ArtRio 2018 galerias selecionadas 

09/ago

 

 

A ArtRio apresenta as primeiras galerias selecionadas para o Brasil Contemporâneo, que estreia na feira este ano. A galerias que participam do programa apresentarão projetos solo de artistas fora do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. O curador carioca Bernardo Mosqueira é diretor do Prêmio FOCO Bradesco ArtRio, e estará à frente do Comitê Curatorial. A ArtRio 2018 acontece de 26 a 30 de setembro na Marina da Glória, Rio de Janeiro, RJ.

 

Brasil Contemporâneo 2018

  • Amparo 60 Galeria de Arte – Recife

 

Artista Bárbara Wagner. Nasceu em Brasília. Vive e trabalha no Recife

  • Galeria de Arte Mamute – Porto Alegre

 

Ío – duo de artistas formado por Laura Cattani (nasceu em Les Lilas-França) e Munir Klamt (nasceu em Porto Alegre). Vivem e trabalham em Porto Alegre.

  • Aura Arte Contemporânea – São Paulo

 

Artista Lilian Maus – nasceu na Bahia. Vive e trabalha em Porto Alegre

  • Galeria Mapa – São Paulo

 

Artista Valdeir Maciel – nasceu em Bacabal, no Maranhão. Faleceu em 2005.

  • OÁ Galeria – Arte Contemporânea – Vitória

 

Artista Rafael Pagatini. Nasceu em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Vive e trabalha em Vitória.

  • RV Cultura e Arte – Salvador

 

Artista Pedro Marighella. Nasceu em Salvador, onde vive e trabalha.

  • SOMA Galeria – Curitiba

 

Artista Gabriele Gomes. Nasceu em Curitiba. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

  • Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea – Salvador
  • Sem Título Arte – Fortaleza

 

O Brasil Contemporâneo terá 10 galerias participantes em 2018.

A criação deste novo programa possibilitará destaque para uma visão mais ampla da produção artística nacional. Entre as prioridades da ArtRio está a valorização da arte brasileira e a divulgação dos artistas nacionais entre os colecionadores e curadores.

Individual de Paula Klien

07/ago

Chegou a vez do Rio de Janeiro ver de perto as obras de Paula Klien, que já passaram por importantes palcos no cenário da arte contemporânea. Em 2017, a artista carioca mostrou o trabalho seis vezes no exterior. Em Berlim, representada localmente, foram três vezes. Também em Nova Iorque, Buenos Aires e Londres, numa concorrida apresentação solo na Saatchi Gallery. Esse ano, expôs pela quarta vez em Berlim e no Brasil teve alguns de seus trabalhos exibidos em São Paulo, onde é representada pela galeria Emmathomas. A exposição individual “Extremos líquidos”, terá curadoria de Marcus de Lontra Costa e reúne mais de 20 trabalhos da artista na Casa de Cultura Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ.

 

De acordo com Marcus de Lontra Costa, Paula Klien trabalha dentro de uma imagem que não tem limites determinados e que não tem verdades absolutas. É uma pintura que, em certo momento, parece quase querer flutuar, quase querer sumir. Ao mesmo tempo em que é um desenho, é uma coisa que não se consegue precisar. É no conceito da modernidade líquida de Bauman que a artista parece oscilar.

 

“Eu lavo água preta”, diz Paula Klien. Em seu processo criativo, lava, inúmeras vezes, as marcas criadas por ela com o nanquim, procurando pela riqueza das cicatrizes que não conseguem ser apagadas. “O resultado tem uma relação com a beleza que o tempo traz”, revela a artista.

 

Ainda segundo Lontra, as pinturas, quase sempre em grandes formatos e monocromáticas, são variações de cinzas. São cenários, são imagens, são paisagens poéticas que surpreendem pela ousadia, pela criatividade e pela capacidade da artista de dominar com precisão os seus meios técnicos, os seus meios expressivos, a sua própria linguagem.

 

“Em Extremos Líquidos teremos uma artista surpeendentemente madura e ao mesmo tempo tensa e provocativa. A obra de Paula Klien está num momento muito particular, onde ela se impõe subjetivamente pela sua verdade e pela sua beleza, mas ela também anuncia novos caminhos que a artista há de trilhar. É portanto, um compromisso de todos aqueles que se interessam por arte contemporânea, de conhecer essa produção estranha, sofisticada e bela”. Sugere o curador.

 

 

Até 02 de setembro.

Exposição de Fernando Campana

06/ago

Fernando Campana abre, pela primeira vez no Rio de Janeiro, seu laboratório individual na mostra “Macacos Robôs Furacões”. Uma imersão do designer no campo das artes, através de pinturas em aquarela, desenhos em grafite, colagens com peças automotivas, entre outras obras. A mostra conta com as séries “Macacos” e “Robôs” e a série “Furacões” que serão apresentadas na galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, a partir do dia 07 de agosto.

 

O designer traz um método dinâmico para se expressar na arte e uma capacidade quase sistemática de coletar informações e conectar-se às histórias. Muitas vezes, ele estabelece uma conexão momentânea a episódios de sua infância para inspirar suas criações. A abordagem para sua série ‘Robôs’ está em sua mente desde pequeno. Fernando queria se tornar astronauta e este alter ego é sua máquina que está em constante produção. A expressão de sua criatividade começa a partir daqui e o caráter dualista do robô é colecionar informações, sensações e memórias. Ele se lembra e esquece, porque a memória volta e se torna uma história histórica, bem como uma sensação futurista. A série se origina a partir de desenhos em grafite, enquadrados em molduras feitas de sobreposições de EVA, e se expande a inéditas colagens com peças automotivas, nunca antes trabalhadas em seus projetos.

 

A série “Macacos” começou a ser criada um pouco antes da verdadeira tragédia da matança, a partir de sua relação ingênua com os macacos na infância. Naquela época, ele trazia consigo a esperança de domesticá-los ou de estabelecer um relacionamento humano, o que acarretou em um aprendizado de tolerar e respeitar o comportamento irracional. Os macacos acusados de transmitir febre amarela já estavam lá no papel em seu ateliê pessoal, exatos e precisos; e os belos retratos da humanidade desses primatas foram desenvolvidos com a intenção de comunicar o conceito sem sentido da diversidade. Esta tragédia foi usada como uma metáfora para ver nos macacos uma crítica social que colocou o dedo na pequena vontade burguesa de punir a diversidade. Os desenhos são feitos em aquarela, enquadrados em um patchwork de pedaços de molduras, desconstruindo o padrão clássico de molduras e propondo um novo DNA a um objeto conhecido.

 

A inédita série “Furacões” surge a partir de um outro processo criativo, mais intuitivo, que é maturado pelo tempo, pelas relações e por seu entorno. Os sentidos tornam-se mais apurados e buscam expressar, inconscientemente, o que está por vir, como seus primeiros desenhos que originaram essa série e que antecederam os recentes furacões que aconteceram nos Estados Unidos. “Arte não se define, mas se decifra de acordo com a evolução mental ou espiritual ou amplitude de visão do observador”, destaca Fernando.

 

 

Sobre o artista

 

Em 1983, Fernando Campana (1961) em parceria com seu irmão Humberto Campana (1953) fundaram o Estúdio Campana em São Paulo. O estúdio se tornou famoso pelo design de mobiliário, por criações de peças intrigantes – como as poltronas Vermelha e Favela – e, também, por ter crescido nas áreas de Design de Interiores, Arquitetura, Paisagismo, Cenografia, Moda, entre outras. O trabalho dos Campana incorpora a ideia de transformação, reinvenção e integração do artesanato na produção em massa; tornando preciosos os materiais do dia-a-dia, pobres ou comuns, que carregam não só a criatividade em seu design, mas também características bem brasileiras – as cores, as misturas, o caos criativo e o triunfo de soluções simples. Os irmãos foram homenageados com o prêmio “Designer do Ano” pela Design Miami, em 2008 e os “Designers do Ano” pela Maison & Objet, em 2012. Neste mesmo ano, eles foram selecionados para o Prêmio Comité Colbert, em Paris; homenageados pela Design Week, em Pequim; receberam a “Ordem do Mérito Cultural”, em Brasília, e foram condecorados com a “Ordem de Artes e Letras” pelo Ministério da Cultura da França. Em 2013, eles foram listados pela revista Forbes entre as 100 personalidades brasileiras mais influentes. Em 2014 e 2015 a Wallpaper os classificou, respectivamente, entre os 100 mais importantes e 200 maiores profissionais do design.

 

 

De 07 de agosto a 06 de setembro.

Alan Fontes – Exposição Nacional

Luciana Caravello Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, inaugura, no dia 07 de agosto, a mostra “Exposição Nacional”, do artista Alan Fontes, com obras que abordam as transformações no espaço urbano da cidade do Rio de Janeiro. Para realizar os trabalhos, o artista mergulhou nos relatos documentais da “Exposição Nacional do Rio de Janeiro”, realizada em 1908, em comemoração ao 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil, que tinha a intenção de mostrar a então nova capital federal – urbanizada pelo prefeito Francisco Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz – para as autoridades nacionais e estrangeiras.

 

Serão apresentadas nove pinturas, em óleo e encáustica sobre tela, e quatro livros-objetos, em óleo e afresco sobre concreto, em que o artista dá continuidade ao projeto iniciado há três anos, em que pesquisa o espaço urbano do Rio de Janeiro, trabalhando nas lacunas de uma memória em constante mutação. “Uma pesquisa, entretanto, que não tem caráter documental e é aberta ao devaneio poético e o qual a pintura, com toda a imprecisão da mancha encarna com eficácia”, afirma o artista, que apresentou a primeira parte dessa pesquisa no CCBB Rio de Janeiro, em 2016, com o apoio do Prêmio CCBB Contemporâneo.

 

Na Luciana Caravello Arte Contemporânea, Alan Fontes apresentará obras inéditas, que serão divididas em três módulos. No primeiro, estarão pinturas que representam alguns dos palácios e pavilhões que fizeram parte da “Exposição Nacional”, de 1908, e dos quais só existem limitados registros fotográficos. As pinturas expressionistas reconstituem os prédios imersos em ruídos análogos aos que estão envoltos as lembranças e os documentos já desgastados pelo tempo.

 

O segundo módulo reúne pinturas da série “Black Lands”, que “situam os prédios da época em espécies de oceanos negros que simbolizariam um espaço poético da memória. Algo na fronteira da lembrança e do esquecimento”, conta Alan Fontes.  Algumas destas pinturas foram expostas este ano na semana de arte de Nova York, em projeto solo do artista na feira VOLTA.

 

O terceiro módulo é composto por livros-objeto de concreto, que servem como suporte para pequenas pinturas afresco compostas a partir de imagens do evento de 1908. “Tais objetos escultóricos relacionam simbolicamente as pinturas ao peso matérico que compõem as edificações que não existem mais”, ressalta o artista.

 

 

Sobre a Exposição Nacional de 1908

 

A Exposição Nacional foi realizada entre 28 de janeiro e 15 de novembro de 1908, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, foi organizada oficialmente para comemorar os 100 anos do Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, e para se fazer um inventário econômico do Brasil na época. Mas, na realidade, a intenção da exposição era mostrar a então nova capital federal – urbanizada pelo prefeito Francisco Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz – para as autoridades nacionais e estrangeiras que visitavam a cidade.

 

Governos de estados, do Distrito Federal e de associações comerciais, agrícolas e industriais participaram do evento, que teve pavilhões para os estados mostrarem os seus principais produtos nas áreas agricultura, pastoril, indústrias e artes liberais. Além dos estados brasileiros, Portugal participou do evento, sendo a única participação estrangeira.

 

 

Sobre o artista

 

Alan Fontes nasceu em Ponte Nova, MG, 1980. Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG. É Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Suas últimas exposições individuais foram “The Book of the Wind”, na Galeria Emma Thomas, Nova York (2016); “Poéticas de uma Paisagem – Memória em Mutação”, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (2016); “Sobre Incertas Casas”, na Galeria Emma Thomas, São Paulo (2015); “Desconstruções”, na Baró Galeria, São Paulo (2014); “Sweet Lands” e “La Foule”, ambas na Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro (2012); “A Casa”, no Paço das Artes, São Paulo (2008), entre outras. Participou das mostras “Ao Amor do Público I”, no Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2016); Mostra Bolsa Pampulha do MAP, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2014); Prêmio FOCO Bradesco/Art Rio, Rio de Janeiro (2013), entre outras. Realizou as residências Pintura Além da Pintura, do CEIA, Belo Horizonte (2006); 5ª Edição do Programa Bolsa Pampulha, Belo Horizonte (2013); e Residência Baró, São Paulo (2014). Dentre as últimas premiações recebidas estão Bolsa Pampulha 5ª edição (2014); 1º Prêmio Foco Bradesco/ArtRio (2013) e o I Prêmio CCBB Contemporâneo.

 

 

De 07 de agosto a 06 de setembro.

# IN ÁFRICA “movimento de um continente”

30/jul

Uma construção de obras de arte com a simplicidade dos Povos Isolados do Leste, a garra dos Canibais, a diversidade das Comunidades Tradicionais e todo luxo da Metrópole Africana, de corpo, alma e movimento.

 

A Exposição “#InAFRICA” em cartaz no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro até 20 de agosto, retrata as marcantes cores e os costumes da África, dando visibilidade e protagonismo a obra de arte negra que são raras, mostrando a sua variedade artística e cultural através da fotografia. A arte está inserida no nosso cotidiano mesmo sem perceber, cada traço, cor ou forma que o artista Herik Wooleefer cria com base na sua pesquisa ao viajar para o continente Africano, tem nas suas raízes de inspiração as encantadoras tradições  africana, que representa os usos e costumes das tribos  com o  Abstracionistas por representar os sentimentos e emoções de uma forma não tão clara a princípio, e naturalistas pelo fato de animais e elementos da natureza serem primordiais na confecção dessa arte onde encontramos nas Tribos do vale do Omo que fica no leste da África, usam elementos da natureza para a pintar o corpo que faz parte do cotidiano que possui na sua região uma fabulosa  paleta de cores  que são extraídas de pedras em pó, barro, frutos e plantas e algumas tribos como – Afar, Éwés, Amhara, Árabes, Ashantis, Bacongos, Bambaras, Bembas, Berberes, Pigmeus, Samburus, Senufos, Tuaregues, Tútsis encontradas na região, formando a base inspiradora dos Artistas que une as cores e tradições em uma única Arte, fundindo-se na fotografia. Pouco se vê o negro sendo representado como obra de arte, autorretrato, paisagens ou até mesmo em museus, onde a exposição mostra incríveis obras de arte, para que o negro tenha a sua representatividade na História da Arte, construindo uma sociedade melhor para todos.

 

 

Artistas: Thiago Nunes, Allan Sampaio, Blinia Messias, Bru Hermenegildo

 

Artista Escultor Convidado

Thiago Mathias

 

Artista Africano Convidado

Abdoul-Ganiou Dermani

Traços Brasileiros  

27/jul

 

A exposição “Traços Brasileiros – A cultura brasileira pela ótica de artistas plásticos”, que acontece de 09 de agosto a 06 de setembro no Centro Cultural Light, Centro, é uma coletiva de artistas plásticos oriundos do Atelier Oruniyá (Rio de Janeiro) e do Grupo Casa Amarela (Barra Mansa), além de artistas formandos da Escola de Belas Artes da UFRJ e UFRRJ. A curadoria e coordenação da exposição é do designer e pesquisador Guilherme Lopes Moura. A exposição retrata o Brasil em sua ampla diversidade de manifestações culturais, lendas, hábitos, brincadeiras, ícones artísticos, enfim, os traços que compõem o imaginário brasileiro ao longo de sua extensão geográfica. Os suportes serão os mais diversos: desde a pintura a óleo, gravura e aquarela até oficinas de cerâmica, crochê, mosaico, bordado livre, entre outras técnicas e suportes que, assim como a nossa cultura, só enriquecem o modo de ser – e de se expressar – do brasileiro. Bumba meu boi, Saci-Pererê, Iara, Capoeira, Jongo, Folia do Divino Espírito Santo, Cordel e Festas Juninas são apenas alguns dos temas que serão retratados nesta exposição durante o mês do folclore. Além disso, na abertura da exposição, o artista cearense Cabral da Cabaceira fará declamação de poesia matuta.

 

 

O mês de agosto e o folclore

 

O tão conhecido termo folclore vem do inglês folklore, que é a junção de povo (folk) e sabedoria (lore), significando “sabedoria do povo”. Este termo foi criado pelo arqueólogo inglês William John Thoms em 22 de agosto de 1846 e em pouco tempo passou a ser adotado pelos estudiosos da cultura popular ao redor do mundo. No Brasil, 22 de agosto foi oficializado como o dia do folclore (e por conseguinte o mês) em 1965 por meio de decreto federal. A Carta do Folclore Brasileiro, elaborada no I Congresso Brasileiro de Folclore, em 1951, define que “Constituem o fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular e pela imitação e que não sejam diretamente influenciadas pelos círculos eruditos e instituições que se dedicam ou à renovação e conservação do patrimônio científico e artístico humanos ou à fixação de uma orientação religiosa e filosófica.”

 

 

Sobre o Atelier Oruniyá

 

O Atelier Oruniyá reúne cinco artistas – Ana Moura, Gilliatt Moraes, Lucas Moura, Nelson Macedo e Renato Alvim – que têm como propósito comum o processo de produção da imagem, investigando a construção do sentido abstrato e poético da forma visual e, a exemplo de tantos artistas que nos precederam, entendem que não há outro caminho senão o comprometimento com o legado da tradição. Acompanham também André Bombonatti, Anna Lívia Mohanan, Ayla de Oliveira, Enji fundão, Juliana Mizrahi, Laura de Castro, Letícia Martins, Maria Artemis, Monike Silva, Paula Siebra e Vitor Hara, formandos das Escolas de Belas Artes da UFRJ  e UFRRJ, onde alguns artistas do Atelier Oruniyá lecionam.

 

 

Grupo Casa Amarela

 

Grupo de Artistas e Artesãos oriundos do Espaço Atelier Escola, que buscam uma identidade Nacional, regional e local para sua produção artística e que tem na Arte Nacional e na Cultura do Médio Paraíba sua fonte de inspiração e pesquisa. Tem como objetivo criar um núcleo de Arte no interior do Estado do Rio de janeiro, criar uma pedagogia para criação de grupos artísticos para alavancar a fruição e o comércio das Artes e artesanato, constituir espaços de propagação da arte e do artista local/regional, tornar sustentável espaços culturais que não tem apelo massivos. Formado pelos artistas Alexandre Brante, Andreia Lima, Cristiane Albernaz, Francis Marques, Izabel Meloto, Lélis Maria, Marcelo Campos, Messias Jr, Niki Campos, Paulo Valério, Thaisa Moura, Vera Lúcia Pereira e Viviane da Silva.

 

 

Sobre o curador e coordenador geral

 

Formado em Comunicação Visual – Design na UFRJ, fundador da Folha Verde Design, realizadora da exposição. É fotógrafo e pesquisador da cultura popular brasileira, autor do livro Folia de Reis na Serra Fluminense e idealizador da exposição “Folia de Reis: Mensageiros dos Reis Magos”, que aconteceu em janeiro de 2018 no Centro Cultural Light. Desde 2009 já desenvolveu identidade visual de mais de 100 projetos, entre mostras de cinema, peças de teatro e identidade corporativa.

Iole de Freitas na Silvia Cintra + Box 4

26/jul

Inaugura dia 09 de agosto a nova individual da artista Iole de Freitas na Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. O título da mostra é “Papel de aço”. Em exibição nove esculturas brancas, de pequeno e médio porte, que ocuparão  o espaço da galeria da mesma forma como ficaram no atelier da artista – apoiadas em compensados de madeira simples – durante todo o processo de pesquisa.

 

Esta nova série é um desdobramento da exposição “O peso de cada um”, realizada em maio no MAM do Rio de Janeiro, quando a artista deixa o emprego das chapas de poliuretano com que vinha trabalhando há anos e se concentrou apenas no aço inox. O desafio da mostra na galeria foi o de realizar esculturas em uma escala bem menor do que as que foram exibidas no museu, e propor uma nova relação com elas. Agora a obra não mais se relaciona com o espaço e com a arquitetura e sim com o próprio corpo da obra.

 

O começo dessa pesquisa foi feito com papéis vulgares, cartolinas, que Iole recortava e dobrava explorando as possibilidades do côncavo e do convexo. O passo seguinte foi transpor esse resultado para o alumínio, que já é um material mais grosso e pesado e posteriormente, já na calandra, reproduzir isso no aço, o material final da obra.

 

Mas ainda faltava um elemento, a cor, que apareceu da necessidade da artista em trazer luminosidade e transparência para as esculturas. Com inúmeras camadas de pintura branca e lixa, Iole consegue reproduzir nas peças a luz, a sombra e a rugosidade do papel.

 

Faz parte da mostra ainda um vídeo no qual o espectador terá a oportunidade de ver a própria artista falando sobre seu processo criativo.

 

 

Até 15 de setembro.

Na Gentil Carioca

25/jul

Maxwell Alexandre – O Batismo de Maxwell Alexandre. No dia de abertura da exposição, em ato de peregrinação, o artista e os membros “d’A Noiva Igreja do Reino da Arte”, levaram a pé da Rocinha as pinturas-mãe, pinturas apelidadas carinhosamente pelo artista, numa jornada religiosa de quatro horas, onde todas,  foram enroladas e carregadas nos ombros até o centro do Rio de Janeiro. Em formato de grande escala, as telas, ao chegarem na A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ, foram içadas nas salas expositivas. Todo o ato foi filmado e transmitido ao vivo num telão na galeria.

 

 

Até 12 de setembro.

Lorenzato no Paço Imperial

24/jul

 

“Lorenzato: pintura com exercício de liberdade”, encontra-se em exibição no Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

 

Pela primeira vez o público carioca tem o privilégio de receber uma exposição individual do artista ítalo-brasileiro, Amadeu Lorenzato, nascido em 1900, em Belo Horizonte, Minas Gerais e falecido em 1995, na mesma cidade.

 

A exposição se compõe de cinquenta e nove pinturas exibidas de uma maneira em que não se torna relevante o caráter cronológico das obras, mas sim suas aproximações por afinidades poéticas e formais. Com uma trajetória singular, o artista produziu uma obra que escapa dos rótulos e classificações, muitas vezes redundantes e simplistas, e que tampouco alcança a complexidade de um verdadeiro trabalho artístico. A obra de Lorenzato está impregnada de seu cotidiano simples e de suas vivências no âmbito artístico e pessoal. Trabalhando com pinturas e esculturas, pegou emprestadas matérias e técnicas das artes decorativas e de seu ofício primeiro (pintor de paredes), do qual tirou o cimento e os pentes para criar texturas na superfície da pintura. Nesses gestos de apropriações de técnicas e materiais, o artista subverte o uso original da matéria e o reinaugura como método no seu fazer artístico. Ao produzir imagens de grande potência visual e poética e ao articular com precisão e maestria o cruzamento híbrido de saberes populares/eruditos, sua produção artística ultrapassa as escolas artísticas, sempre tão hierarquizadas, resultando uma obra atemporal e permitindo vínculos possíveis com a produção modernista brasileira e internacional. Com uma visualidade formal e estrutural sofisticada, Lorenzato nos coloca diante de uma produção que nos faz refletir e encontra ecos na produção artística contemporânea. Ele foi buscar no seu cotidiano simples os “temas” de suas obras: imagens de casas, paisagens e retratos de pessoas próximas, e naturezas-mortas. O universo do artista nos é apresentado em uma ótica amorosa e afetiva. Ele usa suas experiências vivenciais como matéria para produzir um discurso visual, rico, intenso, poético e ao mesmo tempo absolutamente impregnado de um modo de vida permeado pelo exercício de liberdade.

Efrain Almeida e Wilson Lázaro

 

 

Até 05 de agosto.

Dois na Cavalo

23/jul

Na próxima quinta, dia 26 de julho, a Cavalo inaugura as individuais ‘Batom’ de Daniel Albuquerque e “Shaka Sign” de Camila Oliveira Fairclough. As exposições dos artistas cariocas se dividem e se atravessam nas salas da galeria localizada no bairro de Botafogo.

 

Daniel Albuquerque exibe obras tridimensionais que fazem parte de sua produção recente. Os trabalhos utilizam materiais tradicionais da escultura como cerâmica e gesso moldados pelo artista em formas como cigarros, chicletes mastigados e línguas contorcidas, além de obras realizadas em tricô. “Batom”, título homônimo de uma peça presente na exposição, é segundo Daniel um signo que concilia sua pesquisa em questões cromáticas e representação com seu interesse em gestos íntimos. Esses rituais cotidianos e hábitos de prazer se relacionam com diversas vezes com o tabagismo como no caso da obra ‘Retoque’ com a qual o expectador se depara ao entrar na galeria. Em tons carnais e com as dimensões aproximadas de uma banheira doméstica, a escultura remete a algo entre uma prótese bucal e um enorme cinzeiro.

 

Carioca radicada em Paris, Camila Oliveira Fairclough apresenta uma série inédita de pinturas acrílica sobre poliéster baseadas em obras célebres de artistas como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Willys de Castro. Camila reproduz composições geométricas e poesias do movimento Neoconcreto sobre as estampas de bermudas esticadas em chassi numa atitude de apropriação artística. “Shaka Sign” é a primeira individual de Camila Oliveira Fairclough no Brasil e faz referência ao gesto popularmente conhecido como hang loose, uma saudação havaiana incorporada pela cultura surfista. Na tradução e reinterpretação das obras em estampas praianas a artista parece refletir sobre a estereotipação da cultura de um país tropical. Acostumada desde criança a viver em diversos países, a artista possui uma investigação em pintura e instalações vibrantes que abordam linguagem e o emprego de composições já existentes. “Acredito que podemos ler imagens e formas. Eu não escolho entre os dois. É equivalente.” revela Fairclough.

 

‘Batom’ e ‘Shaka Sign’ é um encontro proposto pelos galeristas Ana Elisa Cohen e Felipe R Pena de dois artistas que desdobram a pintura e a tridimensionalidade em língua, tanto a corporal quanto a simbólica. São exposições que encontram nas práticas vistas como triviais uma forma de criar as camadas de um corpo que é, sobretudo, social.

 

 

Até 01 de setembro.