Desejo imaginante

12/abr

 

 

Uma exposição de Maria Martins, em colaboração com o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), aprofunda uma parceria que remonta não apenas a iniciativas recentes, como também aos tempos de nosso patrono.

 

Uma das primeiras obras a capturar o olhar do visitante, na Casa Roberto Marinho, é a escultura em bronze O implacável (1944), da mineira Maria Martins (1894-1973), instalada diante da fachada do casarão neocolonial, no Cosme Velho.

 

Até 26 de junho.

 

 

Livro para a pintura de Lucia Laguna

08/abr

 

 

Lucia Laguna pinta a partir do entorno do subúrbio onde mora – o bairro do Rocha, no Rio de Janeiro – ao operar uma colagem de referências que passam pela história da arte, o jardim de seu ateliê e uma extensa vista da cidade. Entre a figuração e a abstração, as pinturas reunidas neste livro sussurram a insistência desordenada da vida a partir de flores, folhas e galhos de encontro às linhas urbanas: a linha do trem, a linha do mar, a Linha Vermelha, a Linha Amarela, a Avenida Brasil.

Com organização do curador Marcelo Campos, o volume traça um panorama da carreira da artista a partir de uma divisão em três partes que remetem às categorias – ou esferas de trabalho – que dão nome às séries de pinturas de Lucia Laguna: “Paisagem e arquitetura”, “Jardim e mundo” e “Estúdio e janela”.

A edição, bilíngue, conta ainda com três textos inéditos. Em “A artista de janelas abertas”, o escritor e historiador Luiz Antonio Simas discorre sobre a genealogia do bairro do Rocha e da influência do subúrbio, visto pelas janelas do ateliê, na obra de Laguna. Já em “Em busca do Jardim de Laguna”, a curadora Diane Lima se debruça sobre a relação da artista com os grandes mestres da pintura, assim como com seu próprio jardim, além de abordar seus procedimentos pictóricos. Marcelo Campos, organizador da publicação, constrói em “A travessia de mundos banais” um ensaio no qual articula elementos fundamentais para compreender a obra da pintora: a observação do cotidiano, a influência da geografia da cidade, o método, a disciplina e as referências à história da arte.

As correspondências são infinitas e o ato de escrever sobre a produção de Lucia Laguna nos coloca diante de um desfazer de enganos. Aproximar-se desta obra de mais de uma centena de pinturas é, também, viver a cidade, buscar nos quintais as reflexões, e, de outro modo, assumir a mobilidade que retira qualquer recalque antes estimulado por uma comparação entre nacionalismo e internacionalismo, figuração e abstração. Poder escrever sobre uma artista em consonância a sua vigorosa criação coetaneamente ao seu processo de produção nos faz rever os vícios históricos que deixavam a produção de mulheres artistas somente destinadas ao resgate. Aqui, vida e obra nos colocam diante de uma trajetória de conquistas aguçada pelo desejo de seguir adiante, permanecer, querer ser, escreviver, como nas palavras de Conceição Evaristo.

Marcelo Campos

 

Sobre a artista

Lucia Laguna nasceu em Campos dos Goytacazes em 1941. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Lucia ainda era professora de português quando fez experimentos à la Lygia Pape, sem ter a menor ideia de que já́ era uma artista: ela levava os alunos para uma sala escura, onde colocava potes com água, álcool, areia, sal, entre outros elementos. A ideia era fazê-los usar outros sentidos, que não a visão, para estimular a linguagem e, assim, incrementar as redações. Laguna vive e trabalha em São Francisco Xavier, RJ, mas sua mente e olhos vão e vem, miram o interior e o exterior. Muito além de uma busca formal ou social, as telas de Laguna são sobre diálogos visuais, entre seus gestos e os dos assistentes. Davi Baltar, Claudio Tobinaga e Thiago Pereira começam as narrativas para, em seguida, ela entrar numa dança de formas, cores e signos. Se o futuro é coletivo, ele está aqui. E se for possível resumir esses trabalhos em uma palavra, é “generosidade”.

 

Sobre o organizador

Marcelo Campos é carioca e vive e trabalha no Rio de Janeiro. É curador-chefe do Museu de Arte do Rio (MAR), diretor do Departamento Cultural da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e membro dos conselhos do Museu do Paço Imperial e do Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea. Desde 2004 curou diversas exposições como À Nordeste (SESC 24 de Maio, 2019); O Rio do Samba (Museu de Arte do Rio, 2018); Orixás (Casa França Brasil, 2016) e Bispo do Rosário, um Canto, Dois Sertões (Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea, 2015). É doutor em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Campos é autor de Escultura contemporânea no Brasil: Reflexões em dez percursos (2016) e possui textos publicados sobre arte brasileira em inúmeros livros, catálogos e periódicos nacionais e internacionais.

 

Sobre os autores

Diane Lima é baiana e vive entre São Paulo e Salvador. É curadora, escritora e pesquisadora. Mestra em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é docente da Especialização em Gestão Cultural Contemporânea do Itaú Cultural e suas palestras, textos e participações já ressoaram em instituições como Museum of Modern Art (MoMA, NY), Pérez Art Museum Miami, Patricia Phelps de Cisneros Research Institute, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Museu de Arte de São Paulo (MASP) e outros. Seus projetos são marcados pelo pioneirismo no debate sobre práticas artísticas e curatoriais em perspectiva descolonial em instituições brasileiras. É ainda pesquisadora/curadora convidada do Programa de Curadoria Crítica e Estudos Decoloniais em Arte no acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) em parceria com a Getty Foundation.

 

Luiz Antonio Simas é carioca, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É escritor, professor, historiador, educador e compositor. É autor e coautor de mais de vinte livros, além de ter uma centena de ensaios e artigos publicados sobre carnavais, folguedos populares, macumbas, futebol e culturas de rua. Foi colunista do jornal O Dia e jurado do Estandarte de Ouro, prêmio carnavalesco do jornal O Globo. Recebeu o Prêmio Jabuti de Livro de Não Ficção do ano de 2016, pelo Dicionário da história social do samba, escrito em parceria com Nei Lopes. Foi finalista do Prêmio Jabuti de 2018 e 2020, na categoria Crônica. Também ao lado de Nei Lopes, assinou a curadoria textual da mostra Semba/Samba: Corpos e Atravessamentos – Brasil e África (Museu do Samba, 2021).

 

Ficha Técnica

Título: “Lucia Laguna”

Autores: Marcelo Campos, Diane Lima, Luiz Antonio Simas

Organizador: Marcelo Campos

Idiomas: Português, Inglês

Número de páginas 224

ISBN 9786556910482

Editora Cobogó

Capa e projeto gráfico de miolo Bloco Gráfico

Encadernação Capa dura

Formato 21 x 26

Ano de publicação 2021

Lucia Laguna

Diane Lima

Luiz Antonio Simas

Lucia Laguna

Marcelo Campos (org.)

R$ 150,00

Panorâmica de Anna Bella Geiger

07/abr

 

 

A Danielian Galeria, Gávea, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta a mostra “Entre os vetores do mundo”, de Anna Bella Geiger, com cerca de 50 obras produzidas pela artista em quase 60 anos de carreira. Com curadoria de Marcus Lontra e co-curadoria de Rafael Peixoto, a panorâmica reúne tanto trabalhos emblemáticos – como a série “Visceral” (anos 1960), os mapas dos anos 1970 ou a videoinstalação “Circa” (2006) – quanto produções inéditas – como os bordados, “gavetas” e obras das séries “Rrolos” e “RroseSelavy”. Com trabalhos produzidos nas mais variadas plataformas – esculturas, pinturas, gravuras, desenhos e instalações multimídia -, Anna Bella Geiger tem uma produção pautada em uma visão crítica, política e social, assim como em inquietações dos campos subjetivos.

 

Até 07 de maio.

 

Atividades no Museu do Pontal

06/abr

 

 

Alinhado ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, a programação do Museu do Pontal, Rio de Janeiro, RJ, do fim de semana de 26 e 27 de março vai exibir “Cinema de Fachada – Juntos contra o racismo”, com a pré-estreia de “Medida Provisória”, filme de Lázaro Ramos, com Taís Araújo, Seu Jorge e Alfred Enoch – da saga “Harry Potter” e da série “How to Get Away with Murder”. Serão exibidos também os curtas “República”, de Grace Passô, “O Senhor do Trem”, de Aída Queiroz e César Coelho, “Disque Quilombola”, de David Reeks, e “Ibeji Ibeji”, de Victor Rodrigues. Para a exibição dos filmes, o Museu do Pontal transforma a área do estacionamento em um cinema ao ar livre, com o público sentado em cadeiras de praia, e a projeção feita na parede de trás do edifício. “Cinema de Fachada no Pontal” é um projeto idealizado e desenvolvido pelas atrizes Bianca Comparato e Alice Braga, em 2020, e já projetou filmes em prédios em várias cidades brasileiras.

 

No dia 26 de março, sábado, antes e depois do “Cinema de Fachada – Juntos contra o racismo”, haverá apresentações da VJ Luv com Juh Barbosa, do DJ Alexiz BcX, e do MovCrew. E ainda barraquinhas de comidas e bebidas.  A classificação etária do dia 26 de março no “Cinema de Fachada” é de 14 anos. Neste dia, as seis exposições em cartaz – “Novos Ares! Pontal Reinventado” – ficarão abertas até as 22h30. As exposições oferecem obras e jogos interativos para todas as idades, como o jogo digital de danças brasileiras, em que o participante aprende passos de frevo, jongo, carimbó, chula ou funk.

Também no sábado, às 16h, será apresentado o espetáculo infanto-juvenil “Nuang Caminhos da Liberdade”, de Tatiana Henrique.

As tradicionais atividades Visitas Musicadas às exposições e o Baú de Brinquedos Populares continuarão sendo realizadas em horários pela manhã e à tarde, no sábado e no domingo.

Para essas atividades recomenda-se agendamento prévio pela plataforma Sympla https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/, onde se pode também garantir o ingresso ao Museu do Pontal, gratuito ou com contribuição voluntária.

A programação dos fins de semana do Museu do Pontal em março, mês que celebra os dias internacionais da Mulher (08) e contra a Discriminação Racial (21), foi toda em homenagem a essas importantes lutas.

Quatro artistas

17/mar

 

 

Quatro artistas, sob a curadoria de Sonia Salcedo del Castillo, inauguram coletiva na Galeria Patricia Costa, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. A partir do dia 24 de março Ana Durães, Ana Luiza Rego, Monica Barki e Nelly Gutmacher expõem seus trabalhos. A coletiva “As – Durães Rego Barki Gutmacher” apresenta pinturas, fotografia e objetos pictóricos no novo espaço da galeria, que dobrou de tamanho e agora ocupa 160m².

Sonia Salcedo del Castillo assinala que:

“No conjunto exposto há uma pulsão léxica, de convivialidade, que é ulterior à retórica feminina. Trata-se de uma dinâmica, possivelmente, legada de experimentações empreendidas entre as décadas de 60-80, da performance ao conceitual, passando pela ideia de objetualidade que nos conduz à percepção de certa carnalidade corpórea, quiçá emprestada da pintura. Sensualidade de corpos, curvas e formas sinuosas, de frestas ambíguas e imagens oníricas… de fragmentos míticos, ancestrais, eróticos, naturais…”.

“Isso se expressa na volúpia da arqueologia escultórica dos objetos de Nelly, na luminosidade pictórica dos planos arbóreos de Durães, na dramaturgia das imagens viris ensaiadas por Barki, na mítica pictural de vazios e cores construída por Rego.”.

 

Sobre as obras e as artistas

A paisagem, a presença de árvores e a natureza integram o campo narrativo que Ana Durães instala nas suas pinturas, fruto de uma pesquisa já realizada há alguns anos. Na coletiva, as pinturas apresentadas fazem parte da grande série “Natureza Alterada”, resultantes de um trabalho realizado a partir da vegetação observada em suas incursões pelo interior do Brasil. Segundo a artista, seria como olhar para o interior com uma visão mais profunda e investigativa.

Segundo Ana Luiza Rego, dentro de um mundo paralisado, no auge da pandemia, um coração acelerado ganhou espaço nas suas telas, como um avatar que viajava por tempos, momentos e espaços poéticos. Ele continua aí, como um pássaro que fugiu da gaiola, percorrendo sentimentos e questionamentos compondo suas “Crônicas do Devaneio”.

Monica Barki descortina o mundo fantasioso dos motéis cariocas. São ao todo três pinturas e uma fotografia da série “Desejo/Arquitetura do Secreto” (2014/2017), com performances realizadas em diversos motéis do Rio de Janeiro. Da Barra da Tijuca a São Gonçalo, passando por Botafogo, Lapa, Glória e Avenida Brasil, a artista frequentou as mais diversas suítes captando imagens com sua câmera. Na maioria das vezes, Barki age como protagonista da obra, elaborando e executando as ações. Ela cria nos quartos uma atmosfera quente, sensual e convidativa, utilizando a superposição de imagens, jogos de espelhos, máscaras, luzes, janelas, objetos eróticos e instrumentos de prazer.

Ao empregar seu próprio corpo para a moldagem inicial em gesso, que depois será transformada em cerâmica, Nelly Gutmacher pesquisa esta linguagem do corpo, linguagem não discursiva. Age um pouco como o médico legista que disseca as partes do corpo para melhor conhecê-lo: seios, ancas, ventre, pele, tímpano, hímen. E não contente em isolar estes fragmentos, recolhe neles, ou com eles, a lingerie, o sutiã, a calcinha, que são atributos de sedução, segunda pele ou corpo. Erotizados pelo corpo, estes objetos-fetiches são arqueologicamente parte dele, portadores de significados. Mais: Nelly pesquisa, no corpo, os símbolos da repressão (ou da libertação): incrustações de chaves e de ornamentos.

De 25 de março a 30 de abril.

 

Inéditos de Afonso Tostes

14/mar

 

 

 

A Mul.ti.plo Espaço Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou no exposição individual de Afonso Tostes. Conhecido por suas esculturas em madeira descartada, na mostra “As coisas que ainda existem” Afonso Tostes apresenta cerca de 16 trabalhos inéditos, incluindo peças esculpidas sobre carvão, material extremamente instável. As novas obras, criadas durante a Pandemia, trazem reflexões sobre os impactos ambientais causados pelo homem, remetendo a queimadas, mudanças climáticas, extinção de espécies, etc. Nas peças apresentadas, além de madeira e carvão, entram também ferro e papel. A exposição permanecerá em cartaz até 29 de abril.

Sem apresentar-se individualmente no Rio de Janeiro desde 2015, na atual mostra da Mul.ti.plo, Afonso Tostes traz exibe três esculturas de grande formato, sete objetos de parede sobre tela e seis desenhos sobre folhas de dicionário, divididos em três séries. “Trabalho sobre o que já existe, coisas descartadas por aí, que sofreram a interferência da mão humana. Me interessa a relação do homem com seu entorno, com a natureza. Não falo apenas da relação com o meio ambiente, mas também das relações pessoais, das nossas expressões visíveis e invisíveis”, explica Afonso Tostes.

A série com carvão é composta de cerca de sete objetos de parede sobre tela, de 40x50cm cada um. O trabalho começou com a coleta de restos de árvores carbonizadas em uma queimada na região de Visconde de Mauá. Depois, ele encontrou numa rua de Copacabana um dicionário ilustrado da década de 1960. “Tinham várias reproduções de pinturas da natureza, uma catalogação das espécies. Comecei a confrontar essas duas ideias e daí nasceu a série, que junta carvão esculpido com ilustrações de borboletas, peixes, aves, roedores, insetos e mamíferos”, explicou o artista.

Em outra série, utiliza as folhas da enciclopédia como base para desenhos feitos com pigmentos de pó residual de madeira, recolhido em seu próprio ateliê. Essas obras medem entre 210x100cm e 60cmx40cm. Para completar a mostra, Afonso Tostes apresenta também esculturas feitas a partir de galhos, amarrados, de 202cmx60cm. “Com uma linguagem potente e singular, as obras de Afonso nessa exposição falam da precariedade humana. Os trabalhos são sofisticados, e carregam uma certa melancolia da hora, um sentimento de fragilidade da vida, dessa capacidade que temos de destruí-la mas também de transformá-la em poesia”, assinala Maneco Müller, sócio da galeria.

 

Sobre o artista

Afonso Tostes nasceu em 1965, na cidade de Belo Horizonte, MG. Sua trajetória artística teve início em sua cidade natal, onde cursou a Escola Guignard (UEMG). No final dos anos 1980, transferiu-se para o Rio de Janeiro, voltando-se para o estudo do suporte bidimensional – posteriormente acompanhado por uma vasta produção escultórica com madeiras encontradas nas ruas. O interesse do artista volta-se para o alcance de métodos simples a partir desses materiais descartados, desenvolvendo esculturas aparentemente despojadas de complexidade estrutural e que carregam no corpo os sulcos e as marcas dos usos anteriores. Em sua obra, opta quase sempre por materiais que já tenham passado por algum processo de utilização. Sua prática também propõe experiências sensíveis nascidas de um olhar crítico para o mundo. Afonso Tostes vive e trabalha no Rio de Janeiro.

A polissemia da arte

 

Sentidos - Midrash

 

 

Com o patrocínio e parceria institucional do Midrash Centro Cultural, o Centro Cultural dos Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou a mostra “SENTIDOS”.

A exposição, que reflete, experimenta a transversalidade e explora os sentidos polissêmicos da arte através das obras de Esther Bonder, Ana Coutinho, Flávia Fabbriziani, Márcio Atherino e Pry Oliveira, permanecerá em exibição até o dia 10 de abril. A curadoria é de Patricia Toscano.

A mostra é gratuita, livre para todas as idades.

 

Eleonore Koch no MAR

11/mar

 

 

A mostra “Eleonore Koch: Espaço Aberto”, no Museu de Arte do Rio, MAR, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta pela primeira um conjunto de quase 150 obras da pintora. O Rio de Janeiro foi a cidade que abrigou a artista alemã, de origem judaica, por quase uma década, desse modo a cidade ganha a sua primeira retrospectiva dedicada à artista.
Eleonore Koch (1926 – 2018) chegou ao Brasil com a família aos 10 anos, fugindo do nazismo. Aqui, se tornou a única discípula do pintor Alfredo Volpi, mas desenvolveu um estilo independente. Tendo vivido em São Paulo, Rio de Janeiro e Londres, deixou um legado expressivo ao país que primeiro a acolheu.
Com curadoria de Fernanda Pitta, da Pinacoteca do Estado de São Paulo, em colaboração com os curadores do MAR, Marcelo Campos e Amanda Bonan, a exposição reúne pinturas em têmpera – técnica que a pintora aprende com Volpi -, desenhos em pastel, carvão e guache, provenientes de diversas coleções.
Muitas haviam sido guardadas pela artista até sua morte e vieram a público com o leilão de suas obras, desejo que expressou em seu testamento. A seleção é completada por documentos, fotos e objetos, que ajudam o público a adentrar o universo de Eleonore Koch.“Na capital carioca, Eleonore Koch ganha características próprias, independentes de seu mestre Volpi, no que diz respeito aos seus temas e às suas estratégias artísticas. É também no Rio que Eleonore passa a trabalhar com a temática da paisagem, até então não muito explorada por ela”, diz a curadora Fernanda Pitta.
Artista ímpar, metódica e irreverente, perfeccionista e temperamental, mas sobretudo consciente de si e de sua prática, Eleonore Koch desenvolveu uma vasta produção ao longo de seus 93 anos. Menos de quatro anos após sua morte, suas obras começam a se tornar amplamente reconhecidas.
Até 1º de maio.

Chagall no CCBB Rio

08/mar

 

 

O Centro Cultural Banco do Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe “Marc Chagall: Sonho de amor”. A exposição apresenta a trajetória de vida e obra do pintor Marc Chagall (1887-1985), que marcou as artes no século XX com a criação de um universo único, pautado pelo lirismo e pelo uso revolucionário de formas e cores. São mais de 180 obras, produzidas entre 1922 e 1981, através de pinturas, aquarelas e gravuras que abrangem seus temas mais caros: a infância e a tradição russa, o sagrado e suas representações, o amor e o mundo encantado nas ilustrações das Fábulas de La Fontaine. As obras são provenientes de coleções do exterior e de acervos museológicos brasileiros. A curadoria é de Dolores Duràn Ucar.

Até 06 de junho.

Brennand no Rio, na Carpintaria

11/fev

Brennand - Carpintaria

A Carpintaria, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, e a Gomide & Co têm o prazer de apresentar “Francisco Brennand: Um primitivo entre os modernos”. Com curadoria de Julieta Gonzalez, a exposição é um desdobramento da mostra homônima ocorrida na Gomide & Co entre 27 de novembro de 2021 e 29 de janeiro de 2022, em São Paulo.

“Brennand optou por trabalhar contra a corrente da abstração geométrica, dedicando-se à exploração de formas primitivas e arcaicas. Ao longo de toda sua vida, desenvolveu uma linguagem pessoal independente das narrativas artísticas dominantes que informavam a arte de seus contemporâneos no Rio de Janeiro e em São Paulo”. – Julieta González.

 

Abertura : 19 de fevereiro.