Exposição “bab_ado” ocupa a Queerioca.

12/dez

A Queerioca, centro cultural dedicado à resistência e à celebração da arte e da cultura LGBTQIAPN+ no Rio de Janeiro, inaugura no dia 14 de dezembro, a exposição coletiva “bab_ado”, reunindo os trabalhos dos participantes da última residência artística da Bienal Anual de Bûzios (bab). Com curadoria do artista visual Armando Mattos, a mostra em cartaz até junho de 2025 apresenta obras inéditas e peças do acervo da bab, conectando os 15 anos de trajetória do projeto ao público carioca.

“Pela primeira vez em 15 anos, a bab bienal apresenta a experiência de seus participantes numa mostra fora de seu espaço de atividades. Esse convite da Queerioca é um desafio, pois abre espaço para uma nova experiência do Projeto, antes circunscrita à prática e discussão de situações artísticas experimentais, para apresentar o resultado dessa pesquisa a um público mais amplo, no Rio de Janeiro”,  explica Armando Mattos, também coordenador do Núcleo Educativo e Pesquisa do Instituto Gilberto Chateaubriand.

Arte, território e hospitalidade

Com 25 obras, a mostra reúne produções inéditas da 16ª edição da bab, bienal  anual búzios, realizada em 2024, além de destaques de edições anteriores. São trabalhos de artistas consagrados que exploram temas como deslocamento, meio ambiente e convivência. “O projeto bab sempre buscou ir além da criação de objetos. É sobre experimentação e convivência sensível entre artistas, público e a natureza, permitindo que esses encontros afetem suas produções”, comenta Armando Mattos.

“Esses elementos orientaram todas as edições do projeto desde sua estreia, em 2008, com a participação de Anna Bella Geiger, Artur Barrio e Ivald Granato (in memoriam)”, ressalta o curador.

Redimensionada por Armando Mattos para o público da Queerioca, esta versão da exposição valoriza registros documentais de experiências efêmeras, performances e ensaios artísticos. Entre os destaques estão: Kika Moraes (fotografia e objetos), Rodolfo Viana (fotografia), Fernando Codeço (instalação/print), Rafaela Rocha (foto/vídeo), Paula Scamparini (fotografia), Camila Rocha (desenho de observação), Karola Braga (instalação olfativa), Bernardo Backer (fotografia), Raphael Medeiros (objeto), Edu Barros (pintura), Armando Mattos (escultura), Felippe Moraes (objeto), Daniel Toledo (fotografia), Andy Villela (desenho). Além disso, o acervo do projeto traz para o espaço LGBTQIAPN+ carioca algumas das obras de nomes como Anna Bella Geiger, Panmela Castro, Laura Lima, Opavivará!, Marcos Bonisson, Luciano Bogado e Brigida Baltar (in memoriam), entre outros.

Um olhar afetivo para a arte brasileira.

10/dez

A Galeria FLEXA, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, recebe a exposição “Um olhar afetivo para a arte brasileira: Luiz Buarque de Hollanda”, com curadoria de Felipe Scovino e expografia de Daniela Thomas. A exposição examina a figura de Luiz Buarque de Hollanda (1939-1999), advogado e colecionador que criou, com o sócio Paulo Bittencourt (1944-1996), a Galeria Luiz Buarque de Hollanda & Paulo Bittencourt, cuja atuação se deu entre 1973 e 1978, no Rio de Janeiro.  Em exibição até 15 de março de 2025.

Sobre Luiz Buarque de Hollanda

Ao longo de mais de tres décadas, Luiz Buarque de Hollanda foi um dos nomes centrais do colecionismo no Brasil, além de pioneiro na colaboração com projetos de artistas que se tornariam seminais para a história da arte brasileira. Entre eles, destacam-se nomes como Carlos Vergara, Carlos Zilio, Cildo Meireles, Debret, Glauco Rodrigues, Iberê Camargo, Iole de Freitas, J. Carlos, Mira Schendel, Rubens Gerchman, Sergio Camargo, Thereza Simões e Waltercio Caldas. A programação reunia diferentes gerações, fazendo coabitar em seu espaço vanguarda e tradição.

Reunindo cerca de 150 obras de artistas presentes na coleção e nas exposições promovidas, a mostra se divide em 4 núcleos de interesse do colecionador-galerista. São eles: Paisagem: do encantamento à hostilidade, Aproximações improváveis: o retrato entre o social e o libidinoso, Corpo partido e Linguagens construtivas e desdobramentos disruptivos. De acordo com Felipe Scovino, “a presente exposição investe, tanto curatorial quanto expograficamente, em como Luiz adquiria, organizava e mostrava a sua coleção. Ele se cercava daquilo que lhe dava prazer e conscientemente construía um modo muito singular de olhar para a arte brasileira. A galeria da qual foi sócio nos anos 1970 foi inovadora ao responder pela interdisciplinaridade de gerações, mas, acima de tudo, na constituição de um ambiente acolhedor e próximo aos artistas. Sua imagem e memória estão ligadas ao campo do afeto e da inteligência.”.

A amizade de Luiz Buarque de Holanda com os artistas e sua paixão pela arte podem ser exemplificadas na generosidade em produzir edição de obras especiais, como um livro de Mira Schendel – que hoje integra a coleção do MoMA em Nova York – e o disco Sal sem carne, de Cildo Meireles, ambos nos anos 1970. Luiz teve participação direta na edição dos exemplares do Livro-obra de Lygia Clark, em 1984, e na pesquisa, junto com Noêmia Buarque de Hollanda, para exposição e catálogo da retrospectiva da mesma artista, que começou em 1997 na Fundación Tàpies (Barcelona) e circulou por 5 países. A exposição na Flexa conta ainda com farta documentação: impressos, cartazes, convites, críticas e notícias sobre as exposições. O material nos recorda como a galeria foi um local de convívio e reflexão, que reuniu artistas, colaboradores e público interessado em debater o cenário das artes.

A diretora de cinema e teatro Daniela Thomas, que assina a expografia da mostra, escreve: “O espaço que antes me pareceu imenso, da galeria de três andares, revelou-se exíguo quando me deparei pela primeira vez com a lista de obras da coleção de Luiz Buarque, selecionada por Felipe Scovino.  Logo me dei conta, por outro lado, que esta é a questão central para o colecionador: nunca há espaço suficiente para expor os itens da sua coleção, e mesmo assim ele tenta, quando decide que tudo é superfície: as paredes da escada que leva aos andares superiores da sua casa, por exemplo. Do chão ao teto, tudo está sempre em jogo”.

A voz indígena de Vinícius Vaz.

09/dez

O artista plástico indígena Vinícius Vaz apresenta exposição individual intitulada de A História que o Brasil não Conta. A mostra reúne 16 pinturas impactantes sob a curadoria de Antonio Aversa. Vinícius Vaz, do povo Xakriabá, apresentou sua primeira exposição individual na galeria Mercato + Antiguidade + Design, no Conic, Brasília, DF.

O trabalho de Vinícius Vaz busca dar voz a personagens e temas frequentemente ignorados pelos livros de história. O trabalho de Vinícius Vaz busca dar voz a personagens e temas frequentemente ignorados pelos livros de história. Uma das obras que se destacam é Guernica Tupiniquim, que retrata o assassinato do indígena Galdino, queimado enquanto dormia em um ponto de ônibus na 703 Sul, em Brasília. O episódio ainda ecoa como um símbolo da violência contra os povos originários.. O episódio ainda ecoa como um símbolo da violência contra os povos originários.

Fonte: Metrópoles.

Os nomes do fim.

No domingo, 08 de dezembro, o Ateliê397 realiza Os nomes do fim, exposição pop-up que marca o encerramento do segundo semestre do Clínica Geral, programa de acompanhamento de pesquisas artísticas. O evento acontece das 14h às 18h na galeria Vermelho, Higienópolis, São Paulo, SP, que abrigou os encontros ao longo do semestre e a curadoria é de Bruna Fernanda, Lucas Goulart e Thais Rivitti, mediadores da turma.

Além de compartilharem reflexões sobre suas práticas, os artistas se encontram ao enfrentar o esgotamento de sentido diante das condições ético, político e ambientais dominantes e ao repensar nossa relação com a matéria, a imagem, a biologia, a paisagem e o próprio objeto de arte. Nesse rumor, despontam diferentes exercícios para contornar as mortes, pequenas e retumbantes, que fazem o cotidiano.

Os Nomes do Fim

Artistas participantes: Andrea Brazil, Bruno Fonseca, Corina Ishikura, David Caicedo, Duda Camargo, Edilaine Brum, Felipe Corcione, Fernanda Pompermayer, Isabela Hirata, Latife Hasbani, Leticia Morgan, Maltichique, Meia, Sergio Magno, Sindy Palloma, Tara Perstephonie, Thiá Sguoti, Uma Moric e Zizi Pedrossa.

Apoio: Estúdio Motriz e galeria Vermelho.

  

A complexidade da Arte Brasileira.

02/dez

O MAM Rio reabriu ao público dia primeiro de dezembro com a mostra “Uma história da arte brasileira”, que foi vista pelos Chefes de Estado e líderes presentes no G20. Como legado do evento ao museu e à cidade, o Bloco Escola será entregue reformado, e é lá que a exposição está sendo remontada.

O icônico prédio do Bloco Escola, com seus característicos cobogós, foi o primeiro espaço do museu quando inaugurado, em 27 de janeiro de 1958. O bloco que passaria a alojar as futuras exibições só foi inaugurado em outubro de 1967, ou seja, nove anos depois de inaugurado o primeiro edifício.

Em 1959, lá aconteceram os primeiros cursos do Atelier de Gravura. Dentre as exposições ali realizadas, destacam-se algumas que marcaram não apenas a história do museu, mas também da própria História da Arte Moderna no Brasil, como a “Exposição Neoconcreta” (1959); as mostras “Opinião 65” e “Opinião 66” (realizadas respectivamente em 1965 e 1966); e a “Nova Objetividade Brasileira” (1967).

As obras realizadas pela prefeitura incluem, além da limpeza dos cobogós, a regularização das muretas da laje, que ganhou novas pedras em granito, a impermeabilização de pisos e jardineiras, a execução de infraestrutura elétrica; reformas em pisos, paredes e teto de salas internas e o restauro da sala onde era o antigo depósito de filmes no Bloco Escola, além do restauro do chafariz, ali em frente.

Com curadoria de Pablo Lafuente e Raquel Barreto, a exposição reúne aproximadamente 65 obras, incluindo pinturas, esculturas e fotografias, de nomes consagrados como Tarsila do Amaral, Cildo Meireles, Lygia Clark, Adriana Varejão, Di Cavalcanti e Tomie Ohtake. O objetivo é explorar a diversidade e a complexidade da Arte Brasileira ao longo de mais de um século.

Vale conferir a nova mostra (desenvolvida a partir do acervo do MAM Rio) e as novas instalações do prédio.

Thix representado pela Silvia Cintra+Box4.

29/nov

Ocupando o espaço expositivo até 19 de novembro, na Silvia Cintra+Box4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, de forma densa, remontando um salão de arte dos séculos XVIII ou XIX, a exposição apresenta a primeira individual de Thix na galeria, “Réquiem para um nome”, com 28 retratos inéditos e idealizados especialmente para essa exposição, tensiona a escala temporal e permite que as obras – e as vidas – dialoguem entre si, colocando em relevo experiências compartilhadas acerca dos processos pelos quais pessoas pensam e constituem suas próprias subjetividades. O resultado é uma sobreposição sensível entre obra de arte e biografia, que sublinha as dimensões estética e política das pinturas.

Thix nasceu em 1982 em Porto Alegre, RS. É artista representado pela Silvia Cintra +Box 4. Thix é uma voz recente entre uma nova geração de pintores figurativos, que vem recebendo atenção por obras que espelham elementos da história da pintura – um forte senso de luz e sombra em desdobramentos de cor, forma e materialidade – e se debruçam sobre um olhar para a intimidade através de uma lente queer. Estudou desenho e pintura na Barcelona Academy of Art (Espanha) e na Florence Academy of Art (Itália). Atualmente, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Seu trabalho fala do legado da pintura figurativa e do retrato, combinando habilmente referências históricas com a vida contemporânea e a conexão humana. Retratando a si próprio e indivíduos de sua comunidade, as pinturas de Thix celebram a presença, as singularidades – no tema e no processo – e uma proximidade que envolve novos diálogos em torno de identidade, gênero, agenciamento, corporalidade, arquivo e memória. Tão complexas quanto provocativas, as obras de Thix convidam a um encontro entre sujeito e espectador, o pessoal e o político, e significam uma recalibragem a respeito de quem vê e quem é visto, comunicando outras formas de se relacionar, amar, de produzir memória, e novas interlocuções. Em 2021, foi selecionade nas competições internacionais Figurativas (MEAM) e Royal Society of Portrait Painters (UK). Em 2022, integrou o programa de residência artística da Casa da Escada Colorida (RJ). Em 2023 participou da Residência Uncool Artist, no Brooklyn (NY), coletivas no Solar dos Abacaxis e Centro Cultural dos Correios (RJ), e foi selecionado nos projetos 15° Salão dos Artistas sem Galeria promovido pelo Mapa das Artes, III Bienal Black Rio, GAS Verão 2024 e é atual finalista no Prêmio Garimpo das Artes da Revista DasArtes.

Visita da arte argentina contemporânea.

A Coleção Oxenford, considerada a mais expressiva de arte contemporânea da Argentina, será apresentada na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS. “Un lento venir viniendo – Capítulo III” fica em cartaz de 07 de dezembro a 23 de fevereiro de 2025. A abertura contará com a performance de bailarinos.

Essa exibição trata-se de um recorte da coleção do empresário Alec Oxenford, que, atualmente, reúne 600 peças de 200 artistas e promove um panorama da arte contemporânea argentina entre o final do século 20 e início do 21. No dia da abertura, ás 15h, será realizada a performance “Soy un disfraz de tigre”, da artista plástica Cecilia Szalkowicz, e às 16h, uma visita guiada pelo poeta e curador independente Mariano Mayer.

A seleção de trabalhos e de artistas para “Un lento venir viniendo” foi dividida em “capítulos” para as três mostras no Brasil, que já passou pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói (Capítulo I) e Instituto Tomie Ohtake (Capítulo II), em São Paulo. Na Fundação Iberê Camargo (Capítulo III), o episódio estético de destaque é a literatura do porto-alegrense João Gilberto Noll (1946-2017), e, em particular, “A céu aberto”, obra que transborda de imagens e procedimentos para dar forma a uma sensibilidade que desafia a nossa própria experiência de mundo.

“Pensamos nas relações com cada cidade e com a arquitetura de cada museu. É realmente como uma história contada em diferentes capítulos. O título (“Um lento vir vindo”, em tradução livre) aponta este movimento, de criar um vínculo aos poucos, e que ele se estabeleça nas duas direções. O “Capítulo III” descobre no conjunto de afetos precários uma zona para o encontro e a retroalimentação entre duas forças experimentais: a literatura de João Gilberto Noll e a arte. A potência precária age como uma plataforma interpretativa com a que as peças selecionadas nos per mitem voltar a experimentar a arte e o mundo, as suas possibilidades e as suas impossibilidades”, destaca Mariano Mayer.

“Capítulo III”, que ocupará o segundo andar da Fundação Iberê Camargo, é composta por 50 obras de 45 artistas e apresenta uma diversidade de linguagens, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações visuais e sonoras, performances, esculturas, colagens e publicações, propondo uma reflexão sobre a “potência do precário” como uma condição de constante transformação e instabilidade, tanto nos objetos quanto nas pessoas.

Participam da mostra na Capital gaúcha trabalhos de Alejandra Mizrahi, Amalia Pica, Cecilia Szalkowicz, Clara Esborraz, Jane Brodie, Inés Raiteri, Julieta García Vázquez e Sofía Bohtlingk, Karina Peisajovich, Luciana Lamothe, Lucrecia Plat, Malena Pizani, María Guerrieri, Mariana López, Paula Castro, Sol Pipkin, Valentina Liernur, Valeria Maggi, Agustín Inchausti, Alberto Goldenstein, Alfredo Londaibere, Diego Bianchi, Dudu Quintanilha, Ernesto Ballesteros, Faivovich & Goldberg, Feliciano Centurión, Gastón Persico, Jorge Macchi, Leopoldo Estol, Luis Garay, Miguel Mitlag, Nicolás Martella, Oscar Bony, Ruy Krygier, Santiago De Paoli, Tirco Matute e Ulises Mazzucca.

Sobre Alec Oxenford

Cofundador da OLX e da letgo, Alec Oxenford é um empresário argentino residente no Brasil. É grande colecionador e membro ativo de comunidades internacionais em prol das artes latino-americanas. Entre 2013 e 2019, dirigiu a Fundación ArteBA. Atualmente, é membro do Acquisition Committee do MALBA e da Latin American and Caribbean Fund (LACF) do MoMA.

Sobre Mariano Mayer

Nascido em Buenos Aires, Mariano Mayer é poeta e curador independente. Entre seus últimos projetos como curador, figuram Prudencio Irazabal (MUSAC, León, 2024) e Táctica Sintáctica (Marres, Mastricht, 2023 e CA2M, Móstoles, 2022). Publicou também Ir al motivo (Galeria Elba Benítez, Madrid, 2023), Fluxus Escrito (Caja Negra, Buenos Aires, 2019) e Justus (Câmara Municipal de Léon, 2007) e dirigiu o programa em torno da arte argentina: Una novela que comienza (CA2M, Móstoles, 2017).

A presença da natureza.

27/nov

Para a Art Basel Miami Beach 2024, Miami Beach Convention Center, FL, USA, A Gentil Carioca (Stand G17) apresentará uma seleção de obras que investigam a presença da natureza por meio das complexas interações entre o humano e o meio ambiente. Os trabalhos dos artistas revelam como essa conexão se manifesta tanto em dimensões simbólicas quanto materiais, abordando a criação como um ato simultaneamente natural e cultural. Assim, exploram as tensões e harmonias que permeiam esse diálogo essencial.

Participam desta edição: Agrade Camíz, Ana Silva, Ana Linnemann, Arjan Martins, Cabelo, Denilson Baniwa, Jarbas Lopes, Laura Lima, Novíssimo Edgar, Maria Nepomuceno, Miguel Afa, Misheck Masamvu, Vivian Caccuri, Renata Lucas, Rodrigo Torres, Sallisa Rosa, Vinicius Gerheim, O Bastardo, Kelton Campos Fausto e João Modé.

Exibições em  04, 05 (preview) de dezembro e 06, 07 e 08.

As paisagens insólitas de Petrillo.

Exposição individual inédita do artista Petrillo apresenta sua produção recente, entre pinturas, desenhos e instalação com 1.200 obras que levou seis anos para ser concluída.

A investigação do artista visual Petrillo sobre as possibilidades de paisagens/lugares foi o que deu origem à sua nova mostra individual, “Territórios Possíveis – paisagens insólitas”, que ocupará o Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, até 11 de janeiro de 2025. Esta pesquisa integra seu repertório visual e imagético, que parte da referência de imagens e fotografias reais. Fazendo uma proposição da recriação da espacialidade, Petrillo observa a sua topografia e recria imagens e paisagens inexistentes, lugares por ele idealizados. Complementa a expsoição a grande instalação “Territórios Reconstituídos”, composta por cerca de 1.200 desenhos de pequenos formatos em caixas acrílicas de CD, onde demorou seis anos para ser finalizada.

A palavra do artista

“Esses trabalhos são fruto de uma pesquisa que venho realizando há algum tempo e são bastante pautados na questão da espacialidade e nos estudos de espaço e lugares  propriamente ditos. Comecei a observar a questão das curvas de nível nfluenciado pela faculdade de Arquitetura, onde dou aulas de desenho. Todo esse processo foi desembocar agora: ressignificando as “voçorocas” (afundamento de solo), acenando também para uma preocupação ecológica e como uma pequena denúncia sobre o que o homem está fazendo na degradação do meio ambiente. Ressignifico não apenas as paisagens que pura e simplesmente vemos, mas também expresso algo mais visceral e impulsivo, a paisagem que está dentro do imaginário de cada um. As manchas nas pinturas são intencionais, vou colocando camadas sobre camadas, nada é aleatório”.

Marcus de Lontra Costa assina o texto crítico “Várias Paisagens”, discorrendo sobre o processo de realização das obras.

Um museu especial.

26/nov

Museu dedicado aos carros, com muita arte, design e educação, o CARDE abriu as portas ao público, em Campos do Jordão, São Paulo, SP. O CARDE é um projeto da Fundação Lia Maria Aguiar, que desde 2008 desenvolve programas de educação, arte, cultura e saúde, entre crianças e jovens de Campos do Jordão.

Campos do Jordão (SP), a 170 km da capital paulista, é a cidade mais alta do Brasil, com altitude média de 1.628 metros. Famosa por atingir baixas temperaturas, atrai muitos turistas, que apreciam também que apreciam também a gastronomia e a arquitetura locais. Porém, a partir de agora, para muitos, ela também será lembrada como a sede de um importante museu de automóveis brasileiro: o CARDE.

São cerca de 100 carros expostos de forma rotativa (o acervo tem mais de 500 automóveis) em ambientes divididos de acordo com as décadas dos anos 1900, mostrando as referências de suas épocas também atatravés da arte, com obras de artistas renomados como Candido Portinari e Di Cavalcanti, joias, esculturas e gravuras. Também entre as histórias contadas há veículos governamentais, nacionais e esportivos.

Por trás desse projeto visionário está Gringo Cardia, um dos mais renomados designers e cenógrafos do país, conhecido por transformar espaços em experiências memoráveis.

Fonte: Quatro Rodas.