Nova representação

01/jun

 

A Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP, anuncia a representação do artista Alex Červený. Com cerca de 40 anos de carreira, Alex Červený (1963) faz pintura, gravura, desenho e ilustração. O trabalho de Červený alude a um mundo fantástico, no qual se misturam personagens bíblicos e mitológicos, fauna, flora e paisagens surrealistas. A relação com o texto e narrativas de todos os tempos – desde a antiguidade até as telenovelas – e com o corpo é latente na produção do artista.

Bruno Miguel na Kogan Amaro

 

A Galeria Kogan Amaro, São Paulo, SP, exibe de 05 de junho até 17 de julho, “A Beautiful Image”, a nova exposição de Bruno Miguel.

 

 

 

Texto de Ulisses Carrilho

 

 

Smile at least / You can’t say no to the Beauty and the Beast

                                                                                David Bowie

 

 

Palavras ou imagens são sempre provocações. O inconsciente não cessa de se inscrever: o fabulado e o imaginado se fazem presentes a cada salto dado pelo sujeito. No fluxo contrário, o real não se deixa inscrever – esgueira-se, escapa e acontece no mundo. Faz-se perceber na vida da matéria, apresenta-se como fenômeno sentido. Na pintura de Bruno Miguel, entre os códigos dos quais lança mão e as fartas doses de cor, em tinta e objetos, sobre a superfície de suas pinturas, há também uma dupla ocorrência: de maneira flagrante, percebemos um artista que apresenta hipóteses à história da pintura e, concomitantemente, a um regime das imagens que não acontece apenas no entorno do objeto de arte, mas no campo ampliado das visualidades. O título da mostra, tomado por empréstimo da inscrição na pintura que abre a exposição, deixa essa relação evidente: falemos sobre a imagem.

 

 

Muito embora o artista perambule por referências biográficas em seu trabalho, essa vontade não é memorial, não resulta do desejo de versar sobre um mundo particular do indivíduo. Parece lembrar que a matéria primeira da arte se constitui justamente por um salto entre uma imagem que é criada e outra que é percebida. Bruno Miguel é professor na Escola de Artes Visuais do Parque Lage há mais de uma década e é flagrante o seu interesse em elaborar uma pesquisa poética que investiga a formação de um certo olhar: o artista busca apurar uma sensibilidade em relação às imagens que já estão no mundo. Em outra oportunidade, seria interessante apurar essa hipótese à luz de sua série “Marina Ajuda Bruno”, que merece atenção e oportunidade de exposição, pois levanta uma discussão urgente que reajusta não apenas a ideia de função na arte, mas também a problemática noção da qualidade. Será que, frente a uma sociedade corrompida pelo excesso, pela saturação, pelo espetáculo e pela excludente e elitista ideia de que haveria, a priori, um “bom gosto”, as visualidades não apuradas pelo sistema artístico mereceriam menor oportunidade de investigação?

 

 

No discurso do artista, nota-se insistentemente ganas de versar sobre um mundo externo a ele: sobre imagens que o circundam, imagens de objetos que coleciona, mas que estão também impregnadas no seu corpo. Tais imagens não são convocadas pelo artista por um simples interesse de representação das mesmas no campo pictórico. Bruno Miguel explora, por meio da pintura, as imagens de um mundo fraturado pela desintegração; acelerado pelo entretenimento; enganado pela promessa da globalização.

 

 

Muitos dos objetos impregnados nas camadas de tinta sobre tela ou nas resinas que aludem às diferentes configurações de plásticos-bolhas são objetos de consumo: patches comprados em larga quantidade, indiscriminadamente, em plataformas de compra na Internet. De origem militar, usados desde os anos 1800 na Inglaterra, para fins bélicos, os patches começaram a se popularizar na década de 1930, como forma de identificar exércitos e patentes ­– questões da ordem de pertencimento. No final dos anos 1950 e nos primeiros anos da década de 1960, foram adotados por “adolescentes rebeldes” na baila do movimento MOD, que teve origem em Londres, na Inglaterra. O símbolo usado pelo movimento, um alvo, é originário do símbolo usado nos aviões da RAF, braço aéreo das forças armadas do Reino Unido, durante a Segunda Guerra Mundial. E foi assim que eles foram introduzidos na indumentária do rock’n’roll, onde se popularizaram na cultura popular. Rapidamente os patches começaram a ser veículos para expor ideias, posição política e amor por bandas. Os pequenos objetos são espécies de escudos que operam culturalmente, gerando pertencimento e denotando ou confrontando identificações. Tais emblemas são partes fundamentais dos trabalhos que vemos na mostra.

 

Em “Against Interpretation”, livro de Susan Sontag, no seu ensaio “One Culture and the New Sensibility”, encontro linhas em ricochete à profusão dos tais caminhos concomitantes que dão corpo às pinturas de Bruno Miguel. A arte é compreendida como um instrumento que modifica nossa consciência e organiza novos modos de sensibilidade. Viveríamos, segundo a autora, uma asfixiante pressão pela interpretação, que aniquila nossa sensibilidade a partir de uma visão causal, lógica, reacionária e interpretativa do mundo. Tal ideia cientificista, segundo algumas das hipóteses de Sontag, invadiram o campo artístico-literário na modernidade. Como resistir à lógica e confiar naquilo que sente o indivíduo perante um estímulo? É possível superar a ideia de gosto e gozar com o que o corpo vê, percebe e sente?

 

 

Na série de pinturas que vemos, o artista oferece, em telas, campos cromáticos repletos de referências a um mundo que, apesar de não ser externo à arte, é frequentemente subestimado por artistas, em nome de uma sofisticação e de um apuro intelectual. Com sorte, a pintura de Bruno Miguel insubordinadamente resiste a essa ideia, instaurando um campo onde é possível elaborar outras hipóteses, outrora já afirmadas pelos teóricos da cultura: uma ideia de cultura mais generosa, encharcada de complexidade, pouco binária. As várias manifestações da cor e da forma eclodem na tela sem a pretensão de confirmar a tradição, mas de atualizar os problemas nela elaborados. Suas estratégias artísticas, no entanto, também não desconfiam da pintura. Ao contrário disso, o artista ostensivamente confia nesse procedimento.

 

 

Não à toa, este texto começa pela inscrição e pela irrupção daquilo que não se deixa inscrever. Nas inscrições pintadas pelo artista, ele constitui imagens. As palavras apresentam-se como elementos visuais que integram, de maneira fundamental, a composição dos trabalhos. Sontag, nos anos 1960, colaborou para a compreensão de que a arte produzida naquele momento valia-se de elementos produzidos pela sociedade de consumo menos por um simples interesse visual, mas sobretudo para criar a oportunidade de que nós, o público, possamos reconfigurar nossos próprios critérios preconcebidos a respeito do que pode ou não ser considerado arte. Não há outro modo de terminar este texto: mas, afinal, o que é a beautiful image?

 

 

 Sobre o artista

 

 

Nasceu no Rio de Janeiro, 1981.Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Bruno desenvolve desde 2004 sua pesquisa em torno da construção e da representação da paisagem na contemporaneidade, atuante em diversas linguagens, o mesmo elege a pintura como tema principal de sua rotina obsessiva de produção. Nos últimos anos as questões acerca da paisagem começaram a dar lugar a uma investigação maior da pintura como linguagem e suas interfaces na vida cotidiana contemporânea. Mas acima de qualquer retórica que Bruno desenvolva para justificar suas opções, a verdadeira força de sua pesquisa está no trabalho. Não na obra em si, mas na labuta do atelier, onde sua curiosidade e inquietação fazem com que sua pintura se mantenha em transformação. Onde suas compulsões buscam erros ansiosos por soluções imprevisíveis, tão generosas que se escondem por trás do deslumbre banal das imagens fáceis. Sua pesquisa é um tipo de pós-pop periférico, sempre relacionando alta e baixa cultura. Uma maquiagem vulgar e exuberante que superficialmente disfarça sua condição de eterna busca pela beleza. Não da pintura, mas do pintar.

 

Art Basel OVR: Pioneers | Mira Schendel

29/mar

 

Mira Schendel: Accident and Synthesis on Paper
A Bergamin & Gomide tem o prazer de apresentar obras de Mira Schendel (1919-1988) no Art Basel OVR: Pioneers, que acontece até 27 de março de 2021.

“O grande espaço vazio é uma coisa que me comove profundamente” – Mira Schendel

Mira Schendel foi uma artista pioneira que deu vazão a inquietações e interesses que a acompanharam desde o início da sua carreira, como a sua fascinação sobre a expressão do vazio, a experiência do tempo, o estar no mundo e os mistérios da transparência.

“Acidente e síntese sobre o papel” apresenta uma seleção de trabalhos raros produzidos a partir das experimentações da artista com folhas de papel de arroz japonês.

Bergamin & Gomide is delighted to present works by Mira Schendel (1919-1988) in Art Basel OVR: Pioneers, which takes place until March 27, 2021.

“The great empty space is something that moves me deeply” – Mira Schendel

Mira Schendel was a pioneering artist who gave rise to concerns and interests that have accompanied her since the beginning of her career, such as her fascination with the expression of emptiness, the experience of time, being in the world and the mysteries of transparency.

“Accident and synthesis on paper” features a selection of rare works based on the artist’s experiments with Japanese rice paper sheets.

R. Oscar Freire, 379 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01426-001

Premiação

02/dez

 
A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ, anunciou que Maxwell Alexandre é um dos “Artistas do Ano 2020” pelo Deutsche Bank ao lado de Conny Maier (Alemanha) e Zhang Xu Zhan (Taiwan). Para Victoria Noorthhoom, diretora do Museu de Arte Moderna de Buenos Aires: “os três artistas são absolutamente independentes e únicos, mas refletem sobre questões globais elementares: comunidade, espiritualidade e nosso relacionamento com a natureza. É pela criatividade que a humanidade pode ter voz e imaginar um caminho de liberdade e igualdade de direitos”. Além de Noorthoorn, a escolha dos artistas foi realizada em conjunto com os curadores Hou Hanru e Udo Kittelmann, conselheiros do Deutsche Bank nessa premiação.
 
Sobre o artista

 

O trabalho de Maxwell Alexandre (nascido no Rio de Janeiro em 1990) é centrado em questões acerca do racismo e da violência policial, bem como na vida em comunidade e a relação com a espiritualidade. Suas obras têm inspiração no próprio lugar em que cresceu, a maior favela do Rio de Janeiro, a Rocinha.

 

Para saber mais sobre o prêmio, acesse:
Deutsche Bank – Artistas do Ano 2020

MAB ao vivo: Conversa com Marcelo D’Salete  

21/jul

 

Museu Afro Brasil, São Paulo, SP, –  instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Museu Afro Brasil, organização social de cultura – informa que hoje,  21 de julho, às 17h, ocorrerá a primeira live do projeto MAB ao vivo. Trata-se de uma ação em parceria com a campanha #CulturaEmCasa  que busca abrir diálogos entre artistas contemporâneos, intelectuais, ativistas e as propostas curatoriais do museu. Junto de nomes de destaque nas artes plásticas, música, teatro e literatura nacionais, o Museu Afro Brasil realizará conversas para ampliar o diálogo entre os trabalhos dos convidados, a conexão com a missão da instituição e o dia a dia da sociedade brasileira.

 

Feita de maneira totalmente remota (online), as atividades buscam utilizar redes sociais e canais de comunicação virtual para envolver os públicos em um cenário onde o contato presencial é reduzido.

 

O primeiro encontro conta com a participação de Marcelo D’Salete. Vencedor do Prêmio Eisner de 2018, D’Salete é um dos principais nomes dos quadrinhos e da literatura brasileira contemporânea, sendo autor de títulos já consagrados como Angola Janga (2017), Cumbe (2014) e Encruzilhada (2011). Além disso, também é professor e mestre em história da arte pela USP; tendo exposto suas obras no Museu Afro Brasil, SESC Araraquara, entre outros.

 

Acompanhe para saber mais!

INFORMAÇÕES

Quadrinhos, literatura, história e arte afro-brasileiras

Convidado: Marcelo D’Salete / Mediação: Renato A. Rosa

Data: 21 de julho de 2020, às 17h.
Onde? Plataforma #CulturaEmCasa. Para assistir basta clicar aqui.

Galeria Nara Roesler

17/abr

Agenda on line
Sáb 18/04 às 12h (hora de Brasília) @ Nara Roesler: Conversa ao vivo no YouTube com o curador Luis Pérez-Oramas e a artista Sheila Hicks https://www.youtube.com/user/galerianararoesler 
Até 25/04 Coletiva online “Dentro”, com Alexandre Arrechea, Brígida Baltar, Cao Guimarães, Cao Guimarães & Rivane Neuenschwander, Cristina Canale, Daniel Senise, Fabio Miguez, Lucia Koch, Raul Mourão, Virginia de Medeiros https://bit.ly/gnr_Dentro

Mul.ti.plo em tempos de covid

16/abr

 

Conversas com artistas 

 

Atendendo às orientações das autoridades de saúde com vistas ao combate à Covid-19, a Mul.ti.plo Espaço Arte preparou uma série de atividades online. A cada semana, a galeria promoverá conversas com artistas por meio de suas redes sociais. Os eventos começaram na terça-feira, dia 14 de abril, com uma conversa entre o crítico de arte Paulo Sergio Duarte e o artista Carlos Vergara, ao vivo, pelo Instagram. Na quinta, Paulo Sergio Duarte conversa com a artista Iole de Freitas, também pelo Instagram. Na sexta, a galeria inaugura seu canal no YouTube, com uma conversa entre Paulo Sergio Duarte e Ronaldo Brito sobre a obra do artista Eduardo Sued.

 

Durante o período de isolamento social, a Mul.ti.plo oferece, ainda, a possibilidade de visitas exclusivas ao acervo e às exposições das galerias no Leblon e em Itaipava, que serão realizadas com base nas normas de proteção individual contra o Covid-19. Basta agendar com antecedência.

 

No Leblon, está em cartaz a exposição do artista argentino Juan Melé (1923–2012), um dos pioneiros da arte concreta na América Latina. A mostra contempla 20 obras entre os clássicos gofrados (gravura em metal e relevo), objetos e pintura. Juan Melé pertenceu à associação “Arte Concreta – Invenção” e foi cofundador do “Grupo Arte Nuevo”, ambos eventos inaugurais do Movimento Madí.

 

No Vale das Videiras, em Itaipava, a galeria apresenta a exposição “Lygia”, que comemora os 100 anos da artista Lygia Clark, com réplicas de obras emblemáticas como objetos criados com fins artísticos e sensoriais, exemplares da série “Bichos”, esculturas geométricas e interativas, o Livro-obra, entre outras.

 

SERVIÇO

 

Conversa com artista: Paulo Sergio Duarte e Iole de Freitas

 

Dia: 16 de abril (quinta-feira)

Hora: 19h

Local: Instagram

Entre no perfil da @multiploespacoarte e clique no logo da galeria, onde estará escrito “live”.

 

Lançamento do Canal Mul.ti.plo no YouTube

 

Paulo Sergio Duarte e Ronaldo Brito conversam sobre Eduardo Sued

 

Dia: 17 de abril (sexta-feira)

Mira Schendel | Live sexta às 16h com Thiago Gomide e Henry Allsopp

 

BERGAMIN & GOMIDE

 

 

Olá

 

Esperamos que você e sua família estejam bem.

 

Dando seguimento à série de lives que estamos realizando semanalmente em nosso perfil no Instagram, na próxima sexta-feira, dia 17 de abril, às 16h (horário de Brasília), o sócio-diretor da galeria Thiago Gomide entrevistará o diretor da galeria Hauser & Wirth Londres, Henry Allsopp. A conversa será sobre o mercado de arte latino-americano e a artista Mira Schendel (1919-1988).

 

Convidamos também você a assistir a série de cinco vídeos que a Bergamin & Gomide realizou em 2018 na ocasião da exposição individual Mira Schendel: Sarrafos e Pretos e Brancos. Mira, que nasceu na Suíça, mudou-se para o Brasil em 1949 e se estabeleceu em São Paulo em 1953.

 

Transitando entre a pintura, o desenho, a gravura e a escultura, a prolífica produção de Schendel mudou paradigmas na arte. A delicadeza e a potência do seu traço na série de monotipias sobre papel de arroz e as investigações com a linguagem escrita, borra as fronteiras entre significado e significante, e explorando a forma da letra sobre o papel, são exemplos que marcam a originalidade de seu trabalho. Tal aspecto levou-a a conquistar um espaço especial entre os maiores artistas brasileiros do século XX, contando com retrospectivas em importantes instituições como o MoMA, Tate Modern e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Henry Allsopp, nosso convidado, é diretor da Hauser & Wirth em Londres com foco em Arte Latino Americana e mercado secundário. Anteriormente, trabalhou por oito anos na casa de leilão Phillips, onde fundou o departamento de Arte Latino Americana e foi diretor sênior do departamento de Arte Contemporânea. Allsopp começou a sua carreira em meados dos anos 1990 nas galerias Annely Juda Fine Arts e White Cube. Em 1997, mudou-se para Nova Iorque e trabalhou para o departamento de Arte Contemporânea da Christie’s e para a Dickinson Roundell como marchand particular. Em 2003, volta para Londres e cria a sua própria galeria focada em artistas emergentes.

 

Através deste link, você pode encontrar uma seleção de obras de Mira Schendel.

 

Para mais informações, entre em contato conosco.

 

Obrigado e até breve,

 

Equipe Bergamin & Gomide

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Hello,

 

We hope this e-mail finds you well.

 

Continuing with the series of live sessions we are conducting in our Instagram profile, next Friday, April 10th, at 4 pm (BRT), Thiago Gomide, our Director, will interview Hauser & Wirth London director Henry Allsopp. The discussion will focus on Latin American market and the artist Mira Schendel (1919-1988).

 

Additionally, we invite you to watch the series of videos that Bergamin & Gomide produced in 2018 for the individual exhibition Mira Schendel: Sarrafos and Black and White Works. Born in Switzerland, Mira moved to Brazil in 1949 and ultimately settled in São Paulo in 1953. Moving between painting, drawing, engraving and sculpture, Schendel’s prolific body of works shifted paradigms in art. The delicacy and potency of her trace in the series of monotypes on rice paper and her investigations with written language, blurring the boundaries between signified and signifier and exploring the shape of the letter on paper, are examples that highlight the uniqueness of her work. This aspect conducted her to conquer a special space among the greatest Brazilian artists of the 20th century, with retrospective exhibitions in important institutions such as MoMA, Tate Modern and Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Henry Allsopp is a director at Hauser & Wirth London focused on Latin America Art and Secondary Market.  Previously he worked for eight years at Phillips Auction House where he founded the Latin American Art department and was senior director of the Contemporary Art department.  He started his career in the mid 1990s, at Annely Juda Fine Arts and White Cube galleries. In 1997, Allsopp moved to New York and worked for Christie’s Contemporary Art department and for Dickinson Roundell as a private dealer. In 2003, returned to London where opened his own gallery focusing on emerging artist.

 

Through this link, you can find a selection of works by Mira Schendel. For more information, please feel free to contact us.

 

We hope to see you soon,

 

Bergamin & Gomide team

 

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ASSISTA TODOS OS EPISÓDIOS DO DOCUMENTÁRIO DE MIRA SCHENDEL:
Mira Schendel 2/5 Mira Schendel 2/5 Mira Schendel 2/5 Mira Schendel 3/5
Mira Schendel 4/5 Mira Schendel 4/5 Mira Schendel 5/5 Mira Schendel 5/5

 

Fundação Iberê: live com curadores

09/abr

 

No próximo sábado (11), às 11h, a Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS,  faz live no Instagram com Denise Mattar, curadora da próxima exposição “O Fio de Ariadne”, prevista para inaugurar após a quarentena. O bate-papo será conduzido por Gustavo Possamai, responsável pelo acervo da Fundação e co-curador da mostra.

 

“O Fio de Ariadne” reunirá cerca de 30 cerâmicas, sete tapeçarias de grandes dimensões e cartões pintados por Iberê, e gravuras. A exposição será complementada por uma cronologia ilustrada, reunindo fotos e depoimentos de algumas das mulheres que marcaram presença na vida de Iberê. Entre elas, a esposa Maria Coussirat Camargo, a artista Djanira, as ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, as artistas Regina Silveira e Maria Tomaselli, a tapeceira Maria Angela Magalhães, a gravadora Anna Letycia, a escritora Clarice Lispector, as gravadoras Anico Herskovits e Marta Loguércio, a produtora cultural Evelyn Ioschpe, a cantora Adriana Calcanhotto e a atriz Fernanda Montenegro.

 

Exposição inédita – Durante as décadas de 1960 e 1970, além de sua intensa produção em pintura, desenho e gravura, Iberê Camargo realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato.

 

Com assessoria técnica das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, Iberê realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana, com resultados surpreendentes. Na década seguinte selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em impactantes tapeçarias.

 

Há algum tempo a Fundação Iberê Camargo vinha estudando essa faceta da produção do artista e a oportunidade de apresentá-la surgiu paralelamente à realização, pela primeira vez nas dependências da instituição, da Bienal do Mercosul. A conjuntura feminina que permeou a produção dessas apeçarias e cerâmicas revelou grande afinidade com o conceito geral da 12ª Bienal. Convidada pelo centro cultural a desenvolver esse projeto, a curadora Denise Mattar, juntamente com Gustavo Possamai, expandiu essa percepção inicial, revelando o fio de Ariadne: a urdidura feminina que apoiou o trabalho de Iberê Camargo ao longo de sua história.

 

Prevista para inaugurar paralelamente à Bienal do Mercosul, em 18 de abril, a abertura da exposição foi adiada por tempo indeterminado, em colaboração às medidas de controle da propagação do novo Coronavírus (Covid-19).

 

Sobre a curadora

 

Denise Mattar foi curadora do Museu da Casa Brasileira de São Paulo (1985 a 1987), do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1987 a 1989) e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1990 a 1997). Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de artistas, como Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Maria Tomaselli, Norberto Nicola, Alfredo Volpi, Guignard, entre outras. Em 2019, recebeu novamente o Prêmio APCA pela retrospectiva de Yutaka Toyota, apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo e Museu Nacional.

 

Sobre Gustavo Possamai

 

É responsável pelo Acervo da Fundação Iberê Camargo, pela parceria com o Google Arts & Culture e pelo Projeto Digitalização e Disponibilização dos Acervos que, em 2015, apresentou ao público o maior volume de documentos e de obras de Iberê já reunidos em todos os tempos. Graduado em Artes Visuais pela UFRGS (2009) e em Comunicação Social pela PUCRS (2003), foi pesquisador no Projeto de Catalogação da obra completa de Iberê Camargo; co-curador das exposições “Iberê Camargo: Visões da Redenção”(Fundação Iberê, 2019), “Iberê Camargo: NO DRAMA” (Fundação Iberê, 2017; Centro Cultural Marcantonio Vilaça, 2019) e “Iberê Camargo: Sombras no Sol” (Fundação Iberê, 2017), entre outras.

 

A Fundação Iberê tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, Renner Herrmann S/A e Lojas Renner, OleoPlan, Banco Safra, e apoio de Ventos do Sul, BTG Pactual, Grendene, Unifertil, Nardoni Nasi, DLL Group, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Tecnopuc e Plaza São Rafael, com realização e financiamento da Secretaria Especial da Cultura – Ministério da Cidadania / Governo Federal. O Programa Educativo/ Iberê nas Escolas tem o patrocínio de CMPC – Celulose Riograndense e Dufrio, com realização e financiamento da Secretaria Estadual de Cultura/ Pró-Cultura RS, Secretaria da Educação – Prefeitura de Porto Alegre, Secretaria de Educação – Prefeitura de Guaíba e Viação Ouro e Prata.

Live com Antonia Bergamin e Felipe Scovino

 

Esperamos que você e sua família estejam bem.

 

A fim de nos mantermos unidos e em contato, estamos realizando lives semanais no nosso perfil no Instagram. Na próxima sexta-feira, dia 10 de abril, às 16h (horário de Brasília), a sócia-diretora da galeria Antonia Bergamin entrevistará o curador, crítico de arte e pesquisador Felipe Scovino, para uma conversa sobre Paulo Roberto Leal (1946 -1991).

 

Convidamos também você a assistir o documentário que a Bergamin & Gomide realizou em 2018 para a exposição individual do artista, a quem também dedicamos o projeto Kabinett na Art Basel Miami Beach 2018.

 

Funcionário do Banco Central desde 1967, Leal realiza os primeiros trabalhos como designer em 1969, fazendo catálogos de exposições no Rio de Janeiro. É na década de 1970 que inicia a sua produção artística, utilizando-se de materiais ligados a seu trabalho no banco, como bobinas de papel, para explorar as possibilidades plásticas desse suporte. Muito impactado pelos movimentos Concreto e Neoconcreto, em meados de 1970, Leal cria a série de Entretelas nas quais linhas costuradas (e não riscadas) definem espaços modulares e simétricos que resultam em obras silenciosas e delicadas. Ao final da década, elas passam a flutuar sobre outras bases: Armaduras anteveem o possível colapso da superfície.

 

Felipe Scovino, nosso convidado, é Professor Associado do Departamento de História e Teoria da Arte e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRJ. Foi curador de diversas exposições, entre elas: Atributos do silêncio (Bergamin & Gomide, SP, 2015), Franz Weissmann: o Vazio como Forma (Itaú Cultural, SP, 2019) e, em parceria com Paulo Sergio Duarte, Lygia Clark: uma retrospectiva (Itaú Cultural, SP, 2012). Scovino escreve regularmente para a Artforum, onde publicou, na edição de abril de 2019, um belo texto sobre a exposição de Paulo Roberto Leal na galeria. Nele, o pesquisador fala sobre o legado geométrico do neoconcretismo, das obras expostas e de outras curiosidades.

 

Através deste link, você pode encontrar uma seleção de obras de Paulo Roberto Leal. Para mais informações, entre em contato conosco.

 

Obrigado e até breve,

 

Equipe Bergamin & Gomide

 

 

Hello,

 

We hope this e-mail finds you well.

 

In order to stay connected with you, we are conducting a series of live sessions in our Instagram profile. Next Friday, April 10th, at 4 pm (EDT), Antonia Bergamin, our Director, will interview curator, art critic and researcher Felipe Scovino to discuss artist Paulo Roberto Leal (1946-1991).

 

Additionally, we invite you to watch the short documentary that Bergamin & Gomide produced in 2018 for the artist individual exhibition at the gallery, to whom we also dedicated our Kabinett project during Art Basel Miami Beach 2018.

 

Leal was an employee of the Central Bank from 1967 onwards and he starts working a visual designer in 1969, making exhibition catalogs in Rio de Janeiro. It was in the 1970s that he began his artistic production, using materials linked to his work at the bank, such as paper spools, to explore the plastic possibilities of this support. Highly impacted by the Concrete and Neoconcrete movements, in the mid-1970s, Leal created a series entitled Entretelas, in which sewn (and not drawn) lines define modular and symmetrical spaces, thus resulting in silent and delicate works. At the end of the decade, they began to float on other bases: Armaduras anticipate the possible collapse of the surface.

 

Felipe Scovino, our guest, is a Professor of Art History at the School of Fine Arts at Federal University of Rio de Janeiro. He has curated several exhibitions like Attributes of Silence (Bergamin & Gomide, SP, 2015), Franz Weissmann: Emptiness as Form (Itaú Cultural, SP, 2019) and, in partnership with Paulo Sergio Duarte, Lygia Clark: a retrospective (Itaú Cultural, SP, 2012). Scovino writes regularly for Artforum, where he published, in the April 2019 edition, a beautiful text about Paulo Roberto Leal’s exhibition at the gallery. In it, Scovino talks about the geometric legacy of Neoconcretism, the works exhibited and other curiosities.

 

Through this link, you can find a selection of works by Paulo Roberto Leal. For more information, please feel free to contact us.

 

We hope to see you soon,

 

Bergamin & Gomide team