Com Marcelo Guarnieri/SP

28/jul

A pintura, no trabalho de Alice Shintani, é entendida como ponto de partida para imaginar e exercitar formas de aproximação com o outro. Vencedora do Prêmio de Residência SP-Arte 2017, Shintani apresenta, a partir de 12 de agosto, sua exposição individual na Galeria Marcelo Guarnieri, Jardins, São Paulo, SP.

 

A individual apresenta a produção dos últimos quatro anos de Shintani, que propõe uma abordagem menos especializada da tradição da pintura e história da arte para refletir sobre o estado das coisas no presente, tanto dentro quanto fora do circuito artístico. Essa reflexão, de maneira mais ampla, é uma reflexão sobre as possibilidades da experiência estética: como ela se constrói, onde e como podemos acessá-la. Defendendo a ideia de que tal experiência existe para além do campo da arte, ou seja, também no espaço cotidiano, Shintani transita entre contextos diversos, da galeria de arte ao depósito do mercadinho de bairro, reunindo em seu trabalho as questões geradas por essas vivências.

 

“Menas”, palavra que dá título à exposição, pode ser utilizada tanto como o feminino da palavra “menos” dentro de uma linguagem coloquial, quanto como expressão que denota ironia a algo que está sendo superestimado. Ambos os sentidos nos ajudam a adentrar o universo que Alice Shintani constrói em torno de suas pinturas, agora materializadas em papéis sanfonados e tecidos.

 

A mostra apresenta a instalação homônima, composta por cerca de 300 Sanfoninhas que, ora são acondicionadas em caixas de acrílico, ora são montadas sobre caixas maiores de papelão de produtos alimentícios e de limpeza – de origem brasileira e asiática. As caixas ocupam toda a sala principal da galeria, em conjuntos que se organizam de maneiras diversas, atingindo alturas que também variam, proporcionando ao espectador uma experiência imersiva.

 

“Menas” é uma mostra que convida a refletir sobre as ideias de movimento, elasticidade, alcance: seja do corpo e das caixas pelo espaço; das “Sanfoninhas” que se contraem e expandem revelando cores e formas distintas; dos tecidos que chacoalham com o vento, ou até mesmo da própria ação da artista, interessada em diminuir as distâncias e significados entre os gestos poético e político.

 

 

Sobre a artista

 

Alice Shintani foi incluída na publicação “100 painters of tomorrow”, da editora Thames & Hudson (2014) e foi contemplada com o prêmio-aquisição no II Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea (2013).  Com individuais e coletivas em locais como: Museu de Arte Contemporânea da USP; Paço Imperial, Rio de Janeiro; Centrum Sztuki Wspólczesnej, Polônia; Instituto Itaú Cultural, São Paulo; CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro: Museu Rodin, em Salvador; MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba e Instituto Tomie Ohtake, São Paulo. Durante a última edição da SP-Arte/2017, Alice Shintani venceu o Prêmio de Residência com a instalação “Menas” e irá passar dois meses na Delfina Foundation, em Londres (Reino Unido).

 

 

Sobre a Galeria

 

Reconhecido nome da arte moderna e contemporânea em Ribeirão Preto (SP), o galerista Marcelo Guarnieri pertence à geração dos anos 80 que levou para a cidade no interior de São Paulo, exposições e mostras de nomes como Iberê Camargo, Siron Franco, Carmela Gross, João Rossi, Lívio Abramo, Amílcar de Castro, Tomie Ohtake, Volpi, entre outros. Dominada, até então, pelos artistas locais, em um trabalho de vendas informal, Guarnieri, ao lado de João Ferraz (hoje IFF) e colecionadores de artes, cultivou um espaço que hoje pode ser considerado o resultado de um trabalho de consolidação profissional de imagem e de um olhar estético técnico e apurado. Por um período de dois anos, Marcelo foi diretor do Museu de Arte de Ribeirão Preto – o MARP – em sua fase inicial. No ano de 2006 nascia a Galeria de Arte Marcelo Guarnieri com o desejo de criar um espaço fora do eixo Rio-SP, que dialogasse com nomes das artes moderna e contemporânea. Em oito anos, além das exposições mencionadas acimas, a participação em feiras e eventos nacionais e internacionais, atraíram apreciadores da arte para o endereço. Resultado da experiência e da percepção de Marcelo Guarnieri e de sua equipe: notaram que além da apresentação de nomes significativos do último período de produção artística, era necessário fortalecer, cultivar e estimular no público o entendimento da obra, do artista e do seu tempo de produção, por meio de visitas e atividades educacionais.

 

 

Até 23 de setembro.

Metara Porto Maravilha

O escritório de arte Metara, de Susi Cantarino, será reinaugurado no dia 29 de julho, agora em um sobrado tombado na região portuária no centro do Rio de Janeiro. Esta reinauguração será marcada pela abertura da exposição “Metara Porto Maravilha”, reunindo 27 artistas visuais e fotógrafos. A Metara é pioneira no conceito de uma galeria de arte e molduraria de alto nível.

 

O prédio foi contemplado pelo Pro-APAC e os três andares do casarão de 1870 foram restaurados de acordo com o projeto idealizado por Ricardo Cantarino, arquiteto e sócio da galeria, e projetado por Elaine Fachetti e Anna Backenhauser, do Ateliê de Arquitetura.

 

Funcionando há cerca de um mês em ritmo de soft opening, a inauguração vai ter clima de festa, quando Susi Cantarino comemora seu aniversário. Os convidados, que participam da coletiva “Metara Porto Maravilha”, são: Ana Carolina, Ana Durães, Analu Prestes, Almir Reis, Ana Luiza Rego, Andrea Nunes, Elaine Eiger, Evandro Teixeira, Flavio Mac, Ira Etz, Jefferson Svobada, Jorge Barata, Julia Ninio, Laura Bonfá Burnier, Marzio Fiorini, Osvaldo Gaia, Patricia Secco, Pedro Jardim de Mattos, Ricardo Becker, Rogerio Camacho, Rona Neves, Susi Sielski Cantarino, Vera Bernardes, Vincent Rosenblatt, Walter Carvalho, Xico Chaves e Yao-Tang Huang.

 

 

Abertura: 29 de julho das 15hs às 19hs

Onde: Rua Sacadura Cabral, nº 264 – Saúde (VLT AquaRio ou Harmonia)

 

Novíssimos 2017

Tudo novo de novo. Pela primeira vez no endereço que acaba de inaugurar, a Galeria de Arte IBEU, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta, no dia 1º de agosto, a 46ª edição do Salão de Artes Visuais Novíssimos 2017, o único salão de arte do Rio de Janeiro. A edição deste ano tem curadoria de Cesar Kiraly e conta com a participação de 11 artistas que apresentarão trabalhos em pintura, instalação, objeto, fotografia, vídeo, desenho e performance. Os selecionados são Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda (RJ), Ana de Almeida (RJ), Ayla Tavares (RJ), Betina Guedes (São Leopoldo, RS), Caio Pacela (RJ), Clara Carsalade (RJ), Felipe Seixas (SP), Jean Araújo (RJ), Juliana Borzino (RJ), Leandra Espírito Santo (RJ/SP) e Stella Margarita (RJ). O artista em destaque de “Novíssimos 2017” será divulgado na noite de abertura e contemplado com uma exposição individual na Galeria de Arte Ibeu em 2018.

 

Já participaram de Novíssimos artistas como Anna Bella Geiger, Ivens Machado, Ascânio MMM, Ana Holck, Mariana Manhães, Bruno Miguel, Pedro Varela, Gisele Camargo, entre outros.   

 

“Novíssimos 2017” tem como proposta reconhecer e estimular a produção de novos artistas, e com isso apresentar um recorte do que vem sendo produzido no campo da arte contemporânea brasileira em suas diversas vertentes. Até 2016, 610 artistas já haviam participado de “Novíssimos”, que teve sua primeira edição em 1962. Nesta 46ª edição, a proposta curatorial diz respeito à interrogação da distância entre as imagens da vigília e do sono.

 

“Foram escolhidos artistas em início de trajetória que se propuseram a pensar a experiência dessa forma expandida. O onírico surge atrelado aos mais diversos suportes, em formas escultóricas de pano, fotografia, na interação do concreto com aparato eletrônico, no conflito do rosto com matérias que insistem em cobri-lo, nas estratégias de captação de vídeo. Podemos contemplar os percursos dos artistas, mas também tivemos a oportunidade de indicar trabalhos que nos pareceram exemplares de boa direção na proposta que nos foi submetida”, afirma Cesar Kiraly.

 

 

Sobre alguns participantes

 

 

Amador e Jr Segurança Patrimonial Ltda

Antonio Gonzaga Amador – Mestrando em Estudos Contemporâneos das Artes PPGCA/UFF. Graduado em Pintura pela EBA/UFRJ em 2013. Participou de cursos e oficinas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage entre 2012 e 2014. Integrou o Laboratório Contemporâneo para jovens artistas na Casa Daros, em parceria com o Instituto MESA e o Coletivo E em 2014. Cursou em 2016 o acompanhamento de processos artísticos no Saracvra . Dentre as exposições que participou destacam-se a 27° Mostra de Arte da Juventude (Ribeirão preto/SP), com premiação; 35° salão Arte Pará – 2016 (Belém/PA), premiado como ‘Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.;  Salão Arte Londrina 4 – Alguns Desvios do corpo (Londrina/PR). Atualmente desenvolve pesquisa artística sobre o corpo e sua condição biográfica de possuir diabetes tipo 1, o comportamento metódico e a rotina, e o contexto social e econômico do açúcar no Brasil.

 

Ayla Tavares

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1990. Graduada em Design Gráfico pela PUC-Rio, tem formação em Arte Educação pelo Instituto a Vez do Metre/Universidade Cândido Mendes. Também frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

 

Betina Guedes

Artista visual e professora. Doutora e mestre em Educação (UNISINOS), RS. Atua na UNISINOS. Sua produção artística tem como eixo a memória e suas articulações com a cidade, o corpo e a escrita.

 

Caio Pacela

Nascido em 1985 no interior Estado de São Paulo, mudou-se no ano de 2000 para o Estado do Rio de Janeiro. Atualmente vive em Niterói, RJ, onde mantém seu estúdio. Graduado desde 2013 em Pintura pela EBA (Escola de Belas Artes) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Desde o ano de 2014 frequenta cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. ​Atuou como freelancer entre 2002 e 2012 desenvolvendo ilustrações de estampas para três diferentes marcas de surfwear brasileiras e na criação de personagens para projetos e instituições. Hoje dedica-se inteiramente à sua própria produção.

 

Felipe Seixas

Vive e trabalha em São Paulo. Formado em Design Digital (2011) pela Universidade Anhanguera, São Paulo. Participou dos cursos “A escultura como objeto artístico do século XXI” com Ângela Bassan (2015) e “Esculturas e Instalações: possibilidades contemporâneas” (2016) com Laura Belém, ambos na FAAP e do grupo de acompanhamento de projetos do Hermes Artes Visuais, com Nino Cais e Carla Chaim (2016). Em 2017, fez sua primeira exposição individual: (I) matérico presente, com curadoria de Nathalia Lavigne, na galeria Zipper (projeto Zip’Up). Participou da XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira 2017 (Portugal) e da 2ª Bienal Caixa de Novos Artistas, com itinerâncias pelo Brasil. Em 2016 participou da 1ª Bienal de Arte Contemporânea do Sesc-DF. Em 2016 recebeu o prêmio Menção Honrosa no 15° Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos e em 2015 recebeu o prêmio Menção Especial no 22° Salão de artes Plásticas de Praia Grande.

 

Jean Araújo

Jean Araújo nasceu em Vitória da Conquista (BA) em 1975, mas foi aos 24 anos de idade que passou a dedicar-se à pintura. Em 2011, morando no Rio de Janeiro, passou a executar trabalhos dentro de uma pesquisa do POP ART. Mas foi em 2013 que passou a dedicar-se exclusivamente ao universo das artes plásticas. Desde então realizou duas mostras individuais, uma no Rio de Janeiro e outra em Minas Gerais. Paralelamente o artista começou a frequentar cursos no Parque Lage e em outras instituições como forma de aprofundar e aprimorar seu conhecimento técnico-acadêmico.

 

Leandra Espírito Santo

Indicada ao Prêmio Pipa 2016. Volta Redonda, RJ, 1983. Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro, RJ e São Paulo, SP. Participou de mostras coletivas em galerias, museus e instituições brasileiras e internacionais, tais como: Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG (2016); Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, RJ; Circus Street Market, Brighton, Inglaterra; Casa do Olhar – Secretaria de Cultura de Santo André, SP (2014); Paço das Artes, São Paulo, SP (2014/2012); Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, RJ; e Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS; Complexo Cultural Palácio das Artes, Praia Grande, SP; Centro Universitário Mariantonia, São Paulo, SP; Sesi Cultural, Barra Mansa, RJ; Galeria Casamata, Rio de Janeiro, RJ; Sala Preta, Barra Mansa, RJ (2013); Circo Voador, Rio de Janeiro, RJ (2012/2013); Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP; Galeria Gravura Brasileira, São Paulo, SP; Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo, SP (2012); e Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP (2010).

 

 

De 1º de agosto a 15 de setembro.

Hélio Oiticica no Whitney, NY

13/jul

 

 

O Whitney Museum of American Art, NY, apresenta “Hélio Oiticica: To Organize Delirium”, a primeira retrospectiva americana em grande escala exibindo duas décadas do trabalho do artista brasileiro. Um dos artistas mais originais do século XX, Oiticica (1937-1980) criou uma arte que nos desperta para nossos corpos, nossos sentidos, nossos sentimentos sobre estar no mundo: arte que nos desafia a assumir um papel mais ativo. A partir de investigações geométricas em pintura e desenho, Oiticica logo mudou para escultura, instalações arquitetônicas, escritas, filmes e ambientes em larga escala de natureza cada vez mais imersiva, obras que transformaram o espectador de um simples espectador em um participante ativo.

 

A exposição inclui algumas de suas instalações em grande escala, incluindo “Tropicalia” e “Eden”, e examina o envolvimento do artista com música e literatura, bem como sua resposta à política e ao ambiente social de seu país. A exposição capta a emoção, a complexidade e a natureza ativista da arte de Oiticica, enfocando em particular o período decisivo que passou em Nova York na década de 1970, onde foi estimulado pelas cenas de arte, música, poesia e teatro. Enquanto Oiticica se engajou em primeiro lugar com muitos artistas da cidade, ele acabou vivendo um isolamento auto-imposto antes de retornar ao Brasil. O artista morreu no Rio de Janeiro, em 1980, aos 42 anos.

 

 

A Tropicália

 

O estilo musical da “Tropicália”, que toma o nome da instalação homónima 1966/67 de Helio Oiticica, tornou-se um movimento artístico e sociocultural no Brasil. Após o golpe militar em 1964, a música popular desempenhou um papel fundamental na resistência estética e cultural ao clima político instalado. A música continuou a desempenhar um papel importante no trabalho de Oiticica em seus anos de Nova York, onde assistiu a concertos de rock no Fillmore East. A exposição apresenta uma lista de reproduções de músicas inspiradas por compositores e músicos do período de vigência da “Tropicália”, como Caetano Veloso e GiIberto Gil, além dos músicos do rock and roll em especial Jimi Hendrix, de quem Oiticica se inspirou na década de 1970.

 

 

Apoios e curadoria

 

Esta exposição foi organizada pelo Whitney Museum of American Art, Nova York; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh e o Art Institute of Chicago. “Hélio Oiticica: Organizar Delirium” tem curadoria de Lynn Zelevansky; Henry J. Heinz II; Carnegie Museum of Art; Elisabeth Sussman, curadora e curadora de fotografia de Sondra Gilman; Whitney Museum of American Art; James Rondeau, presidente e diretor de Eloise W. Martin; Art Institute of Chicago; Donna De Salvo, diretora adjunta de Iniciativas Internacionais e Curadora Sênior, Whitney Museum of American Art; com Katherine Brodbeck, curadora associada, Carnegie Museum of Art. O apoio à turnê nacional desta exposição é fornecido pela Fundação Andy Warhol para as Artes Visuais e o National Endowment for the Arts. Apoiado em Nova York, pelo Comitê Nacional do Whitney Museum of American Art. Conta ainda com o apoio generoso fornecido pela Art & Art Collection, Tony Bechara; a Garcia Family Foundation e a Juliet Lea Hillman Simonds Foundation. O suporte adicional é fornecido pela Evelyn Toll Family Foundation. O Fundo de Exposição da Fundação Keith Haring também oferece apoio genérico de doações.

 

 

Até 01 de outubro.

A obra em curso

20/jun

A Sala “O Arquipélago”, Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Porto Alegre, RS, exibe, em seus últimos dias, a exposição “Henrique Fuhro, a obra em curso: um recorte na Coleção Dalacorte”, focalizando a obra do artista plástico Henrique Fuhro. A mostra traz algumas obras inéditas do autor, um alto expoente em diversas técnicas como a xilogravura, litogravura, pintura e desenho. A exposição tem caráter parcial panorâmico, porém com o objetivo claro de exibir a quase totalidade de temas abordados pelo artista ao longo de sua carreira, obras representativas do artista constantes neste recorte. Em síntese, mostra um Henrique Fuhro particular; uma proposta de escapar a estruturação habitual de exposições.

 

 

Sobre o artista  

 

Nascido em Rio Grande, em 1938, Henrique Fuhro é um artista autodidata. Sua carreira inicia com participação no Salão de Artes Plásticas da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa (Chico Lisboa), em 1957, como pintor. Sua primeira mostra individual ocorreu em 1963 no Instituto Brasileiro Norte-americano, Porto Alegre, RS. Foi discípulo de Danúbio Gonçalves em litografia e realizou trabalhos em gravura, desenho, serigrafia e pintura. No início dos anos 1980 realizou exposições individuais em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba e Campinas (com temas esportivos, acompanhando nessas cidades a Copa Koch-Tavares de Tênis, exibindo a série “Fair-Tênis”). A convite do arquiteto Ruy Ohtake, exibiu-se em São Paulo na galeria Aki. Integrou, como artista convidado, exposições nacionais e internacionais como “Créativité dans l’Art Brésilien Contemporain”, Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique, Bruxelles, 1978, sob a curadoria do crítico Jacob Klintowitz, um estudioso da obra do artista. É verbete com reprodução no “Dicionário das artes plásticas no Brasil” e “Brasil arte/50 anos/depois”, ambos de Roberto Pontual; “Dicionário brasileiro de artistas plásticos” e “Dicionário de pintores brasileiros”, de autoria de Walmir Ayala; “História da Arte Brasileira”, de Pietro Maria Bardi; “História Geral da Arte no Brasil”, de Walter Zanini.

 

 

Sobre a Coleção Dalacorte

 

A Coleção Dalacorte está localizada na cidade de Getúlio Vargas, norte do estado e tem em seu acervo mais de 1.200 obras. Quase sua totalidade encontra-se em suporte de papel e seu enfoque principal é a gravura gaúcha. Montada há aproximadamente 18 anos, um dos objetivos principais é torná-la uma referência nas artes visuais do Rio Grande do Sul. Destaca-se que a coleção abrange os principais artistas gaúchos ou radicados no RS, e com especial atenção a alguns que, no entender e gosto do colecionador, merecem relevância. Mas a coleção consta de nomes exponenciais da gravura brasileira como Livio Abramo, Maria Bonomi, Carlos Scliar, Glauco Rodrigues, Emanoel Araújo, Danúbio Gonçalves, Siron Franco, João Câmara e outros.

 

 

Até 24 de junho.  

O catálogo de Fabio Cardoso

09/jun

A CAIXA Cultural, Centro,Rio de Janeiro, RJ, realiza, no próximo dia 17, às 17h30, o lançamento do catálogo da exposição “Quase pinturas”, do artista paulistano Fabio Cardoso, que participará de um bate-papo com o público no evento. A publicação de 48 páginas com texto do curador e crítico de arte, Agnaldo Farias, será distribuída aos participantes. A inscrição gratuita deve ser confirmada pelo e-mail contato@automatica.art.br devido à lotação da sala.

 

A exposição “Quase pinturas” reúne 14 trabalhos figurativos em óleo sobre tela que compõem a produção mais recente do artista. A exposição inédita no Rio permanece em cartaz na Galeria 2 da CAIXA Cultural Rio de Janeiro até o dia 23 de julho.

Los Carpinteros no Rio

06/jun

Composta por mais de 70 obras, “Objeto Vital”, cartaz do CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJ, reúne parte da obra do coletivo artístico Los Carpinteros desde suas origens até hoje. A exposição pretende desvendar esse conceito da “vitalidade” que os objetos ganham através da arte, e essa descoberta é proposta por meio de uma arqueologia da obra dos artistas. Esta é a maior exposição já montada pelo coletivo cubano que apresenta três eixos temáticos: objeto do ofício, objeto possuído e espaço-objeto. Por meio da utilização criativa da arquitetura, da escultura e do design, os artistas exploram o choque entre função e objeto com uma forte crítica e apelo social de cunho sagaz e bem-humorado. O público poderá acompanhar todas as fases do coletivo, desde a década de 1990 até obras inéditas, feitas especialmente para esta exposição. A curadoria traz a assinatura de Rodolfo de Athayde. No dia 03 de maio aconteceu uma palestra com os artistas Marco Castillo e Dagoberto Rodriguez.

 

 

Sobre Los Carpinteros

 

O coletivo Los Carpinteros foi fundado em 1992 por Alexandre Arrechea, Dagoberto Rodriguez e Marco Castillo, e manteve-se essa configuração até 2003, ano em que Alexandre Arrechea sai do coletivo para cumprir carreira solo.

 

 

 

Até 02 de agosto.

Artista premiado

02/jun

Kiluanji Kia Henda, artista angolano, venceu o Frieze Artist Award 2017 e irá criar uma nova instalação performática naquela feira internacional de arte contemporânea entre os dias 04 a 08 de outubro em Londres, no Reino Unido.

 

O júri do prêmio, que recebeu candidaturas de mais de 80 países, anunciou que escolheu o projeto de Kiluanji Kia Henda, nascido em 1979, em Luanda, cidade onde continua a viver e a trabalhar em áreas que cruzam a fotografia, vídeo e performance. Criado em 2014, Kiluanji Kia Henda é o primeiro artista africano a vencer este prêmio.

 

A proposta do artista, vencedora do Frieze Artist Award 2017, tem como título “Under the Silent Eye of Lenin”, e consiste numa instalação de duas partes, inspirada no culto do marxismo-leninismo no período pós-independência de Angola.

 

O artista faz um paralelo entre esse culto, e as práticas de feitiçaria durante a guerra civil no país, aplicando também narrativas de ficção científica usadas durante a Guerra Fria entre as então superpotências mundiais dos Estados Unidos e União Soviética. A instalação pretende suscitar a reflexão sobre a ficção e o seu poder de manipulação como arma em situações de extrema violência. “Under the Silent Eye of Lenin” irá mudar ao longo da apresentação da feira de arte.

 

O júri do prémio foi composto por Cory Arcangel (artista), Eva Birkenstock (diretora da Kunstverein, em Dusseldorf, Alemanha), Tom Eccles (diretor executivo do Center for Curatorial Studies, em Nova Iorque, Estados Unidos) e Raphael Gygax (curador), com Jo Stella-Sawicka (diretora artística das Frieze Fairs) como presidente.

Roitman na Galeria André

O pintor Herton Roitman inaugurou “De tudo fica um pouco…”, exposição individual na Galeria de Arte André, Jardim América, São Paulo, SP, na qual encontra-se em exibição doze desenhos, quinze telas e quatro assemblages. A curadoria é de Sonia Skroski que assina a apresentação e revela a biografia do artista. Natural de Porto Alegre, após residir um por três anos em Belo Horizonte, Roitman vive e trabalha em São Paulo. Intitula-se um catador de resíduos da memória afetiva. Em casa guarda cartas, selos, moedas antigas, a colagem move seu estado artístico, através de mutações quando da colocação de tintas e outros elementos sobre os recortes ou misturado com o desenho.

 

É no silêncio que surge uma relação íntima com o processo de criação sobre papel ou tela. Para Roitman o papel é o “sagrado”, em qualquer estilo, gramatura ou textura. O artista guarda especial preferência pelo desenho em bico de pena que interpreta como uma escrita poética. A cor e a textura são os elementos mais gratificantes em sua criação, seja em papel, tela ou em objetos. Após escolher uma ou mais cores em seu trabalho, passa um tempo descobrindo novas texturas, novas cores. A cor é a base da sustentação de seus trabalhos, preferindo a geometria ao figurativo e revela sua admiração por Mondrian e Paul Klee. Roitman foi ator, cenógrafo, figurinista premiado e diretor teatral. Sua formação inicial foi nas artes cênicas e desde 1986, dedica-se exclusivamente às artes visuais, mas o teatro encontra-se com o artista no espírito e em suas criações. Ouvindo música erudita e convivendo com as criações de sua mãe, – a conceituada modista Rafaela Roitman -, fez seu primeiro figurino em 1964, para a peça de Moliére, “Tartufo”, e ganhou o prêmio de Melhor Figurinista, mas sempre pintando,  desenhando e fazendo colagens.

 

 

 

Até 24 de junho.

Três no Santander Cultural

31/maio

Dentro da proposta de valorizar o trabalho curatorial neste ano, o Santander Cultural, Porto Alegre, RS, inaugurou a exposição que leva o nome dos seus artistas integrantes: “Zerbini, Barrão, Albano”. Ao todo, são 43 obras, em diferentes técnicas, como pintura, gravura, escultura e fotografia. A seleção para cada artista ficou a cargo de um curador diferente. As obras de Luiz Zerbini, SP, tiveram a curadoria de Marcelo Campos. As de Barrão, RJ, de Felipe Scovino; e as de Albano, SP, por Douglas Freitas. “Foram seis cabeças dividindo o mesmo espaço”, explicou o diretor-superintendente do Santander Cultural, Carlos Trevi. Com estilos diferentes, o desafio foi promover o diálogo entre as diferentes linguagens de cada artista.

 

As esculturas de Barrão ocupam a parte central da galeria, com trabalhos na cor branca. “Geralmente meus trabalhos têm escala menor, mas como fiz obras especialmente para esta exposição, levei em conta o espaço e fiz em escala maior”, explica Barrão. As obras de Albano e Zerbini estão nas laterais. Zerbini apresenta monotipias, pinturas e, em primeira mão, três mesas, cujos superfícies de vidro lembram praias e ondas. Já Albano traz instalações que abordam a questão da luz e da sombra e um tríptico fotográfico.

 

 
Até 16 de julho.