Assemblages de Farnese

16/mar

A Galeria 3 da CAIXA Cultural Rio de Janeiro, apresenta a mostra “Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial”, que reúne um conjunto de 71 assemblages e objetos pertencentes a coleções particulares e a herdeiros do artista plástico mineiro, mapeando sua produção ao longo dos anos 1970 a 1990. A exposição traz também o filme “Farnese”, de 1970, do cineasta e crítico  de arte Olívio Tavares e Araújo, uma entrevista em vídeo com o curador e textos/poemas que ajudam a elucidar a trajetória e fundamentos criativos do artista. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

 

Farnese de Andrade foi um artista múltiplo cuja produção, vida e arte se enlaçam de maneira inseparável dando origem a uma obra densa, de caráter fortemente autoral. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, a mostra apresenta a linguagem única e singular do artista, incorporando aspectos de sua personalidade e trajetória às diferentes fases de sua obra.

 

“As obras de Farnese articulam habilidosamente a tradição, seja barroca, romântica ou simbolista, com elementos regionalistas, populares, pessoais e mesmo com lições oriundas das chamadas vanguardas negativas, como o Dadaísmo e o Surrealismo. São confissões que emergem das profundezas de uma alma que presta devoção a uma realidade artística nacional da qual ela própria foi, por vezes, excomungada, já que a sua essência contrasta com um projeto abstracionista, construtivo e positivista que imbuiu nossa arte durante décadas e que ainda dá forma aos trabalhos de muitos artistas”, comenta o curador.

 

Apontado como dono de uma personalidade difícil e de uma produção marcadamente autobiográfica, Farnese revelou, em seus trabalhos, uma densa trajetória pelas memórias de infância, do pai, da mãe, dos irmãos e da sagrada família mineira, além de um certo aspecto libertário e transgressor, a partir de sua mudança para o Rio de Janeiro. Pautada no inconsciente, a poética de Farnese de Andrade contrasta com as de outras tendências do período, como as da arte construtiva e concreta. Produziu, assim, uma obra na qual o lirismo oscila do concreto ao abstrato e o bruto consegue ser gentil.

 

A exposição “Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial” passou, anteriormente, pelas unidades da CAIXA Cultural de Brasília e São Paulo, sendo indicada pelo programa Metrópolis como uma das 10 melhores mostras de 2015; pelo Guia da Folha de São Paulo ao Prêmio Melhores do Ano de 2015, na categoria “Exposições”; e pela revista Veja como a primeira das cinco melhores mostras de 2015, em Brasília. Em 2016, foi apresentada no Palácio das Artes – Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte (MG), com versão retrospectiva e ampliada em homenagem ao aniversário de 20 anos de morte do artista mineiro.

 

 

 

Prêmios e coleções

 

Praticamente esquecido nas últimas décadas, Farnese foi regularmente premiado de 1962 a 1970, como no Salão Nacional de Arte Moderna de 1970 (Prêmio de viagem ao exterior) e, em 1993, com o Prêmio Roquette Pinto de Os Melhores de 1992, pela exposição “Objetos”. Reconhecido como um dos mais valorizados artistas nacionais, suas obras podem ser encontradas nas maiores coleções particulares e museus do Brasil e do mundo, incluindo a Coleção de Arte Latino-Americana da Universidade de Essex, na Inglaterra, o Instituto de Arte Contemporânea de Londres, o MAC Niterói (RJ), o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), o MAM RJ, o Museu Nacional de Belas Artes, o MAM SP, entre outros.  Com uma produção ininterrupta participou de diversas Bienais internacionais e nacionais e suas obras hoje são disputadas entre grandes colecionadores.

 

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em Araguari, MG, Farnese de Andrade entrou, em 1945, na Escola do Parque de Belo Horizonte, onde foi aluno de Guignard e contemporâneo de artistas como Amilcar de Castro, Mary Vieira e Mário Silésio. Em 1948, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como ilustrador para suplementos literários de diferentes jornais e revistas. Começou sua carreira como desenhista e gravador. Na década de 1950, realizou a primeira exposição individual de seus desenhos e começou a frequentar o ateliê de gravura do MAM RJ, onde estudou gravura em metal com Johnny Friedlaender e Rossini Perez.  A partir de 1964, cria objetos ou assemblages com cabeças e corpos de bonecas, santos de gesso e plásticos, todos corroídos pelo mar, coletados nas praias e nos aterros. Utilizou com frequência velhos retratos de família e postais, e realizou trabalhos com resina de poliéster, sendo considerado um pioneiro da técnica no Brasil. Bolsista do governo brasileiro, viajou em 1970 para Barcelona. Sua volta em 1975 rendeu frutos e a fama de Farnese fortaleceu a paisagem artística brasileira. Mas não é por seu trabalho na gravura, sempre abstrato, nem como desenhista, seja abstrato ou figurativo, que ele é, hoje, conhecido e reconhecido, mas pela criação dos objetos chamados boxforms, cuja matriz explodida e iconoclasta é o barroco de sua infância. Oratórios, pedaços de madeira de igreja, ex-votos e outros constituíram, até a sua morte, um mundo estranho, às vezes mórbido e com fortes referências eróticas. Resultado de uma infância secreta, a obra sempre onírica e poética dá força e senso a um trabalho sem igual.

 

 

 

De 20 de março a 20 de abril.

Exposição de Nelson Leirner

14/mar

A Galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, abre seu calendário de 2018 com “A  Nova Revolução Industrial”,  exposição individual de Nelson Leirner. Com curadoria de Lilia Schwarcz, a exposição apresentará ao público nove tapeçarias que foram produzidas manualmente, reproduzindo os projetos do artista, por um grupo de tecelões durante o último ano.

 

A “nova revolução” proposta por Leirner é na realidade uma volta no tempo, quando o mundo não estava dominado pelas máquinas da revolução industrial, e nem pela tecnologia que recentemente inundou nossas vidas, mudando inclusive a forma como nos relacionamos com o tempo. E é exatamente a essa forma de produção artística que Leirner tem se dedicado: o artesanal.

 

As tapeçarias que já foram moda, e atualmente são vistas como algo kitsch, ganham no universo de Leirner uma graça que lhe é peculiar. Uma natureza-morta bordada ganha a companhia de frutas de plástico, partituras em preto e branco saem do papel para virarem um grande tapete, assim como as teclas de um piano. Mas o grande homenageado da exposição é o italiano Alighiero Boetti e seus “Maps of the world”, também uma série de bordados onde o artista suprimia países, alterava fronteiras e criticava todo tipo de jogo político. Desta vez é com ele que Leirner dialoga criando novas versões para o mapa mundi e aguçando e atualizando as tensões e ironias que já eram presentes na obra do italiano. Nas obras da mostra, o mundo aparece ora como um quebra cabeça, ora se desfazendo em fios, com o oriente refletindo o ocidente e também com novas representações territoriais. Todo o processo de feitura das obras também vai estar presente na exposição. Uma vitrine no centro da galeria abrigará as lãs e agulhas usadas pelos artesãos e também uma série de fotos deles trabalhando durante as várias etapas do projeto.

 

É desta forma que Leirner pretende fazer um convite ao espectador para se rebelar contra a aceleração em que estamos vivendo. Ver essas tapeçarias é compartilhar de um tempo bem gasto e pensar no significado simbólico do trabalho manual. Perder tempo também pode ser ganhar.

 

 

 

 

De 17 de março a 21 de abril.

Rocha Pitta no MAM-Rio

01/mar

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugura – foyer térreo -, no próximo dia 03 de março, às 15h, a exposição “memória menor”, de Matheus Rocha Pitta, artista mineiro, nascido em 1980, e radicado no Rio de Janeiro. Com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, a exposição é composta por três estelas, termo usado na arqueologia para definir elementos pré-históricos como lajes ou colunas de pedra, que portam inscrições, sejam elas comemorativas, territoriais ou funerais. As três lápides verticais, encostadas na parede de fundo do foyer, trazem, como inscrições, notícias de jornais sobre três acontecimentos ocorridos no Rio nos últimos cinco anos: o caso Amarildo (2013), o adolescente acorrentado a um poste (2014), e um rapaz vestindo farda policial, depois de detido – que o artista está produzindo especialmente para a exposição. Com 1,80m de altura e cerca de 1 metro de largura, as lápides “são três peças bem simétricas e bem silenciosas, medidativas, e contêm uma violência muito forte dentro delas”, comenta o artista.

 

O processo de construção do trabalho, que permite que as notícias de jornais estejam visíveis para o público, foi aprimorado por Rocha Pitta a partir de um procedimento que ele viu em um cemitério de Belo Horizonte, durante o restauro de uma sepultura danificada: as famílias que não podem arcar com lápides de granito ou mármore encomendam tampas de concreto. Jornais são usados como a base onde será jogado o cimento. Após secar, uma das faces, a que ficará virada para baixo, mantém, como gravura, o jornal que recebeu o concreto. “Pode-se dizer então que usei um procedimento que nasceu de um contexto funerário, arqueológico. Trata-se de um monumento-funerário”, diz Matheus Rocha Pitta.

 

No texto curatorial que acompanha a exposição, Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, destacam que ao contrário das estelas pré-históricas, feitas em pedra ou bronze, as que Rocha Pitta “realiza, ao contrário, são precárias, material e simbolicamente” “Retiradas de sua circulação diária, essas imagens, amareladas e frágeis, surgem como fragmentos difíceis de apagar”.

 

 

Até 22 de abril.

Nazareno no Rio

No dia 06 de março, Luciana Caravello Arte Contemporânea inaugura a exposição “Um segredo é a palavra viva entre uma boca e um ouvido”, do artista paulistano Nazareno, com 16 obras, que giram em torno da palavra segredo e de seus significados, desde a noção básica aplicada ao senso comum até outras tradições. Serão apresentadas quatro obras tridimensionais e 12 desenhos sobre diversos suportes, como madrepérola, couro, papel, madeira, entre outros. Todos os trabalhos são inéditos e foram produzidos este ano especialmente para esta exposição.

 

O objetivo do artista é fazer com que o público reflita sobre a questão do segredo, que acompanha a humanidade desde a infância, chegando até a vida adulta e velhice. “As obras funcionam como passagens, tais como os segredos que uma vez revelados desencadeiam inúmeras possibilidades, são trabalhos onde nada se faz aparente e que de fato dependem da ativação do expectador atento”, afirma o artista.

 

Todos os trabalhos de Nazareno possuem título, que, de acordo com ele, é uma primeira pista para que o segredo da obra seja revelado. Quatro caixas óticas, com conteúdos diversos, fazem parte da exposição. Por um orifício, o espectador poderá visualizar o interior, descobrindo os segredos e objetos inseridos na obra.

 

Doze desenhos completam a mostra. Nazareno aborda em suas obras aspectos relativos a memória, infância, contos de fadas, entre outros. Um dos desenhos da mostra traz um gato, desenho infantil, no meio de uma aquarela de madeira, com diversas cores. “Cada cor tem um significado, é uma sensação. Por exemplo, dizemos que a pessoa ficou vermelha ou ‘amarelou’”, explica o artista.

 

Os suportes para os desenhos são diversos e alguns são feitos, por exemplo, sobre madrepérola, que por si só já é um segredo, uma vez que é encontrada dentro das conchas. Outros elementos usados pelo artista em suas obras, como o ouro, por exemplo, também são carregados de segredo. “Quem tem ouro, geralmente esconde”, ressalta. No trabalho do artista, o ouro também aparece escondido e não é visto por todos. A partir da mostra de desenhos com inclusão de textos e curtas narrativas o visitante adentrará no mundo criado por Nazareno. Ao tratar o segredo como uma “energia viva”, Nazareno nos apresenta obras onde códigos, cifras e enigmas surgem naturalmente, sugerindo ao espectador uma potencial busca por informações, dados ocultos, entre outros mistérios da socialização que costumamos chamar segredos. 

 

 

Sobre o artista

 

Graduado no bacharelado em artes visuais na Universidade de Brasília em 1998. Nazareno aborda em suas obras aspectos relativos à memória, infância, contos de fadas, narrativas, bem como a fragilidade do sujeito contemporâneo frente à impossibilidade de transcendência. Realizadas em variadas mídias como desenho, esculturas, instalações, vídeos, gravuras, entre outras, são trabalhos que potencializam a atenção do espectador pelo caráter de sua miniaturização evidenciando outras realidades e eventualmente conduzindo o adulto/espectador a um estranhamento em seu rebaixamento a uma condição infantil. Com uma carreira que conta com exposições nacionais e internacionais nos últimos quinze anos, além de prêmios e publicações em revistas, catálogos e livros de arte, as obras do artista estão em diversas coleções públicas e privadas.

 

 

Até 07 de abril.

 

O Maravilhamento das coisas

28/fev

A Galeria Sancosky, Jardim Paulista, São Paulo, SP, convida para a abertura da exposição “O Maravilhamento das Coisas”, coletiva com curadoria de Julie Dumont – The Bridge Project.  A mostra propõe uma reflexão sobre os desdobramentos da estética do cotidiano na arte contemporânea e reúne trabalhos que borram os limites entre arte erudita e popular, figuração e abstração, original e cópia. Participam os artistas Daniel Barclay, Mariano Barone, Bruno Brito, Leda Catunda, Matheus Chiaratti, Tatiana Dalla Bona, Mayla Goerisch, Martin Lanezan, Mano Penalva e Sergio Pinzón.

 

Através de instalações, esculturas, pinturas e assemblages, a exposição reflete sobre as estratégias de apropriação de referências corriqueiras através da lente subjetiva e afetiva dos artistas, usando objetos e imagens familiares e projetando-os para ou além da parede. Criando novas funções e significados, derrubando fronteiras e transpondo lugares conhecidos para o lugar da arte, a coletiva traz à tona os deslocamentos operados pelos artistas, transformando as coisas do cotidiano e aplicando o paradigma da arte contemporânea na sua relação mais íntima com o público. Neste jogo de possibilidades, de expansão e permeabilidade dos conceitos de obra de arte, beleza e finitude, o visitante é convidado a uma jornada empática no universo pessoal dos artistas, no campo lúdico da arte, o do maravilhamento das coisas.

 

 

Até 31 de março.

Jorge Feitosa na Galeria VilaNova

23/fev

A Galeria VilaNova, localizada Vila Nova Conceição, São Paulo, SP, inicia seu calendário expositivo de 2018 com “Lágrimas de Ouro”, do artista visual Jorge Feitosa, sob curadoria de Bianca Boeckel. Por meio de doze fotografias, oito objetos/esculturas, dois vídeos-performance, uma instalação e um painel formado por vinte imagens, a mostra apresenta um mergulho nas emoções mais íntimas do artista e propõe reflexão sobre a memória do corpo, trazendo a tona questões como deslocamento, identidade e morte.

 

“Nasci em Porto Velho (RO) e me mudei para São Paulo ainda adolescente. Desde pequeno, quando saía com meu pai, costumava ficar sempre olhando para o lado de fora do carro para não perder nada do que se passava, e são algumas dessas imagens e paisagens que permanecem na minha memória, mesmo que fragmentadas.” Ao se aprofundar nessas lembranças ou fragmentos de memórias, Jorge Feitosa extrai de si tudo que há de mais íntimo e pessoal, como afetividades, deslocamentos, informações, emoções e sentimentos, dos quais resultam sua produção artística. Em “Lágrimas de Ouro”, o artista performa frente à câmera cenas advindas de seu próprio subconsciente e as fotografa, criando assim uma forte carga imagética e que, em alguns trabalhos, se aproxima da foto-performance. “Ao interagir com o meio, animais vivos e mortos e matérias orgânicas, suas fotografias e vídeos ganham genuinidade e textura – é como se embarcássemos juntos em suas viagens”, comenta Bianca Boeckel, curadora da exposição.

 

Sobre a técnica, Jorge Feitosa prefere que ela seja desenhada e utilizada naturalmente, para não limitar as possibilidades de suporte. “Fico sempre aberto e atento, observando cada detalhe de tudo, só ai decido a técnica e suporte.” Para esta nova mostra na Galeria VilaNova, a temática do resgate da memória afetiva e emocional continua sendo sua escolha, mas agora na condição de um indivíduo que sofreu um deslocamento físico – remetendo principalmente a sua mudança de Porto Velho (RO) para São Paulo, quando adolescente. Em suas palavras: “Quando estou com uma imagem na cabeça e quero torná-la física, busco fazer isso no menor espaço de tempo para que ela não se perca. Ganho tempo já na seleção do que levo para minhas locações – duas câmeras, um tripé, três baterias, além e claro de contar com a luz natural do ambiente. Gosto que tudo seja rápido, pois na minha cabeça já tenho toda imagem resolvida. Acredito que isso conserva o frescor e a fidelidade que quero transmitir com um trabalho”.

 

A partir da pesquisa de imagens e fragmentos de memória, o artista dá início a um trabalho, revendo a origem dessas imagens. O próximo passo desse processo é sair a campo, geralmente entre São Paulo e Rondônia, onde tenta tornar física a inspiração estética que seu subconsciente buscou. Nas palavras de Ananda Carvalho, professora, crítica de arte e curadora: “Jorge Feitosa reflete sobre as buscas de uma identidade mestiça. O artista nasceu e cresceu em Porto Velho (Rondônia), mas vive na cidade de São Paulo há mais de 30 anos. Mas, além das referências biográficas, seu trabalho procura discutir uma concepção ampliada entre as forças que interferem na constituição das subjetividades do indivíduo contemporâneo”.

 

 

Sobre o artista

 

Jorge Feitosa nasceu em Porto Velho, RO, 1969. Vive e trabalha em São Paulo. É graduado em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2013) e também possui formação em fotografia pelo MAM de São Paulo, onde participou junto ao coletivo de fotógrafos da publicação do livro Luz Marginal Procura Corpo Vago. Pesquisa a performance e sua relação com a fotografia e vídeo, trazendo à tona um imaginário que apresenta questões inerentes ao homem contemporâneo, como por exemplo, a ideia de enraizamento e deslocamento. Entre suas principais exposições destacam-se Foto-Performance, Oficina Cultural Oswald de Andrade, SP (2015), Mappa Dell’arte Nuova – Imago Mundi Art – Fondazione Giorgio Cini, Veneza-Itália (2015), 2ª Bienal de Veneza/Neves, MG, (2015), Das Matizes as matrizes, SP ESTAMPA, Verve Galeria (2015), Performa-Projetos Curados/Curated Projects, SP-Arte – Feira Internacional de Arte de São Paulo (2015), Impressões Impressas, SP ESTAMPA, Verve Galeria (2014), Da Luz ao Inacabado, Galeria 13 – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2014), Transfigurações – O que precede o corpo, Verve Galeria (2013) e Diálogos e Expressões Gráficas, SP ESTAMPA, no Museu de Belas Artes de São Paulo (2012).

 

 

 

Sobre a Galeria VilaNova

 

Localizada na região do Parque Ibirapuera, a Galeria VilaNova promove artistas em ascensão e consagrados, e tornou-se ponto de encontro para quem aprecia boa arte. Em sua 22ª exposição, a galeria atende a um público exigente, sempre em busca de novidades em fotografia, pinturas, esculturas e diversas mídias. Através de intensa pesquisa e de uma curadoria detalhista, exibe uma grande variedade de arte conceitualmente significativa e visualmente estimulante. Uma combinação de mostras coletivas e solo, além de um acervo eclético e em constante renovação, permitem que colecionadores apreciem trabalhos sempre novos e aprendam sobre as últimas tendências. Bianca Boeckel, proprietária e diretora, atua também como consultora de artistas e clientèle, lançando mão de sua experiência internacional.

 

 

De 1º de março a 07 de abril.

Prova de Artista/Fortes D’Aloia & Gabriel

18/dez

Já está aberta ao público a exposição “Prova de Artista” que encerra a programação 2017 da Fortes D’Aloia & Gabriel. A mostra permanecerá em cartaz até 24 de fevereiro na Galeria, Vila Madalena, São Paulo, SP. “Prova de artista” traz obras assinadas por Cabelo, Cristiano Lenhardt, Jac Leirner, Leda Catunda, Lucia Laguna, Luiz Zerbini, Mauro Restiffe, Odires Mlászho, Pedro França, Rodrigo Cass, Rodrigo Matheus e Sara Ramo.

 

Prova de Artista toma o título de empréstimo do termo originário da gravura – as provas de artista são as cópias que o autor reserva para si, à parte da edição final de uma obra – para investigar a relação de intimidade que o artista mantém com o próprio trabalho. Concebida e organizada pela equipe da Fortes D’Aloia & Gabriel, a coletiva reflete o desejo de desvelar questões próprias do fazer artístico que muitas vezes ficam restritas aos bastidores da produção.

 

Ao debruçar-se sobre as decisões que levam o artista a reconhecer a obra já em seu estado final ou compreendê-la como experimento de sua vivência no ateliê, a exposição promove a redescoberta de obras como Retalhos de Plástico (1996) de Leda Catunda. Tido pela artista como um estudo, o trabalho permanecia inédito e “esquecido” até então, podendo agora adentrar novos territórios semânticos. Rodrigo Cass exibe, em sequência, quatro vídeos realizados entre 2006 e 2007. São seus primeiros flertes com essa mídia, cuja mise-en-scène caseira revela um vínculo íntimo e afetivo. Contents (2017), uma pintura de concreto sobre linho, também desenvolve essa noção ao reinterpretar a pauta de seu caderno de anotações com alguns conceitos-chave que norteiam sua pesquisa.

 

Em conjunto, os trinta desenhos Sem título (2017) de Cabelo denotam um ritmo intenso de produção, excerto de uma série de 140 estudos a óleo realizada em apenas três dias. Antes de ganharem painéis, telas e murais de maior escala, seus seres híbridos convivem com anotações processuais, onde o próprio artista assinala a intensidade de sua práxis ao afirmar em um dos desenhos: “não paro”. A palavra também é explorada nas Cartas para Poemas Automáticos (2012) de Odires Mlászho, nas quais fragmentos de clichês tipográficos se mesclam ao fundo reticulado para dar origem a composições abstratas.

 

Retrato (2008) de Luiz Zerbini representa um ponto de virada em sua carreira e exemplifica sua diversificada investigação pictórica. Exibida originalmente como parte de uma instalação no Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo, 2008), a obra é uma grande tela negra que vai à divisa da problemática da representação na pintura: sua superfície reflexiva é preenchida por vultos do entorno.

 

Jac Leirner apresenta duas obras que demonstram um contínuo compromisso de explorar os materiais até o limite. Osso 008 (40 Desenhos) (2008) é concebida a partir dos estudos de sua série com sacolas de plástico, enquanto Timeline (2008-2014) é feita com aparas de papel de outra obra, elegidas e agrupadas por inscrições das datas. De maneira análoga, os Desenhos (2016) de Lucia Laguna ganham forma a partir das sobras materiais de sua atividade: são colagens com as fitas utilizadas nas suas telas que traduzem de forma autônoma a abstração desenvolvida nas pinturas. Sara Ramo, por sua vez, cria esculturas de gesso pedra em Matriz e a Perversão da Forma (2015) a partir das máscaras de papel presentes em seu vídeo Os Ajudantes (2015).

 

O Radiador Bruto 5 (2017) de Cristiano Lenhardt é parte de um série iniciada em 2014. Retiradas do mundo em seu estado cru, a obra revela uma curiosa abstração espontânea, cuja geometria flerta com o aspecto randômico de outros trabalhos do artista. Em processo similar, Rodrigo Matheus instala a carcaça de um aparelho antigo de ar-condicionado no canto superior de uma das paredes da Galeria. Potencializado pela ambiguidade permissiva do teste, o corpo estranho adere ao espaço e instaura-se entre a dúvida e a possibilidade do pertencimento real.

 

A série Vermeer (1997-2002) de Mauro Restiffe esgarça os limites da metalinguagem ao explorar as possibilidades de presença de uma mesma fotografia em diferentes contextos. Se Vermeer (1997) apresentava uma pintura entrecortada de Johannes Vermeer no museu, Wrapped Vermeer (1999) é a foto da foto de 1997 embrulhada em plástico bolha, enquanto em Hanging Vermeer (2002) a mesma reaparece pendurada no laboratório fotográfico. Essa última, editada pela primeira vez especialmente para esta exposição, é apresentada com uma sequência de folhas de contato fotográficas que explicitam diferentes momentos da série e o processo de escolhas do artista.

 

Com Environ (2017), Pedro França ocupa o segundo andar da Galeria criando um ambiente distópico em tons verdes e azuis de chroma key. As peças são ambivalentes e podem ser lidas tanto como esculturas autônomas quanto como objetos de cena cuja presença converge no trabalho em vídeo que completa a instalação. Usando as superfícies de chroma key para inserir efeitos visuais, o artista continuará editando o vídeo ao longo da mostra, oferecendo uma obra em mutação que se coloca incessantemente à prova.

 

 

A galeria cumprirá o recesso de fim de ano: fechada entre 22 Dezembro 2017 e 07 Janeiro de 2018. No Carnaval: fechada entre 10 e 14 Fevereiro de 2018.

Sued: em obras inéditas

Celebrando 7 anos de atividades, a Mul.ti.plo Espaço Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, exibe até 20 de janeiro de 2018, exposição de telas, objetos e um múltiplo inéditos de um dos mais importantes artistas contemporâneos brasileiros, Eduardo Sued. Conhecido como um dos maiores coloristas da arte brasileira, prestes a completar 93 anos, Eduardo Sued se renova, lançando obras inéditas e cheias de vigor, nas quais a profusão de cores, uma característica de seu trabalho, é reduzida e o cinza e o preto se destacam.

 

 

Sobre o artista

 

Eduardo Sued. Rio de Janeiro, 1925. O primeiro contato de Eduardo Sued com a cor foi através de aquarelas, em 1948, quando estudou com Henrique Boese, herdeiro do expressionismo europeu. De 1951 a 1953 viveu em Paris. Frequentou a Académie Julien e a Académie de la Grande Chaumière, onde fazia desenhos de modelos vivos. Durante a estada na França entra em contato direto com as obras da École de Paris, de Pablo Picasso, Miró, Matisse e Georges Braque. De volta ao Brasil, passa a trabalhar com gravura em metal, sendo aluno de Iberê Camargo – e a figuração das gravuras já se revelava moderna, com certa fragmentação. O interesse por grandes áreas cromáticas e a busca por mais plasticidade levam o artista a se dedicar de forma cada vez mais intensa à pintura, em meados dos anos 1960. Em sua primeira individual, de pinturas, guaches e aquarelas na Galeria Bonino em 1968, os críticos já chamavam a atenção para a fusão da geometria com a figura, como Walmir Ayala, que descrevia o trabalho como uma “conjugação da abstração geométrica com a livre distribuição de formas do subconsciente, criando uma caligrafia do espiritual”. Sued nunca participou ativamente de nenhum movimento, se mantendo distante das disputas entre concretos e neoconcretos nos anos 1950 e das discussões sobre a nova figuração dos 1960. Vai formando sua poética abstrata pouco a pouco; após um breve período de produção figurativa, conquista já no início dos anos 1970 o domínio seguro da linguagem construtiva. Em meados dos anos 1990, introduz elementos novos em seu trabalho, como a tinta de alumínio e pinceladas espessas e descontínuas de modo que a superfície pareça ‘quase esculpida’, além de retornar à colagem, presente nos anos 1960 e 1970.

Vik Muniz em Ipanema

11/dez

 

A Galeria Nara Roesler, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, traz para a sua sede carioca “Handmade”, exposição de Vik Muniz, cuja primeira versão foi apresentada em seu espaço paulistano em 2016. A série Handmade chega ao Rio com obras inéditas nas quais Vik renova caminhos e procedimentos presentes em sua produção, ao investigar a tênue fronteira entre realidade e representação, entre o objeto original e sua cópia. Sem recurso narrativo, as obras revelam explicitamente o processo do trabalho, ao mesmo tempo em que brinca com as certezas do espectador.

 

Segundo o artista, o que você espera ser uma foto não é, e o que você espera que seja um objeto é uma imagem fotográfica. “Em uma época em que tudo é reprodutível, a diferença entre a obra e a imagem da obra quase não existe”, diz. Em seu texto sobre a série, Luisa Duarte aponta a dificuldade de se distinguir onde termina a cópia e onde começa a intervenção manual do artista. “É nesse limbo das certezas que o artista deseja nos inserir”.

 

Duarte ressalta que, em Handmade, diferentemente de suas obras realizadas a partir de imagens conhecidas e referências a materiais mundanos, “Vik alude à vasta tradição da arte abstrata, destilando para isso suas fórmulas básicas na criação de maneiras inusitadas de meditar sobre a imagem e o objeto, sobre a ambiguidade dos sentidos e a importância da ilusão”. Em seu texto, Luisa Duarte conclui: “Handmade traça a constante preocupação do artista em transcender as dimensões simbólicas da imagem”.

 

Além da paradoxal relação entre imagem e objeto e do recorrente uso de estratégias ilusionistas – “A ilusão é um requisito fundamental de todo tipo de linguagem”, diz -, esses trabalhos flertam com a arte conceitual e estabelecem um intenso diálogo com a arte abstrata, cinética e concreta. Sobretudo, segundo Vik, pelo interesse comum em relação às teorias da Gestalt, mais especificamente nos campos da psicologia e da ciência.

 

 

Sobre o artista

 

Vik Muniz nasceu em 1961, São Paulo, Brasil. O artista vive  e trabalha entre Rio de Janeiro e Nova York)  e destaca-se como um dos artistas mais inovadores e criativos do século 21. Conhecido por criar o que ele descreve como ilusões fotográficas, Muniz trabalha com uma vasta gama de materiais não convencionais – incluindo açúcar, diamantes, recortes de revista, calda de chocolate, poeira e lixo – para meticulosamente criar imagens antes de registrá-las com sua câmera. Suas fotografias muitas vezes citam imagens icônicas da cultura popular e da história da arte, desafiando a fácil classificação e a percepção do espectador. Sua produção mais recente propõe um desafio ao público ao apresentar trabalhos que colocam o espectador constantemente em xeque sobre os limites entre realidade e representação, como atesta a obra Two Nails (1987/2016), cuja primeira versão pertence ao MoMA de Nova York. Vik Muniz iniciou sua carreira artística ao chegar em Nova York em 1984, realizando sua primeira exposição individual em 1988. Desde então, vem conquistando enorme reconhecimento, expondo em prestigiadas instituições em todo o mundo. Podemos destacar entre elas: Vik Muniz: Handmade (Nichido Contemporary Art, NCA, Tóquio, Japão, 2017); Afterglow: Pictures of Ruins (Palazzo Cini, Veneza, Itália, 2017); Vik Muniz (Museo de Arte Contemporáneo, Monterrei , México, 2017); Vik Muniz: A Retrospective (Eskenazi Museum of Art, Bloomington, EUA, 2017); Vik Muniz (High Museum of Art, Atlanta, EUA, 2016); Vik Muniz: Verso (Mauritshuis, The Hage, Holanda, 2016); Lampedusa, 56a Bienal de Veneza (Naval Environment of Venice, Itália, 2015); Vik Muniz: Poetics of Perceptions (Lowe Art Museum, Miami, EUA, 2015); edição de 2000 da Bienal de Whitney (Whitney Museum of American Art); 46ª Exposição Bienal Media/Metaphor (Corcoran Gallery of Art, Washington, EUA, 2000); e da 24ª Bienal Internacional de São Paulo (1998). Seus trabalhos fazem parte de importantes coleções públicas como a do Museum of Modern Art, Nova York; Guggenheim Museum, Nova York; Metropolitan Museum of Art, Nova York; Los Angeles Museum of Contemporary Art, Los Angeles; Tate Gallery, Londres; Museum of Contemporary Art, Tóquio; Centre Georges Pompidou, Paris; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, entre várias outras no Brasil e no exterior. Em 2001, Muniz representou o Brasil na 49a Bienal de Veneza. Muniz também é tema do filme Waste Land, indicado ao Oscar de melhor documentário em 2010, e em 2011, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO.

 

 

Até 07 de fevereiro de 2018

Alex Flemming em BH

A Fundação Clóvis Salgado, Nelo Horizonte, MG, recebe a exposição Alex Flemming “De CORpo e Alma” na Grande Galeria do Palácio das Artes. A exposição ocupa um dos mais importantes espaços expositivos da Fundação e traz uma “retroperspectiva” de 37 anos de produção artística, transitando pela gravura, instalação, desenho, colagem em esculturas e objetos, e pintura sobre superfícies não tradicionais. As obras são agrupadas em séries de formatos e cores, tratando do caráter circular da arte de Flemming, que costuma abordar e ressignificar a mesma temática em diferentes períodos de sua carreira.

 

 

Da colagem à reapropriação

 

A representação do corpo humano, temática frequente na obra de Flemming, abre a exposição por meio de duas coleções pontuais. O expectador poderá conhecer a série Eros Expectante (1980), com14 gravuras com imagem do retrato nu feminino e masculino, e que rendeu ao artista a bolsa de estudos da Fulbright Foundation. Nessa série, utilizando novas técnicas e dimensões da gravura, Flemming reconstruiu negativos fotográficos e ampliou as imagens de forma inovadora para a época. A reapropriação imagética também ocorre em A guerra incompreensível (1982), série com seis imagens de fragmentos de jornais que relatam conflitos de guerra. Escritos em diferentes línguas, as imagens são, segundo Flemming, uma metáfora de denúncia política. Como apontado por Henrique Luz, “essas duas pequenas séries podem ser vistas como um núcleo poderoso de ideias que foram trabalhadas até a exaustão por Flemming, nos oferecendo uma reflexão sobre o mundo em que vivemos”.

 

 

Retratos, cores e códigos

 

 

Em 1998, Flemming realizou 44 painéis em vidro para a Estação Sumaré do Metrô de São Paulo, com fotos de pessoas comuns, às quais sobrepõe com letras coloridas trechos de poemas de autores brasileiros, criando um acúmulo de significados. Um desses vidros estará no percurso da exposição, assim como quatro painéis da série Biblioteca (2016), na qual o artista retratou frequentadores da Biblioteca de São Paulo. Ao final dos anos 1990, com o avanço da impressão digital e recursos de computação gráfica, Flemming constrói a série Body Builders (2000-2006), fundindo fotografias de homens seminus a mapas de regiões em conflito de guerra, como tatuagens. Segundo o curador, Body Builders é um trabalho de denúncia contra a guerra pelo mundo e como os jovens são literalmente marcados por esses conflitos. “A intenção de Flemming ao sobrepor imagens é dificultar a leitura rápida das obras, fazendo o observador desacelerar o olhar para compreender não só o que está escrito, mas o que está codificado”, ressalta.

 

 

Do céu ao caos

 

Na série Anjos e Sereias (1983-1985), o artista se debruça sobre a devoção popular realizando uma releitura cromática de santinhos como o de Iemanjá, São Miguel Arcanjo e Santa Cecília. Ainda dentro dessa temática, Flemming se apropria fotograficamente de várias representações de Cristo e suas proporções áureas encontradas em obras do Barroco Brasileiro e Português. O fascínio da morte também estará representado com pinturas em animais empalhados, série apresentada no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, em 1990, e na XXI Bienal Internacional de São Paulo, em 1991. A série Caos (2008-2015) completa a exposição, composta por pinturas baseadas em fotografias do próprio artista, feitas a partir de 2005, nas quais retrata a vida cotidiana. “Flemming fala sobre a brevidade da vida, sobre a nossa passagem por esse planeta, do caos de onde viemos e para onde retornaremos”, revela o curador. Na parede oposta, estarão várias das roupas que o artista usou durante anos e que foram também pintadas em cores fortes. Sobre elas, Flemming escreveu sentimentos que vivenciou.

 

 

Sobre o artista

 

Alex Flemming nasceu na cidade de São Paulo, em 1954, e reside atualmente em Berlim, na Alemanha. Pintor, escultor e gravador, frequentou o Curso Livre de Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1972 e 1974. Cursou serigrafia com Regina Silveira e Júlio Plaza, e gravura em metal com Romildo Paiva, em 1979 e 1980. Na década de 1970, realizou filmes de curtas-metragens e participou de inúmeros festivais de cinema. Em 1981, se muda para Nova York, onde permanece por dois anos e desenvolve projeto no Pratt Institute, com bolsa de estudos da Fulbright Foundation. A partir dos anos 1990, realiza intervenções em espaços expositivos e pinturas de caráter autobiográfico, passando a recolher utensílios como móveis, cadeiras e poltronas, para utilizar em assemblages, aplicando tintas, letras ou textos. Foi professor da Kunstakademie de Oslo, na Noruega, entre 1993 e 1994. Em 2002, são publicados os livros Alex Flemming, pela Edusp, organizado por Ana Mae Barbosa, com textos de diversos especialistas em artes visuais; Alex Flemming, uma Poética…, de Katia Canton, pela Editora Metalivros; e, em 2005, o livro Alex Flemming – Arte e História, de Roseli Venturella e Valéria de Souza, pela Editora Moderna.

 

 

 Classificação: 18 anos

 

De 13 de dezembro até 25 de Fevereiro de 2018.