Novo livro de Beatriz Milhazes

05/dez

A Carpintaria, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, lança o livro “Beatriz Milhazes Colagens”, pela Editora Cobogó. Durante o evento – 05 de dezembro – 19hs – , uma conversa entre a artista e a curadora Luiza Interlenghi. É a primeira monografia dedicada às colagens da artista. A edição conta com organização e ensaio crítico de Frédéric Paul, curador do Centre George Pompidou, e entrevista realizada por Richard Armstrong, diretor do Guggenheim Museum de Nova York.

 

Durante uma residência na Bretanha, em 2003, Beatriz Milhazes ofereceu chocolates e doces para a equipe do centro de arte, pedindo que cada um lhe devolvesse os papéis das embalagens depois de comerem. Em sua mala, ela já havia trazido do Brasil toda uma seleção de embalagens. Foi desse modo que a artista iniciou um novo projeto: o de colagens.

 

Até então, a colagem era, para Beatriz, uma atividade secundária, uma espécie de rascunho das pinturas. “Ajudou a desenvolver minha linguagem sobre pintura apenas com tinta, desenhos originais criados por mim mesma, mantendo a intensidade, a lealdade das cores. Eu podia justapor e conferir as imagens antes de colá-las na tela, e também a textura da superfície era lisa”, relembra Milhazes.

 

Com o tempo, a técnica das colagens foi ganhando um rumo próprio e destaque dentro do atelier de Milhazes. “Existe uma troca muito interessante entre minhas colagens em papel e minha pintura. Cada processo tem seu próprio tempo e suas necessidades. Só precisamos ouvir”, explica a artista em entrevista dada a Richard Armstrong publicada no livro.

 

“As colagens têm uma espécie de diálogo com um diário imaginário. Os papéis colecionados vêm de uma variedade de interesses: às vezes é uma atração estética, em outras são parte de uma rotina, como embalagens de chocolate ou recortes que sobraram de impressões existentes. Por isso a construção da composição da colagem cria um diálogo que só existe na colagem”, afirma a artista.

 

Para o organizador do livro, o curador do departamento de arte contemporânea do Centre George Pompidou, Frédéric Paul, ao utilizar ingredientes descartáveis para suas colagens, Milhazes enfatiza a aceleração dos ciclos do gosto artístico. “A futilidade da guloseima e das compras são a expressão da fútil versatilidade dos indicadores de tendências. São também, seguramente, a expressão da presumida futilidade decorativa. A obra de Milhazes possui a extraordinária complexidade das coisas simples, e nos coloca diante de uma estonteante evidência plástica”, conclui Paul.

 

 

Beatriz Milhazes, Colagens
Editora Cobogó 2018
Organização: Frédéric Paul
Textos: Frédéric Paul e Richard Armstrong
Português/Inglês Capa dura
240 páginas 20 x 24 cm
ISBN: 978-85-5591-064-7
Preço de capa: R$ 125,00

Tinho e os brinquedos na Movimento

27/nov

Colorida, lúdica e ao mesmo tempo reflexiva, a nova exposição de Tinho – um dos grandes nomes da arte urbana no Brasil – faz uma homenagem à infância. Estes instigantes trabalhos aprofundam as ideias contidas na obra “Mar de Brinquedos” – tela que compõe a série “Sete Mares” – na qual o artista explora suas referências oriundas da moda, discos, livros, shapes, filmes e obras de artes.

 

Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, “Quem me navega é o mar” apresenta pinturas a óleo em que os brinquedos são o fio condutor para uma viagem pela subjetividade infantil. Tinho expõe estes novos trabalhos na Galeria Movimento, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, entre os dias 29 de novembro e 05 de janeiro de 2019.

 

“Escolhi o Mar de Brinquedos para ser o primeiro desdobramento das sete telas que compõem a série porque uma das minhas pesquisas é a respeito da formação do ser humano no ambiente metropolitano. É com os brinquedos que a criança faz experimentos de coisas que ela observa no mundo real em um ambiente imaginário”, explica o artista.

 

As 16 obras revelam o imaginário infantil por meio de diversos símbolos das primeiras idades, como o velocípede, o cavalo de pau e o carrossel, entre outros. A navegação segue na companhia de um dos ícones da obra do artista – o “Boneco de Pano”. Representado de várias formas, ele provoca a imaginação do público em 16 versões espalhadas pela galeria. Shapes de skates também ganham destaque entre as peças.

 

“O Boneco de Pano também é um brinquedo artesanal, feito em casa. Na exposição, quando eu falo de brinquedos, não estou me referindo somente aos industrializados. Em algumas obras mostro brinquedos em que as crianças criam com a sua própria imaginação. Um exemplo é quando a criança pega uma caixa de papelão e imagina uma casa, um carro ou até mesmo um avião”, revela Tinho.

 

Ao abordar este âmbito onírico, o artista convida o público adulto à reflexão Ele acredita que por meio da fantasia e dos mitos, as pessoas transformam suas realidades para lidar melhor com suas questões internas e problemas.

 

Pai de um menino de nove anos e uma menina de sete meses, o artista se inspirou menos em sua infância e mais na de seus filhos. “Minha inspiração vem mais da tentativa de entender o funcionamento da cabeça deles do que a da minha própria infância, já que as minhas lembranças já são mais escassas”, conta o artista.

 

O público é convidado a interagir com a exposição por meio da doação de brinquedos. O artista vai criar uma instalação no átrio do prédio Cassino Atlântico, em Copacabana, onde está localizada a Galeria Movimento. Os objetos doados farão parte de uma grande obra social. Após o término da exposição, todos os brinquedos arrecadados serão entregues ao Instituto da Criança e distribuídos para crianças carentes.

 

 

Sobre o artista

 

“Tinho, que elabora trabalhos de forte impacto visual associando com precisão informações diretas oriundas da pop art com cenários impactantes, metáforas de mundo no qual convivem o fantástico, o onírico, o real e a técnica impecável.  A obra de Tinho é esse caldeirão de informações: Japão e América Latina, centro e periferia, mangás, comics que abraçam vigorosamente referências artísticas e eruditas”, afirma o curador Marcus de Lontra Costa.

 

Finalista do Prêmio Investidor Profissional da Arte (PIPA Online), em 2012, Tinho realizou diversas exposições individuais na Galeria Movimento, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília. No exterior expôs em Londres e em diversas cidades da França.  Desde 1994, o artista participou de muitas exposições coletivas e festivais no Brasil e no mundo, como o Outdoor Festival em (Roma, Itália), no ano de 2015; Graffiti Fine Arts (Los Angeles, EUA), em 2013; Bienal de Havana (Havana, Cuba), em 2009, entre outros.

 

 

Sobre a série “Sete Mares”

 

É composta por diferentes temas. Suas referências partem de livros, discos, brinquedos, obras de arte, moda, filmes e a cultura do skate. Os mares propostos por Tinho não são mares externos. São internos, que fazem referência às suas vivências, aos seus repertórios imagéticos. São mares de inspiração. As sete obras desta série serão apresentadas juntas no Museu Paço Imperial, no segundo semestre de 2019.

 

As pinturas, que para o artista é a realização de um sonho, constituem‐se como uma forma de agradecimento e homenagem a todos aqueles que alimentaram e continuam alimentando seu imaginário. É o seu próprio fascínio diante de tais imagens. Os mares latentes em Tinho se apresentam como um convite ao expectador para adentrar em seu universo e entender como cada objeto influenciou sua formação pessoal, profissional e artística. Conhecer os Sete Mares aqui, é conhecer o mundo do artista.

Centenário de Athos Bulcão

22/nov

O CCBB Rio, exibe mostra retrospectiva de Athos Bulcão. A exposição celebra o centenário de Athos Bulcão, conhecido pela diversidade de sua obra e inegável importância histórica e cultural. A mostra apresenta mais de 300 obras, incluindo trabalhos inéditos, que tornam possível visualizar seu caminho no Brasil e exterior, desde sua inspiração inicial pela azulejaria portuguesa, seu aprendizado sobre utilização das cores de quando foi assistente de Portinari, até as duradouras e geniais parcerias com Niemeyer e João Filgueiras Lima.

 

Seus famosos painéis coloridos de azulejos estão no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, na Igreja Nossa Senhora de Fátima e no Congresso Nacional. Ele também foi assistente de Cândido Portinari na construção do painel de São Francisco de Assis na Igreja da Pampulha, em BH.

 

A mostra contempla a produção de Athos entre 1940 e 2005, além de trabalhos inéditos de jovens artistas inspirados por sua produção. A exposição investiga o trabalho do artista além da azulejaria, dividida em oito núcleos, como seu uso de cor e da poesia, destaca sua relação com a pintura figurativa, trabalho gráfico e até figurino. A curadoria é de Marília Panitz e André Severo.

 

 

Até 25 de janeiro de 2019.

Anita Schwartz exibe duas artistas 

21/nov

A Anita Schwartz Galeria, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta as exposições “Entre Águas”, de Maritza Caneca, e “Revoada”, de Claudia Melli, ocupando o térreo e o segundo andar da galeria. Maritza Caneca dá continuidade à pesquisa com piscinas, tema que permeia sua trajetória artística desde 2012. Já em Revoada”, Claudia Melli apresenta um conjunto de desenhos realizados entre 2017 e 2018, numa alusão ao movimento da vida e a passagem do tempo.

 

Em sua segunda individual no Rio de Janeiro, a fotógrafa Maritza Caneca expõe o resultado de suas andanças por Budapeste em julho de 2018, onde visitou 56 piscinas em cinco dias. Com 9 imagens inéditas, de 100 X 150cm e ampliadas em papel algodão, a seleção traz o registro das termas Rudas, Szechenyi, Gellert, Kiraly, Lukacs, Palatinus e Römai e inclui, ainda, a foto da instalação “Swimming Pool” (2016), de Leandro Erlich, que fica no Museum Voorlinden, em Wassenaar, na Holanda. Além das 9 imagens inéditas fará parte da exposição a obra “Swimming Pool”, 2018, que foi apresentada na ArtRio, e três obras em formato redondo em metacrilato, fineart, em tamanhos variados. A mostra terá um texto de apresentação assinado por Vanda Klabin. “Este ainda é o trabalho das piscinas, mas em evolução. Quando chego em uma piscina é sempre uma surpresa. Por isso escolhi Budapeste, com suas termas de origem árabe, turca, romana. É um universo vasto de diferentes formas”, comenta Maritza.

 

Tendo como referência a obra de David Hockney e James Turell, o olhar da artista, que começou a carreira nos sets de cinema, está refletido na geometria dos elementos com que trabalha. “Busco a simetria nas imagens, mas não tenho compromisso com o local. A ideia ao registrar este ambiente é que ele se torne atemporal, único”, explica. Maritza Caneca completa a mostra com um vídeo em looping e duas esculturas de cubo em azulejo, cada uma com seis placas de 14 x 14cm, fruto da temporada em Lisboa no início de 2018. “Desde o início busco diferentes maneiras de registrar esta experiência. Em 2017 fiz o primeiro trabalho com azulejos, com a instalação de um grande painel com fotos da piscina do Copacabana Palace. Quando estive em Portugal, tive a oportunidade de aprimorar a técnica com azulejo queimado e produzir as placas com diferentes desenhos em cima das fotos de Budapeste”, completa.

 

Paulista radicada no Rio de Janeiro, após três anos sem expor na cidade, Claudia Melli faz sua primeira individual na Anita Schwartz Galeria. “Revoada” é um conjunto de 80 desenhos em nanquim sobre placas de vidro, com dimensões variadas, realizados entre 2017 e 2018. No contêiner, no terraço da galeria, Claudia Melli complementará a exposição com o vídeo “Imagens da Lua” (2007, 14’8”), da Sonda Espacial Kaguya do Japão, com imagens de diferentes momentos da lua ao longo de sua rotação. A mostra aborda um tema recorrente no trabalho da artista, antes representado pelos mares, árvores e vento: a passagem do tempo. Inspirada pela Andorinha do Mar do Ártico (Sterna Paradisaea), espécie que entre as aves realiza extensas migrações, alcançando ao final do ciclo uma distância equivalente a uma volta completa ao redor da Terra, a artista se apropria do voo das aves em uma mesma direção para representar os ciclos naturais da vida. “Assim como a migração de certos animais, a passagem das estações, o movimento das marés, o dia e a noite, a nossa respiração. Sendo a Terra um sistema fechado, o nosso ar, água, vida, alimento e tudo mais, não vem de outro lugar senão do eterno e sistemático movimento que acontece em nosso planeta através dos ciclos da natureza, mantendo o fluxo da vida contínuo fazendo com que estejamos todos conectados. Não se trata de uma visão ecológica, mas da minha perplexidade diante de tamanha perfeição e beleza”, comenta.

 

 

 

Sobre Maritza Caneca

 

Há cinco anos, Maritza Caneca se dedica a fotografar piscinas pelos quatro cantos do mundo. Já esteve em Israel, Suíça, Cuba e clicou o espelho d´água mais antigo de Lisboa. Seus trabalhos são conhecidos no circuito da arte internacional, em exposições coletivas na Arte Cartagena, Art Copenhagen, Scope Miami Beach, Scope Basel Suíça e Scope Nova York. Recentemente, a artista foi selecionada para uma residência artística no disputado BakehouseArtComplex, em Miami, onde tem um estúdio ao lado de mais de 50 artistas. Seu percurso artístico começa nos anos 1980 como fotógrafa de still em filmagens cinematográficas. Desde então, assinou importantes projetos no cinema e na TV, entre eles “A luz do Tom” (2013), de Nelson Pereira dos Santos; “Carlos Burle Gigantes por Natureza” (2012), de Felipe Jofily; e “Viver com Fé, em Jerusalem”, com Cissa Guimarães, para o GNT. Suas fotos podem ser vistas no Rio de Janeiro, São Paulo, Los Angeles, Barcelona, Genebra e Londres. Entre as individuais estão as exposições “Water Diaries”, na Clima Art Gallery (2018), e “Pool Series”, na Bossa Gallery (2016), ambas em Miami.

 

 

 

Sobre Claudia Melli

 

Expondo desde 2007, Claudia Melli atua na fronteira entre o desenho e fotografia, sempre indagando sobre a natureza dos mecanismos de percepção. Participou de algumas coletivas como o projeto de interferência no Museu da República, no Rio de Janeiro em 2007, “3 atos 3 artistas” na Galeria Eduardo Fernandes, em São Paulo (2009) e “Monumental”, na Marina da Glória (Rio de Janeiro, 2018). Entre as individuais estão a mostra “ONDE”, galeria Durex, Rio de Janeiro em 2008, “Série Azul” na Fundação Walter Wulltrich – Projeto Brasiléia (Basel, Suíça – 2014) e “Lugares onde nunca estive”, no MAM Rio (2015).

 

 

 

De 22 de novembro a 12 de janeiro de 2019.

Thereza Miranda, no MNBA

12/nov

“Instantes Múltiplos”, é o título da exposição de 67 das premiadas gravuras de Thereza Miranda, incorporadas ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes, Cinelândia, Rio de Janeiro, RJ, através do Prêmio Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas FUNARTE/MinC. A mostra também celebra os 90 anos da artista, possuidora de uma trajetória ímpar e que a situa entre as mais importantes gravadoras brasileiras.

 

Em sua proposta conceitual, a exposição “Instantes Múltiplos”, com curadoria da técnica do MNBA Laura Abreu, é dividida em núcleos temáticos que proporcionam a visão tanto da apresentação de gravuras feitas em metal, do início da carreira da artista, como as das séries “Germinação”, “Nova Germinação” e “Germinação Vida”, obras das décadas de 1960 e início de 1970 e das fotogravuras, técnica que une a fotografia às técnicas da gravura e que foi muito difundida pela artista no Brasil, datadas de meados da década de 1970 àquelas do início dos anos 2000.

 

As fotogravuras têm como temas os diferentes lugares e países que Thereza Miranda conheceu. Viajante, através de uma câmara fotográfica e de seu olhar sensível, a artista registrou a paisagem urbana, a natureza, detalhes arquitetônicos como telhados, janelas, portas, ruas, etc.

 

Como professora, Thereza Miranda, que dá aulas de gravura e ilustração na PUC-RJ desde 1974,  tem generosamente compartilhado seu conhecimento, contribuindo para a difusão da gravura e sua valorização como meio de expressão artística. Seus primeiros passos na gravura aconteceram no MAM-RJ, em 1963, e daí  em diante impulsionou sua carreira participando de diversas bienais de gravura, no Brasil e no exterior, como no Chile, Inglaterra e Polônia. Em 2008, comemorou com uma grande retrospectiva seus 45 anos de carreira, no MAM-RJ.

 

 

Até 16 de dezembro.

Três mestres gravadores

A mostra “Três gravuristas e o exílio no Brasil: Fayga Ostrower, Axl Leskoschek, Lasar Segall” apresenta 32 obras originais dos três mestres da gravura que chegaram ao Brasil no século 20, fugindo do nazismo na Europa e aqui se estabeleceram, influenciando várias gerações de artistas no país. O propósito é lançar o foco sobre como a vivência de partida, migração e exílio marcaram o estilo dos artistas, e como eles, por sua vez, trouxeram novas técnicas, novos olhares e novas formas de pensar a arte e o processo de criação.

 

O judeu ucraniano Lasar Segall (1891-1957) chegou ao Brasil já na década de 1920. Voltou para a Europa, mas regressou em definitivo para São Paulo com o recrudescimento das manifestações antissemitas de extrema direita. Em suas gravuras, o autor do famoso “Navio de Emigrantes” evoca temas judaicos e a sua aldeia nativa, além do cotidiano do país que o acolheu.

 

Polonesa de origem, Fayga Ostrower (1920-2001) viveu com a família na Alemanha até a fuga noturna atravessando florestas para a Bélgica e, de lá, para o Brasil, em 1934. Dedicou-se durante meio século à arte e passou do figurativo ao abstrato em suas gravuras. Além do seu legado artístico, foi uma pensadora que refletiu sobre arte e estética em diversos livros.

 

O austríaco Axl Leskoschek (1889-1975), de orientação política de esquerda, precisou sair da Áustria quando se filiou ao partido comunista. No Brasil, foi professor na Fundação Getúlio Vargas e teve um ateliê famoso na Glória. Formou uma geração de expoentes da gravura, como a própria Fayga Ostrower. O visitante poderá ver o seu delicado livro “Miniaturas brasileiras”, com cenas do cotidiano.

 

A exposição “Três gravuristas e o exílio no Brasil: Fayga Ostrower, Axl Leskoschek, Lasar Segall”, com obras do acervo do MNBA, pretende despertar a reflexão sobre uma temática cada dia mais atual – o sofrimento do exílio, o acolhimento, a riqueza que reside no olhar de uma outra cultura. Esta mostra inaugura uma parceria entre o MNBA e a Casa Stefan Zweig, de Petrópolis, RJ, dedicada ao tema do exílio. A mostra é complementada por painéis, cartas, fotos e filmes.

 

 

Até 03 de fevereiro de 2019.

Brennand no Rio

09/nov

A Galeria Evandro Carneiro Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, exibe de 10 de novembro a 15 de dezembro a exposição “Francisco Brennand”, que reúne 44 peças representativas da grandeza e da diversidade complementar de sua obra, todas elas procedentes do acervo Brennand, com a curadoria de Evandro Carneiro, Maria Helena e Maria da Conceição Brennand.

 

A mostra inclui 13 desenhos e pinturas – dentre as quais algumas telas da série As névoas de Caspar (Caspar David Friedrich) -, cinco lindas cerâmicas vitrificadas, 15 ovos cerâmicos e, ainda, 11 esculturas seriadas. Algumas obras são inéditas ao público, pois serão exibidas pela primeira vez no Rio de Janeiro. Todas as peças estarão à venda.

 

 

Sobre o artista

 

Natural de Recife, Brennand é ceramista, escultor, desenhista, pintor, tapeceiro, ilustrador e gravador. É autor de importantes espaços culturais de Recife: a Oficina Cerâmica Francisco Brennand, o Parque das Esculturas Francisco Brennand e a Academia de Arte Brennand. Francisco Brennand nasceu em 1927, no Recife, em uma família tradicional, ligada à aristocracia rural, e por outro lado, descendente de empreendedores ingleses que trouxeram o nome com o qual o artista ficou conhecido. Ricardo Brennand, seu pai, herdou o Engenho São João da Várzea, que inicialmente produziu açúcar e mais tarde se tornou uma importante olaria. Em 1917 Ricardo fundou a primeira fábrica de cerâmicas da família. Cinquenta e cinco anos depois, sobre as ruínas da Cerâmica São João, Francisco recriou o espaço de territorialidade familiar, construindo ali a sua moradia, mas também a famosa Oficina Brennand, o Parque de esculturas e, mais recentemente a sua Academia. Neste complexo, repleto de significados afetivos, simbólicos e fabris, Francisco Brennand vem desenvolvendo a sua arte, há mais de 60 anos. Uma arte totalizante e complementar nas facetas de pintura, escultura, cerâmica, desenho, gravuras, mas também paisagismo e museologia. Em entrevista concedida a Walnice Nogueira Galvão para a revista Artes e Letras (março de 2000), ele diz: “E posso lhe dizer mais: hoje sou um ceramista porque sou um pintor. E não sei mesmo como alguém pode ser um ceramista se não for pintor ou escultor.” (p.147). Conforme o belo e importante texto de Alexei Bueno no livro O Universo de Francisco Brennand (2011), “Graças a Francisco Brennand, de fato, essa mais primeva entre as matérias, o barro, saiu, entre nós, da categoria do puramente utilitário ou do artesanal para alcançar o patamar da grande arte.” (p.22). Seu trabalho magistral reúne o seu talento nato àquelas aptidões complementares e ainda se somam a sua erudição e o seu humanismo, conferindo sentidos mitológicos, históricos e literários à totalidade de sua obra. Suas esculturas, cerâmicas e pinturas encarnam tradições nas referências que delas emanam, mas recriam significados em sua originalidade. Grécia antiga (O nascimento de Vênus, Lilith, Gnose, Halia…), cabala judaica (Árvore da vida), romantismo alemão (Caspar David Friedrich!), cultura nordestina (Gilberto Freyre, Ariano Suassuna e “a onça castanha” das “terras cor de vinho”…), pintura moderna (Balthus, Klimt, Schiele, Picasso, Miró, Cezánne…) são algumas das referências recriadas em ressurgências artísticas e intelectuais com a marca de Brennand. O artista não possui somente uma assinatura, mas uma marca mesmo: Francisco Brennand é também fábrica de arte e cultura do homo faber. Em telas costuma assinar por extenso, mas também assina F.B. de maneira estilizada e outras vezes carimba a sua marca com um símbolo de Oxossi, referenciando também a tradição afro-brasileira. São signos complementares, como as modalidades artísticas que (re)inventa: “(…) Até a minha assinatura caligráfica foi motivo de especulação e eu que pretendo reduzi-la a um mero F. e um B. desenhados como ornatos, para que não destroem do próprio grafismo das pinturas e, pelo contrário, se identifiquem com ele e até se percam dentro dele.” (trecho de seu diário O nome do livro, 5 de janeiro de 1960, apud. BUENO, 2011, p. 116). Em outra parte de seu diário, o artista ilumina o que dissemos acima: “Jamais esteve nas minhas divagações a possibilidade de criar uma forma nova. Uma forma nova só pode parecer nova à medida de sua paixão. Os olhos que a descobrem nova são igualmente apaixonados. Na verdade – em qualquer arte – a ideia de conceber uma forma inteiramente nova já é em si uma monstruosidade. Seria, em todos os sentidos, invisível aos olhos humanos, uma vez que desconhecida. Nós só ´vemos aquilo que conhecemos´. Trabalhei nesse projeto visionário durante vinte anos, sempre à procura de um mundo genésico, onde, com o decorrer do tempo, isso sim, consegui expressar uma mitologia pessoal. Acrescente-se a esse tempo mais cem anos e não seria ainda suficiente para terminar projeto tão atroz. O seu desgaste natural e os olhos arrebatados das novas gerações saberão como mantê-lo vivo, novo e cada vez mais antigo como o futuro.” (O nome do livro, 11 de setembro de 1992, apud. BUENO, 2011, p. 55).

Senise na Silvia Cintra + Box4

08/nov

A Galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, J, inaugura no dia 08 de novembro a nova exposição individual de Daniel Senise. “Biógrafo” reúne pinturas e fotografias que possuem um elemento de ligação entre si, um retângulo no centro da tela. Esse retângulo reaparece, de alguma forma, em todas as obras da exposição com tratamentos e materiais diferenciados.

 

Um retângulo dentro do retângulo da própria tela, é a ideia central da série “Biógrafo”, que também dá título à exposição. Essa série começou a ser feita em 2013 e será composta por 85 obras. Na exposição serão apresentados três “biógrafos” inéditos. As outras pinturas da mostra retratam interiores de grandes museus e os quadriláteros representam as pinturas expostas nesses espaços. Serão três telas que reproduzem o Museu de Nantes e a Capela Rothko, em Houston, EUA.

 

A técnica das pinturas é a mesma que o artista tem utilizado desde o início dos anos 2000. Com um tecido bem fino, Senise “imprime” o chão de espaços abandonados e recolhe resíduos e vestígios que mostram o acúmulo de memória, e o que sobrou daquele espaço e do tempo. Com poeira, cola e outros restos, o artista vai criando diferentes tonalidades de tecido e depois com uma espécie de marchetaria vai recriando esses espaços na tela.

 

Além das pinturas, a exposição terá uma série de fotografias. São imagens feitas em 2014, nas obras em andamento no antigo Hospital Matarazzo em São Paulo, sobre as quais Senise sobrepõe placas de madeira recolhidas no próprio espaço e que estão representadas nas imagens.

 

 

Até 15 de dezembro.

Cosme Martins exibe pinturas no MNBA

01/nov

Um dos cartões postais do Maranhão é o belo conjunto de azulejos dos prédios centenários da capital do estado, São Luis.  E é este imaginário que inspira, em parte, a exposição do artista Cosme Martins no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC, Cinelândia, Rio de Janeiro, RJ. A mostra “Alma Azulejada – Cosme Martins 40 anos” reúne 12 quadros em acrílica sobre tela da fase figurativa e também da sua atual fase abstrata.  Os trabalhos apresentam uma explosão de pigmentos multicoloridos que fazem brotar de suas telas a alma azulejada do pintor, alternando as cores inquietas da poesia com jardins abstratos. O poeta Carlos Dimuro, curador da exposição, assim define a obra do artista: “azulejar nossos olhos com beleza e imaginação é o labor incansável deste maranhense do mundo”.

 

 

Sobre o artista

 

Maranhense de São Bento, nascido em 1959, Cosme iniciou sua carreira, pintando temas figurativos locais. Na década de 80, mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de expandir o reconhecimento de sua arte. Obteve orientação de grandes artistas como Rubens Gerchman, Luiz Áquila, Aluísio Carvão, Kate Van Scherpenberg e José Maria Dias da Cruz. Estas vivencias com alguns dos grandes nomes da arte brasileira favoreceram a obtenção de prêmios e participações em salões e importantes museus de arte como Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e Museu de Arte Moderna de São Paulo.

 

No desenvolvimento de sua obra, Cosme Martins adquiriu reconhecimento, e interferências de críticos notáveis.  Walmir Ayala, por exemplo, afirmou que sua maneira de pintar era a “nova escrita”. Outro crítico importante, Roberto Pontual, abriu-lhe as primeiras portas para o mercado de arte e hospedou-o em Paris, cidade que o recebeu como vencedor do Prêmio de Viagem através da participação na exposição “A Mão Afro Brasileira em Pintura”. Nessa viagem, Cosme Martins pôde conhecer nomes como Cícero Dias, Manabu Mabe e ainda reencontrar Rubens Gerchman, que lhe deu aulas e foi o primeiro a lhe dizer, anos antes, que sua arte poderia alcançar projeção nacional.

 

Na fase conhecida como “Favelas”, observa-se nos trabalhos de Cosme Martins a transição entre o figurativo e o abstrato: elementos como barracos e pessoas foram se tornando cada vez menos óbvios, até a pintura alcançar a total ausência da figura como podemos perceber nos seus trabalhos atuais. Suas telas apresentam texturas, em terracota, que são construídas com uma técnica que o artista não revela, porém capaz de manter a firmeza e evitar os craquelês. Outro elemento nos trabalhos de Cosme Martins, a variedade de cores é movida pela sensibilidade do artista que confessa não conseguir chegar a um limite até que sua agonia seja substituída pela sensação de prazer ao terminar suas telas.

 

 

Até 02 de dezembro.

Arte participativa

25/out

No próximo dia 30 de outubro, o Museu Nacional de Belas Artes (MnBA), Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugura a exposição participativa “Arte Aproxima”, com obras dos artistas Ernesto Neto, Efrain Almeida, Priscila Fiszman, Emilia Estrada, Aline Gonet e da psicóloga Robertha Blatt, idealizadora do projeto, que tem o objetivo de familiarizar o público jovem com o mundo da arte, despertando trocas sensíveis e novas experiências. Com curadoria de Lisette Lagnado, será criado um circuito inédito integrado entre as obras contemporâneas e pinturas emblemáticas da história da arte pertencentes ao Museu, como “A Primeira Missa” (1948), de Cândido Portinari (1903-1962), e obras do século XIX, de artistas como Victor Meirelles (1832-1903) e Pedro Peres (1841-1923). A exposição é incentivada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura Carioca.

 

“A arte é curativa e transformadora, permite entrar em contato consigo mesmo, trazendo insights. Os artistas vivenciam isso durante a produção das obras, mas essa oportunidade pode existir para todos. O projeto tem como objetivo democratizar e disponibilizar essa experiência para as pessoas”, diz Robertha Blatt, que é psicóloga, educadora há 20 anos e tem 15 anos de experiência em terapia de família. A exposição é aberta a crianças de todas as idades e será complementada com a participação do público. Os artistas e educadores estarão presentes na mostra e os trabalhos criados pelo público ao longo da exposição, através das atividades propostas e dos materiais disponíveis, ficarão expostos, integrando-se às obras existentes, como um grande tricô coletivo que será produzido pelo público e, ainda, uma estrutura a ser construída com tijolos contendo desenhos feitos pelas crianças. Ao longo da exposição, haverá, ainda, conversas com os artistas, a curadora e a idealizadora do projeto.

 

 

Circuito da exposição

 

A mostra começa no segundo andar do Museu Nacional de Belas Artes, onde estão as pinturas “Primeira Missa no Brasil” (1861), de Victor Meirelles (1832-1903) e “Elevação da Cruz” (1879), de Pedro Peres (1841-1923). A artista Emilia Estrada desenvolveu especialmente para a ocasião uma versão do jogo de telefone sem fio, com a finalidade de criar narrativas sobre a história do Brasil.

 

O percurso segue na Sala de Chá, convertida em ambiente imersivo. O lugar foi renomeado de “campo sagrado” por Robertha Blatt, que convida as pessoas a percorrerem um caminho espiral sugerido por amplas camadas de tecidos de voal colorido. Nessa instalação, as crianças recebem uma segunda pele que lhes permite abraçar sensorialmente o espaço externo. Vestidas de ‘guri-guru’, poderão explorar livremente a experimentação desta veste e são convidados a seguirem assim até a sala onde está exposta ‘A Primeira Missa’, de Cândido Portinari (1903-1962), pintura histórica que completa agora 70 anos, consagrada pelo crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) como ‘uma de suas obras mais bem concebidas. Segundo a educadora Aline Gonet, “o trabalho manual é uma porta de interação com o mundo. “Rosa dos Ventos” é uma proposição que desenvolve a intimidade emocional a partir de técnicas manuais. As pontas de nossos dedos têm uma grande densidade de terminações nervosas, o que permite ao cérebro identificar o que os dedos estão explorando”. “A cada dia, uma trança de tricô amarelo (a cor sagrada na tradição cristã e chinesa, como nos lembra Pedrosa) irá crescer no espaço expositivo, evidenciando a presença de encontros e brincadeiras anteriores”, conta a curadora.

 

Na sala de exposição, a fruição e compreensão do quadro de Cândido Portinari, momento histórico que representa um “enxerto de civilização cristã”, ganha relevo graças a um conjunto de três esculturas de Efarin Almeida, evocando as informações ausentes na grandiosa pintura realizada setenta anos atrás: a fauna, a flora e a presença de povos indígenas quando os portugueses chegaram ao Brasil. Os estandartes com desenhos sobre tela de Emilia Estrada criam uma perspectiva crítica desse maravilhoso Novo Mundo com sua obra “Fake News / Cacofonia”.

 

“Língua de fogo” é a obra-oficina de Priscila Fiszman, em parceria com a bombeira do MnBA, que irá abraçar o tema da segurança e prevenções, explicando o funcionamento de um extintor. Desenhando sobre tijolos, o público irá colaborar na construção coletiva de um templo. “O incêndio do Museu Nacional do Rio, na Quinta da Boa Vista, acarretou a perda de um patrimônio incalculável, mas, também, um trauma ainda incalculável no inconsciente coletivo”, ressalta a curadora. Seguindo na exploração de possibilidades de interação sensorial, de Ernesto Neto introduz a ideia de “esculturacura”, pontuando um recolhimento interior necessário para enfrentar a atual conjuntura sociopolítica, agravada com a disseminação de relações mediadas pela tecnologia. A obra “EstrelaTerra vibra nois. Todos somos nós” consiste em crochê com voal de algodão, bambu, areia, quartzo transparente, folhas secas e folhas de louro e permite que público entre na obra e tenha experiências sensoriais.

 

 

Sobre o projeto

 

Desenvolvido ao longo de um ano, em colaboração com crianças, famílias, pedagogos, artistas, ativistas e psicólogos, o projeto surge da experiência clínica de Robertha Blatt, que vem elaborando novas abordagens para o jovem público acessar emoções difíceis de serem expressas. Por meio de estímulos lúdicos, conversas e dinâmicas, acredita-se na ecologia transformadora da experiência estética como catalizadora de linguagem. O projeto traz em seu bojo a utopia de reconectar as pessoas com a pulsão criativa da vida. A produção executiva é feita pela Next Produções.

 

 

Sobre a curadora

 

Lisette Lagnado é Doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo, crítica de arte e curadora independente. Foi curadora-chefe da 27a Bienal de São Paulo (2006) e da exposição “Desvíos de la deriva”, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri (2010). Dirigiu a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), onde foi também curadora dos programas públicos (2014-2017). Em 2017, foi curadora da exposição “O Nome do Medo”, de Rivane Neuenschwander em colaboração com Guto Carvalhoneto (Museu de Arte do Rio, MAR). Em 2018, curou a exposição “Cabelo – Luz com trevas” (BNDES, RJ), duas mostras monográficas sobre León Ferrari (Galeria Nara Roesler, SP e NY), e a coletiva “Com o ar pesado demais pra respirar” (Galeria Athena, RJ).

 

 

Sobre a idealizadora

 

Robertha Blatt atua nas fronteiras entre arte, psicologia e educação. Há 15 anos, pesquisa a articulação de práticas terapêuticas e expressões artísticas, trafegando pelos papéis de educadora infantil, terapeuta de família, psicóloga, mãe e artista. Especializada em terapia de família e casal. Seu consultório-ateliê disponibiliza recursos multissensoriais que viabilizam outras manifestações expressivas além do discurso verbal. Explora imersões em museus pelo mundo, observando a interação entre as pessoas e as proposições destes espaços. Interessa- se pelo estudo de terapia somática e bodynamic. Realiza palestras e encontros com os temas voltados para educação e psicologia. Investiga a relação dinâmica entre a expressão das emoções, a criação artística e a construção de si.

 

 

Nilcemar Nogueira – Secretária Municipal de Cultura

 

À frente da Secretaria Municipal de Cultura, temos direcionado esforços para a implementação de uma política de estado baseada na democratização cultural da cidade. Com o compromisso de dar fim ao pesadelo da “cidade partida”, nossa gestão acredita que os conceitos de centro e periferia não contemplam uma política cultural de fato integradora. Por isso, foi traçado um novo mapa simbólico, em que toda a cidade é o centro e cada região é um manancial de produção pulsante de cultura. Para avançar nesse processo de ressignificação e equacionar as potencialidades, elegemos cinco eixos estratégicos: gestão de escuta ampliada e participativa, cultura pela diversidade e cidadania, programa integrado de fomento à cultura, valorização da rede de equipamentos culturais, e memória e patrimônio cultural. Assim pudemos colocar em prática uma série de ações efetivas, com foco no lema “Cultura+Diversidade”. A cultura plural, rica e forte do Rio de Janeiro é, ao lado na natureza opulenta, o grande capital da cidade. Ela tem poder regenerador, capaz de corrigir rumos e mudar vidas. Fortalecer, apoiar e difundir nossa cultura não é apenas dever de cada um de nós: é questão de sobrevivência e de resistência.

 

 

Encontros públicos:

 

01 de novembro de 2018 (quinta-feira), das 14h30 às 17h

 

Junto com artistas propositores, Lisette Lagnado e Robertha Blatt discutem concepção, processo criativo e expõem métodos de trabalho. Ernesto Neto ensinará meditação para as crianças dentro de sua escultura.

 

 

10 de novembro de 2018 (sábado), das 14h às 17h

Roda de conversa com Ernesto Neto e convidados.

 

 

Até 30 de novembro.