Arte Chinesa

11/abr

Inaugura na Oca, Parque Ibirapuera, São Paulo, SP, a exposição “ChinaArteBrasil”. A mostra apresenta mais de 110 obras distribuídas entre pinturas, esculturas, instalações, fotografias, vídeos, site specifics, todas inéditas em São Paulo, criações de 62 artistas chineses contemporâneos. “ChinaArteBrasil” propõe intensificar o diálogo cultural entre Brasil e China. Assim, duas curadoras, historiadoras de arte, foram convidadas para selecionar o acervo da mostra: a brasileira residente em Berlim Tereza de Arruda e a chinesa Ma Lin, que vive e trabalha em Shangai.

 

Tereza reuniu obras de artistas pertencentes à primeira geração dos grandes expoentes que demarcaram o cenário chinês e internacional a partir da década de 1990. São eles: Ai Weiwei, Cao Fei, Chen Qiulin, Cui Xiuwen, Feng Zhengjie, He Sen, Huang Yan, Jin Jiangbo, Li Dafang, Li Wei, Liu Jin, Lu Song, Luo Brothers, Ma Liuming, Miao Xiaochun, Rong Rong & Inri, Shi Xinning, Wang Chengyun, Wang Qingsong, Wang Shugang, Weng Fen, Xiao Ping, Xiong Yu, Xu Ruotao, Yang Fudong, Yang Qian, Yang Shaobin, Yin Xiuzhen, Yu Hong, Yuan Gong, Zhang Hui e Zhou Tiehai.

 

Em “A Arte Chinesa Intervém na Sociedade”, o foco são as conversas sobre como os artistas apresentam os problemas sociais e como rompem os limites da arte.

No segmento “História, Memória e Futuro”?, Ma Lin mostra artistas que, por meio de diferentes temas e suportes, exploram diferentes problemas que as pessoas alguma vez já imaginaram ou negligenciaram. A terceira e última parte, “Imagem e Forma”, discute o desenvolvimento da pintura no pós-modernismo, que destaca o relacionamento entre imagem e forma.

 

 

Até 18 de maio.

Silvia Cintra + Box 4 com Marcius Galan

25/mar

A galeria de artes Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, recebe o artista plástico Marcius Galan para a exposição “Como Dobrar uma Bandeira Como Desdobrar”. Atualmente, Galan é um dos principais jovens artistas no cenário das artes no Brasil. “O movimento de ida e volta (dobrar e desdobrar) aparece na construção do título assim como na montagem do trabalho na parede, onde a sequência pode ser lida como expansão ou contração. Esse movimento circular sugere um lugar suspenso entre uma tomada de posição (desdobrar uma bandeira) e uma sensação de impotência e apatia diante de um panorama sócio-político obscuro (dobrar uma bandeira)”, explica Galan. Ainda segundo o artista, o trabalho lida com o paradoxo geométrico da divisão infinita de um plano, ou seja, com a premissa de que podemos dividir teoricamente uma área em duas partes iguais infinitamente.

 

Chama atenção ainda a série “Cartografias abstratas”, onde mapas são cobertos por alfinetes de identificação de posicionamento. Ao obstruírem quase totalmente as informações que poderiam ser usadas para identificação do lugar, os alfinetes criam assim possibilidades poéticas que se distanciam da ideia de precisão. Já em “Como Surgem as Ilhas”, uma moeda é ampliada em uma fotocopiadora até que se perca a referência da primeira imagem, devido à ampliação e aos ruídos inerentes à qualidade da reprodução xerográfica. Outros trabalhos que integram a mostra lidam de maneira mais abstrata com questões relacionadas à geometria, uma evolução da proposta apresentada na exposição “Área Útil = Área Comum”, em 2010, também na galeria carioca.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em Indianápolis, Estados Unidos, em 1972, Marcius Galan vive e trabalha em São Paulo. Com especial interesse pela geometria, o artista frequentemente propõe situações que alteram a percepção do espectador, “seja na imitação de objetos industriais com esmero artesanal, seja ao impor relações físicas e espaciais estranhas aos materiais, de certa maneira forjando sua transformação”. Participa de exposições no mundo todo e expõe nas instituições mais importantes do Brasil, entre eles o Inhotim.

 

 

Até 26 de abril.

Ron Mucek no MAM-Rio

18/mar

Em 2013, Ron Mueck foi convidado para apresentar suas novas esculturas na Fondation Cartier pour l’art contemporain em Paris. Essa mostra estará sendo exibida em sua íntegra no Museu de Arte Moderna, MAM-Rio, Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, depois de já ter sido apresentada no Fundación PROA, Buenos Aires. É a primeira vez que a obra de Ron Mueck é exibida na América do Sul. Além das seis importantes esculturas recentes, esta mostra agrega três esculturas inéditas. Também será apresentado um novo filme sobre a criação de Mueck realizado por Gautier Deblonde para a mostra em Paris. Ao revelar-nos o artista solitário em seu processo de trabalho, o filme acentua ainda mais a sensibilidade e a força das esculturas de Mueck e ressalta sua particular ressonância nos dias de hoje.

 

Uma exposição de Ron Mueck é um evento incomum. Mueck vive em Londres e suas mostras têm sido aclamadas no mundo todo, desde o Japão, Austrália e Nova Zelândia, até o México. Mueck trabalha lentamente em seu pequeno estúdio ao norte de Londres, e o próprio tempo transmuta-se em um elemento importante dentro de seu processo criativo. O detalhe de suas figuras humanas é meticuloso, com surpreendentes mudanças de escala que as distanciam do realismo acadêmico, da pop arte e do hiper-realismo.

 

Três novas esculturas são exibidas aqui pela primeira vez, depois do evento original em Paris: dois adolescentes na rua, uma mãe com seu bebê e um casal de idosos na praia. Parecem congelados em momentos da vida, e cada uma delas captura o vínculo entre dois seres humanos. A natureza da conexão entre ambos se revela em suas ações, pequenas, comuns, e ao mesmo tempo, misteriosas. A precisão de seus gestos, a representação fidedigna da carne, a insinuação da suavidade da pele, lhes confere uma aparência de absoluta realidade. Estas obras não descrevem situações ou pessoas reais, mas a obsessão com a verdade nos fala de um artista que busca a perfeição e que é extremamente sensível à forma e à matéria. Na busca da verossimilhança, Mueck cria obras secretas, meditativas e fascinantes. Iluminar as verdades universais. Essas figuras que parecem tão comuns e ordinárias também irradiam uma espiritualidade e uma forma humana tão profunda que provocam em nós uma resposta. Mueck revela a natureza surpreendente de nossas relações com o corpo e nossa existência, indo muito além das tradições do retratismo.

 

Ron Mueck deu novo sentido à escultura figurativa contemporânea. Ron Mueck vale-se de uma enorme diversidade de recursos, como fotos de jornais, histórias em quadrinhos ou obras-primas históricas, recordações proustianas ou antigas fábulas e lendas. “Still Life”, obra de 2009, se enquadra dentro da tradição clássica desse gênero; “Woman with Sticks”, obra de 2009, inclina-se para trás sob um feixe de lenha e nos faz lembrar dos contos de fadas. “Drift ‘, de 2009, e “Youth”, de 2009, parecem inspiradas em manchetes de jornais, ainda que também evoquem obras do passado. Em outras esculturas de Ron Mueck, como o grande autorretrato adormecido “Mask II”, de 2002, os sonhos transformam-se subitamente em realidade.

 

Seu processo criativo, muito circunspecto, é revelado no novo filme de Gautier Deblonde intitulado “Still Life: Ron Mueck at Work” ou “Natureza morta: Ron Mueck trabalhando”. Esse filme foi produzido para a exposição na Fondation Cartier pour l’art contemporain. Rodado no estúdio de Mueck enquanto ele produzia suas novas obras para a mostra, nos oferece uma oportunidade única e rara de observar o artista perdido em seu próprio processo criativo. Apoio: Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris; Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

 

A exposição foi concebida pela Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris e a curadoria é de Hervé Chandès e Grazia Quaroni.

 

 

De 19 de março a 01 de junho.

Krajcberg em Paris

12/fev

Uma escultura de Frans Krajcberg, denominada “Fragmento Ecológico nº5”, datada 1973/1974, faz parte da Coleção Permanente do Centre National d´Art et de Culture George Pompidou, em Paris, desde o final da década de 70. O acervo tem um sistema de rodízio e, atualmente, a escultura encontra-se em exposição. A imagem do espaço expositivo do Centro Pompidou, que ilustra esta nota, é de autoria do próprio Krajcberg. O artista é representado no Brasil pela Galeria Márcia Barrozo do Amaral, Copacabana, Shopping Cassino Atlântico, Rio de Janeiro, RJ.

 

Dois momentos: Caio Reisewitz e Saint Clair Cemin

25/jun

 

 

 

 

A Luciana Brito Galeria, Vila Olímpia, São Paulo, SP,  inaugurou as exposições “Tudo Vazio Agora Cheio de Mato”, fotografias de Caio Reisewitz, e “Fotini”, esculturas de Saint Clair Cemin. Reisewitz exibe uma seleção de nove obras sob uma narrativa inédita. Em outro espaço da galeria, Saint Clair Cemin volta para apresentar “Fotini”. Artista radicado nos Estados Unidos, Saint Clair é conhecido por lidar com uma diversidade de figuras, materiais e estilos de formas inusitadas e dramáticas.

 

Caio Reisewitz tem como objetivo mostrar um novo enfoque de pesquisa. Sem deixar de salientar sua preocupação com a ação e poder do homem, desta vez ele trabalha os espaços arquitetônicos, resgatando interiores de projetos históricos modernos ou católicos barrocos. De acordo com o próprio artista: “procuro registrar monumentos arquitetônicos brasileiros representativos e, a partir daí, pratico um exercício de reflexão e intervenção orgânica”. Esse processo criativo de fotomontagem intefere na história, transformando o registro e submergindo seus atributos originais.

 

Saint Clair Cemin exibe “Fotini”, nome próprio grego de mulher que, do ponto de vista etimológico, vem da palavra φως [fos – luz] e significa aquela que nasce da luz. A exposição empresta seu título da obra homônima, um martelo de aço de proporções agigantadas preso em uma caixa de vidro. Concebida como um dueto exclusivo, a exposição só se completa com outra escultura também de símbolo feminino,” Venus-Delilah”, uma tesoura em bronze, aberta, arrematada por formas marinhas e fixada em um altar de concreto.

 

Até 17 de agosto