A qualidade que ilumina

01/mar

 

O “Dia do Design Italiano no Mundo” é celebrado com eventos sobre sustentabilidade ambiental. Exposição “Triennale Milano. Uma história em cartazes”, abre no dia 9 de março, é destaque e estende-se até o dia 14 de maio no Solar Grandjean de Montigny, Gávea, Rio de Janeiro, RJ.

Em sua sétima edição, o “Italian Design Day” ou “Dia do Design Italiano no Mundo” – uma iniciativa promovida pelo Ministério Italiano das Relações Exteriores através da rede diplomático-cultural no mundo inteiro – será celebrado no Rio de Janeiro com uma série de eventos realizados pelo Instituto Italiano de Cultura, em parceria com o Consulado da Itália, a Fundação Triennale di Milano, a PUC-Rio e o Instituto Europeu de Design-IED.

Depois do sucesso das edições anteriores, com o envolvimento de mais de 450 especialistas italianos de design – escolhidos entre designers, artistas, curadores, arquitetos, acadêmicos e jornalistas – com cerca de 1.000 iniciativas em mais de 200 cidades no mundo, a edição 2023 do “Dia do Design Italiano” – que, pela primeira vez depois da Pandemia, volta à modalidade presencial – será dedicada à temática da sustentabilidade ambiental, tendo como título: “A qualidade que ilumina. A energia do design para as pessoas e o meio-ambiente”. A iniciativa também será uma oportunidade para promover o encontro entre profissionais da área (designers, universidades, empreendedores) e instituições italianas.

“Design e indústria criativa constituem dois setores de ponta da economia e da cultura italiana. A eles é associada frequentemente a imagem da Itália no exterior”, afirma a diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, Livia Raponi. “O Dia do Design Italiano constitui um momento importante de diálogo e troca de experiências entre especialistas do design de ambos os países”.

Convidada especial deste ano, a especialista italiana de design Nina Bassoli, arquiteta, pesquisadora, curadora de exposições e professora do Politécnico de Milão, além de “Embaixadora” oficial do design italiano no Brasil em 2023, abrirá as comemorações. Nina Bassoli conduzirá um bate-papo com os alunos no Hall do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio, no dia 09 de março, das 15h às 17h. A seguir, será inaugurada, no Museu Universitário Solar Grandjean de Montigny, a exposição “Triennale Milano. Uma história em cartazes”, realizada pelo IIC Rio em colaboração com a Triennale Milano, sob curadoria do Diretor da instituição italiana, Marco Sammicheli.

No dia anterior, na quarta-feira, 08 de março, às 18h, Nina Bassoli participará de outro bate-papo, desta vez com os alunos do IED (Instituto Europeu de Design). O encontro acontece no Instituto Italiano de Design, localizado no 3º andar do prédio do Consulado Italiano, para onde recentemente o IED transferiu sua sede.

 

Sobre a Triennale Milano

Entre as disciplinas nas quais a Itália e o Brasil mantiveram e mantêm um diálogo particularmente frutífero, se encontram sem sombra de dúvida a arquitetura, a arte e o design. A Triennale Milano, instituição italiana de excelência, desde a sua criação, sempre incentivou o confronto dialético entre esses três campos, bem como estimulou suas relações mútuas com a indústria e a sociedade.

Desde a primeira edição em Monza, em 1923, foram realizadas, até 2022, cerca de 23 edições da Exposição Internacional, com a participação de 66 países dos cinco continentes. A exposição apresentada na PUC pelo Instituto Italiano de Cultura do Rio traça a trajetória das exposições internacionais através de obras icônicas da arte gráfica criadas para promover e divulgar o evento.

A inauguração contará com a presença da arquiteta urbanista Nina Bassoli, o Cônsul Geral da Itália no Rio, Massimiliano Iacchini, e a Diretora do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, Livia Raponi.

“Um cartaz é, antes de tudo, um suporte informativo, mas é também, e sobretudo, uma declaração pública que tem o escopo de atingir o maior número possível de pessoas e de comunicar no modo mais imediato possível temas e visões. Em vista do centenário da referida instituição, esta mostra pretende percorrer a história das Exposições Internacionais da Triennale através dos cartazes projetados para cada edição pelos maiores artistas gráficos italianos e internacionais”, afirma o curador, Marco Sammicheli.

Os 80 cartazes expostos – obras exemplares de arte gráfica – assinadas por grandes mestres do século XX italiano e por designers contemporâneos, expressam, tanto em suas constantes quanto em sua originalidade, um encontro sempre em movimento entre pensamento, conceitos éticos e estéticos, e práticas artísticas e produtivas. As peças provêm dos arquivos da Triennale e são assinadas por autores como Enrico Ciuti, Marco Del Corno, Eugenio Carmi, Roberto Sambonet, Giulio Confalonieri, Ettore Sottsass, Andrea Branzi, Italo Lupi, Bon Noorda e Studio Cerri Associati. Os pôsteres selecionados são exemplares muito valiosos tanto da história da Triennale quanto do desenvolvimento da gráfica italiana.

“A vocação para a sinergia interdisciplinar, em nome da criatividade e do know-how italianos, fazem da Triennale di Milano um exemplo particularmente inspirador nos dias de hoje; acreditamos que a Triennale e o Brasil têm muito a trocar e que podem, a partir dos desafios e encontros comuns que já aconteceram no passado, desenhar uma dialética e colaboração renovadas”, diz o Embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello.

Segundo Livia Raponi, Diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, “…a Triennale é um laboratório essencial de reflexão sobre a construção coletiva do presente e do futuro, sempre atento aos desafios do mundo contemporâneo como nos mostram os temas das edições mais recentes”.

 

Sobre Nina Bassoli

Arquiteta, pesquisadora e curadora, Nina Bassoli (1983) é responsável pelo projeto “Architettura, Rigenerazione urbana e Città” (Arquitetura, Regeneração urbana e Cidade) na Triennale Milano. Doutora pela Universidade IUAV de Veneza, formou-se no Politecnico de Milão, onde hoje dá aula de Projetação Arquitetônica. É redatora da revista “Lotus international” desde 2008, teve palestras e conferências em várias universidades e instituições internacionais. É curadora de numerosas publicações e exposições: entre elas “Arquitecture as Art” no Pirelli HangarBicocca e “City after the City. Street Art” no âmbito da XXI Exposição Internacional de Triennale Milano.

Nina Bassoli encontra os alunos do IED-RIO

Dia 08 de março, às 18h

Local: Instituto Italiano de Design

Av. Antônio Carlos, 40-2º andar (prédio do Consulado da Itália)

Entrada franca

Nina Bassoli conversa com os alunos da PUC

Dia 09 de março, das 15h às 17h

Local: Departamento de Artes e Design da PUC-Rio

Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea-RJ

Entrada franca

 

Artistas de diversos estados no Memorial

 

Abrindo o calendário de exposições de 2023 do Memorial Getúlio Vargas, Glória, Rio de Janeiro, RJ, a exposição coletiva “Memória do Futuro” apresenta no dia 04 de março, das 12h às 17h, e exibe até o dia 16 de abril, pinturas, instalações, fotografias, desenhos, esculturas e objetos de 23 artistas de diferentes estados do Brasil, que refletem o lastro temporal da memória como condutor de um futuro possível e de suas subjetividades.

Com curadoria de Shannon Botelho, “Memória do Futuro” tem a memória como construção de identidade, invenção de si, de coletividade, de singularidade e de sociedade. A mostra traz os artistas Consuelo Vezarro, Cristina Canepa, Danielle Cukierman, Débora Rayel Eva, Federico Guerreros, Gláucia Crispino, Leda Braga, Lili Buzolin, Lucy Copstein, Marcia Rosa, Michaela A F, Odette Boudet, Renata Carra, Riyosuke Komatsu, Rosa Hollmann, Rosana Spagnuolo, Rose Aguiar, Sandra Gonçalves, Sheila Riente, Suzana Barbosa, Tuca Chicalé Galvan, Vitória Kachar, Yohana Oizumi.

 

Walter Firmo faz palestra no CCBB RJ

28/fev

 

O consagrado fotógrafo Walter Firmo fará uma palestra no dia 04 de março, sábado, às 15h, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, como parte da exposição “Walter Firmo no verbo do silêncio a síntese do grito”, em cartaz até o dia 27 de março. Gratuita e aberta ao público, a mesa de conversa “Carnaval, samba e encantamentos na obra do fotógrafo Walter Firmo” terá a participação de Firmo e dos curadores Sergio Burgi e Janaina Damaceno e da antropóloga Ana Paula Alves Ribeiro.

Os palestrantes debaterão com o público a obra de Firmo e o seu vínculo com o carnaval e o samba. A conversa será realizada no auditório do 4º andar do CCBB RJ, com 64 lugares disponíveis, além de três para pessoas com deficiência, e os ingressos poderão ser retirados até 1 hora antes do início do evento na bilheteria física ou pelo site do CCBB (bb.com.br/cultura).

A grande exposição retrospectiva “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito” apresenta um panorama dos mais de 70 anos de trajetória do fotógrafo carioca. Com curadoria de Sergio Burgi e Janaina Damaceno, são apresentadas 266 fotografias, produzidas desde 1950, no início da carreira de Firmo, até 2021. São imagens que retratam e exaltam a população e a cultura brasileira de diversas regiões do país, registrando ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas. O conjunto destaca a poética do artista, associada à experimentação e à criação de imagens muitas vezes encenadas e dirigidas. “Acabei colocando os negros numa atitude de referência no meu trabalho, fotografando os músicos, os operários, as festas folclóricas, enfim, toda a gente. A vertigem é em cima deles. De colocá-los como honrados, totens, como homens que trabalham, que existem. Eles ajudaram a construir esse país para chegar aonde ele chegou.”, diz Walter Firmo.

O fotógrafo percorreu intensamente todo o país, mas sempre manteve um vínculo especial com o Rio de Janeiro, sua cidade natal, onde iniciou e construiu sua carreira e desenhou sua trajetória na fotografia, a partir da vivência de homem negro nascido e criado nos subúrbios e arrabaldes de Mesquita, Nilópolis, Marechal Hermes, Osvaldo Cruz, Vaz Lobo, Cordovil, Parada de Lucas, Vista Alegre e Irajá, territórios do samba de raiz e do permanente ronco da cuíca.

Dividida em núcleos temáticos, a mostra traz retratos memoráveis de grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Clementina de Jesus e a icônica fotografia de Pixinguinha na cadeira de balanço, além de destacar a importante trajetória de Firmo como fotojornalista e de dedicar uma seção à fotografia em preto e branco do artista, pouco conhecida e, em grande parte, inédita.

A exposição é uma oportunidade para o público conhecer em profundidade a obra de um dos grandes fotógrafos do país, que até hoje mantém seu compromisso pelo fazer artístico: “Aí está o meu relato, a história de uma vida dedicada ao fazer fotográfico, dias encantados, anos dourados. Qual a minha melhor imagem? Certamente aquela que em vida ainda poderei fazer. Emoções, demais”, afirma o fotógrafo.

A exposição é uma parceria inédita entre o Instituto Moreira Salles de São Paulo (IMS Paulista) e o Centro Cultural Banco do Brasil. A mostra seguirá para o CCBB Brasília, com abertura prevista para 21 de abril, e posteriormente para o CCBB Belo Horizonte. O patrocínio é do Banco do Brasil.

 

Sobre os participantes:

Walter Firmo nasceu em 1937 no bairro do Irajá, no Rio de Janeiro, criado no subúrbio carioca, filho único de paraenses – seu pai, de família negra e ribeirinha do baixo Amazonas; sua mãe, de família branca portuguesa, nascida em Belém -, Firmo começou a fotografar cedo, após ganhar uma câmera de seu pai. Em 1955, então com 18 anos, passou a integrar a equipe do jornal Última Hora, após estudar na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (Abaf), no Rio. Mais tarde, trabalharia no Jornal do Brasil e, em seguida, na revista Realidade, como um dos primeiros fotógrafos da revista. Em 1967, já trabalhando na revista Manchete, foi correspondente, durante cerca de seis meses, da Editora Bloch em Nova York. Neste período no exterior, o artista teve contato com o movimento Black is Beautiful e as discussões em torno dos direitos civis, que marcariam todo seu trabalho posterior. De volta ao Brasil, trabalhou em outros veículos da imprensa e começou a fotografar para a indústria fonográfica. Iniciou ainda sua pesquisa sobre as festas populares, sagradas e profanas, em todo o território brasileiro, em direção a uma produção cada vez mais autoral.

Sergio Burgi é coordenador de Fotografia do Instituto Moreira Salles desde 1999. Formado em Ciências Sociais na USP, tem mestrado em Conservação Fotográfica na School of Photographic Arts and Sciences, do Rochester Institute of Technology (EUA). Foi coordenador do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte entre 1984 e 1991.

Janaína Damaceno é professora da área de Cultura e História da Arte da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (Febf/ UERJ) é só Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades (PPCult/UFF). Coordena o Grupo de Pesquisas Afrovisualidades: estéticas e políticas da imagem negra. É uma das fundadoras do FICINE (Fórum Itinerante de Cinema Negro).

Ana Paula Alves Ribeiro é Antropóloga, Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF – Pedagogia, Departamento de Formação de Professores/UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Culturas e Territorialidade (UFF).

Mariana Manhães em cartaz no Oi Futuro

15/fev

Mariana Manhães inaugura a obra “Prenúncio da saliva”, produzida especialmente para o projeto Ressonâncias, no Centro Cultural Oi Futuro, Rio de Janeiro. A convite da curadora Fernanda Vogas, a artista ocupou uma das galerias do Centro com equipamentos eletrônicos, espuma expansível, plástico, ventiladores industriais e outros materiais, integrando-os à arquitetura do espaço expositivo. “A obra de Mariana Manhães desconstrói formalidades, reorganiza materiais, objetos e o próprio espaço de uma forma inovadora”, afirma a curadora.

 

A exposição “Prenúncio da saliva” pode ser visitada até 26 de março.

 

Manifestações divinas e profanas

14/fev

 

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta de 02 de março até 15 de abril, a exposição “Dialetos do Firmamento”. A artista belga de origem turca Shen Özdemir traz em sua primeira viagem ao Brasil seu universo particular de carnaval, em que cria esculturas que nos lembram os bonecos de Olinda. Para abrir a mostra coletiva em que estará junto com os artistas Bonikta, Ivan Grilo, Jeane Terra, Rochelle Costi, Thiago Costa, e Zé Tepedino.

Shen Özdemir fará um cortejo com seus estandartes, e seis músicos integrantes do Céu na Terra, que percorrerá as ruas do bairro da Gávea até a Anita Schwartz. A exposição discute as diferentes cosmovisões, mundos inventados, o encantamento e os mistérios que transitam entre o céu e a terra.

A exposição será aberta por um cortejo/performance com oito bandeiras desenhadas e confeccionadas pela artista belga de origem turca Shen Özdemir, em sua primeira visita ao Brasil, e a participação de seis músicos integrantes do tradicional Céu na Terra. A concentração será a partir das 18h30, na Praça Santos Dumont, na Gávea, e o cortejo percorrerá algumas ruas do bairro até a Anita Schwartz, na Rua José Roberto Macedo Soares, 30. Por meio de suas linguagens e modos sensíveis de compreensão, os trabalhos dos artistas de “Dialetos do Firmamento” constelam imaginários, desenhando novas direções para modos plurais da existência, integrada à imensidão dos poderes ocultos do universo.

A exposição inaugura o programa de 2023 da galeria e convida o público a imaginar novas possibilidades de cuidar de um futuro ancestral, em conexão com o campo da arte e da espiritualidade, construindo percursos e diálogos entre manifestações divinas e profanas. O projeto de um Brasil inventado é revisto pelas potências do intangível, as expressões primárias e as subjetividades da memória, atravessando o tempo e o espaço visível/invisível do mundo moderno organizado pela racionalidade.

Bonikta (Caio Aguiar), nascido em 1996, em Ourém, Pará, e radicado em Salvador, estará na exposição com as fotografias “Kurumins do Rio” (2023) e “Ygarapé das Bestas” (2023), cada um medindo 45 x 60 cm. Sua produção que desenha um universo encantado inspirado no imaginário ribeirinho amazônico, reflexos de vivências que traçam travessias entre o interior e a cidade, entre a rua e a floresta. Bonitka se dedica a processos de criações e encantarias em diversas linguagens e tecnologias, do grafite, lambe-lambe, ilustrações, pinturas, fotografias, vídeos, animações, tatuagens, máscaras a desenhos digitais, entre outros. Bonikta é bicho que vira gente e gente que vira bicho. Atualmente ele é estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia).

Ivan Grilo (1986, São Paulo) mora em Itatiba, São Paulo, e tem sua produção reconhecida no circuito da arte a partir de seu interesse em investigar tradições orais, ou pesquisar história brasileira a partir de arquivos públicos. A escrita é um elemento importante em seu trabalho, de várias maneiras, e na exposição a obra “Fazer juntos um trecho de céu no chão” (2022) traz a frase entre linhas, em bronze, medindo 8cm x116cm.

O tríptico “Santuário do Sertão” (2022), uma monotipia feita sobre pele de tinta – material desenvolvido pela própria artista – foi criado a partir da vivência de Jeane Terra no final de 2021 nas cidades baianas inundadas pelo Rio São Francisco em 1970, para a criação da represa de Sobradinho. A obra retrata, a partir de um registro fotográfico feito pela artista, a Igreja de Santo Antônio, do século XVIII, na margem do rio em Pilão Arcado. Jeane Terra nasceu em 1975 em Minas, e é radicada no Rio de Janeiro.

Rochelle Costi (1961-2022), artista atuante em exposições no Brasil e no exterior, deixou um legado poético de sua coleção amorosa de registros do que a cercava – objetos, paisagens, cenas do cotidiano. Sua obra que integra a exposição “Escada Palavrada – Céu” (2014), em jato de tinta sobre papel de algodão, de 105cm x 70cm, é também uma homenagem a ela.

A artista belga de origem turca Shen Özdemir (1996) criou um universo de carnaval a partir das lendas de gigantes, na Bélgica, e das marionetes da Turquia. Na série de trabalhos Karnavalo, sua intenção é criar uma comunidade humana internacional através do sincretismo cultural. Seu carnaval é composto por uma multidão de trupes, concebidas como núcleos familiares, ressaltando a ideia de parentalidade, e seguindo a tradição das alegorias dos desfiles de carnaval. Suas “cabeças” nos lembram, entre outros personagens de festas populares, os tradicionais Bonecos de Olinda. Criadas com espuma, papel, tinta acrílica, gesso e tecido, e medindo aproximadamente 90cm x 90cm, duas obras “Cabeças” (2023), que representam metaforicamente dois membros de uma mesma família, sem definição de gênero ou faixa etária. Com a participação de integrantes do Céu da Terra, será a primeira vez que os desfiles feitos por Shen Özdemir com seu carnaval imaginário terão música. O conjunto de bandeiras do cortejo integrará a exposição.

As esculturas-ferramentas “Exercícios para suspensão” (2022) – solda sobre vergalhão, com 50cm x 20cm cada – do paraibano Thiago Costa (1994, Bananeiras, residente em João Pessoa), faz parte de sua pesquisa da escrita em relação com a imagem a partir das filosofias Bantu e Yorubá. “O gesto de assentar e seus métodos fazem parte de saberes milenares onde se acessa as temporalidades do que é intencionado, que possibilita comunicação e relação da forma com o corpo”, diz. Ele investiga a relação das formas com as corporações e incorporações.

Na instalação “Sem título” (2023), em madeira, nylon, tecido, areia e pedra, o artista carioca Zé Tepedino (1990) dá seguimento à sua série “Vários verões”, em que objetos de praia são destituídos de sua função original, e ao serem desmembrados e rearranjados são pensados a partir de cor e forma.

 

Sobre a Coleção Sophia Jobim

13/fev

 

O Museu Histórico Nacional promoverá a Live “Restauração de peças da coleção Sophia Jobim do MHN”, com a participação de Jeane Mautoni (museóloga do MHN), Márcia Cerqueira (museóloga e restauradora) e Madson Oliveira (professor da EBA/UFRJ). Eles abordarão o processo de tratamento das peças, detalhando a coleção e os critérios de escolha de cada item, entre outros assuntos.

 

Jornalista, figurinista, museóloga, indumentarista – como gostava de ser chamada -, professora e colecionadora, Sophia Jobim legou ao Museu Histórico Nacional a coleção de objetos artísticos e peças de indumentária que reuniu ao longo de 30 anos. A doação aconteceu postumamente em 1968, por seu irmão Danton Jobim, introduzindo uma temática nova à política de aquisição do museu. Toda a conservação e captação de imagens de peças etnográficas desta coleção, sob guarda da Reserva Técnica do MHN, foi um dos destaques de uma série de ações contempladas pelo Plano Anual 2021, idealizado e desenvolvido pelo Museu Histórico Nacional, com o apoio da Associação de Amigos do MHN, e patrocínio do Instituto Cultural Vale (por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura).

 

Sobre a coleção

A Coleção Sophia Jobim é composta por peças variadas – histórica e etnográfica, principalmente -, de origens distintas, como México, Alemanha, Grécia, União Soviética, Panamá, Tchecoslováquia, União Soviética, Coréia do Norte, Sudão, Israel, França, Hungria e Mauritânia. Esse legado possui um valor inestimável para pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que destinam tempo e esforço para preservar a memória dessa coleção, produzindo artigos, dissertações, teses e livros. Atualmente, é uma das mais pesquisadas no museu, o que justificou o projeto de conservação, sobretudo considerando-se os 53 anos de permanência no MHN.

 

Sobre o processo de restauração

A conservação de têxteis envolve uma série de ações que visam aumentar a resistência do objeto aos agentes físicos (danos e perda de valor devido ao armazenamento, manuseio e transporte inadequados), químicos (acidificação, amarelecimento) e biológicos (ataque de pragas e fungos). Entre essas ações realizadas, vale destacar a higienização, pequenos reparos, contenção de rasgos, isolamento de elementos metálicos para evitar a corrosão, estabilização dos objetos e o acondicionamento de maneira correta.

Já que se trata de um projeto grandioso, cada etapa foi documentada em fotos e vídeo, podendo futuramente se desdobrar em catálogos, exposições ou mesmo ser utilizada para o estudo de técnicas de conservação que poderão ser aplicados em outras coleções de têxteis, ou servir de referência a intervenções futuras, caso seja necessário.

 

Live “Restauração de peças da coleção Sophia Jobim do MHN”

 

Dia 15 de fevereiro, às 15h

Link de acesso: https://www.youtube.com/museuhistoriconacional_rio.

 

Participantes: Jeane Mautoni (museóloga do MHN), Márcia Cerqueira (museóloga e restauradora) e Madson Oliveira (professor da EBA/UFRJ).

Aconteceu

 

A Gentil Carioca convidou a todes para o “Abre Alas 18″, exposição que acontece no Rio de Janeiro e em São Paulo, abrindo o calendário da galeria para o ano de 2023. A comissão de seleção e a curadoria são compostas por Bruna Costa, Lia Letícia e Vivian Caccuri, que selecionaram 29 artistas através do edital 2022/2023. Artistas: Aline Brant, Ana Bia Silva, Ana Mohallem, Andy Villela, Anna Menezes, Alexandre Paes, Ariel Ferreira, Augusto Braz, Benedito Ferreira, Camila Proto, Celo, Clara Luz, Cyshimi, Daiane Lucio, Dariane Martiól, Denis Moreira, Érica Storer, Genietta Varsi, Luiz Sisinno, Mapô, Marina Lattuca, Mônica Coster, Newton Santanna, Rafael Vilarouca, Raphael Medeiros, Rebeca Miguel, Rose Afefé, Vulcanica Pokaropa e Yanaki Herrera.

“Diante do que emerge num recorte de tantas inscrições, enxergamos confluências que criam um corpo comum. Memória e aceleracionismos; ecologias, trabalho e capital; cosmologias; e o reencantamento pela arte. Que a atmosfera proporcionada por estes artistas do Abre Alas 2023 reforce esses bons ventos de retomada.”

“Com mais de 500 inscrições, vemos que a arte resiste mais uma vez, atenta, em vários Brasis. Agradecemos a todes inscrites e ao nosso trio mágico, feminino e plural, composto por Bruna Costa, Lia Letícia e Vivian Caccuri, que reuniu forças e construiu o enredo para esse desfile. Com os olhos bem abertos, amarrou em laços sutis o que hoje apresentamos a vocês. No Rio ou em Sampa, tá bonito de ver!”

 

Encruzilhada Gentil | Rua Gonçalves Ledo, 17 – Centro

Progamação de abertura:

DJ Galo Preto (@brunobalth) DJ Tata Ogan (@tataogan)

Performances de artistas selecionades do Abre Alas 18

Concurso de Fantasias Gentil valendo uma noite no Hotel Meu Cantinho

Como parte da programação do CIGA de Verão da ArtRio, em uma parceria entre A Gentil Carioca e o Solar dos Abacaxis, o Abre Alas 18 vai ter Cortejo com Reviravolta de Gaia do coletivo #florestadecristal e a Bateria Balança Mas Não Cai! A concentração aconteceu no Solar dos Abacaxis (Rua do Senado, 48), com saída para A Gentil Carioca (Rua Gonçalves Ledo, 17).

 

O evento teve apoio Beck’s

 

A GENTIL CARIOCA | RIO DE JANEIRO

Rua Gonçalves Lêdo, 11 e 17 sobrado – Centro

 

A GENTIL CARIOCA | SÃO PAULO

Travessa Dona Paula, 108, Higienópolis

Povos originários brasileiros

07/fev

 

A partir do dia 09 de fevereiro, às 14h30, o Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, RJ,  abre ao público sua nova exposição de longa duração: “Îandé – aqui estávamos, aqui estamos”, que traz um novo olhar sobre a trajetória dos povos originários brasileiros desde antes da chegada dos portugueses até os dias atuais. A exposição, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, será inaugurada com a roda de conversa “Memórias e museus indígenas”, com representantes dos povos Kanindé (CE) e Yawanawá (AC), seguida de apresentação cultural. Na ocasião será realizada, ainda, uma feira de arte indígena no pátio de Minerva (térreo).

Dividida em dois eixos temáticos – “Arqueologia” e “Povos originários” -, a exposição apresenta importantes objetos etnográficos – desde o tacape (arma de madeira), que pertenceu ao líder indígena Tibiriçá, no século XVI, até um colar usado em rituais contemporâneos dos Yawanawá. Obras recentes de artistas indígenas, como Denilson Baniwa, Diakara Desana, Mayra Karvalho e Tapixi Guajajara, completam a mostra, que faz uma reformulação conceitual e expográfica, após 16 anos, da exposição de longa duração sobre os povos originários brasileiros, alinhada ao tema do centenário do MHN – “Escuta, conexões e outras histórias” – e às perspectivas atuais dos povos originários.

“O discurso do museu sobre a História do Brasil tem sido alvo de uma reflexão crítica, especialmente neste momento em que celebramos 100 anos de existência”, diz Pedro Colares Heringer, diretor substituto do Museu Histórico Nacional. “Isso tem gerado uma revisão conceitual de nossas perspectivas. Îandé é fruto desse esforço e da necessidade de dar protagonismo às histórias que durante muito tempo foram invisibilizadas”.

Realizada por representantes dos núcleos técnicos do museu, consultores e curadores externos, a exposição convida à reflexão sobre a nossa própria história sem deixar de lembrar que, a todo tempo, muitas outras estão sendo escritas. Somos um conjunto de experiências diversas que percorre tempos e espaços, conectados por uma teia, muitas vezes invisível, que liga ideias e sentimentos e gera conceitos e tradições. “Îandé”, em tupi, significa “nós e vocês”.

 

Eixos temáticos

A exposição será dividida em dois grandes eixos. O primeiro, “Arqueologia”, traz parte dos vestígios e do legado dos povos originários no Brasil. Com a colaboração de especialistas da arqueologia brasileira, o MHN se propõe a reescrever a história, iluminando e evidenciando os indígenas, suas perspectivas e discursos, por muito tempo ausentes e à margem da história oficial.

O segundo eixo, “Povos originários”, apresenta um panorama dos povos indígenas, mostrando sua diversidade, sua cultura material e objetos, como vivem hoje, os museus dedicados à causa, além de um espaço para as vozes e as lutas indígenas e a arte contemporânea.

Nesse eixo, destacam-se alguns núcleos. “Os povos originários hoje” reflete sobre a diversidade de identidades, sistemas sociais e culturais, modos de viver e visões de mundo que marcam a vida contemporânea destes povos – cada vez mais protagonistas nos mais variados âmbitos da sociedade brasileira.

Nessa perspectiva, “Waapówa: nosso caminho, nossa história” faz uma introdução à produção artística indígena atual, com curadoria do artista e curador indígena Denilson Baniwa. “Neste pequeno recorte vemos uma perspectiva de povos do norte-nordeste sobre sua própria trajetória. Ambos os trabalhos, a partir da visão de seus povos, afirmam uma única história: este lugar que pisamos sempre foi terra indígena”, explica.

A diversidade dos povos originários no Brasil está presente também em objetos que compõem o acervo do Museu Histórico Nacional, evidenciando usos, costumes e hábitos integrados ao cotidiano brasileiro, e questionando sobre o que estes itens dizem sobre a contemporaneidade e a história dos mais de 250 povos que vivem hoje no país.

Outra novidade é o “Espaço da meia-lua”, pensado para ser um local de promoção das vozes e das lutas indígenas, que contará com mini exposições temporárias. A primeira delas, com peças do próprio MHN, homenageia o povo Ianomâmi.

Os museus indígenas também têm lugar em Îandé. Em um espécie de “museu dentro do museu”, Alexandre Gomes, Antônia Kanindé e Suzenalson Kanindé apresentam a história do Museu Kanindé, do Ceará, e as memórias de lutas, resistências, afirmação e valorização da identidade e das suas práticas culturais.

 

 

Encontro de escultor e crítico

 

A Mul.ti.plo Espaço Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ,  promove no dia 14 de fevereiro um encontro entre o escultor José Resende, um dos maiores nomes da arte contemporânea brasileira, e o crítico e professor Ronaldo Brito, um dos mais respeitados pensadores do país. O bate-papo gira em torno da exposição “Rotação e translação”, que apresenta 14 obras inéditas em latão, mola latonada, cobre e cabo de aço de Resende. Ronaldo Brito, que possui uma parceria profissional de longa data com o artista, é quem assina o texto da mostra, que termina no dia 24 de fevereiro, na Mul.ti.plo.

A entrada é franca e o encontro acontece em 14 de fevereiro, uma terça-feira, às 18h30, como desdobramento da mostra na galeria.

Aos 77 anos de idade e com mais de 50 de uma sólida e exitosa carreira, José Resende está de volta à capital carioca depois de uma década. Em sua última exposição na cidade, em 2011, ele ocupou o saguão monumental do MAM. Dessa vez, o desafio foi criar obras que conversassem com o espaço da galeria no Leblon.

A exposição abre-se em dois tempos. No primeiro, estão obras maiores, que se desdobram delas mesmas, como uma experiência de multiplicação. São cinco esculturas de parede (de cerca de 260 x 80 x 40 cm) e duas de chão (de aproximadamente 45 x 42 x 115 cm), elaboradas a partir de tubos de latão articulados com cabo de aço. “Uma peça sai da outra, mas cada uma tem uma unidade diferente e uma relação de mobilidade com o espaço da galeria”, explica o artista. Em contraponto, estão seis esculturas menores, de cerca de 45 x 42 x 115 cm, que trabalham a questão da tensão e também do movimento a partir de hastes e molas.

O nome da exposição, “Rotação e translação”, partiu do texto crítico de Ronaldo Brito e se refere a uma frase do artista norte-americano Carl Andre. “Em resposta à perplexidade diante de suas peças literais, o escultor minimalista insistia que elas tinham, sim, base: a terra. José Resende pontuaria – a terra, em movimento de rotação e translação”, escreve Ronaldo, que também assinou o texto da exposição no MAM-RJ em 2011.

Conhecido por suas obras em grande escala, como a monumental instalação com vagões pendurados com cabo de aço, em São Paulo, em 2011, José Resende tem várias obras em locais públicos no Rio de Janeiro. Uma delas é a escultura apelidada de “O passante”, no Largo da Carioca, e “A Negona”, no corredor cultural do Centro. “José Resende é um criador de exceções. Sua poética, sempre renovada, traz uma potência que se revela a cada novo trabalho”, diz Maneco Müller, que comanda a Mul.ti.plo em parceria com Stella Ramos.

 

Sobre o artista

José Resende nasceu em São Paulo, SP, em 1945. Vive e trabalha em São Paulo, SP. Formado em Arquitetura pela Universidade Mackenzie, São Paulo, cursou gravura na FAAP. Em 1963 estudou com Wesley Duke Lee e, entre 1964 e 1967, foi estagiário no escritório do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Em 1966, fundou com Nelson Leirner, Wesley Duke Lee, Geraldo de Barros, Carlos Fajardo e Frederico Nasser a Rex Gallery and Sons. Em 1967, ganha o Prêmio de Aquisição da 9ª Bienal de São Paulo. Em 1970, realiza exposição individual no MAM-RJ e no MAC-USP. No mesmo ano, funda com Carlos Fajardo, Frederico Nasser e Luís Baravelli o centro de experimentação artística Escola Brasil, onde lecionou por quatro anos. Em 1974, realiza exposição individual no MASP, São Paulo. Em 1980, recebe menção honrosa na representação do Brasil na 11ª Biennale de Paris. No mesmo ano, edita a publicação sobre arte “A Parte do Fogo” junto com um grupo de críticos e artistas. Em 1984, recebe bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation, residindo em NY até 1985. Em 1988, participa da 43ª Bienal de Veneza. Em 1992, Participa da Documenta 9, Kassel, Alemanha. José Resende desenvolveu ao longo de sua carreira uma atuação pungente dentro do debate da arte e da cultura no Brasil, sobretudo entre 1960 e 1980, época da Ditadura militar. A partir da década de 1990, desenvolve inúmeros projetos, permanentes e temporários, especialmente para espaços urbanos. Além de expor diversas vezes na Bienal Internacional de São Paulo (9ª, 17ª, 20ª e 24ª) e em importantes instituições nacionais e internacionais ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira. Seus trabalhos figuram em importantes coleções públicas como o MoMA (Museum of Modern Art), Museu de Arte Moderna de São Paulo e Pinacoteca do Estado de São Paulo. Sua última exposição foi na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, em dezembro de 2021.

 

Respirando a Natureza

06/fev

 

Artista “radicada” em Teresópolis, Bianca Land apresenta individual no Centro Cultural Correios RJ.  Depois de trabalhar durante anos em ritmo frenético no Departamento de Criação de uma grande agência de publicidade, Bianca Land decidiu mudar de ares e respirar. E se inspirar. No início dos anos 1990, quando foi morar na Serra, a artista passou a se dedicar essencialmente à pintura. O resultado poderá ser visto a partir do dia 09 de fevereiro, data de abertura da sua individual “Respirando a Natureza”, sob curadoria de Beatriz Padilla e produção de Francisco Menescal. Foram selecionados trabalhos que flertam com o movimento impressionista, em tons que vão dos azuis aos alaranjados, a maioria em médios e grandes formatos.

 

A palavra da curadora

Bianca Land Farah é uma artista inspirada pela natureza. Nascida no Rio de Janeiro, viveu a infância numa Chácara em Petrópolis, em conexão com a floresta e com os animais. Livre, muito expressiva e espontânea, sempre teve a arte como seu meio de comunicação. E foi justo Comunicação Social, que decidiu cursar na PUC do Rio de Janeiro. Já adulta, escolheu se embrenhar ainda mais na mata, indo morar em um pequeno sítio com uma cachoeira no terreno, em Teresópolis. Foi lá que Bianca formou sua família com Eduardo Small, trazendo ao mundo suas grandes paixões, os filhos Arthur e Raphael. E também, foi nesse seu pequeno paraíso, que iniciou sua carreira de artista plástica, pintando inicialmente quadros à óleo e atualmente tinta acrílica. Naturalmente, a identidade de sua pintura, traz a força de sua comunhão com a Terra e, mais que isso, nos convida a compartilhar do seu respirar a natureza. Nas telas da belíssima exposição “Respirando a Natureza”, estão expressas a escolha de vida de Bianca, a sua identificação com a explosão de cores, formas, vida, amor e energia. São telas que contam muito mais que um olhar pouco atento possa imaginar. Telas que contam da sensível experiência de imersão na alma da natureza, em pinceladas firmes e fortes pela vibração das cores e, ao mesmo tempo delicadas e suaves, por conta do doce olhar dessa grande artista”. Beatriz Padilha, janeiro de 2023.

 

 Sobre a artista

A artista Bianca Land é formada em Comunicação pela PUC e após ter trabalhado no Departamento de Criação da agência McCann Erickson, se dedica exclusivamente à pintura. Entre suas realizações destacamos exposições em diferentes cidades, a participação no circuito das artes no Rio de Janeiro, a atuação no projeto Morar Mais Por Menos, o recebimento de menção honrosa pela Só Arte Teresópolis, a criação dos afrescos decorativos do SENAC Petrópolis, e a colaboração como arte educadora do SESC Teresópolis e no lar Tia Anastácia. Seu trabalho mais recente é como cenógrafa no Centro Cultural FESO Pro Arte.

Até 02 de abril.