Novo artista na Kogan Amaro

22/mar

 

 

A Galeria Kogan Amaro, São Paulo, Zurich, anuncia Josafá Neves como novo artista representado.

 
Sobre o artista

 

 

Autodidata. Artista plástico afrobrasileiro, nascido em Brasília em 1971. Há 24 anos de dedicação integral ao ofício das artes, participou de exposições coletivas e individuais com óleo sobre tela, desenho, escultura, cerâmica e instalações, em cidades como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Massachusetts, Havana e Caracas. A prática da pintura para o artista é de um valor incontestável e efetivo. Um dos encantos dos trabalhos de Josafá está justamente na proposta consciente de criar as pinturas a partir de uma pele negra: as telas são sempre pintadas de preto antes da aplicação de outras cores. A atmosfera e riqueza gerada é única.

Exposição de Marcelo Cips

17/mar

 

 

A Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP, tem o prazer de apresentar “Enjoy”, uma exposição de Marcelo Cipis, com poemas de Angélica Freitas, que acontece entre os dias 27 de março a 15 de maio.

 

Não bastasse ser a primeira individual do primeiro artista representado pela galeria, a exposição ganha contornos ainda mais especiais, apresentando um apanhado de pinturas que fizeram, e fazem parte, de mais de 30 anos de trajetória de Marcelo Cipis. Pois bem, entre e aproveite!

 

Enjoy é a forma simpática de introduzir uma série de pinturas inéditas, e também antigas, afinal, Marcelo Cipis – chamaremos daqui para frente de Cipis – é conhecido por ser um artista prolífico, mas também por sua personalidade cativante. Quem ainda não o conheceu que se adiante para conhecê-lo…

 

A seleção de obras desnuda um lado nunca antes mostrado, um interessante contraste entre o abstrato e o figurativo que retrata a trajetória de Cipis. São pinturas abstratas, figurativas, geométricas, abstratas soltas, geométricas abstratas, formais, gestuais, brincadeiras – ora com a linha, ora com a forma, ora com a escrita -, que refletem o universo de Cipis, e por assim dizer, sua liberdade criativa. Aliás, liberdade é a palavra de ordem.

 

Esse é o resultado de uma maneira de ser, inquieta, digamos que Cipis é um artista inquieto, que enxerga as múltiplas possibilidades dos caminhos que um artista visual pode trabalhar. Admira esses diferentes caminhos, e quer trilhar por todos eles, sempre uma coisa levando a outra, percorrendo à sua forma a totalidade de ser artista.

 

 

ELEGANTÍASE

por Angélica Freitas

 

tomara que você tenha muito sucesso

em sua carreira artística

não, verdade mesmo, tomara que você

seja muito bem-sucedido

sério, isto é o que eu desejo

que tudo de melhor suceda

no seu caminho como artista

meu objetivo deve ter ficado claro

a esta altura: externar meus melhores votos

de sucesso em sua poiesis

ora, vamos, como poderia ser irônico

numa hora dessas!

muito sucesso! muita felicidade!

e não sou só eu quem lhe felicita:

minha mulher, meus filhos

toda a turma do escritório, todo mundo

treze corações sincronizados batendo

nessa torcida para que você

tenha um verdadeiro e estrondoso

sucesso em sua carreira artística.

 

 

Prêmio em Artes gráficas

12/mar

 

 

O Núcleo de Estudos Marcello Grassmann, São Paulo, SP, anuncia o I Prêmio Marcello Grassmann – artes gráficas. Uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

O I Prêmio Marcello Grassmann – artes gráficas é para artistas que inscreverem um projeto inédito em gravura.
As inscrições estão abertas de 07 de março a 07 de abril de 2021, para trabalhos inéditos em gravuras produzidas por artistas visuais brasileiros.

Três artistas selecionados terão acompanhamento com as juradas artísticas, receberão R$ 8.000,00 cada um e terão suas obras expostas na XXIX Semana Cultural Marcello Grassmann, que acontece online em setembro de 2021.

A convite do Núcleo, Luise Weiss, Maria Bonomi e Mayra Laudanna formam o corpo de juradas artísticas responsáveis pela seleção e acompanhamento dos processos artísticos dos artistas.

Confira a convocatória em

nucleomarcellograssmann.org.br/premio

Comunicado

05/mar

 

Seguindo as orientações do Governo do Estado de São Paulo sobre a mudança para a fase vermelha do Plano São Paulo, como forma de contenção da pandemia do COVID-19, o mam estará fechado do dia 06 de março, próximo sábado, ao dia 19 de março, sexta-feira.

O Museu de Arte Moderna de São Paulo preza pela segurança, bem-estar e saúde do público, de seus colaboradores e da sociedade como um todo. A nossa programação continua no #mamonline, com visitas virtuais, cursos online, oficinas e encontros à distância, conteúdos nas redes sociais, além do Festival Corpo Palavra, com apresentações acessíveis e gratuitas no Youtube do mam.

 

FIAC Online Viewing Rooms | Glauco Rodrigues

 

 

55 11 3853 5800 – Rua Oscar Freire, 379 – São Paulo – bergamingomide.com.br

 

Duas artistas no Projeto “Interações”

03/mar

 

A LONA, Galeria, Centro, São Paulo, SP, e Anexo, inicia o Projeto INTERAÇÕES que irá ocupar, alternadamente, seus dois espaços expositivos. Em uma sequência de mostras, os artistas representados pela LONA são agrupados de forma a transmitir mensagens tanto únicas como uníssonas em exposições coletivas. As mostras estarão disponíveis para visitas com agendamento e em formato virtual nas plataformas digitais da galeria.

INTERAÇÕES 1

As artistas Cristina Elias e Thais Stoklos exibem 21 trabalhos, entre pinturas, desenhos, instalações e vídeos no ANEXO LONA.

Cristina Elias traz “Releituras de Hokusai”, onde faz uma reescritura particular do traço do artista japonês por meio de técnicas diversas, que se interpenetram: desenho e tricô. Esse resultado pode ser visto em desenhos, pinturas e uma instalação. “O meu processo criativo prioriza a ação, aquilo que se está fazendo, ao objeto (estático) de arte. (….) Por isso, dada a relação intrínseca entre ação do corpo e objeto, chamo meus trabalhos de objetos-ação. Além disso, trabalho na intersecção entre as artes visuais e as artes do corpo (especificamente o Butô japonês) e, o que vou expor é o resultado de anos de treino psicofísico nessa zona de interação”, define Cristina Elias. “Partindo do movimento, seja especificamente das mãos ou do corpo de forma sistêmica, a artista dá continuidade à pesquisa iniciada há 10 anos com a abstração do texto em imagem e da aplicação de uma forma sinestésica de percepção à produção visual”, define Duilio Ferronato.

Em diálogo com as obras de Cristina tem-se o trabalho de Thais Stoklos, no momento representado pela série “Déficit” onde a artista apresenta trabalhos compostos por desenhos, instalação e vídeos, onde o gesto se torna visível através de apagamentos de uma ação insistente. “A palavra “déficit” significa: aquilo que está faltando para completar uma conta; o que falta para preencher certo valor ou quantidade; aquilo que está faltando para completar um todo. O “déficit” abala uma expectativa comum, surpreende o esperado, e indica uma nova atenção “, define a artista. Há interação, “porque os dois atos opostos são criadores. O impulso de criar já pressupõe a possibilidade de erro e este, então, já estimula uma insistência, um ajuste, uma renovação do olhar. Os trabalhos apresentados falam da informação dada através do rastro do gesto, onde a inclinação inata da combinação é a resistência das potências contrárias. O diálogo entres elas é o que faz se aprimorar”, explica Thais Stoklos.

Projeto INTERAÇÕES

Por falta de imunidade, foram excluídas as possibilidades de encontros. A simples perspectiva de interação sugere contaminação.” As relações dos últimos 2 anos entre os artistas da Lona Galeria têm se mostrado fecundas e incomuns. O grupo vem mantendo constante contato, trocando ideias e analisando ações mútuas. O contato artístico é tanto antropofágico como apropriador; basta um olhar e a transformação já principia. Artistas se contaminam de propósito com ideias, imagens e conversas. Não há lugar para barreiras. Os processos artísticos interessam tanto quanto o resultado e, as provocações constantes que surgem de todas as partes, sejam na área criativa ou comercial, nos mantém em alerta constante”, explica o coordenador Duilio Ferronato.

Com INTERAÇÕES, pretendem discutir os processos e alcançar uma nova etapa de amadurecimento artístico, institucional e comercial.

“Os 2 primeiros anos nos mostraram diversas possibilidades, que firmamos nossa convicção de que incentivar o processo artístico é o que nos deixa animados para os próximos lances.”

De 06 de março até 17 de abril.

Ricardo Ribeiro : Exposição e lançamento de livro

26/fev

 

A Galeria Marcelo Guarnieri, Jardins, apresenta a partir do dia 27 de fevereiro, na sede de São Paulo, “Puxirum”, exposição do artista Ricardo Ribeiro que contará com lançamento de livro homônimo. A visitação neste dia poderá ser realizada das 10h às 18h, respeitando todas as recomendações das autoridades de saúde, como o uso de máscaras e distanciamento social.

As visitas espontâneas serão bem-vindas, mas para a segurança de todos e melhor controle do espaço, recomendamos que agende sua visita. Pedimos que nos envie um e-mail com o seu nome completo indicando o dia e horário de sua preferência

 (Email: info@galeriamarceloguarnieri.com.br – telefone: 11 3063 5410)

A mostra reúne fotografias feitas entre 2016 e 2018 em São Pedro, povoado localizado às margens do Rio Arapiuns, no estado do Pará. A série trata de um olhar poético e político do cotidiano de uma comunidade ribeirinha que organiza seu modo de vida entre as economias de subsistência e mercantil. “Puxirum” foi editada em livro homônimo, impresso em 2020 com o suporte da Pollock-Krasner Foundation.

“Puxirum” é uma palavra de origem tupi que define uma prática social e cultural ainda encontrada em áreas rurais na qual um grupo de pessoas reúne-se por um dia para desenvolver coletivamente um trabalho na roça. Em língua portuguesa pode ser traduzida como “mutirão”. Durante as nove visitas que fez a São Pedro ao longo de dois anos, o fotógrafo Ricardo Ribeiro acompanhou de perto a dinâmica em torno desse trabalho. Em sua primeira visita, ainda em 2016, chegou ao povoado munido apenas de um bilhete, no qual seu amigo Zair pedia a sua mãe Zeneide que o recebesse e o apresentasse aos demais moradores de São Pedro. A partir de então, Ribeiro passou a negociar sua presença naquele lugar através de pequenos serviços que podia oferecer enquanto fotógrafo, restaurando fotografias antigas, corroídas pela umidade, ou fazendo retratos das crianças em trajes de festa.

Enquanto aprendia a observar o seu entorno e a conviver não somente com aquele grupo de pessoas, mas também com a própria natureza, sob um ritmo de vida bem mais desacelerado ao que estava habituado, Ribeiro fotografava. Não pretendia desenvolver ali qualquer tipo de trabalho antropológico, a sensação de estranhamento e o estado de deslocamento lhe permitiriam, afinal, entregar-se ao desenvolvimento de sua linguagem poética. Esse exercício, no entanto, não era imune às problemáticas que configuravam o contexto em que estava inserido, e acabava por traduzir, em imagens, as percepções do fotógrafo. “Isolada pela paisagem e pela falta de eletricidade, a cultura está à beira de uma ruptura com um passado baseado na família, religião, costumes e trabalho comunitário. Os jovens que se beneficiaram dos programas governamentais bem-sucedidos nas últimas duas décadas para reduzir a fome, agora, rejeitam tradições estabelecidas há muito tempo e não se resignam mais às perspectivas limitadas de seus pais”, escrevia Ribeiro em seu diário.

Em “Puxirum”, Ricardo Ribeiro retrata essa sensação de um tempo vagaroso com a ajuda de sua câmera Hasselblad, em um processo totalmente analógico. Por meio de cores pouco saturadas e da baixa luz, suas fotografias transmitem a atmosfera melancólica que envolve a vila de São Pedro, através, por exemplo, do registro de seus habitantes em momentos de introspecção. Em uma delas, retrata a cena ao redor de uma jovem repousando em uma rede azul após ter sido atingida por um raio. “Tampouco havia zum zum zum”, escrevia o fotógrafo, “havia silêncio, um compasso de espera pelo que o tempo haveria de dizer”. Tal vagarosidade, que também o acompanhava durante o trajeto de dez horas que tinha que percorrer desde Santarém até São Pedro, é novamente abordada em “Novo Relógio Velho”, filme que também integra a exposição.

Muitas das fotografias que fez em São Pedro foram expostas pela primeira vez na própria comunidade, distribuídas em espaços públicos da vila e exibidas em diversos formatos. Reuniu no Barracão Comunitário 32 fotos em uma exposição, e na noite da abertura preparou um telão na quadra de futebol onde foram projetadas outras tantas imagens. Na escola indígena e na escola regular montou varais de fotos com cinco cópias de cada, permitindo que cada criança pudesse levar para casa aquelas que mais gostassem. Ao ar livre, em pontos onde as fotografias haviam sido captadas, montou alguns painéis das imagens impressas em lona, material resistente às chuvas e à umidade típicas da região. Ainda na casa onde funcionava a retransmissora local, montou uma videoinstalação com a projeção de “Filha Ausente”, filme que fez sobre os filhos que se vão de São Pedro. O título faz referência à música homônima composta por Sr. Riso (cancioneiro local), dedicada a um de seus oito filhos. Ao retornar para São Paulo pela última vez em 2018, Ribeiro deu início a edição do livro “Puxirum”, que além das imagens, reúne fragmentos do diário que escreveu no período em que esteve na vila paraense.

Sobre o artista

Ricardo Ribeiro nasceu em 1978 em São Paulo, onde vive e trabalha. Fotógrafo e artista visual, concluiu em 2016 o programa de Práticas Criativas do International Center of Photography – ICP em Nova York. Seu projeto “Puxirum” foi exibido in loco, em São Pedro, comunidade situada às margens do Rio Arapiuns, no oeste do Estado do Pará, onde foi fotografado entre 2016 e 2018, em mostra concebida e organizada em parceria com os residentes locais. O mesmo trabalho foi premiado, em 2019, pelo 7o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, e, em 2018, pelo 9o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Também exibido em Salvador-BA, Belém-PA, Porto Alegre-RS e Santos-SP. Seu mais novo projeto, “Norte-Sul Esquerda-Direita”, ainda em andamento, foi escolhido e é hoje financiado pela Fundação Pollock-Krasner (Pollock-Krasner Foundation) , com sede em Nova York, EUA

Até 27 de março.

Oficina Molina –  Palatnik

05/fev

 

Em cartaz até dia 27 de março no Sesc Avenida Paulista, São Paulo, SP, a exposição Oficina Molina – Palatnik propõe um diálogo entre as obras de Abraham Palatnik (1928-2020) e Mestre Molina (1917-1998), dois artistas brasileiros que se conectam pela atração pelo movimento e engenhosidade. Com curadoria da equipe do Sesc-SP, a mostra evidencia semelhanças e diferenças entre os trabalhos destes dois inventores, como afirma Danilo Santos de Miranda: “Representantes de vertentes artísticas tidas, de um lado, como popular e, de outro, como erudita, tanto Molina como Palatnik ocupam papel de destaque no Acervo Sesc de Arte”. Para o diretor regional do Sesc-SP, “se há patentes dessemelhanças entre seus processos de criação, percebe-se, todavia, que os dois artistas mobilizaram seus repertórios e universos culturais em prol de singulares sínteses moto-construtivas”.

Seguindo os cuidados e protocolos por conta da pandemia de Covid-19, a mostra pode ser visitada com agendamento pelo site do Sesc. Lizandra Magalhães e Fabiana Delboni, assistentes da Gerência de Artes Visuais do Sesc-SP foram as responsáveis pela montagem de “Oficina – Palatnik.

Fonte: Arte!Brasileiros

Serpa no CCBB SP

02/fev

 

 

 O Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Histórico, São Paulo, SP, inaugura a exposição “Ivan Serpa: a expressão do concreto”, uma ampla retrospectiva de um dos mais importantes mestres da História da Arte Brasileira. A mostra apresenta 200 trabalhos, de diversas fases do artista que morreu precocemente em1973, mas deixou obras que abrangem uma grande diversidade de linguagens, utilizando várias técnicas, tornando-se uma referência para novos caminhos na arte visual nacional.

 

 

“Ivan Serpa: a expressão do concreto” percorre a rica trajetória do artista, expoente do modernismo brasileiro através de obras de grande relevância selecionadas em diversos acervos públicos e privados.

 

 

Com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Hélio Márcio Dias Ferreira, a mostra apresenta obras de todas as fases do artista: Concretismo / colagem sob pressão e calor / mulher e bicho / anóbios (abstração informal) / Negra (crepuscular) / Op – erótica / Anti-letra / Amazônica / Mangueira e geomântica.

 

 

A pluralidade criativa e suas expressões ratificam o importante papel de Ivan Serpa na arte moderna brasileira, na criação e liderança do Grupo Frente (Lygia Clark, Lygia Pape, Franz Weismann, Hélio Oiticica, Abraham Palatnik e Aluísio Carvão), e através de seu projeto de difundir e motivar as novas gerações para a arte, com suas aulas para crianças e adultos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.  A virtuosidade de Serpa e seu amplo domínio da técnica e de seus meios expressivos foram reconhecidos na primeira Bienal de São Paulo, em 1951, quando foi considerado o Melhor Pintor Jovem de um dos principais eventos do circuito artístico internacional.

 

 

 

“Ivan Serpa: a expressão do concreto” resume a essência da obra desse artista que, apesar de ser mais conhecido pelo Concretismo, também se aventurou pela liberdade do Expressionismo, sem nunca perder contato com a ordem e a estrutura. Trata-se de uma exposição única, de um artista complexo, definitiva para reascender a memória sobre esse operário da arte brasileira.

 

A palavra de Hélio Márcio Dias Ferreira, pesquisador e especialista na obra de Ivan  Serpa.

 

“Agradecemos a Ivan Serpa pelo seu legado, que deixou um rastro de liberdade na arte brasileira, da modernidade aos nossos dias. Lembremos que, na sua relativamente curta trajetória, ansioso por viver e trabalhar, desde pequeno viveu sob a ameaça da morte, mas encontrou tempo para ensinar aos outros o poder da arte”.

 

 

 

A palavra de Marcus de Lontra Costa

 

“Trajetórias corajosas, como as de Ivan Serpa, acentuam a importância da ação artística como instrumento de definição das identidades culturais comuns, mas, também, como agente de questionamento e subversão. No mundo contemporâneo é preciso sempre estar atento e forte, e se alimentar de saberes oriundos do passado recente, para que possamos enfrentar os dilemas e desafios do presente e do futuro. Por isso o desafio maior da arte contemporânea é o enfrentamento, e exemplos como o de Ivan Serpa, nos dão a régua e o compasso e nos ensinam a superar e vencer os dragões da maldade”.

“Ivan Serpa surpreende até hoje por sua extrema sensibilidade, pelo seu permanente compromisso com a liberdade que alimenta a verdadeira criação artística. Enquanto críticos e teóricos cobravam do artista uma coerência estética, veiculando-a a uma determinada escola artística, Serpa respondia com a ousadia e o desprendimento característico dos verdadeiros criadores. Entre tantos ensinamentos, a lição que Serpa nos lega é essa ânsia, esse compromisso permanente com a liberdade e a ousadia que transforma a aventura humana em algo sublime e transformador. Por isso, hoje e sempre, é preciso manter contato com a produção desse artista exemplar que transforma formas e cores num caleidoscópio mágico, múltiplo e íntegro em sua linguagem expressiva”.

 

A mostra que passou pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte chega ao CCBB São Paulo com uma montagem exclusiva pensada para ocupar toda a Instituição que a ambientará até 12 de abril.  Depois de São Paulo, a exposição segue para o Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília.