Imersão no universo poético de oito artistas.

02/out

A exibição coletiva que inaugura no dia 05 de outubro no Espaço Cultural Correios Niterói receberá a exposição “Desabem Limites, Apareçam Distâncias Esquecidas”, no Espaço Cultural Correios, com a participação de Alberto Saraiva, Enéas Valle, Lígia Teixeira, Marilou Winograd, Mario Camargo, Mark Engel, Marcelo Palmar Rezende e Petrillo. A mostra propõe uma imersão no universo poético dos artistas, que, sob a curadoria de Mario Camargo, refletem sobre a liberdade, e conduzem um olhar profundo sobre a condição existencial do humano e em particular deles mesmos. O curador destaca que “ser artista é um estado cujo sentido se compõe de camadas, de técnicas materiais, de formas e cores, em um constante transbordamento de sensações”.

A proposta da exposição é explorar como a arte pode transcender limites, permitindo que o espectador se aproprie de memórias e imagens guardadas, revisitadas e recriadas. A citação da pintora Fayga Ostrower pela curadoria revela que “o acaso é uma imagem recolhida no subconsciente do artista”, evidenciando que cada obra é uma jornada de redescoberta. Os oito artistas que compõem esta mostra trazem uma diversidade de linguagens e experiências, promovendo diálogos entre suas obras que enriquecem a percepção do público, ressalta o curador, convidando todos a se deixarem levar pelas surpresas visuais que emergem dessa inter-relação.

A exposição “Desabem Limites, Apareçam Distâncias Esquecidas” é uma oportunidade para apreciar e refletir sobre a arte contemporânea e suas nuances, ressaltando o papel fundamental da liberdade na convivência em sociedade.

Até 16 de novembro.

Os anos 1980 no CCBBRio.

01/out

O CCBB RJ inaugura a exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil”, um panorama da década de 1980 no Brasil.

A exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” será inaugurada no dia 02 de outubro como parte das comemorações pelos 35 anos do CCBB RJ. Com Raphael Fonseca como curador-chefe e Amanda Tavares e Tálisson Melo como curadores-adjuntos, a mostra, inédita, apresentará cerca de 300 obras de mais de 200 artistas de todas as regiões do país, mostrando um amplo panorama das artes brasileiras na década de 1980. Completam a mostra elementos da cultura visual da época, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos icônicos, ampliando a reflexão sobre o período. “Fullgás”, assim como a música de Marina Lima, deseja que o público tenha contato com uma geração que depositou muito de sua energia existencial não apenas no fazer arte, mas também em novos projetos de país e cidadania. Uma geração que, nesse percurso, foi da intensidade à consciência da efemeridade das coisas, da vida”, afirmam os curadores.

A exposição ocupará todas as oito salas do primeiro andar do CCBB RJ, além da rotunda, e será dividida em cinco núcleos conceituais cujos nomes são músicas da década de 1980: “Que país é este”(1987), “Beat acelerado”(1985),”Diversões eletrônicas”(1980), “Pássaros na garganta”(1982) e “O tempo não para” (1988). Na rotunda do CCBB haverá uma instalação com balões do artista paraense radicado no Rio de Janeiro Paulo Paes.  A mostra aborda o período de forma ampla, entendendo que seus questionamentos e impulsos começaram e terminaram fora do marco temporal de dez anos que tradicionalmente constitui uma década. Desta forma, a exposição abrange o período entre 1978 e 1993, tendo como marcos o final do Ato Institucional 5 e o ano posterior ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. “Consideramos para a base de reflexões este arco de quinze anos e todas as suas mudanças estruturais e culturais para pensarmos o Brasil: do fim da ditadura militar ao retorno a uma democracia que, logo na sequência, lidará com o trauma de um impeachment”, contam os curadores, que selecionaram para a exposição obras de artistas cujas trajetórias começaram neste período.

Nas artes visuais, a Geração 80 ficou marcada pela icônica mostra “Como vai você, Geração 80?”, realizada no Parque Lage, em 1984. A exposição no CCBB entende a importância deste evento, trazendo, inclusive, algumas obras que estiveram na mostra, mas ampliando a reflexão. “Queremos mostrar que diversos artistas de fora do eixo Rio-São Paulo também estavam produzindo na época e que outras coisas também aconteceram no mesmo período histórico, como, por exemplo, o “Videobrasil”, realizado um ano antes, que destacava a produção de jovens videoartistas do país”, ressaltam os curadores. Desta forma, “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” terá nomes de destaque, como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leonilson, Luiz Zerbini, Leda Catunda, entre outros, mas também nomes importantes de todas as regiões do país, como Jorge dos Anjos (MG), Kassia Borges (GO), Sérgio Lucena (PB), Vitória Basaia (MT), Raul Cruz (PR), entre outros.  Para realizar esta ampla pesquisa, a exposição contou, além dos curadores, com um grupo de consultores de diversos estados brasileiros.

Até 27 de janeiro de 2025.

A trajetória artística de Luiz Sacilotto.

27/set

A galeria Almeida & Dale convida para a abertura da exposição “Sacilotto Contemporâneo: Cor, Movimento, Partilha”, neste sábado, dia 28 de setembro, às 11h, no MAC USP, Vila Mariana, em São Paulo, SP.

A mostra, em comemoração ao centenário de Luiz Sacilotto, oferece uma análise nova e abrangente de sua trajetória artística, com destaque para sua retomada à pintura nos anos 1970 e suas criações até os anos 2000, pouco estudadas até hoje. Obras importantes de coleções internacionais foram incluidas, voltando pela primeira vez ao país.

A produção de Luiz Sacilotto, marcada pela pesquisa contemporânea de efeitos vibracionais e cromáticos, é apresentada com uma constelação de obras anteriores, mostrando como suas experimentações em cor e forma evoluíram ao longo dos anos, mantendo a coerência de sua opção pela arte concreta. A curadoria é de Ana Avelar e co-curadoria de Renata Rocco.

Exposição em Washington.

26/set

Os irmãos e renomados grafiteiros brasileiros Gustavo e Otavio Pandolfo apresentam, a partir do dia 29 de setembro, a exposição “OSGEMEOS: Endless Story”, no Museu e Jardim de Esculturas Hirshhorn do Smithsonian, Washington, USA. Em um andar inteiro, os visitantes encontrarão na exibição cerca de mil obras de arte icônicas da dupla sendo esta a maior mostra já feita por eles no país.

Com pinturas, esculturas, fotografias, instalações imersivas e vídeos, o público conhecerá os bastidores do processo criativo dos irmãos. Sob a curadoria de Marina Isgro, a exposição permancerá em cartaz até o dia 03 de agosto. Não se trata da primeira vez que os artistas ocupam um espaço solo internacional, já criaram projetos nos principais espaços públicos de sessenta  países, como Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália e Cuba.

A obra de Brígida Balta no MAR.

18/set

Poder capturar o impalpável, perseguir o intangível, subverter o óbvio, essas eram formas da artista carioca Brígida Baltar (1959-2022) ocupar espaços inesperados, reunindo em sua obra elementos do corpo, da natureza, das paisagens e da própria moradia. A exposição “Brígida Baltar: pontuações”, elaborada especialmente para o Museu de Arte do Rio, inaugura no dia 20 de setembro e reúne cerca de 200 obras, cerca de 50 inéditas, produzidas por quase três décadas de atuação, incluindo. Esta é a maior exposição institucional dedicada à artista e foi realizada em parceria com o Instituto Brígida Baltar e a Galeria Nara Roesler. A mostra conta com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan e equipe MAR além do curador convidado Jocelino Pessoa. Em exibição até o dia 05 de março de 2025.

Seis obras de Brígida Baltar que fazem parte do acervo do Museu de Arte do Rio estarão na mostra que apresenta fotografias, vídeos, instalações, esculturas e memórias textuais da artista. “É a primeira exposição póstuma a reunir esse conjunto tão significativo de obras. A exposição tem esse nome: pontuações, porque ela parte dos escritos da Brígida. Ela tinha uma consciência muito grande de que era preciso organizar as obras, ela gostava muito de conversar sobre isso, então, num dos momentos ela passou a anotar tudo, ela foi dizendo como ela queria as escalas de impressão, quais obras deveriam ser refeitas e quais não. Muitas frases e reflexões da artista sobre as obras acompanham toda a exposição. Brígida foi uma artista de muito destaque no Brasil, uma artista como personagem de suas próprias fabulações, ela foi muito importante para a fotoperformance, videoperformance, ela influenciou muita gente em muitos lugares do país”, afirma o curador Marcelo Campos.

Dividida em duas salas, a exposição apresenta as séries produzidas por Brígida: no primeiro espaço são exibidas as suas relações com a casa e a família, já na segunda sala são apresentadas as fabulações da artista. Toda a exposição foi concebida, produzida e montada com profissionais que tiveram vínculos com Brígida. “Esta é uma das mais importantes exposições de Brígida Baltar: além do inédito número de obras reunidas, celebra o seu legado para a arte e convida o público a adentrar na sua vasta reflexão poética. Ao longo dos seus mais de 30 anos de carreira, ela elaborou imagens afetivas que aproximam a arte contemporânea do público. O pensamento da mostra possui uma forte influência da artista, que ao longo dos últimos anos dedicou-se a organizar a sua memória em cadernos e documentos e realizou encontros para iniciar o seu Instituto. Pontuações expressa toda precisão registrada por Brígida ao passo que oferece ao público as suas memórias familiares e de infância e os personagens das fábulas de suas obras e filmes”, destaca Jocelino Pessoa, curador da mostra.

Brígida Baltar foi uma artista que fundou universos de encantamento e fantasia, habitados por seres imaginários e objetos triviais do dia a dia que ganharam outros sentidos, flertando com o surreal. Uma mulher que desde os anos 1990 protagonizou parte da produção contemporânea em exibições nacionais e internacionais.  O público que percorrer a exposição vai literalmente entrar no universo de Brígida Baltar. “É uma exposição como se a gente tivesse caído num livro de fábulas, e ao mesmo tempo vemos uma capacidade imensa, uma competência imensa da artista, em tornar um elemento, uma ideia em uma obra, o que é muito raro. No caso de Brígida, ela escolhia os materiais, que ganhavam uma vida, uma história, uma narrativa, e que se vinculavam a questões muito próximas a ela ou as pesquisas que ela desenvolvia. Brígida entendia os mecanismos para chegar na beleza.. É uma exposição muito rara em torno da produção de uma artista, é a primeira vez que a gente teve mais acesso em um acervo, com peças inéditas, inclusive com um novo filme que será exibido”, revela o curador Marcelo Campos.

Na ocasião da abertura da exposição haverá gratuitamente, às 17 horas, a apresentação Orquestra Sinfônica Brasileira + Agência do Bem (Projetos patrocinados por Machado Meyer Advogados).

Obras inéditas de Rossini Perez.

A Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte vai receber a exposição “Desdobramentos: Desenhos de Rossini Perez” a partir do dia 19 de setembro. Reunindo 51 obras inéditas do artista potiguar, ficará disponível para visitação até 20 de outubro. Natural de Macaíba, Rossani Perez deixou um legado na arte potiguar, com uma carreira marcada por sua atuação em diferentes países da Europa, América Latina e África, como Senegal, onde lecionou gravura. Vale destacar, que a exposição é a primeira exibição física do artista em Natal desde seu falecimento, em 2020, e oferece uma oportunidade de conhecer um lado menos explorado de sua obra, como seus desenhos.

Sobre a exposição

A exposição “Desdobramentos” tem como objetivo revelar a importância do desenho no processo criativo de Perez, mostrando como essa linguagem se entrelaçou em suas produções. Por isso, as 51 obras que serão apresentadas, serão as originais produzidas entre as décadas de 1960 e 2000 e exploram um traço abstracionista experimental que caracterizou seus trabalhos, em diálogo com a obra de artistas como Iberê Camargo e o gravador franco-alemão Johnny Friedlaender.

Com uma expografia contemporânea, a mostra tem curadoria de Fabíola Alves, Everardo Ramos e Mariana do Vale, professores de Artes Visuais da UFRN, que analisam o lugar do desenho na arte de Rossini Perez. O catálogo da exposição será disponibilizado em formato digital e contará com informações detalhadas sobre as obras e o processo criativo do artista. Realizada pela Fundação José Augusto, Secretaria Estadual de Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, com apoio da Lei Paulo Gustavo e Ministério da Cultura, a exposição é uma parceria com o Instituto Rossini Perez, a Pinacoteca do Estado do RN, o Projeto Shaula – Memória da Arte Potiguar (DEART/UFRN), o Grupo de Pesquisa Matizes (DEART/UFRN), o Laboratório de Acessibilidade (SIA/UFRN) e o Cineclube Gambiarra. As obras fazem parte do acervo pessoal de Rossini Perez, que foi transferido para Natal e motivou a criação, em 2023, do Instituto Rossini Perez, dedicado a preservar, estudar e divulgar a arte desse grande artista potiguar. Composto por inúmeros documentos, obras de arte e livros, o acervo se encontra hoje na Pinacoteca do Estado do RN, e vem sendo objeto de um trabalho de inventário e estudo por professores e estudantes do Curso de Artes Visuais da UFRN.

Fonte: Portal Saiba Mais.

As diversas mídias  de Nelson Leirner.

17/set

A CAIXA Cultural Recife foi o espaço escolhido para a primeira exposição com obras do artista Nelson Leirner após seu falecimento em 2020. A mostra “Nelson Leirner: Parque de Diversões” ficará em cartaz até 10 de novembro com 74 trabalhos do artista, entre objetos, pinturas, colagens e outros, com curadoria de Agnaldo Farias. Na abertura houve uma visita guiada com o curador e Agnaldo Farias realizou palestra aberta ao público. No dia 10 de novembro, às 16h, será realizada outra visita guiada, desta vez com Júlia Borges Arana, produtora executiva da Phi, correalizadora da mostra.

Famoso por utilizar meios e mídias pouco tradicionais, Nelson Leirner estudou engenharia têxtil e pintura, na década de 1950. O resultado dessa base é a construção de uma história versátil e bem-humorada em evidência nos trabalhos produzidos nos últimos 20 anos da vida de Nelson Leirner reunidos nessa exposição, que foi pensada para a CAIXA Cultural. Foram selecionadas pinturas, fotografias, estatuetas, imagens de miniaturas, obras em tapeçaria, técnicas mistas, colagens, releituras da Mona Lisa e objetos onde a ironia dá o tom e que fazem um passeio pelo “parque de diversões” que era a mente de Nelson Leirner, um dos mais versáteis artistas contemporâneos nacionais.

Algumas obras da série “Assim é… se lhe parece”, por exemplo, trazem colagens que misturam o universo da Disney com mapas e mundos. Outras obras como “Missa móvel dupla” e “Futebol” são pontos de destaque para que o público observe como o artista respeita o poder dos fetiches religiosos. Além dos interesses espirituais e materiais, perpassados por vetores econômicos e ideológicos: não escapam os brinquedos das crianças, os bonequinhos, os stickers que elas grudam nos cadernos para ornamentar, colecionáveis que assumem uma outra função aos olhos curiosos do visitante frente à aglutinação de elementos.

No desenho curatorial não faltam referências históricas de Nelson Leirner com exemplares de séries e ações importantes realizadas nas décadas de 1960 e 1970. “Nosso objetivo aqui é mostrar a obra onívora que se alimenta de aspectos da vida cotidiana, mas não só, também discute a figura do artista – esse homem incomum, esse gênio que as plateias cultuam com uma admiração, como diria o pernambucano Nelson Rodrigues, “verdadeiramente abjeta”; discute a natureza da obra de arte – ou aquilo que habitualmente é entendido como sendo arte -; e, por fim, discute a sobredeterminação de ambos pela história, pelo modo como estão enredadas num jogo”, explica o curador.

Sobre o artista

Nascido em São Paulo em 1932, foi um pioneiro da arte intermídia e uma figura central na vanguarda brasileira. Após residir nos EUA e estudar pintura com Joan Ponç, Nelson Leirner se destacou por suas apropriações e performances inovadoras, como a “Exposição-Não-Exposição” e o envio de um porco empalhado ao Salão de Arte Moderna de Brasília. Fundador do Grupo Rex e premiado na Bienal de Tóquio, incorporou elementos da cultura popular em suas obras e recebeu diversos prêmios, como o APCA de Melhor Exposição Retrospectiva, em 1994, e ampliou sua atuação para design e cinema experimental. Reconhecido internacionalmente, Nelson Leirner fez sua carreira transgredindo desde o princípio, como artista e como professor, responsável pela formação de toda uma geração de artistas.​

Na Cidade das Artes Bibi Ferreira.

16/set

O artista Luiz Pizarro inaugura grande mostra individual, a partir de 21 de setembro na Cidade das Artes Bibi Ferreira, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.

“Oníricas” trata do desejo de um mundo mais harmônico, forjado no humanismo, na arte, na beleza, e no fazer. A exposição, que ocupará quatro espaços na Cidade das Artes, ainda que não seja uma exibição retrospectiva de sua obra, será uma das mais relevantes em sua trajetória artística. Além de novas pinturas da série “Metapaisagens”, mostra realizada com muita repercussão no Paço Imperial em 2023, Luiz Pizarro apresentará instalações interativas e colaborativas e outras proposições artísticas.

“Em nossas vidas, as relações pessoais e comunitárias desafiam nosso dia-a-dia, nossos sonhos por algo mais lúdico, mais poético, mais consensual em termos de sociedade e vida comunitária, elementos esses pertencentes a cada uma das propostas de trabalhos e de ações artístico-educacionais que ali serão ativadas junto ao público”

Ocupando as duas galerias do espaço, além do saguão de entrada para os teatros e a área externa coberta, serão expostas 15 pinturas em acrílica sobre telas de médios a grandes formatos produzidas entre 2023 e 2024, e três grandes instalações interativas e colaborativas. Outras três proposições artístico-educacionais também contarão com a participação do público para sua realização.  A mostra ficará em cartaz gratuitamente até 03 de novembro, e depois seguirá em março para o Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz, no Museu Comunitário Palacete Princesa Isabel, situado em Santa Cruz também na Zona Oeste.  Luiz Pizarro, que dá aulas de desenho e pintura no Parque Lage, lançará, em breve, um livro sobre Educação através da Arte, com ênfase em sua experiência como educador principalmente em museus como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM Rio, onde ocupou o cargo de Curador de Educação de 2013 a 2020.

Entre as instalações, estão:

Cubo dos Desejos, trabalho interativo e colaborativo, cuja execução conta com a participação dos visitantes.  A partir de um cubo de arestas em madeira, os visitantes passam barbantes coloridos por tantos pontos, ganchos, quanto forem as letras de seu nome, pensando num desejo para o planeta. Ao final de várias intervenções, teremos ali uma trama de fios coloridos que registram e simbolizam todos os nomes e desejos que por ali passaram.

Tarrafas ao Mar

Trabalho também interativo e colaborativo, parte de uma rede de pesca suspensa no espaço da sala de exposição, na qual cada visitante anotará num post it da cor de sua preferência, o nome de uma pessoa que ame e outro de uma pessoa em quem confia. Trata-se de fazer uma reflexão sobre a diferença entre amar e confiar que nem sempre se conjugam na mesma pessoa. Esse post-it será, então, colocado numa pequena garrafa plástica que será pendurada em local de sua escolha na rede de pesca.

Contornos do Ocaso

Instalação inédita, imersiva, composta por 25 “pergaminhos”, cada um com cinco imagens, monotipias em papel seda branco de ladrilhos desbotados da piscina onde o artista costuma nadar, além de folhas secas de sua própria casa, abordando o acaso da transformação da matéria pelo tempo e da construção de novas imagens a partir dessa desconstrução temporal. Expostas como uma floresta flutuante no espaço da sala de exposição, permite que o visitante circule através dela vivenciando diferentes perspectivas do olhar sobre a obra e sobre si mesmo dentro dela. O “Ocaso”, declínio do sol, ou em livre interpretação poética, o fim de algo, significa na verdade, segundo ele, o retorno de outras possibilidades de vida, de recomeço. Como o sol que renasce a cada ocaso, a vida recomeça a cada momento de desconstrução dela mesma, como novos estímulos que surgem pelo desaparecimento do que era tido como perene e real.

Além dessas instalações, o artista promoverá também ações “sócio-emocionais” a partir da ativação de outros trabalhos e proposições artísticas para o público. São trabalhos com desenho cego e música e outro a partir do desenho de rosto concomitante através de vidro do espaço e consequente impressão também em papel seda para ser presenteado. Finalizando, Luiz Pizarro ainda propõe que o público se posicione com relação a alguma das obras de sua preferência e, a partir de uma selfie, participe da confecção de mais uma monotipia com sua própria imagem ali registrada.

Primeira mostra de Tuli Serpa.

11/set

O Espaço Força e Luz, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, anuncia a abertura da exposição “Véus de Aço”, do artista Tuli Serpa. A mostra é a primeira individual do artista, e conta com instalações em grande escala. As obras estarão em exibição na Galeria O Arquipélago, localizada no primeiro andar até o dia 10 de novembro.

A abertura oficial terá a presença do artista. Além disso, contará também com set de Gabriel Bernardo, conhecido como DJ GB, DJ e produtor cultural que faz parte do Coletivo Arruaça. O DJ Set estará localizado na Rua das Andradas, em frente ao Espaço e, em caso de chuva, será realocado para o interior do edifício. O evento é gratuito e aberto ao público.

Sobre a exposição

“Motos, ocultas sob tecidos que as envolvem, parecem repousar em um sono profundo. A repetição desse cenário evoca uma quietude latente, onde a cobertura atua como um sudário, escondendo a vitalidade e transformando a potência em silêncio.”. É assim que o artista Tuli Serpa relata as ideias por trás da exposição “Véus de Aço”.

Utilizando de alegorias para representar o conceito de tanatose, que é a capacidade que certos animais têm de se fingir de mortos, o artista cria instalações em grande escala usando motos como seu objeto de trabalho. As motocicletas, antes pulsantes, velozes, agora se mostram quietas e inertes.  Através dessa subversão do “ser” moto, com suas estruturas inertes envolvidas por diferentes panos, Serpa nos leva a refletir sobre nossa própria inércia e mortalidade.

A exposição, localizada no primeiro andar do Espaço Força e Luz, na Galeria O Arquipélago, conta com diversas instalações em grande escala, incluindo motos reais e obras imersivas. Ela é a primeira individual do artista.

Sobre o artista

Tuli Serpa é artista visual, produtor de arte e coordenador de palco com mais de dez anos de experiência na produção cultural. Ao longo de sua carreira, atuou em diversos festivais de música e artes cênicas nacionais e internacionais. Nos últimos anos, tem se dedicado ao audiovisual, atuando no departamento de arte e assinando os cenários de três longas-metragens nacionais, além de dezenas de comerciais publicitários. Em sua pesquisa dialoga com signos urbanos, ruídos, contrastes e materialidades, investigando as tensões entre o ambiente urbano e o poético

Tarsila em Paris.

10/set

Sophie Su circulou uma nota na qual anuncia que a exposição “Tarsila do Amaral: Peindre le Brésil moderne” abrirá em Paris no Musée du Luxembourg de 09 de outubro de 2024 a 02 de fevereiro de 2025.

Informa ainda que “..essa legendária exposição, organizada pela curadora Cecília Braschi, destacará a importância de Tarsila do Amaral como figura central do Modernismo Brasileiro, com obras que capturam o imaginário popular e moderno de um Brasil em transformação. Estamos muito felizes em compartilhar que participamos da organização da exposição, colaborando com Cecília Braschi na curadoria e nos empréstimos das obras. Gostaríamos de convidar vocês para este momento especial! Se estiverem em Paris e desejarem convites exclusivos para a exposição, por favor, RSVP até quinta-feira, 12 de Setembro. Estamos à disposição para maiores informações. Será uma honra contar com sua presença neste evento imperdível!Abraços, Sophie Su”.