Bate-papo com Rose Afefé n’A Gentil Carioca

20/ago

Será no dia 24 de agosto, o encerramento da exposição “A vergonha quase me tirou a memória”. A Gentil Carioca e Rose Afefé convidam para uma conversa que começará às 14h na galeria e terá seu desfecho no Solar dos Abacaxis, onde a artista apresenta a obra-cidade “Terra do Pé Vermelho”.

A conversa começa n’A Gentil Carioca, onde a artista falará sobre a sua exposição “A vergonha quase me tirou a memória”, atualmente em exibição na galeria; o texto crítico é de Luiz Zerbini. As obras presentes na mostra surgem a partir de recortes das muitas recordações que Rose Afefé carrega de sua vida e infância no interior da Bahia. A artista, que em 2018 realizou a obra “Terra Afefé – uma microcidade levantada com terra na região da Chapada Diamantina” – traz desdobramentos da poética desse território em pinturas e instalações inéditas.

O bate-papo segue no Solar dos Abacaxis, onde Rose participa da exposição coletiva “Por uma outra ecologia: o que a matéria sabe sobre nós”, sob a curadoria de Matheus Morani e Thiago de Paula Souza. Nesta mostra, Rose Afefé apresenta o processo de fundação de uma nova cidade, chamada “Terra do Pé Vermelho”. A obra-cidade, concebida de forma fragmentada, tem como principal objetivo a circulação e redistribuição de recursos econômicos. Segundo Matheus Morani, “Rose a funda como um manifesto, estabelecendo um ecossistema financeiro que beneficia diretamente os moradores simbólicos desta Terra, em uma taxa de contrapartida social revertida à materialização de seus sonhos no valor de aquisição de cada uma destas fachadas. Assim como Terra Afefé, a Terra do Pé Vermelho se abre às comunidades para que habitem em seus mais diversos usos e desejos.”

E sábado é o último dia para visitar a exposição “Arqueologia de si”, de Novíssimo Edgar, que tem texto crítico da curadora Tamar Clarke-Brown.

Exposição de Hilal Sami Hilal

A Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta a exposição “Lugar de Passagem”, com mais de trinta obras de Hilal Sami Hilal, celebrado artista capixaba de origem síria, que já soma 50 anos de trajetória. A mostra é centrada no site specific “Artigo 3º”, um painel na técnica que criou e é uma característica de sua produção: o cobre vazado, rendado, filigranado. A obra, de 14,5 metros de comprimento por 3,5 metros de altura, composta por nomes de pessoas, atravessará a nave central da Casa França-Brasil, como um delicado muxarabi (treliça típica da arquitetura árabe). Criadas também especialmente para a mostra, estarão monotipias em papel de algodão feito à mão e vários pigmentos, da série “Alepo”, nos quais o público verá, nitidamente, os objetos decalcados. Entre elas, uma porta de 2,10 metros de altura, uma instalação com 40 monotipias sobre objetos pessoais e utensílios cotidianos, como roupas, pratos, copos e talheres, e ainda um grupo de obras onde o papel registrou azulejos partidos, quebrados. Também de 2024 são as duas obras “Sem título”, da série “Atlânticos”, em cobre, corrosão e oxidação, com 130cm de altura.

Em torno do site specific “Artigo 3º”, os curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto reuniram várias obras emblemáticas de Hilal Sami Hilal, como a instalação “Sherazade” (2007/2024), com 160 livros, com 80 mil páginas interligadas, ocupando aproximadamente uma área de cem metros quadrados no chão da entrada da exposição. “Lugar de passagem é também o lugar da arte, da vida”, diz Hilal Sami Hilal. Composto por nomes de pessoas, o título do trabalho é uma alusão ao terceiro artigo da Constituição brasileira, de 1988: “Construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. A ideia dos nomes veio originalmente a partir dos amigos do artista que o presenteavam com roupas de algodão, transformadas por ele em matéria-prima para fazer o papel artesanal. A esses nomes ele foi acrescentando outros. “É uma pele, transparente, e os nomes ficam como signos estéticos, os cidadãos brasileiros”, diz Hilal Sami Hilal. A obra é um desdobramento de um trabalho feito em 2003 para a exposição “Sal da Terra”, no Museu Vale, em Vila Velha, Espírito Santo, com curadoria de Paulo Reis (1960-2011).

O patrocínio da exposição é da Enel e do Governo do Estado do Rio de Janeiro/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei de Incentivo à Cultura. A organização é da MLC Produções Culturais.

Em cartaz até 20 de outubro.

Mostra coletiva sobre o mar

16/ago

O Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ abre, no dia 21 de agosto, às 17h, a exposição coletiva “Tanto Mar”, com curadoria de Shannon Botelho. A mostra reúne 30 obras dos artistas Adriana Amaral, Ana Herter, Andrea Antonon, Andréa Brächer, Consuelo Veszaro, Erica Iassuda, Flavia Fabbriziani, Liliana Buzolin, Lourdes Colombo, Lucy Copstein, Marcia Rosa, Marilene Nacaratti, Rhyshy Soriani, Sandra Gonçalves, Simone Dutra, Simone Moraes, Tuca Chicalé Galvan e Vitória Kachar, que transitam entre pinturas, gravuras, fotografias, objetos, vídeo e esculturas.

Segundo o olhar do curador, o mar é um ponto de encontro entre o visível e o desconhecido, carregando em si o peso das histórias humanas. Ao longo dos séculos, foi palco de navegações que impulsionaram a colonização, mas também de despedidas e sofrimentos, especialmente para aqueles submetidos à escravidão e ao pensamento colonial. No contexto das grandes guerras e das crises migratórias atuais, o mar permanece como um símbolo de desafio, fuga e esperança, representando tanto a descoberta de novas realidades quanto a busca por salvação.

A exposição “Tanto Mar” é fruto de uma provocação que teve origem na leitura coletiva de “O conto da ilha desconhecida”, do escritor português José Saramago. As artistas envolvidas no projeto foram reunidas em grupos distintos e, ao longo do ano de 2023, encontraram-se mensalmente para compartilhar os avanços de seus trabalhos e discutir suas inquietações. A pergunta inicial, “Quanto mar há em você?”, guiou o processo criativo, levando cada uma das participantes a explorar suas próprias memórias e sensações ligadas ao mar.

“A resposta de cada uma das artistas é partilhada aqui como uma obra-reflexão, algo que evoque em cada visitante uma lembrança do mar, dos dias ensolarados da infância ou de um pôr do sol inesquecível. Importa que os momentos com o mar que trazemos conosco estão cravados em nós e, de certo modo, definem um pouco do que somos em nosso cotidiano”, afirma Shanon Botelho.

A obra de Roseno no CCBB Rio

A exposição “A.R.L. Vida e Obra”, do fotógrafo e pintor brasileiro Antônio Roseno de Lima (1926-1998), entra em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro no dia 04 de setembro. Com visitação gratuita, esta é uma oportunidade para o público conhecer a produção do artista outsider, natural de Alexandria, RN, que migrou para São Paulo e encontrou na arte a forma de se expressar.

Semianalfabeto e morador da periferia de Campinas, A.R.L., como decidiu assinar suas obras, afirmando sua identidade como um cidadão, foi descoberto no final da década de 1980 pelo artista plástico e professor doutor Geraldo Porto, do Instituto de Artes da Unicamp, que assina a curadoria da mostra. A exposição reúne mais de 90 obras, na sua grande maioria pinturas, principal suporte usado pelo artista. Há ainda à disposição do público três reproduções em 3D, facilitando a acessibilidade para pessoas com deficiência visual. A mostra, que já passou pelos CCBBs SP, BH e DF, fica no CCBB Rio até 28 de outubro, encerrando sua temporada.

O pintor tirou da sua própria realidade a inspiração para criar obras que são reflexo da mais pura e encantadora Art Brut, termo francês, criado por Jean Dubuffet, para designar a arte produzida livre da influência de estilos oficiais e imposições do mercado da arte, que muitas vezes utiliza materiais e técnicas inéditas e improváveis. Seus temas centrais foram autorretratos, onças, vacas, galos, bêbados, mulheres e presidentes. Apesar das condições precárias em que vivia na favela Três Marias, em Campinas (onde morou de 1962 até sua morte, em junho de 1998), Roseno expressava seus sonhos e observações do cotidiano através de suas pinturas, muitas vezes utilizando materiais improvisados encontrados no lixo: pedaços de latas, papelão, madeira e restos de esmalte sintético.

Quando encontrava algum desenho que fosse do seu gosto, recortava-o em latas de vários tamanhos para usar como modelo, além de usar outros materiais que encontrava pelo caminho, como a lã, mais disponível em épocas de frio. Seu barraco era sua tela, onde cores vibrantes e figuras contornadas em preto ganhavam vida, revelando uma poesia visual única. Nas obras, as diversas aspirações do artista são representadas, mas uma delas se repete em toda a sua arte: “Queria ser um passarinho para conhecer o mundo inteiro!”.

Mesmo sendo semianalfabeto, as palavras sempre fizeram parte de sua expressão poética, como signos herméticos, expostos respeitando a anterioridade das figuras e evidenciando desconhecimento das regras gramaticais. Amigos e crianças da favela o ajudavam com a leitura e as anotações em um caderno, que eram fotocopiadas para serem coladas na parte de trás dos quadros. Os bilhetinhos, carregados de informação com as mais diversas letras, avisavam sobre os materiais, processo de criação, execução, conservação da pintura e arrematavam: “Quem pegar esse desenho guarda com carinho. Pode lavar. Só não pode arranhar. Fica para filhos e netos. Tendo zelo, dura meio século”.

Impressionado pela singularidade da obra de Roseno, o curador conta que a primeira vez que viu seus quadros foi em uma exposição coletiva de artistas primitivistas no Centro de Convivência Cultural de Campinas, em 1988. “Naquele instante, tive a certeza de estar diante de um artista raro”. Ele acrescenta que o pintor já se destacava entre os demais. Depois de ganhar notoriedade , passou a ser “chamado pelos jornalistas de “pintor pop da favela”, – fazendo referência ao Pop Art, movimento norte-americano dos anos 1960 – porque seus quadros misturavam imagens, fotografias, propagandas e palavras como nos cartazes comerciais”, explica Geraldo Porto, acrescentando que Antônio Roseno desconhecia não somente este, como qualquer outro movimento artístico, mas queria ver o seu trabalho nos outdoors da cidade. Em 1991 Geraldo Porto fez a curadoria da primeira exposição individual de A.R.L., na galeria de arte contemporânea Casa Triângulo, de Ricardo Trevisan, em São Paulo. Logo após, uma televisão alemã fez uma matéria sobre Roseno, veiculada na Europa durante a Documenta de Kassel, uma das maiores e importantes exposições da arte contemporânea e da arte moderna internacional que ocorre a cada cinco anos na cidade de Kassel, na Alemanha

Roseno faleceu em 1998, quando uma boa parte de seus trabalhos já estava em coleções de arte no Brasil e no exterior. Infelizmente, outra grande parte foi descartada pelo caminhão da prefeitura, chamado pela família para limpar a casa. Assim como Arthur Bispo do Rosário, A.R.L. faz parte desses “artistas virgens” ou “outsiders”, autores dessa “arte incomum”. Para Geraldo Porto, Antônio Roseno “é sim um artista outsider, pela originalidade do seu processo criativo. Sua criatividade desconhecia limites entre fotografar, pintar ou escrever. Analfabeto, ele escrevia; fotógrafo, ele pintava; pintor, ele tecia. Pintava para não adoecer”. Ele retratava o cotidiano, coisas simples que o faziam feliz. “Perguntei-lhe por que pintava tantas vacas: “Porque eu gosto muito de leite”, ele me respondeu”.

Cristina Canale na Casa Roberto Marinho

12/ago

Os 40 anos de carreira da artista plástica carioca Cristina Canale serão celebrados com exposição em dois tempos na Casa Roberto Marinho, Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ. O instituto cultural inaugura na próxima quinta-feira (15) duas exposições para marcar essas quatro décadas, “Dar forma ao mundo” e “Paisagem e memória”.

“Dar forma ao mundo” é uma retrospectiva da obra de Cristina Canale traduzida em 50 obras, com curadoria de Pollyana Quintella. Ela passeia pelas diferentes fases da artista e a arquitetura da Casa Roberto Marinho ajuda a conduzir a exposição.

O hall do primeiro andar marca o início e o fim da mostra. E as sete salas que se interligam de forma circular segmentam os diferentes períodos da pintura de Cristine Canale, evidenciando a transformação de sua arte.

“Nessa temporada, apresentamos a Cristina Canale curadora no térreo e, no primeiro andar, exibimos a sua obra. Ao percorrer o espaço expositivo veremos o quão fluidas, no seu caso, podem ser essas fronteiras nas paisagens do mundo criado por ela”, destaca o diretor do instituto, Lauro Cavalcanti.

Radicada há mais de 30 anos na Alemanha, a artista tem como marco inicial de sua carreira a exposição “Como vai você, Geração 80?”, realizada em 1984, no Parque Lage.

“O conjunto destas duas exposições mostra meu olhar dentro de um acervo brasileiro, que é a minha origem, e, paralelamente, o meu percurso de 40 anos como artista plástica. São dois conjuntos de sensibilidades, com comunicações e pontes entre eles. Foi uma experiência muito rica ver esse diálogo”, avalia Cristine Canale,

Em exibição até 17 de novembro.

Leda Catunda e a Paisagem selvagem

09/ago

A Fortes D’Aloia & Gabriel apresenta até 05 de outubro, “Paisagem selvagem”, a nova mostra de Leda Catunda na Carpintaria, que marca o retorno da artista ao Rio de Janeiro uma década após sua última exposição individual na cidade, no Museu de Arte Moderna. Os trabalhos apresentados mostram uma inflexão barroca na sua pesquisa, onde o acúmulo de elementos têxteis e citações imagéticas que caracteriza sua obra é intensificado por uma multiplicação de procedimentos e ornamentos e pela proliferação de formas de língua, saliências, barrigas estofadas e abas de tecido de todas as cores. Refletindo sobre o fluxo de estímulos visuais e digitais, Leda Catunda se debruça sobre nossa exposição incessante aos ícones, signos e emblemas da cultura de massas.

Acrescentando uma gama de referências paisagísticas a essa dimensão tipicamente contemporânea, a artista abre caminho para uma paradoxal junção de natureza e artifício, desierarquizando pretensões de gosto e registros altos e baixos num processo onívoro e voraz. Nesses híbridos de pintura e objeto, motivos históricos como o santo católico em São Tomás (2024) convivem com as logomarcas e gráficos ready-made de um trabalho como Paisagem selvagem II (2024). Em Cinema (2024), estampas de camisetas com imagens de filmes cult, como “Lolita” ou “De volta para o futuro” formam a superfície de um volume almofadado, numa compilação de referências reunidas pela artista que entrelaça o lado afetivo da memória com os objetos e produtos da indústria cultural.

A produção de formas curvas, serpentinadas, enrugadas, enroladas, dobradas, acumuladas, antitéticas e labirínticas alcança o volume máximo em “Paisagem selvagem II”, citada acima, e “Caprichosa” (2024), onde toda essa cornucópia visual se dispõe em um tableau de cenas fragmentárias. Nestas obras a tendência maximalista e cumulativa deste corpo de trabalho se condensa de maneira enfática.

Desde sua última mostra individual no ICA Milano, em 2023 na Itália, a ênfase de Leda Catunda sobre o drapeado, o caimento, a costura e a estamparia fazem da indumentária, da silhueta e da fisionomia humanas material de composição plástica e conceitual, principalmente em trabalhos como “Sete saias” (2024).

“O excesso de imagens em tudo que nos cerca gera uma forte ilusão de velocidade. Seja no âmbito virtual, na internet, ou real nas irriquietas superfícies que revestem as cidades, nas ruas, edifícios ou mesmo nas roupas das pessoas, essa visualidade pungente parece provocar a sensação de um encurtamento do tempo. Assim nos tornarmos ansiosos do porvir, de um futuro que nos surpreenda mesmo sem que tenhamos podido optar, escolher. Nessa nova realidade nada acontece, tudo flui. E, desta maneira a vida segue o fluxo louco dos acontecimentos repentinos. A adaptação implica noutra sorte de raciocínio, numa modificação do sistema associativo para reencontrar capacidade de leitura deste novo real e assegurar espaço para novas ideias e novos destinos.” – Leda Catunda

A exposição é acompanhada por um ensaio crítico de Carlos Eduardo Riccioppo, Professor Doutor do Departamento de Artes da Universidade Estadual Paulista – Unesp.

Panmela Castro no MAR

06/ago

Panmela Castro abre exposição individual no Museu de Arte do Rio. Pela primeira vez, a artista apresentará exposição totalmente participativa, que se inicia em processo e, através de performances e ações, será construída com o público. A exposição “Ideias radicais sobre o amor”, da carioca Panmela Castro, será inaugurada no dia 09 de agosto. Com mais de 20 anos de trajetória, a artista apresentará uma exposição tendo como fio condutor a ideia da psicologia que fala sobre a necessidade de pertencimento como impulso vital dos seres humanos. Com curadoria de Daniela Labra e assistência curatorial de Maybel Sulamita, serão apresentadas 17 obras, sendo 10 inéditas, entre performances, fotografias, pinturas, esculturas e vídeos, que exploram questões como afetividade, solidão, visibilidade, empoderamento, autocuidado e memórias.

“Essa individual de Panmela Castro permite ao público conhecer muitas facetas de sua linguagem interdisciplinar. Seu trabalho navega por diferentes mídias e suportes de um modo único, reunindo questões estéticas, afetivas e ativistas em uma obra que é fundamentalmente performática e processual. A exposição no MAR traz obras inéditas e versões de outras já existentes, formando um ambiente lúdico, instigante e transformador”, afirma a curadora Daniela Labra.

A exposição irá se construir através de performances, ações e participações do público, que acontecerão ao longo do período da mostra. “Todas as obras de alguma forma precisam do outro para existir ou se completar, é uma exposição que começa em construção”, ressalta Panmela Castro. A exposição será inaugurada com três telas em branco da série “Vigília no Museu”, que serão pintadas quando o museu estiver fechado ao público. Em forma de vigílias dentro do MAR durante a noite, a artista se encontrará com pessoas para retratá-las. Um conjunto com 50 fotografias com registros da série “Vigília” também fará parte da mostra.

A exposição conta, ainda, com obras inéditas nas quais o público é convidado a participar. Na obra “Chá das Cinco”, por exemplo, o público é convidado a tomar um chá e compartilhar conselhos com outros visitantes da exposição através de bilhetes deixados debaixo do pires. Já em “Vestido Siamês”, duas pessoas poderão vestir, ao mesmo tempo, um grande vestido rosa feito em filó. Além disso, o público será convidado a trazer batons para a obra “Coleção de Batons” e objetos para deixar em um casulo, que serão transformados em esculturas pela artista. Esses objetos, que podem trazer memórias boas ou ruins, serão ressignificados e eternizados pela arte.

Inspirada nos tradicionais jogos arcade (fliperama), a obra “Luta no Museu” será um jogo para o público, no qual os lutadores são os artistas Allan Weber, Anarkia Boladona, Elian Almeida, Priscila Rooxo, Vivian Caccuri e Rafa Bqueer. Os cenários retratados são o Museu de Arte do Rio, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. A artista propõe o jogo como uma brincadeira de luta entre artistas, onde o vencedor expõe sua obra no museu. Completando as obras inéditas, estará o vídeo “Stories”, uma coleção de pequenos vídeos publicados no Instagram da artista (@panmelacastro), que convidam o público a fazer parte das diferentes situações de sua vida e de seu processo artístico.

Além dos trabalhos inéditos, obras icônicas da artista também farão parte da exposição, como “Biscoito da sorte” (2021), que traz os tradicionais biscoitos japoneses com mensagens feministas criadas pela artista; “Bíblia feminista” (2021), na qual o público poderá escrever ideias que guiem a emancipação e a luta por direitos das mulheres cis e trans, e “Consagrada” (2021), fotoperformance na qual a artista aparece com o peito rasgado com esta escarificação, fazendo uma crítica à forma como o mercado de arte elege seus personagens.

“Não surpreende que Panmela hoje seja respeitada internacionalmente, tanto pela inventividade de sua arte quanto pela postura em relação a assuntos como violência de gênero de diversos tipos. Esse tema há anos a estimula a criar ações artísticas, pinturas, objetos e também desenvolver um trabalho de cunho pedagógico e político através de sua organização que usa as artes para promover direitos, principalmente o enfrentamento à violência doméstica, a Rede NAMI”, diz a curadora Daniela Labra.

Completam a mostra, quatro performances que a artista fará ao longo do período da exposição. No dia 17 de agosto, será realizada “Culto contra os embustes” (2020), um ritual onde a autoestima e a energia vital são usadas para afastar indivíduos malévolos da vida de cada participante. No dia 28 de setembro, será a vez de “Honra ao mérito” (2023), realizada na I Bienal das Amazônias, que aborda a falta de reconhecimento das mulheres e propõe uma cerimônia onde medalhas são concedidas ao público feminino, como forma de valorizar seus talentos e ações dignas de destaque. “É uma reparação histórica”, afirma Panmela Castro. No dia 05 de outubro, será a vez da performance inédita “Revanche” (2019), na qual a artista confronta as imposições do feminino compulsório, convidando o público a apreciar o momento de um acerto de contas com o urso de 4 metros de altura que estará na mostra. Já no dia 12 de outubro, será realizada “Ruptura” (2015), na qual a artista se desfaz de uma espécie de “caricatura da feminilidade”, abrindo espaço para discussões mais amplas sobre gênero e alteridade. Todas as obras de performances serão registradas e terão seus vídeos exibidos na exposição.

Até 24 de novembro.

Sobre a artista

Panmela Castro vive e trabalha no Rio de Janeiro e em São Paulo. Artista visual cuja prática artística é movida por relações de afeto e alteridade. Com base na ideia de “Deriva Afetiva”, ela propõe o acaso como o sujeito de uma busca incessante por um sentido de pertencimento. A partir do pensamento da performance, a sua produção artística converge em trabalhos que permeiam a pintura, a escultura, a instalação, o vídeo e a fotografia. Panmela Castro é graduada em pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007), possui mestrado em Processos Artísticos Contemporâneos pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011) e é pós-graduada em Direitos Humanos, Responsabilidade e Cidadania Global na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2023). Seu trabalho faz parte de coleções internacionais, incluindo o Stedelijk Museum e o ICA Miami, assim como importantes coleções no Brasil, como o Instituto Inhotim, MASP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Nacional de Belas Artes e Museu de Arte do Rio. Ativista social e protagonista da quarta onda feminista, segundo Heloisa Buarque de Holanda no seu livro “Explosão Feminista”, Panmela Castro é fundadora da organização sem fins lucrativos Rede NAMI. Desenvolve um trabalho de base na promoção dos direitos das mulheres e de enfrentamento à violência doméstica, tendo atingido mais de 200.000 pessoas na última década. Por seus esforços na área de direitos humanos, ela recebeu inúmeros prêmios, incluindo ser nomeada Jovem Líder Global pelo Fórum Econômico Mundial, o DVF Awards, e estar listada pela prestigiada revista americana Newsweek como uma das 150 mulheres corajosas que estão mudando o mundo.

Sobre o Museu de Arte do Rio

O MAR é um museu da Prefeitura do Rio e a sua concepção é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Roberto Marinho. Em janeiro de 2021, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) que, em cooperação com a Secretaria Municipal de Cultura, tem apoiado as programações expositivas e educativas do MAR por meio da realização de um conjunto amplo de atividades. A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais. “O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um espaço de fortalecimento do acesso à cultura, ao ensino e à pluralidade intimamente relacionado com o território ao qual está inserido. Além de contribuir para a formação nas artes e na educação, tendo no Rio de Janeiro, com sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Leonardo Barchini, diretor da OEI no Brasil. Em 2024, a OEI e o Instituto Arte Cidadania (IAC) celebraram a parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, a partir de quando o IAC passa a auxiliar na correalização da programação. O MAR tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor e a Globo como patrocinadores master e o Itaú Unibanco como patrocinador. São os parceiros de mídia do MAR: a Globo e o Canal Curta. A Machado Meyer Advogados e a Wilson Sons também apoiam o MAR. O MAR conta ainda com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil, também via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A escrita automática de Mirela Cabral

01/ago

O Paço Imperial apresenta a primeira mostra individual de Mirela Cabral no Rio de Janeiro, sob curadoria da crítica Ligia Canongia, com abertura, no dia 03 de agosto. Intitulada “Olhos cheios”, a exposição ocupa três salas do Paço (Trono, Dossel e Amarela), com 20 pinturas, 17 sobre tela e três sobre papel, todas dos anos 2020. Mirela Cabral se considera autodidata nas artes visuais, embora tenha frequentado diversos cursos. O conjunto inédito que a artista mostra agora é de pintura abstrata, mas nem sempre foi assim. No início, Mirela Canral pintava figurativo.

“Explodi a figura e ela se tornou paisagem, para ganhar mais pluralidade, mais rítmica e melhor negociação com o espaço”, revela Mirela.

Sua relação com o suporte é original: pinta a mesma tela em várias posições, porque “sempre penso nas bordas, se o trabalho funciona em todos os sentidos”, diz ela. A artista também consegue trabalhar em várias pinturas simultaneamente, gosta de sentir que uma contamina a outra, enquanto alguma chama mais à finalização.

Memória e rotina

Mirela leva para a tela o que está no seu caminho, a observação diária dos cantos, da arquitetura do ateliê, da rua, as experiências cotidianas, a pesquisa, e trava, em sequência, um embate com a própria matéria.

No passado, a artista fotografava recortes de paisagem para transportar para a pintura. Hoje faz marcas na superfície pictórica com carvão “para esvaziar a mente e não tornar a tela branca tão intimidadora”, como ela desabafa. Atualmente, evita fotografar para se submeter ao resíduo da memória, do que ecoa no pensamento, para transferir em imagem.

O que Mirela deseja entregar ao espectador são pistas, gestos sugestivos a cenas, sem afirmar permanências e sem compromisso com a representação fiel. “Quero mostrar o acúmulo de pistas para o observador encontrar o percurso da pintura na própria pintura”, ela sugere.

A crítica de arte Ligia Canongia, atesta, no texto inédito sobre a exposição, que “A pluralidade de gestos sucessivos e simultâneos, a diluição das formas e o relacionamento convulsivo das cores fazem dessa pintura uma verdadeira escrita automática, um complexo de planos justapostos, que jamais se estabilizam na superfície e que parecem se mover continuamente ao nosso olhar”.

Sobre o que permanece desde que começou a pintar, Mirela conta que o tempo de ateliê, a rotina diária seguida fielmente e a bidimensionalidade são suas aliadas mais constantes.

Sobre a artista

Participou de mostras individuais, coletivas e feiras Mirela Cabral (1992) nasceu em Salvador, foi criada em São Paulo, onde mora e trabalha. Dedica-se inteiramente às artes visuais. Em 2023, realizou a exibição individual “Coisas Primeiras”, na Paulo Darzé Galeria, em Salvador, Bahia, e “Between Handrails”, no Kupfer Project, em Londres, Inglaterra, sob curadoria de Penelope Kupfer. Ainda no ano passado, participou da coletiva “Acordes”, no Espaço Largo das Artes, e da SP Arte, com a galeria Portas Vilaseca. Com a galeria Kogan Amaro, esteve na SP Arte de 2020, 2021 e 2022, e fez uma individual na Kogan Amaro de Zurique, Suíça, e outra mostra solo na Kogan Amaro de São Paulo, com curadoria de Agnaldo Farias, ambas em 2021. Entre 2018 e 2020, participou da ArtRio, da Feira Latitude, da Feira Parte, na Galeria Emma Thomas, sob curadoria de Ricardo Resende, entre outras coletivas. Mirela Cabral tem trabalhos nas coleções do Museu FAMA, Itu, São Paulo, e na Yuan Art Collection, de Lucerna, Suíça. Frequentou programas de arte na Parsons Paris, na Academia de Cinema de Nova York (NYFA) e na Universidade da Califórnia (UCLA). Paralelamente graduou-se em Comunicação Social, com habilitação em Cinema, pela Fundação Armando Alvares Penteado (SP).

Com o patrocínio de Paulo Darzé Galeria, “Olhos cheios” ficará em cartaz até 20 de outubro.

Livro de Marcos Chaves

O artista Marcos Chaves lançará, no dia 6 de agosto, às 18h, na livraria Travessa Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, o livro “It Looked, and I Looked Back”,com registros feitos em cidades de  diferentes países, e também de sua casa, durante o confinamento devido à pandemia. No dia do lançamento haverá uma conversa entre Marcos Chaves e a curadora Luisa Duarte.

A tiragem de mil exemplares compreende também uma edição especial, limitada, de 50 livros que dão direito a uma fotografia assinada pelo artista. Para Luisa Duarte, “é como se o artista nos endereçasse não só seu olhar, mas também as perspectivas alocadas no interior de cada uma destas cenas”. “Chaves nos recorda, assim, o aspecto fundamental da faculdade da visão: o seu caráter de reciprocidade. Portanto, ao lançarmos o nosso olhar sobre a sua obra, algo se transmuta em nós. As suas fotografias nos endereçam um chamado à invenção de outros modos de habitar o mundo, certamente menos indiferentes e mais atentos a miríade de surpresas contidas no que já dávamos como conhecido”, destaca. Bernardo Mosqueira afirma: “Chaves transforma vestígios banais da urbanidade em cenas extraordinárias de intimidade e intensidade, diagramas complexos de imensa força simbólica e de cuidadoso impacto formal”.

Neste seu novo livro, “It Looked, and I Looked Back”, Marcos Chaves nos convida a uma viagem visualmente espirituosa e intelectualmente estimulante pelo seu mundo, captado com esmero e profundidade. Publicado pela KMEC Books, com edição de Karen Marta e direção artística de Garrick Gott, “It Looked, and I Looked Back” foi impresso na Itália pelo Faenza Group SpA.

A publicação tem 248 páginas, com 187 imagens a cores, introdução de Bernardo Mosqueira e ensaio de Luisa Duarte, capa dura com encadernação aberta (tipo suíça), com fio amarelo, permitindo que as páginas se abram totalmente. O formato é de 25,4 cm x 18,9 cm, a impressão em papel Arctic Volume White de 130g/m2.  A edição é de mil exemplares, com distribuição da Artbook D.A.P., Nova York. Os textos estão em inglês, mas junto com o livro virá uma etiqueta com um QR Code que dará acesso às versões em português. Uma edição especial, limitada, de 50 exemplares, contém uma fotografia numerada e assinada, dentro de um envelope de papel glassine, com 29,7 cm x 21 cm de tamanho. São duas imagens disponíveis, com tiragem de 25 cada. Para reservar um exemplar ou saber mais, basta enviar um e-mail para: kevin.ridgely@gmail.com. O livro foi lançado em Nova York, na Nara Roesler, em 18 de julho; em São Paulo, na Livraria da Travessa no Shopping Iguatemi, em 31 de julho; e, depois do Rio de Janeiro, será lançado em Brasília, no Casa Park, no dia 12 de setembro.

Arte Sonora Ano 15

26/jul

Projeto idealizado pelo duo de artistas e professores, Franz Manata e  Saulo Laudares, completa 15 anos com ocupação de dois meses  na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ.  A programação inclui exposições, performances, roda de sample, palestras, exibição de vídeos, happening e uma série de ativações artísticas. O projeto ARTE SONORA, celebra seus 15 anos até o dia 29 de setembro. Para marcar a data, a dupla Manata e Laudares elaborou um extenso programa de ocupação e um grande happening de encerramento.

O Arte Sonora é parte da prática artística de Manata e Laudares. O projeto teve início em 2009 como um curso na EAV e, ao longo dos anos, constituiu uma relevante plataforma de discussão, bem como um banco de dados sobre arte e som. Em parceria com nomes de referência em suas áreas de atuação – como Arto Lindsay, Fausto Fawcett, Cildo Meireles, Ricardo Basbaum e Katia Maciel – o Arte Sonora já assumiu diversos formatos: mostras, workshops, publicações, programas de rádio e residências que abordam o universo sonoro e a influência da música no trabalho de artistas, críticos e pensadores da cultura contemporânea.

“O Arte Sonora é um projeto de formação de natureza pioneira. Quando iniciamos, pouquíssimo se falava sobre essa interseção entre arte e som, e hoje podemos afirmar que todos os artistas ligados a esta atividade estão, de alguma forma, conectados ao projeto. Por lá passaram mais de 250 pessoas. E fechar esse ciclo de 15 anos no Parque Lage, onde tudo começou, faz muito sentido pra nós”, afirma Franz Manata.

A exposição nas Cavalariças, curada pela dupla, reúne obras de um grupo de 17 artistas de diversas regiões do Brasil e de fora do país que, com abordagens muito diversas, investiga a poética do som e suas múltiplas manifestações: Bruno Qual, Caio Cesar Loures, Denise Alves-Rodrigues, Eduardo Politzer, Gabriel Ferreira, Jean Deffense, Juliana Frontin, Leandra Lambert, Leandro Araujo, Leliene Rodrigues, Manata Laudares, Marta Supernova, Marcelo Mudou, Marco Scarassatti, Pedro Victor Brandão, Ulisses Carvalho e Vivian Caccuri.

“Achamos pertinente reunir na exposição os artistas que se destacaram ao longo desses 15 anos de Arte Sonora e que contribuíram para a construção de uma nova cena”, comenta Saulo Laudares. “Um dado interessante é que todos os trabalhos selecionados versam sobre o som, mas não necessariamente emitem áudio. Há, por exemplo, partituras, pinturas e objetos escultóricos apresentados com legendas expandidas de caráter descritivo-poético”.

A abertura contou com uma série de performances em frente às Cavalariças. Entre elas o “Circular Som Sistema”, um triciclo tunado (um módulo de som autônomo que percorre a cidade) idealizado pelo artista Bruno Qual, que possibilita que até 20 pessoas participem de uma roda de sample. Ao longo dos dois meses de ocupação, serão lançados 14 novos programas de podcasts, de forma a expandir o projeto para o ambiente virtual. Incluindo aí um programa histórico com o compositor e multiartista Fausto Fawcett, que produziu uma ópera própria para o Arte Sonora.

Sobre os idealizadores:

Franz Manata é artista, curador e professor da EAV Parque Lage. Saulo Laudares é artista e DJ produtor. O duo começou suas atividades em 1998, a partir da observação do comportamento e da cultura da música eletrônica contemporânea. Os artistas vêm realizando programas de residência e participando de mostras individuais e coletivas, dentro e fora do país.

ARTE SONORA ANO 15 | Programação:

Exposição nas Cavalariças da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, entre 25 de julho e 29 de setembro, com curadoria dos artistas e professores Franz Manata e Saulo Laudares, com 17 artistas de várias regiões do Brasil e outros países, sendo eles: Bruno Queiroz, Caio Cesar Loures, Denise Alves-Rodrigues, Eduardo Politzer, Gabriel Ferreira, Jean Deffense, Juliana Frontin, Leandra Lambert, Leandro Araujo, Leliene Rodrigues, Manata Laudares, Marcelo Mudou, Marco Scarassatti, Marta Supernova, Mary Fê, Ulisses Carvalho e Vivian Caccuri.

Roda de Sample. Na abertura do evento o Circular Som Sistema conduziu, com seu triciclo tunado, um sistema de som autônomo que permite a conexão simultânea de 20 participantes, com artistas da mostra e aberto aos interessados (as) em participar;

Exposição virtual. Site com podcasts já realizados pelo programa ARTE SONORA ao longo dos anos, lançará, semanalmente, programas gratuitamente. Serão 14 podcasts inéditos, entre eles: Arto Lindsay, Fausto Fawcett e Bruno Queiroz, Janete El Haouli, Jocy de Oliveira, Katia Maciel e 40 poetas, Leandra Lambert, Marco Scarassatti, Ricardo Basbaum (2 episódios), Pedra Pomes (Marta Supernova e Anicca) e o coletivo Teto Preto.

Sessão de vídeos, 29 de agosto, das 19h às 21h, no auditório da Escola. A sessão será voltada para os trabalhos sonoros que tem o vídeo como suporte. O evento contará com trabalhos inéditos de artistas de várias regiões do Brasil e dos EUA e Europa, desenvolvidos durante os encontros presenciais e virtuais. Participam da mostra: Denise Alves-Rodrigues, Eliane Terra, Felipe Mussel, Julio Santa Cecília, Leliene Rodrigues, Luísa Sequeira, Mary Fê, Marco Scarassatti e Sama.

Entrevistas conduzidas por Franz Manata, com dois artistas e pesquisadores renomados do campo da arte sonora. Em pauta, a influência da matéria sônica presente na pesquisa de cada um deles:

Dia 1º de agosto, no auditório da EAV: Alberto do Campo (Berlim/AL) – artista e professor de arte gerativa e computacional no Institute for Time-Based Media, da Universidade de Berlim.

Dia 15 de agosto, em formato híbrido (entrevistador e público no auditório da EAV e entrevistado na Austrália, online): Rees Archibald (Austrália) – artista sonoro que realiza instalações, composições e performances.

Happening de encerramento, dia 27 de setembro, das 15h às 23h. Live performances inéditas, apresentação de um lineup com Vivian Caccuri e Thiago Lanis, Ed Marola (AKA Eduardo Politzer), Marcelo Mudou e Savio de Queiroz, Gabriel Ferrera e Leandro Araujo, FormigANTI, Azullllllll, Peko, DJ Frontinn (aka Juliana Frontin) e Marta Supernova.