Iole de Freitas no Sul

26/fev

 

A exposição “Decupagem”, individual de Iole de Freitas é o cartaz atual do Instituto Ling, Porto Alegre, RS. A curadoria traz a assinatura de João Bandeira.

Decupagem

Vinda do vocabulário cinematográfico, significando ações que produzem continuidades a partir de recortes, a noção de decupagem poderia caracterizar sumariamente a extensa produção de Iole de Freitas, em mais de quatro décadas de atividade artística. Como se pode ver nas obras e documentos desta exposição, desde os anos 1970 seu trabalho se desdobra em continuidades que, em boa parte, vivem de sua disposição entrecortada. Da faca que avança rompendo um tecido, em um de seus filmes daquela época, até os desvios com que tubos metálicos e placas de policarbonato recortam os espaços onde se instalam ao lançarem-se neles, em obras mais recentes. Pode-se pensar também nas sequências fotográficas em que um corpo se entrega ao olhar apenas na medida mesma em que se reflete em fragmentos, nos trabalhos em que diversos materiais industrializados encadeiam suas diferenças, no entrelaçar complexo de telas e fios metálicos de seus relevos ou nas novas esculturas de aço que, como várias de suas instalações, interrogam-se sobre até que ponto o atravessamento de formas em contraposição chega a constituir um ser.

Iole também decupa minuciosamente o que intenciona produzir. Mas permitindo-se alterações de percurso durante o confronto direto com as propriedades dos materiais que utiliza em suas obras. E em função de sua situação, isto é, do leque de relações que se estabelecem entre elas e os espaços em que se encontram, modificando-se reciprocamente. Nesse constante ir e vir, o desenho, em suas mais diversas maneiras, parece ser o principal instrumento de condução, decupando o fazer – seja a rápida notação de uma ideia vislumbrada, o diagrama para um filme, a procura repetida da melhor impulsão de uma curva numa peça tridimensional ou o comentário gráfico de uma instalação já realizada.

Associados a outros documentos da artista mostrados aqui, muitos desses desenhos possibilitam entrever a intuição e o raciocínio vertidos no trabalho, que revertem-se, para ela e para nós, em obras – incluindo desenhos. No entanto, assim como obras quando prontas não são, em si, um fim – dado que é justamente quando sua vida pública pode começar –, os desenhos diversos não são apenas testemunhos de origem. Entre anotações, projetos, estudos de elaboração variada e o que já obteve o estatuto de obra, tudo na fluidez tensa da produção de Iole de Freitas parece manter no horizonte as articulações do próprio movimento.

João Bandeira

curador

Até 29 de maio.

Curso sobre museus de arte

 

 
Você sabia que o módulo sobre o Guggenheim Museum, do curso “Os Museus e seus Mestres”, já começou, mas que mesmo assim você ainda pode efetuar a sua inscrição para participar? Durante as próximas semanas, a professora de história da arte Ana Cristina Nadruz falará sobre três grandes ícones que integram a coleção deste museu, localizado em Nova York (EUA), que é considerado como um dos principais centros culturais do mundo.
  
Nesta quinta-feira, 25 de fevereiro, a aula será sobre o pintor holandês Vincent van Gogh. Nas próximas semanas, os encontros online serão respectivamente sobre o artista espanhol Pablo Picasso e sobre o pintor russo Wassily Kandinsky.
 
Não fique de fora desse projeto incrível! Inscreva-se hoje mesmo pelo site da Sympla.
 
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Contamos com a sua participação em mais esse curso oferecido pelo Midrash! 
 

Na prensa alemã de Iberê Camargo

05/fev

 

 

Depois de inaugurar, no início de dezembro, a exposição “Pardo é Papel: Close a door to open a window”na sede da Galeria David Zwirner, em Londres, o artista carioca Maxwell Alexandre retornou a Porto Alegre, para finalizar a gravura produzida na prensa que pertenceu a Iberê Camargo, sob a supervisão do assistente do pintor gaúcho e coordenador do Ateliê de Gravura da Fundação Iberê, Eduardo Haesbaert.

 

 

A obra (1,20cm x 80cm) é linda e, ao mesmo tempo, impactante: uma corrente de ouro e um revólver como pingente. Aos 30 anos, Maxwell retrata uma poética que passa pela construção de narrativas e cenas estruturadas a partir da vivência cotidiana pela cidade e na Rocinha, onde nasceu, trabalha e reside.

 

 

Talvez a obra integre “Reprovados”, uma série que trata de questões mais ácidas de sua vivência, como o conflito da comunidade com a polícia, a dizimação, o encarceramento da população negra e a falência do sistema público de educação. O uniforme escolar da rede pública municipal do Rio de Janeiro é o motivo principal da série. Talvez não. Maxwell também vê na gravura uma atmosfera religiosa, que tem escolhas formais, como a luz dourada e o processo de fotografia.

 

A palavra do artista

 

“Penso que o artista falar sobre seu trabalho tira a potência da obra, por isso eu gosto de saber o que as pessoas veem”.

 

 

Oficina Molina –  Palatnik

 

Em cartaz até dia 27 de março no Sesc Avenida Paulista, São Paulo, SP, a exposição Oficina Molina – Palatnik propõe um diálogo entre as obras de Abraham Palatnik (1928-2020) e Mestre Molina (1917-1998), dois artistas brasileiros que se conectam pela atração pelo movimento e engenhosidade. Com curadoria da equipe do Sesc-SP, a mostra evidencia semelhanças e diferenças entre os trabalhos destes dois inventores, como afirma Danilo Santos de Miranda: “Representantes de vertentes artísticas tidas, de um lado, como popular e, de outro, como erudita, tanto Molina como Palatnik ocupam papel de destaque no Acervo Sesc de Arte”. Para o diretor regional do Sesc-SP, “se há patentes dessemelhanças entre seus processos de criação, percebe-se, todavia, que os dois artistas mobilizaram seus repertórios e universos culturais em prol de singulares sínteses moto-construtivas”.

Seguindo os cuidados e protocolos por conta da pandemia de Covid-19, a mostra pode ser visitada com agendamento pelo site do Sesc. Lizandra Magalhães e Fabiana Delboni, assistentes da Gerência de Artes Visuais do Sesc-SP foram as responsáveis pela montagem de “Oficina – Palatnik.

Fonte: Arte!Brasileiros

Serpa no CCBB SP

02/fev

 

 

 O Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Histórico, São Paulo, SP, inaugura a exposição “Ivan Serpa: a expressão do concreto”, uma ampla retrospectiva de um dos mais importantes mestres da História da Arte Brasileira. A mostra apresenta 200 trabalhos, de diversas fases do artista que morreu precocemente em1973, mas deixou obras que abrangem uma grande diversidade de linguagens, utilizando várias técnicas, tornando-se uma referência para novos caminhos na arte visual nacional.

 

 

“Ivan Serpa: a expressão do concreto” percorre a rica trajetória do artista, expoente do modernismo brasileiro através de obras de grande relevância selecionadas em diversos acervos públicos e privados.

 

 

Com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Hélio Márcio Dias Ferreira, a mostra apresenta obras de todas as fases do artista: Concretismo / colagem sob pressão e calor / mulher e bicho / anóbios (abstração informal) / Negra (crepuscular) / Op – erótica / Anti-letra / Amazônica / Mangueira e geomântica.

 

 

A pluralidade criativa e suas expressões ratificam o importante papel de Ivan Serpa na arte moderna brasileira, na criação e liderança do Grupo Frente (Lygia Clark, Lygia Pape, Franz Weismann, Hélio Oiticica, Abraham Palatnik e Aluísio Carvão), e através de seu projeto de difundir e motivar as novas gerações para a arte, com suas aulas para crianças e adultos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.  A virtuosidade de Serpa e seu amplo domínio da técnica e de seus meios expressivos foram reconhecidos na primeira Bienal de São Paulo, em 1951, quando foi considerado o Melhor Pintor Jovem de um dos principais eventos do circuito artístico internacional.

 

 

 

“Ivan Serpa: a expressão do concreto” resume a essência da obra desse artista que, apesar de ser mais conhecido pelo Concretismo, também se aventurou pela liberdade do Expressionismo, sem nunca perder contato com a ordem e a estrutura. Trata-se de uma exposição única, de um artista complexo, definitiva para reascender a memória sobre esse operário da arte brasileira.

 

A palavra de Hélio Márcio Dias Ferreira, pesquisador e especialista na obra de Ivan  Serpa.

 

“Agradecemos a Ivan Serpa pelo seu legado, que deixou um rastro de liberdade na arte brasileira, da modernidade aos nossos dias. Lembremos que, na sua relativamente curta trajetória, ansioso por viver e trabalhar, desde pequeno viveu sob a ameaça da morte, mas encontrou tempo para ensinar aos outros o poder da arte”.

 

 

 

A palavra de Marcus de Lontra Costa

 

“Trajetórias corajosas, como as de Ivan Serpa, acentuam a importância da ação artística como instrumento de definição das identidades culturais comuns, mas, também, como agente de questionamento e subversão. No mundo contemporâneo é preciso sempre estar atento e forte, e se alimentar de saberes oriundos do passado recente, para que possamos enfrentar os dilemas e desafios do presente e do futuro. Por isso o desafio maior da arte contemporânea é o enfrentamento, e exemplos como o de Ivan Serpa, nos dão a régua e o compasso e nos ensinam a superar e vencer os dragões da maldade”.

“Ivan Serpa surpreende até hoje por sua extrema sensibilidade, pelo seu permanente compromisso com a liberdade que alimenta a verdadeira criação artística. Enquanto críticos e teóricos cobravam do artista uma coerência estética, veiculando-a a uma determinada escola artística, Serpa respondia com a ousadia e o desprendimento característico dos verdadeiros criadores. Entre tantos ensinamentos, a lição que Serpa nos lega é essa ânsia, esse compromisso permanente com a liberdade e a ousadia que transforma a aventura humana em algo sublime e transformador. Por isso, hoje e sempre, é preciso manter contato com a produção desse artista exemplar que transforma formas e cores num caleidoscópio mágico, múltiplo e íntegro em sua linguagem expressiva”.

 

A mostra que passou pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte chega ao CCBB São Paulo com uma montagem exclusiva pensada para ocupar toda a Instituição que a ambientará até 12 de abril.  Depois de São Paulo, a exposição segue para o Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília.

 

Intervenções, mostra nos Correios

27/jan

 

“Intervenções”, exposição do artista Roberto Gallo, apresenta uma instalação artesanal que reproduz o fundo do mar e um ateliê com técnicas construtivas, além de aquarelas, pinturas e desenhos, sob curadoria de Edson Cardoso. A mostra ocupa três salas e no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, com dois artistas convidados: Eurico Poggi e Francisco Schönmann Gallo. Fazendo uma alusão à paisagem como início e fim, meta do seu propósito artístico, Roberto Gallo apresenta um olhar sobre as paisagens urbanas e marinhas.

 “A exposição “Intervenções” nos introduz em um mergulho profundo na arte, uma imersão espetacular que leva a experimentar o interior da vida marítima através de um cenário cuidadosamente concebido pelo artista plástico Roberto Gallo. Além dessa experiência mágica e única, podemos apreciar suas pinturas numa abordagem de termos urbanos (composição de prédios criados a partir do imaginário que beiram a abstração), obras de um lirismo apaixonante. Há também as telas marinhas de tons suaves e delicados”, avalia o curador, Edson Cardoso.

 

A palavra do artista

 

“Vivo em observação constante, contemplando o espaço ao meu redor. O que move meu impulso criativo é um sentimento puramente emotivo e intuitivo, surge da necessidade de expressar meu amor pela vida e pela natureza, seja ela Humana ou Divina. Na minha série de pinturas em aquarela e acrílico, a atenção está voltada para a relação entre os elementos ar, terra, fogo e água, o movimento das marés, a incidência da luz, a profundidade da atmosfera, a linha do horizonte”.

 

Atrações inéditas 

 

Na primeira sala foi montada uma cenografia imersiva, onde o visitante é convidado a “submergir” em uma experiência inclusiva através de uma instalação que reproduz o fundo do mar, num espaço sensorial. Uma escultura de isopor, resina, argamassa e pintura especial simula uma caverna subaquática, com colunas e janelas que exibem cenas do fundo do mar, seguindo uma sequência lógica com sonorização, em vídeos repetidos em looping a cada 5 min. A ideia principal é levar o espectador a uma experiência de mergulho em uma paisagem submersa. O recurso que usaremos será a construção de uma espécie de câmara feita com materiais cenográficos, utilizando técnicas e conceitos desenvolvidos em nossa área de atuação profissional que é a construção de aquários de grande dimensão. Pretendo despertar o interesse do visitante e fazer com que se sinta parte do espaço através de uma experiência sensorial, não apenas de imagens e texturas mas também de sons”, revela Gallo.

A segunda sala reproduz um ateliê, como uma espécie de espaço íntimo do artista, com desenhos, imagens de cenografias, rochas artificiais, ensaios de esculturas subaquáticas e objetos em construção, revelando algumas técnicas construtivas. Já a terceira, ocupada com os trabalhos dos três artistas, tem também vídeos exibidos em monitores.

 

A palavra do curador sobre dois artistas convidados 

 

Francisco Schönmann Gallo conduz a uma remota demonstração de inquietude percebida nos traços de seus trabalhos. Obras mediúnicas, com seres enigmáticos que aguçam a imaginação de forma pragmática. Mostrando um jeito único de se expressar, suas obras perpassam o ocultismo, com uma inclinação para definir o que não pode ser definido.

Já nos trabalhos de Eurico Poggi é possível detectar uma verdadeira aglutinação criativa de formas e movimentos. Uma arte extremamente pictórica, cuja grandeza e força são facilmente identificadas pelo olhar. Afora qualquer polêmica teórica, a mostra define com grande desenvoltura o resultado desse diálogo enriquecedor, produzindo um resultado que surpreende pelo encontro dos artistas convidados com as obras de Roberto Gallo e seus cenários imersivos.

 

Sobre o artista

 

 

Natural de Campinas, SP, Roberto Gallo expressa sua arte por meio da pintura, paisagismo, escultura e cenografia. Trabalhou com paisagismo e arquitetura e, desde 1981, vem participando de mostras individuais e coletivas no Brasil e América Latina. Manteve ateliê de arte no Rio de Janeiro por 10 anos, onde trabalhou como professor de desenho e pintura. Neste período, formulou e executou experiências com cenografia, painéis em grande dimensão, pinturas, esculturas, e cenários para teatro, exposições, mostras científicas, museus e zoológicos. Especializou-se na criação de habitats para aquários de visitação pública a partir de 1995, unindo técnicas de modelagem sobre argamassa, fibras de vidro e resina. Desde então, vem realizando aquários no Brasil e no mundo, entre eles o Aquário de Ubatuba, Oceanic Atrativos Turísticos, Aquário do Balneário Camboriú e Aquário Marinho do Rio de janeiro. Atualmente executa o Aquário do Pantanal em Campo Grande, MS.

 

 

De 28 de janeiro a 21 de março.

 

“Catarsis”, da norueguesa Cathrine Crawfurd: 21 jan nos Correios Centro

15/jan

 

Artista norueguesa no Rio

“Catarsis”, exposição da artista norueguesa Cathrine Crawfurd, inaugura no dia 21 de janeiro, no Centro Cultural Correios, Centro, RJ, onde ocupará duas salas sob curadoria de Susi Sielski Cantarino. Compondo a primeira sala, 27 pinturas abstratas de grandes formatos, alguns dípticos, usando a técnica de acrílica sobre tela, a maioria concebida durante a Pandemia; na segunda sala, fotografias.

 A palavra da artista

A prática de transformar um trauma ou uma situação difícil em algo belo, que dê esperança e alívio é algo bastante recorrente em meus trabalhos. Durante o infeliz desafio que enfrentamos este ano, essas habilidades vieram à tona como uma grande necessidade. A solidão e o isolamento não eram mais uma escolha para criar, e sim uma obrigação.

A palavra da curadoria

Eu me apaixonei imediatamente pelo trabalho da Cathrine. É intuitivo, lírico e poético. Inspira paz. As obras possuem também uma força invisível, translúcida, que mediante diferentes tons de tintas diluídas, por vezes parecem nos conduzir para dentro de uma nuvem espessa, já noutras explodem magicamente, formando uma chuva de meteoros de cores complementares e análogas que conversam delicadamente entre si. Dá vontade de navegar e mergulhar no interior de cada pintura. Acabamos nos conhecendo através de uma amiga norueguesa em comum e tivemos uma afinidade incrível. Assim surgiu a amizade e o convite para a curadoria.

O processo de criação

O processo de criação da artista é diretamente influenciado pela sua história de vida, já que morou em diversos países pelo mundo. Cidades, culturas desconhecidas e línguas incompreensíveis aguçam os sentidos, segundo Cathrine, em busca de impressões reconhecíveis. Cada lugar – com suas luzes distintas, sua própria paleta de cores, sua estrutura arquitetônica específica e um código de identidade particular – faz parte deste processo. Uma outra curiosidade sobre seu trabalho é o formato mais utilizado pela artista, que acompanha o da escala humana, com base na sua própria altura.

Sobre a artista

Cathrine Crawfurd cursou a Escola de Arte em Oslo, Noruega, de 1989 a 1991, onde se formou. Depois disso, não parou mais, tendo concluído curso na Academia Nacional de Belas Artes, na Universidade de Bergen, também na Noruega, em 1997, além da Faculdade de Belas Artes, na Universidade de Barcelona, Espanha. Em 1996, participou de uma residência artística de três meses na Villa Moderne, em Paris. Entre as individuais já realizadas pelo mundo, estão: em1998 e em 2000, na Galleri Elenor, Oslo (Noruega); em 2007, no Town Hall of Silly, Silly (Bélgica); em 2009, na Galerie Stephanie, Bruxelas (Bélgica), em 2013 no Open Studio, Paris (França), em 2014, na Her Majesty Queen Sonja´s Church and Cultural Center, Paris (França); em 2014, na La Galerie du Cercle Suédois, Paris (França); em 2015, na Galleri Perrongen, Valdres Fine Art Society, Valdres (Noruega), e no Brasil, em 2019, na Maquês 456, no Rio de Janeiro. Ao longo de sua carreira artística, também integrou diversas coletivas, como Bergen Fine Art Society, Bergen, Noruega (1998); Exposição Anual, condado de Østlandet (Østlandsutstillingen), Fredrikstad, Noruega (1999);  Atelier Aberto, «OSLO OPEN», Oslo, Noruega (2002); Feira de Arte da Associação Norueguesa-Belga, Liège, Bélgica (2008); Exposição Anual, Prefeitura de Woluwe St-Pierre, Bruxelas, Bélgica (2008); Exposição Anual, Prefeitura de Woluwe St-Pierre, Bruxelas, Bélgica (2009);  Exposição Anual, Prefeitura de Woluwe St-Pierre, Bruxelas, Bélgica (2010); Volume et valeur, projeto interdisciplinar com a pianista Natalia Strelchenko, Paris, França (2014); Exposição Anual, Studio W, Fornebu Art Center, Oslo, Noruega (2015 e 2016); JACARANDÁ+, Marquês 456, Rio de Janeiro, Brasil (2018). Em 1999, recebe bolsa de viagem para Havana, Cuba e em 2015, bolsa anual de trabalho, em Oslo, Noruega. Lecionou em várias escolas de arte e arquitetura, Oslo, Noruega, entre 1999 e 2006, bem como na Ėcole du Chant d’Oiseau, Bruxelas, Bélgica, de 2006 a 2010. Em 2013, leciona artes no Lycée International, Saint-Germain-en-Laye, França, em 2014, no Estabelece Atelier, Oslo, Noruega, e, em 2016, dá aulas de arte em Bratislava, Slovakia, e em Roma, Itália. Já em 2017, passando a residir no Rio de Janeiro, se estabelece em atelier com um grupo de artistas, na Marquês 456 e, posteriormente, na Casa Arlette.

De 21 de janeiro a 21 de março.

“Relicto”, por Fernando Limberger.

 

 

 
O Museu da Cidade, Sé, São Paulo, SP, convida até 14 de junho para a exibição de “RELICTO”, uma exposição orquestrada pelo talentoso artista visual Fernando Limberger dividida em dois espaços, a saber: Casa da Imagem e Beco do Pinto. 


Para a visitação é solicitado o uso de máscara, higiene das mãos e distanciamento social.

Mulheres: Argentina & Brasil

11/jan

 

Cerca de 80 obras de 15 artistas mulheres da Argentina e do Brasil, reunidas pela curadora Maria Arlete Mendes Gonçalves, ocuparão todo o prédio do Centro Cultural Oi Futuro no Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, na exposição Una(S)+, de 13 de janeiro a 28 de março. A mostra ocupará do térreo à cobertura, passando pelas galerias, escadas, elevador e pátio externo, e inaugura a programação do Oi Futuro em 2021, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. Produzidas em dois momentos – antes e durante a pandemia – as obras afirmam a potência feminina na arte.

Prevista inicialmente para maio de 2020, e adiada duas vezes por conta do coronavírus, a exposição “ganhou um caráter mais amplo, ao incorporar o estado quarentena da arte”. A curadora decidiu incorporar à mostra também as obras criadas pelas artistas durante o confinamento em suas casas, já que elas produziram continuadamente, mesmo sem a estrutura de seus ateliês. “Elas ampliaram seus campos de trabalho e ousaram lançar mão de novas linguagens, materiais, tecnologias e redes para romper o isolamento e avançar por territórios tão pessoais quanto universais: a casa, o corpo e o profundo feminino”, explica Maria Arlete Gonçalves. “São obras de artistas de gerações distintas e diferentes vozes, a romperem as fronteiras geográficas, físicas, temporais e afetivas para somar potências em uma grande e inédita ocupação feminina latino-americana”, assinala a curadora.

A exposição nasceu da instalação “Fiz das Tripas, Corazón”, da artista portenha/carioca Ileana Hochmann, que ao expor em Buenos Aires em 2019 convidou artistas da Argentina e do Brasil, com a ajuda de Maria Arlete Gonçalves, para dialogarem com seu trabalho. Agora, esta exposição chega ao Rio de Janeiro ampliada, com mais artistas e desdobrada com trabalhos surgidos na pandemia.

As artistas que integram a exposição são, da Argentina: Fabiana Larrea (Puerto Tirol, Chaco), Ileana Hochmann (Buenos Aires), Marisol San Jorge (Córdoba), Milagro Torreblanca (Santiago do Chile, radicada em Buenos Aires), Patricia Ackerman (Buenos Aires), Silvia Hilário (Buenos Aires); do Brasil: Ana Carolina Albernaz (Rio de Janeiro), Bete Bullara (São Paulo, radicada no Rio), Bia Junqueira (Rio de Janeiro), Carmen Luz (Rio de Janeiro), Denise Cathilina (Rio de Janeiro), Evany Cardoso (vive no Rio de Janeiro), Nina Alexandrisky (Rio de Janeiro), Regina de Paula (Curitiba; radicada no Rio de Janeiro) e Tina Velho (Rio de Janeiro).

Representação de Emanoel Araújo

05/jan

 

 
A Galeria Simões de Assis, Curitiba, PR e São Paulo anunciou a representação do escultor, gravador e museólogo Emanoel Araújo.
 
Sobre o artista

 

 

Emanoel Araújo, nasceu em Santo Amaro da Purificação numa tradicional família de ourives, aprendeu marcenaria, linotipia e estudou composição gráfica na Imprensa Oficial de sua cidade natal. Em 1959 realizou – ainda em Santo Amaro – sua primeira exposição individual. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura.

Foi premiado com medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália, em 1972. No ano seguinte recebeu o prêmio provindo da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor. Foi diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-1983). Lecionou artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York (1988). Expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas. Foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo (1992-2002) e fundador do Museu Afro Brasil (2004), onde é Diretor Curador. 

Em 2005, exerceu o cargo de Secretário Municipal de Cultura de São Paulo e em 2007 foi homenageado pelo Instituto Tomie Ohtake com a exposição “Autobiografia do Gesto”, que reuniu obras de 45 anos de carreira.