Reflexões urbanas de Ronah Carraro.

09/out

Mostra na Galeria Alma da Rua I traz reflexões sobre divisões sociais e artísticas através do graffiti. “Recortes” de Ronah Carraro explora limites e conexões na arte urbana. A Galeria Alma da Rua I, Vila Madalena, São Paulo, SP,  inaugura no dia 12 de outubro a exposição “Recortes”, exibição individual do artista Ronah Carraro, sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap. A mostra explora a técnica dos recortes, característica central na trajetória de Ronah Carraro no grafitti. Através da delimitação de cores e formas com spray, o artista propõe uma reflexão sobre as divisões da sociedade, a evolução das fases da vida e a complexidade das expressões artísticas.

O conceito de recorte, tanto no sentido literal quanto figurado, é uma das chaves para interpretar a obra de Ronah Carraro. O artista recorre à técnica como uma forma de desafiar os limites impostos pela própria arte, conectando-se ao público por meio de imagens que, ao serem recortadas e reorganizadas, sugerem novos olhares sobre o mundo. Cada obra da exposição “Recortes” convida o visitante a perceber as limitações e divisões como elementos que, em vez de restringirem, ampliam a capacidade de expressão e de entendimento das múltiplas camadas da realidade.

Ronah Carraro, nascido e criado no tradicional bairro da Mooca, em São Paulo, formou-se em artes plásticas e desenvolveu um estilo próprio que combina o digital e o urbano. Como diretor de arte na área têxtil, experimentou com as linhas vetoriais e trouxe essa influência para o grafitti. Em sua obra, Ronah Carraro utiliza diversos suportes, imprimindo seu traço rígido e marcante nos muros da cidade, retratando a diversidade comportamental e expressando as nuances da vida cotidiana por meio de uma paleta de cores vibrantes. A exposição “Recortes” marca uma nova fase na produção de Ronah Carraro, ao mesmo tempo que reafirma sua conexão com a arte urbana e o grafitti. Através de sua técnica, o artista oferece um prisma para refletir sobre o impacto das limitações e divisões, não apenas na arte, mas na sociedade como um todo.

Até 13 de novembro.

A trajetória artística de Luiz Sacilotto.

27/set

A galeria Almeida & Dale convida para a abertura da exposição “Sacilotto Contemporâneo: Cor, Movimento, Partilha”, neste sábado, dia 28 de setembro, às 11h, no MAC USP, Vila Mariana, em São Paulo, SP.

A mostra, em comemoração ao centenário de Luiz Sacilotto, oferece uma análise nova e abrangente de sua trajetória artística, com destaque para sua retomada à pintura nos anos 1970 e suas criações até os anos 2000, pouco estudadas até hoje. Obras importantes de coleções internacionais foram incluidas, voltando pela primeira vez ao país.

A produção de Luiz Sacilotto, marcada pela pesquisa contemporânea de efeitos vibracionais e cromáticos, é apresentada com uma constelação de obras anteriores, mostrando como suas experimentações em cor e forma evoluíram ao longo dos anos, mantendo a coerência de sua opção pela arte concreta. A curadoria é de Ana Avelar e co-curadoria de Renata Rocco.

Nova representação.

26/set

A Almeida & Dale, São Paulo, SP, anuncia a representação do artista Ivan Campos (1960, Rio Branco, AC, Brasil).

Ivan Campos constrói visões de ambientes naturais densamente povoados por animais, espécies vegetais e grafismos. A sua pintura apresenta uma visão fantástica da mata fechada, caracterizada pela alta interação interespécies, em que a noção de ecossistema da floresta transborda para a pintura. Deste modo, formas e cores se moldam mutuamente. Segundo Ivan Campos: “posso dizer que combino a cor e a forma, muitas vezes a cor esconde a forma e a forma esconde a cor”.

O motivo da pintura é encontrado pelo artista no ambiente em que está inserido: a floresta amazônica, com seus rios e igarapés, aspectos místicos de sua vivência com a ayahuasca e cenas de interiores, o que resulta em uma visão integrada das diversas camadas da natureza. Em suas telas, Ivan Campos não visa uma representação naturalista da floresta, antes reitera a indissociável ligação da percepção com a memória e a imaginação.

Sobre o artista

Ivan Campos realizou sua primeira exposição individual em 2000, na Galeria de Artes do Sesc-Acre. Em 2024, foi selecionado para o 38º Panorama Atual de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), e integra também a coletiva “Fullgas” com curadoria de Raphael Fonseca no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB/RJ).

Seres fantasiosos de Bruno Novelli.

23/set

A Galatea abre no dia 03 de outubro, no seu espaço localizado na rua Oscar Freire, São Paulo, SP, a exposição “Bruno Novelli: tudo se transforma na terra”, a maior exibição individual já apresentada pelo artista Bruno Novelli (Fortaleza, 1980). A mostra traz um conjunto de 10 pinturas em grande formato produzidas especialmente para a ocasião. Com uma trajetória que soma quase duas décadas, o artista apresenta telas povoadas por seres fantasiosos, elaborados em densas composições, cores e grafismos. Além disso, entre as obras apresentadas está a maior pintura que já produziu: Jardim dos daimons (2024) atinge dois metros e setenta de altura por quatro metros de largura. O texto crítico da mostra é assinado pelo curador Thierry Freitas.

Fortemente inspirado pela exuberância do mundo amazônico e nutrindo interlocução de longa data com os artistas indígenas Huni Kuin que compõem o coletivo MAKHU, Novelli traz em suas pinturas composições ricas em cor e complexas padronagens figurando animais fantásticos e visões oníricas da natureza. Também lhe interessa colocar em tensão o olhar europeu na representação da paisagem tropical e o embate entre a natureza e a sua dominação pelo homem. Outra importante influência para Bruno Novelli é o pintor de ascendência indígena Chico da Silva (Alto Tejo, 1910 – 1985, Fortaleza), de quem absorveu o imaginário fantátisco ao conviver com suas obras ao longo da primeira infância vivida na cidade de Fortaleza, onde o legado de da Silva é pujante.

Bruno Novelli consegue mobilizar em seu trabalho uma imagem pulsante da natureza, ou, melhor dizendo, dos mundos vivos, parafraseando o título em inglês da exposição organizada em 2022 pela Fondation Cartier pour l’art contemporain da qual participou: Les vivants (Living Worlds).

Cildo Meireles desenhos 1964-1977.

A Galatea, anuncia a exposição “Cildo Meireles: desenhos, 1964-1977”, que ocupará o espaço da rua Padre João Manuel, Jardins, em São Paulo. Com abertura no dia 03 de outubro, a mostra ocorre em colaboração com a Galeria Luisa Strina, que abrirá no mesmo dia a individual com obras inéditas de Cildo Meireles no Brasil, intitulada “Uma e algumas cadeiras/Camuflagens”. Após um hiato de cinco anos sem uma exposição robusta do artista no país, as mostras oferecem, juntas, uma visão ampla e complementar do trabalho de Cildo Meireles, para quem o desenho muitas vezes é a gênese da sua prática no campo tridimensional.

A Galatea traz uma seleção de desenhos produzidos desde 1964, quando o artista tinha apenas 17 anos, até 1977, colocando em destaque o Cildo Meireles desenhista, faceta menos explorada em comparação a outras vertentes do seu trabalho. Por outro lado, é essa a sua prática mais constante e longeva. O curador Diego Matos, que assina o texto crítico da exposição, comenta a esse respeito que:

“Trazer ao público uma seleção generosa de desenhos de Cildo Meireles é tornar visível e acessível a prática mais onipresente na trajetória de mais de 60 anos do artista. Prática, aliás, indissociável de sua produção objetual e instalativa. Feitos em um quarto de hotel, na calada da noite; na calmaria caseira da manhã; ou em ateliê, num momento intervalar de trabalho – seus desenhos nos contam muito de um repertório poético e conceitual que ele encadeou desde o início da sua produção.”

A mostra permanecerá em cartaz até o dia 01 de novembro.

Interseção entre meios artísticos.

18/set

Em “Primavera em Quatro Atos” reúne arte, moda e design em celebração à estação e exibindo a convergência entre pintura, joalheria, moda e arte floral.

A exposição “Primavera em Quatro Atos” exibe as artistas Joana Pacheco e Carolina Lavoisier, com a participação de Camila Luz e Bia a Florista na Art Lab Gallery, Vila Madalena, São Paulo, SP. Com curadoria de Juliana Mônaco, o evento explora a interseção entre pintura, design de joias, moda e arte floral. A mostra estará aberta à visitação de 24 de setembro a 5 de outubro.

A curadora Juliana Mônaco explica que o conceito central da exposição é a sinergia entre diferentes vertentes artísticas que, ao se unirem, evocam a chegada da primavera. Para a curadora, a pluralidade de estilos e técnicas presentes nas obras reflete a diversidade da estação, em que cores, texturas e formas se entrelaçam em harmonia.

Joana Pacheco apresenta joias autorais que traduzem a sensibilidade da natureza em peças que variam entre brincos, braceletes, colares e anéis. Seu processo criativo, fortemente influenciado por elementos naturais, é marcado pela escultura em cera e fundição em metal. Joana, que começou a produzir joias durante a pandemia, destaca que suas criações são uma forma de ressignificar o cotidiano, buscando nas formas da natureza uma beleza muitas vezes não percebida. Sua obra resgata técnicas ancestrais de ourivesaria e propõe uma reflexão sobre o futuro a partir de práticas do passado, como a criação de abelhas, tema presente em suas peças mais recentes.

Carolina Lavoisier traz uma série de aquarelas que exploram a transição e a fluidez das cores. Segundo a artista, o degradê presente em suas obras reflete as mudanças emocionais e os ciclos de vida, em um processo contínuo de transformação. Para Lavoisier, sua intenção é que o espectador experimente uma imersão sensorial, dissolvendo as fronteiras entre o visível e o invisível. Suas pinturas dialogam com o panorama da arte contemporânea ao explorar o abstrato e a emoção por meio de tonalidades que se desdobram em nuances sutis.

A estilista Camila Luz, contribui com dois vestidos que integram o universo da moda à exposição. Com 18 anos de experiência no mercado, é reconhecida por suas criações que transmitem sensibilidade e cuidado com os detalhes. Na exposição, seus vestidos se conectam ao trabalho de design de jóias de Joana Pacheco, criando uma composição única que celebra a arte em diferentes formatos.

A contribuição de Bia a Florista, conhecida por seu trabalho com design floral autoral, encerra o ciclo da exposição. Inspirada na sustentabilidade, transforma flores e plantas em verdadeiras obras de arte, celebrando a efemeridade e a vitalidade da natureza. Suas instalações florais complementam os outros atos da exposição, criando uma atmosfera que convida o público a refletir sobre a relação entre o humano e o natural.

A exposição “Primavera em Quatro Atos” representa um convite para que se explorem as diferentes formas de arte que se conectam na celebração da primavera, com cada ato destacando a relação das artistas com a natureza e sua capacidade de transpor o belo para o campo da criação artística.

Novo livro de Victor Arruda.

17/set

A galeria Almeida & Dale, Rua Caconde, 152, Jardins, São Paulo, SP, anuncia o lançamento do livro Victor Arruda. No próximo sábado, 21 de setembro, das 11h às 16h, será lançado o livro que reúne mais de 100 obras nunca registradas ou impressas de Victor Arruda. Às 12h haverá uma conversa entre o artista e a organizadora Nathalia Lavigne, seguida de uma sessão de autógrafos. Com tiragem de 2 mil exemplares, o livro traz ensaios críticos, poemas de Kátia Maciel, e a reprodução de uma conversa entre Victor Arruda e Daniel Senise. O evento é gratuito e aberto ao público.

Este projeto foi realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura / Lei Rouanet, com patrocínio da Porto e da Almeida & Dale. Realização – Espaço CC, Instituto TeArt, Ministério da Cultura e Governo Federal.

A Amazônia vista por Aguilar.

16/set

Com curadoria de Fabio Magalhães, a exposição apresenta 31 telas e a instalação “Guardiões das Águas”, no espaço DAN Galeria Interior em Votorantin, São Paulo, SP, espaço que abrange obras de grandes formatos e que funciona como um espaço mediador entre o interior e a capital. O artista José Roberto Aguilar explora a Amazônia com suas dimensões físicas e simbólicas por meio da linguagem da pintura. Suas telas retratam a floresta como uma entidade viva, cheia de cor e movimento. “Amazônia Vida” discute a relação entre natureza e humanidade, os ciclos da vida, o conceito de tempo e impermanência.

“Tentar categorizar a arte de Aguilar é correr atrás do vento”, escreve Leonor Amarante.

José Roberto Aguilar entrou na cena artística brasileira no início dos anos 1960, quando foi selecionado para participar com três pinturas na VII Bienal São Paulo. A partir daí integra as mais importantes manifestações artísticas do país. Seus trabalhos e intervenções ao longo de seis décadas vão desde a pintura – passando por videoarte, videoinstalação, performances – à liderança da Banda Performática. Participou de várias edições da Bienal de Arte de São Paulo e realizou inúmeras exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior – Japão, Paris, Londres, Estados Unidos e Alemanha. Suas pinturas estão presentes no acervo de museus no Brasil e no exterior (Museu de Arte Moderna – Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea – São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea – Niterói, Museu de Arte Brasileira – SP, Hara Museum-Japan, Austin Museum of Art-US e também integram importantes coleções particulares como Gilberto Chateaubriand, João Sattamini, Haron Cohen, Greg Ryan, Joaquim Esteves, Jovelino Mineiro, Miguel Chaia, Roger Wright, Ricardo Akagawa, João Carlos Ferraz entre outros.

Em meados nos anos 1990 tornou-se diretor da Casa das Rosas, dinamizando aquele espaço cultural com grandes exposições sobre cultura brasileira (1996-2002) e iniciativas pioneiras com arte e tecnologia. O seu trabalho como gestor cultural fez com que fosse convidado pelo então Ministro da Cultura, Gilberto Gil, para ser o representante do Ministério da Cultura em São Paulo (2004-2007). Atualmente, Aguilar concentra em seu acervo importantes obras e documentos da história da arte e da cultura no Brasil. Compreende quadros, instalações, fotografias, documentos, livros, entre outros. Para o curador, “Aguilar sempre pintou como um lutador. O embate entre tintas e tela e a coreografia gestual, são atores importantes na construção da sua poética visual”. Desde 2004, o artista se divide entre São Paulo e Alter do Chão, no Pará, onde mantém casa ateliê e uma forte relação com a Floresta Amazônica e a comunidade ribeirinha local. “O bioma amazônico acende uma nova poética no meu trabalho, onde as forças indomáveis ​​da floresta tropical confrontam a sensibilidade urbana. Em Alter do Chão, mergulho na vastidão do ecossistema amazônico, onde a luz de cada manhã e o matiz de cada pôr do sol revelam a vida oculta da floresta”.

“Como diretora da DAN Galeria Interior, é uma grande honra poder produzir a exposição “Amazônia Vida” de José Roberto Aguilar. Esta exposição, que conta com curadoria de Fabio Magalhães, inaugura a representação do artista pela galeria. O trabalho de Aguilar continua a ser relevante e influente na arte contemporânea assim como seu espírito inovador que deixou uma marca indelével no cenário artístico brasileiro. A curadoria sensível de Magalhães conseguiu comprovar porque Aguilar é uma figura central na história da arte brasileira, atravessando o tempo com mais de cinco décadas de produção artística.” – Cristina Delanhesi.

Até 14 de janeiro de 2025.

Anunciando Dashiell Manley.

12/set

A Simões de Assis, São Paulo, Curitiba, Balneário Camboriú, anuncia a representação do artista Dashiell Manley, baseado em Los Angeles, em colaboração com Jessica Silverman e Marianne Boesky. Conhecido por suas obras que exploram a interseção entre pintura, escultura e vídeo, Dashiell Manley investiga temas como tempo, narrativa e a materialidade da imagem.

O artista possui obras em acervos importantes como The Hammer Museum, JPMorgan Chase Art Collection; Los Angeles County Museum of Art; Museum of Contemporary Art, Los Angeles; Palm Springs Art Museum, Pomona College Museum of Art e Santa Barbara Museum of Art.

Campanha Arte Para o Bem.

11/set

Le Lis e Galeria Nara Roesler lançam edição limitada de camisetas em parceria com artistas renomados para apoiar o Instituto Protea na luta contra o câncer. O projeto “Arte Para o Bem” une moda e arte em 600 camisetas exclusivas, com estampas de Bruno Danley, Cristina Canale, Laura Vinci e Maria Klabin, cujo lucro das vendas será 100% revertido à ONG, que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama.

A Le Lis, marca da empresa Veste S.A. Estilo, se une à Galeria Nara Roesler para apresentar o projeto “Arte Para o Bem”, do Instituto Protea, ONG que já custeou mais de 80 mil sessões de quimioterapia e radioterapia, além de consultas e exames, e onde mais de 1800 mulheres tiveram acesso ao tratamento completo contra o câncer de mama. A parceria conta com camisetas estampadas com as obras de quatro artistas consagrados. Ao todo, são 600 peças, sendo 150 unidades para cada desenho, e o lucro da venda desta edição limitada será 100% revertido para a instituição.

Os modelos exclusivos serão apresentados no dia 12 de setembro, na Galeria Nara Roesler, em São Paulo. Durante o evento, além da venda das peças, haverá uma mostra com trabalhos de cada um dos artistas. Após esta data, as camisetas também serão vendidas no e-commerce da Le Lis e na loja da marca no Shopping Iguatemi São Paulo.

Nara Roesler, fundadora da galeria de mesmo nome, conta que apoia o Protea desde sua fundação, quando conheceu Gabriella, que estava tratando de um câncer na mama. “Essa iniciativa me emocionou, pois sei o quão fundamental é iniciar o tratamento o quanto antes. Muitas mulheres não têm acesso ao atendimento preventivo, porque os serviços públicos não conseguem a agilidade necessária”, diz a empresária, que pontua a iniciativa como uma oportunidade para o público da marca de fazer algo para que outras pessoas se curem com mais rapidez.