Luiz Zerbini no Paraná.

14/nov

O MON, Curitiba, PR, realiza a terceira edição de “Afinidades”, iniciativa que aproxima o seu acervo do público quando será inaugurada no dia 22 de novembro, data do aniversário de 22 anos do Museu Oscar Niemeyer, a exposição “Afinidades III – Cochicho”. Com curadoria de Marc Pottier, o artista contemporâneo Luiz Zerbini selecionou obras de cinco importantes nomes da arte paranaense para serem apresentadas ao lado das suas, na Sala 7.

Para a secretária de estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, “Afinidades III – Cochicho” reforça o compromisso do Museu Oscar Niemeyer com a valorização do acervo paranaense e com a promoção de diálogos entre diferentes gerações de artistas. “Este é um projeto que aproxima o público do rico patrimônio cultural do Paraná, além de criar novas conexões a partir do olhar de Luiz Zerbini sobre a natureza e as paisagens brasileira e paranaense”, afirma.

“É muito mais que uma mostra. É a terceira edição de uma importante realização do Museu Oscar Niemeyer que intenciona valorizar e dar visibilidade ao seu acervo”, explica a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

Desta vez, Luiz Zerbini selecionou obras de cinco importantes nomes da arte paranaense que estão presentes no acervo do MON: Guido Viaro, Miguel Bakun, Bruno Lechowski, Guilherme William Michaud e Theodoro de Bona. “Em comum, ou por afinidade, assim como as suas obras apresentadas aqui, todos os trabalhos escolhidos têm como tema a natureza”, explica a diretora. “O resultado é surpreendente”.

Curadoria

De sua autoria, Luiz Zerbini apresenta na exposição 44 pinturas, 11 aquarelas e 12 monotipias. “Com estas obras, ele nos leva para sua intimidade”, explica o curador, Marc Pottier. Segundo ele, após visitar as coleções do MON, o artista decidiu apresentar pela primeira vez o que chama de “diários de viagem”: obras suas em que a natureza é sempre o tema principal.

“No acervo do MON, Zerbini encontrou artistas paisagistas cujas visões o sensibilizaram”, explica o curador. Pottier afirma que Zerbini sempre esteve atento a esse tipo de trabalho, observando com atenção, por exemplo, as paisagens mineiras de Guignard, os diálogos cromáticos do artista paulista Rodrigo Andrade, as marinhas de Pancetti, as obras do paisagista francês Corot e do artista americano Winslow Homer, conhecido pelas suas paisagens marítimas, entre outros.

“Com ‘Afinidades III – Cochicho”, ele traz para o MON esse olhar delicado e intimista em relação à natureza, criando, assim, um momento para se parar e meditar, antes que seja tarde demais”, diz o curador.

Até 18 de maio de 2025.

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Reflexão através da Arte e da Cultura.

12/nov

A trajetória pessoal e trans sensorial pela trans culturalidade, presente nos grandes centros globais, se converte em uma experiência imersiva e inclusiva que integra realidade virtual e aumentada, fotografia, instalações sonoras, projeções, poesia e concertos, oferecendo uma rica paleta de sensações aos seus visitantes. O Projeto Transeuntis Mundi será apresentado na Cúpula do Caminho Niemeyer, em Niterói, de 15 a 17 de novembro, das 12h às 18h, durante o G20 no Rio de Janeiro e a entrada é gratuita.

Um dos principais desafios enfrentados por seus criadores – a brasileira Cândida Borges e o colombiano Gabriel Mario Vélez, ambos artistas e acadêmicos com grande experiência internacional – é convidar o público a explorar diferentes locais e épocas, estimulando uma reflexão profunda sobre o nosso espaço nesse mundo, por meio da Arte e da Cultura.

A Obra

Durante o festival, acontecerá a estreia mundial da exposição “Deriva Oikos”, que propõe uma metodologia artística e estética sobre a jornada humana e a migração, além do legado cultural e diversidade gerados por esses fenômenos. “Deriva Oikos” percorre o planeta, do Sul ao Norte, do Chile a Oslo, com a intenção de refletir sobre a vasta diversidade cultural e humana existente no mundo. A obra busca encantar o ser humano em sua “casa”, o planeta Terra – “Oikos”, termo grego que significa “casa, lar”. Através dessa vivência, almeja-se estimular o surgimento de uma nova consciência pela preservação do nosso espaço.

Retrospectiva de Brígida Baltar.

11/nov

Poder capturar o impalpável, perseguir o intangível, subverter o óbvio, essas eram formas da artista carioca Brígida Baltar (1959-2022) ocupar espaços inesperados, reunindo em sua obra elementos do corpo, da natureza, das paisagens e da própria moradia. A exposição “Brígida Baltar: pontuações”, no MAR, Centro, Rio de Janeiro, RJ, permanecerá em cartaz até 05 de março de 2025, reúne cerca de 200 obras, perto de 50 são inéditas, produzidas por quase três décadas de atuação. Esta é a maior exposição institucional dedicada à artista e é realizada em parceria com o Instituto Brígida Baltar e a Galeria Nara Roesler. A mostra conta com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan e equipe MAR além do curador convidado Jocelino Pessoa. Seis obras de Brígida Baltar que fazem parte do acervo do Museu de Arte do Rio estão na mostra que apresenta fotografias, vídeos, instalações, esculturas e memórias textuais da artista.

“É a primeira exposição póstuma a reunir esse conjunto tão significativo de obras. A exposição tem esse nome: pontuações, porque ela parte dos escritos da Brígida. Ela tinha uma consciência muito grande de que era preciso organizar as obras, ela gostava muito de conversar sobre isso, então, num dos momentos ela passou a anotar tudo, ela foi dizendo como ela queria as escalas de impressão, quais obras deveriam ser refeitas e quais não. Muitas frases e reflexões da artista sobre as obras acompanham toda a exposição. Brígida foi uma artista de muito destaque no Brasil, uma artista como personagem de suas próprias fabulações, ela foi muito importante para a fotoperformance, videoperformance, ela influenciou muita gente em muitos lugares do país”, afirma o curador Marcelo Campos.

Dividida em duas salas, a exposição apresenta as séries produzidas por Brígida Baltar: no primeiro espaço são exibidas as suas relações com a casa e a família, já na segunda sala são apresentadas as fabulações da artista. Toda a exposição foi concebida, produzida e montada com profissionais que tiveram vínculos com Brígida Baltar.

Arte contemporânea saudita.

08/nov

A primeira exibição coletiva itinerante de arte contemporânea saudita inicia sua jornada mundial no Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a partir do dia 13 de novembro.

A mostra, que no Brasil terá o nome de “Iluminações Poéticas”, traz à luz a História da Arábia Saudita tecida em termos artísticos e enriquecida pelas questões do presente.

Guanabara, o abraço do mar.

07/nov

A FGV Arte, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, com apoio da Água dos Rios, exibe sua quarta exposição, intitulada “Guanabara, o abraço do mar”, com curadoria de Paulo Herkenhoff, Luiz Alberto Oliveira e Marcus Monteiro. A exposição conta com a presença de importantes nomes do segmento. A nova coletiva expõe os diversos aspectos ecológicos, culturais e sociais de um dos importantes cartões-postais da cidade carioca e do Brasil.

Mostra apoiada pela concessionária reúne peças históricas, como um óleo sobre tela de Tarsila do Amaral e 40 obras da coleção de Sérgio Fadel. Das belas paisagens do entorno da Baía de Guanabara pintadas no início do século XIX a colagens com fotos atuais da vida cotidiana em comunidades que a rodeiam, reúne mais de 200 obras de cerca de 100 artistas.

“Guanabara, o abraço do mar” é sobre um lugar que reconhecemos que tem muitas dimensões, é onde as primeiras sociedades, os povos originários, moraram. A mostra vai expor não somente o aspecto cultural e as paisagens, mas, também, os fatos interessantes que ocorreram nesse processo”, explica o curador Paulo Herkenhoff.

A exibição “Guanabara, o abraço do mar” permanecerá em cartaz até 27 de fevereiro de 2025.

César Oiticica no Paço Imperial.

Único artista vivo do Grupo Frente – importante movimento artístico criado há exatos 70 anos no Rio de Janeiro, considerado o marco do movimento construtivo no Brasil -, César Oiticica inaugura, no dia 13 de novembro, a exposição “Frente a Frente”, no Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

Com curadoria de Paulo Venancio Filho, serão apresentadas 20 obras inéditas ou que estão há muito tempo sem serem vistas pelo público, grande parte delas criadas no período em que o artista integrou o Grupo Frente, fundado por Ivan Serpa em 1954 e que teve a participação de importantes nomes, como Abraham Palatnik, Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Franz Weissmann, Rubem Ludolf, entre outros. Também farão parte da exposição obras recentes, apresentando ao público um panorama da trajetória do artista. Os trabalhos históricos – desenhos e cartões – foram produzidos entre 1954 e 1956, no período em que o artista fez parte do Grupo Frente, no qual ingressou com apenas 16 anos, sendo o mais jovem integrante do coletivo.

Sobre o artista

César Oiticica nasceu no Rio de Janeiro em 1939, onde vive e trabalha, É artista, arquiteto e diretor do Projeto HO no Rio de Janeiro. Começou seus estudos de pintura em 1954 no Curso Livre de Pintura de Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Integrante do Grupo Frente, César Oiticica participa da segunda exposição do Grupo realizada, em 1956, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, da terceira e quarta do Grupo, realizadas em Itatiaia e Volta Redonda e da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta que ocorreu em dezembro de 1956 no MAM SP e, em 1957, no MAM/ Rio. Como curador, foi responsável pelas exposições “José Oiticica Filho: Fotografia e Invenção” no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, 2007, e “Hélio Oiticica: Penetráveis”, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, 2008, além de ter sua obra exposta, desde 1984 até 2017, em inúmeras exposições em importantes instituições no Brasil e no exterior. César Oiticica participou da 2ª e da 4ª exposição do Grupo Frente e da 1ª exposição de Arte Concreta no MAM/Rio, em 1955. “Nos seus desenhos e cartões, sentimos o clima de uma época e a decidida intenção construtiva de um jovem no primeiro momento de sua trajetória; a livre estruturação das articulações, combinações e relações formais que caracterizava a abstração geométrica do Grupo, antecipando o neoconcretismo”, diz o curador. O artista participou, ainda, das últimas exposições do Grupo, que ocorreram em 1956, em Resende e em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, e da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, organizada pelos concretos de São Paulo com a colaboração do grupo carioca, em dezembro de 1956 no MAM São Paulo e em fevereiro de 1957 no Ministério da Educação e Cultura (MEC) no Rio de Janeiro. Após a mostra, o Grupo Frente começa a se desintegrar. Dois anos depois, alguns de seus integrantes iriam se reunir no Movimento Neoconcreto, um dos mais importantes da arte moderna brasileira.

Até 02 de fevereiro de 2025.

Issa Watanabe no Instituto Cervantes.

01/nov

 

Ocupando lugar de destaque entre os artistas gráficos latino-americanos contemporâneos, a ilustradora Issa Watanabe apresentará, a partir do dia 07 de novembro, na sede do Instituto Cervantes, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, cerca de 30 trabalhos em sua exposição individual “Migrantes” encerrando a agenda de exposições deste ano. A inauguração contará com a presença do cônsul do Peru e do diretor do Instituto Cervantes, José Vicente Ballester Monferrer. Exibida em Cádiz por ocasião do IX Congresso Internacional da Língua Espanhola, e nos Institutos Cervantes de Roma, Salvador e Brasília, a mostra reúne um recorte das séries “Migrantes” e “Kintsugi”, composições produzidas entre 2019/2023 utilizando a técnica de lápis de cor sobre fundo digital, e tem curadoria de Alonso Ruiz Rosas. O conjunto permite apreciar a consistência de uma aposta que, à sua maneira, também consegue transmitir a façanha do sopro épico ao lirismo da intimidade reconstruída. “Migrantes” tem classificação livre e poderá ser visitada gratuitamente até o início de janeiro de 2025.

A palavra da artista

“Concluí meu primeiro desenho depois de assistir a uma série do fotógrafo Magnus Wenman, na qual retratava crianças sírias dormindo em acampamentos improvisados no meio da floresta. O olhar das crianças não era apenas profundamente triste, mas refletia, sobretudo, o terror que sentiam. Perderam suas casas, experimentaram as atrocidades da guerra, da pobreza extrema; vivenciaram o sofrimento pela perda dos pais ou irmãos de forma tão violenta e não há conforto. O que posso fazer senão desenhar? Pelo menos tentar, através de um desenho, chegar àquela floresta?”.

“Uma ilustração me levou à seguinte e assim, aos poucos, sem ter planejado, fui seguindo um caminho. Um caminho que me levou quase dois anos, porque por mais que avançasse, a jornada não terminava”.

Sobre a artista

Nascida em Lima, em 1980, Issa Watanabe é uma das ilustradoras ibero-americanas mais reconhecidas dos últimos anos. Seu livro “Migrantes” (2019), publicado na Espanha e em dezoito países incluindo o Brasil pela Solisluna Editora. A artista recebeu importantes distinções, como o Prêmio Libreter (Barcelona, 2020) e o Grande Prêmio BIBF Ananas (Pequim, 2021). Seu mais recente livro, “Kintsugi” (2023), ganhou o Prêmio BolognaRagazzi 2024. O percurso da artista é em grande parte autodidata: começou a estudar Literatura na Pontifícia Universidade Católica do Peru, depois viveu em Maiorca, onde frequentou alguns cursos de artes e, em 2013 retornou à capital peruana para se dedicar integralmente ao seu trabalho criativo.

Até 07 de janeiro de 2025.

A poética de Tunga – uma introdução.

31/out

Em celebração aos 10 anos do Centro Cultural Instituto Ling, Três Figueiras, Porto Alegre, RS, será exibida a exposição “A poética de Tunga – uma introdução”, com curadoria de Paulo Sergio Duarte. A mostra apresenta uma seleção de 64 obras de diferentes fases, sendo 43 inéditas, expondo temas e conceitos que atravessam toda a poética do artista. Esta é a primeira exposição individual de Tunga na cidade de Porto Alegre, considerado uma das figuras mais emblemáticas da cena artística nacional.

A abertura, no dia 05 de novembro, terça-feira, às 19h, terá um bate-papo com Antônio Mourão, filho de Tunga e cofundador do Instituto Tunga ao lado de Clara Gerchmann, gestora do acervo. O encontro será no auditório do Instituto Ling, com entrada franca. Para participar, basta fazer a inscrição prévia pelo site.

A mostra fica em cartaz até 08 de março de 2025, com visitas livres e a possibilidade de visitas com mediação para grupos, mediante agendamento prévio e sem custo pelo site do Instituto Ling.

No Inhotim.

28/out

Rivane Neuenschwander, Tangolomango

Na Galeria Mata, a artista belo-horizontina Rivane Neuenschwander apresenta a mostra individual “Tangolomango” (2024). Cartaz atual do Inhotim, Brumadinho, MG. A panorâmica “Tangolomango” tem curadoria de Júlia Rebouças, Beatriz Lemos e Douglas de Freitas.

A mostra reúne obras em diversas linguagens – como pintura, fotografia, instalação e vídeo – e de diferentes décadas, que se atualizam nas pesquisas mais recentes da artista, ao lidar com questões relativas à infância, história, ecologia e política.

Alguns dos trabalhos apresentados são: V.G.T. (Ame-o ou deixe-o), J.B. (Piracema: uma transa pós-amazônica), Trôpego Trópico, Eu sou uma arara, O Alienista, Alegoria do Medo, Caça ao fantasma, WAR, Cabra-cega, Zé Carioca e seus amigos e Andando em Círculos.

No acervo do Inhotim, Rivane Neuenschwander apresenta, desde 2009, Continente/Nuvem, instalada em uma casa que preserva parte da história do Inhotim em seu território. Datada de 1874, ela é uma das construções mais antigas da região, remanescente da fazenda que existia no terreno onde hoje funciona o museu.

“Tangolomango” conta com a Vale como Mantenedora Master e com o Patrocínio Ouro da CBMM, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Resgate da obra de Carlito Carvalhosa.

24/out

A cidade de São Paulo será palco de duas grandes exposições que resgatam a obra de Carlito Carvalhosa. A Natureza das Coisas, no Sesc Pompeia, e A Metade do Dobro, no Instituto Tomie Ohtake, reafirmam o seu protagonismo na cena artística contemporânea brasileira das últimas décadas e oferecem ao público um panorama abrangente de seu percurso criativo. Será uma oportunidade única de revisitar momentos fundamentais da trajetória do artista, falecido prematuramente em 2021, aos 59 anos.

Além das retrospectivas, em exibição nos espaços até fevereiro, estão previstas mais três iniciativas. Codiretora do documentário Lixo Extraordinário, que concorreu ao Oscar em 2011, a pernambucana Karen Harley prepara um filme sobre a vida e a obra de Carvalhosa. Já a Nara Roesler Livros publicará, em dezembro, um livro com extensa monografia dedicada à produção do artista. Paralelamente, a editora Supersônica apresenta um audiocatálogo de arte, formato inédito no Brasil, no qual artistas, críticos e amigos de Carvalhosa fazem “audiodescrições afetivas” de algumas de suas obras e relembram marcos importantes de sua vida. O audiocatálogo será instalado como uma obra sonora na exposição do Instituto Tomie Ohtake e estará disponível nas principais plataformas de streaming.

Essa revisita ao trabalho do artista se articula em dois movimentos separados, porém complementares, organizados em torno do Acervo Carlito Carvalhosa – criado por sua viúva Mari Stockler e filhas com o intuito de pesquisar, divulgar e preservar sua produção – e articulados em uma ampla rede colaborativa, em curadoria costurada a muitas mãos. Enquanto a mostra A Natureza das Coisas, do Sesc Pompeia, apresenta algumas de suas mais potentes instalações, acompanhadas por um conjunto denso de projetos, desenhos e estudos preparatórios, a exposição A Metade do Dobro, no Instituto Tomie Ohtake, reúne sobretudo trabalhos bidimensionais e escultóricos – acompanhados sempre de vasto material de arquivo -, refazendo o percurso do artista desde os primeiros movimentos de juventude até criações mais recentes e confirmando o caráter experimental e diverso de sua produção.

Carlito Carvalhosa explorou um leque muito amplo de técnicas artísticas: pintura, gravura, colagem, escultura, instalação. Trabalhou com materiais variados e muitas vezes inusitados: papel, gesso, tecido, alumínio, cerâmica, copos de vidro e um tecido leve, o TNT (Tecido Não Tecido). Para Luis Pérez-Oramas, poeta e historiador da arte venezuelano que assina a curadoria das duas exposições, em conjunto com outros pesquisadores brasileiros, a obra de Carvalhosa uniu “em uma síntese inesperada as polaridades irreconciliáveis da modernidade brasileira: a linguagem concreta e a matéria informe”.

Até 09 de fevereiro de 2025.