Na Casa de Cultura do Parque

05/maio

 

A trajetória e o desenvolvimento do olhar do colecionador – reflexos do tempo e de suas experiências – dão direção à mostra coletiva “Setas e Turmalinas”, uma parceria com o espaço de arte Auroras, em cartaz na Casa de Cultura do Parque, Alto de Pinheiros, São Paulo, SP.

 

 

A escolha curatorial de Gisela Domschke tem como ponto de partida um eixo formado entre uma grande pintura de Francesco Clemente, artista que introduziu Ricardo Kugelmas ao mundo das artes em Nova York, e outra de Laís Amaral, uma de suas mais recentes aquisições. “Pode-se notar neste eixo uma travessia. Busquei absorver essa ideia de passagem, cruzamento e travessia na linha curatorial. No fundo, ao colecionar, você cria uma narrativa de maneira inconsciente e isso tem a ver com suas vivências”, explica Gisela Domschke.

 

 

No texto O Colecionador, o filósofo e ensaísta Walter Benjamin nota como as coisas vão de encontro ao colecionador, ou como ele as busca e as encontra. “Para o colecionador, a ordem do mundo se dá em cada objeto, e no arranjo inesperado com que as organiza – uma percepção quase onírica das coisas”, continua a curadora.

 

 

Ao todo, foram selecionadas mais de 70 obras de arte contemporânea, em tamanhos, técnicas e suportes distintos, como pintura, escultura, desenho, cerâmica e bordado, dos artistas Adriano Costa, Aleta Valente, Alex Katz, Alexandre Wagner, Alvaro Seixas, Ana Claudia Almeida, Ana Prata, Anderson Godinho, Anitta Boa Vida, Antonio Dias, Antonio Oba, Bruno Dunley, Cabelo, Caris Reid, Carolina Cordeiro, Cecily Brown, Cildo Meireles, Cisco Jimenez, Claudio Cretti, Coleraalegria, Dalton Paula, Daniel Albuquerque, David Almeida, David Salle, Eleonore Koch, Emannuel Nassar, Emanoel Araujo, Fabio Miguez, Fernanda Gomes, Flavia Vieira, Flora Rebollo, Francesco Clemente, Gabriela Machado, Gokula Stoffel, Guga Szabzon, Gustavo Prado, Ilê Sartuzi, Jac Leirner, Janaina Tschape, José Bezerra,  Juanli Carrion, Kaya Agari, Kaylin Andres, Laís Amaral, Leda Catunda, Lenora de Barros, Louise Bourgeois, Lucia Koch, Luis Teixeira, Marepe, Marie Carangi, Marina Rheingantz, Mauro Restiffe, Maya Weishof, Melvin Edwards, Moises Patricio, Ouattara Watts, Pablo Accinelli, Paolo Canevari, Paulo Whitaker, Renata de Bonis, Rodrigo Bivar, Santidio Pereira, Sergio Sister, Shizue Sakamoto, Sofia Borges, Sonia Gomes, Sylvia Palacio Whitman, Tadaskia, Tatiana Chalhoub, Thomaz Rosa, Tiago Tebet, Tunga, Valeska Soares, Yhuri Cruz e Yuli Yamagata.

 

 

Em 2019, a exposição “Tensão, relações cordiais”, com curadoria de Tadeu Chiarelli, inaugurou a Casa de Cultura do Parque com uma proposta semelhante: o recorte da coleção da diretora executiva da Casa Regina Pinho de Almeida. Agora, três anos após a abertura, a Casa abre as portas para outro espaço cultural e obras de um colecionador convidado para ocupar a galeria principal. “Esta mostra para a Casa é marcante, pois propõe o encontro de dois espaços, com idealizadores que são colecionadores e têm ideais em comum, como a construção de um espaço plural, com diálogo do público com a arte e a cultura”, pontua o diretor artístico da Casa Claudio Cretti.

 

 

De 09 de abril a 12 de junho.

 

Eu sabia que era desejo

02/maio

 

 

Exposição no Edifício Vera, Rua Álvares Penteado, 87,  Centro, 1º andar, São Paulo, SP. Com curadoria de Núria Vieira, a coletiva atualiza narrativas surrealistas a partir dos desenhos de Louise Bourgeois. Nos desenhos, pinturas, esculturas e instalações, os artistas materializam o sentimento por combinações entre símbolos, objetos e faturas que evocam o desejo no mais amplo sentido. São páginas de caderno, livros, escritos e manifestações de frases, que aparecem como citações que partem inicialmente dos desenhos de Louise Bourgeois. A exposição pretende abordar a atividade surrealista dialogando com intimidade e até, em um nível de pessoalidade com o desejo. São combinações potentes traduzidas em conjuntos de delicados desenhos, posicionados por ímãs contra a parede, em contraste com móveis antigos, pesados, que carregam história de casas e famílias, como herança, combinados à poesia visual, frases e leituras disponíveis para acesso imediato. Do lado de fora, para dentro da exposição.

 

 

Funcionamento normal: quinta e sexta, das 13h às 17h; sábados, das 11h às 17h

De 07 de maio até 03 de junho.

 

Expo Joia

28/abr

 

 

A joia autoral pela perspectiva artística

 

 

Art Lab Gallery, de Juliana Monaco, oferece aos artistas e criativos uma nova vertente de apresentação de seus trabalhos ao público com o início do projeto “Expo Joia”. Em sua edição de estreia, o evento que promove o encontro entre a arte contemporânea e a joalheria autoral, conta com 45 participantes, entre artistas e coletivos, e oferece uma conversa sobre esse universo com as sócias da Casulo Escola de Joalheria: Marilia Arruda Botelho e Maria Regina Mazza.

 

 

Uma joia feita por um artista mantém os atributos de uma obra de arte por ser uma criação autoral, com design e propriedades únicas e, em sua maioria, feitas à mão. Muito próxima de serem consideradas como “Wearable art” – “a arte que pode ser vestida”, também conhecida como “Artwear” ou “arte para vestir”, o termo se refere frequentemente a peças de roupas feitas à mão ou jóias projetadas individualmente, criadas como arte fina ou expressiva, que são desenvolvidas em ouro, prata, metais nobres, bronze, cobre, e suportes diversos como a madeira, porcelana, tecidos, e gemas

 

 

A curadoria de Juliana Monaco não propôs demarcações ou atrelamentos a temas, mas limitou as peças a obras autorais: design e criação de joias brasileiras. Convidados a fazer parte em intersecção com os materiais e formas utilizadas pelas jóias feitas à mão, o escultor Emanuel Nunes, de Moçambique e artista representado pela Art Lab Gallery, exibe suas mais recentes criações em metais diversos. A mineira Regina Misk apresenta um gigante colar de parede, feito à mão, em elos de crochê e madeira e Lena Emediato sócia e criativa do Estúdio Leh, traz delicadas instalações de parede que utilizam madeira, e cristais em sua composição.

 

 

Casulo Escola de Joalheria

 

 

A Casulo, de Marilia Arruda Botelho de Albuquerque e Maria Regina Mazza, foi criada pensando na construção da identidade e do pertencimento através da joia ou do adorno. Adornar-se! Enfeitar-se! Desde os primórdios, as jóias e os adornos demonstram sinais de status cultural, social ou religiosos através de amuletos de proteção. A concepção de uma peça, desde a sua criação, está relacionada ao ato explícito da beleza, transformação de materiais que acompanha a evolução da humanidade, contando a história através das joias. A Casulo, escola de joalheria, acredita na transformação, através do ensinamento, da criatividade e da construção.

 

 

Artistas: As Joias da Rainha, AKLEINDESIGN, Alex Gopa, ALL Design, Aparecida Macena, Carla Abras, Carolina Orfaly, EKSI | Ateliê, Elisa Galvão, Flavia Vidal, Helio Kawakami, Inesita Pasche, Ivone Carmen Joias, Jacque Basso, Jane Costa Biojoias, Joias de Rudá, Juliana Slama, Juliana Xavier Joias, JUOLI, labmobili, LECARLE JEWELS, Lena Emediato, Levess Joias by Elisabeth Vessoni, Lisia Barbieri, Lu Gerodetti , Marcel Motta , Maria Regina Mazza, Marilia Arruda Botelho, NEK, Noliver Maison, O Religare – Uma preciosa terapia, Ourivesaria Rio Preto, Ouro Preto Bellas Jóias, Ouroboros Arts by Fernanda Grizzo, Plume Jóias, PYXIS Joias, Raquel de Queiroz Joias, Regina Misk, Sabrina Azoury, Sádhana Jóias, Silvana Imbelloni Vaquero, SK Design, Somma8, Yonne Designer, Zus Studio, Juliana Monaco, escultor Emanuel Nunes, Regina Misk, Lena Emediato, Estúdio Leh.

 

 

Dias 29, 30 de abril e 01 de maio.

Horário evento: sexta-feira, sábado e domingo, das 11 às 19h

Conversa com a Casulo – dia 29 de abril, sexta-feira, às 18h30

Local: Art Lab Gallery/Rua Oscar Freire, 916 – Jardins, São Paulo, SP.

 

 

 

Retrospectiva de Walter Firmo

20/abr

 

 

A sede de São Paulo do Instituto Moreira Salles apresenta a exposição “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”. A retrospectiva traça um panorama da obra do fotógrafo, marcada, sobretudo, pelas imagens que retratam e exaltam a população e a cultura negra do país. No dia da abertura em 30 de abril, às 11h, haverá um debate presencial com Firmo e os curadores da exposição no cineteatro do IMS Paulista.

 

A curadoria da mostra é de Sergio Burgi, coordenador de Fotografia do IMS, e da curadora adjunta Janaina Damaceno Gomes, professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenadora do Grupo de Pesquisas Afrovisualidades: Estéticas e Políticas da Imagem Negra. A retrospectiva também conta com assistência de curadoria da conservadora-restauradora Alessandra Coutinho Campos e pesquisa biográfica e documental de Andrea Wanderley, integrantes da Coordenadoria de Fotografia do IMS.

 

A seleção ocupa dois andares do centro cultural e reúne cerca de 266 fotografias, produzidas desde a década de 1950, no início da carreira do artista, até 2021. A mostra traz imagens de diversas regiões do Brasil, com registros de ritos, festas populares e cenas cotidianas. O conjunto destaca a poética do artista, associada à experimentação e à criação de imagens muitas vezes encenadas e dirigidas. Grande parte das obras exibidas provém do acervo do fotógrafo, que se encontra sob a guarda do IMS desde 2018 em regime de comodato.

 

Nascido em 1937 no bairro do Irajá, Rio de Janeiro, criado no subúrbio carioca, filho único de paraenses – seu pai, de família negra e ribeirinha do baixo Amazonas; sua mãe, de família branca portuguesa, nascida em Belém -, Firmo começou a fotografar cedo, após ganhar uma câmera de seu pai. Em 1955, então com 18 anos, passou a integrar a equipe do jornal Última Hora, após estudar na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (Abaf), no Rio. Mais tarde, trabalharia no Jornal do Brasil e, em seguida, na revista Realidade, como um dos primeiros fotógrafos da revista. Em 1967, já trabalhando na revista Manchete, foi correspondente, durante cerca de seis meses, da Editora Bloch em Nova York. Neste período no exterior, o artista teve contato com o movimento “Black is Beautiful” e as discussões em torno dos direitos civis, que marcariam todo seu trabalho posterior. De volta ao Brasil, trabalhou em outros veículos da imprensa e começou a fotografar para a indústria fonográfica. Iniciou ainda sua pesquisa sobre as festas populares, sagradas e profanas, em todo o território brasileiro, em direção a uma produção cada vez mais autoral.

 

A mostra apresenta sua obra fotográfica a partir de sete núcleos temáticos. No primeiro, o público encontra cerca de 20 imagens em cores de grande formato, produzidas pelo fotógrafo ao longo de toda sua carreira. Há fotos feitas em Salvador, BA, como o registro de uma jovem noiva na favela de Alagados, de 2002; em Cachoeira, BA, como o retrato da Mãe Filhinha (1904 – 2014), que fez parte da Irmandade da Boa Morte durante 70 anos; e em Conceição da Barra, ES, onde o fotógrafo retratou o quilombola Gaudêncio da Conceição (1928 – 2020), integrante da Comunidade do Angelim e do grupo Ticumbi, dança de raízes africanas; entre outras.

 

Nas fotografias, prevalece uma aura de afetividade e valorização da negritude, como afirma o próprio artista: “Acabei colocando os negros numa atitude de referência no meu trabalho, fotografando os músicos, os operários, as festas folclóricas, enfim, toda a gente. A vertigem é em cima deles. De colocá-los como honrados, totens, como homens que trabalham, que existem. Eles ajudaram a construir esse país para chegar aonde ele chegou.” Em texto publicado no catálogo, Janaina Damaceno Gomes também reflete sobre o tema: “Se numa sociedade racista, a norma é o ódio e o auto-ódio, como nos mostram os trabalhos de bell hooks, Frantz Fanon e Virgínia Bicudo, amar a negritude compreende um percurso necessário de cura. Não é à toa que Firmo define a cor em seu trabalho em termos de amor pelo povo e pela cultura negra, mas é necessário entender que o direito a olhar não se restringe à ideia de autorrepresentação.”

 

O segundo núcleo apresenta a biografia do artista, abordando os seus primeiros anos de atuação na imprensa, quando registrou temas do noticiário, em imagens em preto e branco. O conjunto inclui uma fotografia do jogador Garrincha, feita em 1957; imagens de figuras proeminentes da política nacional, como Jânio Quadros e Juscelino Kubitschek; além de registros de ensaios de escolas de samba do Rio de Janeiro. Desse período inicial, a mostra também traz fotografias realizadas para a matéria “100 dias na Amazônia de ninguém”, publicada em 1964 no Jornal do Brasil, pela qual Firmo recebeu o Prêmio Esso de Reportagem. Para a matéria, que contou com textos e imagens de sua autoria, o fotógrafo percorreu cidades e povoações ribeirinhas do Amazonas e do Solimões, documentando as paisagens, disputas políticas da região e a população, que incluía alguns de seus familiares.

 

Nas próximas seções, a retrospectiva evidencia como, no decorrer de sua carreira, Firmo passou a se distanciar do fotojornalismo documental e direto, tendo como base a ideia da fotografia como encantamento, encenação e teatralidade, em diálogo com a pintura e o cinema. Sobre seu processo criativo, o artista comenta: “A fotografia, para mim, reside naqueles instantes mágicos em que eu posso interpretar livremente o imponderável, o mágico, o encantamento. Nos quais o deslumbre possa se fazer através de luzes, backgrounds, infindáveis sutilezas, administrando o teatro e o cinema nesse jogo de sedução, verdadeira tradução simultânea construída num piscar de olhos em que o intelecto e o coração se juntam, materializando atmosferas.”

 

Essa aproximação com a teatralização e a pintura fica evidente no ensaio realizado em 1985 com os pais (José Baptista e Maria de Lourdes) e os filhos (Eduardo e Aloísio Firmo) do fotógrafo, exibidos na exposição. Nas imagens, José aparece vestindo seu traje de fuzileiro naval, função que desempenhou ao longo da vida, ao lado de Maria de Lourdes, que usa um vestido longo, florido e elegante. O ensaio faz alusão às pinturas “Os noivos” (1937) e “Família do fuzileiro naval” (1935), do artista Alberto da Veiga Guignard (1896 – 1962).

 

O curador Sergio Burgi comenta a poética construída pelo artista: “Walter Firmo incorporou desde cedo em sua prática fotográfica a noção da síntese narrativa de imagem única, elaborada através de imagens construídas, dirigidas e, muitas vezes, até encenadas. Linguagem própria que, tendo como substrato sua consciência de origem – social, cultural e racial -, desenvolve-se amalgamada à percepção da necessidade de se confrontar e se questionar os cânones e limites da fotografia documental e do fotojornalismo. Num sentido mais amplo, questionar a própria fotografia como verossimilhança ou mera mimese do real.”

 

Como destaque, a exposição apresenta ainda retratos de músicos produzidos por Walter Firmo, principalmente a partir da década de 1970. Nas imagens, que ilustraram inúmeras capas de discos, estão nomes como Dona Ivone Lara, Cartola, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Djavan e Chico Buarque.

 

Nesse conjunto, está ainda a famosa série de fotografias de Pixinguinha. Em 1967, Firmo acompanhou o jornalista Muniz Sodré em uma pauta na casa do compositor. Após o término da conversa, o fotógrafo pegou uma cadeira de balanço que ficava na sala da residência e a colocou no quintal, ao lado de uma mangueira. Propôs a Pixinguinha que se sentasse nela com o saxofone no colo, no que foi prontamente atendido. Composta a cena, registrou o músico a partir de diversos ângulos, numa série de imagens que se tornaram icônicas.

 

A exposição traz também um ensaio com fotografias do artista Arthur Bispo do Rosário, realizado em 1985 para a revista IstoÉ. As imagens foram feitas na antiga Colônia Juliano Moreira, local onde Bispo do Rosário viveu e criou seu acervo ao longo de cerca de 25 anos ininterruptos. Nas fotografias, o artista aparece com obras suas, como o “Manto da Apresentação”, enquanto confronta o local onde permaneceu confinado por anos. A retrospectiva apresenta diversos registros produzidos durante celebrações tradicionais brasileiras, como a Festa de Bom Jesus da Lapa, a Festa de Iemanjá e o próprio Carnaval do Rio de Janeiro. Há também um núcleo com fotos feitas em outros países, como Cuba, Jamaica e Cabo Verde. Sobre essas imagens, Damaceno comenta: “Mais do que uma memória da nação, o trabalho de Firmo faz parte de um “arquivo fotográfico da diáspora”, que se constitui enquanto patrimônio da história negra global”. Na mostra, o público poderá assistir ainda ao curta-metragem “Pequena África” (2002), do cineasta Zózimo Bulbul, no qual Firmo trabalhou como diretor de fotografia. O filme trata da história da região que dá nome ao título, área da zona portuária do Rio que recebeu inúmeros africanos escravizados.

 

O segundo andar da exposição é dedicado à fotografia de Walter Firmo em preto e branco, uma oportunidade única de compreensão dessa produção, ainda pouco conhecida e em grande parte inédita. Nessa parte, um dos destaques é a série de imagens feitas na praia de Piatã, em Salvador, entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000.

 

Em cartaz até setembro, a exposição contará com uma série de atividades paralelas, que serão divulgadas posteriormente no site do IMS. Ao longo do período expositivo, o público poderá conhecer em profundidade a obra de um dos grandes fotógrafos do país, que até hoje, aos 84 anos, mantém seu compromisso pelo fazer artístico, como afirma em suas próprias palavras: “Aí está o meu relato, a história de uma vida dedicada ao fazer fotográfico, dias encantados, anos dourados. Qual a minha melhor imagem? Certamente aquela que em vida ainda poderei fazer. Emoções, demais.”

 

Sobre o catálogo

 

Por ocasião da mostra, o IMS lançará o catálogo “Walter Firmo – No verbo do silêncio a síntese do grito”. A publicação traz as obras do autor presentes na exposição, além de textos de autoria do próprio Firmo, de João Fernandes, diretor artístico do IMS, e dos curadores Sergio Burgi e Janaina Damaceno Gomes. O livro também traz uma entrevista do fotógrafo em conversa com os curadores e com o jornalista Nabor Jr., editor da revista O Melenick. Segundo Ato, além de uma cronologia do fotógrafo assinada por Andrea Wanderley.

 

Com entrada gratuita, mediante apresentação de comprovante físico ou digital de vacinação contra Covid-19 e documento oficial com foto para todos com mais de 5 anos.

 

Mostra de Alice Quaresma

19/abr

 

 

Apresentando o desdobramento mais recente da sua pesquisa na construção de imagens, a artista Alice Quaresma se aventura na criação de NFT na mostra “Glorious Spell of Sobriety” em exibição na CASANOVA, Jardim Paulista, São Paulo, SP. A artista utiliza ferramentas digitais em fotografias intervindas com pintura.

 

 

Em 2021 participou do projeto “Every Woman Biennal” que aconteceu em diferentes locais das cidades de Nova Iorque e Londres. Já na sua quarta edição, é a maior bienal de arte feminina e não binária do mundo. Na ocasião Alice Quaresma exibiu seu primeiro NFT e subsequente foi convidada pela Tropix para fazer o lançamento do NFT exibido agora.

 

 

Essa obra focalizada na ideia da imagem como um registro subjetivo/abstrato, explorando o campo da imaginação, misturando técnicas antigas, como negativos de 35 mm com imagens digitais e geometrias criadas no computador. A paisagem criada é uma representação do momento atual, onde percorremos um processo de transição e questionamento.

 

 

Alice Quaresma sempre teve como grande influência na sua prática artística os trabalhos dos pioneiros do Neoconcretismo, Lygia Clark e Hélio Oiticica. Numa releitura do movimento artístico que aconteceu no Brasil no final da década de 1960, procurou criar qualidades sensoriais e interativas em suas obras através do uso de tinta, lápis, fita adesiva e bastão a óleo, criando intervenções geométricas sobre fotografias autorais, desconstruindo a imagem e trazendo características da pintura para a fotografia. Agora, com o uso das mídias digitais insere elementos visuais e animação expandindo a narrativa na construção das imagens.

 

 

Sobre a artista

 

 

Alice Quaresma nasceu no Brasil em 1985 e vive atualmente em Nova Iorque. Tem feito experiências com materiais que permitem que as suas fotografias sejam sensoriais e lúdicas, forçando os limites da fotografia como um meio descritivo. Utilizando imagens do seu arquivo pessoal, ela reflete sobre identidade e imaginação, estimulando o lúdico nas suas imagens. Participou de exposições em instituições de todo o mundo, tais como Patrick Heide Contemporary Art, Londres; Sobering Galerie, Paris; Félix Frachon Gallery, Brussels; Sotheby’s Institute, Nova Iorque; Centro de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro; Cincinnati Contemporary Arts Center e A.I.R Gallery, Brooklyn, Nova Iorque. Realizou sua primeira exposição individual institucional na Caixa Cultural São Paulo em 2018 e lançou seu primeiro livro, “Playground”, com a editora francesa Editions Bessard, em 2019. Os prêmios incluem Photoworks Festive Commission Prize, 2021; Aperture Foundation Summer Open Prize, 2019; Houston Center for Photography Annual Exhibition Prize, 2019; Foam Talent Prize, 2014 e PS122 Exhibition Prize, 2009. Criou projetos especiais para várias organizações como Gap, Haus der Kulturen der Welt, Hermès, Air France, e Red Bull. Seu trabalho foi publicado em Exit Magazine, Espanha; Foam Magazine, Holanda; Extra Fotographie in Context, Bélgica; Edicola, Itália; IMA, Japão; Serafina, São Paulo; Lens Culture, e Artsy, entre outros. Alice Quaresma tem BFA do Central Saint Martins College, Londres e MFA do Pratt Institute, Nova Iorque.

 

 

Até 30 de abril.

 

 

Fotografias de Daido Moriyama

13/abr

 

 

 

O Instituto Moreira Salles, IMS Paulista, apresenta até 14 de agosto a primeira grande retrospectiva de Daido Moriyama na América Latina. A mostra reúne mais de 250 trabalhos, além de uma centena de publicações e escritos do fotógrafo japonês, um dos principais nomes da fotografia contemporânea mundial. Através de dois andares do instituto preenchidos com o trabalho do artista é possível vislumbrar diferentes momentos de sua carreira, desde o interesse pelo teatro experimental dos anos 1960, passando pelos trabalhos contestadores dos anos 1970, até a documentação das cidades e a reinvenção do seu próprio arquivo nos últimos anos.

A curadoria da exposição é de Thyago Nogueira, coordenador da área de Fotografia Contemporânea do IMS, sendo o resultado de três anos de pesquisa, visitas ao arquivo de Moriyama em Tóquio, e consulta com os pesquisadores japoneses Yutaka Kambayashi, Satoshi Machiguchi e Kazuya Kimura.

 

Sobre o artista

Nascido em 1938, em Ikeda-cho, Osaka, Moriyama passou a infância em diversas cidades. Após se formar em Design, mudou-se para Tóquio em 1961, onde começou a fotografar para jornais e revistas de grande circulação, em um período de crescimento econômico e fortalecimento da cultura de massas. Logo, tornou-se conhecido por suas fotografias em preto e branco, granuladas e de alto contraste. Moriyama desafiou as ideias convencionais de fotografia documental e de realidade fotográfica em sua abundante produção, na qual livros e publicações independentes têm participação fundamental; a produção do fotógrafo está muito associada à indústria editorial, mais do que ao circuito da arte.

O primeiro andar da exposição destaca as décadas de 1960 e 1970, momento inicial de Moriyama influenciado por mestres do pós-Guerra, como Eikoh Hosoe e Shōmei Tōmatsu, e artistas americanos, como William Klein e Andy Warhol. Durante tal período, o fotógrafo documentou a efervescente cultura japonesa, marcada pela destruição da guerra, a ocupação das tropas americanas, o desaparecimento dos modos de vida tradicionais e a ocidentalização do país. Em 1969, Moriyama integrou a equipe da contestadora revista Provoke, formada por artistas e intelectuais que questionavam a submissão das imagens às palavras e o realismo engajado. A publicação consagrava o estilo are, bure, boke (granulado, tremido, desfocado), que marcaria a fotografia japonesa do período. Alguns anos depois, Moriyama produziu o livro Adeus, fotografia! (1972), uma coletânea de imagens feitas de negativos rasurados, riscados e inutilizados, quase indiscerníveis. Segundo o curador, a publicação, que completa 50 anos em 2022, revela “a revolta de um artista contra sua submissão ao código fotográfico, a expressão máxima da descrença no poder de transformação das imagens”. Sobre esse período, o próprio artista afirma: “Tentei desmontar a fotografia, mas acabei desmontando a mim mesmo”.

No segundo andar, a retrospectiva apresenta o retorno de Moriyama ao fazer artístico, nos anos 1980, após um momento de depressão e crise criativa. Entre as obras, estão as famosas séries Luz e sombra e Memórias de um cão, publicadas entre 1982 e 1983. A mostra também traz o arquivo completo da revista Record, seu diário pessoal iniciado em 1972, que chega à 50ª edição em 2022. No centro do andar, uma grande mesa-biblioteca exibe diversos livros do artista, muitos deles disponíveis para leitura do público.

A entrada é gratuita, liberada mediante apresentação do comprovante de vacinação contra Covid-19 (para todos acima de 5 anos). É recomendaddo o uso de máscaras.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retrospectiva de Pedro Moraleida

 

 

 

 

 

A Janaina Torres Galeria apresenta individual inédita de Pedro Moraleida. O mais intrigante artista de sua geração. Uma história marcada pela produção compulsiva e cheia de significados. Um trágico fim disfarçado na inalcançável liberdade. A breve e contundente história de Pedro Moraleida (1977 – 1999) deixou como legado um considerável conjunto de obras que chamam atenção por sua singularidade, coerência, vigor e coragem de enfrentar a apatia dominante à sua volta. Nas artes, inclusive. Parte desse valioso acervo poderá ser visto na mostra “Fluxos Plenos de Desejo”, com curadoria de Ricardo Resende, até 26 de maio, na Janaina Torres Galeria, Barra Funda, São Paulo, SP.

 

 

 

Entregue a mergulhos em universos muito próprios, só dele, o jovem Moraleida ousou ignorar tendências, com a coragem de quem corta a própria carne para expor medos, desejos e sonhos, determinado a se envolver com tudo aquilo que existe e perturba, dentro e fora de si. Bem como se espera de um enfant terrible, um artista romântico pleno – e incontrolável.

 

 

Trata-se de um acervo que tem conquistado, à medida em que é exposto, repercussão e admiração imediata, no Brasil e no exterior. “É um trabalho extraordinário, feito por um artista extraordinário e que precisa ser mais mostrado, conhecido e estudado”, diz Hans Ulrich Obrist, curador da Serpentine Gallery, de Londres, e da mostra Imagine Brazil (2013), que levou os trabalhos de Moraleida pela primeira vez ao exterior, e é considerado um dos curadores de arte contemporânea mais influentes do mundo.

 

 

E é assim que o mundo herda um acervo reconhecido por suas dimensões, diversidade e poder de provocar as mais variadas reações. Muitas vezes irônica e irreverente; sempre corajosa e intensa, a obra de Moraleida surpreende, provoca e incomoda, mas não só.
“Nesta seleção, além de obras conhecidas, polêmicas, incluímos também alguns trabalhos pouco vistos, revelando outras características da sua produção, como uma série de paisagens que, mesmo sendo paisagens, mantêm seu traço visceral”, anuncia o curador Ricardo Resende.

 

 

“Fluxos Plenos de Desejo” traz 25 pinturas, 61 desenhos e 16 desenhos/pinturas de um criador arredio às regras, livre e  experimental, combinando formatos, técnicas e materiais. Um recorte que representa a potência de suas obras visuais (para além dos textos e arquivos sonoros), em sua maior parte sobre papel. A exposição é fruto de um projeto desenvolvido ao longo de oito anos de relacionamento e trabalho junto a família do artista.
Trata-se de uma seleção expressiva, dentro de um universo de 1.900 peças (1.450 desenhos e 150 pinturas) deixados pelo jovem artista. Moraleida abraçou a tradição clássica da pintura e do desenho em um momento – os anos 1990 – em que essas linguagens eram desacreditadas e  preteridas frente a uma explosão de performances, vídeos e instalações, sob domínio da arte conceitual.

 

 

“É como se estivéssemos descobrindo o artista agora há pouco, em 2017, em Belo Horizonte, quando a exposição de sua obra chamou muita atenção por conta do momento político conservador que estamos vivendo. Um assombro que continuou em 2019, em São Paulo, na “Canção do Sangue Fervente”, retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake, onde caímos de joelhos diante da magnitude de trabalhos que compõem sua obra maior, “Faça Você Mesmo Sua Capela Sistina”, reflete Resende, no texto curatorial

 

 

Entre os destaques desta exposição na Janaina Torres Galeria, estão obras em que Pedro faz referência a outros artistas, evidenciando sua admiração a nomes como Andy Warhol, Leonilson e Picasso, que, assim como Caravaggio, Miró e, sobretudo, Arthur Bispo do Rosário, tiveram evidente influência no seu processo criativo. Também chamam a atenção as séries “Primitiva”, “Corpos sem Órgãos”, “Paisagens, Mulheres, Histórica – Presidentes Americanos” e “Líderes Comunistas Vendem Pornografia”, “Casais Sorridentes de Mãos Atadas”, “O Deslocamento dos Artistas”, “Deuses”, “Desenhos com Letras”, “Amebóide” e “Angústia”, exibidas pela primeira vez em uma galeria na cidade. Destaque, também, para a serpente em acrílica sobre papel de formato inusitado (“Cadáver adiado que procria – A roda da serpente”, de 1,5m x 1,5m), coração pulsante desta mostra na Barra Funda.

 

 

Assim como para Leonilson e Bispo do Rosário, a palavra para Moraleida tem papel importante no seu trabalho plástico, uma consequência da sua relação próxima com a literatura, poesia, filosofia, psicanálise e cinema (de Pasquim, MAD e Rê Bordosa a Fassbinder e Artaud), o que acabou por aproximá-lo de questões urbanas, políticas e sociais do seu tempo. Palavras o influenciaram até mesmo na titulagem das obras, como em “Cão morto e menino chorando”, “Tiro atinge estudante em colégio”, “Fúria diante de um morto”, “Homem faz declarações proféticas”, “Ó senhor, por que tenho tanto frio”, “Rapaz entristecido e o cão a consolá-lo”. Agora, na Janaina Torres Galeria, surge nova chance de decifrar uma obra de intensidade sem limites, fruto de um artista que nos presenteou com uma poética inquietante e representações que ousam revelar o que há de sedutor e assombroso em todos e cada um.

 

 

Sobre o artista

 

 

Pedro Moraleida (1977 – 1999, Belo Horizonte, MG) – Estudou na Escola de Belas Artes da UFMG. Desde a adolescência, produzia desenhos ligados à linguagem das histórias em quadrinhos, debruçando-se na Literatura e Filosofia. Possui uma obra provocadora e ácida, onde não se limitou apenas à produção visual, mas, também, ao estudo da linguagem e da comunicação, onde uma vasta produção de pinturas e desenhos, carregados de cor e expressividade, mesclam-se a textos e poemas autorais. Seu trabalho pôde ser visto em sua cidade natal, Belo Horizonte e também em grandes mostras póstumas, coletivas e individuais em espaços como Instituto Tomie Ohtake, Astrup Fearnley Museet (Noruega), Musée d’Art Contemporain de Lyon e 11ª Bienal de Berlim.

Dois eventos na Bolsa de Arte SP

12/abr

 

 

Estreou na quinta-feira, 07 de abril, o espetáculo “Lygia.” na Bolsa de Arte, Jardins, São Paulo, SP. O monólogo é interpretado por Carolyna Aguiar com direção de Bel Kutner e Maria Clara Mattos, que também assina a dramaturgia desenvolvida a partir dos diários de Lygia Clark. A cenografia foi concebida pelo Estúdio Mameluca composto por Ale Clark, neta da artista, e Nuno FS.

 

Em parceria com a Associação Lygia Clark, o espetáculo fica em cartaz na Bolsa de Arte até 28 de maio, quintas e sextas-feiras às 20h e sábados às 18h. Os ingressos estão disponíveis na plataforma do Sympla.

 

Através dos diários, o monólogo “Lygia.” pretende apresentar ao público essa artista que usou a própria angústia como material de pesquisa, revelando não só o contexto de criação das obras, mas reflexões sobre o que lia e via, amores, temores, dúvidas e desencantamentos.

 

Juntamente à apresentação do espetáculo, inaugurou, sexta-feira, 08 de abril a exposição homônima com curadoria e texto de Felipe Scovino.

 

A exposição – com entrada gratuita – pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 11h às 19h e sábados das 11h às 17h.

 

 

Kogan Amaro Digital Art Gallery

 

 

A galeria Kogan Amaro, amplia sua área de operação e começa a atuar também com NFT, aproximando este universo de artistas, colecionadores, investidores e o grande público.

 

 

A partir de agora, com uma curadoria específica, a Kogan Amaro Digital Art Gallery passa a oferecer ao mercado NTFs com o objetivo de simplificar as atividades nesta área e contribuir com a formação de novos públicos. Com esta iniciativa, a galeria, que tem unidades no Brasil (São Paulo) e na Suíça (Zurique), reforça sua atuação global, expandindo seu alcance e facilitando as operações das carteiras digitais.

 

 

“Nossa intenção é servir como uma ponte entre os universos físico e digital, simplificando os processos em todos os pontos da cadeia de produção de arte em NFT, desde o momento da criação à realização da venda, ao mesmo tempo em que a nossa atuação no mercado físico vive um momento de muito vigor”, declara Ricardo Rinaldi, diretor da Kogan Amaro. Uma das vantagens da operação facilitada via Kogan Amaro é que as compras de NFTs poderão ser realizadas mesmo que o cliente não tenha criptomoedas em carteira. A operação digital da Kogan Amaro já conta com perfil próprio na Foundation.app, uma das plataformas mais importantes do mercado global de NFT, dedicada a construir essa nova forma de atuação em Web 3.0, aproximando artistas e colecionadores em todo o mundo.

 

 

Ao mesmo tempo em que terão forte exposição no mundo virtual, os NFTs passarão a fazer parte dos ambientes físicos da Kogan Amaro. A galeria pretende realizar uma exposição física de NFTs até o fim de 2022 com exposição de obras tokenizadas via painéis de led e televisores especiais. A princípio, a curadoria foi feita dando espaço para artistas físicos da galeria e abrindo espaço para uma série de artistas internacionais que já atuam com ferramentas digitais, em áreas como ilustração, fotografia e animação.

 

 

Entre os artistas físicos já representados pela galeria e que agora também disponibilizam NFTs exclusivos à venda estão: Daniel Mullen, Fernanda Figueiredo e o duo Tangerina Bruno. Entre as novidades estão os artistas e fotógrafos: Kandro, João Branco, Diris Malko, Fxaq27, Attilagaliba, Reinis Couple, UMiDART e Giovani Cordioli.

 

 

 

 

Tim Burton em São Paulo

09/abr

 

 

Uma mega exposição sobre o universo criativo de Tim Burton chegou em São Paulo. Os fãs do diretor responsável por obras como “Edward Mãos de Tesoura” e os remakes de “Dumbo”, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e “Alice no País das Maravilhas” poderão mergulhar nessas obras com a mostra “A Beleza Sombria dos Monstros: 13 Anos da Arte de Tim Burton”.

“É a mais abrangente antologia da obra do cineasta nos últimos quarenta anos”, ressalta Jenny He, curadora da exposição, que acompanhou o projeto em cada detalhe. “À medida que o público adentra as imersivas e interativas experiências presentes nas diferentes galerias da exposição, a ilimitada criatividade e prolífica produção artística de Tim Burton se revelam intimamente”, destaca ela.

O evento terá uma área de 2600m² para a exposição, ocupando dois andares da Oca, no Parque do Ibirapuera. O evento ocorre entre os dias 08 de maio e 14 de agosto.