo do artista catalão ao exibir esboços ou notas, além de obras produzidas sobre papel, com lápis e giz de cera ao longo dos seus últimos cinco anos de vida. As ilustrações correspondem a diferentes épocas da sua produção, entre 1962 e 1983, e remetem ao universo do processo criativo do artista, que pintou e desenhou sobre qualquer superfície que permitisse exibir sua enorme criatividade e conhecimento.

 

Melgar conheceu Miró quando começou a fotografar profissionalmente, durante uma vernissage no mítico Moulin de La Galette, em Paris. “Vestido como um dândi, de porte e maneiras aristocráticas, seus olhos azuis, penetrantes e sonhadores traziam o ar do mar Mediterrâneo. Ao seu lado, sempre discreta e elegante, Pilar Juncosa completava o quadro do perfeito matrimônio catalão, exalando correção, sobriedade, ordem, trabalho e disciplina. Eu tinha na época menos de 30 anos, minha obra fotográfica era escassa”, declara.

 

 

Sobre Miró

 

Nascido em Barcelona, na Espanha, em 20 de abril de 1893, Miró é um dos mais renomados artistas da História da Arte Moderna. Estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí. Em suas pinturas e desenhos, tentou descobrir signos que representassem conceitos da natureza em um sentido poético e transcendental, revelando os aspectos em comum com dadaístas e surrealistas, e sendo influenciado principalmente pelo pintor e poeta Paul Klee.

 

Miró também trazia intuitivamente a visão despojada de preconceitos que os artistas das escolas fauvista e cubista buscavam, mediante a destruição dos valores tradicionais. A partir de 1948, na Espanha e em Paris, realizou uma série de trabalhos de conteúdo poético, entre eles esculturas, com variações temáticas sobre mulheres, pássaros e estrelas. Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim pelo mural que realizou para o edifício da Unesco, em Paris. Miró faleceu em 25 de dezembro de 1983, em Palma de Maiorca, na Espanha.

 

De 28 de julho a 28 de setembro.

 

Após a temporada no Rio de Janeiro, a exposição segue para as unidades da CAIXA Cultural de Recife, PE, (a partir de outubro de 2014) e de Salvador, BA, (a partir de dezembro de 2014).

 

Maria Klabin na Silvia Cintra + Box 4

Três anos após sua última individual, Maria Klabin reúne 12 novos trabalhos em “E o dia havia acabado, quando começou”. A exposição, em cartaz na galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta dípticos e polípticos em pequenos formatos. A nova fase da artista aborda uma longa narrativa onde personagens aparecem em interiores, em situações sociais ou íntimas, e em espaços corporativos e expositivos.

 

“Tive a sensação de ter parado para escrever um conto; uma história que eu só poderia contar através da pintura, mas que se aproxima mais das preocupações de um contador de histórias que de um pintor. Talvez por isso as telas precisassem ser pequenas, com escala mais próxima da dos livros que de pinturas. E essa escala estabeleceu uma relação mais intimista com o processo”, comenta a artista.

 

Ainda segundo Maria, o universo de “E o dia havia acabado, quando começou” remete a um mundo labiríntico de ecos, reflexos e repetições, no qual espaços públicos e íntimos se confundem, levando a uma reflexão sobre questões de representação e realidade e também sobre o processo individual da pintura e a experiência compartilhada.

 

 

 

Sobre a artista

 

A obra de Maria Klabin encontra em paisagens e objetos cotidianos seus campos privilegiados de aparição. Natural do Rio de Janeiro, graduou-se em Pintura e História da Arte na Brandeis University, Estados Unidos, onde ganhou o “Susan May Green Award for Painting”. Já em 2002, concluiu mestrado na Central Saint Martin, em Londres. Faz em 2014 sua quarta individual na galeria Silvia Cintra + Box 4, depois de expor seu trabalho na galeria carioca em 2005, 2007 e 2011.

 

Entre as exposições coletivas das quais participou, destacam-se Arquivo Geral, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 2004; Transit, no Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, 2004; Além da Imagem, no Centro Cultural Telemar, Rio de Janeiro, 2005; e 30º Festival de Arte Contemporânea SESC Videobrasil, no Sesc Pompeia, São Paulo, 2013. O trabalho de Maria Klabin encontra-se também nas coleções do Museu de Arte Moderna, na capital do Rio de Janeiro, e Itaú Cultural, em São Paulo.

 

 

De 24 de julho a 23 de agosto.

Sucesso e lançamento

23/jul

Devido ao grande sucesso, a exposição “Quadrado Mágico”, exposição individual de Felipe Barbosa foi prorrogada até o dia 02 de agosto, quando será lançado o catálogo da exposição com as obras expostas, além de outras obras relacionadas à exposição. O finissage e o lançamento do catálogo serão no sábado, dia 2 de agosto, às 14h. Felipe Barbosa cria um diálogo entre jogos matemáticos e a arte, subvertendo o sentido dos objetos ao ressignificá-los entre formas e signos geométricos, que inspiraram o artista nas 16 obras que apresentadas na galeria. A mostra “Quadrado Mágico”,  é a primeira individual do artista na Sergio Gonçalves Galeria, que o representa desde dezembro de 2013. Com exposições recentes na Way Cultural, no Rio de Janeiro, no Museu de Arte do Rio (MAR), na Galeria Murillo Castro em Belo Horizonte e em Nova Iorque.

 

 

Sobre o artista

 

Felipe Barbosa nasceu em 1978, no Rio de Janeiro, e graduou-se em Pintura pela UFRJ, e é mestre em Linguagens Visuais pela mesma instituição. Em seus trabalhos, conjuga elementos do cotidiano e faz referências à História da Arte, alterando os significados dos objetos que elege transformar, criando em seu expectador uma sensação simultânea de proximidade e desconforto. O artista expõe regularmente desde 2000, em diversos países ao redor mundo, entre eles México, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Croácia, Lituânia, França, Canadá, Holanda, Inglaterra, Argentina e Japão. Dentre suas mostras recentes, destacam-se Campo de las Naciones, na Galería Blanca Soto, em Madrid, na Espanha; The Record : Contemporary Art and Vinyl, no Miami Art Museum, nos Estados Unidos; Futbol Arte y Passion, no MARCO – Museo de Arte Contemporaneo de Monterey, no México; e Consuming Cultures – A Global View, 21C Hotel-Museum, em Kentucky, também nos Estados Unidos.

 

Local:  Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, na Rua do Rosário, 38.

Até o dia 02 de agosto.

Fotos inéditas na Anita Schwartz

22/jul

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou exposição do consagrado fotógrafo alemão Thomas Florschuetz, que exibe nesta primeira exposição individual no Rio de Janeiro, 12 fotografias inéditas, em grandes formatos, produzidas entre 2008 e 2014. O artista, que se divide entre Berlim e o Rio de Janeiro, passou a integrar recentemente o time de artistas da galeria. Thomas Florschetz possui obras em importantes coleções, como MoMA, em Nova York; Maison Europeénne de la Photographie, em Paris; Museum of Fine Arts, em Boston e em Houston; National Museum of Photography, em Copenhagen; Museum of Contemporary Art, em Oslo; Staatliche Museen zu Berlin, entre muitas outras. Conhecido pela série “Early Bodyfigures”, na qual fez montagens de imagens de seu corpo, documentando uma espécie de performance em que revela várias partes de si mesmo, Thomas Florschuetz atualmente tem se concentrado em capturar uma experiência fragmentada de formas e espaços arquitetônicos e naturais. Na Anita Schwartz Galeria de Arte serão apresentadas 12 fotografias com tamanhos que chegam a 180cm x 225cm, e que ocuparão todo o espaço expositivo da galeria. As obras são de duas séries distintas: “Enclosure”, de fotografias relacionadas à arquitetura, com a qual o artista vem trabalhando desde 2001, e “Sem título”, com imagens tiradas na Índia, do torso de pessoas na rua.

 

 

Até 23 de agosto.

Marcelo Campos/Piti Tomé bate-papo na MUV Gallery

A artista Piti Tomé e Marcelo Campos, que assina a curadoria da mostra “entre uma e outra coisa todos os dias são meus”, participarão de um bate-papo na MUV Gallery, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Piti Tomé é artista visual e trabalha com fotografia, vídeo e instalação. Sua pesquisa abrange questões sobre a memória: a infância e o tempo. Na mostra, ma qual apresenta seis obras inéditas, Piti aborda a infância, o desaparecimento e a luta contra o esquecimento da memória. A artista trabalhou em cima de fotos que vem de diversos lugares e feiras de antiguidades, dando para este material um novo significado. São impressões sobre as folhas, com folhas desmembradas de livros médicos, dicionários estrangeiros, fazendo um jogo de palavras com as imagens, introduzindo objetos tridimencionais, sempre lembrando ausência e memória, ou a falta dela nas pessoas.

 

Dia: 31 de julho, quinta-feira, às 19h30.

 
A exposição continuará aberta para visitação até o dia 08 de agosto.

Cultura visual urbana

18/jul

Grafite e intervenção urbana são dois dos mais badalados fenômenos de cultura e de contracultura mundial. Este dois fatores têm encontro marcado na Onda Carioca, CasaShopping, Barra da Tijuca, RJ. São obras inéditas de seis artistas contemporâneos – Antonio Bokel, Joana Cesar, Mario Brands, Marcelo Macêdo, Pedro Sanchez e Piá (Marcio Ribeiro). Todos eles, de relação muito próxima com a arte urbana do Rio de Janeiro, criarão suas obras diretamente no local.

 

A mostra tem curadoria da Vanda Klabin. Cada artista terá liberdade para trazer as suas diversas soluções visuais, as técnicas que usam e suas múltiplas observações estéticas. “Eles vão reproduzir aquilo que os consagrou no cenário nacional: as suas trajetórias, registradas nos muros da cidade, que mostraram, ao longo dos últimos anos, uma natureza efêmera e transitória, com associações, afinidades, ou oposições entre as suas mais diversas formas de linguagem e de técnicas”, diz Vanda Klabin.

 

“A arte de rua e o grafite questionam o espaço público e exercem um papel importante no ambiente visual cultural no cenário urbano”, diz Francisco Grabowsky, diretor geral do CasaShopping. Para ele, a criação desse espaço no CasaShopping é uma marca poética na memória pública da cidade. “É uma forma de demonstrar a importância da iniciativa privada no circuito cultural e no incentivo da produção da arte contemporânea”, explica.

 

 

A partir de 19 de julho.

artevida programação múltipla

16/jul

Com as três inaugurações de sábado, 19 de julho, a exposição “artevida” se completa. Ela tem quatro seções, sendo as principais “artevida” (corpo), na Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, já em cartaz, e a do MAM-RIO, Parque do Flamengo, “artevida” (política). Este segmento é o mais pungente, com 160 trabalhos de 54 artistas. “artevida” é produzida pela ENDORA Arte Produções. Leia mais abaixo as informações gerais sobre esta segunda fase, com mais a instalação inédita de Georges Adéagbo, artista do Benin, premiado na Bienal de Veneza, no Parque Lage, e o Arquivo da argentina Graciela Carnevale, na Biblioteca Parque Estadual. Em cartaz até 21 de setembro, artevida é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro com patrocínio de Itaú e Petrobras. A curadoria é de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura

 

 

Aberturas da segunda fase: sábado,19 de julho
15h – artevida (arquivo) Arquivo Graciela Carnevale, na Biblioteca Parque Estadual
17h – artevida (política), coletiva com 54 artistas, no MAM Rio
19h – artevida (parque), instalação inédita do beninense Georges Adéagbo, nas Cavalariças do Parque Lage

 

A exposição artevida, sob curadoria de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura,  se completa sábado, 19 de julho, com a abertura de artevida (política) no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do Arquivo Graciela Carnevale na Biblioteca Parque Estadual e da instalação inédita do artista do Benin Georges Adéagbo nas Cavalariças do Parque Lage.

 

artevida, com 110 artistas e 350 obras do Brasil, Leste Europeu, Ásia, África, Oriente Médio e América Latina, é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, com patrocínio de Itaú e Petrobras.

 

artevida (política), no MAM Rio, reúne cerca de 160 obras de 54 artistas, feitas sob regimes autoritários ou em resistência a eles, organizadas em tópicos como feminismos e racismo, democracia e eleições, mapas e bandeiras, guerra e violência, greves e revoluções. Este é um dos eixos principais da mostra, ao lado de artevida (corpo), em cartaz desde 27 de junho, na Casa França-Brasil.

 

Pensando na vocação de cada espaço, os curadores pautaram para a seção artevida (arquivo) coleções de artistas como o de Paulo Bruscky, inaugurado em 27 de junho, e o da argentina Graciela Carnevale (1942), do Grupo de Arte de Vanguardia de Rosario, que abre ao público em 19 de julho. No arquivo da artista, fotografias, documentos e recortes de jornais registram a agitação da cena artística da avant-garde argentina nos anos 1960.

 

Nas cavalariças do Parque Lage, no segmento artevida (parque), o artista beninense Georges Adéagbo começou, na sexta-feira, a montagem de sua instalação com itens que trouxe e com o que está comprando em brechós cariocas. Ele escolheu para esta obra inédita refletir sobre a relação África-Brasil, o fotógrafo francês Pierre Verger e a documentação da diáspora africana.

 

No palacete do Parque Lage, já aberto ao público, estão a instalação “RED [Shape of Mosquito Net]”, de 1956, da japonesa Tsuruko Yamazaki (1925) suspensa à beira da piscina, e trabalhos de Martha Araújo – peças de vestuário em tecido e velcro que permitem interatividade quando vestidas, e fotos de registros de performances com as roupas, no início dos anos 1980. O público pode vestir macacões com velcro da artista e colar o corpo na rampa de carpete.

 

 

Artistas de artevida (política), por ordem alfabética:

 

Abdul Hay Mosallam, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino , Antonio Caro, Antonio Dias, Antonio Manuel, Aref Rayess, Artur Barrio, Beatriz González, Bhupen Khakhar, Birgit Jürgenssen, Carlos Ginzburg, Carlos Vergara, Carlos Zílio, Cecilia Vicuña , Cengiz Çekil, Cildo Meireles, Cláudio Tozzi, Clemente Padín, Emory Douglas, Gavin Jantjes, Goran Trbuljak, Gülsün Karamustafa, Hélio Oiticica, Horacio Zabala, Ion Grigorescu, Jo Spence, John Dugger, Juan Carlos Romero, Julio Plaza, Letícia Parente, Liliana Porter, Lotty Rosenfeld, Luis Camnitzer, Luis Fernando Pazos, Lygia Pape, Lynda Benglis, Margarita Paksa, Martha Rosler, Maurício Nogueira Lima, Mladen Stilinović, Nancy Spero, Nicola L., Nil Yalter, Oscar Bony, Paulo Bruscky, Rachid Koraïchi, Ricardo Carreira, Sanja Iveković, Sue Williamson, Teresa Burga, Teresinha Soares, Wanda Pimentel, Wesley Duke Lee.

 

 

Locais

 

Biblioteca Parque Estadual
Av. Presidente Vargas 1261 | Centro – RJ

Terça a domingo,  10 às 20h. Grátis.

 

Casa França-Brasil

Rua Visconde de Itaboraí 78 | Centro – RJ |

Terça a domingo, 10 às 20h. Grátis.

 

Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico 414 | Jardim Botânico – RJ
Palacete: Segunda a quinta, 9 às 19h; sexta a domingo, 9 às 17h. Grátis
Cavalariças: Diariamente, das 10h às 17h. Grátis.

 

 

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Av. Infante Dom Henrique 85 | Parque do Flamengo – RJ
Terça a sexta, 12 às 18h. Sábados, domingos e feriados, 11h às 18h.
(a bilheteria fecha às 17h30). R$ 14

Djanira na Caixa Cultural-Rio

09/jul

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe “Pintora descalça”, um conjunto de obras de Djanira. Artista quase sempre autodidata, a paulista Djanira da Motta e Silva (1914-1979) chegou a ter aulas com o pintor Emeric Marcier e frequentou por algum tempo o Liceu de Artes e Ofícios no Rio, mas não foi além disso. À margem da academia, inscreveu seu nome na história da arte brasileira, ancorada em uma obra muito particular – marcada por enorme riqueza cromática, temas nacionais e uma então inusitada mescla de figuração e geometrismos. No ano em que ela completaria um século de vida, sua trajetória é celebrada na individual Pintora Descalça. A Caixa Cultural abriga 37 obras, a maioria pinturas a óleo, acrílicas e guaches, sobre variados suportes. Tema caro a Djanira, o universo dos trabalhadores surge em boa parte da seleção, como em Mineiros de Carvão (1974) e Trabalhadores da Cana (1966), uma eloquente mostra do seu talento. Santos, paisagens, retratos e evocações da brasilidade (em imagens de festas juninas, por exemplo) completam o acervo.

 

 

Curiosidade: o nome da mostra, Pintora Descalça, refere-se à simplicidade e à religiosidade da artista, que fez parte da Ordem das Carmelitas.

 

Fonte: Veja-Rio por Rafael Teixeira.

 

 

 

Até 20 de julho.

 

Sem Medo de Ser Kitsch

07/jul

A exposição “Com o Rio da Cabeça aos Pés – Sem Medo de ser Kitsch” traz a pesquisa e a curadoria da designer e historiadora Isabella Perrotta para o Centro Carioca de Design – Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Praça Tiradentes, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

 

A mostra conta a evolução do souvenir do Rio a partir dos primeiros álbuns de lembranças do século 19 (litografias), passando pelas faianças, porcelanas e vidros produzidos na Europa até os anos 1920, as bandejas de asas de borboleta (a partir dos anos 1930), as caixas de marchetaria (a partir dos anos 1950), os artefatos de pedras semi-preciosas, a mistura de remissões ao Brasil exótico, até a explosão de produtos tão diversificados e banais quanto os de qualquer outra cidade turística do mundo. E também a tatuagem aparece no repertório de lembranças da cidade. Como os artefatos que reproduzem imagens do Rio, originalmente concebidos como souvenirs de viagem para turistas, estão hoje incorporados ao gosto do carioca e são produzidos por marcas descoladas

 

Entre os expositores, estão artistas, designers e marcas contemporâneas como Chicô Gouveia, Francesca Romana Diana, Gilson Martins, Papel Craft, Limits e Sobral.

 

 

As possibilidades plásticas do souvenir

 

A exposição é dividida em três segmentos de conteúdo, que se relacionam entre si. O primeiro perpassa a história do souvenir do Rio, a partir dos álbuns de lembranças do século 19, com textos sucintos e fotos de vários momentos históricos, pertencentes a acervos públicos e de colecionadores particulares.
O segundo é um ensaio fotográfico, encomendado ao fotógrafo Beto Felício, que lança um olhar aguçado sobre a relação dos usuários (nativos e estrangeiros) com os ícones cariocas que vestem – seja através de artefatos ou até mesmo de tatuagens. E também sobre seus pontos de venda (de ambulantes a lojas de grife).
O terceiro reúne trabalhos de artistas e designers contemporâneos que produzem objetos com temáticas da cidade – roupas, jóias, bijuterias ou produtos utilitário-decorativos – que costumam agradar tanto a turistas quanto a cariocas.

 

 

Sobre a curadora

 

Designer formada pela ESDI-UERJ, com doutorado em história pela FGV, é professora e pesquisadora.da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. Como designer gráfica, dirige a Hybris Design, cujos projetos são focados na área cultural: design de livros, programas de concertos, balé e ópera (principalmente para o Theatro Municipal), além de projetos de exposições. É especialista na representação do Rio de Janeiro, e autora de livros e palestras sobre o tema.

 

 

Designers e marcas participantes

 

Ana Paula Castro: Designer e artista plástica com formação no Rio e na Itália. Seu trabalho é fundamentado na tradição do trabalho manual, com temas sobre a natureza. Utiliza materiais de baixo impacto ambiental como aço e madeira de reflorestamento.

 

Beatriz Lamanna: Designer e ilustradora, trabalha para a Vista Alegre Atlantis, empresa portuguesa centenária no ramo de louças finas.É Master em Design Textil e Superficies no IED de Madrid.

 

Chicô Gouvêa – Olhar o Brasil: Nascida da parceria entre Chicô Gouveia, o carioquíssima arquiteto carioca, e Paulo Reis, cria projetos de ambientação e uma grande variedade de móveis e objetos de decoração, além de investir em atividades culturais.

 

Cristina Dias: Artista plástica, designer, artesã de e utilitários. Já participou de exposições e eventos com o tema dos ícones do Rio, inclusive, a Vitrine do Panorama Carioca, na exposição Rio+Design, Milão 2009.

 

Francesca Romana Diana: Já desenhava peças em seu atelier em Roma, quando decidiu mudar-se para o Brasil, que lhe ofereceu as mais belas pedras naturais, sua matéria prima favorita. É uma das mais conhecidas designers de jóias do país.

 

Gilson Martins: O designer começou a fornecer bolsas para as melhores marcas do Rio, mas foi em 1990 que seu trabalho passou a percorrer um caminho além da moda. Acabou fazendo de suas bolsas obras de arte.

 

Henrique Mattos e David Duarte: Os tatoos vão mostrar as tatuagems com imagens do Rio de Janeiro.

 

Kakau Höfke: Através de cores alegres e animadas, ela vem transmitindo desde 2007 a aura carioca em quadros, almofadas, cangas, estátuas, camisas e qualquer outro suporte que possa encontrar pela frente.

 

Lili Kessler – La Modiste: Estúdio de criação multidisciplinar que atua em vários segmentos como moda, estamparia, cenografia, design de ambientes, desenvolvimento de produtos, identidade visual e arte. Suas estampas do Rio (para móveis e vestuário) partem de fotografias da orla da cidade.

 

Limits: Desde 2001, ano em que surgiu, possui uma forte identidade urbana e jovem.  Trazendo a essência carioca de suas raízes, a marca tem estilo próprio, utiliza cores quentes, leveza nos tecidos e foca no meio ambiente.

 

Papel Craft: Criada em 1994, com a ideia de desenvolver produtos diferenciados, tornou-se referência no segmento de papelaria. Uma boutique de papel com objetos de design. Qualidade, humor, modelos e padronagens são o ponto forte da marca. Desde 2007, utiliza-se de temas cariocas em suas padronagens.

 

Use Huck: Parceria da grife carioca Reserva com o apresentador Luciano Huck, a marca estreou em outubro de 2011. As camisetas ganham a cada semana uma estampa diferente. A carioquice aparece em grírias e na representação da sua irreverência.

 

Ressurgir: A Ong, que criou peças exclusivas para a exposição, transforma produtos e tecidos doados, desenvolvendo uma linha que caracteriza-se pelo uso de patchwork e pintura a mão.

 

Sandra Gullino: Designer e origamista, tem trabalhos publicados na Alemanha, Itália, Estados Unidos, França, Chile, Colômbia e Ucrânia, além de peças de cenários e programas para a TV Globo. Produziu peças de origami exclusivas para a exposição e vai ministrar duas oficinas durante o evento.

 

Sobral: Carlos Alberto Sobral começou a vender colares e acessórios de resina nos anos 70 na feira hippie em Ipanema. Hoje, tem vários pontos de venda espalhados pelo Brasil e ganhou prêmio em Paris, concorrendo com mais de 600 expositores.

 

Terravixta: Cariocas apaixonadas pelo Rio, criaram mini esculturas de madeira para montar, onde cada peça narra um fragmento da vida de um dos nossos monumentos históricos.

 

Zeppelin Artes: As criações exclusivas de design em pop art renovam o jeito de olhar a cidade, e são estampadas em vários artigos – de  t-shirts a  objetos essenciais para o dia a dia de casa.

 

 

De 15 de julho a 30 de agosto.