Moda na Fundação Iberê

05/jan

Em 2021, a Japan House São Paulo (JHSP) vai expandir sua presença pelo Brasil, por meio de um projeto de itinerância que terá como um dos primeiros destinos a Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS. A partir do dia 04 de março, a instituição abrigará a exposição “O fabuloso universo de Tomo Koizumi”. Segundo o superintendente da Fundação, Emilio Kalil, a mostra marcará o início do processo de criação do Departamento de Moda, Design e Arquitetura.

 

 

“O fabuloso universo de Tomo Koizumi” apresenta as surpreendentes criações do designer japonês, destaque na semana de moda de Nova Iorque de 2019, e que, na exposição inédita criada para a JHSP, propôs um panorama pela moda contemporânea sob o olhar do artista que foge das tendências tradicionais e ousa em cada corte de tecido. “A importância de Tomo Koizumi no cenário fashion internacional é inquestionável. Acreditamos que se trata de artista único, um nome acertado para inaugurar o tema moda na programação da Fundação”, comenta Eric Klug, presidente da Japan House São Paulo.

 

 

Sobre o artista

 

 

Nascido na província de Chiba, Tomo, 32 anos, foi descoberto pelo dono de uma loja de varejo que ficou encantado pelas roupas produzidas por ele, ainda quando era estudante universitário. Fundou a sua marca “Tomo Koizumi” e, antes de sua ascensão, trabalhou como figurinista para diversos designers japoneses. Em 2016, teve uma de suas peças usada pela cantora Lady Gaga durante uma visita ao Japão. Dois anos depois, teve seu perfil no Instagram descoberto por Katie Grand (na época, editora-chefe da revista LOVE), que ficou fascinada por seu trabalho e usou de seus melhores contatos para orquestrar um desfile do artista na semana da moda de Nova Iorque (2019), com apoio do estilista Marc Jacobs e um time de peso. 

Finalista do prêmio LVMH em fevereiro de 2020, Tomo Koizumi é considerado hoje um dos principais jovens designers do Japão e veste celebridades internacionais com as suas peças em eventos de gala e red carpet. Ele também lançou na semana da moda de Milão uma coleção cápsula com a marca italiana Emilio Pucci.

Abre Caminhos

18/dez

 

O Centro Cultural São Paulo apresenta até março de 2021 a exposição “Abre-Caminhos”, projeto da Curadoria de Arte Contemporânea da instituição, que reúne seis artistas cujas obras estão expostas no prédio e seu entorno. Neste momento de reabertura das instituições, a “Abre-Caminhos” vem com uma proposta diferente de intervenções no prédio: a fim de impedir aglomerações, muitas das obras estão expostas ao ar livre.

“A exposição é uma mostra importante para entender que nada se termina, nada se acaba, é circular. Ela traz uma jovem produção artística contemporânea, e estes artistas têm trazido uma relação muito forte de ancestralidade com visualidades não-europeias, trata-se de uma arte contra canônica que tem sido justamente um respiro, uma oxigenação na cena contemporânea brasileira. Todos os artistas que participam da mostra têm feito pela primeira vez uma instalação em São Paulo, como Castiel Vitorino, que é uma das artistas que está representando o Brasil na Bienal de Berlim.”, comenta Hélio Menezes, curador da mostra.

Participam Àlex Ìgbó, Castiel Vitorino Brasileiro, Frente 3 de Fevereiro, Maré de Matos, Mônica Ventura e Yhuri Cruz.

Até março de 2021.

 

As paredes do mam

17/dez

 

 

Integrando o Projeto Parede, a obra de “roçabarroca” (*) de Thiago Honório reveste com paredes de pau a pique o corredor do mam com paredes de pau a pique no saguão de entrada do MAM e a Sala Milú Villela, Parque Ibirapuera na av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3, São Paulo, SP.

 

 

O artista traz a técnica de construção que usa uma trama quadriculada de galhos e bambus entrelaçados de forma regular, gerando uma estrutura oca posteriormente preenchida com barro. Esse procedimento tem sido empregado no Brasil, desde o período colonial. Sua ampla presença em edificações para diferentes classes sociais, ao longo da história evidencia uma continuidade material entre os prédios ostentosos, como a igreja barroca, e as moradias populares, como a casa da roça. Parte dos galhos utilizados procedem do parque do Ibirapuera que, somados à terra aparente, trazem um cheiro orgânico ao corredor. Ao construir com elementos vivos do entorno, o artista aproxima o Museu e a Natureza por meio de um saber que nos une a um Brasil profundo.

 

 

(*) Este título vem do poema e do livro “Roça barroca” da poeta e tradutora Josely Vianna Baptista.

 

 

Até 15 de março de 2021.

 

Exposição O Abraço no Centro Cultural Correios

16/dez

Inéditos de Vitória Sztejnman
Até o dia 10 de janeiro, o Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “O Abraço”, da artista carioca Vitória Sztejnman, que faz sua primeira exposição individual na cidade. A mostra, que foi apresentada no Palazzo Zenobio, durante a 58ª Bienal de Arte de Veneza, no ano passado, chega ao Brasil com 28 obras inéditas no país, dentre esculturas, instalação e fotografias. 
Duas grandes esculturas infláveis, uma preta e uma branca, com dois metros de altura cada, convidam o espectador para um abraço. Seguindo todos os protocolos de segurança sanitária, o público poderá interagir com as obras, que são constantemente higienizadas. Pensada antes da pandemia, a mostra ganha um novo significado no atual momento de distanciamento social, trazendo um tema atual, pois as esculturas representam máscaras e o nome da exposição traz algo que não podemos fazer no momento: nos abraçar.

Antonio Dias no MAM SP

03/dez

 

 

Ao falecer, em agosto de 2018, Antonio Dias havia reunido uma coleção das próprias obras que recobria toda sua trajetória artística. O conjunto compunha-se tanto de peças de que ele nunca havia se separado, como de outras recompradas de terceiros para quem tinham sido vendidas. Tratava-se, pois, de uma representação de si mesmo intencionalmente construída, mantida e guardada.

 

A atitude de colecionar-se manifesta um aspecto essencial do artista: Antonio Dias cultivou uma ética do trabalho que permite compreender seu percurso a partir de posicionamentos claramente formulados por ele. Assim, a escolha dos componentes desta coleção testemunha atenção para com princípios que acompanharam o artista ao longo de sua vida e que deviam ser mantidos próximos a si.

 

Reunimos aqui parte dessa coleção única. Além de contar com peças emblemáticas, como Nota sobre a morte acidental e Anywhere Is My Land, o conjunto vai desde as primeiras obras abstratas do início dos anos 1960 até a última tela pintada por Antonio Dias. A mostra divide-se cronologicamente. Inicia-se com as obras mais recentes, onde o uso de pigmentos minerais condutores de eletricidade importava ao artista pela presença do material carregado de carga física. A segunda seção reúne obras com o uso de palavras, frequentemente em inglês, em composições áridas em preto, branco e cinza, que parecem colocar em questão seu próprio sentido como arte, pois negam qualquer prazer ao público. O terceiro conjunto é composto por peças dos anos 1960, cujas figuras fragmentadas remetem à violência do Brasil ditatorial, ao sexo e a vísceras extirpadas. Ao longo do percurso, há também obras singulares, como as abstrações do jovem artista feitas logo após seu estudo inicial com o gravurista Oswaldo Goeldi, os filmes realizados em Nova York entre 1971 e 1972, e as diversas representações do corpo. Pontuando todo o percurso, diferentes autorretratos registram o amadurecimento do autor.

 

A obra, apesar de múltipla, apresenta um aspecto comum: é impossível a experiência de uma compreensão total de cada peça; ao contrário, o público é confrontado com uma construção incapaz de apresentar-se íntegra. Com o método que gera objetos para os quais sempre falta o sentido total, emerge a dimensão ética da obra de Antonio Dias: a incompletude da existência humana. A constância dos temas existenciais garante um sentido testemunhal à obra de Antonio Dias. Portanto, a coleção que ele formou de si mesmo é uma síntese única, tanto pelo percurso que organiza ao longo das várias fases, como pela declaração dos valores éticos norteadores de sua arte.

 

A oportunidade de exibir parte da coleção nesta mostra, ainda durante período de luto pelo artista, só foi possível graças à generosidade da família; a ela é dedicada a exposição.

Felipe Chaimovich
curador

A exposição integra a 34ª Bienal de São Paulo.

 

Até 21 de março de 2021.

 

ARTISTAS DO BEM

 

 

Concebido logo no início do isolamento social, quando os seus idealizadores, Carlos Bertão e Alê Teixeira, contraíram o Coronavírus, o projeto DE CASA COM ARTE foi segmentado em duas fases, tendo como objetivo inicial a realização de quinze leilões beneficentes de obras doadas por 39 artistas visuais. Na primeira, contou com a participação de 21 profissionais, com vendas realizadas pela plataforma Arte na Fonte, através de sete leilões digitais, com três obras cada.  Com o valor arrecadado nessa fase, doado à Central Única das Favelas – CUFA, através do projeto Mães da Favela, foram adquiridas cestas básicas, beneficiando 350 famílias residentes em diversas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Já na segunda etapa, mais 24 obras foram doadas e leiloadas pela mesma plataforma, tendo o valor arrecadado sido dividido em partes iguais entre a CUFA e o Retiro dos Artistas.

 

 

Em reconhecimento à generosidade dos artistas doadores, Carlos e Alê decidiram produzir uma exposição no Centro Cultural Correios, com a participação de 29 dos 39 doadores, com cerca de 85 obras em diferentes mídias (instalações, colagens, pinturas, desenhos). A curadoria ficou a cargo de Carlos Bertão, enquanto Alê Teixeira assinou o design e iluminação expositivos.

 

 

“A exposição aberta no Rio é apresentada como um reconhecimento e agradecimento à paixão e à compaixão de todos os 39 artistas que doaram suas obras para os dois leilões e que se destacaram por sua generosidade e empatia”, explica Alê Teixeira.

 

 

 “Encerramos a primeira etapa já pensando em uma segunda, em 2021, caso o Coronavírus siga afetando a vida dos mais necessitados”, diz Carlos Bertão, que revela ter conseguido um total de R$ 90 mil em arrecadação.

 

 

Artistas participantes:

 

 

Bel Magalhães, Bere Bastos, Beto Fame, Bruno Big, Cacá Barcellos, Claudia Teruz, Eduardo Scatena, Elimar Matos, Esther Ohana, Fabiano Fernandes, Gustavo Matos, Iza Valente, Jeremias Ferraz, Liliane Braga, Lucio Volpini, Marcella Madeira, Marcello Rocha, Maria Eugênia Baptista, Mulambo, Myriam Glatt, Patricia Secco, Pietrina Checcacci, Pina Bastos, Roberta Cani, Roberto Romero, Rodrigo Villas, Rogerio Silva, Selma Jacob, Solange Escosteguy.

 

Até 10 de janeiro de 2021

 

Melvin Edwards em São Paulo

02/dez

 

 

O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Museu Afro Brasil, promove a exposição “Melvin Edwards – o escultor da resistência”, que oferecerá a apreciação de um conjunto de obras produzidas pelo artista estadunidense em diferentes momentos.

 

Com mais de 30 peças elaboradas em diferentes formatos e suportes, como metal, arame e aço; a individual traz obras produzidas pelo escultor estadunidense em sua última passagem ao país, em 2019. Já realizada em espaços como o Museu de Arte Moderna da Bahia e o Museu da República (RJ), a mostra conta com uma ampliação do número de obras em relação as exibições anteriores, permitindo uma visualização de momentos diversos dos quase sessenta anos de trabalho e pesquisa do artista plástico.

 

Em cartaz até 31 de janeiro de 2021, “Melvin Edwards – o escultor da resistência” também prestará homenagem à ex-esposa do artista, a poetisa Jayne Cortez, com a exibição de um de seus poemas e de faixas do disco Everywhere drums (1990).

 

 

Até 31 de janeiro de 2020.

Na Casa Roberto Marinho

27/nov

 

 
A Casa Roberto Marinho, Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ, reabriu seus espaços com a exposição “Livros e Arte”, alicerçada em grandes paixões de seu patrono: livros e arte.
É incontestável a excepcional qualidade dos livros de artistas, caixas mágicas das quais brotam verdadeiras exposições, editadas pela UQ!Editions, de Leonel Kaz e Lucia Bertazzo. 
 
“Livros e Arte” não se restringe às edições pois Leonel Kaz recolheu, também, de modo a aprofundar o conhecimento, obras correlatas de cada um dos nove criadores visuais. Essas publicações se inserem numa louvável tradição de edições que aproximam arte e imagem. Obras de Antonio Dias, Frans Krajcberg, Paulo Climachauska, Roberto Magalhães, Wanda Pimentel, Carlos Vergara, Luiz Áquila, Leo Battistelli, Luiz Zerbini, Ferreira Gullar e Pedro Cabrita Reis. 
 
Até 31 de janeiro de 2021.

Três exposições de Milhazes em dezembro

13/nov

Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro, 1960) é uma artista brasileira reconhecida por sua singular produção de um complexo repertório de imagens, formas e cores associadas ao barroco, ao modernismo e a motivos populares brasileiros, como o Carnaval, e também à fauna e à flora tropicais. Sua exposição no MASP – realizada no contexto de um ano inteiro dedicado às “Histórias da dança” – vai apresentar uma ampla seleção de pinturas e colagens produzidas a partir da década de 1990, além de trabalhos inéditos realizados em parceria com a coreógrafa Marcia Milhazes. Realizada em parceria com o Itaú Cultural e com o Instituto Bardi, a mostra contará com três locais de exibição – no MASP, na Casa de Vidro e no Itaú Cultural, onde será curada por Ivo Mesquita. Como as demais, essa exposição será acompanhada por um amplo catálogo com reproduções dos trabalhos expostos e ensaios sobre a produção da artista.

Curadoria

 

Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, Amanda Carneiro, curadora-assistente do MASP, Ivo Mesquita, curador independente.

 

MASP
11.12.2020 – 23.3.2021
Itaú Cultural
12.12.2020 – 28.2.2021